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Descrição do Quick-Break

Quick Break é, como o próprio nome diz, desligamento rápido da corrente elétrica que circula
por uma bobina, no nosso caso, de magnetização de Corrente Contínua.
Os Circuitos convencionais fazem o desligamento da corrente da bobina antes da ponte
retificadora. A força contra eletromotriz (FCEM) da bobina, gera uma corrente no mesmo
sentido que aquela durante a magnetização, devido a energia armazenada na mesma.
Sendo a carga da bobina apenas os diodos da ponte retificadora o tempo para descarregar a
“energia” (FCEM) da bobina é grande e seria necessário um tempo de pausa enorme para liberar
“a mobilidade” das partículas magnéticas antes do último pulso de magnetização.
Para que o tempo de descarga da Energia (FCEM) da bobina, é necessário que a carga seja maior
que os diodos e não seja um circuito aberto que provocaria uma tensão muito alta nos contatos
produzindo faiscamento no contato.
Com isto, ao abrir o contado do circuito denominado Quick Break introduz-se uma carga no
circuito que “descarrega” a FCEM da bobina mais rapidamente.
A verificação do funcionamento do Quick-break é simples:
Medir, com um osciloscópio, a corrente na bobina, ou seja, a tensão em um Shunt
instalado em série com a bobina. Verificar a forma de onda sem utilizar o Quick-break e depois
com este. Devemos ter as seguintes formas de onda.

Deve-se observar que a corrente nunca irá cair conforme o desenho da corrente desejada,
entretanto, sem o quick-break a corrente irá se extinguir cerca de 0,9 s (Ou mais) após o
desligamento da corrente da alimentação AC. Com o quick-break, o tempo para isto é cerca de
0,2 a 0,3 segundos.
A energia (FCEM) armazenada na bobina irá depender do valor da indutância, ou seja, da
quantidade de espiras, diâmetro, comprimento, núcleo, etc. e também da corrente a qual está
submetida a bobina. Desta forma, os tempos do gráfico acima é apenas ilustrativo.
Experiências mostraram que uma bobina com 1000 espiras e corrente de 20A, tiveram um
comportamento diferente para várias peças a serem magnetizadas. Quando a bobina estava com
bastante material tivemos um tempo de 2,5 segundos para a corrente chegar a zero, enquanto
que, com pouco material, 0,5 segundo eram suficientes. Dependendo da carga anexada ao Quick-
break, consegue-se uma redução de 90% do tempo.

Descrição do Quick-break Elaborado por: Eng. Domingos A. M. Uzun 15-08-2001

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