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Problemas Éticos Na Criação Da Inteligência Artificial
Problemas Éticos Na Criação Da Inteligência Artificial
Este argumento transmite que as máquinas são exatamente como a pessoa dentro do
quarto, ambas são capazes de dar respostas certas sem que verdadeiramente
compreendam o que está a acontecer. Sendo que os computadores por natureza,
limitam-se a manipular símbolos formais e a realizar operações segundo regras dos
seus programas.
Assim podemos constituir e clarificar o argumento de Searle:
No entanto, foi apresentada uma objeção a este argumento, que consistia no facto que
embora a pessoa que manipula os símbolos dentro do quarto não compreendesse
chines, podemos pensar que todo o sistema o faz. Assim, seria plausível afirmar que,
apesar de uma parte do computador não compreender o significado dos símbolos
usados nem as respostas, essa é uma aptidão do sistema no seu todo, da máquina
com os seus hardware e software.
Searle apresentou uma resposta a esta objeção, dizendo que mesmo que nos
esquecemos da noção de sistema, não iriamos passar a ter uma máquina inteligente.
Ou seja, imaginemos que a pessoa dentro do quarto memoriza todas as regras do livro
de instruções, passa ela própria a interagir com o seu interlocutor ou inclusive sai do
quarto para comunicar diretamente com o mundo. Nestas circunstâncias, deixou de
existir um sistema, uma vez que tudo está agora centralizado num único elemento;
todavia, esta não compreende melhor chinês do que antes. O mesmo acontece com o
computador, que é incapaz de interpretar os símbolos que manipula, por mais
complexo que seja.
Concluindo, nós concordamos com a posição de John Searle, defendendo assim que
as máquinas não podem ter mente, pois estas não têm consciência e caso isto
acontecesse, nada nos garante as consequências que causaram, levantando assim
muitos problemas éticos.