Você está na página 1de 3

Ano Letivo 2022 – 2023

Filosofia 11º CTB

Os Problemas Éticos na Criação da Inteligência Artificial


Podem as máquinas ter consciência?

Trabalho realizado por:


Fabrício Dionísio, nº8
Maria Inês Ribeiro, nº15
Maria João Amaro, nº16
O problema que pretendemos abordar é “Podem as máquinas ter mentes?”.
Nós vamos defender o posicionamento de John Searle, que apresentou o argumento
do quarto chinês, sendo este argumento contra a inteligência artificial na Mente,
Cérebro e Ciência.
A inteligência artificial designa o comportamento inteligente desenvolvido por
dispositivos artificiais, existindo toda uma pesquisa envolvendo a criação e o estudo de
equipamentos dotados de inteligência.
Ao longo dos séculos o objetivo da evolução da tecnologia, foi sempre chegar o mais
próximo possível da inteligência, sendo que podemos dizer que esta é atribuída ao
pensamento e por conseguinte à consciência.
Este debate, de as máquinas chegarem a um nivel de inteligencia humana, sendo
impossível distinguir uma máquina de um humano, foi inicialmente debatido pelo Alan
Turing, sendo que este apresentou o teste Turing, que consistia em colocar uma
pessoa e uma máquina a responder a um interrogador que não sabia qual era a
máquina e a pessoa. Turing afirmou que a máquina só passaria no teste quando esta
conseguisse ludibriar o interrogador em 50% das respostas dadas. O que nunca
aconteceu.
Sendo apresentado, por John Searle o argumento do Quarto Chinês, este defende que
as máquinas jamais poderão vir a apresentar uma inteligência semelhante à humana,
sendo esta de seres que têm consciência e não só comportamentos ditos inteligentes.
Este argumento é defendido pela seguinte analogia:

Este argumento transmite que as máquinas são exatamente como a pessoa dentro do
quarto, ambas são capazes de dar respostas certas sem que verdadeiramente
compreendam o que está a acontecer. Sendo que os computadores por natureza,
limitam-se a manipular símbolos formais e a realizar operações segundo regras dos
seus programas.
Assim podemos constituir e clarificar o argumento de Searle:

No entanto, foi apresentada uma objeção a este argumento, que consistia no facto que
embora a pessoa que manipula os símbolos dentro do quarto não compreendesse
chines, podemos pensar que todo o sistema o faz. Assim, seria plausível afirmar que,
apesar de uma parte do computador não compreender o significado dos símbolos
usados nem as respostas, essa é uma aptidão do sistema no seu todo, da máquina
com os seus hardware e software.
Searle apresentou uma resposta a esta objeção, dizendo que mesmo que nos
esquecemos da noção de sistema, não iriamos passar a ter uma máquina inteligente.
Ou seja, imaginemos que a pessoa dentro do quarto memoriza todas as regras do livro
de instruções, passa ela própria a interagir com o seu interlocutor ou inclusive sai do
quarto para comunicar diretamente com o mundo. Nestas circunstâncias, deixou de
existir um sistema, uma vez que tudo está agora centralizado num único elemento;
todavia, esta não compreende melhor chinês do que antes. O mesmo acontece com o
computador, que é incapaz de interpretar os símbolos que manipula, por mais
complexo que seja.
Concluindo, nós concordamos com a posição de John Searle, defendendo assim que
as máquinas não podem ter mente, pois estas não têm consciência e caso isto
acontecesse, nada nos garante as consequências que causaram, levantando assim
muitos problemas éticos.

Você também pode gostar