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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

Curso de Graduação em Fisioterapia


Disciplina: Eletrotermofototerapia
Prof. Me. Viviane Bolfe Azzi
Alunas: Laura Chiamulera Rauber
Maria Gabriela Favero Cetolin

INFRAVERMELHO
A luz infravermelha é um método que atinge a
camada superficial da pele cerca de 0,3 a 2,5 mm,
essa variação vem em decorrência da lâmpada
utilizada, tempo e distancia da aplicação. Os raios IV
produzem a vasodilatação, favorecendo a reparação
tecidual já que penetra nos pequenos vasos, como
capilares e terminações nervosas.
O tempo de aplicação varia de 10 a 25 minutos, com a temperatura entre 40 a
45ºC, variando entre 50 a 250 W, sendo indicada para alivio da dor, aumento da
mobilidade articular, aumento da cicatrização e relaxamento, sendo contra indicado
em casos de feridas abertas por causar ressecamento da pele, em casos de febre,
lesões cancerosas e dermatites.

BANHO DE PARAFINA
Inicialmente a parafina é colocada dentro do
tanque a cerca de 80º C deixando-a liquida,
posteriormente diminui-se a temperatura para
aproximadamente 40ºC e ocorre a aplicação no
paciente. A parafina pode ser misturada com óleos
minerais, sua temperatura elevada pode causar
queimaduras em peles mais sensíveis, porém, é mais
suportável que a água em temperaturas análogas.
A região a ser aplicada deve ser limpa de forma minuciosa para não contaminar
a parafina com pele morta e outros microrganismos, pelo mesmo motivo é contra
indicada em infecções cutâneas e feriadas abertas. Esse método terapêutico é
indicado em casos de artrose, artralgia, artrite, bursite, mialgia, entorses, fibroses e
após imobilizações.
O banho de parafina pode ser utilizado de três formas:
• Enfaixamento: É mergulhado a faixa na parafina, envolve a área a ser tratada com
a faixa, um saco plástico por cima dessa faixa e uma toalha por cima do saco
plástico e permanece com o local afetado assim por cerca de 30 minutos.
• Revestimento: Mergulhar a área afetada na parafina e esperar secar. Realiza-se
esse procedimento de 6 a 7 vezes e na ultima vez o local afetado deve ser envolto
com um saco plástico e uma toalha, se necessário o membro pode ser elevado.
Essa é considerada a forma mais segura de se aplicar a parafina.
• Imersão: Mergulhar a área afetada na parafina e esperar secar, repetindo esse
processo de 6 a 12 vezes. Durante a última inserção do membro na parafina, o
mesmo deve ficar submerso de 15 a 20 minutos. Esse método é um pouco mais
complicado, já que o membro deve ficar imóvel dentro da parafina, além de possuir
um alto risco de causar queimaduras.

FORNO DE BIER
O forno ideal possui um termostato que
controla a temperatura interior, assim evita que
o paciente sofra queimaduras, alguns fornos
mais antigos não possuem esse controle de
temperatura interna então após 20/30 minutos
a temperatura chega na casa dos 150ºC,
elevando os riscos ao paciente. O ideal para o
tratamento seja que a área a ser tratada esteja desnuda, nos casos dos fornos sem o
termostato o paciente recebe uma toalha molhada para colocar sobre a pele, o que
diminui a eficácia da técnica, mas retarda os efeitos da desidratação devido a
sudorese intensa.
Deitado sobre a maca com a área desnuda, o forno é posicionado sobre o
paciente, a temperatura e o tempo podem variar de acordo com a finalidade da
aplicação e a extensão da lesão. O forno de bier promove um efeito analgésico em
virtude da vasodilatação que aumenta o aporte sanguíneo da região que tem como
consequência a maior regeneração das estruturas. Com o aumento do metabolismo
local ocorrem as descontraturas causando uma sensação de relaxamento.
Ele é indicado em casos de artrose, artrite, contraturas, contusões, ciatalgia,
lombalgia, distensões, entorses crônicas, mialgias e tendinites. Por produzir calor
intenso é contra indicado em edemas, estados febris, áreas anestesias, entorses
agudas, perda da sensibilidade, deficiências circulatórias e infecções renais e
urinarias.

CRIOMASSAGEM
A massagem com o gelo é feita empurrando o
gelo em movimentos de vai e vem no sentido das fibras
musculares, o gelo não precisa ser do formato
convencional em cubos, a forma pode variar para
facilitar a aplicação da técnica manual. Essa forma
terapêutica atinge as camadas mais superficiais da pele
e normalmente é utilizada com fins neurológicos ou na
liberação da musculatura inibida.
Alguns cuidados com a pele do paciente devem ser considerados, já que o gelo
também pode ocasionar queimaduras, assim que o paciente relatar desconforto o
tratamento deve ser interrompido. Alguns pacientes podem possuir uma maior
resistência e não relatar desconforto, logo o cuidado com a coloração da pele é
essencial, a proteção das mãos do terapeuta também é de suma importância, bem
como a força aplicada sobre a pele do paciente.
Após 20 minutos da aplicação da criomassagem ocorre uma diminuição da dor
já que ocorre uma queda na velocidade de condução nervosa, ao mesmo tempo que
ativa mecanoreceptores que levam a sensação de dormência com maior rapidez. O
gelo é contra indicado em pacientes que possuem maior sensibilidade e indicado em
lesões agudas, para conter edema principalmente nas primeiras 24 horas, diversos
estudos associam a crioterapia a elevação do membro.

SPRAY
O spray de etil-clorido é um vapor refrigerante
que atinge as primeiras camadas da pele e é utilizado
para controle da dor de forma rápida. Ele é indicado
para anestesia em pequenas cirurgias, lesões no
esporte, anestesia pré-injeção, dor miofascial, dores
agudas ou crônicas, adjunto de exercícios para
reabilitação, espasmos musculares, edemas pós
cirúrgicos. Por se tratar de um spray congelante pode
ocasionar sensibilidade cutânea, logo é contra
indicado a utilização por quem possui alergias
cutâneas ou hipersensibilidade, feridas abertas, insuficiência circulatória e diabetes.
Alguns cuidados de manuseio são alertados, como é somente espirar sobre a
pele pode ocorrer a inalação que gera anestesia profunda ou coma fatal se aspirado
em grandes quantidades. É um produto inflamável logo não pode ser utilizado quando
possuir chamas nas proximidades. A sua utilização é parecida com o famoso gelol
em spray, 30 centímetros de distancia do local destinado a aplicação.

CRIOFREQUENCIA
É um tratamento voltado para a área estética,
com fins de eliminar a celulite, quebrar a gordura
localizada, diminuir a flacidez (facial e corporal) além
de estimular a produção de fibras de colágeno e
elastina. A sessão dura cerca de trinta minutos e pode
ser feita semanalmente ou dentro de 21 dias.
A ponteira desliza sobre a pele resfriando as camadas mais superficiais a
menos de 10ºC enquanto a radiofrequência atinge as camadas mais profundas,
produzindo assim diversos choques térmicos que estimulam a pele a se regenerar. O
frio é controlado por ondas eletromagnéticas multipolares a 650w ou monopolar a
400w, somados aos 1.050 watts da radiofrequência. As principais contra indicações
da criofrequência são portadores de marcapasso, gravidas e lactantes, dermatites,
epilepsias, câncer, uso de corticoides, implantes de metal ou silicone na região de
aplicação

BANHO DE CONTRASTE
Consiste na mudança de temperatura do local
lesionado com objetivos vasomotores, ou seja,
alterações circulatórias que a troca de temperatura da
água realiza nos tecidos sem alterar o tônus muscular.
O contrate é contra indicado em lesões agudas, sem
essas articulares, musculares ou circulatórias.

A troca de temperatura é feita durante 27 minutos quando for necessário atingir


camadas mais profundas da pele, e nos últimos 3 minutos o paciente deve ficar com
o membro submerso em água fria para promover as alterações vasculares e diminuir
o metabolismo local. Nos casos de lesão superficial a técnica deve ser aplicada
durante 15 minutos, também terminado a última imersão em água gelada. O banho
de contraste é indicado em lesões subagudas ou crônicas que possuem formação de
edema.

ONDAS CURTAS

É uma corrente de alta frequência, cerca de


30 Mhz, produz ondas eletromagnéticas com um
comprimento de 11 metros. Seu funcionamento
ocorre através de um pêndulo, sua polaridade
muda de posição tão rapidamente que não chega
a estimular os nervos motores, o principal efeito
na aplicação das ondas curtas é o aquecimento
dos tecidos. A diversas modalidades que podem
ser utilizadas na geração de calor, a única
diferença entre ondas curtas e outro agente é o de aquecimento por condução é a
profundidade onde irá ocorrer o efeito térmico.
Uma das fontes de ondas curta é as placas capacitoras flexíveis, são placas
revestidas com almofadas de plástico, borracha, feltro ou espuma. Possuem
tamanhos variados e o espaçamento entre a pele e o eletrodo é feito com uma toalha
e cobertores. É indicado para doenças reumáticas, musculares, otorrinolaringológicas,
doenças inflamatórias pélvica não infecciosa, doenças gênito urinarias.
A aplicação das ondas curtas ajuda na resolução da inflamação, ação de
regeneração, aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo, aumenta o
metabolismo e produção das células mitose, aumenta a cicatrização. Tem ação
analgésica e sedante alivia as dores pois aumenta o limiar de excitabilidade, age no
SNP. Espasmo lítico, diminui a rigidez articular, relaxa a musculatura dando mais
suprimento. É contraindicado em quadro de inflamação aguda, patologias com
tendências hemorrágicas.

ULTRA-SOM
São ondas sonoras oriundas de vibrações
mecânicas de frequências superiores a 20.000 Hz,
porém, para uso terapêutico, o intervalo é entre 0,7
MHz e 3 MHz, muito utilizadas para tratar distúrbios
de natureza muscular, bem como tratar cicatrizações
de difícil controle, ajudar na reconstituição dos
tecidos articulares.
Os efeitos terapêuticos com o uso do ultrassom são dentre eles, regeneração
tissular dos tecidos moles, aumento da mobilidade articular e cicatricial, anti-
inflamatória, ajuda na regeneração óssea e tem ações analgésicas. A indicação se dá
após 24 a 36 horas de um trauma agudo, alguma fratura, lombalgias, lombociatalgias,
cervicobraquialgias, espondilites, tendinites, bursites, artrite, capsulite, hipertrofia
muscular reflexa, distensões, entorses, ulceras de decúbito dentre outras várias
disfunções.

BANHO DE IMERSÃO

O banho de imersão é realizado


imergindo o membro ou o corpo em água
gelada. A temperatura do recipiente é ajustada
com gelo até que atinja cerca de 1 a 5ºC para
áreas menores e 10 a 15ºC para imersão do
corpo.
Normalmente utiliza -se 30 minutos de
imersão para segmentos articulares e 20
minutos para imersão do corpo como
demostrado na foto.
Essa técnica é bastante utilizada em atletas após jogos ou treinos para diminuir
a incidência de lesão, bem como as dores do exercício físico intenso. Após as lesões
com edemas, espasmos, inflamações é bastante utilizada, de modo geral a crioterapia
é utilizada com a intensão de preservar os tecidos.

COMPRESSA FRIA OU PANQUECA DE GELO

Esses dois métodos são bem práticos e normalmente são


utilizados em casa, provenientes de uma orientação do
profissional de saúde ou por se tratar de uma maneira muito
comum de habitual. Após as praticas esportivas do final de
semana, um edema surge em alguma articulação
(normalmente tornozelos e joelhos), a utilização da
panqueca de gelo é rápida já que consiste em triturar
gelos e colocar entremeio uma toalha e posiciona-la
sobre o local edemaciado, doloroso ou inflamado. Já
a compressa fria, que consiste em molhar uma toalha
em água fria e posicionar sobre o local desejado é
comumente utilizado para retirar o calor de uma
região. As duas técnicas consistem em um resfriamento superficial.
REFERÊNCIAS

CAMPOS; Claudia Paes. Apostila de eletrotermofototerapia: universidade Estácio de


Sá. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/2157811/apostila-completa-de-eletro> Acesso
em: 16 fev. 2021.
FARIAS; RAFAELA SOARES. et al. O Uso da Tens, Crioterapia e Criotens na
Resolução da Dor. Rev. Bras. de ciências da Saúde v. 14 n. 1 p. 27-36, 2010.
Disponível em:
<http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p1007d10853/material9.pdf>
acesso em: 16 fev. 2021.
FELICE, T. D.; SANTANA, L. R. Recursos Fisioterapêuticos (Crioterapia e
Termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. Revista Neurociências, v. 17,
n. 1, p. 57-62, 31 mar. 2009. Acesso em: 16 fev. 2021.
FURLAN, Renata Maria Moreira Moraes et al. O emprego do calor superficial para
tratamento das disfunções temporomandibulares: uma revisão
integrativa. CoDAS, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 207-212, Apr. 2015. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-
17822015000200207&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 Fev. 2021.
VASCONCELLOS; Renata. Infravermelho: a famosa “luzinha vermelha” da
Fisioterapia. 2017. Disponível em:
<https://www.renatavasconcellos.com.br/post/infravermelho-a-luz-vermelha-da-
fisioterapia> acesso em: 16 fev. 2021.

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