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1) Apostila1 CLP v2 - Subsequente
1) Apostila1 CLP v2 - Subsequente
Automação Industrial
Aluno:_____________________________________________________
2º semestre 2021
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1 – O PRINCÍPIO DA AUTOMAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
O termo automação provém do latim “Automatus”, que significa mover-se por si.
A automação faz parte da nossa sociedade, está presente em todos os sistemas de
trabalho, sobretudo na indústria. Ela permite que se faça mais e melhor, além de diminuir a
participação do ser humano em tarefas entediantes e repetitivas, eliminando os serviços
manuais cansativos e prejudiciais à saúde, poupando as energias para as tarefas mais nobres
que exigem mais o raciocínio lógico.
A automação vem evoluindo ao longo dos séculos, aliando os conhecimentos antigos, e
expandindo com as últimas conquistas da ciência. Portanto está intimamente ligada ao
desenvolvimento da humanidade.
Um ponto que vale destacar é a diferença entre a automação e a mecanização, mesmo
que em um primeiro instante estas duas palavras possam dar a impressão de ter um significado
semelhante, seus conceitos são completamente diferentes. A automação permite realizar
algum trabalho através de máquinas controladas automaticamente. Já a mecanização,
simplesmente se limita ao emprego de máquinas para executar alguma tarefa, substituindo o
esforço físico.
1.2 HISTÓRICO
Heron de Alexandria
Um dos grandes sábios dessa época foi Heron de Alexandria, que viveu em Alexandria
em 130 a.C. e publicou um livro, que se intitulava “Pneumática’’, que mostrava algumas formas de
mecanismos de nível de água usando um regulador de bóia.
O primeiro registro sobre um experimento que teve a finalidade de aproveitar o vapor
e a pressão para fazer um corpo se mover também foi realizado por Heron, e foi batizada de
"aeolipile". Este aparato foi montado com uma pequena bolinha de cobre (Cu) com dois canos
torcidos e continha água em seu interior. Colocada sobre um tripé e sobre o fogo, a água fervia
e o vapor que saia pelos caninhos fazia com que a bola feita de cobre girasse.
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Denis Papin
A primeira e verdadeira máquina térmica é de origem do físico francês Denis Papin que,
em 1679, inventou o digestor de vapor, um tipo de panela de pressão, também conhecida como
marmita de Papin e, para evitar que explodisse, inventou também a primeira válvula de
segurança da qual se tem conhecimento.
Edward Somerset
Em 1663, o inglês Edward Somerset, tornou se famoso por construir uma máquina que
foi capaz de remover água de um fosso em uma torre no Grande Castelo de Raglan.
Entre 1663 e 1669, testemunhas oculares viram uma dessas máquinas, erguida em pelo
Marquês, que era capaz de elevar a água a uma altura de 40 pés. A máquina possuía uma
caldeira de alta pressão e dois recipientes nos quais a água a ser bombeada era forçada pela
pressão atmosférica após o vapor ter sido condensado. A pressão do vapor no sistema
impulsionava a água para fora do fosso. Este invento é considerado como a primeira máquina a
vapor capaz de produzir trabalho. Mais tarde outro inventor, Thomas Savery, estudou e
aprimorou a invenção de Edward.
Máquina de Savery
Em 1698, Thomas Savery, um engenheiro militar inglês, criou uma máquina com uma
finalidade: extrair água do poço das minas inglesas de carvão mineral. Porém, devido à
utilização de vapor a alta pressão, poderia explodir. Esta foi a primeira máquina a vapor de
interesse industrial
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.
O Vapor era produzido no aquecedor (A) e conduzido para os reservatórios (B) da
figura, através de duas válvulas manuais (C). O vapor era fornecido alternadamente para os
reservatórios, empurrando água do reservatório através do tubo (D) e para o topo. A válvula
(C) era então fechada e um jato de água fria condensava o vapor daquele reservatório e com
isto, promovendo um vácuo. A rarefação obtida fazia com que a água do lugar (F) entrasse no
tubo (E) e fosse direcionada para o reservatório. A válvula (C) era então aberta novamente,
para a repetição do ciclo. Alternando-se os dois reservatórios (B), era possível se ter um fluxo
contínuo de água para o exterior.
Máquina de Newcomen
Nicholas Joseph
O Capitão do exército francês Nicholas Joseph Cugnot construiu, em 1763, o que pode
ter sido o primeiro veículo autopropulsionado do mundo, um veículo de transporte de carga de
três rodas construído em madeira. Em 1770 construiu o seu segundo veículo, que possuía uma
autonomia de funcionamento de 15 minutos antes de acabar o vapor de sua caldeira.
Este veículo tinha a capacidade para carregar até quatro toneladas à velocidade de
4 km por hora. Tinha dois pares de rodas atrás e um na frente que suportavam a caldeira e era
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dirigido por um leme. Em 1771 o seu veículo bateu contra uma parede de tijolos, ficando
conhecido como o primeiro acidente de automóvel do mundo.
James Watt
Na sua máquina, o vapor entrava pela tubulação (B). A válvula (C), controlada a partir da
haste (D), permitia que o vapor entrasse na parte superior do pistão (E). Isto empurrava o
pistão para baixo, movimentando para baixo um lado da barra (F) e levantando o outro lado da
barra que puxava as hastes (G) e (H) da bomba. Tal movimento retirava a água do reservatório
(I) através da tubulação (J) e também do reservatório (K) para o reservatório (I). A válvula (L)
era então movida para permitir que o vapor entrasse pelo outro lado do pistão; equilibrando a
pressão em ambos os lados. Com a pressão equilibrada, o pistão movia-se para o topo,
possibilitando um novo ciclo.
James Watt foi mundialmente reconhecido quando em 1882 foi publicado que a
unidade de potencia do SI (Sistema Internacional de medidas) levaria o seu nome, devido as
suas relevantes contribuições no trabalho de pesquisa na definição da potência mecânica.
James Watt morreu em 25 de agosto de 1819 em sua casa em Handsworth, Inglaterra,
com a idade de 83anos.
Cronologia
Entre 300 a.C. e 1 a.C - Na Grécia antiga, Ctesíbio ou Ktesíbios, Relógio d’água, Mecanismo
regulador de bóia e Órgão Hidráulico.
250 a.C - Na Grécia antiga, Philon, lampião de óleo.
130 a.C – Alexandria, Heron, "aeolipile".
1663 - Edward Somerset, Grande Castelo de Raglan, na Grã-Bretanha, máquina que foi capaz
de remover água de um fosso em uma torre.
1679 - Denis Papin, físico francês, inventou o digestor de vapor.
1690 - Denis Papin, físico francês, construiu um modelo de motor a pistão.
1698 - Thomas Newcomen, em Staffordshire, na Grã-Bretanha, instala um motor a vapor para
esgotar água em uma mina de carvão.
1705 - Thomas Newcomen, Aprimorou a máquina térmica que passa a ser utilizada em minas
profundas.
1708 - Jethro Tull (agricultor), em Berkshire, na Grã-Bretanha, inventa a primeira máquina de
semear puxada a cavalo, permitindo a mecanização da agricultura.
1709 - Abraham Darby, em Coalbrookdale, Shropshire, na Grã-Bretanha, utiliza o carvão para
baratear a produção do ferro.
1733 - John Kay, na Grã-Bretanha, inventa uma lançadeira volante para o tear, acelerando o
processo de tecelagem.
1740 - Benjamin Huntsman, em Handsworth, na Grã-Bretanha, descobre a técnica do uso
de cadinho para fabricação de aço.
1761 - Abertura do Canal de Bridgewater, na Grã-Bretanha, primeira via aquática inteiramente
artificial.
1763 - James Watt, engenheiro escocês, aprimora a máquina de Newcomen, permitindo a
aplicação na indústria desse motor.
1764 - James Hargreaves, na Grã-Bretanha, inventa a fiadora "spinning Jenny", uma máquina
de fiar rotativa que permitia a um único artesão fiar oito fios de uma só vez.
1765 - James Watt, na Grã-Bretanha, introduz o condensador na máquina de Newcomen,
componente que aumenta consideravelmente a eficiência do motor a vapor.
1768 - Richard Arkwright, na Grã-Bretanha, inventa a "spinning-frame", uma máquina de fiar
mais avançada que a "spinning jenny".
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A tecnologia envolvida nas caldeiras a vapor era extremamente precária, sendo que não
era incomum a ocorrência de explosões de caldeiras nas fábricas. Muitos trabalhadores
acabavam mortos nessas explosões. Além disso, o sistema mecânico que levava o movimento
gerado na caldeira para os teares era imenso e se espalhava por todo o local, sendo que a
fábrica têxtil parecia um autômato monstruoso.
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Cronologia
Industrialização
O mesmo ocorria com as máquinas de produção, que eram específicas para uma
aplicação, o que impedia seu uso em outras etapas da produção, mesmo que tivesse
características muito parecidas.
Cronologia
1854 - George Boole, Britânico, publica o trabalho: “Uma Análise Matemática da Lógica”
caracterizando a álgebra booleana.
1856 - Henry Bessemer, patenteia um novo processo de produção de aço que aumenta a sua
resistência e permite a sua produção em escala verdadeiramente industrial.
1865 - O primeiro cabo telegráfico submarino é estendido através do leito do oceano
Atlântico, entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
1869 - A abertura do Canal de Suez reduziu a viagem marítima entre a Europa e a Ásia para
apenas seis semanas.
1876 - Alexander Graham Bell, inventou o telefone nos Estados Unidos (em 2002 o congresso
norte-americano reconheceu postumamente o italiano Antonio Meucci como legítimo inventor
do telefone)
1877 - Thomas Alva Edison, inventou o fonógrafo nos Estados Unidos.
1879 - A iluminação elétrica foi inaugurada em Mento Park, New Jersey, nos Estados Unidos.
1885 - Gottlieb Daimler, inventou um motor a explosão.
1895 - Guglielmo Marconi, inventou a radiotelegrafia na Itália.
George Boole
Como o sistema de numeração decimal não era conveniente para ser implementado em
sistemas elétricos pois, é muito difícil projetar um equipamento para que ele opere com dez
níveis diferentes de tensão (cada um representando um caractere decimal de (0 a 9). Por outro
lado, é muito fácil projetar um circuito simples e preciso que opere com apenas dois níveis de
tensão. Desta maneira, formado por 2 algarismos apenas (base 2), denominado agora de
sistema Binário.
Sistema Binário
As quantidades binárias podem ser representadas por qualquer dispositivo que tenha
apenas dois estados de operação, ou duas condições possíveis.
Por exemplo: Um conjunto de chaves, que possuem apenas duas opções cada, aberta ou
fechada. A chave fechada representa o bit lógico “1” (Um lógico) e a chave aberta representa o
bit lógico “0” (Zero lógico). A composição de todas as cinco chaves representa um número
binário, que podem ser modificados na medida em que se alteram as posições das chaves
lógicas.
Tabulador de Herman Hollerith que computou os dados do censo americano de 1890 em apenas
um ano.
O armazenamento de dados surgiu por volta de 1910 - 1915. A fita perfurada é uma
forma de realizar esta tarefa, constituída por uma longa fita de papel, na qual são feitos furos
como forma de codificar as informações. As formas mais primitivas da fita perfurada tem
origem nas antigas máquinas industriais de bordar. Estas máquinas eram alimentadas
(“programadas”) por uma sequência de cartões em sequência. Para cada sequência de cartões
escolhida, a máquina realizava um bordado diferente.
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Isto levou à criação do conceito de não transmitir os dados por um fluxo de cartões
individuais, mas através de um "cartão contínuo" - ou seja - uma fita.
Em 1846 Alexander Bain usou fitas perfuradas para mandar telegramas. A sua função
inicial era armazenar dados, mas passou a ser utilizada também na comunicação, em
computadores e também em criptografia (codificações secretas para proteção de
informações). Quando os computadores começaram a ser bastante utilizados, a fita perfurada
tornou-se diretamente muito utilizada também, pois eram um meio prático e barato para
armazenar os dados. Durante a terceira parte do século 20 a Agencia Nacional de Segurança
do EUA utilizou a fita perfurada para distribuir chaves criptográficas.
Fita perfurada
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Sistemas Eletromecânicos
produzir um novo, o que demandava tempo, fator responsável por grandes interrupções e perda
de produção.
Alto custo de desenvolvimento e manutenção – A lógica a relé tinha de ser otimizada para
reduzir o número de componentes e minimizar os custos envolvido na montagem. Esse fato
aumentava a complexidade do projeto, pois demandava mais tempo para a implementação e a
elaboração da documentação técnica necessária.
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Sistemas Automatizados
método foi apresentado para a Força Aérea, que investiu em outros projetos do Laboratório de
Servomecanismos do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).
Após alguns anos, isto acabou culminando em um protótipo de fresadora com três eixos
com servomecanismos de posição. A partir deste momento, várias empresas privadas que
fabricavam máquinas-ferramentas começaram a desenvolver projetos particulares, foi assim
que surgiu o comando numérico.
O MIT também desenvolveu a linguagem de programação APT (do inglês, Automatically
Programmed Tools, ou “Ferramentas Programadas Automaticamente”) para ajudar na entrada
de comandos de trajetórias de ferramentas na máquina.
Em 1954 surgiram os primeiros robôs (do tcheco robota, que significa “escravo”) pelas
mãos do americano George Devol, que alguns anos depois fundou a fábrica de robôs Unimation.
Inicialmente, eles substituíram a mão-de-obra no transporte de materiais perigosos.
No século XX, os computadores, servomecanismos e controladores programáveis
passaram a fazer parte da tecnologia da automação industrial, hoje, os computadores podem
ser considerados a principal base da automação industrial contemporânea.
Até 1960, as empresas automobilísticas tinham linhas produção fixas que produziam
com relativa eficiência modelos pré-programáveis, mas quando se necessitava fazer algumas
variações no modelo, como mudanças de cor, ou detalhes no painel, precisava-se alterar os
circuitos de controle (a base de relés). O que fazia a produção destes modelos mais custosa, e
excessivamente demorada. Era necessária a remodelagem de todo o sistema produtivo quando
se desejava alterar o produto na linha de produção. Portanto este processo é economicamente
viável somente para produção em larga escala e de um determinado produto.
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Sistema Flexíveis
Máquina de Tear que evolui de manual para mecânica durante a Revolução Industrial.
Controlador Programável
Diagrama Ladder
Outra etapa importante desta evolução é que toda a lógica de acionamento podia ser
desenvolvida através de software, que por sua vez determina ao controlador a sequência de
acionamento a ser desenvolvida. Desta forma, a automação programável passa a ser empregada
em pequenos volumes, que necessitam de constantes mudanças da linha de produção.
Este tipo de alteração da lógica de controle é o que caracteriza um sistema flexível. O
CLP é um equipamento eletrônico de controle que atua a partir desta filosofia.
Com o CLP, as alterações eram feitas apenas mudando sua programação, enquanto que
os sistemas a relés implicavam em modificar a montagem dos equipamentos e, muitas vezes,
substituir os hardwares.
Dick Morely começou a vender os seus primeiros CLP’s denominados de “Modicon 084”
(porque era o protótipo # 84). Foi o Modicon 084 que foi apresentado à GM para atender aos
critérios previamente estabelecidos para o seu "controlador de máquina padrão". A Modicon
começou a vender o “084” com um sucesso muito limitado. Como diz Dick Morley,
MODICON 084
"O que fez a “Modicon Company” e o controlador programável realmente decolar não foi
o controlador “084”, mas sim o controlador “184”. O “184” foi projetado em uma sequência de
execução lógica em “ciclo” por Michael Greenberg, um dos melhores engenheiros que já
conheci. Ele e Lee Rousseau, presidente e comerciante, apresentaram uma especificação de um
projeto que revolucionou o negócio de automação. Eles construíram o “184” contra as minhas
convicções. Eu era um purista e senti que todos aqueles sinos e assobios e coisas não eram
"puros", e de alguma forma estavam contaminando o meu "glorioso projeto", Errado novamente,
Morley! Eles estavam especificamente certos! O controlador 184 foi um sucesso, e não o “084”,
não a invenção do controlador programável, mas um produto projetado para atender às
necessidades do mercado e do cliente, chamado 184.
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produzidos pelo fabricante), e infelizmente muito grande, do tamanho de malas. Mais tarde,
surgiram dispositivos de programação de mão menores, mas logo foram substituídos por um
software de programação proprietário executado em um computador pessoal (PC). O
DirectSOFT da AutomationDirect, desenvolvido pela Host Engineering, foi o primeiro pacote
de software de programação para um CLP baseado para a plataforma Windows. Ter um PC que
se comunica com um CLP forneceu a capacidade de não só programar, mas também permitir
testes para a solução de problemas de maneira mais fácil e ágil.
Por sua vez, as comunicações se iniciaram com o protocolo “MODBUS” usando a
comunicação seriais RS-232. Vários outros protocolos de comunicação para a automação
surgiram como: o RS-485, “DeviceNet”, “Profibus” e outras arquiteturas de comunicação
serial. O uso dos protocolos para as comunicações seriais e os vários protocolos para os CLP’s,
também permitiram que os CLP’s pudessem ser conectados em rede com outros CLP’s,
Inversores de frequência e Interfaces Homem Máquina (IHM). Mais recentemente, o
protocolo EtherNet / IP (para o Protocolo Industrial), ganhou enorme popularidade.
O CLP revolucionou o setor de automação. Hoje, podem ser encontrados em tudo, desde
equipamentos industriais até máquinas de venda automática. Mas antes de 1968, o controlador
programável nem existia. Em vez disso, o que existia era um conjunto único de desafios que
precisavam de uma solução. Para entender o histórico do CLP, deve se primeiro entender os
problemas que existiam antes dos controladores programáveis.
Antes do CLP, a única maneira de controlar as máquinas era através do uso de relés. Os
relés funcionam utilizando uma bobina que, quando energizada, cria uma força magnética para
efetivamente puxar um interruptor para a posição “ON” ou “OFF”. Quando o relé é
desenergizado, o interruptor retorna o dispositivo para a posição original de descanso “ON” ou
“OFF” padrão.
Assim, por exemplo, se for necessário controlar se um motor está ligado ou desligado,
deve se ligar um relé entre a fonte de energia e o motor. Desta maneira torna se possível
controlar quando o motor está acionado ou não, por meio da energização ou desenergização do
relé. Sem energia, é claro, o motor não acionará, desta forma é possível controlar o motor.
Este tipo de relé é conhecido como um relé de potência. Em uma fábrica, pode haver
vários motores que precisam ser controlados. Assim, adicionavam se muitos relés de
energia. Desta maneira, as fábricas começaram a acumular muitos armários elétricos cheios de
relés de potência. Além disso, é necessário se implantar os circuitos denominados de comandos
para ligar e desligar as bobinas dos relés de potência. Para controlar isso, mais relés eram
adicionados.
Esses relés são conhecidos como relés de comando porque controlam os relés de
potência que por sua vez controlam o interruptor que liga e desliga o motor.
Por serem eletromecânicos, os relés que eram utilizados nos dispositivos de controle
apresentavam diversas desvantagens como problemas nos contatos, desgastes devido ao
contato repetitivo, dificuldade na modificação da lógica de controle e necessidade de
manutenções periódicas.
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Pensando agora nas fábricas modernas onde cada máquina possui a capacidade de
realizar inúmeras funções e em quantos motores e interruptores de energia ON / OFF seriam
necessários para controlar apenas uma única destas. Em seguida, adicione todos os relés de
comando necessários para o controle da máquina. Obtém se um pesadelo logístico. Todos esses
relés teriam de estar ligados em uma ordem muito específica para que a máquina funcionasse
corretamente. Se apenas um único relé apresentasse um problema, o sistema como um todo não
funcionaria. A solução de problemas levaria horas, o que seria comum acontecer, pois as
bobinas falham e os contatos se desgastam, gerando inúmeros procedimentos de
manutenção. Essas máquinas teriam que seguir um cronograma de manutenção rigoroso
ocupando muito espaço e tempo. E caso fosse necessário alterar algum procedimento na
operação da máquina, basicamente deveria se refazer todo o sistema.
Indústria de bebidas
Indústria automotiva
Indústria alimentícia
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tempo, essa tecnologia proliferou e o CLP adquiriu grande aceitação no mercado. Em 1994,
havia mais de 50 fabricantes de CLP, o que demonstrava seu sucesso e aceitação.
17) Qual a relação comum entre a Álgebra evolução. Quais tecnologias fazem parte
de Boole, um conjunto de chaves, um cartão desta evolução e foram agregadas ao CLP
perfurado e uma fita perfurada? moderno?
18) O significado da palavra “Hollerith” vai 27) Quando foi que o CLP passou a ser
muito além de uma folha que representa o utilizado pela indústria Brasileira?
pagamento salarial de um funcionário no
final do mês. Quem foi Herman Hollerith e
qual a sua contribuição histórica?
2 – AUTOMAÇÃO E CONTROLE
2.1 INTRODUÇÃO
A parte mais conhecida da automação, atualmente, está ligada à robótica, mas também
é aplicada nas indústrias química, petroquímica e farmacêutica com o uso de dispositivos
chamados de transmissores, capazes de medir e transmitir dados sobre variáveis de pressão,
vazão, temperatura entre outras necessárias para um CLP (Controlador Lógico Programável).
Garra robótica.
OBJETIVOS DA AUTOMAÇÃO
EFEITOS DA AUTOMAÇÃO
Considerando que todo processo pode, de alguma forma, ser automatizado, a decisão
entre a utilização da automação torna-se uma questão mais de ordem econômico-financeira que
propriamente técnica. Ao longo dos anos a automação tem provocado uma série de mudanças no
ambiente de trabalho:
Em princípio, qualquer grandeza física pode ser controlada, isto é, pode ter o seu valor
intencionalmente alterado. Obviamente, existem limitações práticas. Uma das inevitáveis é a
restrição da energia necessária para afetar os fenômenos. Por exemplo, a maioria das variáveis
climatológicas pode ser medida, mas não controlada, por causa da ordem de grandeza da
energia envolvida.
CLASSIFICAÇÃO
• Processo – qualquer operação onde pelo menos uma propriedade física ou química possa
variar ao longo do tempo.
• Variável controlada – propriedade que se deseja controlar, corresponde a saída do
processo.
• Variável manipulada – propriedade que pode ser modificada diretamente pela ação do
controlador e cuja variação irá afetar a variável controlada, corresponde a entrada do
processo.
• Valor desejado (setpoint) – valor de referência para a variável controlada. Em geral é
determinado por um operador baseado nas necessidades do processo.
• Elemento primário (sensor) – dispositivo que utiliza a energia do processo para
proporcionar uma medida da variável controlada.
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6) Conceitue:
a) Controle Manual
b) Controle Automático
c) Controle Auto-operado
8) Explique a principal diferença entre um controle de malha aberta para um de malha fechada.
a) Transmissor
b) Transdutor
c) Controlador
d) Elemento Final de Controle
3.1 INTRODUÇÃO
3.2 EVOLUÇÃO
Mais adiante, em uma terceira geração, os CLP’s passam a ter uma “Entrada de
Programação”, onde um Teclado ou Programador Portátil é conectado, podendo alterar, apagar,
gravar o programa do usuário, além de realizar testes (Debug) no equipamento e no programa.
A estrutura física também sofre alterações sendo a tendência para os Sistemas Modulares
com Bastidores ou Racks.
Terminal de programacao
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5150 PC, criado pela IBM, inaugurou era dos PC’s (USA)
No início dos anos 1980, computador era coisa para cientistas e pesquisadores.
Empresas como Apple, Osborne e MITS (do Altair) já fabricavam computadores pessoais. Mas
os equipamentos eram difíceis de usar e tinha utilidade limitada. Isso mudou em 12 de agosto
de 1981, quando a poderosa IBM lançou seu primeiro computador voltado para o usuário final: o
IBM PC 5150. Com preço de US$ 1.565, ele era o modelo mais barato lançado pela empresa e
era voltado tanto para escritórios como para uso doméstico.
A entrada da IBM no mercado de computadores pessoais mudou completamente o
mercado. Conhecida do público médio e com contratos polpudos com governos e companhias de
grande porte, a IBM trouxe credibilidade ao mercado e foi fundamental para popularizar o
computador como ferramenta de trabalho e lazer.
As especificações do 5150 eram poderosas para a época, mas hoje em dia seriam
amplamente superadas pelo celular mais barato. O computador tinha apenas 16 KB de memória
RAM. Para efeito de comparação, smartphones avançados de hoje podem ter até 64 GB de
RAM, mais de 4 milhões de vezes o valor do IBM PC. A memória de disco rígido era de apenas
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40 KB. Atualmente, qualquer notebook vem com pelo menos 1 TB, mais de 24 milhões de vezes
mais do que o PC da IBM.
Cada fabricante estabelece um protocolo de comunicação para fazer com que os seus
equipamentos troquem informações entre si. Os protocolos mais comuns são o
Modbus (Modicon - Schneider Eletric), EtherCAT (Beckhoff), Profibus (Siemens), Unitelway
(Telemecanique - Schneider Eletric), DeviceNet (Allen Bradley), RAPIEnet (LSis - LGis),
PROFINET (Siemens e Phoenix Contact) entre muitos outros.
Redes de campo abertas como MODBUS-RTU, PROFIBUS, e mais recente PROFINET
são de uso muito comum com CLP’s permitindo aplicações complexas na indústria
automobilística, siderúrgica, de papel e celulose, entre outras.
Atualmente, os CLP’s possuem funções específicas de controle e canais de comunicação
que permitem interligá-los entre si e a computadores em rede, formando um sistema integrado.
Os fabricantes se preocupam constantemente em padronizar os protocolos de
comunicação para os CLP’s, de modo a proporcionar que o equipamento de um fabricante
“converse” com os equipamentos de outros fabricantes. Assim, os CLP’s, os Controladores de
Processos, os Sistemas Supervisórios, as Redes Internas de Comunicação e os dispositivos
industriais são integrados, facilitando a automação, gerenciamento e desenvolvimento de
plantas industriais mais flexíveis e normalizadas, fruto da chamada Globalização. Existe uma
Fundação Mundial para o estabelecimento de normas e protocolos de comunicação.
Enquanto se estudavam as propostas de padronização do “FIELDBUS” (barramento de
campo), as redes “WIRLESS” suplantaram essa tecnologia e se incorporaram aos CLP’s como
opção de coleta de sinais de chão de fábrica.
Dessa maneira, eliminaram-se os condutores usados para interligá-los, propiciando
troca de informações e distribuição de dados por todo o processo.
O CLP, por meio de uma rede de comunicação, interliga se com o sistema de supervisão,
o qual o operador se torna responsável por comandar e monitoramento das variáveis de
processos, obtidas pelo controlador no chão-de-fábrica. Os tipos de variáveis dividem em
analógicas e digitais, a qual a primeira assume valores entre 4mA a 20mA, enquanto as
variáveis digitais podem assumir dois valores (0 ou 1) de acordo com a lógica booleana.
Um sistema de supervisão pode ser classificado de acordo com a complexidade, bem
como o número de portas entradas/saídas e robustez. A Interface Homem-Máquina (IHM) é
um hardware industrial, que consiste em sistemas utilizados diretamente em ambiente
industrial, com elevado grau de proteção (IP), com aplicação bastante específica de seu uso, e
permite trabalhar em conjunto com o CLP e o ambiente SCADA, que consiste em um software
industrial, operado em computadores com a plataforma Windows, sendo o seu gerenciamento,
realizado em salas de controle ou remotamente através de uma rede de internet.
As principais características de um sistema de supervisão consiste na compatibilidade
com CLP’s industriais, possibilidade em trocar dados com outros aplicativos e ferramentas,
geração de relatórios completos, planejamento e execução de tarefas, além da própria
programação realizada em linguagem de alto nível como C++ ou Visual Basic e principalmente a
conectividade com a internet.
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CLP - Controlador lógico programável, sigla esta, que em determinada época, já teve a sua
aplicação restrita devido à marca ser patente de um fabricante nacional.
São sinais externos recebidos pelo CLP, os quais podem ser oriundos de fontes
pertencentes ao processo controlado ou de comandos gerados pelo operador.
São dispositivos controlados por cada ponto de saída do CLP. Servem para acionamento
ou sinalização.
3.4.3 Programa
3.4.4 Inicialização
No momento em que é ligado, o CLP executa uma série de operações pré – programadas:
Programa do usuário:
3.5.3 Memória
Tipos de memória
Memória volátil
É o tipo de memória volátil mais utilizada. Nela os dados podem ser gravados e
alterados facilmente. Nos CLP’s inicialmente eram acompanhadas de baterias que as mantinham
permanentemente alimentadas. Hoje, são utilizadas como armazenamento temporário de
informações, por isto também chamada de memória de trabalho.
São memórias utilizadas para manter armazenadas informações que não poderão ser
alteradas. Sua forma de acesso é somente para operação de leitura. Devido a estas
características elas se encaixam na categoria de memórias não voláteis.
PROM - “Programmable Read Only Memory” - Memória que pode ser programada
É uma memória semelhante à memória ROM. A gravação de dados nesta memória pode
ser efetuada pelo usuário, porém apenas por uma única vez. Caso seja feita uma gravação
errada não há forma de apagá-la.
EPROM – “Erasable Programmable Read Only Memory” - Memória que pode ser alterada
É um tipo especial de PROM que permite o usuário alterar os dados gravados. Para
apagar os dados armazenados, o “chip” era exposto a uma fonte de luz ultravioleta. Foi
utilizada por vários anos como dispositivo de armazenamento do programa de controle que o
CLP armazenava.
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EEPROM - “Eletrically Erasable Programmable Read Only Memory” - Memória que pode ser
alterada por sinais elétricos.
A memória é constituída em sua estrutura interna por várias células nas quais são
armazenados bits 0 ou 1 de informação. No entanto, como o processador pode manipular mais
de um bit de cada vez, uma lista de bits passa a ser organizada em grupos compatíveis com a
capacidade do processador. Estes grupos de acordo com seu tamanho recebem a seguinte
denominação:
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Nibble = 4 bits
Byte = 8 bits
Word = 16 bits
Double Word = 32 bits
O mapa de memória do CLP varia de acordo com o fabricante e com o tipo do CLP.
Porém, como as necessidades dos CLP´s são semelhantes, pode se dizer que o mapa de memória
é composto por cinco regiões distintas:
Programa Executivo
Área de dados para o Executivo
Tabela de entradas /saídas
Áreas de dados para aplicação
Programa Aplicação
A área do programa executivo deve ser não volátil, já a área de trabalho deve ser
volátil, devido aos dados ali contidos serem constantemente atualizados. Estas duas regiões
são de responsabilidade do fabricante e com acesso somente para leitura.
Nas áreas do programa de aplicação e de trabalho, é que irá se localizar a programação
feita pelo usuário e os dados necessários para a sua parametrização. Estes programas são
gravados em memória RAM, protegidas por bateria, ou em EEPROM. Já os dados podem ser
gravados em memórias voláteis. É uma área dedicada às informações referentes às entradas e
saídas do CLP.
Para realizar a conexão física entre a CPU e os mundos externos são utilizados
circuitos chamados de interface. Estes circuitos podem ser de natureza discreta (digital), ou
de natureza numérica (analógicos).
São os tipos de sinais mais utilizados no CLP, onde a informação consiste em um único
“bit” cuja variável pode apresentar dois estados lógicos: ligado ou desligado.
Exemplo:
Como cada um destes dispositivos podem ser alimentados por tensões diferentes, estão
disponíveis no mercado CLP’s para diversos valores de tensão de alimentação em corrente
alternada CA e corrente contínua CC nos seguintes valores:
Nas saídas são encontrados também contatos de chaves de estado sólido (saídas à
transístor) ou saídas à relés que suportam até 10A de corrente e isolação de 220VCA. De
acordo com o fabricante pode se ter dois, quatro ou mais pontos de saída.
Entradas Analógicas
Saídas Analógicas
Válvula analógica
Acionamento de Motor DC
Controlador de Potência
Atuadores Analógicos
Entradas Multibits
Chave “Thumbwhell”
Encoder absoluto
Encoder incremental
Saídas Multibits
Cada um dos dispositivos analógicos, acima mencionados é acionado por uma fonte de
alimentação e que geralmente não são de mesma magnitude ou grandeza. Por esta razão, as
interfaces de sinais I/O são disponíveis nos seguintes padrões comerciais:
I. o CLP faz uso de uma programação mais 12) Considere as seguintes afirmações
robusta, dificultando a sua modificação, relativas à estrutura do CLP (Controlador
para garantir a segurança da programação e Lógico Programável):
das informações contidas;
II. o CLP utiliza um processador I. a fonte de alimentação do CLP deve
multitarefa, permitindo a execução de converter a tensão de alimentação para
programas mais eficientes e com maior outros valores de tensão, como 5, 12 ou 24
velocidade de processamento; V para alimentar os diversos componentes
III. o CLP possui um processador que não do CLP;
aceita tarefas muito complexas como II. as saídas do CLP, muitas vezes, utilizam
integração, ou mesmo funções matemáticas, relês para seu acionamento, aumentando a
como seno ou exponenciais. proteção do processador;
III. as entradas digitais do CLP são
Sobre as afirmações, está correto o barramentos que ligam a porta de entrada
contido em com o processador central, sem passar por
(A) I, apenas. qualquer interface.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas. Sobre as afirmações, está correto o
(D) II e III, apenas. contido em
(E) I, II e III. (A) I, apenas.
(B) II, apenas.
11) O CLP (Controlador Lógico Programável) (C) I e II, apenas.
é um tipo de dispositivo de controle que foi (D) II e III, apenas.
projetado para o ambiente industrial. (E) I, II e III.
Assinale a alternativa que apresenta uma
afirmação correta sobre o CLP. 13) Quando surgiu o Controlador Lógico
(A) As entradas e saídas do CLP são única e Programável - CLP?
exclusivamente utilizadas por sistemas que
enviam sinal digital. 14) Cite 3 vantagens que o CLP trouxe para
(B) O CLP conta com dois sistemas de a indústria.
segurança, um para o hardware que o
protege contra umidade, poeira, entre 15) Defina sensores, controladores e
outros, e um para a proteção do programa. atuadores.
(C) O CLP, devido aos seus sistemas de
segurança, não possui sistema de 16) Cite desvantagens do CLP com relação a
diagnóstico, pois a confiabilidade daqueles outros sistemas de controle.
sistemas é elevada.
(D) O CLP impossibilita a comunicação com 17) Quais são os componentes essenciais da
outros sistemas de controle para aumentar arquitetura de um CLP?
a segurança do programa inserido.
(E) O CLP é estruturado como um 18) O que é CPU, quais os seus componentes
processador e, como tal, apenas irá e qual a sua função?
verificar suas entradas e saídas somente
quando houver necessidade, não realizando 19) Qual a diferença entre a memória
um ciclo de varredura. executiva e a memória do sistema?
P á g i n a | 94
4 – LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO
4.1 INTRODUÇÃO
O CLP controla o processo por meio dos assim chamados atuadores e sensores conectados
nas saídas e entradas do CLP. Os sensores leem os parâmetros do processo controlado, já os
atuadores agem sobre o processo. Desta forma é possível ligar e desligar motores, estender ou
retrair válvulas ou acender e desligar lâmpadas.
O controlador lógico programável sempre realiza uma rotina cíclica que realiza as
seguintes funções, nessa ordem.
A figura a seguir ilustra a mesma lógica de programa representada por quatro linguagens
(Ladder, FBD, IL e ST).
A linguagem ou diagrama Ladder (Ladder Diagram) é uma das linguagens gráficas. A sua
criação foi baseada em diagramas elétricos com acionamento a relé. Está foi a primeira
linguagem que surgiu na programação de CLPs, pois como se assemelhava-se aos diagramas já
utilizados, evitava uma quebra de paradigma (um exemplo que serve como modelo; padrão), e
assim, permitindo a aceitação do produto no mercado consumidor. É a mais difundida e
encontrada em quase todos os CLP’s no meio industrial.
Uma boa compreensão do método de programação em linguagem Ladder, incluindo
blocos funcionais, é extremamente benéfica, mesmo quando se utiliza um CLP com outros
recursos, porque os diagramas Ladder são fáceis de usar e implementar e constituem uma
programação de linguagem de CLP poderosa.
Desvantagens:
Lógica de contatos:
Simbologia:
Os símbolos mais utilizados para representação da lógica com contatos e relés são
mostrados nas figuras abaixo, que ilustram os contatos elétricos Normalmente Abertos (NA) e
Normalmente Fechados (NF), respectivamente.
P á g i n a | 99
Contato Normalmente Aberto (NA). No estado de repouso não conduz. Só deixa passar
corrente se o contato for comutado (fechado)
Esta linguagem recebeu vários nomes desde a sua criação, entre eles diagrama do tipo
ladder, diagrama de contatos e linguagem de contatos.
A palavra ladder na linguagem inglesa significa escada, esta foi a nomenclatura
utilizada para está linguagem de programação, pois visualmente, um programa nessa linguagem
lembra uma escada. O Ladder é um desenho formado por duas linhas verticais laterais, que
representam as linhas de alimentação e entre essas duas linhas verticais são traçados
conexões com elementos do circuito em que cada lógica associada a uma bobina é chamada de
degrau (em inglês: rung).
Um degrau é composto de um conjunto de condições de entrada (representado por
contatos NA e NF) e uma instrução de saída no final da linha (representada pelo símbolo de
uma bobina)
O conjunto dos contatos que compõe um degrau pode ser conhecido como condição de
entrada ou lógica de controle.
As instruções de saídas, tais como bobinas e blocos funcionais (contadores,
temporizadores e outras com funções especiais), devem ser os últimos elementos à direita.
O objetivo é fazer com que o sinal lógico representado à esquerda chegue até às saídas
(bobinas) à direita. Isto, porém só ocorre quando as condições dos contatos que formam os
degraus forem atendidas.
P á g i n a | 100
Entradas (ou contatos): são digitais ou booleanas, apresentam dois níveis lógicos
dependendo se estão ou não acionadas. São as entradas (sensores) do CLP;
Saídas (ou bobinas): também são digitais ou booleanas, apresentam dois níveis lógicos
dependendo se estão ou não acionadas. São as saídas (atuadores) do CLP;
Blocos funcionais: que permitem realizar funções mais avançadas. Essas funções podem
ser combinacionais, matemáticas, contadores, temporizadores, entre outras.
Instrução Simbologia
Contato
Contato negado
Saída
Saída inversa
P á g i n a | 101
Saída set
Saída reset
Esta linguagem permite programar desde funções lógicas básicas até funções
matemáticas relativamente complexas.
Um degrau é verdadeiro quando o sinal lógico “1” chega até uma saída. Isto ocorre
quando os contatos permitem um fluxo do “sinal lógicol”. Ou seja, quando existir uma
continuidade do sinal lógico deste a barra da esquerda até atingir uma saída à direita.
Continuidade reversa: Quando os relés eletromecânicos são utilizados para implementar uma
lógica Ladder, o fluxo de energia pode ocorrer em qualquer sentido através dos contatos.
Repetição de uma mesma saída: Embora alguns modelos de CLP permitam que uma mesma
saída (bobina) seja repetida, é desaconselhável fazê-lo porque a repetição de uma saída em
degraus diferentes vai tornar muito confusa a lógica do programa e, por consequência,
dificultar o entendimento de quem assumir a manutenção desse programa. Recomenda-se,
portanto, que, uma bobina (saída) não seja repetida.
Ao ser fechado o contato físico de entrada (I1), a memória interna (M1) é energizada.
No entanto, um relé interno não está associado a nenhuma saída física, é somente uma posição
de memória. Supondo que se deseje utilizá-lo para ligar uma saída física, pode se utilizar um de
seus contatos lógicos para ligar a bobina Q1 que é associada esta sim ao módulo de saída.
Funções Gerais: As funções gerais consistem em funções lógicas, normalmente estudadas nos
cursos de Eletrônica Digital. Uma descrição mais detalhada de cada uma delas é representada
a seguir. Para a programação lógica, a representação que melhor se aplica ao entendimento das
funções é a Tabela Verdade.
A Tabela Verdade representa todas as combinações lógicas possíveis entre as entradas
e saídas. Para 2(duas) entradas na tabela é possível se codificar 4(quatro) linhas. Para 3(três)
entradas a tabela codifica 8(oito) linhas, seguindo sempre uma relação de 𝟐𝒏 , onde “n” é o
número de entradas.
a) Função “AND”: Nesta função a saída é ativada somente se todas as entradas estiverem
ativadas. Ao lado se encontra a simbologia em acordo com a norma técnica.
P á g i n a | 106
b) Função “OR”: Nesta função a saída é ativada se qualquer uma das entradas estiver
ativada.
c) Função NAND: Nesta função a saída é ativada sempre que uma das entradas for zero, ou
seja, a saída é nula quando todas as entradas estiverem ativadas. Observe que a diferença no
símbolo, comparando com a função AND, consiste em um ponto ou um quadrado no lado da saída
Q1 do bloco.
P á g i n a | 107
d) Função NOR: Nesta função, a saída é ativada, somente quando todas as entradas forem
iguais à zero, ou seja, a saída é nula sempre uma das entradas for ativada.
Abaixo estão representados exemplos da utilização das funções lógicas AND e NOR na
linguagem de blocos lógicos.
a) b)
LD I0 LD I0
OR I1
AND I2
ST Q1 OR I1
ST Q1
AND I2
Leitura da variável LD
Atribuição de valor ST
Leitura de variável negada LDN
Atribuição de valor invertido (NOT) STN
Operação “E” AND
Operação “E negada” ANDN
Operação “OU” OR
Operação “OU negada” ORN
Instrução de memorização (SET) SET
Instrução de desliga memória (RESET) RES
É uma linguagem textual de alto nível e muito poderosa, inspirada nas linguagens
PASCAL (linguagem científica) e BASIc, que contém todos os elementos essenciais de uma
linguagem de programação moderna, incluindo as instruções condicionais (IF – THEN – ELSE e
CASE OF) e instruções de iterações (FOR, WHILE e REPEAT). Como o seu nome sugere,
encoraja o desenvolvimento de programação estruturada, sendo excelente para definição de
blocos funcionais complexos, os quais podem ser utilizados em qualquer outra linguagem
estabelecida pelas normas técnicas IEC.
5 – LÓGICAS BOOLEANAS
5.1 INTRODUÇÃO
Lógicas Básicas: As lógicas básicas são aquelas que estão na base de toda e qualquer
programação. Elas podem ser divididas em duas funções lógicas principais: “AND”, também
conhecida como E ou série e “OR”, também conhecida como OU ou paralelo. Abaixo são
representados dois exemplos dessas lógicas básicas, na linguagem de programação Ladder.
A lógica binária possui apenas dois valores que são representados por: 0 (zero) e 1 (um).
A partir desses dois símbolos é construída então uma base numérica binária. Desses conceitos
foram criadas as portas lógicas, que são circuitos utilizados para combinar níveis lógicos
digitais de formas específicas.
Lógicas Booleanas: As lógicas booleanas utilizam as lógicas básicas para realizar outras
operações. A lógica booleana é também conhecida como álgebra de boole, e a partir delas pode
se realizar muitas outras funções.
Para o curso de CLP é necessário conhecer as portas lógicas básicas: AND, OR, NOT,
das quais derivam as portas NAND, NOR, XOR e EXOR.
Assim pode se afirmar que todas as funções lógicas combinacionais podem ser
desenvolvidas em programação e executadas por CLP’s, uma vez que todas derivam dos básicos:
NOT, AND e OR.
P á g i n a | 112
Para melhor entender a estrutura da linguagem e sua relação com os elementos físicos
de entrada e de saída em um CLP, alguns exemplos bem simples estão representados a seguir:
B1 L L = B1
0 0
1 1
O botão “B1”, normalmente aberto, está ligado a entrada, denominada aqui de, “I0.0” e
à lâmpada estão ligadas à saída “Q0.0”. Ao acionar “B1”, “I0.0” é acionado e a saída “Q0.0” é
energizada. Caso se queira que a lâmpada apague quando “B1” for acionado basta trocar o
contato normal aberto por um contato normal fechado, o que representa a função “NOT”.
B1 B2 L
L = B1 · B2
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
P á g i n a | 114
Exemplo 3: Outra operação básica é a operação “OR”, que corresponde à ligação em paralelo
de contatos:
A B Y
0 0 0 Y= A + B
0 1 1
1 0 1
1 1 1
A flexibilidade dos CLP’s é percebida neste momento, pois as alterações lógicas podem
ocorrer com grande facilidade, sem que sejam necessárias alterações do hardware ou inclusão
de componentes eletrônicos ou elétricos. Esta é a principal característica dos sistemas de
automação flexíveis e o que faz dos CLP’s ferramentas de grande aplicação nas estruturas de
automação. Além da linguagem de contatos, existem outras formas de programação
características de cada fabricante. Conclui-se então que os projetos de automação e controle
envolvendo CLP’s reduzem o trabalho de desenvolvimento do “hardware” dos circuitos lógicos
de acionamento, bem como os dispositivos e potência para acionamento de cargas e dos
atuadores, uma vez que podem ser escolhidos módulos de saída já prontos, adequados ao tipo
de carga que se deseja acionar.
LD I1 Leia a entrada I1
OR I2 Soma com a entrada
I2
OR I3 Soma com a entrada
I3
ST Q1 Armazene o resultado
na saída Q1
Programa Ladder
Programa Comentário
LD I1 Leia a entrada I1
AND I2 Produto com a entrada I2
ST M1 Armazene o resultado na memória M1
LD I3 Leia a entrada I3
AND I4 Produto com a entrada I4
ST M2 Armazene o resultado na memória M2
LD M1 Leia a memória M1
P á g i n a | 117
SOLUÇÃO:
P á g i n a | 118
SOLUÇÃO:
Resposta:
SOLUÇÃO:
Resposta:
P á g i n a | 119
SOLUÇÃO:
Resposta:
P á g i n a | 120
SOLUÇÃO:
Resposta:
Programa Comentário
LD I1
AND I2
ST M1
LD I3
ANDN
I4
ST M2
LD M1
AND M2
AND I5
ST M3
LDN I2
OR I6
ST M4
LD I3
AND M4
AND M3
ST Q1
P á g i n a | 122
Z=_____________________________
Z=_____________________________ e)
b)
Z=______________________________ Z=_____________________________
P á g i n a | 123
03) Desenhe o diagrama “Ladder” para 07) ITAIPÚ 2014 - A linguagem LADDER
realizar cada uma das lógicas propostas foi concebida como uma ferramenta gráfica
pelas seguintes expressões booleanas: para programação de Controladores Lógicos
Programáveis (CLP). De acordo com o
diagrama em linguagem LADDER
apresentado a seguir, considere as
seguintes afirmativas:
a) Padrões de fluxogramas.
b) Diagrama de estados e transições.
c) Circuito de comando elétrico.
d) Circuito eletrônico combinacional.
e) NDA.
Para a utilização do mapa de Karnaugh é necessário que se faça com o auxílio da tabela
verdade. A tabela verdade nos fornece uma saída "X” para cada combinação realizada entre
os valores de entradas "A" e "B".
Exemplo:
Portanto cada linha da tabela
verdade apresentará uma condição que
implicará em um estado de saída "X".
Utilizando como exemplo a seguinte
situação:
P á g i n a | 129
Passo 1
Passo 2
Representar onde a saída estava no nível lógico 1, pela sua expressão equivalente.
Passo 3
Posicionar cada saída da tabela verdade em que X for igual a um "X = 1" no quadrado.
P á g i n a | 130
Cada posição correspondente a "X = 1” da tabela verdade será preenchida com “bit” 1
(um) no mapa.
Passo 4
Note que no exemplo 4, não foi possível se formar um grupo, por quadrados
preenchidos em posições adjacentes.
Passo 5
Passo 6
Neste último passo realiza se a operação das variáveis onde os grupos estão
inteiramente inseridos, que corresponderá à expressão booleana simplificada.
Expressão minimizada.
Como pode se observar essa é a expressão de uma porta lógica "OU". Outro fato a ser
observado é que a expressão obtida diretamente da tabela verdade é visivelmente maior que a
expressão minimizada.
P á g i n a | 132
Passo 2
Visualize a expressão booleana para cada condição em que “X” for igual a um "X = 1".
P á g i n a | 133
Passo 3
Posicione cada saída da tabela verdade em que "X = 1" no quadrado correspondente
do Mapa de Karnaugh para três variáveis.
P á g i n a | 134
Cada saída correspondente a "X = 1" da tabela verdade estará preenchendo com bit
1 no mapa.
Passo 4
Passo 5
Passo 6
Neste último passo realizaremos a operação "OU" das variáveis onde os grupos estão
inteiramente inseridos, que correspondera a expressão booleana simplificada.
Não importa qual a operação lógica, ou muito menos qual o circuito digital que levou a
saída "X" assumir os valores lógicos apresentados na tabela.
Passo 1
Levantar as saídas para a condição em que a mesma foi para o nível lógico "1".
P á g i n a | 136
Passo 2
Efetuar a operação das saídas para cada condição em que "X = 1”.
Passo 3
Posicionar cada saída da tabela verdade em que "X = 1" no quadrado correspondente
do Mapa de Karnaugh para quatro variáveis.
P á g i n a | 137
P á g i n a | 138
P á g i n a | 139
P á g i n a | 140
Passo 4
Passo 5
Passo 6
Neste último passo realiza se a operação "OU" das variáveis onde os grupos estão
inteiramente inseridos, que corresponderá à expressão booleana simplificada.
P á g i n a | 141
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
SOLUÇÃO:
SOLUÇÃO:
P á g i n a | 142
3) Elaborar um diagrama “Ladder” em que a saída seja 1 para números de 4 bits menores ou
iguais a 5.
SOLUÇÃO:
Diagrama Ladder
4) Elaborar um programa CLP para controlar dois relés (R1 e R2), de tal maneira que, “R1” pode
atuar de forma independente e “R2” só pode atuar se “R1” estiver ligado, mas pode continuar
ligado após o desligamento de “R1”. Os relés são ligados a botoeiras “L1 e L2”, e são desligados
pelas botoeiras “D1 e D2”.
Sendo pela tabela verdade a seguir, a variável “A” representa “L1”. A variável “B”
representa “L2”. E a variável “C” representa “D1”. E a variável “D” representa “D2”.
Resposta: 𝑅1 =
Resposta: 𝑅2 =
P á g i n a | 144
EXERCÍCIOS PROPOSTOSOS
01) Agora de acordo com o mapa de “Karnaugh” abaixo encontre a expressão simplificada:
Z = _________________________________________
02) Agora de acordo com a tabela abaixo simplifique e escreva a expressão simplificada:
Z = ___________________________________________
P á g i n a | 145
03) Elabore um diagrama Ladder capaz de detectar números binários de 4 bits, que sejam
maiores do que 4 e menores ou iguais a 14. Depois retire a expressão booleana correspondente
e desenhe o diagrama “Ladder”.
04) Baseado na tabela abaixo apresente o programa Ladder equivalente, referente à menor
combinação lógica possível.
P á g i n a | 146
05) Uma máquina é controlada pelo esquema lógico apresentado a seguir, deseja-se instalar um
CLP em substituição ao circuito lógico. Obtenha o programa possível.
06) Em uma máquina industrial as suas saídas são acionadas dependendo da combinação de
seus sensores (entradas). A seguir têm-se uma tabela que apresenta as combinações de
entradas que acionam as saídas. Pede-se que faça uma programação em Ladder para controlar
as saídas dessa máquina nas seguintes condições:
07) Um técnico em laboratório químico possui quatro produtos químicos A,B, C e D, que devem
ser guardados em um outro depósito. Por conveniência, é necessário mover um ou mais produtos
de um depósito para outro de tempos em tempos. A natureza dos produtos é tal que é perigoso
guardar B e C juntos, a não ser que A esteja no mesmo depósito. Também é perigoso guardar C
e D juntos se A não estiver no depósito. Escreva uma expressão para a variável lógica Z
(suponha uma lâmpada) que seja acionada sempre que exista uma situação perigosa em qualquer
um dos depósitos. Projete o Diagrama de Contatos equivalente.
08) Uma prova de Acionamentos Industriais é composta por três questões: A, B e C com os
seguintes pesos: 30, 40 e 30%. A frequência do aluno em sala de aula também é necessária
para a sua aprovação. Construa um Diagrama de Contatos que indique se o aluno foi aprovado ou
não. Para a aprovação, é necessário que ele obtenha 75% de frequência nas aulas e 60% no
referido teste.
P á g i n a | 147
09) Projete um circuito lógico (Diagrama de Contatos) para acionar um relé , sempre que uma
ou todas as três chaves estiverem fechadas.
10) Elabore um diagrama de contatos para as combinações de quatro variáveis em que uma
lâmpada seja acesa sempre que um número de bits corresponda a um decimal que somado a ele
mesmo não exceda 21.
11) Uma Indústria química possui uma linha de produção manual, deseja-se automatizar o
sistema de monitoração de 3 tanques principais, para isso após estudos foram instalados:
Projete um sistema de alarme com a menor combinação possível, que deverá acionar uma
sirene quando a situação sair da normalidade.
Dados:
Sensor de temperatura:
Acima de 60ºC = 1
Normal = 0
Sensor de pressão:
Alta = 1
Normal = 0
Sensor de nível:
Normal = 1
Crítico = 0
Sirene acionada = 1
O projeto deverá apresentar:
a) Tabela Verdade.
b) Mapa de Karnaugh.
c) Equação Booleana.
d) Instalação elétrica.
e) Programa Ladder.
P á g i n a | 148
12)
P á g i n a | 149
Existem situações em que é necessário manter uma saída energizada, mesmo quando a
entrada venha a ser desligada.
No diagrama abaixo, observa se que o circuito permanecerá indeterminadamente ligado
após a entrada “I1” ter sido acionado pela primeira vez, pois ao ativar a saída Q1, o contato de
Q1 também será ativado. Desta forma a saída Q1 permanecerá ativada pelo seu próprio
contato. Por sua vez o contato Q1 também se manterá ativado pela sua própria saída. Ou seja,
o contato retém a saída e a saída retém o seu contato.
Tecnicamente, ocorre uma auto retenção ou também chamada de intertravamento ou
ainda simplesmente o sistema fica selado (saída memorizada no estado lógico = “1”).
O próximo programa tem prioridade para o desligamento, pois caso ambas as botoeiras
“I1 e I2” sejam simultaneamente acionadas, prevalecerá a saída desligada, uma vez que “I2”
abrirá.
Exemplo 10: Pretende-se controlar o funcionamento de um motor por meio de duas botoeiras
A e B. Quando A for pressionado momentaneamente (pulso), o motor deve ser ligado e assim
permanecer até que B seja pressionado também por um breve momento (pulso), quando então
deve desligar.
Através de uma entrada S a saída Q será setada (=1). Através de outra entrada R a saída
será novamente resetada (=0).
Diagrama de tempo:
Exemplo 11:
Detecção de borda é uma forma de determinar o momento em que a variável passa para
o nível lógico alto (detecção de borda de subida) ou para o nível lógico baixo (detecção de
borda de descida).
O programa capaz de realizar a detecção de uma borda de subida numa variável do CLP
utiliza-se do conceito de ciclo de varredura, pois a informação desejada ficará disponível por
apenas o tempo de um desses ciclos.
Exemplo 12: O exemplo abaixo representa tal tarefa. Quando “I1” é levado ao nível lógico alto,
“Q1” também sobe, pois o contato NF (Normalmente fechado) de “Q2” assim o permite.
Entretanto, a partir do segundo ciclo de varredura, “Q2” se torna alto, ocasionando a queda de
“Q1”. Como consequência, “Q1” ficou em nível alto durante um ciclo de varredura a partir do
instante em que “I1” subiu.
P á g i n a | 153
Exemplo 13: Uma aplicação prática do circuito acima é o acionamento de um contator e seu
desligamento por uma só botoeira.
cada impulso estando desligada, “Q3” liga por meio do ramo superior e, estando ligada, “Q3”
desliga pelo ramo inferior.
FUNÇÃO TEMPORIZADOR
A temporização começa quando o sinal na entrada I1 vai para o nível lógico igual a 1.
Quando isso ocorre, o registro que contém o valor acumulado ET é incrementado segundo a
base de tempo.
Se a entrada for desativada antes de decorrido o tempo programado (PT), a
temporização para e o tempo acumulado (ET) é reiniciado com o valor zero.
A variável “PT” recebe a parametrização do tempo que o temporizador vai atuar, deve
se também ajustar a base de tempo. Por exemplo, caso seja milissegundos deve se
ajustar os parâmetros de forma que ao final fique: “T=5ms”.
A variável “ET” mostra a contagem durante o processo de temporização. Esta é uma
variável do tipo timer.
A variável “IN” é a entrada, o que irá acionar a contagem.
P á g i n a | 155
A variável “Q” é a saída (booleana) que irá, por exemplo, utilizando TON, acionar depois
que passe os 5s.
Diagrama de tempo:
Exemplo 14: Deseja-se acender uma lâmpada sinalizadora de alarme durante 10s, quando uma
botoeira de emergência for acionada. Elabore um programa em linguagem Ladder que atenda a
esta situação problema.
P á g i n a | 156
Quando “I1” for acionada, energiza-se a saída “Q1”. Quando “I1” abrir, “Q1” se mantém
energizada pelo seu contato de selo e inicia-se a temporização de 5s . Decorrido esse tempo, a
saída é desenergizada.
Diagrama de tempo:
P á g i n a | 157
É o tipo de temporizador cujos contatos são com o pulso de disparo durante “T”
segundos ao que após ocorre sua desenergização.
Na situação inicial, somente “T002” está energizado, e após “T” segundos liga a saída
“Q1” e o temporizador “T001”. Após “T” segundos, “T002” é desenergizado, ocasionando a
queda de “Q1” e o desligamento de “T001”.
P á g i n a | 158
5.11 CONTADOR
O contador é um recurso bastante útil do CLP, por meio dos quais se torna possível
quantificar a ocorrência de eventos impulsionais no processo controlado. Os contadores
possuem recursos tais como, contagem crescente ou decrescente e definição de valores
prévios.
No processo de contagem, o valor de contagem é estabelecido pela instrução “SET”. Já,
a instrução “RES” zera a sua contagem. A cada pulso fornecido a bobina, seu valor de contagem
é decrementado. Abaixo, vê-se a sua programação e o seu comportamento:
Após o fio ter sido manualmente fixado no carretel, o operador pressiona a botoeira
“B” para início da bobinagem pelo acionamento do motor “M”. Cada carretel deve ser
preenchido com 150 voltas de fio e, a indicação de volta completa é feita pelo chanfro no
carretel que aciona o fim de curso “a”. Ao final da bobinagem, o motor deve ser desligado.
Assim, supondo que a botoeira “B” esteja conectada à entrada “I1”, que o fim - de –
curso “a” esteja conectado à entrada “I2” e que o motor “M” seja acionado por um contator
comandado pela saída “Q3”, um programa CLP capaz de efetuar tal controle é apresentado
abaixo:
Exemplo 16: Uma lâmpada deverá acender depois que ocorrerem três pulsos em uma chave. Ao
pulsar uma segunda chave, esta mesma lâmpada deverá apagar e voltar à condição inicial.
Implementar um programa LADDER para esta atividade.
P á g i n a | 160
5.12 EXERCÍCIOS
1) Comando de uma partida direta de um motor de indução trifásico
Onde:
I1 – Botão de Emergência
I2 – Contato fechado do relé térmico
I3 – Botoeira desliga (Pulso)
I4 – Botoeira Liga (Pulso)
Q1 – Bobina do contator
Problema proposto
Em uma escola, a campainha é controlada por um CLP acionando-a em determinados
horários por 5 segundos.
Operação
Por meio de um relé, integrado a um CLP, os horários são ajustados para o inicio das
aulas, intervalos e final das aulas. Pelo período da manhã, a campainha deverá tocar de segunda
a sexta-feira nos seguintes horários: 7h:30min.; 8h:20min.; 9h:10min.; 10h00min.; 10h:20min.;
11h:10min. e 12h:00min.
Componentes usados
CLP
Q1 Campainha
Obs: O sistema de campainha pode ser facilmente expandido: por exemplo, desligamento da
campainha durante as férias escolares.
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Problema proposto
Três esteiras transportadoras deverão ser controladas por um CLP para o transporte
de peças.
O sistema ligado aos transportadores fornece peças a cada 30 segundos. Cada peça
necessita de aproximadamente de 1 (um) minuto para trafegar sobre o transportador.
Como o sistema ligado aos transportadores pode provocar um tempo morto grande
(Intervalo de tempo entre o instante em que um sinal sofre uma variação qualquer
e o instante em que este começa a ser detectado pelo elemento sensor), as esteiras
deverão ser ligadas e desligadas automaticamente dependendo da presença ou não de peças a
serem transportadas.
Operação
O sistema é ligado pelo botão de LIGA na entrada I2 e desligado pelo botão de
DESLIGA
na entrada I1.
Cada uma das três esteiras é acionada por um motor (em Q1. Q2. Q3) e 3 (três)
sensores de proximidade detectam as peças em cada uma das esteiras (em I4, I5 e I6). Por
meio de um quarto sensor em I3, as peças no início da esteira 1 são detectadas (peças vindas
do sistema ligado às esteiras).
Quando o botão de LIGA é pressionado e existem peças a serem transportadas, as
esteiras são ligadas uma após outra (na sequência: esteira 1, esteira 2 e esteira 3). Se a
próxima peça demorar mais de 1 minuto para vir, as esteiras são desligadas uma após outra (na
sequência: esteira 1, esteira 2 e esteira 3).
Se o sistema ligado às esteiras não fornecer nenhuma peça dentro de 100 segundos,
haverá um tempo morto de 15 minutos, que será indicado por uma lâmpada em Q4.
Componentes usados
CLP
I1 Botão DESLIGA (Contalo NA)
I2 Botão LIGA (Contalo NA)
I3 Sensor para deteção de peças do sistema ligado às esteiras (Contalo NA)
I4 Sensor para deteção de peças na esteira 1 (Contalo NA)
I5 Sensor para deteção de peças na esteira 2 (Contalo NA)
I6 Sensor para deteção de peças na esteira 3 (Contalo NA)
Q1 Esteira 1
Q2 Esteira 2
Q3 Esteira 3
Q4 Lâmpada indicadora
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4) Painel de comando
Problema proposto
A figura abaixo ilustra um painel de comando constituído por um CLP com saídas a relés que
acionam contatores e lâmpadas. O diagrama mostra as conexões das entradas digitais de 0 a
24Vcc, do tipo “SINK” (com resistor de entrada para o terra) e também mostra as saídas do
tipo relé. As bobinas dos contatores e as lâmpadas sinalizadoras LR1, LR2 o LV e LRT operam
em 220 VCA. Todos os sinais de entrada apresentam lógica de atuação positiva, ou seja:
Botoeiras (LR1; LR2; LV; DR1; DR2 e DV) pressionadas correspondem a 24V aplicados a
entrada digital.
O Relé térmico quando atuado aplica 24V na entrada digital.
A sinalização deve:
Indicar se as cargas estão ligadas por meio das lâmpadas LR1, LR2 e LV;
Indicar se ocorreu sobrecarga no motor do ventilador por meio da lâmpada LRT.
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05)
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06)
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07)
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01) Na figura abaixo L é uma chave de acionamento momentâneo, P é uma chave de partida e
M1 é um motor elétrico. Um Controlador Lógico Programável comanda a ativação do motor, que
funcionará:
02) Dada a partida direta abaixo, desenhe o diagrama “em Blocos Lógicos”.
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04) Desenhe um programa em linguagem “Ladder” que execute o acionamento de uma partida
estrela triângulo. O circuito de comando é ilustrado no diagrama a seguir.
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05) Têm-se um botão push-button (mola) S1 para acionar e desacionar uma mesma carga C, ou
seja, cada vez em que o botão é apertado (borda de subida) o estado da saída se inverte. Faça
um programa em Ladder que realize esse acionamento.
06) Em uma localidade do interior, um proprietário decidiu instalar um tanque para a captação
da água da chuva para utilizar em sua propriedade. Esse proprietário lhe contratou para
realizar a programação do CLP que controla o tanque para que nunca falte água (Controle On-
Off).
Caso o tanque atinja o nível máximo de água, uma válvula de escape deve ser acionada
até que o sensor de nível máximo desligue;
Caso o nível de água baixar do nível mínimo, deve-se acionar uma válvula de
realimentação de água até que o tanque fique quase cheio.
08) Em uma fábrica, necessita-se que uma máquina seja acionada 3,2 segundos após ser
pressionada uma chave e funcione por um período de mais 5,8 segundos. Decorrido o tempo
pré-determinado, uma segunda máquina deverá ser acionada por tempo indeterminado.
09) Em outro processo, necessita-se que duas máquinas sejam acionadas, uma de cada vez,
alternadamente e de forma cíclica. A primeira deve ficar acionada por 2,8 segundos e a
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segunda por 3,7 segundos. Deve-se conter um botão que ligue o processo e um botão de
emergência que desligue o mesmo.
10) Refaça o exercício quatro, porém agora faça com que o motor atue na conexão estrela por
5 segundos e depois passe para triângulo. Pede-se que, entre as duas conexões ocorra um
intervalo morto de 0,5 segundo.
11) Um equipamento de solda a oxiacetileno possui uma eletroválvula “A” para via de acetileno
e outra “O” para via de oxigênio. Projete um programa que execute a seguinte sequência de
operação:
b. Uma ordem de parada através da botoeira ”D” desliga “O” e 2 segundos depois, desliga “A”.
12) Escreva um programa para um CLP controlar um sistema de reservatório composto de uma
válvula de entrada “P”, duas bombas (acionadas por M1 e M2), um alarme “AL” e quatro
sensores de nível (a, b, c, d), conforme esquema abaixo:
13) Elaborar um programa CLP, capaz de efetuar controle de uma prensa que é manejada por
dois operários (à 4 mãos). Cada um deles utiliza um atuador que exige o emprego de ambas as
mãos. A operação de prensagem realiza-se quando se põe em marcha um motor que está
comandado pelo contator “K1”. Por razões de segurança dos operários, foi decidida a seguinte
sequência de funcionamento:
recolocar suas mãos no contato, caso em que deverá repetir-se a manobra por ambos os
operários.
14) Deseja-se automatizar uma linha de produção através de sensores e um CLP. Nessa linha
têm-se uma esteira que transporta os produtos, para o bom andamento da linha de produção,
precisa-se realizar uma etapa de segurança, onde se o sensor ótico, de detecção de produtos,
não for acionado em um intervalo menor que 5 segundos a esteira deve parar. O religamento da
esteira será realizado de forma manual através de um botão pulsante. Faça um programa em
Ladder que realize essa etapa de segurança da linha de produção.
15) Elaborar um programa CLP para o processo industrial em que, uma esteira acionada pelo
motor E transporta garrafas de três tamanhos (pequena, média e grande) que sensibilizam três
sensores óticos “A, B e C”. O processo tem início quando a botoeira “L” é acionada, e é
interrompido pela botoeira “D”. A seleção do tipo de garrafa é feita a partir de uma chave
seletora de três posições (pequena, média e grande). Assim, caso, por exemplo, sejam
selecionadas garrafas grandes, a esteira deve parar e o alarme “AL” soar caso uma garrafa
pequena ou média seja detectada. Após a retirada da garrafa indesejada, o operador deve
religar o sistema em “L”.
16) Realize um programa em Ladder, onde quer que uma determinada máquina apenas seja
acionada se dois botões forem apertados ao mesmo tempo (comando bi-manual), com 0,3
segundo de tolerância. Esse é um sistema de segurança que pode ser utilizado em qualquer
máquina industrial para garantir que ela só seja acionada se o operador estiver com as duas
mãos em um local seguro.
17) Em uma cidade decide-se instalar dois semáforos em um cruzamento. Assim, decidem
contratar você para realizar a programação dos semáforos segundo a figura e tabela abaixo:
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18) A prefeitura de uma cidade deseja realizar um projeto em uma determinada rua. Nessa
rua necessita-se de um semáforo simples com um semáforo de pedestres. O semáforo deve
realizar as seguintes instruções:
Ligar a lâmpada verde por 10 segundos (estágio luz verde), depois ligar a lâmpada
amarela;
Ligar a lâmpada amarela por 5 segundos (estágio luz amarela), depois ligar a lâmpada
vermelha;
Ligar a lâmpada vermelha por 10 segundos (estágio luz vermelha), depois ligar a
lâmpada verde;
Caso o botão de pedestre (pulsante) for acionado e o semáforo estiver com a lâmpada
verde ligada, o semáforo deverá passar imediatamente para o estágio da luz amarela;
Quando o semáforo de pedestre está entre os estágios verde e vermelho, o mesmo
deverá piscar o vermelho (0,5 segundos) por 2 segundos.
19) Elabore um programa em linguagem Ladder para que o CLP ligue uma lâmpada (L1) quando o
numero de pulsos dados em uma botoeira de impulso (Liga) for igual a 3 (três) em um tempo não
superior a dez segundos. Se o tempo for maior que dez segundos, deve-se zerar o contador
automaticamente. Deve ser prevista uma chave de pulso (Desliga) para desligar a lâmpada.
20) Em uma linha de produção, uma das etapas é a separação de peças pequenas, médias e
grandes. Essa etapa, até então, era feita de modo manual. Porém, para aumentar a
produtividade deseja-se automatizá-la. Para isso, instalou-se um sistema com três sensores
ópticos, que detectam o tamanho do produto, três sensores de posição e três atuadores do
tipo pistão pneumático, pois cada tamanho será empurrado para sua respectiva caixa. Os
sensores ópticos não serão acionados necessariamente ao mesmo tempo. Depois que os
sensores detectam o tamanho correto da peça, essa deve seguir na esteira até a posição
correta, para depois o pistão ser acionado (para frente) e empurrar a peça para sua devida
caixa. Antes de religar a esteira, o pistão deve recuar. Esse processo pode ser visualizado na
figura a seguir.
21) Realize um programa em Ladder que conte peças através de um sensor de contato
normalmente aberto (NA). O contador deve contar até 10 e acionar uma saída e zerar o
contador.
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22) Com base no exercício anterior, faça agora, que o contador seja zerado após ter passados
3 segundos do final da contagem e recomece a contar automaticamente.
24) Quando o botão de Início é acionado, o motor (M) se move da esquerda para direita.
Quando o sensor de posição SP2 detecta o motor, o motor aguarda cinco segundos, então se
move para esquerda. Quando o sensor SP1 detecta o carro, ele para, finalizando a sequência. O
processo pode ser interrompido a qualquer instante se o botão de Parada for pressionado.
Represente o processo descrito utilizando a linguagem Ladder.
Prensa Industrial
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26)
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27) Em sistemas de controle de nível de água de caldeiras, conforme o vapor vai sendo
perdido externamente na tubulação, há a necessidade de injetar água na caldeira para que o
nível se mantenha sempre em um mínimo aceitável, evitando danos em virtude de falta de água.
A figura abaixo contém um diagrama de controle de nível de água de uma caldeira. O CLP
aciona a bomba de alimentação de água (3) e a válvula de controle de alimentação de água (2)
sempre que o sensor de nível capacitivo (1) deixar de detectar a presença de água na sua
haste. Elabore a lógica necessária em Ladder para fazer este controle.
28) Elabore um programa em linguagem Ladder para contar o número de caixas que passa pelo
sensor (S1) em uma esteira transportadora. Após 4 (quatro) caixas terem sido detectadas pelo
sensor, uma lâmpada (L1) deve ser acionada para que o fardo de caixas seja fechado.
Neste ponto, o processo é interrompido para que o fardo seja transportado. O
processo é reiniciado quando a botoeira (BT1) for pressionada.
Quando o total de caixas que passaram pelo sensor for igual a 20 (vinte), o processo
para e outra lâmpada (L2) é acionada para que o lote seja fechado. Tudo reinicia quando BT1
for pressionada novamente.
Obs: Se BT1 for pressionada acidentalmente no meio do processo, nada deverá
acontecer. Também, o sistema deverá conter uma botoeira de emergência (BT2). Quando for
pressionada, tudo para instantaneamente.
29) O alarme (AL) de uma casa é ativado por um sensor de movimento (M) ou por um sensor de
abertura de uma janela (J). O sensor M ativa o alarme quando detecta a presença de pessoas.
O sensor J ativa o alarme quando a janela for aberta. Há ainda uma botoeira (B) para ligar ou
desligar o alarme. Supondo que o alarme deve ser acionado por 10s e depois desligar
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30) Uma Indústria instalou uma linha de encaixotamento de maçãs representada na figura
abaixo. Para operacionalizar o sistema precisa instalar e programar um Controlador Lógico
Programável. Desenvolva um programa para atender as seguintes condições:
6 - GRAFCET
6.1 INTRODUÇÃO
Os diagramas “ladder” (ou diagramas de contato) usados para representar a lógica dos
sistemas de comando, são utilizados para sistemas de controle de lógica combinacional, onde as
saídas dependem das condições de entrada.
Para problemas em que as ações de comando são sequenciais, ou de tempo dependente,
a metodologia usada para descrever estes sistemas incluem fluxogramas, redes de Petri,
diagrama trajeto passo e Grafcet, além de outros. Os primeiros geralmente utilizam programas
de computadores com linguagem de alto nível, o que é inviável na solução de problemas de
automação.
O gráfico funcional de comandos Etapa – Transição, ou Grafcet torna-se mais viável
para modelamento de sistemas automatizados devido à facilidade de interpretação que
apresenta.
O Grafcet originou na França em 1977, por um grupo de pesquisadores e gerentes
industriais envolvidos com sistemas discretos de grande complexidade.
Denominada também como linguagem SFC (Sequential Function Chart), o Grafcet tem
mais a ver com uma técnica de programação do que com uma linguagem propriamente dita.
Inicialmente foi desenvolvida para modelar lógicas de controle baseadas na sequência temporal
de eventos de processo.
Mais tarde, os construtores de CLP e produtores de software escolheram o Grafcet
como a linguagem de entrada para controle sequencial booleano e propuseram modificações em
computadores e controladores.
O Grafcet é, em particular, uma ferramenta bastante útil ao projetista na
especificação de projetos de automatização.
Arcos orientados: indicam a sequência do Grafcet pela interligação de uma etapa a uma
transição e desta a outra etapa sucessivamente. A interpretação de sentido normal é de cima
para baixo, sendo que em casos diferentes deste, é recomendável a indicação com flechas para
orientação de sentido.
Ação: as ações representam os efeitos que devem ser obtidos sobre o mecanismo
controlado em uma determinada situação. Em outros casos, pode representar uma ordem de
comando.
6.2.7 MEMORIZADA (S ou R)
Uma ação cujo comportamento seja como a descrita anteriormente pode ser ainda
modelada por elementos de memorização. Neste caso, utiliza-se uma ação específica para ligar
(SET) o elemento comandado, e outra ação para desligá-lo (RESET).
P á g i n a | 181
6.2.8 TEMPORIZAÇÃO
Essa situação corresponde ao conjunto de etapas que deve estar ativo quando do início
de funcionamento do sistema de comando, devendo ser composto por pelo menos uma etapa. Tal
situação irá, então, definir o comportamento inicial do sistema em relação ao mecanismo
controlado. Uma etapa ativa na situação inicial deve ser grafada por meio de um quadrilátero
duplo para diferenciá-la das demais etapas do GRAFCET.
P á g i n a | 182
A situação inicial corresponde então, à passagem de uma situação em que nenhuma etapa está
ativa par outra em que pelo menos uma etapa está ativa.
A evolução do GRAFCET de uma situação para outra situação corresponde à ocorrência de
uma transição que acontece quando:
a) Essa transição estiver válida e;
b) A receptividade associada a essa transição estiver verdadeira.
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É uma estrutura que segue uma sequência de maneira que a fase seguinte depende da
fase anterior.
Exemplo 1:
Onde:
Botoeira para abrir – I1
Sensor de fim de curso FC1 – I2
Sensor de fim de curso FC2 – I3
Ação
Portão vai para a direita – Q0
Portão vai para a esquerda – Q1
Transição
Entre as etapas 0 e 1 – MA
Entre as etapas 1 e 2 – MB
Entre as etapas 2 e 3 – MC
Etapa
Etapa 0 – M1
Etapa 1 – M2
Etapa 2 – M3
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Exemplo 2:
Observa-se que se trata de uma sequência linear de seis etapas. A etapa inicial não
tem ações específicas, senão apenas a de aguardar a autorização de funcionamento por
parte da chave PTD. Vê-se ainda que as ordens de acionamento das eletroválvulas EV2 e
EV4 repetem-se por mais de uma etapa, que é um procedimento aceitável na modelagem,
mas que poderia também ser modelado utilizando-se ordens do tipo S e R.
Sendo assim desenhe o grafcet de 2ª ordem para o problema acima e o seu programa
“ladder” respectivo.
P á g i n a | 187
Uma estrutura com seleção entre sequências é utilizada quando uma determinada
sequência deve ser executada em detrimento de outras que serão desviadas. Tal situação é
graficamente representada por um elemento denominado divergência em OU. Neste caso, a
divergência seletiva deve ser obrigatoriamente, antecedida por uma etapa e,
obrigatoriamente, sucedida por sequências iniciadas com transições. Para o caso em que
duas transições possam ocorrer simultaneamente, o Grafcet deve ser interpretado de
maneira tal que a sequência mais à esquerda terá prioridade de execução.
No caso do Grafcet a uma estrutura linear, sua representação gráfica é feita por
um elemento denominado convergência OU. Uma convergência seletiva deve ser
obrigatoriamente, sucedida por etapa, e precedida por sequências finalizadas por
transições.
Exemplo3:
Um sistema de carro para transporte de peças deve servir dois grupos de operários
em diferentes posições (B e C), conforme figura abaixo. Se um operário localizado em B
pressionar a botoeira P1, o carro deve efetuar o trajeto ABA. Se um operário localizado em
C pressionar a botoeira P2, o carro deve efetuar o trajeto ACA. Os comandos, só serão
aceitos se o carro estiver na posição de repouso (A). O acionamento do carro é feito por
M1 para a esquerda e M2 para direita. O atuador V1 controla o destino do carro, sendo que
quando V1 = 0 implica que o carro vai para C, e V1 = 1 implica que o carro vai para B.
P á g i n a | 188
Exemplo 4
Exemplo 5
6.6 PARALELISMO
Quando duas ou mais sequências num GRAFCET devem ser executadas ao mesmo
tempo é utilizada uma estrutura chamada paralelismo. É por exemplo utilizado na
modelagem de mecanismos independentes pertencentes ao mesmo sistema comandado, e
que devem ter suas atividades concluídas para que o processo continue.
Exemplo 6:
Portão A
P á g i n a | 195
Portão B
Exemplo 7
Por motivos de segurança, uma guilhotina de comando manual, mas movida por um
motor elétrico necessita de uma sequência bem determinada para a sua correta operação.
Para funcionar é preciso pressionar a botoeira (B1 – pronto) e em seguida, num
tempo que não pode exceder os 10 segundos, pressione as botoeiras (B2 - mão_esquerda) e
(B3 - mão_direita) simultaneamente [por simplicidade, considere que o tempo conta a
partir do momento em que a botoeira B1 for pressionada]. Apenas nessa situação a lâmina
inicia efetivamente o movimento de CORTE. Uma vez atingido o fim do corte, é necessário
LEVANTAR a lâmina durante 2 segundos. Elabore um programa para um CLP aplicando o
método Grafcet.
Todos os sensores são iguais e na presença de líquido a sua saída apresenta um estado
lógico igual a 1 (um). A bomba de enchimento pode funcionar com duas velocidades, enchimento
rápido (ER) e enchimento lento (EL).
A folha de requisitos apresentada refere alguns modos de funcionamento:
O enchimento deve iniciar-se quando o nível de líquido desce abaixo do nível mínimo.
Durante o enchimento, quando o nível de líquido atingir o sensor de quase, a taxa de
enchimento deve diminuir para (EL) e este funcionamento pode durar no máximo 1 segundo.
Em qualquer situação em que o sensor de nível cheio for ativado, o enchimento deve
parar.
5. Semáforo
Considere um hipotético cruzamento entre duas ruas, ambas de sentido único onde
semáforos automatizados para automóveis estão instalados. As entradas do sistema são
CARRO_H (horizontal) e CARRO_V (Vertical). As saídas são VERDE_H, AMAR_H, VERM_H
para o semáforo horizontal; existem outras três saídas “_V” para o semáforo vertical e para
ambas as vias sinais de Pedestre_VM e Pedestre_VD.
6. Banho de desengraxe
7. Engarrafadora de bebidas
8. Alimentador de Grãos
Uma Cooperativa agrícola possui um sistema de silos utilizado para manter um processo
de transporte de esteiras sempre alimentado. Para tal um silo de grãos alimenta outros dois
conforme a figura abaixo:
O Damper Y1 do silo 1 despeja uma batelada de grãos no desviador até que o detector
de nível máximo do silo que está sendo carregado seja atingido (S2máx ou S3máx) ou até ser
atingido o nível mínimo no Silo 1 (S1mín). O Damper Y1 é aberto novamente quando o nível
mínimo de um dos dois silos (S2mín ou S3mín) for atingido. O Damper Y2 é ativado/desativado
pelo sensor de mínimo dos silos de carregamento direcionando-o para este silo.
Após construir uma lógica que atenda as especificações, adicione a seguinte condição:
Ao atingir o nível máximo, do silo que estava sendo carregado, o dumper Y1 deve fechar, mas o
motor correspondente deve continuar ligado por 20 segundos, para que não restem grãos sobre
a esteira. Somente após o motor que estava ligado desligar (esteira parar), é que deve se
voltar a alimentar os silos conforme a necessidade.
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9. Misturador de Tintas
A figura abaixo mostra um misturador usado para fazer cores personalizadas de tinta.
Possuem dois encanamentos entrando no topo do tanque, fornecendo dois ingredientes
diferentes, e um único encanamento no fundo do tanque para transportar a tinta misturada
finalizada. Nessa aplicação você vai controlar a operação de preenchimento, monitorar o nível
do tanque, e controlar o misturador e o período de aquecimento. Seguir os passos 1º até o 7º
listados abaixo.
1º passo – Monitore o nível do tanque, utilizando dois sensores de nível. Um para detectar o
nível mínimo “Low level” e outro para detectar o nível máximo “High-Level”.
2º passo – Encha o tanque com o primeiro ingrediente até atingir “Low level”.
3º passo – Encha o tanque com o segundo ingrediente até atingir “High level”.
(a utilização do 1º ou do 2º ingrediente são independentes).
4º passo – Cada bomba ( Pump 1 e Pump 2) possui um painel de comando independente para ligar
(Botoeira NA) e para desligar (Botoeira NF). Ao iniciar o processo de mistura, a partir de uma
das botoeiras “Start”, a primeira máquina bombeia um dos ingredientes até atingir o nível
mínimo. Ao atingir o nível mínimo a bomba desliga, acionando a outra bomba que deve adicionar
o segundo ingrediente até atingir o nível máximo.
5º passo – Com o tanque cheio, uma válvula de vapor, para aquecimento do material, e o motor
do misturador são acionados por um período de 1 (um) minuto.
6º passo – Com a mistura finalizada e aquecida, uma válvula de drenagem ("Drain Valve") é
aberta e o motor de uma bomba de drenagem ("Drain Pump") retira o material processado do
tanque.
7º passo – Crie também um modo de contar quantas vezes este processo (descrito do 1º ao 7º
passo) é realizado por completo.
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