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1.

Conceitos iniciais
a. O que é processo?
O processo é um método de criação de norma jurídica. Por exemplo, se A e B
estão em conflito, é necessário que um terceiro imparcial, neste caso o juiz, dê
uma decisão, sendo esta uma norma jurídica individualizada aplicável a A e B,
que se encontram em uma relação material controvertida.

b. A respeito das decisões de mérito:


Primeiramente é preciso ter em mente que o processo SEMPRE deve alcançar
uma decisão, mas para isso, há uma sequência lógica a ser seguida.
Inicialmente é necessária a apresentação de um relatório que seja capaz de
resumir os principais acontecimentos do processo, após isso urge a
necessidade de uma fundamentação que apresenta um conjunto
argumentativo que analisa todas as questões de fato e direito e, por fim, é
deferido o dispositivo, que nada mais é do que a conclusão da sentença que
vai gerar uma norma jurídica individualizada aplicada a caso concreto.

2. Conflito de interesses e lide


a. Relação da lide com a afirmação de Paula Sarno de que “todos nós somos
sujeitos de direitos que convivem em sociedade e todos nós temos grupos
de necessidades que são atendidas por bens.”
Retomando a frase em questão, é inegável o quanto nós, seres humanos,
somos tentados aos bens que atendem nossas necessidades, fazendo surgir aí
um interesse. No entanto, há um grande problema nesse ponto, afinal,
enquanto as nossas necessidades são totalmente ilimitadas, os bens não, e isso
pode fazer surgir um CONFLITO DE INTERESSE. Obviamente, quando os
interesses de dois indivíduos distintos colidem, pode ser que nenhum dos dois
tenha a intenção de ceder, portanto, haverá aí uma PRETENSÃO
RESISTIDA. Esse conflito de interesses marcado por uma pretensão resistida
é nada mais e nada menos que a LIDE.

3. Funções do direito
a. Princípio geral
O homem é um animal social, portanto, são necessárias algumas regras que
sejam capazes de reger uma sociedade. É daí que vem a noção de direção de
condutas, afinal, o direito serve exatamente para guiar os sujeitos até um
modelo de comportamento adequado para a vida social. No entanto, nem
sempre esse padrão comportamental esperado é seguido, gerando um
problema. Daí surge a necessidade de pensar em como tratar os conflitos,
estabelecendo como ele será resolvido e como se dará o procedimento para
encontrar uma solução.

b. Sobre os modos de tratamento do conflito:


Por muitos anos da história em sociedade as pessoas resolviam seus conflitos
de forma própria, mas obviamente com o passar dos anos isso se tornou
insuficiente, fazendo crer na necessidade de um terceiro, um juiz imparcial
regido pelas normas e princípios do direito, que auxiliaria na tomada da
decisão.
● AUTOCOMPOSIÇÃO EM SENTIDO LATO: O conflito é
resolvido pelas próprias partes, sem uma interferência decisória de
terceiros. Pode ocorrer de duas formas:
○ Autotutela: É a resolução de conflito de forma violenta,
brusca, onde a parte mais forte faz prevalecer o seu interesse,
por imposição. Não é admitida no ordenamento jurídico
brasileiro, exceto, é claro nos casos previstos em lei, como por
exemplo a legítima defesa ou estado de necessidade.
○ Autocomposição em sentido estrito: Nesse caso não há
intervenção e muito menos o uso da força bruta. Basicamente, o
que acontece é que ou ambas as partes vão ceder em alguma
medida por meio da transação, ou haverá a submissão e
somente uma das partes cederá integralmente, deixando o
interesse do outro prevalecer sobre o seu próprio.

● HETERONOMIA/HETEROCOMPOSIÇÃO
○ Na heterocomposição o conflito é solucionado com a
intervenção de uma terceira pessoa, externa ao
desentendimento, que busca uma solução. Devido a essa
sistemática, a heterocomposição pode ocorrer de duas formas:
■ Jurisdição: a resolução da lide decorre da decisão
proferida por um juiz de direito, em âmbito judicial;
■ Arbitragem: trata-se de resolução análoga à do Poder
Judiciário, pois o agente é responsável por “julgar” e
decidir a lide.
c. Justiça Multiportas - Art 3 do CPC
A justiça multiportas é uma abordagem que busca oferecer diversas opções de
métodos de solução de conflitos além do processo judicial, visando
proporcionar uma resolução mais ágil, flexível e colaborativa, que atenda aos
interesses das partes envolvidas. Dentre elas: judiciário, conciliação,
negociação, arbitragem, mediação, resolução extrajudicial.

MEDIAÇÃO CONCILIAÇÃO ARBITRAGEM


O mediador facilita o Participação mais efetiva do As partes indicam árbitros
diálogo entre as partes, mas conciliador, que pode que irão dar a solução para o
elas que apresentam sugerir soluções caso ao invés de levá-lo ao
soluções judiciário
Obs: Normalmente a solução mais adequada não é o judiciário, mas ela acaba sendo a mais
utilizada
4. Instrumentalidade do processo - Relação entre dir. material e dir. processual
a. D. Material
É o conjunto de regras que regulam as relações jurídicas referentes aos bens da
vida. Vai dizer o que é certo e o que é errado. Normas primárias > Direitos e
deveres.

b. D. Processual
É um direito instrumental, ou seja, é um instrumento que será utilizado para
garantir o direito material. É a forma como faremos o direito material ser
cumprido ou reparado

A norma processual é toda aquela que define um critério de proceder (em


juízo no caso do processo jurisdicional). Ela vai definir a sucessão de atos a
serem praticados rumo ao ato final. A norma material é um critério de julgar. É
ela que vai ser utilizada na hora de se chegar a um julgamento, determinando o
próprio conteúdo da decisão

c. Diferenciação entre texto normativo e norma jurídica


- O texto normativo se baseia no suporte fático + consequência jurídica
- A norma é extraída do texto através da interpretação
Ex: Placa de “proibido usar biquíni" -> Antes significava que deveriam ser
usadas roupas que não deixassem o corpo à mostra. Hoje, entenderíamos que se trata
de uma praia de nudismo.

*Aggiornamento = atualização. É a adequação dos institutos à ciência do


processo como se apresenta no dia de hoje

d. Processo x Procedimento: Uma visão tradicional -> equivocada


Numa visão tradicional, se costuma dizer que o processo possui uma
dimensão interna e externa.
● Interna: Como relação jurídica processual
Essas situações jurídicas são complexas, pois dentro delas se praticam atos. Os
doutrinadores tradicionais colocam uma relação de causa e efeito entre ATO e
SITUAÇÃO JURÍDICA, tendo um como consequência o outro.
O processo é disciplinado por seus atos, bem como pelas situações jurídicas
pelas quais os atos são praticados.
● Externa: Como procedimento

Análise de Paula Sarno e prof Liberato:


Procedimento: É a face externa do processo, que regula os atos do processo.
Processo: É uma camada mais profunda.
● No fim das contas é a mesma coisa
5. Normas fundamentais do processo civil
a. Devido processo legal - Art 5º, §54, CF
● Fala que ninguém será privado dos seus bens mais fundamentais sem
que tenha havido o devido processo legal.
● O devido processo legal é o princípio-mãe, pois tem um conteúdo
complexo que abrange todos os outros princípios e regras
fundamentais do processo civil.
Se divide em duas dimensões:
● Processual: Refere-se a forma com a qual o Estado produz seus atos
normativos, exigindo um percurso pautado nas formalidades legais
(Preocupa-se com o procedimento)
● Material/subjetiva: Refere-se a substância dos atos normativos e
decisórios, reclamando resultados justos e essencialmente corretos
(preocupa-se com a entrega da tutela jurisdicional)

b. Contraditório/audiência bilateral - Art 5º, §55, CF


● Consiste em permitir que todos os envolvidos se manifestem, sendo
ouvidos de maneira QUALIFICADA (o que é garantido na
fundamentação da sentença). Basicamente, é o direito de ter ciência e
poder se manifestar de modo que sua manifestação seja levada em
consideração.
● É a mais importante garantia de democracia no exercício do poder
jurisdicional.
Se divide em duas dimensões:
● Formal: Diz respeito à participação. O sujeito precisa ter o direito de se
manifestar -> Vício de citação = ex: proibição de cachorro no prédio
● Material: Vedação às decisões surpresa (art 9 do CPC). As partes
devem ter dentro do processo um poder de influência
A regra geral de um processo é o contraditório prévio. No entanto, também há
possibilidade de um contraditório postergado nos casos de demanda de urgência.

c. Boa-fé - Art 5º do CPC e Cooperação - Art 6º do CPC


● É a boa fé processual objetiva. Não se confunde com a boa fé
subjetiva. (Exemplos de má-fé: art 80)
● Trata-se de norma que impõe condutas em conformidade com a boa-fé
objetivamente considerada, independente da existência de boas ou más
intenções
● No que diz respeito à cooperação, é entendido que todos os sujeitos do
processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva. -> Apesar das partes serem
adversárias, elas devem cooperar no processo.

d. Inafastabilidade da jurisdição - Art 5º, 35 CF / Art 3 CPC


● Judiciário monopoliza a função de resolver os conflitos
● É obrigatório apreciar e julgar as demandas apresentadas
○ A demanda pode ser de precaução ou p/ resolver um problema

e. Efetividade - Art 4º do CPC


● O processo é pensado para que seja tomada uma decisão e que ela seja
efetivada, caso contrário, de nada adianta.
● Trata-se do princípio que assegura o direito fundamental a uma tutela
efetiva, que é aquela que, para além de reconhecer o direito material,
seja apta a satisfazê-lo. -> Faz valer.

f. Duração razoável do processo - Art 5º, 78 CF; Parte final do Art 6 do


CPC
● Não se trata de celeridade. Foca na qualidade da decisão (justa, efetiva,
fundamentada), mas obviamente, no menor tempo possível.
● Aqui o tempo é um fator secundário. “A pressa é inimiga da perfeição”
● Quanto maior a complexidade do rito, maior é a profundidade e
cognição do debate. Normalmente, quanto mais rápido o rito, pior a
decisão.

g. Adequação - Art 139, 6


● A tutela final de um processo deve ser adequada para suprir a
necessidade de pretensão do requerente
● Espera-se que o juiz na condução de processos em concreto, adote
medidas necessárias para adaptar o rito às necessidades do direito
material concretamente considerado, respeitando, também, as
adaptações que tenham sido licitamente negociadas pelas partes.
○ Fungibilidade. Ex: Tutela possessória. O indivíduo requer
reintegração da posse, juiz entende que na verdade se trata de
um caso de imissão da posse e não reintegração. Ele converte o
pedido para entregar a tutela mais ADEQUADA.

h. Eficiência
● Produção de melhor resultado com menor custo.
○ Esse custo não necessariamente está atrelado unicamente ao
dinheiro. Pode envolver dinheiro também, mas seu significado
é relativo, envolvendo tempo, esforço…
● Um processo pode ser efetivo sem ser eficiente (são muito distintos),
mas jamais pode ser considerado eficiente sem ter sido efetivo (a não
realização de um direito reconhecido judicialmente é quanto basta para
a demonstração de ineficiência do processo

i. Igualdade - Art 5, caput, CF e art. 7, CPC


● É necessário que haja igualdade no acesso à justiça.
● Redução das desigualdades que dificultem o acesso à justiça
○ Dentro do processo jurisdicional há vários dispositivos: nomear
curador especial, inversão do ônus da prova, tramitação
prioritária a processo que envolva idoso ou pessoa gravemente
enferma. A despeito dessas medidas tipificadas em lei, o
magistrado pode adotar outras medidas em nome do princípio
da adequação.

● É necessário que se garanta igualdade no acesso às informações


necessárias para se garantir o contraditório.
● É necessário que as partes tenham igualdade em relação ao juiz. -
Imparcialidade do juiz

j. Publicidade - CF art 5, 60 e art 93, 9 / 189 CPC


● Os processos devem ser públicos, ou seja, de acesso a todos.
○ Isso ocorre para assegurar uma fiscalização popular, que é
controle realizado pela opinião pública da prestação dos
serviços jurisdicionais que são públicos
○ Protege as partes contra juízos arbitrários e secretos
● Essa publicidade externa é passível de restrição em nome de outros
valores. É por isso que o legislador, dos dispositivos colocados, prevê
algumas situações em que o processo jurisdicional ocorrerá em segredo
de justiça e que a publicidade externa será restrita. Isso ocorrerá, mais
especificamente, quando:
○ A causa envolve interesse público ou social, que exija essa
restrição à publicidade.
○ Isso também pode se dar em defesa da intimidade.
● Também se admite a restrição quando se tratar de uma causa que trate,
de alguma forma, sobre arbitragem e essa confidencialidade tenha sido
previamente estipulada na própria convenção arbitral

k. Juiz Natural - princípio não positivado


● De acordo com esse princípio, todo jurisdicionado tem direito a um
processo que seja conduzido por uma autoridade natural, que é
independente, competente e imparcial.
● Vedação ao tribunal de exceção
● Juiz competente
○ Um juíz de penal não pode julgar matéria civil;
○ Tem que ser imparcial. Art 144 e 145 cpc

l. Motivação das decisões - Art 93,9 CF; 489, I (fundamentação analítica)


● Toda e qualquer decisão deve ser bem fundamentada
○ Não dá para sustentar o processo com fundamentações
genéricas
6. Atos do Processo
a. Conceito
● É uma manifestação de vontade humana que tem por objetivo gerar
algum efeito dentro do processo, ou seja, é todo ato que guarda uma
relação com o processo
○ Seja este um ato processual propriamente dito (contestar,
apresentar uma petição inicial, apresentar prova e etc) ou um
ato praticado que tem alguma relação com o processo (atos
preparatórios).

b. Classificação dos atos processuais


● Atos das partes:
○ Unilateral: Não precisa de autorização da parte contrária para
praticá-lo (exemplo: petição inicial)
○ Bilaterais: Para praticá-lo é necessário comum acordo entre as
partes. (Ex: transação/acordo)
○ Possibilidade de desistência da ação:
■ Pode acontecer até antes de ser apresentada a citação ao
réu. Após isso, é necessária anuência dele.
● Analisar art 1040, IV, 1 e 3
○ Possibilidade de desistência do recurso:
■ Não precisa da anuência nem homologação de ninguém
■ Pode ser feito até o momento em que o artigo venha a
ser julgado - Art 998
○ Possibilidade de desistência da execução - Art 775
■ Se a defesa versar sobre direito processual não é
necessária a anuência do executado
■ Se versar sobre direito material é preciso da anuência do
executado
● Pronunciamento do juiz (art 203 do cpc)
○ Despachos: Não tem carga decisória. É apenas um ato de
continuidade do processo - IMPULSO
○ Sentenças: Têm carga decisória e põe fim a fase do
procedimento com fundamento nos arts. 485 e 487
○ Decisões interlocutórias: Têm carga decisória e não põe fim a
fase do procedimento - Todo ato que não é sentença
○ Decisões monocráticas/unilaterais: Decisões do relator > 932
cpc

c. Princípios norteadores
● Princípio da instrumentalidade das formas - 188
○ A prática dos atos em um processo não possui forma
determinada, salvo quando a lei determina expressamente uma
forma
■ No entanto, se a lei determinar um ato e eu fizer de
outra maneira e o resultado for atingido sem prejudicar
ninguém, o ato deve ser aproveitado
■ Ex: Petição inicial - 319: Caso não seja cumprida a
formalidade específica que o código prevê, o ato não
necessariamente será nulo.
● O ato problemático é somente aquele que não
atinge a finalidade, traz prejuízo e não cumpre a
formalidade.
● Princípio da publicidade (art 189)
○ Os atos do processo são públicos. Em tese todas as pessoas tem
que ter acesso a todos os processos.
■ No entanto existem processos que tramitam em segredo
de justiça
● Um terceiro juridicamente interessado pode
requerer ter acesso ao dispositivo da sentença e
de outras decisões para analisar se quer intervir
○ Art 11: A publicidade se justifica no controle social do que o
judiciário está produzindo
● Princípio do autorregramento da vontade (art 190 e 191)
○ Os negócios jurídicos processuais são típicos ou atípicos:
■ Típicos: Previsto em lei.
● Ex: calendário processual, negócio sob eleição
de foro, delimitação consensual de questões de
fato ou direito
■ Atípicos: São frutos da criação da vontade das partes
envolvidas
● Ex: Acordo de impenhorabilidade, acordo de
instância única, acordo de redução ou ampliação
de prazos
○ O art 190 regula e limita isso. O juiz pode controlar a validade
dos negócios, mas é muito difícil que ele negue.
■ Exceto em casos de nulidade clara.
d. Do tempo para a prática dos atos processuais (Art 212)
● Os atos processuais são praticados em dias ÚTEIS
○ Não úteis: FDS, recesso judiciário, sem expediente, expediente
reduzido, feriados
○ É possível finalizar um ato após o expediente se ele for iniciado
antes (caso o adiamento prejudique);
○ A regra dos dias úteis não vale para citação, intimação e
penhora (CIP) e nem para tutela de urgência - Art 214
○ Quando os autos não forem eletrônicos deverá seguir o horário
do fórum ou tribunal
● O art 215 prevê atos processados durante as férias:
○ Jurisdição voluntária e necessários para conservação de
direitos; ações de alimentos; tutor/curador; processos que a lei
determinar
e. Dos prazos processuais
● 218-220:
○ Se a lei não deixar expresso, o juiz determinará o prazo
■ Quando não houver nem um e nem outro o prazo é de 5
dias
○ É possível realizar ato antes do termo inicial do processo
○ Quando a lei ou juiz não determinar prazo as intimações só
obrigarão comparecimento após 48h
● 219 e 220:
○ Contamos em dias úteis os prazos estabelecidos em DIAS.
○ Suspende-se o prazo entre 20/12 e 20/01
● 229:
○ Em caso de litisconsortes (pluralidade de sujeito) o processo
pode ter prazo em dobro
■ Não se aplica aos processos eletrônicos
■ Defensoria pública, MP e Fazenda pública contra prazo
em dobro se não houver determinação legal de prazo
● Forma da contagem de prazo
○ Regra: Exclui o primeiro dia e joga para o final
○ O dia que importa é o dia que diário publica
■ Dia 01 - Veicula
■ Dia 02 - Publica
■ Dia 03 - Começa a contagem
● Falamos aqui de dias úteis
● Contagem por carta ou mandado é diferente. 1
dia a menos
○ Quando o prazo é em dias - Dias úteis
○ Quando o prazo é em horas/meses - Dias corridos
f. Lei processual no tempo
● É regida por dois princípios básicos - Art 14 e 1046
○ Aplicação imediata da lei nova
■ Significa que uma vez vigente, a lei nova produz efeitos
imediatamente
○ Não retroatividade
■ Devem ser respeitados as situações consumadas na
vigência da lei anterior
● Daí é possível extrair três cenários:
○ Processos já finalizados: Lei nova não vai incidir
○ Processos posteriores a lei nova: Lei nova irá incidir
○ Processos em trânsito: Usa-se o sistema de isolamento dos
atos processuais.
■ A lei nova não vai incidir sobre os ATOS já
praticados, mas se aplica aos atos que virão a ser
praticados. Ou seja: há uma subdivisão por ato, que
é mais refinada.
■ Lei nova não pode prejudicar ato jurídico perfeito e
não atinge direito adquirido
● OBS: Lei nova não incide sobre prazo que
começou em vigência da lei anterior (dias
corridos)
● Lei nova não atinge a validade de ato já
praticado
● ATO ≠ FASE ≠ PROCESSO

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