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Adilson Reane – 20/07/2020.

Sobre o tópico: “Definindo conceitos e estabelecendo diferenças”, do texto sobre


intuição.

1 – Quando me referi às situações de sonhos, ou seja, sonhos normais, lúcidos,


premonitórios, proféticos e outras classificações, temos a tendência de atribuirmos às
Lembranças Remanescentes das experiências vividas, vivenciadas, percebidas ou
sentidas, o tratamento de intuição. Porém, note-se que há diferenças que, embora
pareçam sutis e imperceptíveis, não deveriam ser confundidas, pois a origem e os
feitos das impressões causadas sobre os nossos egos, e os nossos psiquismos são
bastante distintos; entretanto acabamos por atribuir a essas impressões o mesmo
significado ou conceito interpretativo.

Tentarei, na medida em que minha própria intuição me permita, deixar os


caminhos estabelecidos para que possamos, de uma forma geral, estabelece de fato
essas diferenças.

a - Sonhos comuns: são aqueles provenientes das impressões do nosso dia-a-


dia e, portanto, refletem os nervosismos, alegrias, frustrações, decepções, enfim, o
que quer que tenhamos passado no nosso dia, e não necessariamente no dia
imediatamente anterior à noite de sono, mas podendo abranger um bom número de
dias. Não participamos diretamente da ação dentro do sonho.
Esses sonhos são uma espécie de resultante dos sentimentos vivenciados, o que
leva nossos cérebros a criar imagens de autodefesa ou de autopunição, tentando nos
alertar quanto às nossas ações e sentimentos durante o período de sono que se reflete,
na maioria das vezes, nas imagens produzidas durante os sonhos, geralmente sob a
forma de algum tipo de pesadelo. Esses tipos de sonhos se referem ao nosso modo
comportamental e se há algo relacionado à intuição, é o que diz respeito à mudança
efetiva de comportamento frente aos nossos próprios sentimentos. Mas mesmo assim
não percebo uma correlação direta do sonho comum e si com a intuição na verdadeira
acepção da palavra. Temos lembranças bastante vagas ao acordarmos, diria mais
como sensações.

b – Sonhos lúcidos: São aqueles em que somos protagonistas diretos dentro dos
nossos sonhos. Geralmente esse tipo de sonho ocorre quando, por uma razão
inespecífica, precisamos realizar algum tipo de “missão”, ou fazer algum “contato”,
ou “precisamos presenciar alguma situação”, enfim, vivenciamos “algo” em primeira
pessoa onde podemos até tocar e sermos tocados durante o sonho. Percebemos o solo,
o ambiente em que nos encontramos, vemos objetos e pessoas com bastante nitidez,
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podemos ou não ver nossos próprios corpos ou partes dele, mas isso não é uma regra.
Normalmente o que ocorre, pelo menos comigo já ocorreu, é como se somente “os
olhos” se movessem, ou como se fosse uma esfera ou algo semelhante se movendo, o
que não exclui a possibilidade de algo como mãos e pés seja visto.
Nesse sentido, não vejo o sonho lúcido como algo ligado à intuição, uma vez
que, normalmente, nos lembramos de grandes quantidades de detalhes relevantes
desse tipo de sonho e lembrança não é intuição.

c – Sonhos premonitórios: esses sonhos estão diretamente ligados às


possibilidades futuras. Por que digo possibilidades? Porque quando dormimos,
mesmo que não saibamos verdadeiramente o que ocorre com nossos espíritos, estes,
por sua existência multidimensional e atemporal, pode ter a aptidão constante ou
momentânea de acessar diferentes fluxos temporais em diferentes níveis dimensionais
ou frequênciais. Acessar fluxos temporais, na minha forma de entender, significa
acessar diferentes pontos do passado ou mesmo do futuro. Isso não significa
necessariamente que podemos alterá-los no momento em que ocorrem naquela linha
do tempo, mas como não pertencemos àquela linha do tempo, ao voltarmos ao nosso
fluxo presente podemos trazer uma lembrança completa das ocorrências ou mesmo
fragmentos. Como acabamos por penetrar diferentes linhas do tempo, devemos ter em
mente que tal ocorrência pode se dar ou não. Devemos ter em mente que uma
pequena ação que praticamos, pode aumentar a probabilidade de ocorrência de tal
fato, diminuí-la ou simplesmente eliminar essa possibilidade totalmente. Nesse
sentido, poderia dizer que o “destino” ou a “predestinação” é um jogo de
probabilidades totalmente dependente das ações do agente e receptor do sonho
premonitório. Isso significa dizer que, constantemente estamos modificando o nosso
“destino”, tangendo-o para o campo das infinitas possibilidades, dependendo da
forma como agimos, pensamos ou tomamos nossas decisões.
Isso quer dizer que nada nos é predestinado? Não, isso quer dizer que a nossa
destinação está intimamente ligada às nossas decisões e que essas podem ser
modificadas a qualquer momento.
Há exemplos inúmeros dentro desse contexto, como o de passageiros que de
última hora resolvem não viajar e o veículo sofre um acidente; outros que sofrem um
atraso e o mesmo se dá com o veículo em que estariam. Há aqueles que sonham com
números, jogam na loteria e acabam ganhando. Mas e se ele não tivesse jogado? Isso
são os fluxos temporais agindo no sentido de o agente tomar, na maioria das vezes,
uma decisão que o conduza para o centro ou para a periferia dos acontecimentos.
Isso quer dizer então que somos joguetes dentro de um campo probabilístico?
Também não! Isso que dizer que o campo probabilístico se torce de acordo com as

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decisões que tomamos ou deixamos de tomar. Isso significa que também não estão
ligados ao campo da intuição.

d – Sonhos proféticos: esses, pela sua própria denominação, não são sonhos
usuais. Pessoas ligadas a essa categoria de sonhos, geralmente são investidas de
propósitos desde que nascem e se dedicam a vaticínios que, geralmente envolvem
uma região, um povo, um país ou mesmo o mundo. Tais são os casos dos profetas
bíblicos que, geralmente em sonho eram transportados para lugares, geralmente na
presença de seres angélicos, onde ocorrências futuras lhes eram reveladas.
Esses casos específicos envolvem a crença deste “sonhadores”, o que, em
última instância, segundo a sua crença, devem ocorrer por ser a vontade de Deus
revelada aos homens, ou para que eles se modifiquem ou para que se preparem para o
que estaria por vir no futuro.
Segundo se sabe, geralmente as profecias normalmente não se tratam de
ocorrências boas. O que pressupões que profecias raramente não são ocorrências
trágicas
Disso se tira que sonhos proféticos são revelações que normalmente são
transcritas na forma de profecias e que essas não se enquadram no campo da intuição.

e – Premonições: da mesma forma que os sonhos premonitórios mencionados


anteriormente, são percepções de uma realidade ainda por ocorrer, mas conforme
mencionado, também podem não ocorrer; pode ser dito que a premonição é uma
espécie de “Déjà-vu de um sonho premonitório” e, por essa razão está sujeito aos
efeitos dos fluxos temporais e, portanto, também sujeitos às decisões do agente.
As premonições, da forma como entendo, não ocorrem em estado de sonho,
mas em estado de vigília e por essa razão o uso da expressão “Déjà-vu de um sonho
premonitório”, o que também não enquadra as premonições no campo da intuição.

f – Conhecimento prévio: quando menciono que para que ocorra a intuição há a


necessidade de conhecimento prévio por parte do espírito encarnado, isso não
significa que devo ser um expert em mecânica quântica e em seus fundamentos para
receber algum tipo de intuição dentro dos conhecimentos que envolvem esse setor da
física, porém quanto mais profundos forem os conhecimentos adquiridos na
atualidade, mais os horizontes da intuição se abrem para conhecimentos ainda não
percebidos. Isso pode ser estendido para qualquer setor do conhecimento, seja ele
físico ou extrafísico.
Essa argumentação nos leva a perceber que para estarmos interconectados com
o campo quântico das possibilidades infinitas no âmbito da intuição, devemos ter em
mente que conhecimento plural é de fundamental importância. Assim, os espíritos
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que nos animam somente tem a possibilidade de nos abastecer com aquilo que já
possuímos e se essa troca poderá ocorrer em maior ou menor profundidade, depende
do quão profundo podemos ir na toca do coelho.

g – Toque e percepção: como mencionado no texto sobre intuição, uma pessoa


que ao simples toque em outra está apta a falar sobre a vida desta, não faz de fato uso
da intuição. Sob certos aspectos, há uma espécie de invasão ou vampirização do
campo vibracional da pessoa tocada. Por que invasão e vampirização? Vejamos o
seguinte: qual a necessidade do toque para perceber? Por que não perceber à distância
sem o uso de meios materiais?
Pessoas que possuem e fazem uso dessa capacidade, não fazem uso da intuição.
Elas fazem uso consciente dessa capacidade, muito embora o mecanismo seja, na
maioria das vezes, desconhecido.
Para a invasão do campo vibracional concomitante com a vampirização das
informações contidas nesse campo é necessário o toque físico na pessoa ou algum
objeto de uso desta. A impregnação vibratória do objeto ou do corpo, retém, tanto
partículas do campo bioenergético (elétrons) como do campo áurico ou mental, que
seria o equivalente espiritual dos elétrons. Isso significa que ocorre uma espécie de
“roubo momentâneo” das propriedades espirituais da pessoa tocada... Por isso, em
uma passagem de um dos evangelhos, Jesus menciona ter sido tocado.
Para alguém com essa capacidade (todos somos em maior ou menor grau) e
com bons propósitos, essa é uma ferramenta fantástica para cura, auxílio psíquico,
energético, etc., mas caso contrário, pode ser tremendamente danoso para quem é
tocado.
Assim, conforme mencionado, isso não se trata de intuição. Talvez devesse ser
criado um nome específico para essa capacidade sensitiva invasora vampirizante.

h – Espírito comunicante: um espírito que se comunica através de um médium


precisa de um período mínimo de adaptação vibratória (adaptação de frequência
quântica e espiritual) e memorial. A primeira se refere a uma espécie de “permissão”
dada pelo próprio médium, para que ocorra algo semelhante ao narrado no item
anterior (g), pois toda vez que esse espírito for se comunicar, terá que invadir e
vampirizar o campo vibracional do médium; mesmo por que isso lhe facilitará
tremendamente o processo de comunicação, pois as memórias físicas e espirituais do
médium também deverão estar disponíveis ao comunicante.
É por essa razão que o chamado mentor do médium sempre está presente
quando este “recebe” um outro espírito que queira se comunicar. Alguns para
“garantir” que a ordem psíquica do médium seja mantida, assim intermediam entre o
comunicante e o médium.
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Isso de forma “grosseira” é invasão e não se trata de intuição em hipótese


alguma.

Fechando ideias e conceitos:

A INTUIÇÃO é, na verdade, uma linguagem SEMASIOGRÁFICA, pois se


possuímos algum conhecimento prévio sobre o assunto ou assuntos, a comunicação
entre nossos espíritos ou almas, se dá em pacotes de informações, se me permitem
uma preciosidade, em QUANTAS de informações que ao serem absorvidas por
nossos cérebros glotográficos, precisam ser traduzidos para essa forma de expressão
para gerar entendimento. De outra forma, ficaríamos somente com a ideia geral, com
o conjunto da informação que, via de regra, algumas de suas partes ou do todo
acabariam se perdendo.
Darei um exemplo: um desenhista projetista, ou arquiteto, ou mesmo um
engenheiro civil, ao elaborar o projeto de uma obra, ele possui em seu cérebro as
informações completas do que deverá realizar, no entanto ele somente verá o
conjunto da obra quando tudo estiver posto na tela do computador ou no papel.
Agora imaginemos ele recebendo todo o desenho com detalhamento de uma só
vez e tendo que traduzi-lo para a tela do computador ou papel.
A intuição é isso, uma ideia completa, seja ela de textos, desenhos, imagens,
equipamentos, fórmulas e o que mais pudermos conceber com nossas mentes ainda
limitadas.
O processo de criação de qualquer forma é repleto de intuições sobre formas
cores, sabores, linhas, fórmulas, e etc., uma vez que já as tenhamos em nossos
campos vibracionais e que haja ressonâncias em nossos espíritos ou almas; caso
contrário a intuição não ocorrerá ou será distorcida, falha e não atenderá ao processos
evolutivos da consciência encarnada.

Claro que não considero esgotado o assunto e muito menos que tudo esteja
correto ou em vias de correção. Assim deixo mais essas páginas para que sejam
criticadas e avaliadas por que se der ao trabalho de ler, recomendando que sirvam
somente para reflexão e não como algo estabelecido como verdade.

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