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Capítulo 01
Introdução
1.1) O que aprender neste capítulo?
1.2) Histórico das Atividades Humanas
1.3) Histórico da SST
1.4) Segurança do Trabalho Tradicional
1.5) Princípios Modernos de SST
1.6) Princípios de SST: Tradicional x Moderno
1.7) Resumindo:
1.8) Para Saber Mais...
1.9) Exercícios de Fixação
1.10) Filme
1.11) Estudo de Caso
Caça, Pesca e Guerra Acidentes devido a práticas inseguras no manejo das armas
10.000 a.c. Idade da Pedra Inicia-se a produção de alimentos e a história das ocupações
50 d.c. Plínio, o velho Identifica o uso de bexiga de animais para evitar a inalação de poeiras e fumos
Michael Saddler Relatório de uma CPI sobre as péssimas condições do ambiente de trabalho na
1831
(Inglaterra) Inglaterra
Sob o impacto do relatório da CPI, foi baixado o Factory Act (Lei das
1833 Inglaterra Fábricas), a primeira legislação realmente eficiente no campo de proteção ao
trabalhador
Aprovação da Lei Operária, primeira legislação trabalhista de proteção ao
1833 Alemanha
trabalhador fora da Inglaterra
James Smith Contratação de um médico responsável desde os exames admissional e periódico
1842
(Escócia) até a orientação e prevenção de doenças ocupacionais ou não
Heinrich trabalhava com seguros; em 1926, analisou acidentes de trabalho liquidados por sua companhia,
na tentativa de obter dados sobre os gastos adicionais das empresas nas quais os acidentes haviam ocorrido;
Heinrich considerou:
Custo Direto (CD): gastos da seguradora com a liquidação dos acidentes
Custo Indireto (CI): perdas sofridas pelas empresas em termos de danos materiais e interferências na
produção
Propôs ainda, baseado em suas observações, a proporção CI/CD = 4:1
Heinrich introduziu o conceito de acidentes sem lesão, que são acidentes com danos somente à
propriedade, e um novo conceito de acidente, no qual considera-se acidente todo evento não planejado,
não controlado e não desejado que interrompe uma atividade ou função
Posteriormente, Robert P. Blake analisou os estudos de Heinrich, e juntamente com este formulou alguns
princípios e sugestões, dentre elas a de que as empresas deveriam promover medidas tão ou mais
importantes que aquelas que visassem apenas a proteção social de seus empregados, mas efetivamente
deveriam partir para evitar a ocorrência de acidentes.
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Pirâmide de Heinrich (1931)
Com a obra Industrial Accident Prevention , Heinrich aponta que os acidentes de trabalho ocorre devido a
03 causas básicas:
Personalidade do trabalhador
Prática de atos inseguros por parte do trabalhador
Existência de condições inseguras nos ambiente de trabalho
R. H. Simonds propôs um método para cálculo do custo de acidentes, que enfatizava a necessidade de se
realizar estudos pilotos sobre os custos associados a quatro tipos de acidente: lesões incapacitantes, casos de
assistência médica, casos de primeiros socorros e acidentes sem lesões.
Além disso, propôs a substituição dos termos custo direto e custo indireto por custo segurado e custo não-
segurado, termos estes muito utilizados em Gerenciamento de Risco atualmente.
Bird iniciou na Luckens Steel, metalúrgica da Filadélfia, um programa de Controle de Danos, que tinha
como objetivo principal a redução das perdas oriundas de danos materiais, sem no entanto se descuidar dos
acidentes com danos pessoais;
Neste estudo, Bird analisou 90.000 acidentes ocorridos na empresa durante 7 anos com os cerca de 5.000
empregados desta.
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Pirâmide de Bird (1966)
O grande mérito deste trabalho foi ter apresentado dados baseados em projeções estatísticas e financeiras;
Além disso, Bird calculou uma proporção de 6:1 entre custo não-segurado e custo segurado para a Luckens
Steel demonstrando que cada empresa deve fazer inferências sobre os resultados dos próprios dados
levantados;
Segundo Bird, a forma de se fazer segurança é através do combate a qualquer tipo de acidente, e que a
redução das perdas materiais liberará novos recursos para a segurança;
Para ele (1978), os mesmos princípios efetivos de administração podem ser usados para eliminar ou
controlar muitos, senão todos, os incidentes comprometedores que afetam a produção e a qualidade ;
Bird estabeleceu ainda que, prevenindo e controlando os incidentes através do controle de perdas, pessoas,
equipamentos, material e ambiente estão protegidos com segurança;
Após os estudos anteriores, Frank Bird foi nomeado diretor de segurança de serviços de engenharia da
ICNA;
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Nesta condição, Bird conduziu um outro estudo, que analisou 297 empresas que empregavam cerca de
1,75 milhões de empregados, obtendo 1.753.498 relatos uma amostra significativamente maior, que
possibilitou uma relação mais precisa que os estudos anteriores de Heinrich e do próprio Bird.
Os quase acidentes demonstram que, se o acidente quase ocorreu , também a perda ou dano quase ocorreu , e
poderia ser tanto material quanto pessoal
Fletcher e Douglas propuseram que o Controle de Danos de Frank Bird se estendessem para um Controle
Total de Perdas (Total Loss Control);
Este trabalho, baseado nos estudos de Frank Bird, abrangeu também acidentes com máquinas, materiais,
instalações e meio ambiente, considerando também ações de prevenção de lesões;
Os programas de Controle Total de Perdas, com o objetivo de reduzir ou eliminar todos os acidentes que
pudessem interferir ou paralisar o processo produtivo, abordam todo e qualquer tipo de evento que interfira
negativamente no mesmo, prejudicando a utilização plena de pessoal, máquinas, materiais e instalações;
Fletcher e Douglas observaram que os acidentes que resultam em danos às instalações, materiais e
equipamentos têm as mesmas causas básicas dos que resultam em lesões;
Engloba ainda: perdas provocadas por acidentes em relação a explosões, incêndios, roubo, sabotagem,
poluição industrial, doença, defeito do produto, etc.
Hammer, especialista em Engenharia de Sistemas que já havia trabalhado com projetos na USAF e na Nasa,
aplicou conceitos da área aeroespacial adaptados à indústria;
Este enfoque sistêmico permitiu uma compreensão melhor dos erros humanos, muitos deles provocados por
erros em projeto e/ou materiais deficientes que, devido a isto, deveriam ser debitados na organização (bens
e serviços que farão uso deste produto), e não aos usuários do mesmo (trabalhadores).
Ações voltadas somente para a Ações voltadas não só para acidentes com pessoas, mas
prevenção de acidentes fatais ou com também com equipamentos, máquinas, instalações, meio
lesões incapacitantes; ambiente, etc., ou seja, tudo o que interfira no processo
Acidentes que não envolviam produtivo
pessoas não tinham valor nenhum
Acidentes considerados como fatos Acidentes considerados como fatos indesejáveis, com a maior
inesperados, com causas fortuitas partes das causas sendo conhecidas e controláveis
e/ou desconhecidas
Programas de SST
Tradicional Abordagem Corretiva Moderna Abordagem Preventiva
1.7) Resumindo:
A SST está intimamente ligada ao tipo de atividade exercidas pelo homem ao longo da história, desde os
primórdios da humanidade até os dias de hoje;
Após a Revolução Industrial, a necessidade por medidas mais bem elaboradas ficou evidente tendência
observada até nos dias de hoje;
A legislação foi sendo adaptada a medida que a percepção e a conseqüência sobre acidentes, perdas e danos
foi evoluindo;
SOUZA, Evandro Abreu. O treinamento industrial e a gerência de riscos: Uma proposta de instrução
programada. Dissertação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistema, UFSC,
setembro, 1995.
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Capítulo 02
Conceitos de Gerência de Riscos
Índice
Segurança: é a garantia de um estado de bem-estar físico e mental, traduzindo por saúde, paz e harmonia;
Segurança do Trabalho: é a garantia de um estado de bem-estar físico e mental do empregado, no trabalho
para a empresa e se possível, fora do ambiente dela (viagem de trabalho, lar, lazer, etc.).
A Segurança do Trabalho é a parte do planejamento, organização, controle e execução do trabalho, que objetiva
reduzir permanentemente as probabilidades de ocorrência de acidentes (parte de administração com objetivo de
reduzir permanentemente os riscos).
Administração correta
Com pessoas capazes
Com planejamento, organização e métodos eficazes
Com supervisão atuante
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Que acredita em segurança
Que apóie a segurança
"Acidentes ocorrem desde os tempos imemoriais, e as pessoas têm se preocupado igualmente com sua prevenção
há tanto tempo. Lamentavelmente, apesar do assunto ser discutido com freqüência, a terminologia relacionada
ainda carece de clareza e precisão.
Do ponto de vista técnico, isto é particularmente frustrante, pois gera desvios e vícios de comunicação e
compreensão, que podem aumentar as dificuldades para a resolução de problemas. Qualquer discussão sobre
riscos deve ser precedida de uma explicação da terminologia, seu sentido preciso e inter-relacionamento."
Willie Hammer
Acidente é toda ocorrência não programada que pode produzir danos. É um acontecimento que não
prevemos, ou se prevemos, não sabemos precisar quando acontecer.
Em milésimos de segundo, e
Em milímetros de espaço.
Conceito Legal
Conceito Prevencionista
Outros conceitos
Conceito Legal
Acidente é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução permanente ou
temporária da capacidade laboral para o trabalho.
Conceito Prevencionista
Acidente é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no
processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil, lesões nos trabalhadores ou
danos materiais.
Qualquer evento não programado que interfere negativamente na atividade produtiva e que tem
cobertura da seguradora.
Dano é a gravidade da perda, seja ela humana, material, ambiental ou financeira, que pode ocorrer caso não se
tenha controle sobre um risco. A probabilidade e a exposição podem manter-se inalterados, e mesmo assim, existir
diferença na gravidade do dano.
Perda é o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento através de seguros ou outros
meios.
Sinistro é o prejuízo sofrido por uma organização, com garantia de ressarcimento através de seguros ou outros
meios.
Risco é tudo o que pode causar acidentes, ou seja, tudo com potencialidade ou probabilidade de causar
acidentes.
De um modo geral, os riscos são visíveis nas tarefas, podendo ser eliminados ou controlados. Por vezes, o risco
está oculto no processo que envolve a realização das tarefas.
Tipos de risco:
Causa é aquilo que provocou o acidente, sendo responsável por sua ocorrência, permitindo que o risco se
transformasse em danos.
Comportamento conscientes ou não, emitidos pelo trabalhador ou empresa que podem levar ao
acidente.
Os atos inseguros são praticados por trabalhadores que desrespeitam regras de segurança, ou não as
conhece devidamente, ou ainda que têm um comportamento contrário à prevenção.
Podem ser cometidos tanto por pessoa física quanto jurídica.
Os atos inseguros são cometidos por imprudência, imperícia ou negligência;
Imprudência
Imperícia
Negligência
Condição Insegura
Problemas de saúde
Problemas familiares
Dívidas
Alcoolismo
Uso de Substâncias Tóxicas
Nesta definição, usaremos os conceitos de Perigo (Hazard) e Risco (Risk) como estão definidos na BSI
OHSAS 18001 e na BS 8800, normas internacionais que tratam de Saúde e Segurança do Trabalho
Probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico de tempo, podendo ser indicado pela
probabilidade de um acidente multiplicada pelo impacto deste em valores monetários.
Perigo e Risco costumam ser aplicados como sinônimos em diversos casos até mesmo em leis e normas
Uma terminologia é algo para ser seguido, e as pessoas devem ser rigorosas no seu uso. Isso é
particularmente requerido dos especialista isto é, NÓS!
Desta forma, observemos que:
Se falamos em PERIGOS, denotamos que apenas identificamos condições com potencial para
causar danos.
Se alguém se manifesta em termos de RISCO, indica que, de alguma forma, já foram avaliadas
conseqüências e probabilidade de ocorrência do evento gerador de danos.
Sob um enfoque mais filosófico, perigo é uma energia danificadora que quando ativada pode provocar
danos corporais e/ou materiais, podendo estar associada tanto a pessoas quanto a objetos;
Pessoas e objetos podem ser portadoras de perigos em determinadas circunstâncias; se tais perigos forem
ativados repetidamente, tal perturbação caracteriza o acidente, que impede o alcance do objetivo; Quando
não interseção entre as áreas, não há riscos.
O risco é gerado quando há uma interseção entre as áreas perigosas de pessoas e objetos.
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Área de Risco
Exemplo 01:
Perigos:
Motorista embriagado
Carro estacionado, desligado
Risco de acidente: não há
Exemplo 02:
Perigos:
Motorista embriagado
Carro em alta velocidade
Risco de acidente: Alto
Relativa exposição a um risco que favorece a materialização do risco como causa de um acidente e dos
danos resultantes deste. O nível de severidade varia de acordo com as medidas de controle adotadas, ou
seja:
Desvio é qualquer ação ou condição que tem potencial para conduzir, direta ou indiretamente, a danos a
pessoas, ao patrimônio ou causar impacto ambiental, que se encontre desconforme com as normas de
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trabalho, procedimentos, requisitos legais ou normativos, requisitos do sistema de gestão, ou boas
práticas.
O conceito de desvio é similar ao de perigo, mas com uma diferença sutil: um desvio está associado a uma
não conformidade com requisitos pré-definidos, ou seja, é algo desconforme com o adequado.
O conceito de desvio é muito importante, pois inclui qualquer não-conformidade física (instalações) ou
comportamental (operacional).
Todo desvio é um perigo, mas alguns perigos, no entanto, não são desvios: perigos naturais, ou aqueles
oriundos de mudanças e processos inovadores, que (ainda) não estejam desconformes a normas e/ou
requisitos.
Desvios são usualmente evidenciados por inspeções in loco , sendo um importante conceito nas chamadas
auditorias comportamentais .
Perigos podem ser identificados tanto in loco quanto por análise a priori (técnicas de análises de risco),
que será vista nos próximos capítulos.
Quando ocorre um acidente, perigos ou desvios se tornam as causas do mesmo, que se encadeiam desde a
origem das seqüências até o acidente em si e seus efeitos (danos ou perdas).
Incidente é qualquer evento ou fato negativo com potencialidade para provocar dano, mas por algum
fator não satisfeito, não ocorre o esperado acidente.
O conceito de incidente surgiu nos anos 60, na aviação, e foi transportado na mesma época, para a indústria.
Este fato foi chamado em sua origem de incidente crítico , pois os acidentes aeronáuticos sempre
representam altos danos, tanto pessoais quanto materiais.
O termo atual de uso geral na indústria é incidente ou quase-acidente, o que explica rapidamente o conceito.
O que torna o incidente um instrumento poderoso na prevenção é que esses fatos evidenciam os perigos e
desvios, sem no entanto ocorrer lesões nem danos macroscópicos.
Qualquer operação pode ser feita de forma errada, não interessa o quanto essa possibilidade é remota, ela
algum dia vai ser feita desse modo
Não importa o quanto é difícil danificar um equipamento, alguém sempre vai achar uma maneira de fazê-lo.
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Se algo pode falhar, essa falha deve ser esperada para ocorrer no momento mais inoportuno e com o
máximo dano.
Mesmo na execução da mais perigosa e complicada operação, as instruções poderão ser ignoradas.
2.5.1) Conceituação
Evitar acidente
Para: Levando a:
Áreas Técnicas
Obter
Profissionais de
Segurança
Padrões de
Segurança
Medir
desvios Manter
Necessidades de auto-realização
Necessidades sociais
Necessidades de segurança
Necessidades
primárias
Necessidades fisiológicas
Necessidades Fisiológicas
Necessidades de Segurança
Necessidades Sociais
Necessidades de Estima
Necessidades de auto-realização
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Conjunto de procedimentos que visa proteger a empresa das conseqüências de eventos aleatórios que possam
reduzir sua rentabilidade, sob forma de danos físicos, financeiros ou responsabilidades para com terceiros.
A finalidade da Gerência de Riscos é prevenir todos os fatos negativos que distorcem um processo de trabalho,
impedindo que se cumpra o programado, podendo provocar danos e/ou perdas às pessoas, materiais, instalações,
equipamentos e meio ambiente.
Identificação de Perigos;
Análise de Riscos;
Avaliação de Riscos;
Tratamento de Riscos.
Gerência de Riscos
Inspecionar regularmente os
locais de trabalho onde se
verifica o cumprimento das
normas de segurança
Processo de Decisão
Perigo e Risco
Perigo Perigo
Perigo e Desvio
Perigo
Perigo Acidente Danos
Desvio
Procedimentos
Regulamentos
Pré-requisitos
Causas de Acidente
Causa
raiz
Causa Acidente Danos
Causa
raiz
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Incidente e Acidente
Perigo
Perigo Acidente Danos
Desvio
Incidente
Índice
3.1) O que aprender neste capítulo?
3.2) Riscos Conceitos e Amplitude
3.3) Riscos Empresariais
3.4) Grandes Acidentes
3.5) Tratamento de Riscos
3.6) História do Seguro
3.7) Teoria Geral do Seguro
3.8) Mercado de Seguros
3.9) Seguros x Gerência de Riscos
3.10) Resumindo:
3.11) Para Saber Mais...
3.12) Trabalho Prático: Análise de Relatório de Recomendações
Saber os princípios de cobertura atuarial de riscos e conceituação de seguros, bem como noções sobre o
mercado de seguros;
Aprender sobre a história do seguro no Brasil;
Identificar quais são os riscos seguráveis e os não seguráveis;
Conhecer quais são os tipos de seguros e sua relação com a Gerência de Riscos;
Analisar criticamente um relatório de recomendações de uma seguradora/corretora de seguros
A noção de riscos é a mesma de um acontecimento ou evento. Algo que ocorre por falta da natureza ou do
homem
Pedro Alvim
3.2.1) Chance
3.2.2) Risco
É o evento incerto ou de data incerta que independe da vontade das partes contratantes, conduz a um resultado
desfavorável e contra o qual é feito o seguro.
O estabelecimento de riscos homogêneos, riscos da mesma natureza e com idêntico valor são condições essenciais
para garantir qualquer estatística sobre seguros.
Técnico
Minimizar ou maximizar propriedades
Programático
Obtenção e uso de recursos
Suportabilidade
Manutenção ou continuidade de processos
Origem
Fundamental
Particular
Alcance ou Impacto
Desprezível, Marginal, Crítico, Catastrófico
Avaliação
Objetivos
Especiais ou Subjetivos
Risco Puro
É o risco onde há possibilidade de se perder ou não perder
Os riscos puros podem ser pessoais (morte prematura, desemprego, velhice), de propriedade (perdas
decorrentes da destruição parcial ou total de bens ou de furto/roubo) ou de responsabilidade (risco de uma
pessoa ou entidade causar um prejuízo financeiro a terceiros e possam ser responsabilizados por isto)
Risco Especulativo
É o risco onde há possibilidade de perder, não perder ou ganhar
Riscos Fundamentais
Riscos tratados pelo estado; são impessoais, não são causados por pessoas e resultam das mutações sociais
e econômicas.
Ex.: Perdas decorrentes de guerra ou inflação.
Riscos Particulares
Riscos pessoais, ou seja, riscos puros particularizados, onde só se admitem 2 possibilidades: perder ou não
perder; são riscos seguráveis a serem tratados por seguradores particulares.
Ex.: A colisão de dois carros ou furto de um objeto.
Desprezível
Insignificante o suficiente para não afetar a empresa
Marginal
Causa algum efeito, mas não impede a empresa de operar
Crítico
O efeito é suficientemente grande para ameaçar a existência da empresa
Catastrófico
Acarreta o fim da empresa
Risco Objetivo
Variação relativa entre a perda esperada e a realizada: é a mesma para todas as pessoas que se defrontam
com a mesma situação
Ex.: Conseqüências materiais de um incêndio, com base em apuração metodológica e financeira das
perdas
Qualidade Política
Custos Internacionais
Gestão/Política de RH Conflitos
Riscos Patrimoniais Mercado
Riscos Ambientais Ambiente
Estratégia empresarial Consumidor
Gestão Financeira Política de Financiamento
P&D Política Monetária
Gigantismo Fiscais
SST Regulatórios
Sociais
A perda de pessoas-chave pode fazer com que informações essenciais sejam perdidas, e que a empresa leve algum
tempo para recuperá-la.
Criação das Tontinas, uma das primeiras sociedades de socorro mútuo, por Lorenzo Tonti. Apesar
1653
da grande aceitação inicial, essa sociedade não conseguiu sobreviver ao longo do tempo;
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Fundação, em Londres do Lloyds por Edward Lloyds, proprietário de um bar que era ponto de
encontro de navegadores e atraía pessoas interessadas nos negócios de seguros. Ali, passaram a
1678
concretizá-los por meio de contratos. O Lloyds tornou-se uma verdadeira bolsa de seguros e assim
opera até os dias de hoje;
Início da atividade seguradora no Brasil com a abertura dos portos ao comércio internacional; a
1808 primeira sociedade de seguros a funcionar no país foi a "Companhia de Seguros BOA-FÉ", em 24
de fevereiro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo
Surgimento da "previdência privada" brasileira, com a criação do MONGERAL - Montepio Geral
1835 de Economia dos Servidores do Estado - proposto pelo então Ministro da Justiça, Barão de Sepetiba,
que, pela primeira vez, oferecia planos com características de facultatividade e mutualismo
Promulgação do "Código Comercial Brasileiro" (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850), primeiro
1850
estudo e regulamentação do seguro marítimo em todos os seus aspectos
Autorização da exploração do seguro de vida, sob o fundamento de que o Código Comercial só
1855
proibia o seguro de vida quando feito juntamente com o seguro marítimo
1862 Surgimento das primeiras filiais de seguradoras sediadas no exterior
1808/1850 A atividade seguradora era regulada pelas leis portuguesas
Promulgação da Lei 294, dispondo exclusivamente sobre as companhias estrangeiras de seguros de
1895 vida, determinando que suas reservas técnicas fossem constituídas e tivessem seus recursos
aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos
O Decreto n° 4.270, e seu regulamento anexo, conhecido como "Regulamento Murtinho",
regulamentaram o funcionamento das companhias de seguros de vida, marítimos e terrestres,
1901 nacionais e estrangeiras, já existentes ou que viessem a se organizar no território nacional. Além de
estender as normas de fiscalização a todas as seguradoras que operavam no País, o Regulamento
criou a "Superintendência Geral de Seguros .
Através do Decreto n° 5.072, a Superintendência Geral de Seguros foi substituída por uma
1906
Inspetoria de Seguros, também subordinada ao Ministério da Fazenda
Sanção da Lei n° 3.071, que promulgou o "Código Civil Brasileiro", com um capítulo específico
dedicado ao "contrato de seguro". Os preceitos formulados pelo Código Civil e pelo Código
Comercial passaram a compor, em conjunto, o que se chama Direito Privado do Seguro. Esses
1916
preceitos fixaram os princípios essenciais do contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das
partes, de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princípios
fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro.
Evitar
Reter
Prevenir
Mitigar
Transferir
3.6.1) Evitar
Cessar a atividade
Alterar a tecnologia, rotinas ou metodologia
Eliminar insumos
Substituir equipamentos
Isolar
Nunca estar submetido à exposição de uma determinada perda
Vantagem: Desvantagens:
Redução a zero da possibilidade de perda Pode não ser possível evitar todas as exposições
Evitar pode não ser viável na prática
3.6.2) Reter
3.6.3) Prevenir
Procurar reduzir a probabilidade de perda, reduzindo desta forma a freqüência das perdas; seu objetivo é
evitar a perda
3.6.4) Mitigar
Admitir a ocorrência da perda e procurar diminuir seu efeito, ou seja, o valor da perda
3.6.5) Transferir
Redução de impactos
Diminuição da quantidade de substâncias estocadas
Medidas para contenção de vazamento
Sistemas de combate a incêndio
Reforço de estruturas
O Seguro é uma operação pela qual, mediante o pagamento de uma pequena remuneração, uma pessoa se faz
prometer para si ou para outrem, no caso da efetivação de um evento determinado, uma prestação de uma terceira
pessoa que, assumindo um conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da estatística e o
princípio do mutualismo.
Memard
3.7.1) Conceito
Seguro é uma operação pela qual, mediante o pagamento de uma remuneração (prêmio), uma pessoa (segurado) se
faz prometer para si ou para outrem (beneficiário) no caso da efetivação de um evento determinado (sinistro), uma
prestação (indenização) por parte de uma terceira pessoa (segurador) que, assumindo um conjunto de eventos
determinados, os compensa de acordo com as leis da estatística e o princípio do mutualismo.
As leis da estatística e o princípio do mutualismo são as técnicas básicas utilizadas na operação do seguro.
A morte de uma pessoa, deixando desamparados aqueles que dependem de sua atividade, ou a destruição de coisas
ou bens fazendo desaparecer ou reduzir-se o patrimônio são acontecimentos que o homem procurou reparar por
intermédio de uma instituição.
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O seguro foi o organismo que se criou e que progressivamente vem se aperfeiçoando para restabelecer o
equilíbrio perturbado.
O segurado é a pessoa física ou jurídica perante a qual o segurador assume a responsabilidade de determinado
risco.
O prêmio, também elemento essencial do contrato de seguro, é o pagamento feito pelo segurado ao segurador, ou
seja, é o preço do seguro para o segurado.
Prazo do seguro;
Importância segurada;
Exposição ao risco.
O prazo de seguro é normalmente de 12 meses, mas nada impede que sejam calculados prêmios a prazos inferiores
(curto prazo) ou superiores (longo prazo).
3.7.3) Franquia
Dizemos que franquia é o valor inicial da importância segurada até o qual o segurado é o segurador de si próprio,
ou seja, se dissermos que num seguro há uma franquia de um certo valor, isto quer dizer que prejuízos até este
valor serão suportados pelo segurado.
Tipos de franquia:
Franquia simples: no momento que o prejuízo ultrapassa seu valor, ele deixa de ser deduzido.
R$ 6 mil
R$ 50 mil
R$ 120 mil
R$ 6 mil < franquia: não há indenização R$ 6 mil < franquia: não há indenização
R$ 50 mil = franquia: não há indenização R$ 50 mil = franquia: não há indenização
R$ 120 mil > franquia: indenização de R$ 70 mil R$ 120 mil > franquia: indenização de R$ 120 mil
Seguros Proporcionais
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Na maioria dos seguros de materiais, equipamentos, instalações, etc., os seguros são proporcionais, ou seja, você só
recebe o valor total do prejuízo se seu seguro estiver suficiente; este é o princípio da cláusula de rateio.
I = IS
P = VR
Neste tipo de seguro, não se cogita o valor em risco para o cálculo de indenização. O segurador paga pelos
prejuízos ocorridos até o limite da importância segurada sem aplicar o rateio.
IS: R$ 1,5 M
Sinistro com prejuízo de R$ 400 mil
O seguro é proporcional
R$ 500 mil
R$ 1,5 M
R$ 2 M
A indenização após uma perda garante a O prêmio pode ser significativo e é pago
continuidade da operação, com pequena ou nenhuma antecipadamente à perda;
redução da operação; Tempo e dinheiro consideráveis são aplicados à
A incerteza é reduzida, permitindo um planejamento escolha das seguradoras e à negociação das condições
a longo prazo; A implantação de um programa de controle de
Seguradoras podem prover serviços tais como perdas pode sofrer um relaxamento com a existência
controle de perdas, análise de exposições e do seguro
determinação do valor da perda;
Os prêmios de seguro são considerados como
despesas dedutíveis para fins de imposto de renda
Corretor Corretor
Operação
Seguradora Operadora
Ressegurador Ressegurador
Criada em 2000, a ANS é uma autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde e que tem a missão
de promover a defesa do interesse público na assistência suplementar de saúde, regulando as operadoras setoriais,
inclusive quanto às suas relações com prestadores consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações
de saúde no país.
No Brasil:
Ressegurador
Ressegurador Brokers
Seguradoras Seguradoras
Corretores de Seguros Corretores de Seguros
Agents (EUA)
No exterior:
3.8.7) Resseguradora
É a pessoa jurídica, seguradora e/ou resseguradora que aceita, em resseguro, a totalidade ou parte das
responsabilidades repassadas pela seguradora direta, ou por outros resseguradores, recebendo esta última operação
o nome de retrocessão.
3.8.8) Seguradora
Empresas que operam na aceitação dos riscos de seguro, respondendo, junto ao segurado, pelas obrigações
assumidas;
Não podem explorar qualquer outro ramo de comércio ou indústria;
Só podem operar em seguros para os quais tenham autorização;
Estão sujeitas a normas, instruções e fiscalização da SUSEP e do IRB;
Não estão sujeitas à falência, nem podem impetrar concordata;
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3.8.9) Corretor de Seguros
3.8.10) Broker
Pessoa física ou jurídica que faz a intermediação dos negócios entre o segurado e o segurador ou entre
segurador e ressegurador;
O broker representa e age em nome do segurado na solicitação ou compra do seguro, salvaguardando seus
interesses;
Entre segurador e ressegurador, somente PJ pode intermediar.
3.8.11) Agent
No mercado dos EUA, indivíduo que vende apólices de seguro de acordo com as seguintes classificações:
Direct Writer: representa somente uma companhia de seguros e vende apenas apólices da mesma;
Independent Agent: representa mais de uma companhia de seguro e (teoricamente) serve os clientes
procurando no mercado os preços mais vantajosos para as maiores coberturas.
Técnico indicado pelos (re)seguradores nos seguros de que participam, para proceder o levantamento dos
prejuízos indenizáveis
Técnico que, à vista dos documentos examinados, é capaz de definir, em um sinistro, as responsabilidades
envolvidas e respectivas participações.
3.9.1) Conceito
3.9.2) Objetivos
Pré-Perda
Pós-Perda
3.9.3) Princípios
Primeiro Princípio
A empresa não deve assumir riscos que possam supor perdas que conduzam a um desequilíbrio
financeiro irreversível
Segundo Princípio
A empresa não deve aceitar riscos cujo custo seja superior à rentabilidade esperada da atividade
geradora de tal risco
40
Análise de Riscos
Sim Não
Prevenção de Posso transferir
Perdas o risco?
3.10) Resumindo:
Categorias de Risco
Técnico, Programático, Suportabilidade
Classificação do Risco
Natureza das Perdas, Origem, Alcance ou Impacto, Avaliação
Riscos Seguráveis
Os grandes acidentes industriais, que aconteceram principalmente a partir da segunda metade do século XX,
modificaram a forma de as empresas lidarem com seguros e gerenciamento de riscos, que passaram a ser
considerados como agentes de mudança
Atualmente, a atividade securitária segue os preceitos de Prevenção e Controle de Perdas (Total Loss Control).
Estrutura do Mercado
Índice
P=1-C
É a freqüência com que as falhas ocorrem, em um certo intervalo de tempo, e é medida pelo número de falhas para
cada hora de operação ou número de operações do sistema.
= no de falhas ou = no de falhas
tempo (h) no operações
Falhas Prematuras
Ocorrem durante o período de depuração, devido a deficiências nas montagens ou componentes fora do
padrão, que falham logo após serem colocados em funcionamento;
As falhas prematuras não são consideradas na análise de confiabilidade porque se admite que o
equipamento foi depurado e as peças iniciais defeituosas foram substituídas.
Falhas Casuais
São falhas que resultam de causas complexas, incontroláveis e, algumas vezes, desconhecidas;
Ocorrem durante a vida útil do componente ou sistema;
É dado pela expressão matemática que indica a probabilidade com que os componentes operarão, sem falhas, em
um sistema de taxa de falhas constante, até uma determinada data t.
C = e- t
ou C = e-t/T
44
onde:
A característica principal do sistema de componentes em série é que uma falha de qualquer um dos componentes
implica na quebra ou paralisação do equipamento ou sistema.
Sejam R1, R2, R3, ..., Rn as funções de confiabilidade dos componentes de um sistema ou equipamento:
C1 C2 C3 ... Cn
Entrada 1 2 3 n Saída
C = C1 x C2 x C3 x ... x Cn
Neste caso, para que haja a paralisação do sistema, é necessário que todos os meios ou componentes do sistema
falhem.
P1
1
P2
2
Entrada Saída
P3
3
Pn
n
Sejam P1, P2, P3, ..., Pn as probabilidades de falha dos componentes de um equipamento ou sistema. A
probabilidade de falha do equipamento ou sistema é dada pela fórmula:
C=1-P
45
Pode ser que a corrida não seja sempre para o rápido nem a batalha para o forte - mas é assim que se deve
apostar
Damon Runyon
É notável uma ciência que começou com jogos de azar tenha se tornado o mais importante objeto do
conhecimento humano
Pierre-Simon Laplace
4.3.1) Conceito
A palavra probabilidade origina-se do Latim probare (provar ou testar). Informalmente, provável é uma das muitas
palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo também substituída por algumas palavras como
sorte , risco , azar , incerteza , duvidoso , dependendo do contexto.
Qual é a probabilidade de se jogar um dado e:
Evento
(pelo menos
CK uma coroa)
Possível
KK KC
Resultado
CC
S
S = {KK,CK,KC,CC} Espaço amostral
46
O espaço amostral pode ser representado em uma tabela de
contingência.
1a
a 2a Moeda
Moeda Cara Coroa Total Possível
Cara KK CK KK, CK Resultado
Coroa KC CC KC, CC
Total KK, KC CK, CC S Evento
(cara na 1a
moeda)
S = {KK,CK,KC,CC} Espaço amostral
... Ou em um diagrama em árvore
1a 2a
moeda moeda
K KK
K
C KC Possível
Resultado
K CK
C
S = {KK,CK,KC,CC} C CC
cheque aplicações
5.000
intersecção
4.4.1) Conceito
A Estatística é uma ciência que utiliza teorias probabilísticas para explicação de eventos, estudos e experimentos.
Tem por objetivo obter, organizar e analisar dados, determinar as correlações que apresentem, tirando delas suas
conseqüências para descrição e explicação do que passou e previsão e organização do futuro.
A Estatística é também uma ciência e prática de desenvolvimento de conhecimento humano através do uso de
dados empíricos.
Baseia-se na teoria estatística, um ramo da matemática aplicada. Na teoria estatística, a aleatoriedade e incerteza
são modeladas pela teoria da probabilidade. Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a
sumarização e a interpretação de observações.
Porque o objetivo da estatística é a produção da "melhor" informação possível a partir dos dados disponíveis,
alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.
4.4.2) Origem
A palavra estatística surge da expressão em Latim statisticum collegium (palestra sobre os assuntos do Estado), de
onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa "homem de estado", ou político, e a palavra alemã
Statistik, designando a análise de dados sobre o Estado. A palavra adquiriu um significado de coleta e classificação
de dados, no início do século XIX.
Nós descrevemos o nosso conhecimento de forma matemática e tentamos aprender mais sobre aquilo que podemos
observar. Isto requer:
O planejamento das observações por forma a controlar a sua variabilidade (concepção do experimento)
Sumarização da coleção de observações
Inferência estatística - obter um consenso sobre o que as observações nos dizem sobre o mundo que
observamos
A probabilidade de um evento é freqüentemente definida como um número entre zero e um. Na realidade, porém,
nunca há situações que tenham probabilidades 0 ou 1.
48
Você pode dizer que o sol irá certamente nascer na manhã, mas e se acontecer um evento extremamente difícil de
ocorrer que o destrua? E se ocorrer uma guerra nuclear e o céu ficar coberto de cinzas e fumaças?
Normalmente aproximamos a probabilidade de alguma coisa para cima ou para baixo porque elas são tão prováveis
ou improváveis de ocorrer, que é fácil de reconhecê-las como probabilidade de um ou zero.
4.4.3) Definições
Ex.: Duas empresas do mesmo ramo disputam a preferência do público. Suponha que 1000 consumidores fizeram
um teste em que provaram os produtos de cada uma das empresas. Cada consumidor deveria dizer a preferência
pelo produto da empresa A ou B.
Descrever a população
Todos os consumidores daquele produto
Descreva a variável de interesse
Proporção de consumidores que preferem o produto A (ou B)
Descreva a amostra
1000 consumidores selecionados de uma população de todos os consumidores daquele tipo de produto
Média Aritmética
Média = xi/n
Mediana
4.5.1) Introdução
A álgebra booleana foi desenvolvida pelo matemático inglês George Boole, em meados do século XIX.
A mais notável aplicação da lógica booleana foi na implantação de sistemas eletrônicos digitais que originaram os
computadores.
Mas não foi só na informática que a álgebra booleana tem aplicações: temos sistemas eletrônicos e
eletromecânicos, em estudos que envolvem processos decisórios e Segurança de Sistemas.
A aplicação do assunto fica limitada a sistemas ou processos que puderem assumir dois estados discretos:
Sim ou Não
Falso ou Verdadeiro
Positivo ou Negativo
0 ou 1
Por conjuntos entendemos qualquer coleção de objetos, elementos, eventos, símbolos, idéias ou entidades
matemáticas.
A totalidade do conjunto é expressa pela unidade (1) e o conjunto vazio por zero (0).
A B
A U B ou A + B
A B
A-B
É o complemento de A ou A
A A
Como já observado nas explicações anteriores à união e intercessão de conjuntos pode ser escrita desta forma:
C=AUB ou C=A+B
C=A B ou C = A . B = AB
A.1=A A.Ø=Ø
A+Ø=A A+1=1
A=A
Lei da Idempotência
A.A=Ø A+A =1
A.A=A A+A=A
Lei comutativa
A.B=B.A A+B=B+A
Lei Distributiva
Lei Associativa
A . (BC) = (AB) . C
(A+B)+C = A+(B+C) = A+B+C
(A+B) = A.B
(A.B) = A + B
Analisar um sistema significa, de maneira geral, estudar o comportamento da saída de acordo com os dados
fornecidos à entrada, ou seja:
Nos sistemas lógicos, essa análise é feita em sua forma elementar, através de tabelas verdade, onde os
elementos são as variáveis de entrada, com todas as combinações binárias possíveis. O resultado, na tabela
verdade, representa os estados de saída do sistema, de acordo com as combinações das variáveis de entrada.
A 0 S=A
Símbolo:
Tabelas: A = S; 0 = 1; 1 = 0
Módulo: OR (Ou)
A
A+B
B
Símbolo:
Explicação: O módulo OR indica que, quando uma ou mais das entrada estiverem presentes, a proposição será
verdadeira e resultará uma saída; ao contrário, a proposição será falsa se, e somente se, nenhuma das condições
estiver presente
Tabelas: A + B = S (OR)
A
A.B
B
Símbolo:
Explicação: O módulo AND indica que todas as condições determinantes ou entradas devem estar presentes para
que uma proposição seja verdadeira
Tabelas: A . B = S (AND)
Módulo: NOR
53
A
A+B
B
Símbolo:
Explicação: O módulo NOR pode ser considerado um estado NO-OR (Não Ou); indica que, quando uma ou mais
das entradas estiverem presentes, a proposição será falsa e não haverá saída, que só ocorre quando nenhuma das
entradas estiver presente
Tabelas: A + B = S (NOR)
Módulo: NAND
A
A.B
B
Símbolo:
Explicação: O módulo NAND indica que quando uma ou mais das condições determinantes ou entradas não
estiverem presentes, a proposição será verdadeira e haverá uma saída
Tabelas: A . B = S (NAND)
4.6) Resumindo:
P=1 C
C = e- t
C = C1 x C2 x C3 x ... x Cn
Média
54
Soma de todos os valores dividido pelo número total de ocorrências
Mediana
OR (Ou)
A+B=S
0 0 = 0 (Falso)
0 1 = 1 (Verdadeiro)
1 0 = 1 (Verdadeiro)
1 1 = 1 (Verdadeiro)
AND (E)
A.B=S
0 0 = 0 (Falso)
0 1 = 1 (Falso)
1 0 = 1 (Falso)
1 1 = 1 (Verdadeiro)
A+B=S
0 0 = 0 (Verdadeiro)
0 1 = 1 (Falso)
1 0 = 1 (Falso)
1 1 = 1 (Falso)
NAND (Não E)
A.B=S
0 0 = 0 (Verdadeiro)
0 1 = 1 (Verdadeiro)
1 0 = 1 (Verdadeiro)
1 1 = 1 (Falso)
Confiabilidade
Relatório Estatístico de SST
55
Capítulo 05
Custos de Acidentes de Trabalho
Índice
Os estudos de Heinrich, Simonds e Bird, na segunda metade do século XX, concluíram que o custo total dos
acidentes do trabalho para a empresa é dado pela soma das seguintes parcelas:
Tipo CD CI Ambos
Acidentes com afastamento X
Acidentes sem afastamento X
Acidente sem lesão, danos materiais X
Risco investido em acidentes com baixa
X
freqüência, alta gravidade
Custo não-quantificável X
Custo social X
Heinrich (1931):
1:29:300
Não considerava danos à propriedade
K = CI/CD 4:1
Bird (1966)
1:100:500
Considerava danos à propriedade
K = 6:1 variável de empresa para empresa
ICNA (1969)
1:10:30:600
Considerava os quase-acidentes
Danos estatísticos e financeiros
1) BID (2000)
Custos relativos a lesões, mortes e doenças ligadas a atividades laborais correspondem a 4% do PIB
mundial (2004), ou seja, Us$ 1,78 T
PIB Brasil: R$ 1,75 T ~ Us$ 796 B
Este percentual deve maior na AL (e conseqüentemente no Brasil), cerca de 10%
3) INSS (2003)
Competitividade e Segurança
Custo de produção:
Cada empresa tem um coeficiente K variável, que tem aumentado ao longo dos anos (custo dos maquinário
e equipamentos, acuracidade na detecção de perdas e danos e no cálculo dos custos)
C
u Lesão
s Incapacitante
t 50
o 1 10 0
0
L
e
s
$ $$ $$$
ã
o
CT = 10 CD
Se levantarmos a estatística de acidentes de uma empresa por um período de, por exemplo, 10 anos, e
calcularmos o custo, estaremos considerando apenas acidentes de alta/média freqüência e baixa/média
gravidade.
Não serão levados em conta acidentes de baixa freqüência e alta gravidade.
Custo Potencial = Freqüência x Gravidade, explicitando que esta parcela de risco investido pode ser
considerável.
Freqüência
Perda de Tempo
Danos Materiais
Lesões Leves
Lesão
+
Afastamento
Gravidade
Além dos custos que somos capazes de mensurar, existem outros que não são quantificáveis (ou pelo menos, não
quantificáveis por nenhum autor até então...)
Aspectos Psicológicos
Aspectos Fisiológicos
Aspectos Orgânicos e Laborativos
Imagem externa e mercado
Aspectos individuais e sociais
Trauma psicológico produzido nos trabalhadores de uma empresa devido à ocorrência de um acidente grave. Como
quantificar isto? Muito difícil...
60
Mas é inegável a influência negativa do acidente sobre o grau de motivação dos trabalhadores sobre a
produtividade
Além dos problemas psicológicos, temos aspectos fisiológicos, por exemplo, stress, que é um conjunto de reações
fisiológico-hormonais que ocorrem no organismo sob forte tensão, medo ou pavor.
Como podemos quantificar a (perda de) produtividade de um trabalhador sujeito a um estado contínuo de stress?
Quais os efeitos dos incidentes sobre o organismo, a curto e longo prazo, no trabalhador e na empresa?
Acidentes
Trauma
Psicológico
Queda
Incidentes Comprometiment progressiva
Stress o do estado de da
saúde eficiência
individual
Condição Tensão
Insegura Medo
Diminuição
momentâne Absenteísmo
a da
eficiência
O que representa para uma empresa a ocorrência de um acidente grave em termos de imagem externa e de
mercado?
O que representa o acidente de trabalho para a vítima do mesmo? E para sua família?
O que representa o acidente de trabalho para a Nação em termos do chamado Custo Social da
Incapacidade?
CT = C1 + C2 + C3 + C4
Custo não-quantificável
Controle Total de Perdas
Teoria do Risco Potencial
A situação ideal é não termos ambientes insalubres, mas é evidente que ainda estamos um tanto quanto distantes
deste objetivo no Brasil.
Outra consideração sobre o assunto é quanto às perdas financeiras ocorridas em decorrência de falhas
administrativas ligadas à questão do adicional de insalubridade, a saber:
Erros de avaliação: a empresa acha que não tem ambientes insalubres, mas os tem;
Não adoção de medidas (simples) que podem eliminar e/ou descaracterizar a insalubridade
Desvios ou falta de clareza de funções
Não isolamento do risco ocupacional
5.7.1) Introdução
De acordo com o prof. José Pastore (FIPE/USP), para cada R$ 1 investido em Segurança e Prevenção de
Acidentes, economiza-se cerca de R$ 4 em perdas e danos com acidentes e doenças ocupacionais.
Além disso, o déficit da Previdência Social e a elevação dos gastos com acidentes de trabalho estão provocando
mudanças tanto na cobrança do Seguro Acidente de Trabalho (SAT) quanto no pagamento dos adicionais de
insalubridade, com a criação de novos critérios para a concessão de aposentadorias especiais.
Índice
6.2) Fundamentos
6.2) Fundamentos
65
1 Lesões incapacitantes 1 Lesões incapacitantes 1
29 100 30
30
O processo pelo qual ocorre uma perda por acidente é uma série seqüencial de causas de efeitos que resulta em
danos aos recursos humanos e materiais ou em descontinuação operacional. Compõe-se de 3 fases distintas:
Condição ou grupo de condições capaz, sob certas circunstâncias não-planejadas, de causar perdas. Como
condição, ela é estática e de equilíbrio instável
Acidente
Acontecimento indesejado e inesperado (não programado) que produz ou pode produzir perdas.
Perda Real: produto do acidente; pode manifestar-se como lesão ou morte de pessoas, danos à propriedade,
perdas de produção, etc.
Perda Potencial: também chamada de quase perda, é aquela que, em condições um pouco diferentes,
poderia ter se transformado em perda real
As perdas normalmente podem ser avaliadas em termos de custos (reparo de equipamentos danificados,
despesas médicas, lucro cessante, aumento da taxa de seguro, etc.).
66
Circunstâncias que levam às perdas
Adminis
Origem Sintoma Contato Perdas
tração
Máquinas Ambiente
Considerados com E Tudo aquilo que está ao
sendo as fontes redor do trabalhador
principais de Equipamentos durante o trabalho
(in)acidentes,
originando a
proteção de
máquinas
Detecção do acidente:
Ocorrência
Execução de manutenção corretiva ou preventiva
Inspeções de áreas
Comunicação do acidente:
Deve ser imediata, para o supervisor/gerente e aos profissionais de segurança, para que as devidas
providências sejam tomadas
Acidente Fim
Bens
SESMT solicita
Não danificados Sim Financeiro
uma estimativa
são decide sobre
de custo dos
segurados liberação bens
danos
?
Dois objetivos:
6.4.1) Direção
A direção da empresa deve assumir a segurança em sua filosofia empresarial, implantando as normas
básicas de segurança, contando com pessoal especializado para este fim e realizando a avaliação de riscos
6.4.2) Responsabilidade
Clareza nas responsabilidades de cada um quanto à segurança do trabalho, que deve ser assumida por todos
Operativas (permanentes, aplicadas sobre o fator técnico de concepção e humano ou para correção)
69
6.4.4) Inspeções de Segurança
Tipos: Origem (interna, externa), Objetivos (periódicas, extraordinárias), Métodos (formais, informais),
Agentes (SESMT, CIPA, consultores)
Passos gerais: preparação, realização, classificação de riscos e estudo de soluções
Lista de inspeção: instalações gerais, condições ambientais, instalações de PCI, manutenção
Metodologia: inspeção em si; projetos e especificações; métodos de melhoramento (análise do método
atual, questionamentos dos detalhes, elaboração e aprovação de novo método)
Critérios de seleção
Formas de investigação
Requisitos do investigador
Requisitos da investigação
Esquema da investigação
Análise do local
Início do processo dedutivo
Tipos de causas
Relatório
Ambiental: reestruturação ou manutenção do local de trabalho de forma tal a não propiciar acidentes
70
Comportamental: influência ou modificação no comportamento do trabalhador visando minimizar ou
eliminar o risco de acidentes
Primeiros Socorros
Reabilitação
Planos de controle de emergência
71
6.6.6) Avaliação
PDCA
6.6.7) Recomendações
Identificação de perigos
Análise de riscos
Avaliação de riscos
Tratamento de riscos:
Prevenção
Eliminação
Mitigação
Retenção
Transferência
Súmula 229 do STF A indenização acidentária não exclui a de direito comum em caso de dolo ou culpa
grave do empregador .
CF, art. 7.º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XXVIII - seguro contra acidente do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que está
obrigado, quando incorrer em dolo e culpa .
Fundamento
Art.. 159 do Código Civil - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência
violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.
Art. 186 do Novo Código Civil - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito
Não cumprimento das normas relativas à segurança e medicina do trabalho; das normas coletivas, do
contrato individual de trabalho, das medidas propostas no PCMSO, PPRA, PCMAT, etc. .
Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados
em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
[...]
Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente
agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas,
estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo,
médio e mínimo.
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério
do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados
no Ministério do Trabalho.
§ 1º É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do
Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou
delimitar as atividades insalubres ou perigosas.
§ 2º Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo
de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao
órgão competente do Ministério do Trabalho.
Art. 3º Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo Juiz, que fixará o prazo para entrega
do laudo.
Parágrafo único. Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, cujo laudo terá que ser apresentado no
mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos autos.
Caixa de Ferramentas
Estudo comparativo das técnicas
74
Capítulo 07
Engenharia de Segurança de Sistemas
Índice
7.1) Introdução
7.2) Técnicas de Identificação de Perigos
7.3) Técnicas de Análises de Riscos
7.4) Técnicas de Avaliação de Riscos
7.5) Para Saber Mais
7.6) Trabalho Prático
7.1) Introdução
7.1.1) Conceito
Com a preocupação e a necessidade de dar maior atenção ao ser humano, principal bem de uma organização, além
de buscar uma maior eficiência, nasceram primeiramente o Controle de Danos, o Controle Total de Perdas e por
último a Engenharia de Segurança de Sistemas. Esta última, surgida com o crescimento e necessidade de segurança
total em áreas como aeronáutica, aeroespacial e nuclear, trouxe valiosos instrumentos para a solução de problemas
ligados à segurança. Com a difusão dos conceitos de perigo, risco e confiabilidade, as metodologias e técnicas
aplicadas pela segurança de sistemas, inicialmente utilizadas somente nas áreas militar e espacial, tiveram a partir
da década de 70 uma aplicação quase que universal na solução de problemas de engenharia em geral.
As principais técnicas difundidas pela Engenharia de Segurança de Sistemas classificadas segundo a finalidade a
que se propõem, são descritas neste capítulo.
Cada estudo deve possuir um líder, com treinamento na técnica a ser utilizada, devendo ter participado de
estudos semelhantes
O líder deve estabelecer o escopo e fronteiras do estudo e sugerir a técnica mais adequada, em consenso
com a liderança da unidade; deve ainda estruturar a equipe conforme as necessidades do escopo, atendendo
o critério multidisciplinar;
Para um subsistema de processo já segmentado e priorizado, recomenda-se que a equipe possua as
seguintes áreas representadas:
Operação (nível supervisão)
Instrumentação, manutenção, automação, inspeção
Operador(es) experiente(s)
Especialistas em SMS (Segurança, M. Ambiente e Saúde)
Engenharia e/ou Projetos
Outros, se necessário
O líder deve delegar atribuições e definir funções específicas tais como o registro do apoio de recursos
O líder deve obter informações atualizadas para o perfeito entendimento do subsistema pelo grupo,
incluindo, mas não se limitando a:
Memorial de instalações
Fluxogramas de processo e engenharia, diagramas de instrumentação e engenharia, plantas,
esquemas, etc.;
Dados de propriedades físico-químicas e características toxicológicas dos principais produtos,
substâncias ou materiais utilizados no subsistema;
Informações sobre acidentes, incidentes e desvios ocorridos desde a última revisão ou nos últimos 2
anos;
Informações sobre itens especiais de segurança, intertravamento, etc.;
Plano de emergência da área;
Estudos de riscos anteriores;
Documentação de operação (incluindo condicionantes das licenças ambientais);
Procedimentos, normas e/ou regulamentos que afetem a área;
Informações referentes a avaliações de riscos ambientais e condições ergonômicas da operação.
Recomenda-se que, antes do início do estudo, o participante especializado no processo faça uma explanação
sobre o subsistema para nivelamento de todo o grupo. Recomenda-se que o grupo vá a campo e verifique a
situação física atual do subsistema, para iniciar o reconhecimento de perigos;
O estudo deve ser documentado, sendo elaborado um relatório ou formulário padronizado, quando
aplicável, cujos itens mínimos são:
Introdução e folha de assinaturas;
Resumo executivo;
Resumo do processo, atividade ou operação analisada no estudo;
Documentação do estudo, por meio de planilhas ou formulários preenchidos, segundo a técnica
utilizada;
Conjunto de recomendações sobre o subsistema, vinculada aos aspectos levantados na aplicação da
técnica utilizada.
76
A Técnica de Incidentes Críticos, também conhecida em português como "Confessionário" e em inglês como
"Incident Recall", é uma análise operacional, qualitativa, de aplicação na fase operacional de sistemas, cujos
procedimentos envolvem o fator humano em qualquer grau. É um método para identificar erros e condições
inseguras que contribuem para a ocorrência de acidentes com lesões reais e potenciais, onde se utiliza uma amostra
aleatória estratificada de observadores-participantes, selecionados dentro de uma população.
Uma vez que incidentes ocorrem em uma quantidade muito superior aos acidentes, mas representam os mesmos
perigos, sem redundar em danos, daí seu potencial preventivo.
Aplicações Principais: todo o tipo de empresa, em qualquer fase do seu ciclo de vida, para o
reconhecimento constante de perigos e seu controle
Resultados esperados:
Revelação com confiança dos fatores causais de acidentes;
Identificação de fatores causais associados a acidentes;
Revelação de uma quantidade maior de informações sobre causas de acidentes;
Identificação e exame dos problemas de acidentes anteriormente à ocorrência dos mesmos;
Conhecimento necessário para a melhoria significativa de nossa capacidade de controle e
identificação de problemas de acidente
O procedimento What-If é uma técnica de análise geral, qualitativa, cuja aplicação é bastante simples e útil para
uma abordagem em primeira instância na detecção exaustiva de riscos, tanto na fase de processo, projeto ou pré-
operacional, não sendo sua utilização unicamente limitada às empresas de processo.
A finalidade do What-If é testar possíveis omissões em projetos, procedimentos e normas e ainda aferir
comportamento, capacitação pessoal e etc. nos ambientes de trabalho, com o objetivo de proceder a identificação e
tratamento de riscos.
A técnica se desenvolve através de reuniões de questionamento entre duas equipes. Os questionamentos englobam
procedimentos, instalações, processo da situação analisada. A equipe questionadora é a conhecedora e
familiarizada com o sistema a ser analisado, devendo a mesma formular uma série de quesitos com antecedência,
com a simples finalidade de guia para a discussão.
Para a aplicação o What-If, utiliza-se de uma sistemática técnico-administrativa que inclui princípios de dinâmica
de grupo, devendo ser utilizado periodicamente. A utilização periódica do procedimento é o que garante o bom
resultado do mesmo no que se refere à revisão de riscos do processo.
Da aplicação do What-If resultam uma revisão de um largo espectro de riscos, bem como a geração de possíveis
soluções para os problemas levantados, além disso, estabelece um consenso entre as áreas de atuação como
produção, processo e segurança quanto à forma mais segura de operacionalizar a planta.
O relatório do procedimento fornece também um material de fácil entendimento que serve como fonte de
treinamento e base para revisões futuras.
77
Passos Básicos:
7.2.3) Brainstorming
O brainstorming (ou "tempestade de idéias") mais que uma técnica de dinâmica de grupo é uma atividade
desenvolvida para explorar a potencialidade criativa do indivíduo, colocando-a a serviço de seus objetivos.
Quando se necessita de respostas rápidas a questões relativamente simples, o brainstorming é uma das
técnicas mais populares e eficazes. Muito embora, esta técnica tenha sido difundida e inserida em diversas outras
áreas tais como, educação, negócios, e outras situações mais técnicas.
Princípios
Atraso do julgamento
Criatividade em quantidade e qualidade
Regras
Críticas são rejeitadas
Criatividade é bem-vinda
Quantidade é necessária
Combinação e aperfeiçoamento são necessários
7.2.4) Check-List
Também chamada de Análise Preliminar de Perigos (APP), consiste no estudo, durante a fase de concepção ou
desenvolvimento prematuro de um novo sistema, com o fim de se determinar os riscos que poderão estar presentes
na sua fase operacional.
A APR é, portanto, uma análise inicial "qualitativa", desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de
qualquer processo, produto ou sistema, possuindo especial importância na investigação de sistemas novos de alta
inovação e/ou pouco conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na sua operação é carente ou deficiente.
Apesar das características básicas de análise inicial, é muito útil como ferramenta de revisão geral de segurança em
sistemas já operacionais, revelando aspectos que às vezes passam desapercebidos.
A APR foi desenvolvida pelo Bell Labs, em 1962, e teve seu desenvolvimento na área militar, sendo aplicada
primeiramente como revisão nos novos sistemas de mísseis.
Assim, a APR foi aplicada com o intuito de verificar a possibilidade de não utilização de materiais e procedimentos
de alto risco ou, no caso de tais materiais e procedimentos serem inevitáveis, no mínimo estudar e implantar
medidas preventivas.
Para ter-se uma idéia da necessidade de segurança, na época, de setenta e dois silos de lançamento do míssil
intercontinental Atlas, 4 deles foram destruídos quase que sucessivamente. Sem contar as perdas com o fator
humano, as perdas financeiras estimadas eram de US$ 12 milhões para cada uma destas unidades perdidas.
Revisão de problemas conhecidos: Consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas, para
determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como
base a experiência passada.
Revisão da missão a que se destina: Atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais
funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações, etc.. Enfim, consiste em estabelecer os
limites de atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem envolve e
como será desenvolvida.
Determinação dos riscos principais: Identificar os riscos potenciais com potencialidade para causar lesões
diretas e imediatas, perda de função (valor), danos à equipamentos e perda de materiais.
Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: Elaborar séries de riscos, determinando para cada risco
principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.
Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos:Elaborar um brainstorming dos meios passíveis de
eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as
exigências do sistema.
Analisar os métodos de restrição de danos: Pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes para
restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos.
Indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou preventivas: Indicar claramente os responsáveis
pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando também, para cada unidade, as atividades a
desenvolver.
79
7.3.2) Análise de Modos de Falha e Efeitos FMEA/AMFE
A FMEA é uma análise detalhada, podendo ser qualitativa ou quantitativa, que permite analisar as maneiras pelas
quais um equipamento ou sistema pode falhar e os efeitos que poderão advir, estimando ainda as taxas de falha e
propiciado o estabelecimento de mudanças e alternativas que possibilitem uma diminuição das probabilidades de
falha, aumentando a confiabilidade do sistema.
De acordo com HAMMER (1993), a confiabilidade é definida como a probabilidade de uma missão ser concluída
com sucesso dentro de um tempo específico e sob condições específicas. A AMFE foi desenvolvida por
engenheiros de confiabilidade para permitir aos mesmos, determinar a confiabilidade de produtos complexos. Para
isto é necessário o estabelecimento de como e quão freqüentemente os componentes do produto podem falhar,
sendo então a análise estendida para avaliar os efeitos de tais falhas.
Método da FMEA
Indicar os efeitos de cada falha sobre outros componentes e como esta afeta a operação do mesmo;
Estimar a gravidade de cada falha específica de acordo com as categorias de risco, para possibilitar a
priorização de alternativas;
Indicar os métodos usados para detecção de cada falha específica;
Formular possíveis ações de compensação e reparos que podem ser adotadas para eliminar ou controlar
cada falha específica e seus efeitos;
O estudo de identificação de perigos e operabilidade conhecido como HazOp é uma técnica de análise qualitativa
desenvolvida com o intuito de examinar as linhas de processo, identificando perigos e prevenindo problemas.
Porém, atualmente, a metodologia é aplicada também para equipamentos do processo e até para sistemas.
O método HazOp é principalmente indicado quando da implantação de novos processos na fase de projeto ou na
modificação de processos já existentes. O ideal na realização do HazOp é que o estudo seja desenvolvido antes
mesmo da fase de detalhamento e construção do projeto, evitando com isso que modificações tenham que ser
feitas, quer no detalhamento ou ainda nas instalações, quando o resultado do HazOp for conhecido.
Em termos gerais, pode-se dizer que o HazOp é bastante semelhante à FMEA; contudo, a análise realizada pelo
primeiro método é feita através de palavras-chaves que guiam o raciocínio dos grupos de estudo multidisciplinares,
fixando a atenção nos perigos mais significativos para o sistema. As palavras-chaves ou palavras-guias são
aplicadas às variáveis identificadas no processo gerando os desvios, que nada mais são do que os perigos a serem
examinados.
80
A técnica HazOp permite que as pessoas liberem sua imaginação, pensando em todos os modos pelos quais um
evento indesejado ou problema operacional possa ocorrer. Para evitar que algum detalhe seja omitido, a reflexão
deve ser executada de maneira sistemática, analisando cada circuito, linha por linha, para cada tipo de desvio
passível de ocorrer nos parâmetros de funcionamento. Para cada linha analisada são aplicadas a série de palavras-
guias, identificando os desvios que podem ocorrer caso a condição proposta pela palavra-guia ocorra.
Palavra-guia Desvio
Nenhum Ausência de fluxo ou fluxo reverso
Mais Mais, em relação a um parâmetro físico importante. (Ex.: mais vazão, maior temperatura,
mais pressão, etc.)
Menos Menos, em relação a um parâmetro físico importante. (Ex.: menos vazão, menor
temperatura, menos pressão, etc.)
Mudanças na Alguns componentes em maior ou menor proporção, ou ainda, um componente faltando.
composição
Componentes a Componentes a mais em relação aos que deveriam existir. (Ex.: fase extra presente,
mais impurezas,etc.)
Outra Condição Partida, parada, funcionamento em carga reduzida, modo alternativo de operação,
Operacional manutenção, mudança de catalizador,etc.
A Análise da Árvore de Eventos (AAE) é um método lógico-indutivo para identificar as várias e possíveis
conseqüências resultantes de um certo evento inicial.
A técnica busca determinar as freqüências das conseqüências decorrentes dos eventos indesejáveis, utilizando
encadeamentos lógicos a cada etapa de atuação do sistema.
Nas aplicações de análise de risco, o evento inicial da árvore de eventos é, em geral, a falha de um componente ou
subsistema, sendo os eventos subseqüentes determinados pelas características do sistema.
Ex.: Probabilidade de descarrilamento de vagões ou locomotivas, dado que existe um defeito nos trilhos
81
A Análise por Diagrama de Blocos (ADB) se utiliza de um fluxograma em blocos do sistema, calculando as
probabilidades de sucesso ou falha do mesmo, pela análise das probabilidades de sucesso ou falha de cada bloco. A
técnica é útil para identificar o comportamento lógico de um sistema constituído por poucos componentes.
A Ánalise de Árvore de Falhas FTA/AAF foi primeiramente concebida por H.A.Watson dos Bell Labs em
1961, a pedido da Força Aérea Americana para avaliação do sistema de controle do Míssil Balístico Minuteman.
A FTA é um método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha)
e encontra sua melhor aplicação no estudo de situações complexas. Ela determina as freqüências de eventos
indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das falhas dos diversos componentes do sistema.
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A diagramação lógica da árvore de falhas é feita utilizando-se símbolos e comportas lógicas, indicando o
relacionamento entre os eventos considerados. As duas unidades básicas ou comportas lógicas envolvidas são os
operadores "E" e "OU", que indicam o relacionamento casual entre eventos dos níveis inferiores que levam ao
evento topo. As combinações seqüenciais destes eventos formam os diversos ramos da árvore.
O método conhecido como MORT é uma técnica que usa um raciocínio semelhante ao da AAF,
desenvolvendo uma árvore lógica, só que com a particularidade de ser aplicado à estrutura organizacional e
gerencial da empresa, ilustrando erros ou ações inadequadas de administração.
Segundo Hammer (1993), o método pode ser também usado para esquematizar ações administrativas que
possam ter contribuído para um acidente, o qual já tenha ocorrido. Nesta árvore cada evento é uma ação do
operador ou administrador, sendo que as falhas de equipamentos ou condições ambientais não são consideradas.
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Índice
8.1) Introdução
8.2) Planejando o Sistema (Plan)
8.3) Operando o Sistema (Do)
8.4) Monitorando os Resultados (Check)
8.5) Introduzindo Melhorias (Act)
8.6) Sistemas Integrados de Gestão SIG
8.7) Para Saber Mais...
8.1) Introdução
8.1.1) Conceituação
O que é Qualidade?
O conceito de Qualidade é o mesmo para todas as pessoas?
Existe boa e má qualidade? Dê exemplos
Setembro de 1996 ISO desaprova a criação de um grupo de trabalho para norma de SGSST
8.1.3) PDCA
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Política de SST
Análise crítica pela Administração
Identificação de perigos,
avaliação e controle de
Acidentes, incidentes,
riscos
não conformidades, ações
preventivas e corretivas Objetivos e programas
de gestão
ACT PLAN Exigências legais
e outras
Documentação e
Medição e monitoramento CHECK DO controle de dados e
do desempenho documentos
Preparação e atendimento
Controle e gestão de registros de emergências
Consulta e comunicação
Auditoria
Controle operacional
Estrutura e responsabilidade
Treinamento, conscientização e
competência
A empresa deve desenvolver e implementar uma política de gestão que defina o direcionamento geral, bem
como os princípios de sua atuação em relação à SST.
POL
OBJETIVO 01 PGSST 01 Plano 01
ÍTI
CA OBJETIVO 02 PGSST 02 Plano 02
DE
SST OBJETIVO n PGSST n Plano n
Presidente / CEO
VP
Superintendente
Comitê de
Gerenciamento SST
(diretoria/assessores)
Representante da
Administração
Grupo de
Implantação
Os empregados devem ser competentes para realizar as tarefas que podem afetar a SST. A competência deve ser
definida em termos de educação e treinamento adequados e/ou experiência.
A organização deve estabelecer e manter procedimentos para assegurar que as informações relativas a SST sejam
divulgadas entre os empregados e outras partes interessadas.
O envolvimento e as consultas dos empregados devem ser documentadas e as partes interessadas informadas.
Política
Objetivos
Manual de SST
Estr
Tática
Programa de Planos de
Gestão de Emergência
Operacional
Proc. Operacionais Proc. Operacionais
Instr. Segurança Instr. Segurança
Formulários Formulários
Assist.
Técnica Perigo
(Queda na periferia
Fonte
Entre de laje)
Projeto
ga
SGSST
Meio
Projeto
Produ Planeja
ção mento
Aquisi
Pessoas ção Controle Operacional
(Definir pontos de gancho no
piso para fixação do cinto de
segurança)
Identificação
Legibilidade
Rastreabilidade
Proteção
Tempo de retenção
8.4.3) Auditoria
A alta administração da organização, em intervalos por ela pré-determinados, deve analisar criticamente o
Sistema de Gestão da SSO, para assegurar sua conveniência, adequação e eficácia contínuas. O processo de
análise crítica deve assegurar que as informações necessárias sejam coletadas, de modo a permitir à
administração proceder a essa avaliação. A referida análise crítica deve ser documentada.
A análise crítica pela administração deve abordar a eventual necessidade de alterações na política, objetivos
e outros elementos do Sistema de Gestão da SSO, à luz dos resultados de auditorias do mencionado
Sistema, da mudança das circunstâncias e do comprometimento com a melhoria contínua.
Diminuição e uso mais racional dos recursos necessários (humanos, financeiros, tecnológicos, tempo)
Menor esforço por parte das organizações para certificação
Mais propósitos atendidos com um número menor de elementos
Melhor coordenação e balanceamento dos três propósitos
Geração de uma menor quantidade de documentação
Aumento da sinergia
SMS
5%
27%
QSMS
68%
BENITE, Anderson Glauco. Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. Editora O Nome da
Rosa, 2004.
Vários. Apostila do curso Interpretação e Implementação da Gestão de Saúde e Segurança. Bureau Veritas
do Brasil, 2006.
British Standard Institution. OHSAS 18001: Occupational Health and Safety Management Systems
specification. BSI, 1999.
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