Você está na página 1de 1

Emily Dickinson - 10 Dez 1830 / 15 Mai 1886

in "Poemas e Cartas" - Tradução de Nuno Júdice

Morri pela Beleza

Morri pela Beleza - mas mal me tinha


Acomodado à Campa
Quando Alguém que morreu pela Verdade,
Da Casa do lado -

Perguntou baixinho "Por que morreste?"


"Pela Beleza", respondi -
"E eu - pela Verdade - Ambas são iguais -
E nós também, somos Irmãos", disse Ele -

E assim, como parentes próximos, uma Noite -


Falámos de uma Casa para outra -
Até que o Musgo nos chegou aos lábios -
E cobriu - os nossos nomes –

XXXXXXXXXX

Demasiada Loucura é o Mais Divino Juízo

Demasiada Loucura é o mais divino Juízo -


Para um Olhar criterioso -
Demasiado Juízo - a mais severa Loucura -
É a Maioria que
Nisto, como em Tudo, prevalece -
Consente - e és são -
Objecta - és perigoso de imediato -
E acorrentado –

XXXXXXXXXX

Diz Toda a Verdade

Diz toda a Verdade mas di-la tendenciosamente -


O êxito está no Circuito
É demasiado brilhante para o nosso enfermo Prazer
A esplêndida surpresa da Verdade

Como o Relâmpago se torna mais fácil para as Crianças


Com uma amável explicação
A Verdade deve ofuscar gradualmente
Ou cada homem ficará cego -

Você também pode gostar