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ESCOLA SESI OTONI ALVES COSTA

SESIVERSO

PODER POLITICO SOCIAL

TEOCRACIAS ATUAIS

SETE LAGOAS – MG

2023
Esse trabalho tem como função
explicar e auxiliar as pessoas sobre o
que é e como funciona a teocracia
nós tempos atuais.

Clara Oliveira
Ranya
Fabrício
Letícia

Isabella
Cyntis

SETE LAGOAS – MG
2023
SUMÁRIO

-O que teocracia ...........................................................................1


- Etimologia....................................................................................1
-Como surgiu..................................................................................1
-Teocracia no Império Bizantino.....................................................2
-Teocracia – História.......................................................................3
-Tocracia-Moderna.........................................................................4
-Teocracia-Vaticano........................................................................4
-Como é o sistema político no Vaticano.........................................5
-Os poderes executivos, legislativo e judiciário no Vaticano..........6
-Teocracia – Características.............................................................7
-Teóricos e conceitos (Voltaire).......................................................8
-Voltaire biografia.......................................................................8,9e10
- Ideias de Voltaire..........................................................................10
- Livros de Voltaire..........................................................................11
-Musica teocracia...........................................................................12
-Tirinha...........................................................................................13
O QUE É TEOCRACIA:
Teocracia é o governo ou o Estado onde as leis em vigor foram inspiradas por um deus
ou vários deuses.
Como os deuses não podem governar diretamente, eles se serviriam de seus
representantes na Terra, como os sacerdotes e reis, para dirigir o povo.
Em seu sentido inicial, a teocracia é um termo de origem grega que significa “governo
divino”. Nesse sentido, definimos a teocracia como todo governo em que justificativas
de natureza religiosa orientam a formação do poder instituído. Na maioria dos casos, o
chefe político é visto como um representante direto de alguma divindade ou chega a
assumir a condição de divindade encarnada.

ETIMOLOGIA:
A palavra Teocracia é a junção de duas palavras de origem grega. Theós – deus e Cracia
– governo. Assim, literalmente, a teocracia é o governo onde deus e a religião ocupam
um lugar central na sociedade e no governo.

COMO SURGIU:
Ao estudarmos diversas civilizações da Antiguidade, notamos que a teocracia tem
grande presença na organização política de alguns povos. O exemplo mais famoso desse
tipo de governo aconteceu no Egito Antigo, quando o faraó era adorado como filho do
deus Amon-Rá e reconhecido como a encarnação de Hórus, o deus-falcão. Para os
egípcios, a oferenda de sacrifícios e a felicidade pessoal do faraó eram fundamentais na
manutenção de uma relação saudável com as outras divindades.

No caso dos hebreus, a concepção de teocracia era tomada por outras características.
Sendo uma civilização monoteísta, não admitiam que seus líderes políticos galgassem
alguma condição de natureza divina. Nesse sentido, tais líderes tinham a importante
função de intermediar sua relação com Iaweh, nome dado ao seu único deus adorado.
No Antigo Testamento, existem vários relatos onde os dirigentes políticos hebreus
justificavam suas ações pela orientação diretamente fornecida pelo seu deus.

A despeito do que muitos pensam, algumas experiências políticas de caráter teocrático


se desenvolveram no mundo contemporâneo. Nos fins da década de 1970, uma
conturbada revolução colocou os aiatolás no controle do governo iraniano. Os aiatolás,
antes mesmo de assumirem o controle do Irã, detinham a liderança na hierarquia
religiosa muçulmana desse mesmo país. Dessa forma, passaram a legitimar suas ações
por meio da argumentação religiosa.

TEOCRACIA NO IMPÉRIO BIZANTINO:


Após a queda do Império Romano no Ocidente, o Império sobrevive no Oriente por mais
mil anos até a invasão de Constantinopla pelos turcos. Ali se desenvolveu uma estreita
relação entre o Imperador e o Patriarca, ou seja, o governo e a Igreja, a ponto de não se
reconhecer onde começava um e terminava o outro.

Esta relação é chamada de cesaropapismo. A palavra é a união de césar = imperador e


papismo = papa, indicando que Estado e Igreja estavam interligados.

O Imperador deveria proteger a Igreja, podia convocar concílios e opinar sobre assuntos
teológicos, devia zelar por mosteiros e religiosos, e os sacerdotes eram funcionários do
Estado. Por sua vez, a Igreja consagrava os imperadores e gozava de estabilidade
econômica.

Isso não significa que não houve desencontros e conflitos entre as duas instituições.

Uma delas aconteceu no ano de 730 quando o Imperador Leão III proibiu a veneração
de imagens tridimensionais. Isto desencadeou um conflito com parte da Igreja que
duraria cem anos e ainda envolveria outros governantes que se opuseram a esta
decisão.
A questão seria resolvida somente em 843 quando um sínodo convocado pela Imperatriz
Teodora restabeleceu a veneração aos ícones.
TEOCRACIA-HISTÓRIA :
Durante a Idade Média, muitas monarquias eram pelo menos parcialmente teocráticas.
As decisões dos governantes em países católicos, por exemplo, muitas vezes foram
questionadas e descartadas se os papas da época não concordassem com eles. Os
líderes religiosos frequentemente aconselharam os governantes em questões de
governo e religião.

Isso começou a mudar à medida que o protestantismo e outras religiões não-católicas


ganharam influência em certos países.

Muitos países ainda podem ter religiões oficiais ou têm líderes que são orientados por
figuras religiosas, mas essas condições, por si só, não atendem à definição de teocracia.
Além disso, os governos nos países onde a população é esmagadoramente constituída
por membros de uma determinada religião podem se assemelhar a teocracias, mesmo
que eles realmente usem outras formas de governo.

As teocracias mudaram com o tempo, assim como as próprias religiões mudaram. No


entanto, várias sociedades antigas são registradas como tendo sido teocracias. Por
exemplo, antigos imperadores em vários reinos em todo o mundo eram considerados
extensões dos próprios deuses, predestinados a governar. Então, na Idade das Trevas
da Europa, os bispos frequentemente governavam na ausência de “verdadeiros
monarcas”, usando os ensinamentos religiosos como lei da terra. Na Idade Média, vários
reis se apresentaram reivindicando o direito divino ao trono.

Também vale a pena mencionar que não foi até 1924 que os imperadores chineses não
foram mais considerados como tendo poderes celestiais.
Muitos governos asiáticos foram influenciados por suas histórias religiosas, mas
atualmente não são teocracias.

TEOCRACIA-MODERNA:
A partir de 2011, a maioria dos governos do mundo que eram considerados teocracias
eram estados islâmicos. Entre estes foram os governos do Irã, Afeganistão, Paquistão e
Arábia Saudita.
A Cidade do Vaticano é uma teocracia católica com o papa como chefe do governo.

A Cidade do Vaticano é a teocracia cristã mais famosa, com o Papa como chefe de estado
e a votação limitada aos bispos.

Também existem inúmeras teocracias islâmicas, como Afeganistão, Mauritânia, Iêmen,


Irã e Somália, onde os ensinamentos islâmicos da “Sharia” são considerados lei. A Arábia
Saudita é outro exemplo, chegando a ter uma “polícia religiosa” que garante o
cumprimento por parte dos cidadãos.

TEOCRACIA NO VATICANO:
O Vaticano adota como sistema político a teocracia, termo que vem do grego e significa,
literalmente, um governo divino. Pode, também, ser entendido como um governo
religioso. Como uma divindade não governa, está representada por meio de figuras
centrais, como o Papa, ou leis que regem a sociedade, como a Xaria. Atualmente, alguns
países adotam a teocracia.
A partir da Xaria (ou Sharia), conjunto de leis baseadas no Alcorão, os países teocráticos
são:
-Afeganistão;

-Irã;
-Mauritânia;
-Arábia Saudita;
-Sudão;
-Iêmen.
Enquanto isso, há os países teocráticos com base na Bíblia:

-Vaticano
-Andorra

COMO É O SISTEMA POLÍTICO NO VATICANO:


A Península Itálica nem sempre foi unificada e já possuiu inúmeros países, dentre eles
os chamados Estados Papais, com um tamanho considerável e tendo por capital a cidade
de Roma. Até que, no século XVIII, ocorreu um movimento de unificação, levando ao
surgimento do Reino da Itália e a extinção dos Estados Papais. Assim, o Papa ficou
confinado em uma pequena área de Roma até o primeiro-ministro italiano permitir a
criação do Vaticano. Em troca, o Papa reconheceu o Reino da Itália, no Tratado de
Latrão, em 1929.

Desde então, assim que o Papa morre ou renuncia, inicia-se um processo tradicional no
sistema eleitoral no Vaticano: o conclave. A eleição de um novo Papa é agendada para
acontecer entre 15 e 20 dias após a vacância do posto.

Na data agendada, todos os cardeais do mundo com menos de 80 anos devem viajar
para Roma, na Itália, e fazer uma reunião a portas fechadas. Reunidos, eles discutem as
características desejadas para o novo Papa e apresentam-se os candidatos. A votação é
secreta e com cédulas de papel, colocadas em uma urna.

Vence o candidato que obtiver ⅔ (dois terços) dos votos. Se nenhum candidato
conseguir isso, é liberada uma fumaça preta da basílica (um grande edifício destinado a
assembleias e muito utilizado na Grécia Antiga), informando que a Igreja Católica segue
sem um Papa, e as discussões são retomadas no dia seguinte. Assim que um candidato
for eleito, é liberada a fumaça branca. Depois, o eleito deve escolher um título do seu
agrado, dando continuidade à tradição iniciada por Jesus, que mudou o nome do
apóstolo Simão para Pedro, o primeiro Papa. Podemos usar como exemplo dessa
tradição o atual ocupante do cargo: Jorge Mario Bergoglio, que adotou o título
Francisco.
OS PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO NO VATICANO:
A função do Papa é chefiar a Igreja Católica e governar o Vaticano com poder absoluto,
até a sua morte ou renúncia. Dessa forma, o Vaticano é também uma monarquia
absoluta.

O Legislativo é exercido pela Comissão Pontifícia, que é formada por 7 cardeais indicados
pelo Papa para mandatos de 5 anos. O Judiciário é exercido pelos tribunais supremo, de
recursos e de primeira instância. No tribunal de primeira instância ocorrem os processos
e julgamentos e caso uma das partes fique “insatisfeita” com a decisão do mesmo, pode
recorrer ao tribunal de recursos, além de, como o nome já diz, utilizar recursos.
Enquanto isso, o tribunal supremo dá a palavra final no caso, se ele não for resolvido
nos tribunais anteriores. Já a administração do Vaticano é exercida por diretores e
oficiais, também indicados pelo Papa para mandatos de 5 anos.

Há ainda outros dois órgãos a serem comentados: a Secretaria de Estado (da Santa Sé),
órgão responsável pelas relações exteriores do Vaticano, e a Guarda Suíça Pontifícia,
uma força de segurança responsável pela proteção do Papa e da cidade. Ela é formada
por 130 homens vindos da Suíça, que devem ser católicos, ter concluído o serviço militar
suíço, possuir entre 19 e 30 anos de idade e que não podem ser casados. A Guarda Suíça
Pontifícia é também a menor força militar do mundo.

Mas se existe a divisão de poderes e todos esses órgãos, como o Papa tem poder
absoluto? Podemos dizer que tudo parte dele, já que compete a ele criar e extinguir
órgãos, bem como delegar ou remover funções. Ele também pode intervir nos poderes
e exercê-los diretamente. Isso tudo é definido pela Lei Fundamental do Vaticano,
promulgada em 2000 por João Paulo II.

TEOCRACIA- CARACTERÍSTICAS:
A maioria dos governos teocráticos também são estruturados como uma monarquia ou
ditadura.
Além disso, as teocracias são semelhantes na medida em que as pessoas com poder
político primeiro servem o deus de sua religião e depois os cidadãos do país.
Esses indivíduos são geralmente parte do clero e da religião e não são escolhidos pelo
voto popular. Líderes futuros ganham suas posições através da herança familiar, ou são
escolhidos pelos líderes anteriores.
Esses indivíduos mantêm seus cargos governamentais sem limites de mandato.
Em uma teocracia, tanto as leis como os regulamentos e as normas culturais do país se
baseiam em textos religiosos. Questões como casamento, direitos reprodutivos e
punições penais também são definidas com base em textos religiosos.
Sob uma teocracia, os moradores de um país tipicamente não têm liberdade religiosa e
não podem votar nas decisões governamentais.
Comparações com outras formas de governo

Uma teocracia é diferente de outras formas de governo (nomeadamente repúblicas e


democracias) que fazem questão de não se guiar pela religião.
Por exemplo, o governo dos Estados Unidos não observa nenhuma religião em particular
para permitir liberdade religiosa aos cidadãos individuais.
O Juramento de Fidelidade diz “Uma nação, sob Deus”, mas isso foi adicionado em 1954
e tem sido atribuído a tudo, desde uma resposta automática ao comunismo a
corporações que querem que o público acredite que foram “abençoados”. Isso não
indica necessariamente que o governo observa algum deus em particular.

É importante notar também que as teocracias diferem muito de governos que têm uma
religião oficial ou são religiosamente filiados.

Por exemplo, os monarcas do Reino Unido têm uma longa história de prática do
cristianismo. No entanto, o próprio governo não faz leis de acordo com a Bíblia, nem vê
seus funcionários como divinamente guiados ou escolhidos.

TEÓRICOS E CONCEITOS(VOLTAIRE):
A teocracia (forma de governo que atua sob as supostas ordens de deuses ou de Deus)
foi estudada por Voltaire (filósofo francês, 1694-1778). Segundo Voltaire, a maioria das
antigas nações foi governada por uma espécie de teocracia, na quais as ordens
supostamente vindas dos deuses eram cumpridas pelos sacerdotes, que se auto-
intitulavam representantes das divindades na terra.
Estes sacerdotes tinham tanta autoridade que no Egito prescreviam até os modos de
comer e beber dos reis criavam-nos na infância e os julgavam após a morte, sagrando-
se eles mesmos, muitas vezes, como reis.
A história parece comprovar a existência da teocracia mesmo nos povos mais
avançados, pois mal uma nação escolhia um deus para tutor, esse deus já tinha seus
sacerdotes, que dominavam o espírito das nações.
Para que esse domínio pudesse ter força, o suposto deus deveria falar, e isso os
sacerdotes providenciavam tão logo fossem aceitos como líderes religiosos. As falas
dos deuses eram transmitidas através dos oráculos (divindade que respondia às
perguntas das pessoas) e era por ordem expressa dos deuses que tudo era
executado.

É por conta dessa pretensa autoridade divina que muitos sacrifícios humanos foram
executados e mancharam a terra de sangue. Os pais ofereciam seus filhos e filhas
para o sacrifício, por acreditarem fielmente que era um desejo e uma ordem vinda
dos deuses que governavam seu país.

A teocracia reinou por longo período na história da humanidade e foi a responsável


pelas mais terríveis formas de tirania e sacrifícios que a mente humana pode
conceber. E paralelamente à noção de divindade, corria a noção de poder que levava
a formas abomináveis de governo.

Os sacrifícios eram vistos como um desejo dos deuses aos quais esses povos
adoravam, daí o fato de famílias entregarem seus filhos, pois acreditavam que essa
era a atitude que agradaria a esses deuses.

Segundo Voltaire, a China foi o único dos antigos Estados a não se submeter ao
sacerdócio. Em quase todo lugar, a teocracia estava tão bem estabelecida, que as
primeiras histórias eram dos próprios deuses encarnando para governarem os
homens, na própria terra.

BIOGRAFIA VOTAIRE:

No dia 21 de novembro de 1694, nasceu, em Paris, François Marie Arouet,


descendente de nobres por parte de mãe e de burgueses por parte de pai. Sua mãe
morreu quando ele tinha 6 anos de idade. Seu pai, que aspirava ao filho a profissão
de advogado e que ele trabalhasse para o rei, matriculou-o no colégio jesuíta Louis,
Le Grand, tradicional instituição de ensino francesa. Nas palavras de Marilena Chaui,
os seus professores da época o classificaram como um “rapaz de talento mas patife
notável”|1|.

Ainda nos tempos de estudo no Liceu, Voltaire foi introduzido por seu padrinho em
círculos literários de Paris e no Salão Literário da Cortesã Madame Ninon de Lenclos.
Ninon quis conhecer o afilhado do abade de Châteauneuf e gostou da personalidade
do menino de apenas 13 anos, deixando, em testamento, uma quantia significativa
de dinheiro para Voltaire comprar livros.

A morte de Madame Ninon aconteceu pouco tempo depois. Ela era uma mulher livre,
letrada e hedonista, amante da vida e inspirada pelo epicurismo. Todos que
frequentavam seu salão de leitura também o eram, o que fascinou o jovem François
Marie.
Não gostando do ambiente em que o filho estava, o pai de Voltaire arranjou um
trabalho para ele após a conclusão dos estudos básicos no Liceu. Voltaire seria
assistente do Marquês de Châteauneuf em uma viagem diplomática à Holanda. Lá
ele conheceu e apaixonou-se por uma moça protestante, Olympe Dunoyer, e queria
que ela fosse morar com ele em Paris. Tramou, então, uma situação para convencer
os padres e o bispo local de que trazer a moça e convertê-la seria uma obra caridosa,
mas os padres não atenderam ao pedido e o romance dos dois foi interrompido.

Voltaire passou a escrever poemas e contos. Foi com uma Ode a Luís XIII que ele
concorreu a um concurso na Academia Francesa, mas não venceu. O concorrente
vencedor foi vítima de uma sátira caluniosa escrita por Voltaire. A briga entre os dois
obrigou o filósofo e escritor a sair de Paris. Essa foi a primeira das várias vezes que
o escritor e pensador precisou fugir de sua cidade.

Por ter começado a escrever muito cedo, também teve problemas com as autoridades
muito cedo. Iniciou o curso de Direito, mas nunca o concluiu. Seguiu carreira de
escritor e dramaturgo, publicando muitos contos, romances, além de produzir
roteiros para peças teatrais e também escritos sobre filosofia e crítica política. Todos
os seus escritos tinham algum tom polêmico e, às vezes, até proibido, o que lhe
rendeu uma fama de polemista e problemas com as autoridades.

Teve uma amante antes dos 20 anos de idade, frequentou os círculos literários de
libertinos e os salões de festas consideradas exageradamente mundanas para os
padrões morais da época. Era um galanteador e pretensiosamente queria se tornar
um grande escritor trágico de sua época.

Em 1715, escreveu a peça Édipo. Em 1717, sátiras sobre o regente parisiense, o


Duque de Orleans. Por conta disso, o rapaz foi preso na Bastilha pela primeira vez.
Em 1818 passou a publicar suas obras com o pseudônimo de Voltaire. Nessa época
e após a prisão, fez sucesso com a peça Édipo e tornou-se também um investidor de
todo tipo de negócio, desde empréstimo a juros até financiamento de tráfico de
escravos. Tornou-se um burguês, mas sem os privilégios nobres. No entanto, ele não
se afastou da nobreza, o que o colocou em uma briga com outro nobre, o Duque de
Sully.

A briga rendeu uma surra encomendada pelo duque ao poeta burguês libertino.
Voltaire não deixou barato e desafiou o duque a um duelo, que foi recusado, pois
alguém em uma excelente posição na aristocracia não duelaria com qualquer um. O
duque poderia mandar Voltaire para a prisão na Bastilha ou para o exílio. A segunda
opção foi escolhida pelo escritor.

Foi na Inglaterra que ocorreu o grande amadurecimento intelectual de Voltaire. Lá


ele passou a tecer suas críticas políticas e a desenvolver seus escritos filosóficos,
além de ter um contato com um modelo político muito liberal em relação ao
absolutismo francês. Ficou extasiado com a pouca diferença política entre nobres e
burgueses na Inglaterra e conheceu grandes poetas e filósofos ingleses, além de
estudar as teorias políticas liberais de teóricos como John Locke.

Em 1729 ele retornou à França. As correspondências trocadas com pensadores,


amigos e escritores durante sua estadia na Inglaterra e defendendo e difundindo os
ideais de liberdade foram publicadas mais tarde sob o título de Cartas Inglesas ou
Cartas Filosóficas. Os polêmicos escritos foram queimados em praça pública, e
Voltaire foi novamente caçado pelo governo, tendo sua prisão decretada. Fugiu
novamente e, em 1735, pôde retornar a Paris.
A partir daí sua vida não foi mais tão atribulada quanto antes. Ele continuou suas
defesas polêmicas, mas sem ser preso. Tornou-se historiógrafo real em 1745 e foi
eleito membro da Academia Francesa no ano seguinte por sua obra. Em 1752
começou a redigir o Dicionário Filosófico e, em 1758, o seu romance mais difundido:
Cândido, ou o otimismo. Em 1760, rompeu sua amizade com Jean-Jacques Rousseau.
Da meia-idade para a velhice, Voltaire viveu em Ferney (hoje chamada Ferney-
Voltaire em homenagem ao filósofo), administrando terras e escrevendo sempre
escritos polêmicos contra o fanatismo religioso, a favor da liberdade religiosa e da
liberdade de expressão.

Em 30 de maio de 1778, Voltaire morreu na cidade de Paris, aos 83 anos de idade.

IDEIAS DE VOLTAIRE:

Os ideais de Voltaire estão bem alinhados com os de outros iluministas franceses,


mas com alguma ênfase na questão da liberdade. Voltaire acreditava que o ser
humano deveria ser livre para expressar sua vida criativa, sem interferências de
cunho moral e religioso. Ele era contra o absolutismo e a favor da separação entre
Igreja e Estado, ou seja, foi um dos primeiros defensores da ideia de Estado Laico.

Voltaire também era absolutamente a favor da liberdade de imprensa e da liberdade


de expressão, além da liberdade religiosa e da tolerância. Para o pensador, o
progresso da sociedade somente viria com o reconhecimento dessas liberdades
individuais e com o respeito e a tolerância a todas as formas de pensar.

A tolerância era um tema essencial para ele, pois muitas vezes o filósofo foi
censurado e interditado por seu pensamento liberal. Voltaire, no entanto, somente
condenava e lutava contra dois tipos de pensamento: o fanatismo e a superstição,
pois estes levam a liberdade à ruína.

A frase “posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito
que tem de dizer” é frequentemente atribuída a Voltaire. No entanto, ela não é de
autoria do filósofo, e sim de uma biógrafa que escreveu sobre a vida do pensador,
Evelyn Beatrice Hall. Apesar da não autoria de Voltaire, essa frase condensa a
essência de suas ideias.

LIVROS DE VOLTAIRE:

Voltaire publicou ao menos 53 textos dentre roteiros para peças, romances, contos,
extensos poemas, ensaios e tratados filosóficos. Além de todas essas publicações,
ele contribuiu com verbetes para a Enciclopédia de Diderot e D’Allambert, e deixou
uma extensa e rica correspondência, que soma mais de 20 mil cartas.

Os principais livros filosóficos de Voltaire são:

Cartas inglesas: nesse polêmico conjunto de cartas, Voltaire defende a liberdade


religiosa, a diminuição do poder da Igreja Católica e do Estado e compara o governo
francês ao governo inglês.

Ensaio sobre a tolerância: neste livro, o filósofo tece sua defesa sobre o respeito à
divergência de pensamento e a importância da tolerância para a formação de uma
sociedade mais justa.

Tratado de Metafísica: recusando a metafísica tradicional dos antigos e criticando


parte da metafísica cristã, Voltaire defende seus pontos de vista acerca do
conhecimento e da existência de Deus por uma visão cética, sem, no entanto, afirmar
qualquer tipo de ateísmo.

O filósofo Ignorante: é uma completa síntese da filosofia de Voltaire e um ataque a


outros filósofos que ele considerou ignorantes, como René Descartes, Baruch de
Spinoza e Gottfried Wilhelm Leibniz. Nesse livro, Voltaire selecionou 56 questões que
ele mesmo chamou de ignorâncias, listou-as e respondeu-as a seu modo.

Cândido: publicado com o subtítulo “O Otimismo”, Cândido é um romance satírico ao


otimismo empenhado por Leibniz, que acreditava que, metafisicamente, este mundo
em que vivemos é o melhor dos mundos possíveis. Cândido, a personagem principal,
recebia os conselhos de seu preceptor, o Professor Pangloss, um otimista leibniziano.
No entanto, quando Cândido parte para enfrentar o mundo e viver suas aventuras,
ele percebe o quão cruel o mundo é e vai perdendo, ao longo de sua vida, aquele
otimismo exagerado.

MUSICA TEOCRACIA

Teocracia!

M28

Teocracia!

Teocracia!

Ele está sempre perto de mim

Ele mora no meu coração!

Ele quer o melhor para mim (Então)


Tomei uma decisão

Decidi quem manda no meu coração

De todas as cadeias eu ganhei libertação

Agora o pecado não é parte de mim não (Preste atenção!)

Eu "tô" por conta

De Jesus eu calculei, eu fiz as contas

Essa torre eu sei vai dar pra construir

Enquanto eu "tô" aqui eu quero te servir

Levar o Evangelho para todo mundo ouvir

Eu sigo em frente

Declarando Cristo quebra as correntes

Adorando esse Deus que já era

Que já é, e que sempre será

Eu sigo para o alvo

Para o alvo eu vou

Prossigo para o alvo

Para o alvo eu vou

O mundo e todo seu sistema

O homem sempre decadente

Procurando sua paz

Tentando ser independente

Não consegue se encontrar!


BIOGRAFIA:
https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/teocracia.htm
https://www.todamateria.com.br/teocracia/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/teocracia
https://www.politize.com.br/teocracia-sistema-politico-do-vaticano/
https://www.infoescola.com/filosofia/voltaire-e-a-
teocracia/#:~:text=A%20teocracia%20(forma%20de%20governo,franc%C3
%AAs%2C%201694%2D1778).
https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/voltaire.htm

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