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Curso 225385 Aula 01 Equipe Direito Constitucional Somente PDF 0fba Completo
Curso 225385 Aula 01 Equipe Direito Constitucional Somente PDF 0fba Completo
Direito Constitucional
(Somente PDF)
Prefeitura Municipal de Palmas-TO
(Guarda Municipal) Legislação Municipal
- 2023 (Pós-Edital) Em PDF
Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos, Equipe
Legislação Específica Estratégia
Concursos
31 de Janeiro de 2023
Índice
1) Lei Orgânica de Palmas-TO p/ GCM Palmas-TO
..............................................................................................................................................................................................3
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Nesta aula estudaremos os seguintes assuntos da Lei Orgânica do Município de Palmas/TO: Do Município:
Da Competência, Das Vedações (art. 1º a 8º); Da Organização dos Poderes, Do Processo Legislativo, Das
Emendas à Lei Orgânica, Das Leis (art. 35 a 50); Do Poder Executivo: Das Atribuições do Prefeito (art. 71), Da
Advocacia-Geral do Município (art. 87); Da Administração Municipal; Do Registro dos Atos Administrativos
(art. 90 a 94).
Vamos em frente!
Capítulo I - Do Município
O Município de Palmas, pertencente ao Estado do Tocantins, é pessoa jurídica de direito público interno,
assim como também o são todos os entes federativos. Como dito no tópico anterior, o Município possui
capacidade de auto-organização, autolegislação, autoadministração e autogoverno e organiza-se por esta
Lei Orgânica.
De especificidade, vale notar que no dia 1º de junho de cada ano as sedes dos Poderes Executivo e Legislativo
de Palmas ficam transferidas para o Distrito de Taquaruçu.
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Os limites do território de Palmas só podem ser alterados de acordo com os parâmetros constitucionais. No
mesmo sentido, conforme previsto no art. 30, inciso IV, da CF/88, compete apenas ao Município criar,
organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.
Art. 3º - São símbolos do Município de Palmas sua bandeira, seu hino e seu brasão de
armas.
Art. 4º. O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos
objetivos fundamentais da República (Art. 3º da C.F.) e prioritários do Estado do Tocantins.
Palmas reafirma os objetivos fundamentais da República em sua Lei Orgânica. No mesmo sentido, o
Município deve buscar permanentemente a integração econômica, política, social e cultural com os
Municípios do entorno.
Capítulo II - Da Competência
Art. 5º - Ao Município de Palmas compete prover tudo quanto respeite ao interesse local
e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições:
III - Instituir e arrecadar os tributos de sua competência e fixar e cobrar preços, bem como
aplicar suas receitas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas;
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a) dispor sobre o transporte coletivo, que poderá ser operado através de concessão ou
permissão, mediante licitação, fixando itinerários, pontos de parada e respectivas tarifas;
XII - dispor sobre limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de resíduos de qualquer natureza;
XIV – dispor e coibir a exploração econômica financeira por lei específica, sobre os serviços
funerários e os cemitérios, administrando aqueles que forem públicos, fiscalizando aqueles
explorados por particulares mediante concessão pública, bem assim, os pertencentes às
entidades privadas.
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XIX - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de
erradicação de raiva e outras moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
XX - Revogado;
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XXX - combater as causas do êxodo rural, promovendo apoio ao trabalhador rural sem
emprego e sem terra; ou eventual;
XXXV - prover de instalações adequadas a Câmara Municipal para o exercício das atividades
de seus membros e o funcionamento de seus relevantes serviços”.
O art. 5º da LOM de Palmas/TO é bastante extenso e prevê muitas das competências elencadas pela
Constituição Federal. Os incisos do artigo reafirmam as características já frisadas anteriormente: auto-
organização, autoadministração, autolegislação e autogoverno.
➢ Compete ao Município legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal
e estadual no que couber.
➢ O Município de Palmas elabora suas leis orçamentárias: plano plurianual, diretrizes orçamentárias e
orçamentos anuais.
➢ É sua atribuição instituir e arrecadar os tributos municipais, bem como aplicar suas rendas.
➢ Manter, com cooperação do Estado e da União, os programas de educação pré-escolar e de ensino
fundamental.
➢ Dispor sobre o transporte coletivo, que poderá ser operado através de concessão ou permissão,
mediante licitação, fixando itinerários, pontos de parada e respectivas tarifas;
➢ O Município de Palmas deve elaborar seu Plano Diretor.
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I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e pela
conservação do patrimônio público;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos e as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
O art. 6º é uma reprodução fidedigna do art. 23 da CF/88, que trata a respeito das competências comuns da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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O art. 7º trata de alguns dos instrumentos que o Município poderá celebrar ou participar para concretizar
suas atribuições constitucionais. Consórcios e convênios são alguns deles.
Atente-se para o § 3º, o qual destaca a possibilidade de que o Município pode delegar ou receber delegação
de competência do Estado mediante convênio para a prestação de serviços de natureza concorrente.
Art. 8º - Ao município de Palmas aplica-se às vedações estabelecidas pelo art. 19, I, II e III
da Constituição Federal, e as proibições de que trata o art. 60, I e II, da Constituição do
Estado.
As proibições previstas no art. 19 da CF/88 e que são reafirmadas pela LOM Pamas/TO são as seguintes:
II - Leis Complementares;
IV - Leis Delegadas;
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V - Medidas Provisórias;
VI - Decretos Legislativos;
VII – Resoluções.
No Município de Palmas, o processo legislativo, rito por meio do qual são elaboradas certas normas,
compreende a elaboração de emendas à Lei Orgânica, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
resoluções e decretos legislativos.
Quanto às leis, há as leis ordinárias e as leis complementares, e a diferença entre elas está no quórum de
aprovação. A primeira é aprovada por maioria simples dos votos, ou seja, maioria dos votos dos presentes.
A lei complementar depende de aprovação da maioria absoluta, que representa mais da metade da
totalidade dos membros. Já as leis delegadas são prerrogativas legislativas que são atribuídas, pela Câmara
Municipal, ao Prefeito, respeitados certos limites.
Os decretos legislativos e as resoluções são atos privativos da Câmara Municipal, que não dependem da
sanção do Prefeito. O decreto legislativo trata de matéria de competência exclusiva da Câmara, mas que
produza efeitos externos, enquanto as resoluções tratam de aspectos internos da Câmara, visando regular
matéria político-administrativa de sua competência exclusiva.
Ao observarmos esse dispositivo, comparando-o com a Constituição Federal, percebe-se que há previsão,
na Lei Orgânica de Palmas, da edição de medida provisória pelo Prefeito.
II - do Prefeito Municipal;
III - dos cidadãos, subscrita por no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.
§ 1º - A Lei Orgânica Municipal não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa,
estado de sítio ou de intervenção no Município.
§ 3º - A emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa da Câmara com o
respectivo número de ordem.
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§ 5º - A matéria constante de emenda rejeitada, havida por prejudicada, não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
As possibilidades de iniciativa para propor emenda à Lei Orgânica de Palmas são restritas a: i) um terço, no
mínimo, do número de Vereadores; ii) Prefeito; iii) 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.
Além de serem de iniciativa restrita, existem algumas limitações, formais e materiais ao poder de emenda à
Lei Orgânica .
➢ Limitações formais: a proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos, com
interstício mínimo de 10 dias, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 2/3 (dois
terços) dos votos dos membros da Câmara.
➢ Limitações circunstanciais: quais a Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de
estado de sítio, estado de defesa ou de intervenção no Município.
➢ Limitações materiais: há limitações materiais que, apesar de não previstas na Lei Orgânica,
foram objeto de deliberação pela CF/88, como é o caso da vedação de que seja objeto de
deliberação proposta de emenda que venha a ferir quaisquer princípios das Constituições
Federal e Estadual ou que atente contra a harmonia e independência dos poderes.
As emendas à Lei Orgânica, diferentemente das leis, são promulgadas pela Mesa da Câmara. Ou seja, não há
sanção nem veto por parte do Prefeito do Município.
Para as propostas de emenda à Lei Orgânica, temos o chamado “princípio da irrepetibilidade”. A matéria
rejeitada não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa.
O art. 37 da Lei Orgânica de Palmas relaciona os legitimados a apresentar projetos de lei, ordinária ou
complementar, que cabe ao Prefeito, a qualquer Vereador, às Comissões da Câmara e aos cidadãos.
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O art. 38 traz as matérias que, obrigatoriamente, devem ser veiculadas por meio de lei complementar. Como
exemplo, citam-se o Plano Diretor, o Estatuto dos Servidores Municipais, a alienação e aquisição de bens
imóveis e a autorização para obtenção de empréstimos.
Art. 39 - As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação
à Câmara Municipal.
A Lei Orgânica de Palmas permite que o Prefeito edite Leis Delegadas após solicitação à Câmara Municipal e
esta autorizar por resolução, em que serão especificados o conteúdo e os termos de exercício.
➢ delegação típica (própria) – a Câmara Municipal concede a competência ao Prefeito para editar lei
sobre determinada matéria e este a elabora, promulga e publica sem nenhuma intervenção da
Câmara.
➢ delegação atípica (imprópria) – na resolução que concede ao Prefeito a competência de editar lei
sobre determinada matéria, a Câmara prevê que o projeto deve ser apreciado pelo Poder Legislativo
antes da conversão em lei. Neste caso, a Câmara apreciará o projeto em votação única, vedada
qualquer emenda.
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§ 3º Não sendo a medida provisória apreciada em até quarenta e cinco dias, contados de
suas publicações, será esta incluída na ordem do dia, ficando sobrestadas, até que se ultime
a votação, todas as demais deliberações legislativas da Câmara Municipal.
§ 4º É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Da mesma forma que a Constituição Federal prevê para o Presidente da República, a LOM de Palmas/TO
dispõe que o Prefeito Municipal pode adotar medidas provisórias em caso de relevância e urgência,
devendo submetê-las de imediato à Câmara Municipal.
As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60
dias, prorrogável uma vez por igual período. Não sendo a medida provisória apreciada em até 45 dias,
contados de suas publicações, ela será incluída na ordem do dia, ficando sobrestadas, até que se ultime a
votação, todas as demais deliberações legislativas da Câmara Municipal.
Em Palmas, a aprovação de uma lei depende de votação em 2 (dois) turnos. No caso de projeto de lei
complementar, exige-se o voto favorável da maioria absoluta dos Vereadores para a aprovação.
Art. 42 - São de iniciativa privativa do Executivo Municipal, entre outras previstas nesta Lei
Orgânica, leis que disponham sobre:
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III - regime jurídico dos servidores, com a diferença entre o maior e o menor salário pago
pelo Município não superior a vinte vezes;
§ 1º O projeto de lei que implique em despesa deverá ser acompanhado de indicação das
fontes de recursos.
O art. 42 da Lei Orgânica relaciona as matérias que são da iniciativa privativa do Prefeito. Significa que
somente o Prefeito poderá apresentar o projeto de lei que trate das matérias contidas no art. 42. Dentre
elas está a competência para submeter projeto sobre o regime jurídico dos servidores públicos municipais,
com a diferença entre o maior e o menor salário pago pelo Município não superior a vinte vezes. Somente
ele tem competência para apresentar projeto de lei sobre essas matérias, sob pena de inconstitucionalidade
formal.
Em função do princípio da separação dos Poderes, as matérias abordadas pelo art. 43 têm iniciativa
reservada à Câmara Municipal. Trata-se de assuntos internos à Câmara Municipal, relacionados à sua
estrutura e organização administrativa.
O poder de apresentar emendas parlamentares a projetos de lei não é absoluto. Vale pontuar que emendas
parlamentares são modificações que os Vereadores introduzem nos projetos de lei, normalmente para
aperfeiçoar o texto da futura norma.
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As emendas parlamentares devem guardar pertinência temática com o texto original e, ainda, não podem
implicar aumento de despesa nos projetos de lei de iniciativa privativa do Prefeito e nos projetos de
iniciativa da Mesa Diretora sobre a organização dos serviços administrativos da Casa.
Por exemplo, projeto de lei que versa sobre regime jurídico de servidores públicos municipais é de iniciativa
privativa do Prefeito. O Prefeito, então, apresenta projeto de lei sobre a matéria. Na Câmara Municipal, é
apresentada uma emenda criando uma gratificação para os servidores municipais. Como trata-se de emenda
a projeto de lei de iniciativa privativa do Prefeito, ela não poderia ter implicado em aumento de despesa.
Dessa forma, a referida emenda parlamentar é inconstitucional.
Art. 45 - A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.
Da mesma forma como ocorre em relação às propostas de emendas à Lei Orgânica, a iniciativa popular para
a elaboração de leis depende da manifestação de 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município. Atenção:
não são 5% dos habitantes do Município, mas sim 5% dos eleitores.
Art. 46 - O prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa
considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 30 (trinta) dias.
§1º - Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no caput deste artigo, o projeto será,
obrigatoriamente, incluído na Ordem do Dia, para que ultime sua votação, sobrestando-se
a deliberação quanto aos demais assuntos, com exceção do disposto no art. 48, § 4º, desta
Lei.
§ 2º - O prazo referido neste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara e não se
aplica aos projetos de leis complementares.
O art. 46 da Lei Orgânica prevê o chamado procedimento legislativo sumário. O Prefeito pode solicitar
urgência nos projetos de lei de sua iniciativa. Não pode, porém, solicitar urgência para a tramitação de um
projeto de lei de iniciativa da Câmara, ainda que a Administração Municipal tenha interesse na sua
aprovação. Ao fazer isso, os projetos de lei deverão ser apreciados em até 30 (trinta) dias. Se não o forem,
serão colocados na ordem do dia e sobrestarão as deliberações de demais assuntos até que sejam
apreciados.
Este rito não é válido durante o recesso parlamentar e para projetos de leis complementares.
Art. 47 - O projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal será, no prazo de dez dias úteis,
enviado ao Prefeito que, concordando, o sancionará e promulgará no prazo de quinze dias
úteis contados da data de seu recebimento.
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Parágrafo Único - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito importa
em sanção.
§ 1º - O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º - O veto somente poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos vereadores, realizada
a votação em escrutínio secreto.
§ 4º - Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no §2º deste artigo, o veto será colocado
na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação
final.
§ 6º - Se o Prefeito não promulgar a lei em 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de sanções
tácitas ou rejeições de vetos; o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer,
caberá ao Vice-Presidente, em igual prazo, fazê-lo.
§ 7º - A lei promulgada nos termos do parágrafo anterior produzirá efeitos a partir de sua
publicação.
§ 8º - Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão promulgadas
pelo seu Presidente, com o mesmo número da Lei original, observado o prazo estipulado
no § 6º, deste artigo.
§ 9º - O prazo previsto no § 2º, deste artigo, não ocorre nos períodos de recesso da Câmara.
§10 - A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.
No processo legislativo municipal existe apenas uma Casa Legislativa: a Câmara Municipal. Portanto, há
maior simplicidade na tramitação do que no processo legislativo federal, que tem as figuras da Casa
Iniciadora e Casa Revisora.
Após aprovado pela Câmara Municipal, o projeto de lei será enviado ao Prefeito, para sanção ou veto.
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A sanção pode ser expressa ou tácita. Haverá sanção tácita quando o Prefeito não se manifestar
(permanecer em silêncio) pelo prazo de 15 dias úteis após recebido o projeto de lei. Sancionado o projeto,
ele se transforma em lei, que deverá ser promulgada e publicada.
Havendo sanção expressa, a promulgação é automática. Por outro lado, diante de sanção tácita, o Prefeito
tem 48 horas para fazer a promulgação. Caso não o faça, o Presidente da Câmara Municipal promulgará a
lei.
O Prefeito pode, também, vetar o projeto de lei. O veto pode ser político (quando o Prefeito julgar que o
projeto de lei contraria o interesse público) ou jurídico (quando o Prefeito entender que o projeto é
inconstitucional ou incompatível com a Lei Orgânica).
O veto será sempre expresso. Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional,
ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 dias úteis,
encaminhando ao Presidente da Câmara os motivos do veto.
O veto pode ser total ou parcial. Caso se trate de veto parcial, este deverá abranger o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Mas o veto poderá ser rejeitado pela Câmara. Segundo o art. 47, § 2º, o veto será apreciado pela Câmara
dentro de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria
absoluta dos Vereadores. Rejeitado o veto, o projeto será enviado para o Prefeito para que este promulgue
a lei em 48 horas. Se não o fizer, essa obrigação passa para o Presidente da Câmara.
Art. 49 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
Membros da Câmara.
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa do
Prefeito, que serão submetidos à deliberação da Câmara.
Aqui temos novamente o “princípio da irrepetibilidade”. A matéria de projeto de lei rejeitado não poderá,
em regra, ser objeto de novo projeto no mesmo período legislativo. Todavia, essa vedação não é absoluta.
É possível que seja flexibilizada mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Art. 50 - O projeto de lei que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de todas as
Comissões, será tido como rejeitado, salvo se, após recurso ao Plenário da Câmara, este
deliberar de forma diversa, observada a respeito o que dispõe o inciso l, § 2º, do art. 29,
desta Lei Orgânica e o Regimento Interno.
O projeto será considerado rejeitado quando receber parecer contrário de todas as Comissões da Câmara
Municipal, exceto se houver recurso ao Plenário da Câmara.
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1. (Questão Inédita) Em Palmas/TO não existe a possibilidade de a Lei Orgânica ser emendada por
proposta dos eleitores.
Comentários:
A Lei Orgânica de Palmas pode ser emendada por proposta proveniente do Prefeito; de, pelo menos, 1/3 dos
membros da Câmara; e por, no mínimo, 5% do eleitorado municipal. A questão está errada.
2. (Questão Inédita) O Prefeito, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para apreciação de
projetos de iniciativa da Câmara.
Comentários:
De acordo com o art. 46 da Lei Orgânica de Palmas/TO, o Prefeito poderá solicitar urgência apenas para a
apreciação de projetos de sua iniciativa. A questão está incorreta.
3. (Questão inédita) O Prefeito, caso julgue que determinado projeto de lei contraria o interesse público,
poderá vetá-lo, no todo ou em parte, dentro de 15 dias úteis a partir do seu recebimento.
Comentários:
O Prefeito tem 15 dias úteis para vetar projeto de lei que tenha julgado contrário ao interesse público ou
inconstitucional. Vale lembrar que o veto, se parcial, deverá abranger todo o texto do artigo, de parágrafo,
de inciso ou de alínea. A questão está correta.
4. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa.
Comentários:
A irrepetibilidade não é absoluta. Poderá haver novo projeto com a mesma matéria caso este seja proposto
por maioria absoluta dos Vereadores. A questão está incorreta.
5. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Prefeito de Palmas, este veto poderá ser
derrubado por voto de maioria absoluta dos Vereadores.
Comentários:
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III - sancionar e fazer publicar as leis, expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;
a) Plano plurianual;
b) Diretrizes Orçamentárias;
c) Orçamento Anual;
d) Plano Diretor.
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XII - fazer publicação dos balancetes financeiros municipais e das prestações de contas de
aplicação de auxílios federais ou estaduais recebidos pelo Município, nos prazos previstos
e na forma determinada em lei;
XIII - colocar à disposição da Câmara, até o dia vinte de cada mês, o duodécimo de sua
dotação nos termos da lei complementar prevista no art. 165, § 9º, e 168, da Constituição
Federal;
XIV - praticar os atos que visem a resguardar os interesses do Município, desde que não
reservados à Câmara Municipal;
XVI - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por terceiro na forma de lei;
XVIII - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação da receita,
autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos
créditos votados pela Câmara;
XIX - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando impostas
irregularmente;
XXV - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as verbas
para tal fim destinado;
XXVII - adotar providências sobre a administração dos bens do Município e sua alienação,
na forma da lei;
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XXVIII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;
XXXI - solicitar o auxílio das autoridades policiais e judiciárias do Estado para garantir o
cumprimento de seus atos;
XXXV - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica ou exigidas pelo exercício do
cargo, na forma da lei.
Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos Secretários Municipais,
funções administrativas que não sejam de sua competência exclusiva.
O art. 71 da Lei Orgânica relaciona as atribuições privativas do Prefeito de Palmas. Não tem jeito! Não precisa
decorar “ipsis literis”, mas vale a pena que você tenha uma noção sobre esse rol de competências. Abaixo
destacamos aquelas que julgamos mais prováveis de virem em sua prova:
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6. (Questão inédita) Cabe ao Prefeito enviar as leis relativas ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual para serem apreciadas pela Câmara Municipal.
Comentários:
Está é uma competência privativa do Prefeito (art. 71, VIII).
7. (Questão inédita) Cabe ao Prefeito de Palmas superintender a arrecadação dos tributos, bem como
a guarda e aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades
orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara.
Comentários:
Esta é uma competência do Prefeito disposta no inciso XVIII do art. 71 da Lei Orgânica. A questão está correta.
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III - Sociedade de Economia Mista, com a participação do Município no seu capital social,
regida pelo direito privado.
Parágrafo Único - As entidades compreendidas nos incisos II e III, deste artigo, criado ou
autorizado por lei específica, serão vinculadas às Secretarias ou órgãos equiparados, em
cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
Em Palmas, essas entidades da Administração Indireta só podem ser criadas mediante lei específica. As
autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que realizam atividades típicas do Estado. Já as
sociedades de economia mista e empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado que poderão
tanto prestar serviços públicos quanto explorar atividades econômicas. Por fim, as fundações poderão ser
tanto de direito público quanto de direito privado.
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§ 1º - Toda entidade ou órgão municipal prestará aos interessados, no prazo da lei e sob
pena de responsabilidade funcional, as informações de interesse particular, coletivo ou
geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na
Constituição Federal.
Segundo o art. 37, CF/88, os princípios da Administração Pública são a legalidade, a impessoalidade
(finalidade), a moralidade, a publicidade e a eficiência. Esses são os princípios explícitos.
Nota-se que o Município de Palmas/TO faz uso dos mesmos princípios de maneira expressa no art. 91 da sua
Lei Orgânica.
Art. 92 - A publicação das leis e atos municipais será feita pela imprensa oficial do Município
e, enquanto não existir, em placar apropriado.
Os atos oficiais do Município devem ser veiculados pela imprensa oficial ou por placar apropriado. Vale
destacar que os atos normativos poderão ser publicados em resumo e que os atos que geram efeitos
externos só entram em vigor após a respectiva publicação.
Art. 93 – O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de seus atos e
atividades.
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§ 2º - Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outros
sistemas, convenientemente autenticados.
Nota-se a obrigação de o Município manter o registro de seus atos e atividades em livros apropriados.
Já o art. 94 trata a respeito da classificação dos atos administrativos que podem ser praticados pelo Prefeito.
Essa classificação é melhor estudada nas aulas de Direito Administrativo. De todo modo, atente-se para os
incisos do art. 94.
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Comentários:
O art. 38 da LOM/Palmas-TO traz as matérias que devem ser tratadas por meio de lei complementar. Dessas,
apenas a letra "a" não se encontra prevista, já que as leis orçamentárias são objeto de leis ordinárias.
O gabarito é a letra A.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão Inédita) Em Palmas/TO não existe a possibilidade de a Lei Orgânica ser emendada por
proposta dos eleitores.
2. (Questão Inédita) O Prefeito, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para apreciação de
projetos de iniciativa da Câmara.
3. (Questão inédita) O Prefeito, caso julgue que determinado projeto de lei contraria o interesse público,
poderá vetá-lo, no todo ou em parte, dentro de 15 dias úteis a partir do seu recebimento.
4. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa.
5. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Prefeito de Palmas, este veto poderá ser
derrubado por voto de maioria absoluta dos Vereadores.
6. (Questão inédita) Cabe ao Prefeito enviar as leis relativas ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual para serem apreciadas pela Câmara Municipal.
7. (Questão inédita) Cabe ao Prefeito de Palmas superintender a arrecadação dos tributos, bem como
a guarda e aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades
orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara.
8. (COPESE/UFT - Câmara de Palmas - 2018) As Leis Complementares distinguem-se das Ordinárias
também pelo assunto a ser normatizado. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Palmas, são Leis
Complementares as concernentes às seguintes matérias, EXCETO:
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GABARITO
1. ERRADA
2. ERRADA
3. CERTA
4. ERRADA
5. CERTA
6. CERTA
7. CERTA
==2a4ee3==
8. LETRA A
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