Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
?utf 8?b?umvsyxrvzifyaw 8 GZG 8 Guendic 0 GTMLRB 2 Xsyxmgqw 50 B 25 Ues 5 Wzgy ?
?utf 8?b?umvsyxrvzifyaw 8 GZG 8 Guendic 0 GTMLRB 2 Xsyxmgqw 50 B 25 Ues 5 Wzgy ?
Florianópolis
2023
2
Este Projeto de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título
de "Bacharel em Design", e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação
em Design.
_______________________________________
Profa. Dra. Marília Matos Gonçalves
Coordenadora do Curso de Design UFSC
Banca Examinadora:
_______________________________________
Profa. Dra. Rosana Andrade Dias Do Nascimento
Professora Orientadora
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Since the beginning of human history, the visual arts have been the first form of
recording our existence. From primitive times to recent times, its evolution is
eternalized in various means of communication. However, social and health factors,
such as inequality and the pandemic, have led to an increasing decline in society's
interest in learning about its own history through art. It is with this problem that the
present project arose, which aimed to create a digital virtual exhibition in motion
design to show rereadings of pictorial works present in different aesthetic styles over
the last millennia. The design process was based on David Dean's methodology and
Ana Mae Barbosa's triangular approach, having carried out an extensive
chronological research of the main paintings, passing through Prehistory, Antiquity,
Middle Ages, Modern and Contemporary. With all this study, it was possible to follow
up and apply the methods adapted to the online environment without losing the
essence of the exhibition space and the three pillars (contextualization, fruition and
artistic making). Faced with the Fibonacci sequence and its golden proportions, the
respective visual identity was created and curatorship, educational and promotional
plans were carried out, in addition to a questionnaire for the end of the visit. It ended
with success in achieving the objectives by inaugurating the work through the
Artsteps platform with the help of Illustrator, Photoshop, After Effects and Motionleap
software for the production of all graphic and animated pieces, used in the exhibition
and in this report.
RÉSUMÉ
Depuis l'aube de l'histoire humaine, les arts visuels ont été la première forme
d'enregistrement de notre existence. Des temps primitifs aux temps récents, son
évolution s'éternise dans divers moyens de communication. Cependant, des facteurs
sociaux et sanitaires, tels que les inégalités et la pandémie, ont conduit à un déclin
croissant de l'intérêt de la société pour l'apprentissage de sa propre histoire à travers
l'art. C'est avec cette problématique qu'est né le présent projet, qui visait à créer une
exposition virtuelle numérique en motion design pour montrer des relectures
d'œuvres picturales présentes dans différents styles esthétiques au cours des
derniers millénaires. Le processus de conception était basé sur la méthodologie de
David Dean et l'approche triangulaire d'Ana Mae Barbosa, après avoir effectué une
recherche chronologique approfondie des principaux tableaux, en passant par la
Préhistoire, l'Antiquité, le Moyen Âge, le Moderne et le Contemporain. Avec toute
cette étude, il a été possible de suivre et d'appliquer les méthodes adaptées à
l'environnement en ligne sans perdre l'essence de l'espace d'exposition et des trois
piliers (contextualisation, réalisation et création artistique) en réalisant des curatelles,
des plans promotionnels et éducatifs, en complément d'un questionnaire à la fin de la
visite. Enfin, les objectifs ont été atteints lorsque l'œuvre a été inaugurée via la
plateforme Artsteps, avec l'aide des logiciels Illustrator, Photoshop, After Effects et
Motionleap pour la production de toutes les pièces graphiques et animées, utilisées
dans l'exposition et dans ce rapport.
LISTA DE FIGURAS
Figura 21: "A Escola de Atenas", Rafael, afresco no Palácio Vaticano, Roma, 1510-1511 53
Figura 22: "A Virgem e o Menino com s. Martina e s. Agnes", El Greco, óleo sobre tela, 54
1597-1599
Figura 23: "A Ceia em Emaús", Caravaggio, óleo sobre tela, 1597-1599 56
Figura 24: "A Rainha Maria Antonieta", Élisabeth Vigée Le Brun, óleo sobre tela, 1783 57
10
Figura 25: "A Intervenção das Sabinas", Jacques-Louis David, óleo sobre tela, 1794 58
Figura 26: "A Primeira Missa no Brasil", Victor Meirelles, óleo sobre tela, 1861 59
Figura 27: "Independência ou Morte", Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888 59
Figura 28: "Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808", Francisco de Goya, óleo sobre tela, 60
1814
Figura 29: "Os quebradores de Pedra", Gustave Courbet, óleo sobre tela, 1849 61
Figura 30: "O monte Fuji com tempo limpo" ( ), ou Fuji vermelho, Hokusai, 1831 62
Figura 31: "Impressão, nascer do sol", Claude Monet, óleo sobre tela, 1873 63
Figura 32: "O farol de Honfleur", Georges Seurat, óleo sobre tela, 1886 65
Figura 33: "O quarto do artista em Arles", Vincent van Gogh, óleo sobre tela, 1889 65
Figura 34: "Retrato de Adele Bloch-Bauer", Gustav Klimt, óleo, prata, ouro e gesso sobre 66
tela, 1907
Figura 35: "Harmonia em vermelho (Sala vermelha)", Henri Matisse, óleo sobre tela, 67
1908-1909
Figura 36: "Cena de rua berlinense", Ernst Ludwig Kirchner, óleo sobre tela, 1913 68
Figura 37: "Les Demoiselles d'Avignon", Pablo Picasso, óleo sobre tela, 1907 69
Figura 38: "Composição VIII", Wassily Kandinsky, óleo sobre tela, 1923 71
Figura 39: Detalhes de "Golconda", René Magritte, óleo sobre tela, 1953 72
Figura 40: Detalhes de "O Homem Amarelo", Anita Malfatti, óleo sobre tela, 1917 73
Figura 41: Capa do catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922, desenhada por Di 74
Cavalcanti
Figura 42: "Os Retirantes", Candido Portinari, óleo sobre tela, 1944 75
Figura 43: "Campbell’s Soup Can", Andy Warhol, polímero sintético sobre telas, 1962 76
Figura 44: Exposição virtual "35 Revoluções: Irmãos Campana", MAM - RJ 78
Figura 45: Exposição virtual "Bandeira Brasileira", MAM - RJ 78
Figura 46: Exposição virtual "Estado bruto", MAM - RJ 79
Figura 47: Exposição virtual "Fayga Ostrower: formações do avesso", MAM - RJ 79
Figura 48: Panorama geral virtual do piso 1 da Pinacoteca de São Paulo 81
Figura 49: Vista virtual no modo "Dollhouse" da Pinacoteca de São Paulo 81
Figura 50: Divisão das salas virtuais da Pinacoteca de São Paulo 82
11
Figura 51: Falha na legibilidade dos textos virtuais da Pinacoteca de São Paulo 82
Figura 52: Alguns slides da exposição digital da Caverna de Chauvet, Google Arts & 84
Culture
Figura 53: Alguns slides da exposição digital de Lasar Segall Processos, Google Arts & 85
Culture
Figura 61: "Cuthbert extinguishing a fire set by a demon", iluminura pré-gótica, Inglaterra, 98
séc. XII
Figura 62: Frames da releitura de uma iluminura pré-gótica inglesa, Citlali Reyes, 2019 99
Figura 63: "Mona Lisa", Leonardo Da Vinci, óleo sobre madeira de álamo, 1503-1506 100
Figura 64: Frames da releitura de "Mona Lisa", Mystery Scoop, 2022 101
Figura 65: "Moça com o Brinco de Pérola", Johannes Vermeer, óleo sobre tela, 1665-1666 102
Figura 66: Frames da releitura de "Moça com o Brinco de Pérola", Mystery Scoop, 2021 103
Figura 67: "A Grande Onda de Kanagawa", Katsushika Hokusai, gravura, 1830 104
Figura 68: Frames da releitura de "A Grande Onda de Kanagawa", Segawa Atsuki, 2015 104
Figura 69: "Cristo em Majestade" (autor desconhecido), afresco na Espanha, 1123 106
Figura 70: Frames da releitura do afresco "Cristo em Majestade", 2023 107
Figura 71: "O Balanço", Jean-Honoré Fragonard, óleo sobre tela, 1766 108
Figura 72: Frames da releitura de "O Balanço", 2023 109
Figura 73: "A Noite Estrelada", Vincent van Gogh, óleo sobre tela, 1889 110
Figura 74: Print do processo de produção da releitura de "A Noite Estrelada", 2023 111
Figura 75: "O Grito", Edvard Munch, óleo sobre tela, 1893 112
12
Figura 76: Print do processo de produção da releitura de "O Grito", 2023 113
Figura 77: Impressão do Manifesto Antropófago, 1928 114
Figura 78: "Abaporu", Tarsila do Amaral, óleo sobre tela, 1928 115
Figura 79: Frames da releitura de "Abaporu", 2023 116
Figura 80: "Díptico Marilyn", Andy Warhol, serigrafia, 1962 117
Figura 81: Frames da releitura de "Díptico Marilyn", 2023 117
Figura 82: Infográfico do storyline com a linha do tempo 118
Figura 83: Painel de referências 119
Figura 84: Fonte Trajan em séries e filmes consagrados 120
Figura 85: Paleta cromática 121
Figura 86: Geração de alternativas como logotipo 121
Figura 87: Geração de alternativas como lettering 122
Figura 88: Grid da alternativa escolhida 122
Figura 89: Versão final do lettering 123
Figura 90: Espaço padrão da versão gratuita do Artsteps 124
Figura 91: Espaço padrão da versão gratuita do Artsteps 124
Figura 92: Visão em perspectiva da exposição 125
Figura 93: Cenografia da exposição 125
Figura 94: Manchete do jornal parisiense noticiando o roubo da Mona Lisa em 1911 127
Figura 95: Cartaz de divulgação física da exposição 128
Figura 96: Print da sala da Pré-História 129
Figura 97: Print final da sala da Antiguidade com vista para o banner da Idade Média 130
Figura 98: Print final da sala da Idade Média 130
Figura 99: Print final da sala da Idade Moderna 131
Figura 100: Print final da sala da Idade Contemporânea 131
13
LISTA DE QUADROS
Quadro 2: Versão reformulada do Modelo para este projeto de exposição virtual digital 32
ABREVIATURAS
SIGLAS
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 18
1.1 - Contextualização 18
1.2 - Problemática 21
1.3 - Objetivos 23
1.4 - Justificativa 23
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 35
2.1.1 - Pré-História 36
2.1.2 - Antiguidade 40
3 - APLICAÇÃO DA METODOLOGIA 88
APÊNDICES 142
Faça simples.
Faça memorável.
Faça convidativo ao olhar.
Faça divertido para ler.
Leo Burnett
18
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
Penso que conhecer algo dessa história ajuda-nos a compreender por que
os artistas trabalham de uma determinada maneira ou visam certos efeitos.
É, sobretudo, um excelente modo de exercitarmos os nossos olhos para as
características particulares das obras de arte e, por conseguinte, de
aumentarmos a nossa sensibilidade para os mais sutis matizes de
diferença. (GOMBRICH, 2008, p. 37)
Além desses motivos, a escola de design possui, por sua vez, a obrigação de
instruir-se no que concerne à História da Arte, tanto que esta é uma das primeiras
disciplinas oferecidas ao se lecionar tal área. Assim, adquire-se uma base para o
conhecimento sobre a evolução da linguagem visual que ocorreu no decorrer do
tempo, desenvolvendo um maior aprofundamento nos elementos imagéticos como
cor, composição e forma. Por exemplo, um designer gráfico familiarizado com o
modernismo pode ser capaz de criar um design que faça referência direta ao
minimalismo do movimento Bauhaus, enquanto incorpora elementos
contemporâneos que atraem o público moderno.
1
Apesar da discussão relativa a este termo dispor bastante relevância por impelir o conceito
questionável do que é ou não é beleza, este relatório foca na definição inaugural e estrita do mesmo,
que consiste no ramo daquelas artes que imitam a bela natureza expressa pelas cores, pelo relevo e
pelas atitudes (BATTEUX, 1746, tradução nossa; cuja editoração original se encontra em domínio
público e disponível na íntegra por este link).
20
1.2 Problemática
Em seu livro "O que é museu", Marlene Suano discorre sobre o quão antigo é
esse problema da desigualdade entre classes em exposições. A autora chega a citar
em seu texto uma nota do século XVIII de Sir Ashton de Alkrington Hall (Manchester)
em jornais ingleses, que ilustra bem esse assunto:
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
Mas por que uma exposição online? A resposta para essa pergunta pode ser
feita através da análise de suas vantagens perante aquelas que são presenciais.
Além da óbvia economia de tempo, mão de obra e dinheiro que seriam gastos na
montagem de um espaço físico, é garantido uma maior duração da exposição e mais
visitantes de diversas partes do mundo, sem qualquer limitação geográfica ou social.
Para Muchacho (2005), o museu virtual proporciona uma nova comunicabilidade
entre o museu e o seu público, pois a utilização das TIC (Tecnologias da Informação
e da Comunicação) integra o conceito de interatividade no percurso museológico.
Web3D e até mesmo o Metaverso, que estão sendo amplamente utilizadas para
criar exposições virtuais, tanto em quiosques informativos quanto na internet.
Corrêa (2012) aponta que antigamente a maioria dos projetos em design eram
incompatíveis entre si, se analisarmos o suporte utilizado. O que ocorre atualmente
é que as mídias digitais interagem entre si e com as mídias clássicas. O uso de
motion no design é considerado não somente um acréscimo de valor ao produto
final, mas também uma maneira de sincretizar mídias culturais diferentes com intuito
de incrementar o interesse sobre o projeto, aproximando-se do seu público-alvo.
2
Disponível em:
<https://joselorenzo.studio/cover-animated-newyorker>.
Acesso em: 05 abr. 2023.
3
Disponível em:
<https://ew.com/movies/the-little-mermaid-halle-bailey-melissa-mccarthy-cover-story/>.
Acesso em: 05 abr. 2023.
4
Disponível em:
<https://www.behance.net/gallery/82463309/DESIGN-INDABA-Animated-magazine-cover>.
Acesso em: 05 abr. 2023.
28
Além disso, optou-se por metade da coleção exposta ter sido provida de
terceiros devido a dois pretextos: o tempo hábil destinado à efetuação do projeto,
que não possibilitaria a criação de todas as releituras de forma autônoma; o fato de
algumas obras já terem suas versões em movimento feitas antecipadamente por
outros artistas na internet, contemplando exatamente o estilo pretendido pelo autor.
Por conta disso, este projeto de design limita-se a realizar uma exposição
virtual digital para apresentar releituras de pinturas em videografismo — sendo
autorais e não autorais — vinculadas a movimentos artísticos históricos distintos5 por
5
Para um trabalho deste porte, não seria viável abordar absolutamente todos os infinitos movimentos
artísticos que tivemos ao longo de milhares de anos. Buscou-se, assim, focar nos estilos pictóricos
que mais marcaram e influenciaram outros na história, pois o princípio norteador do projeto é
incentivar o visitante depois a querer procurar mais sobre, e não entregar tudo sobre o assunto.
29
6
Nossa sociedade sofre com os efeitos causados pelo eurocentrismo institucionalizado até os dias de
hoje. A escassez de fontes confiáveis asiáticas e mesoamericanas encontradas acarretou a
predominância do ocidente na pesquisa realizada. O autor reconhece a magnitude da pauta
decolonial em voga, porém a complexidade envolvida impossibilitou a inserção da mesma no projeto.
7
É importante frisar que, embora haja disparidade entre a época que a Idade Moderna começa —
que segundo Proença (2007) se deu com a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453 — e o
período que a Arte Moderna se inicia (apenas no final do século XIX), para evitar que aconteça
confusão entre os termos, será considerado somente a primeira catalogação neste projeto.
8
O mesmo vale para todas as obras que vierem depois da Queda da Bastilha na Revolução Francesa
em 1789, que serão rotuladas para a Contemporaneidade, mesmo aquelas pertencentes ao
Movimento Modernista da primeira metade do século XX.
30
releitura em motion design e o design de exposição, por isso buscou-se criar abaixo
uma metodologia própria com base em outras existentes.
● Recolhimento de ideias;
FASE
● Criação de um orçamento para a exposição;
CONCEITUAL
● Identificação do potencial da exposição e os recursos disponíveis;
Etapa de Etapa de
planejamento produção
Etapa Etapa de
operacional finalização
Fonte: Elaborado pelo autor, cujo conteúdo foi traduzido a partir de David Dean, 2002.
Pode-se observar abaixo que apenas foi retirada a etapa de finalização neste
ajustamento do quadro 2, pois como refere-se a uma exposição virtual digital de
longa duração, não há uma data certa definida para o encerramento da mesma.
32
Quadro 2 - Versão reformulada do Modelo para este projeto de exposição virtual digital
Etapa de Etapa de
planejamento produção
Etapa operacional
FASE
FUNCIONAL ● Inauguração da exposição virtual digital;
● Realização de visita guiada;
Apesar da própria criadora não considerar tal prática como sendo uma
metodologia9 (inicialmente apelidada por outros professores), Ana Mae instituiu esse
tipo de abordagem como algo que pudesse ser construído coletivamente, estando
sempre flexível e podendo ser feito de várias maneiras. Essa característica versátil
foi o que permitiu o veredito de sua adesão, pois a sua estrutura constrói o
conhecimento nas artes através da interligação dos três eixos em questão.
9
"Hoje recuso a ideia de metodologia por ser particularizadora, prescritiva e pedagogizante,
mas subscrevo a designação triangular" afirma Barbosa em uma entrevista feita em 1995 à revista
"Comunicação & Educação" do Departamento de Comunicações e Artes - ECA/USP.
34
Leonardo da Vinci
35
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Pré-História
Conhecida também como a Era Ágrafa, foi a idade que antecedeu o advento
da escritura. Ainda que não tenha-se registrado nenhum documento grafado, o
homem pré-histórico eternizou a sua progressão através dos seus instrumentos,
armas, fósseis, utensílios, gravuras, pinturas e fragmentos de joalheria e
ornamentação. Basicamente, tudo o que sabemos da raça humana que viveu nesse
tempo é fruto do estudo dos antropólogos, historiadores e arqueólogos, que
reconstituíram as evoluções dessa época.
10
Disponível em:
<https://www.uol/noticias/especiais/lascaux.htm#artistas-da-caverna>.
Acesso em: 17 de abril de 2023.
11
Disponível em:
<https://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/caverna-de-lascaux-grutas-de-lascaux>.
Acesso em: 17 abr. 2023.
38
12
Retirada da galeria pessoal de Patrick Gruban. Disponível em:
<https://www.flickr.com/photos/gruban/137421445/in/album-72057594120816822/>.
Acesso em: 18 abr. 2023.
40
Cada vez mais são descobertos novos sítios arqueológicos, nome dado às
localidades onde se residem vestígios da ocupação de nossos ancestrais
pré-históricos. Afora do já citado na França, esses sítios estão presentes em países
de todos continentes, sobretudo em: regiões do Brasil (Lapa de Cerca Grande - MG,
Parque Nacional da Serra da Capivara - PI, Serra da Lua - PA, Ilha dos Martírios -
TO); Egito (Caverna dos Nadadores); Espanha (Caverna de Altamira); Austrália
(Parque Nacional Kakadu); Bulgária (Caverna Magura); Argentina (Caverna das
Mãos); Índia (Abrigos de pedra em Bhimbetka) e Indonésia (Caverna Pettakere).
2.1.2 Antiguidade
A invenção da escrita por volta de 4000 a.C. trouxe consigo uma nova era na
humanidade: a Idade Antiga. Esta, por sua vez, foi a responsável por colocar a
pintura em outro patamar, não se limitando mais aos rochedos. À medida que as
civilizações se desenvolveram à volta do globo, o material pitoresco firmou-se como
um meio de expressar cultura, registro histórico e vida cotidiana.
Começando pelo Egito Antigo, Gombrich (2008) afirma que a pintura era
demasiadamente estilizada e simbólica, com destaque na representação de figuras
humanas e divinas em poses rígidas e hieráticas. As pinturas eram frequentemente
41
encontradas em túmulos e templos (figura 11), onde serviam como uma forma de
comunicação com os deuses e para ajudar o falecido em sua jornada para a vida
após a morte. As cores utilizadas eram brilhantes e vibrantes, mas não
necessariamente realistas. O método egípcio enfatizava a precisão geométrica e o
uso de linhas para delinear as formas.
Figura 11 - Pinturas egípcias na tumba do Rei Tutancâmon (1341 a.C. - 1323 a.C.), Egito
13
Disponível em:
<https://www.smithsonianmag.com/history/how-howard-carter-discovered-king-tuts-golden-tomb-1809
81052/>. Acesso em: 20 abr. 2023.
42
Essa técnica foi usada para enfatizar a importância das efígies retratadas e
para torná-las mais facilmente reconhecíveis, ajudando a criar uma sensação de
estabilidade e permanência nas pinturas egípcias, que muitas vezes eram
destinadas a durar por toda a eternidade.
14
Disponível em: <https://auladehistoria.org/vaso-francois-comentario-y-analisis/>.
Acesso em: 20 abr. 2023.
44
a) Primeiro estilo: recobre as paredes de uma sala com uma camada de gesso
pintado, dando a impressão de placas de mármore;
b) Segundo estilo: pinta painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por
onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas;
c) Terceiro estilo: revela fielmente a realidade, valorizando a delicadeza dos
pequenos detalhes;
d) Quarto estilo (figura 13): apresenta um painel de fundo vermelho, ao centro
uma pintura imitando um cenário teatral, geralmente cópia de obra grega.
Figura 13 - Afrescos na parede de uma casa na Vila dos Mistérios, século I a.C., Pompéia
15
Disponível em:
<https://www.ilgazzettinovesuviano.com/2021/07/16/pompei-scavi-dal-19-luglio-riapre-la-villa-dei-miste
ri/>. Acesso em: 21 abr. 2023.
45
16
"Consiste em misturar os pigmentos a uma goma orgânica (gema de ovo), para facilitar a fixação
das cores à superfície do objeto pintado. O resultado é uma pintura brilhante e luminosa. A partir do
surgimento da pintura a óleo, os artistas abandonaram a técnica da têmpera" (PROENÇA, 2007).
17
"O processo consiste em diluir os pigmentos em cera derretida e aquecida no momento da
aplicação. Ao contrário da têmpera, cujo efeito é brilhante, a pintura em encáustico é semi fosca"
(PROENÇA, 2007).
46
Não se pode fazer justiça a qualquer obra de arte medieval sem ter em
mente esse propósito. Pois esses artistas não se propunham criar uma
semelhança convincente com a natureza ou fazer belas coisas: eles
queriam transmitir a seus irmãos de fé o conteúdo e a mensagem da história
sagrada. (GOMBRICH, 2008, p. 165).
Figura 15 - Uma parte da obra "La Viga de la Pasión", primeiro terço do século XIII, Espanha
18
Disponível em: <https://www.culturagenial.com/arte-romanica/>.
Acesso em: 22 abr. 2023.
48
É notório que, com exceção dos afrescos (figura 15), na Arte Românica — e
posteriormente na Gótica — a iluminura foi sem dúvidas a mais hegemônica. A
ilustração colorida de manuscritos (figura 16) era feita principalmente para ensinar
passagens da bíblia aos fiéis que não sabiam ler. Esse tipo de pintura em miniatura
portátil avassalou os evangelhos, missais e códices por todo o continente europeu,
estando presente em pergaminhos espanhóis, ingleses, franceses, célticos, etc.
19
Disponível em:
<https://www.nationalgeographic.co.uk/history-and-civilisation/2021/12/biblical-stories-of-jesus-birth-re
veal-intriguing-clues-about-his-times>. Acesso em: 23 abr. 2023.
49
Segundo Janson (2009), a pintura gótica era qualificada por figuras mais
realistas, com maior profundidade e sombras para criar uma sensação de volume.
Ao contrário do que se via na Românica, as cores eram mais suaves e delicadas
com uma maior variedade de tons.
20
Disponível em: <https://aartedosvitrais.com/pt/instituicoes/>. Acesso em: 24 abr. 2023.
50
Figura 19 - "O casal Arnolfini", Jan Van Eyck, óleo sobre tela, 1434
"Nas artes e nas ciências, assim como na sociedade e na política, a Itália foi o
principal catalisador do progresso durante a Renascença — o rico período de
desenvolvimento que marcou a Europa no fim da Idade Média" (BECKETT, 1997).
Trata-se do ponto crucial para que a época moderna inaugurasse e, como tal,
estabelecesse os alicerces das civilizações ocidentais e de seus valores.
Apesar dos temas pintados terem variado amplamente com retratos, cenas
religiosas, mitológicas e históricas, de acordo com Imbroisi e Martins (2023), as
principais características da pintura renascentista foram:
Figura 20 - "A Última Ceia", Leonardo Da Vinci, afresco no refeitório do mosteiro de Santa Maria delle
Grazie, Milão, 1495-1497
Figura 21 - "A Escola de Atenas", Rafael, afresco no Palácio Vaticano, Roma, 1510-1511
Figura 22 - "A Virgem e o Menino com s. Martina e s. Agnes", El Greco, óleo sobre tela, 1597-1599
Conforme Imbroisi e Martins (2023) falam: "O estilo barroco traduz a tentativa
angustiante de conciliar forças antagônicas: Bem e Mal, Deus e Diabo, Céu e Terra,
Pureza e Pecado, Alegria e Tristeza, Paganismo e Cristianismo, Espírito e Matéria".
Entende-se por estilo barroco uma orientação artística que surgiu em Roma
na virada para o século XVII, constituindo até certo ponto uma reação ao
artificialismo maneirista do século anterior. O novo estilo estava
comprometido com a emoção genuína e, ao mesmo tempo, com a
ornamentação vivaz. O drama humano [...] era em geral encenado com
gestos teatrais muitíssimo expressivos, sendo iluminado por um
extraordinário claro-escuro. (BECKETT, 1997, p.173).
Fonte: BBC24.
24
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/vert-cul-57818620>. Acesso em: 24 abr. 2023.
57
Figura 24 - "A Rainha Maria Antonieta", Élisabeth Vigée Le Brun, óleo sobre tela, 1783
25
Disponível em:
<https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2021/01/17/o-colar-de-diamantes-de-maria-antonieta-
que-custou-a-sua-reputacao-e-vida.htm>. Acesso em: 25 abr. 2023.
58
Figura 25 - "A Intervenção das Sabinas", Jacques-Louis David, óleo sobre tela, 1794
Fonte: Culturalizando26.
26
Disponível em:
<https://culturalizando.blog/2021/01/27/jacques-louis-david-o-pintor-oficial-de-napoleao-bonaparte/>.
Acesso em: 26 abr. 2023.
59
Figura 26 - "A Primeira Missa no Brasil", Victor Meirelles, óleo sobre tela, 1861
Figura 28 - "Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808", Francisco de Goya, óleo sobre tela, 1814
Pintores como Goya (figura 28), Eugène Delacroix, William Turner e John
Constable, regressaram ao Barroco e recuperaram a sugestão de agitação que os
neoclássicos haviam negado com composições em diagonal. A natureza recebeu
holofote e passou a ser o conteúdo central, exibindo um dinamismo equivalente às
emoções humanas (PROENÇA, 2007).
Figura 29 - "Os quebradores de Pedra", Gustave Courbet, óleo sobre tela, 1849
Figura 30 - "O monte Fuji com tempo limpo" ( ), ou Fuji vermelho, Hokusai, 1831
27
Disponível em: <https://coisasdojapao.com/2020/06/a-grande-onda-de-kanagawa/>.
Acesso em: 27 abr. 2023.
63
Figura 31 - "Impressão, nascer do sol", Claude Monet, óleo sobre tela, 1873
28
Embora o mesmo não gostasse de ser chamado de impressionista e sim realista, Gompertz (2013)
alega que ele foi um participante muito ativo na exposição inaugural de 1874 e contribuiu para quase
todas as sete exposições impressionistas realizadas ao longo dos doze anos seguintes, suas obras
tinham uma abordagem que se assemelhava à arte que estava sendo produzida por seus colegas.
64
O que veio logo após esse movimento transgressor viria a ser ainda mais
excêntrico e impactante. Segundo Gompertz (2013), o Pós-impressionismo foi
postumamente cunhado por Roger Fry em 1910 depois de selecionar quatro artistas
— Georges Seurat com o Pontilhismo (figura 32), Paul Gauguin com o Simbolismo,
Paul Cézanne e Vincent van Gogh (figura 33) — para fazer parte de uma exposição
que estava montando nas Grafton Galleries, em Londres, pois ele precisava de um
substantivo coletivo para unificar esse grupo desigual.
Figura 32 - "O farol de Honfleur", Georges Seurat, óleo sobre tela, 1886
Figura 33 - "O quarto do artista em Arles", Vincent van Gogh, óleo sobre tela, 1889
Figura 34 - "Retrato de Adele Bloch-Bauer", Gustav Klimt, óleo, prata, ouro e gesso sobre tela, 1907
29
Disponível em: <https://virusdaarte.net/klimt-retrato-de-adele-bloch-bauer-i/>.
Acesso em: 29 abr. 2023.
67
Figura 35 - "Harmonia em vermelho (Sala vermelha)", Henri Matisse, óleo sobre tela, 1908-1909
Figura 36 - "Cena de rua berlinense", Ernst Ludwig Kirchner, óleo sobre tela, 1913
Figura 37 - "Les Demoiselles d'Avignon", Pablo Picasso, óleo sobre tela, 1907
que é que torna essas linhas de alguma maneira diferentes daquelas que
você ou eu poderíamos desenhar, mas existe alguma coisa. [...] A verdade é
que a arte abstrata encerra certo mistério; algo que confunde nossos
cérebros racionais quando acreditamos que pinturas e esculturas precisam
contar uma história. Trata-se de uma ideia complexa que é tipicamente
expressada de maneira simples. (GOMPERTZ, 2013).
Figura 40 - Detalhes de "O Homem Amarelo", Anita Malfatti, óleo sobre tela, 1917
Figura 41 - Capa do catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922, desenhada por Di Cavalcanti
Subindo para o norte com os Estados Unidos, após passar pelo Realismo
Americano — retratando o esgotamento e a exuberância cultural da paisagem
figurativa americana com a vida comum dos cidadãos — e o Expressionismo
Abstrato pós Segunda Guerra Mundial, teve-se um novo rumo artístico conhecido
pelo termo Pop Art (abreviação das palavras inglesas Popular e Art), cujo espírito
fundamental era, segundo Gompertz (2013):
A crença de que alta e baixa cultura são uma só e mesma coisa, que
imagens de revista e garrafas de bebida eram tão válidas como formas de
arte para criticar a sociedade quanto as pinturas a óleo e as esculturas de
bronze adquiridas e expostas pelos museus. A intenção da pop art era
borrar a linha entre uma coisa e outra.
76
Figura 43 - "Campbell’s Soup Can", Andy Warhol, polímero sintético sobre telas, 1962
33
Disponível em: <https://arteregistrada.blogspot.com/2020/10/pop-art.html>.
Acesso em: 02 maio 2023.
77
Começando pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), que é uma
instituição referência para a arte e para a cultura do nosso país. Fundado em 1948, possui
uma das mais relevantes coleções de arte moderna e contemporânea da América Latina,
com mais de 16 mil obras. Sua atuação se dá sobre o tripé arte – educação – cultura.
Trata-se de um instituto cultural constituído como sociedade civil de interesse público, sem
fins lucrativos, apoiada por pessoas físicas e por empresas.
Ao longo de sua história, o MAM Rio sediou exposições que até hoje marcam as
expressões e linguagens das artes e da cultura, tendo abrigado movimentos que
transformaram o país. Sua Cinemateca, com audiovisuais em todos os formatos e sala de
exibição, configura-se importante polo de documentação e fruição fílmica. Suas exposições
virtuais34 consistem em centenas de fotos panorâmicas de seu vasto espaço físico
(tecnologia do MAM Rio 360°), contando com o patrocínio da Aliansce Sonae Shopping
Centers e é viabilizada por meio da parceria com a Media Glass & SmartFans.
34
Disponíveis em: <https://mam.rio/3D/>. Acesso em: 03 maio 2023.
78
Em seu site oficial, disponibiliza-se tours virtuais pela arquitetura, objetos e história
do museu. Nelas é permitido conhecer as exposições apresentadas em 2021 com
conteúdos extras de áudio e vídeo por meio de um passeio 3D visualizável em
computadores e aparelhos móveis, sendo dispensável a instalação de qualquer plugin ou
extensão adicional. Atualmente, as exposições disponíveis são “35 Revoluções: Irmãos
Campana” (figura 44), “Realce”, “Cosmococa”, “Bandeira Brasileira” (figura 45), “Hélio
Oiticica: a dança na minha experiência”, "Estado bruto" (figura 46), "Fayga Ostrower:
formações do avesso" (figura 47) e "Marcos Chaves: as imagens que nos contam".
Com o passar dos anos formou-se um significativo acervo. Hoje sua coleção
conta com cerca de 11 mil peças, que incluem Anita Malfatti, Lygia Clark, Tarsila do
Amaral, Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Candido Portinari, Oscar Pereira da
Silva, entre outros. Todas sendo administradas pela Associação Pinacoteca Arte e
Cultura desde 2006, por meio de Contrato de Gestão assinado com a Secretaria de
Cultura e Economia Criativa de São Paulo. Os documentos norteadores da Gestão
da Pinacoteca são o Plano Museológico35 e o Planejamento Estratégico36.
35
Disponível em:
<pinacoteca.org.br/wp-content/uploads/2023/05/2023508_Tomara_PINA-diagramado_baixa.pdf>.
Acesso em: 04 maio 2023.
36
Disponível em: <pinacoteca.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Plano-Estrategico.pdf>.
Acesso em: 04 maio 2023.
37
Disponível em: <https://pinacoteca.org.br/conteudos-digitais/tipo/tour-virtual/>.
Acesso em: 04 maio 2023.
81
O Arts & Culture é uma iniciativa da Google que busca tornar a arte mais
acessível através de formatos progressistas e cativantes. Essa plataforma funciona
como um acervo de atividades interativas e personalizáveis, permitindo que os
usuários criem coleções de acordo com os seus interesses pessoais, seja para um
indivíduo curioso em aprender sobre arte ou para um professor graduado que deseja
usar as ferramentas oferecidas em sala de aula.
38
São eles: Museu de Arte de Yamatani – Shibuya; Museu Soumaya – Cidade do México; Inhotim –
Brasil; O Museu de Arte Nelson-Atkins – Cidade de Kansas; Legião de honra – São Francisco; MOCA
– Bangkok; Museu Van Gogh – Amsterdã e o Museu de História Natural – Berlim.
39
A plataforma reconhece esse ponto forte e até junta um compilado de pinturas em alta definição
disponível em: <https://artsandculture.google.com/story/hAXhy-4s3wl8KA>. Acesso em 04 maio 2023.
84
Figura 52 - Alguns slides da exposição digital da Caverna de Chauvet, Google Arts & Culture40
40
Disponível em: <artsandculture.google.com/story/yQURd7pZumeaIQ>. Acesso em: 05 maio 2023.
85
Figura 53 - Alguns slides da exposição digital de Lasar Segall Processos, Google Arts & Culture41
41
Disponível em: <artsandculture.google.com/story/pAVxDOgp0pt5Lg>. Acesso em: 05 maio 2023.
86
a) Fidelidade com um espaço museal físico. Isso contribui para uma experiência
sensorial mais completa e uma maior sensação de imersão para quem o
frequenta, visto que o mesmo fornece uma visita tridimensional, permitindo
que a pessoa olhe por diferentes ângulos uma mesma obra de arte;
b) Liberdade de escolha para a ordem da visita, tornando-a mais agradável e
menos limitada. Assim, o frequentador se sente mais à vontade e não fica
com a sensação tendenciosa de que é obrigado a acompanhar apenas uma
linha reta de rolagem da tela.
a) Suporte mais leve do software. Isso oferece maior agilidade na visita, não
requerendo uma internet muito potente para acessá-la, ou seja, menor
probabilidade de que a tela do dispositivo trave devido a uma transmissão de
dados que seja demasiado elevada;
b) Informações textuais mais evidentes, melhorando a legibilidade das legendas
que compõem o acervo, já que o seu conteúdo é bidimensional e não há
deformações ou uma barreira de pixels ao se dar zoom.
Paul Rand
88
3 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, …
Essa proporção áurea é usada na arte desde muito antes de Cristo, tendo seu
apogeu na era renascentista e se perpetuando até os dias de hoje. Tal número está
envolvido com a ordem de crescimento da natureza e pode ser achado de forma
aproximada no homem (figura 55), nas colméias, entre inúmeros outros exemplos.
Figura 55 - "Homem Vitruviano", Leonardo da Vinci, lápis e tinta sobre papel, 1490
42
Disponível em:
<https://theconversation.com/artist-engineer-wedding-planner-500-years-of-leonardo-da-vinci-116493>
Acesso em: 08 maio 2023.
91
Fonte: Medium43.
43
Disponível em:
<https://medium.com/chocoladesign/apple-e-a-propor%C3%A7%C3%A3o-%C3%A1urea-891b33fca9
d>. Acesso em: 10 maio 2023.
92
Acesso em
Desejável
dispositivos móveis
Análise de
Plataforma similares
Acesso
digital Obrigatório
em desktops
b) Emaze: esse site deixa que se importe imagens, vídeos e sons para uma área
digital que simula o 3D e compartilhe com quem quiser. Não é de graça e o
plano básico custa R$ 45 por ano;
c) CoSpaces Edu: programa destinado principalmente para estudantes que
aceita a anexação de imagens gratuitamente em paredes 3D, porém outros
tipos de mídia requerem um plano básico custando US$ 74,99 por ano;
d) Omeka: sistema para publicação de arquivos digitais online. Apresenta
templates e layouts pré-prontos que facilitam a utilização do site e a
montagem da exposição. Seu plano básico custa US$2.500 anuais;
e) Artsteps: aplicativo totalmente gratuito que possibilita criar espaços virtuais
imersivos e interativos com o auxílio de realidade virtual, aceitando imagens,
vídeos, sons e até mesmo a inserção de objetos 3D externos.
1 – Pré-História
1 – Antiguidade
2 – Idade Média
3 – Idade Moderna
5 – Idade Contemporânea
a) Não repetir mais do que uma vez o país de origem dos artistas, de modo que
haja ao menos um pouco de diversidade geográfica;
b) A pintura deve contemplar as principais características técnicas do seu
respectivo movimento artístico, servindo de representante para o mesmo;
c) A partir da Idade Moderna, além de participar de um estilo que tenha sido
influente para outros futuramente, o item pictórico escolhido deverá ser
facilmente reconhecível e de fama inquestionável. Isso porque, quando uma
obra já está inserida na cultura pop do mainstream, torna-se muito mais eficaz
para o visitante associar em sua memória e se interessar sobre o assunto do
que se fosse escolhida uma que pouquíssimos relacionassem.
95
Figura 57 - Pintura paleolítica de um cavalo na caverna de Lascaux, França, aprox. 15.000 a.C.
Fonte: @MechaRex45.
44
Disponível em: <https://www.donsmaps.com/images26/lascauxhorseandsign.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2023.
45
Disponível em:
<https://www.instagram.com/tv/CcG9rK-goTi/?id=2812206264900289762_6721407407>.
Acesso em: 28 maio 2023.
96
Figura 60 - Frames da releitura de "Clash of the Dicers", Panoply Vase Animation Project, 2014
46
Disponível em: <hhttps://www.panoply.org.uk/clash-dicers>. Acesso em: 28 maio 2023.
98
Figura 61 - "Cuthbert extinguishing a fire set by a demon", iluminura pré-gótica, Inglaterra, séc. XII
Figura 62 - Frames da releitura de uma iluminura pré-gótica inglesa, Citlali Reyes, 2019
48
Disponível em:
<https://demotulibrorum.tumblr.com/post/627166987577081856/bede-prose-life-of-cuthbert-extracts-fr
om-the>. Acesso em: 01 maio 2023.
100
Figura 63 - "Mona Lisa", Leonardo Da Vinci, óleo sobre madeira de álamo, 1503-1506
O quadro da "Moça com o Brinco de Pérola" (figura 65) foi o escolhido para
representar o Barroco neerlandês. Pintada por Johannes Vermeer, tal obra faz com
que toda atenção do observador se concentre na expressão da mulher, "efeito obtido
pela posição dos olhos e dos lábios entreabertos, que parece querer dizer alguma
coisa a quem a olha" (PROENÇA, 2007, p. 146). Sua releitura em motion (figura 66)
foi executada do mesmo jeito que a Mona Lisa e pode-se perceber seu olhar
percorrendo diferentes ângulos, como se estivesse posando ao vivo para o registro.
49
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mfPIb5TkmCg>. Acesso em: 23 maio 2023.
102
Figura 65 - "Moça com o Brinco de Pérola", Johannes Vermeer, óleo sobre tela, 1665-1666
Figura 66 - Frames da releitura de "Moça com o Brinco de Pérola", Mystery Scoop, 2021
Para o período contemporâneo, somente uma das cinco não foi autoral.
Apesar de ser uma xilogravura e não necessariamente uma pintura, optou-se por
abrir essa exceção e incluir "A Grande Onda de Kanagawa" de Katsushika Hokusai
por ser uma peça pitoresca extremamente famosa (figura 67), sendo considerada
inclusive como a obra de arte mais reproduzida da história, declaração do historiador
Angus Lockyer para a BBC51. Por esse fato, ela se tornou uma imagem do Ukiyo-e
deveras inspiradora, que furou a bolha asiática e atingiu com força a arte ocidental.
50
Disponível em: <https://youtu.be/3eRghDauJsg>. Acesso em: 23 maio 2023.
51
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-41055922>. Acesso em: 30 maio 2023.
104
Figura 68 - Frames da releitura de "A Grande Onda de Kanagawa", Segawa Atsuki, 2015
52
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Great_Wave_off_Kanagawa2.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2023.
53
Disponível em: <https://gifmagazine.net/post_images/531933>. Acesso em: 30 maio 2023.
105
As seis releituras criadas pelo autor foram idealizadas para seguir o conceito
de Cinemagrafia (Cinemagraph = cinema + photograph), termo usado para se referir
a um estilo de GIF em looping geralmente derivado de uma imagem estática.
Segundo Esteves (2017), essa técnica foi inventada em 2011 pelos estadunidenses
Kevin Burg e Jamie Beck, criando um novo modelo para fotografia e imagens digitais
ao juntarem com o motion design. Vários outros exemplos podem ser achados na
internet onde as cenas são as mais diversas, podendo ser o trecho de algum
filme/série ou simplesmente uma uma xícara de café com fumaça, uma rua com
carros, chuva, água, fogo, luzes piscando, entre outros.
Fonte: ARTRIANON54.
54
Disponível em:
<https://artrianon.com/2017/11/22/obra-de-arte-da-semana-o-balanco-de-jean-honore-fragonard/>.
Acesso em: 24 maio 2023.
109
55
Como informado anteriormente, "A Grande Onda de Kanagawa" inspirou muitos pintores ocidentais
do século XIX e XX. Van Gogh foi um deles, tanto é que — segundo o site Aventuras na História — o
artista usou o mesmo pigmento azul da Prússia nesta obra. Disponível em:
<https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/grande-onda-de-kanagawa-5-curiosidades
-sobre-obra.phtml>. Acesso em: 03 junho 2023.
110
Figura 73 - "A Noite Estrelada", Vincent van Gogh, óleo sobre tela, 1889
56
Disponível em:
<https://www.culturagenial.com/quadro-a-noite-estrelada-de-vincent-van-gogh/>.
Acesso em: 25 maio 2023.
111
A próxima obra contemporânea foi feita apenas quatro anos depois pelo
norueguês Edvard Munch: a caríssima57 "O Grito" (figura 75). Pintado em Berlim, o
pintor mostra influência notável de outros três artistas — Van Gogh,
Toulouse-Lautrec e Gauguin — ao desenvolver esse estilo expressionista.
57
De acordo com o G1, esta obra quebrou o recorde de quadro mais caro vendido em um leilão (US$
120 milhões), superando Picasso. Disponível em:
<https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/05/com-us-120-milhoes-quadro-o-grito-quebra-recorde-e
m-leilao.html>. Acesso em: 26 maio 2023.
112
Fonte: Incinerrante58.
58
Disponível em:
<https://incinerrante.com/manifesto-antropofago-devoragem/>.
Acesso em: 28 maio 2023.
115
A sua releitura foi diferente de todas as outras, pois como é retratada uma
pessoa sentada esperando estaticamente, pensou-se em mostrar o tempo passando
no fundo com o anoitecer e o amanhecer representados pela entrada e saída do sol.
116
Para criar esse efeito, fez-se uma máscara para dividir todo o corpo do
restante do cenário pelo Photoshop. Ainda nesse software, recortou-se o sol e
alterou-se o nível de exposição e brilho, aplicando-se um filtro azulado e adicionando
pequenos pontos brancos para remeter-se às estrelas. Indo para o After Effects,
mesclou-se essas duas versões dia/noite com um fade, de modo que desse a
sensação de crepúsculo e alvorada (figura 79).
Sua releitura foi certamente a menos trabalhosa, pois bastou-se criar uma
moldura 2x2 direto no After Effects com a mesma imagem quatro vezes,
alterando-se apenas o valor da matiz de cada uma e elevando o nível da saturação
para as cores ficarem ainda mais vibrantes e com aspecto neon (figura 81).
117
Fonte: Estadão59.
59
Disponível em:
<https://www.estadao.com.br/cultura/artes/sinonimo-de-pop-art-andy-warhol-ganha-retrospectiva-que-
reune-mais-de-350-obras/>. Acesso em: 26 maio 2023.
118
Como pode ser visto, buscou-se por alguns brandings de museus tradicionais
e históricos, bem como referências que usassem Fibonacci nas suas identidades.
120
Para o lettering, pensou-se em ir sob uma influência Art Deco, unindo o texto
com grafismos de linha, moldura e espiral áurea. Segundo a semiótica do filósofo
americano Charles Peirce e de seu seguidor Charles Morris, as linhas inferiores na
palavra "movimento" são signos que podem ser vistos como índices, pois possuem
proximidade com a ideia da movimentação; as linhas superiores na letra "A" — que
configuram um semi triângulo — formam um signo que pode-se considerar como
símbolo porque se associa à abordagem triangular exercida no projeto; por último, a
moldura em volta da palavra "arte" é um signo classificado como ícone, pois
representa o quadro de uma pintura.
Por fim, nas laterais foi inserido um desenho em contorno das mãos de Adão
e Deus pintados por Michelangelo na Capela Sistina, finalizando o conjunto com um
efeito suave de brilho externo do Illustrator (figura 89).
referência indireta ao jornal parisiense que noticiou o roubo da Mona Lisa e fez com
que a mesma adquirisse a fama global, em 1911 (figura 94).
61
Disponível em: <https://segredosdeparis.com/o-incrivel-roubo-da-mona-lisa-no-louvre/>.
Acesso em: 15 maio 2023.
128
Figura 97 - Print final da sala da Antiguidade com vista para o banner da Idade Média
Karl Marx
134
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
"A História da Arte em Movimento" foi um projeto sobre uma exposição virtual
digital que apresentou releituras animadas de peças pitorescas originalmente
estáticas, cujas origens advém de movimentos artísticos que marcaram a
humanidade para sempre. Seu propósito predominante foi reacender algo que por
tanto tempo se encontrou apagado no interior das pessoas: vontade em querer
saber mais sobre a História da Arte ao visitar exposições.
Todas as fases, etapas, estudos e análises foram essenciais para tornar este
trabalho possível. Diante do apoio de muitos estudiosos, sobretudo historiadores,
fundamentou-se intensivamente no conhecimento de milhares de anos ao pesquisar
dezenas de vertentes estéticas; analisou-se exposições e museus físicos e digitais
ao redor de todo o mundo; aprofundou-se na área do motion design, descobrindo
novas técnicas e aperfeiçoando as habilidades outrora adquiridas; aplicou-se uma
metodologia híbrida de David Dean e Ana Mae Barbosa, que fez o autor se adentrar
na arte de se expor e de se reler, aprendendo na prática como uma única pintura
pode conter múltiplos significados guardados.
Por fim, a arte é um direito de todos e para todos. Esse projeto não teve o
intuito utópico de salvar o mundo da desigualdade social, mas sim de somar como
mais uma iniciativa válida em prol da democratização do acesso às exposições de
arte. É preciso mais do que nunca unir forças para tornar a arte difundida entre todas
as classes da sociedade, incluindo as mais periféricas. Afinal, o movimento no título
nunca teve somente o sentido de motion. O movimento é também o do coletivo.
137
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, Carla Giane Fonseca do. A Arte Africana e sua relevância para a
conscientização multicultural. Cadernos de Educação – FaE/PPGE/UFPel, Pelotas,
n. 32, p. 161-180, 2009. Disponível em:
<https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/caduc/article/view/1685>. Acesso em: 30
jun. 2023.
BATTEUX, Charles. Les Beaux arts reduits a un même principe. France: Chez
Durand, 1746.
BECKETT, Wendy. História da Pintura. 1. ed. São Paulo: Editora Ática S.A., 1997.
<https://arquimuseus.arq.br/anais-seminario_2010/eixo_ii/P2_Artigo_Gustavo_Cossi
o_Airton_Cattani.html>. Acesso em: 25 mar. 2023.
DEAN, David. Museum Exhibition: Theory and Practice. 2. ed. Londres: Editora
Routledge, 2002.
GOMPERTZ, Will. Isso é arte?: 150 anos de arte moderna do impressionismo até
hoje. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Arte Romana. História das Artes, 2023.
Disponível em:
139
<https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-na-antiguidade/arte-romana/>.
Acesso em 21 abr. 2023.
<https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/surrealismo/>. Acesso
em 04 maio 2023.
JAHN, Alena Rizi Marmo. O museu que nunca fecha: a exposição virtual digital
como um programa de ação educativa. 2016. Tese (Doutorado em Artes Visuais) -
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
JUSTINO, Maria José. Por que Pintura?. 1. ed. Curitiba: Solar do Rosário, 2009.
KRASNER, Jon. Motion graphic design – applied history and aesthetics. Focal
Press. 2008. 434p.
PROENÇA, Graça. História da Arte. 17. ed. São Paulo: Editora Ática S.A., 2007.
REIS, Thamires Maitra Rodrigues Dos. Artes e design para o enem em ações
formativas integradas. 2019. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
141
SILVA, José da. Visitor Figures 2021: the 100 most popular art museums in the world
— but is Covid still taking its toll?. The Art Newspaper, Londres, março, 2022.
SUANO, Marlene. O que é museu. São Paulo: Editora Brasiliense S.A., 1986.
VARELLA, Paulo. Por que os bebês nas pinturas medievais parecem homens velhos
e feios?. ARTEREF, 2019. Disponível em:
<harteref.com/educacao/por-que-os-bebes-nas-pinturas-medievais-parecem-homens
-velhos-e-feios/>. Acesso em: 21 abr. 2023.
APÊNDICES
A Era Ágrafa, que precedeu a invenção da escrita, é conhecida por meio dos vestígios
deixados pelos seres humanos pré-históricos, como instrumentos, armas, pinturas e ornamentos. A
arte desempenhou um papel importante na expressão e comunicação durante esse tempo,
especialmente por meio das pinturas rupestres. A Pré-História foi dividida em períodos, Paleolítico e o
Neolítico, com diferentes características artísticas. No Paleolítico, as primeiras manifestações
artísticas registradas eram simples e utilizavam técnicas como o sopro de pó colorido sobre a mão
para criar a silhueta em negativo. Os desenhos e pinturas do período apresentavam naturalismo,
reproduzindo a natureza conforme a visão dos artistas. Já no Neolítico, houve uma revolução com o
início da agricultura e da domesticação de animais, levando a mudanças profundas na sociedade e
na arte. O estilo naturalista deu lugar a formas mais simples e geométricas, sugerindo movimento por
meio de imagens fixas.
147
O período medieval foi marcado por importantes mudanças religiosas e culturais, como a Arte
Bizantina, Românica e Gótica. Na Arte Bizantina, surgiram os ícones, quadros luxuosos que
representavam figuras sagradas, utilizando técnicas de pintura com douramento e uso de jóias e
pedras preciosas. Já na Arte Românica, o imperador Carlos Magno impulsionou o avanço cultural,
unindo o poder real e papal. Os artistas românicos buscavam expressar sentimentos em suas obras,
transmitindo a mensagem da história sagrada. Na Arte Gótica, as igrejas ganharam destaque com
arcos pontiagudos e vitrais coloridos, enquanto a pintura se tornou mais realista, com uso de sombras
e cores suaves. Giotto di Bondone foi um pintor florentino influente nesse período. Os irmãos Van
Eyck, no Gótico Tardio, aprimoraram a tinta a óleo, criando obras detalhadas e realistas.
149
manuais, e o Fauvismo, que valorizava a intensidade das cores puras e a simplificação das formas,
rompendo com as representações tradicionais da realidade. O Expressionismo surgiu como uma
reação ao Impressionismo na Alemanha, buscando uma arte subjetiva que refletisse emoções
humanas como angústia e alienação. Em seguida, o Cubismo revolucionou a arte com a
desconstrução de formas e o uso de múltiplos planos geométricos. O Cubismo Analítico,
desenvolvido por Picasso e Braque, fragmentou os objetos, enquanto o Cubismo Sintético buscou
tornar as figuras novamente reconhecíveis. O Abstracionismo surgiu com tendências informais e
geométricas, explorando a abstração nas formas e cores. Na década de 1920, a Semana de Arte
Moderna no Brasil marcou o surgimento de movimentos como Pau-Brasil, Verde-Amarelo e
Antropofágico. Nos Estados Unidos, a Pop Art rompeu com a distinção entre alta e baixa cultura,
incorporando elementos do cotidiano e da sociedade consumista.
152