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1° Fórum de debate

sexta-feira, 16 de junho de 2023 às 14:27


Número de respostas: 12
Caro(a) estudante,

Este é o 1° Fórum de debate que vai decorrer no período de 14 a 28 de Agosto e para uma
participação activa recomenda-se a leitura de obras e artigos de apoio indicados na disciplina bem
como outras fontes de pesquisa sobre o tema!

Sua realização é obrigatória, pois é um fórum avaliativo com uma pontuação máxima de 7
valores.

TEMA DE DEBATE: Estrutura atómica

 Descreva sobre a descoberta do átomo e sua constituição, o historial da evolução dos


modelos atómicos; (apresentar os modelos Atómicos de John Dalton, Joseph Thomson,
Ernest Rutherford e Rutherford-Bohr, trazer imagens que ilustram os respectivos modelos
atómicos, sucessos e os fracassos dos cientistas envolvidos).

Para participar deve seleccionar em "Responder", opção está localizada no canto inferior direito do
rectângulo referido, e para finalizar, deve selecionar em "Submeter".

Conto com a participação de todos!


Estrutura atómica

Segundo De Boni e Goldani (2007), “a matéria é tudo aquilo que compõem as coisas, que ocupa
espaço, que tem peso e que pode impressionar os nossos sentidos”, p.3. E é sabido, que toda a
matéria existente no universo é formada por átomos, mas a constituição e a caracterização desses
átomos é ainda indefinida e já passou por muitas modificações. Para De Boni e Goldani (2007), o
conceito de que a matéria é composta por pequenas porções de matéria surgiu com Demócrito
(460 - 370 a.C), afirmando que o universo é formado por espaço vazio e por um número (quase)
infinito de partículas invisíveis, que se diferenciam umas das outras em sua forma, posição, e
disposição, e que toda a matéria é feita das partículas indivisíveis chamadas átomos. Segundo
Russel & Guimarães (1994), “átomos são partículas submicroscópicas de que toda a matéria é
composta”. E pela sua natureza microscópica, o átomo não pode ser directamente visualizado,
sendo então imaginado um modelo para a sua descrição(De Boni e Goldani, 2007, p.3).

Portanto, um modelo é constituído em cima de conhecimentos, experiências e instrumentos


disponíveis na época em que é postulado e não é uma realidade, mas uma possibilidade
imaginada pela mente humana, sempre passível de evolução.

Modelo atómico de Dalton

Segundo De Boni & Goldani (2007), em 1804, John Dalton estabeleceu alterações na teoria
atómica de Demócrito, introduzindo o conceito de descontinuidade da matéria. Foi a primeira
teoria científica que considerava que a matéria era composta por átomos, tendo em vista que a
teoria de Demócrito, apesar de correta, era filosófica pois não se apoiava em nenhum
experimento rigoroso.

Para a sua teoria atômica, Dalton fez 4 postulados:

1. A matéria está dividida em partículas indivisíveis e inalteráveis, que se chamam átomos.


2. Todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos entre si, apresentando a mesma
massa e as mesmas propriedades.
3. Os átomos de elementos diferentes possuem massa e propriedades diferentes.
4. Os compostos se formam quando os átomos se combinam em uma relação constante e
proporcional.
Segundo Duarte (s/d), “Dalton acreditava que os átomos fossem maciços, esféricos e indivisíveis
como bolinhas de gude”. Abaixo o modelo atómico de Dalton:

Fig 1: Modelo atómico de Dalton

Limitações do modelo atómico de Dalton

O conceito de isótopos, introduzido mais tarde, altera o segundo postulado, pois isótopos são
átomos de um mesmo elemento que possuem massas diferentes. Além de que actualmente,
sabemos que os átomos podem se dividir e sofrer alterações, podendo ser, inclusive, parte de sua
massa convertida em energia pela relação E=mc².

Modelo Atómico de Thomson

Segundo Russel & Guimarães (1994),

“Em 1887, o físico inglês J. J. Thomson mostrou que as partículas em raio catódico são
carregadas negativamente. Provou a afirmação mostrando que o raio pode ser desviado se passar
entre placas de metais carregados opostamente em um tubo de Crookes. A direção do desvio
mostrava que as partículas do raio catódico carregam um carga elétrica negativa”, p.233.

Atualmente estas partículas são chamadas elétrons. Segundo De Boni & Goldani (2007),
Thomson sugeriu que a massa total do átomo seria devida quase que totalmente apenas às cargas
positivas (prótons). Estas estariam espalhadas, uniformemente, por toda uma esfera, formando
uma massa compacta e uniforme. Na superfície dessa massa estariam aderidos os elétrons,
espaçados de modo uniforme. Esse modelo ficou conhecido como “pudim de passas”, onde se
assemelharia a um pudim coberto com passas, em que o pudim seria a massa de cargas positivas
e as passas os elétrons.
Fig2: Modelo atómico de Thomson

Modelo Atómico Rutherford

Como referem De Boni & Goldani (2007), que as segundas e terceiras grandes inovações vieram
com Ernest Rutherford, em 1911 e 1912. Rutherford conseguiu criar dois modelos atômicos que
até hoje são as representações mais reconhecidas do átomo. Rutherford criou primeiro um
modelo estático e, posteriormente, um modelo dinâmico.

Para desenvolver seu modelo atômico, Rutherford realizou experiências que consistiu em lançar
um jato de partículas α emitidas pelo polônio (um elemento radioativo) sobre uma finíssima
lâmina de ouro, para observar se essas partículas iriam sofrer algum desvio ao passarem pelos
átomos da lâmina de ouro. E as observações feitas durante o experimento levaram Rutherford a
tirar uma série de conclusões:

 O átomo não é maciço, apresentando mais espaço vazio do que preenchido;


 A maior parte da massa do átomo se encontra em uma pequena região central (núcleo)
dotada de carga positiva, onde estão os prótons;
 Os elétrons estão localizados em uma região ao redor do núcleo, chamada de eletrosfera.
 Esse modelo ficou conhecido como “modelo do sistema solar”, em que o sol seria
representado pelo núcleo e os planetas pelos elétrons ao redor do núcleo (na eletrosfera).

Abaixo o modelo atómico de Rutherford:


Fig 3: Modelo atómico de Rutherford

Limitações do modelo atómico de Rutherford

Apesar de sofisticado e popular, o modelo de Rutherford tinha alguns problemas, pois ele não
conseguia explicar de forma coerente as raias espectrais dos elementos químicos e também não
conseguia explicar a órbita dos elétrons.

De acordo com a teoria de Rutherford, os elétrons podiam orbitar o núcleo a qualquer distância.
Quando os elétrons circundam em volta do núcleo, estariam mudando constantemente sua
direção. A eletrodinâmica clássica (que trata do movimento dos elétrons) explica que, tais
elétrons que mudam constantemente sua direção, seu sentido, sua velocidade ou ambos, devem
continuamente emitir radiação. Ao fazer isto, perdem energia e tendem à espiralar para o núcleo.
Isto significa que os átomos seriam instáveis, completamente o contrário da realidade.

Modelo Atómico Bohr

A teoria atômica de Niels Bohr foi publicada entre 1913 e 1915. Ela conseguiu explicar
perfeitamente o espectro do átomo de hidrogênio, que a teoria de Rutherford não conseguia
explicar. Para isto, Bohr aceitou o modelo dinâmico de Rutherford com três postulados:

1. Os elétrons giram ao redor do núcleo em órbitas circulares (modelo de Rutherford),


porém sem emitir energia radiante (estado estacionário).
2. Um átomo emite energia sob a forma de luz somente quando um elétron pula de um
orbital de maior energia para um orbital de menor energia. ΔE = h.f, a energia emitida é
igual a diferença de energia dos dois orbitais envolvidos no salto.
3. As órbitas possíveis são aquelas em que o elétron possui um momento angular múltiplo
inteiro de h/2π, isto é, o elétron não pode estar a qualquer distância do núcleo, porém ele
fica limitado a poucas órbitas possíveis, as quais são definidas por um parâmetro
denominado número quântico principal n(n=1,2,3,4,5,6,…).

Modelo atómico de Bohr

Fig 4: Modelo atómico de Bohr

Vantagens do modelo atómico de Niels Bohr

No modelo atômico de Bohr, notamos que:

 O modelo atômico de Bohr explica o espectro principal do átomo de hidrogênio e de


átomos hidrogenóides (com apenas um elétron).
 Permite calcular raios e velocidade para o Hidrogênio e átomos hidrogenóides (com
apenas um elétron).
 Não explica o espectro fino.
 Cálculos de raios e velocidade para H e átomos hidrogenóides para valores altos de n e de
Z perdem o significado.
 Para átomos multieletrônicos, as ideias de raio e velocidade perdem o significado.
 Velocidade descontínua, em pulsos, pacotes ou quanta.
 Raio descontínuo, em saltos ou pulsos.

Referência Bibliográfica

De Boni, L.A.B. & Goldani, E.(2007), Introdução Clássica à Química Geral.Porto Alegre, Ed.
Tchê Química Cons. Educ. LTDA, 2007.
Duarte, D.F. (s/d), Química Geral. Manual do Curso de Licenciatura em Ensino de Química,
UCM, Beira. Moçambique.

Russel, J.B. e Guimaraes, D. (1994), Quimica Geral, vol.1, São Paulo: Makron Books Ltda.

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