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02/04/2019 8 perguntas para lidar com o consumidor de amanhã

O que você quer aprender hoje?  CONTEÚDO  

8 perguntas para lidar com o


consumidor de amanhã
em Marketing e Vendas

Publicado no dia 04/10/2018


Se você é um líder empresarial, precisa ir se preparando
para as prováveis mudanças de comportamento das
pessoas no futuro
Sinopse: O estudo é de autoria de Andrew Cosgrove e Kristina Rogers, da área de análises globais de bens de
consumo e varejo da consultoria EY,sediados respectivamente em Londres, Reino Unido, e em Chicago, EUA.


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 

Estudo EY

Como será o consumidor em cinco ou dez anos? Que fatores serão


determinantes para seu comportamento? Alguns até podem ser previstos
– mudanças demográficas, por exemplo –, mas outros nem no radar
estão.

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Na visão da EY, já é possível entender as oito tendências relativas a


consumidores finais que mais transformarão os diferentes segmentos de
negócios B2C. E, com base nesse entendimento, você já pode ir se
perguntando: diante das mudanças, como vamos criar e capturar valor?

Um divisor de águas é que os consumidores já podem usar a avalanche de


dados disponíveis para monitorar continuamente tudo que fazem e se
aprimorar. Isso lhes dá a sensação de controle sobre seu destino e os
ajuda a definir o que cada um decide ser, no trabalho e em casa. O
desafio das empresas é como influenciar consumidores que se sentem tão
no controle de suas vidas.

E se o alvo dos esforços de engajamento das empresas não for mais os


consumidores? Provavelmente não será. Cada consumidor deve ter um
robô a seu lado em todos A maior parte do que as pessoas compram
atualmente ainda requer algum nível de escolha consciente. No entanto, à
medida que os robôs e os equipamentos e sistemas das casas se tornem
mais inteligentes, eles próprios completarão muitas transações. Os
consumidores receberão produtos relevantes e competitivos, do ponto de
vista dos preços, por meio de plataformas tecnológicas que servem como
pontos de acesso a ecossistemas de compras. Essas plataformas usarão
inteligência artificial e machine learning para lidar com enormes
quantidades de dados e, assim, prever e antecipar o comportamento de
seus clientes. Isso levará a um movimento de desintermediação de
transações, de pagamentos e outras etapas. Com o passar do tempo, o
engajamento será polarizado: uns consumidores serão indiferentes em
relação à maioria dos produtos e serviços; outros vão se apegar a alguns
poucos produtos. Na maioria dos casos, com as tecnologias de uso
pessoal, as empresas terão condições de avaliar de que produtos os
lugares, sempre que precisar, auxiliando-o nas tarefas do dia a dia – onde
comer, onde fazer exercícios, como se divertir e como avançar na carreira
profissional. Isso obrigará as marcas a se reinventar.

Como parte de seu programa FutureConsumer.Now, a EY identificou oito


perguntas que os líderes devem começar a se fazer por conta de oito
forças que vão determinar como será o futuro consumidor.

1- O que acontecerá quando o consumidor não precisar mais ir a lojas


para adquirir produtos?

A maior parte do que as pessoas compram atualmente ainda requer algum


nível de escolha consciente. No entanto, à medida que os robôs e os
equipamentos e sistemas das casas se tornem mais inteligentes, eles
próprios completarão muitas transações.

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Os consumidores receberão produtos relevantes e competitivos, do


ponto de vista dos preços, por meio de plataformas tecnológicas que
servem como pontos de acesso a ecossistemas de compras. Essas
plataformas usarão inteligência artificial e machine learning para lidar com
enormes quantidades de dados e, assim, prever e antecipar
o comportamento de seus clientes.

Isso levará a um movimento de desintermediação de transações, de


pagamentos e outras etapas. Com o passar do tempo, o engajamento será
polarizado: uns consumidores serão indiferentes em relação à maioria dos
produtos e serviços; outros vão se apegar a alguns poucos produtos.

Na maioria dos casos, com as tecnologias de uso pessoal, as empresas


terão condições de avaliar de que produtos ou serviços os consumidores
precisam, quando precisam e onde é melhor comprá-los – não apenas
para encontrar o melhor preço, mas também a fim de identificar marcas
e fornecedores que estejam alinhados com os valores desses clientes.

A tendência é que as pessoas passem a confiar nessas tecnologias


intermediárias para selecionar as melhores opções e fazer a compra em
seu nome. Hoje, 47% dos consumidores dos EUA já se dizem abertos à
ideia de comprar produtos por um chatbot (software que simula a fala
humana e é capaz de bater papo com pessoas). E cerca de metade dos
norte-americanos se mostram dispostos a compartilhar informações
pessoais para obter negócios mais vantajosos.

O ato de compra mais automatizado será uma atividade bem diferente do


que ir a uma loja. E também a experiência de loja mudará, pois as pessoas
só irão comprar pessoalmente algumas marcas seletas. A maioria dos
produtos de consumos passará por um processo de comoditização e o
comércio mudará para sempre.

2- O que acontecerá quando os estilos de vida tomarem o lugar dos


produtos?

Com surgimento da economia “gig” de trabalhos temporários, de uma


base de consumidores mais nômade e do crescimento das megacidades,
as pessoas continuarão se afastando do hábito de possuir coisas. Em vez
disso, confiarão nos serviços on-demand para atender a suas
necessidades – imediatas e/ou no tempo certo. As empresas terão de ser
um reflexo das novas formas de viver e trabalhar.

Atualmente, empresas como Spotify e Uber fornecem acesso a ativos e


experiências, com base de assinatura e pagamento por uso, que as
gerações anteriores tinham de “comprar”. Com isso, os consumidores
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estão se acostumando a esse modelo e à conveniência que ele


proporciona. Esperam que tudo seja flexível e focado em suas
necessidades. O relacionamento com as marcas,e entre os clientes, já está
mudando.

No futuro, esse modelo se aplicará a um arco mais amplo de produtos e


serviços. Mesmo os espaços em que as pessoas vivem e trabalham serão
permeáveis a mudanças que reflitam as necessidades de momento.
Quando possuírem menos coisas e se tornarem menos sobrecarregados
pelas responsabilidades dos lugares que ocupam, todos serão capazes de
se mudar, ou mesmo de trocar de cidade, com mais facilidade.

Qual a consequência? Os padrões globais de consumo mudarão. A


Organização das Nações Unidas prevê que, por volta de 2030, as áreas
urbanas serão projetadas para abrigar 60% dos habitantes em todo o
mundo. Uma em cada três pessoas vai viver em cidades.

3- O que acontecerá quando a saúde (e não a doença) for o padrão?

Hoje, é preciso se esforçar de forma consciente para levar uma vida


saudável. De um programa de atividades físicas aos hábitos de ler os
rótulos dos produtos em busca de informações nutricionais, são as
pessoas que ainda precisam cuidar de si mesmas. As poucas tecnologias
voltadas aos cuidados com a saúde disponíveis são muito limitadas.

No futuro, uma vez que se estabeleçam relações de confiança com


empresas para o compartilhamento de dados, as pessoas poderão se
conectar a uma infraestrutura sofisticada de tecnologias capaz de
monitorar, de forma ativa e automática, seu estado de saúde, atuando
para manter e melhorar o bem-estar de cada um. Ninguém vai
precisar pensar nisso.

Desde os primeiros anos de vida, as crianças terão o futuro de sua saúde


mental e física mapeado por meio de análises detalhadas do genoma. Tal
mapa será atualizado sempre, acompanhando o crescimento delas, com
suas necessidades nutricionais e as atividades físicas que praticam. Os
serviços e os produtos que consomem se adaptarão à evolução do estado
de saúde.

As pessoas também vão comer algo que parece tão suculento quanto um
bonito bife, e com o mesmo gosto, mas que será, na verdade, um
impressão 3-D de proteínas, com vitaminas e nano-medicamentos
desenvolvidos especialmente para seus respectivos organismos.

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O governo dos Estados Unidos já está gastando US$ 1,2 bilhão por ano
para financiar pesquisas de nanotecnologia. No futuro, serão bastante
comuns os chamados “produtos paradoxais”, que parecem comida normal
mas carregam funções benéficas invisíveis.

As necessidades físicas, as atividades sociais, o planejamento de refeições


e as terapias preventivas serão integradas e personalizadas em cada
dimensão da vida das pessoas, promovendo o aprimoramento pessoal. E
isso tudo será parte de uma experiência simples de consumo, baseada em
um sistema inteligente e em permanente evolução.

4- O que acontecerá quando a análise de dados passar a determinar o


que cada um come?

O que e como as pessoas comem é um processo complexo e muitas


vezes envolvido em certo grau de incerteza. Não se sabe ao certo de onde
vem a comida ingerida no dia a dia e qual o caminho que ela percorre até
o prato. Mas no futuro não será assim. Uma mudança significativa
acontecerá.

A ideia do que é uma boa refeição vai mudar à medida que a tecnologia de
blockchain torna possível o surgimento de um sistema de alimentação
completamente transparente. O impacto ambiental de cada escolha
alimentar ficará claro, por exemplo, resultando em refeições com menos
carne e muito mais alimentos baseados em verduras e legumes.

Todos vão aprender muito mais sobre nutrição, sobre o corpo humano e
sobre o impacto dos diferentes tipos de dieta sobre a saúde, o bem-estar
e o meio ambiente.

A partir de dados confiáveis sobre como o corpo está se comportando em


qualquer momento do dia, será possível comer e beber produtos
personalizados para satisfazer as necessidades alimentares únicas e
específicas de cada um.

No cenário atual, a maioria das pessoas tem de escolher entre sabor,


conveniência e benefícios. Os consumidores do futuro, porém, não
precisarão lidar com esse tipo de decisão. Poderão comer e beber
produtos que sejam ótimos para a saúde e convenientes para a correria
cotidiana, que tenham um gosto fantástico e reflitam os valores éticos
individuais.

Uma pesquisa recente, realizada em todo o mundo, indicou que


aproximadamente 90% dos consumidores estariam dispostos a pagar um

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preço premium por produtos com benefícios adicionais para a saúde e o


bem-estar.

5- O que acontecerá quando a tecnologia se tornar realmente in visível?

Os recursos tecnológicos que as pessoas utilizam atualmente se tornaram


mais interativos e melhor integrados à vida cotidiana. Mas todos ainda têm
plena consciência de quando estão usando-os.

No futuro, os consumidores vão perceber muito menos a tecnologia ao


redor deles, pois muitos dos serviços e equipamentos de que dependerão
vão se tornar invisíveis. Será um mundo em que as informações, as
tecnologias e os dados estarão plenamente integrados, removendo as
tensões e agregando valor para os clientes.

Com cerca de 20 bilhões de “coisas conectadas”, de acordo com as


estimativas para 2020, muitas das interações tecnológicas que as pessoas
experimentam hoje vão se dissipar. Não será mais necessário carregar
consigo documentos pessoais, cartões de banco e chaves de casa; cada
serviço poderá ser personalizado e adaptado para um contexto específico.
E essa mudança de paradigma terá um impacto de grandes proporções.

Levantamentos recentes sugerem que 10% do PIB mundial estarão


armazenados em blockchains em 2027. Os custos para os negócios, os
governos e outras organizações podem cair significativamente, e novos
tipos de produtos e serviços ser tornarão possíveis. As empresas serão
capazes de otimizar a cadeia de suprimentos de modo impensável
atualmente.

Para que esse nível de integração aconteça, sem a formação de


monopólios verticais, diferentes plataformas terão de funcionar de
maneira colaborativa e trocar informações entre elas, em frações de
segundo. Interações automáticas terão de se tornar processos altamente
inteligentes. A noção de competição vai mudar radicalmente. As pessoas
deverão aprender a confiar na inteligência artificial para que
tome decisões no lugar delas.

6- O que acontecerá quando a vida for “gamificada”?

O trabalho pode ser divertido e os jogos podem demandar trabalho duro,


mas essas duas dimensões geralmente são vistas como coisas distintas.
Encontrar o equilíbrio certo entre elas é um objetivo visto nos dias de hoje
como parte essencial do bem-estar. Para muitos consumidores do futuro,
no entanto, essas duas dimensões tenderão a se fundir em uma só:
criatividade produtiva.
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Jovens que vivem atualmente em países com uma forte cultura de games
passam, em média, 10 mil horas jogando online, aos 21 anos. Tanto tempo
quanto dedicam à educação formal.

A realidade aumentada e a realidade virtual se tornarão parte interativa da


vida diária, com a oferta de conteúdo, mídia, games e entretenimento. À
medida que as tecnologias vão fi cando mais complexas e relevantes, as
experiências dos usuários tenderão a evoluir para a gamificação de
comportamentos rotineiros, transformando o que é corriqueiro em
espetacular.

A mídia vai se fundir ao e-commerce, conforme as “experiências de


marca” se convertam cada vez mais em fonte de entretenimento. Grande
parte do conteúdo digital será criado pelos próprios consumidores do
futuro.

Todo mundo vai se tornar produtor: remixando conteúdo e editando suas


experiências para divertir os outros. Já se observam micro-influenciadores
que transformam seus interesses particulares em valiosas fontes de renda.
Eles fazem parte da primeira onda.

Cada futuro consumidor deverá encontrar uma vocação e um espaço em


que esteja pronto a se tornar “virtualmente presente”, dia e noite.

7- O que acontecerá quando as pessoas não tiverem mais empregos?

A ideia de “emprego para a vida” acabou. Cada vez mais, o trabalho será
fragmentado. A própria natureza do trabalho está mudando na essência.

Estima-se que 65% das crianças que começaram a estudar este ano terão
empregos que não existem atualmente. E 57% dos trabalhos nos países da
OCDE correm o risco de serem substituídos pela automação.

Os consumidores do futuro desenvolverão uma forma completamente


nova de carreira profissional, conduzida por um arco eclético de
experiências de trabalho, que vão se combinar a fi m de atender às
necessidades pessoais e financeiras de cada um. Em vez de ser um
potencial empregado, em uma força de trabalho com tarefas
preestabelecidas, mais e mais pessoas se tornarão prestadores de serviço
ou freelancers que formarão plataformas de “redes cognitivas”.

Essas plataformas utilizarão a inteligência artificial e dados dos usuários


para combinar projetos e pessoas, como base no expertise, no tempo e na
expectativa de remuneração. Promoverão o desenvolvimento pessoal e,

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ao mesmo tempo, serão capazes de gerenciar processos administrativos,


como pagamento, recolhimentos de impostos e recursos humanos.

Tecnologias como a realidade virtual e os robôs possibilitarão que as


pessoas sejam eficientes remotamente. Os futuros consumidores, porém,
irão frequentemente escolher compartilhar ambientes de trabalho a fi m
de manter relacionamentos sociais e profissionais.

Os empregadores conseguirão assumir uma grande variedade de tarefas


e, ao mesmo tempo, reduzir os custos administrativos. Os governos, por
sua vez, vão colaborar com as plataformas de “redes cognitivas”
para garantir os direitos dos trabalhadores, regular a economia e
implementar sistemas automatizados de cobrança de impostos.

8- O que acontecerá quando se locomover ficar muito fácil?

Os urbanistas falam há décadas de uma infraestrutura integrada de


transportes. Mesmo assim, a maioria dos cidadãos ainda enfrenta um
sistema confuso para ir de um ponto a outro, além de congestionamentos
e atrasos do transporte público.

Os consumidores do futuro utilizarão serviços de transporte mais bem


conectados e responsáveis do ponto de vista ambiental. A infraestrutura
será adaptada para refletir os padrões de locomoção dos usuários.

Os cidadãos terão o controle dos dados deles e serão capazes de utilizá-


los para se moverem de forma mais tranquila entre os diversos modais de
transporte disponíveis, dentro da cidade ou na área metropolitana. O
mesmo se aplica às empresas que transportam bens.

Esse tipo de troca de informação possibilitará que as cidades façam a


gestão dos fluxos de tráfego rapidamente. As autoridades da área poderão
compreender os padrões de locomoção em tempo real, adaptando as
ferramentas disponíveis para administrar as necessidades das pessoas de
forma eficiente.

Se um em cada quatro carros for autônomo em 2030, vai aumentar o


número de veículos que poderão estar na rua ao mesmo tempo. De forma
semelhante, se mais profissionais atuam em horários e locais flexíveis, a
pressão dos horários de pico também tenderá a diminuir.

Com a maior consciência de como a locomoção de uma pessoa depende


dos planos dos outros, todos poderão mudar suas atitudes, focando nas
necessidades do sistema. As pesquisas indicam, por exemplo, que apenas

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15% dos chamados millennials consideram “extremamente importante”


possuir um carro.

Na compra online, as pessoas ficam mais propensas a


atitudes irresponsáveis

Entenda o comportamento do consumidor online –


hoje, por Dilip Soman, Melanie Kim e Jessica An
Não faz muito tempo, o termo “consumidor” remetia a imagens de
pessoas nos corredores das lojas, pegando produtos das prateleiras,
conversando com vendedores e comparando, ali mesmo, as
características de diferentes marcas. Todas essas atividades incluíam os
custos de transporte e armazenamento, e o ato da compra quase sempre
envolvia a espera em filas e o uso de meios de pagamento tradicionais,
como dinheiro e cheque.

Todo mundo sabe que a experiência de compra mudou – e continua


mudando – de forma radicial. Além do crescimento significativo do e-
commerce, a própria visita das pessoas às lojas agora inclui elementos
tecnológicos, como ferramentas que fornecem informações sobre os
produtos e possibilitam comparações entre itens diversos.

À medida que os pontos de contato do consumidor com as marcas


migram para o mundo online, é muito importante levar em consideração
as formas pelas quais

Ao compreender melhor como se dá a compra online dos consumidores,


as empresas, por sua vez, podem ajudar os clientes a decidir melhor,
oferecendo instrumentos de suporte.

Acima de tudo, é preciso ter em mente que a tomada de decisão online


não é meramente uma “digitalização” do processo de compra realizado
antes nas lojas físicas.

Trata-se de um campo com regras totalmente diferentes. Pesquisadores


da Rotman School, da Univesity of Toronto, identificaram três fatores que
diferenciam a decisão de compra online do processo tradicional.

1- Efeito de tela

A internet muda a forma como as pessoas consultam as informações


antes da compra. Essa mudança se dá em três dimensões.

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Informação. As maneiras como as informações ambiente digital. Numa


loja, um cartaz pode levar o consumidor a olhar o produto antes mesmo
de saber seu preço, possibilitando, por exemplo, a compra por impulso.
Em um site, as pessoas costumam ter acesso, ao mesmo tempo, ao
produto e ao preço. No mundo físico os consumidores geralmente
recebem os dados de modo sequencial. Nas lojas online,
muitas informações são disponibilizadas simultaneamente.

Com isso, o processo de compra muda: de um modelo baseado em


“alternativas” para um modelo baseado em “atributos”, em que as opções
são avaliadas diretamente, permitindo observar como diferentes atributos
impactam o preço, por exemplo.

Visual. Muitos estudos mostram que o impacto visual influencia o


julgamento. As pesquisas que embasam esse estudo mostram que, no
caso de consumidores comuns, não especializados, primeiras impressões
superficiais com base no que a tela mostra frequentemente moldam a
avaliação de modo desproporcional.

Anonimato. Essa importante característica da internet traz consequências


positivas e negativas. Sem o contato direto com outro ser humano, as
pessoas tendem a ser mais sinceras em relação a temas sensíveis, como
saúde e dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo, tornam-se mais
propensas a ter atitudes irresponsáveis, tais com comprar coisas de que
não precisam e gastar mais do que podem.

2- Efeito dos mecanismos de escolha

A tecnologia oferece aos consumidores a possibilidade de utilizar


ferramentas de escolha capazes de tornar a decisão de compra mais fácil.
Dois desses mecanismos se destacam:

Recomendação customizada. Os mecanismos chamados de agentes de


recomendação (ou RAs, em inglês) realizam uma busca inicial entre os
produtos disponíveis para criar um conjunto presonalizado de opções. Os
RAs podem trabalhar com base no comportamento passado do usuário,
no comportamento dos outros (amigos do usuário, por exemplo) e nas
preferências que o próprio usuário configura.

Feedback instantâneo. Os consumidores podem recorrer a expedientes


que gerem um feedback instantâneo de outras pessoas sobre suas
escolhas. Postar fotos de itens que deseja comprar e pedir que amigos
e parentes opinem em tempo real são dois exemplos.

3- Efeito da conectividade
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Quando estão conectados à internet, os consumidores têm acesso


imediato a uma enorme quantidade de informações, incluindo o
comportamento das outras pessoas. Estudos indicam que os
consumidores observam a escolha de quem está a seu redor para
constituir seu próprio processo decisório. No mundo digital, altamente
conectado, é mais fácil fazer isso, devido a dois fatores:

Dados agregados. Em um mundo crescentemente conectado, os


consumidores têm acesso, em tempo real, a dados agregados de
preferências de mercado. Um bom exemplo são as listas de livros mais
vendidos e de músicas mais ouvidas. Fica cada vez mais fácil “seguir a
maioria” e, especialmente quando as decisões são complexas, escolher o
que é mais popular é um atalho comum no processo de decisão de
compra.

Preferências individuais. Muitas vezes, as pessoas confiam na opinião


daqueles que consideram “alguém como eu” tanto quanto confiam em
especialistas da área. As conexões da internet tornam mais fácil conhecer
o comportamento de pessoas com as quais se identificam.

DILIP SOMAN é professor de marketing da Rotman School of


Management e codiretor do centro de pesquisas Bear, que faz estudos
sobre tomada de decisões com ferramentas empiricamente testadas para
facilitar a mudança de comportamentos. MELANIE KIM é pesquisadora
associada do Bear. JESSICA AN é analista de risco no TD Auto Finance,
parte do TD Bank Group,.


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