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29/08/2023

@acessohistoria

MPB no Vestibular

prof.vcb@gmail.com
Rádio Guilhotina

A historiografia
do Século XX
Prof. Victor Creti Bruzadelli

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A historiografia do Século XX

Explicando o jogo:
Pegue seu celular e acesse menti.com;
Insira o código PIN no local definido;
Responda a pergunta.

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A historiografia do Século XX
“Para se ter uma ideia da amplitude
Eric Hobsbawm: e densidade dessas mudanças tecnológicas,
consideremos alguns dados relativos ao
século XX. Se somássemos todas as
A Era dos Extremos: o breve descobertas científicas, invenções e
século XX (1914-91); inovações técnicas realizadas pelos seres
humanos desde as origens da nossa
“A era da guerra total”; espécie até hoje, chegaríamos à espantosa
conclusão de que mais de oitenta por cento
de todas elas se deram nos últimos cem
anos. Dessas, mais de dois terços ocorreram
Nicolau Sevcenko: concentradamente após a Segunda Guerra.
Verificaríamos também que cerca de
A corrida para o século XXI: no setenta por cento de todos os cientistas,
engenheiros, técnicos e pesquisadores
loop da montanha-russa; produzidos pela espécie humana estão
vivos atualmente”
“Aceleração tecnológica”. (SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI: no
loop da montanha-russa)

A historiografia do Século XX
“Para tanto, a indústria cultural Theodor Adorno e Max
deve facilitar o consumo da obra de
arte, garantindo a sua massificação ao Horkheimer:
torná-la acessível para todos os níveis
da sociedade. E ela o faz a partir de Dialética do esclarecimento;
uma estratégia de padronização
cultural – ou estandardização cultural, Indústria Cultural e
segundo Adorno – que diminui a massificação;
parcela de criação individual do artista
(ainda que ela exista), pois não há mais Georges Minois:
interesse em sua visão de mundo, e sim
na produção de um objeto artístico
altamente vendável” A história do Riso e do
(SOUSA, Rainer Gonçalves; BRUZADELLI, Victor Escárnio;
Creti. História da música popular brasileira para
vestibulares e ENEM) “O riso foi o ópio do século
XX”.

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A historiografia do Século XX
“O século XX morreu. Viva o século XX! O defunto,
marcado pelo desencadear de todos os excessos possíveis, não
será muito lamentado. Tudo já foi dito sobre esse século e seus
horrores. Mas esse século, que custou para morrer, encontrou no
riso a força para zombar de seus males, que não foram apenas
males do espírito: guerras mundiais, genocídios, crises
econômicas, fome, pobreza, desemprego, integrismo,
terrorismo, proliferação de pardieiros, ameaças atômicas,
degradações do meio ambiente, ódios nacionalistas...
Entretanto, de ponta a ponta, uma longa gargalhada ressoou. O
riso solto começou aos anos e não cessou mais. Transformou-se
num riso nervoso, incontrolável. O mundo riu de tudo, dos
deuses, dos demônios e, sobretudo, de si mesmo. O riso foi o
ópio do século XX, de Dadá aos Monty Pythons. Essa droga
Quadrinho de Watchmen, de permitiu à humanidade sobreviver a suas vergonhas”
Alan Moore e Dave Gibbons (MINOIS, George. História do riso e do escárnio)
(1986-87)

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Primeira Guerra
Mundial
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Antecedentes
Disputas Imperialistas:
A questão Marroquina (1904-06):
Disputas entre França e Inglaterra no norte da África:
Formação da Entente Cordiale (1904);
Inglaterra domina o Egito e Sudão e França controla o Marrocos;
Intervenção alemã exigindo a independência marroquina;
Motivos:
Derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana; Charge representando o
Marrocos como um
Perda da Alsácia-Lorena; coelho disputado por
diversas potências
Permanência da hegemonia francesa na região. europeias

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Antecedentes
Disputas imperialistas:
Pax Britannica:
Período de paz na Europa pós-napoleônica;
Supremacia e imperialismo inglês;
Desafiado pela ascensão econômica dos EUA e da
Alemanha;
Busca de novos territórios coloniais para a Alemanha;

Nacionalismos: desde o século XIX, minorias


A Europa sustentada pela nacionais desejam sua independência em
África e pela América, de
William Blake (1796)
diversas regiões da Europa.

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Antecedentes
Política de Alianças:
Formação da Tríplice Aliança (1882):
Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália;
Tríplice Entente (1907):
Inglaterra, França e Rússia;
Acordos secretos de não agressão da Itália com
Rússia e França;
Política da Paz Armada: corrida
Mapa representando a divisão da
armamentista protagonizada pelas Europa entre a Tríplices Aliança e
potências em tensão. Entente

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Antecedentes
Política de Alianças:
Formação da Tríplice Aliança (1882):
Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália;
Tríplice Entente (1907):
Inglaterra, França e Rússia;
Acordos secretos de não agressão da Itália com
Rússia e França;
Política da Paz Armada: corrida
Mapa representando a divisão da
armamentista protagonizada pelas Europa entre a Tríplices Aliança e
potências em tensão. Entente

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Antecedentes
Política de Alianças:
Formação da Tríplice Aliança (1882):
Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália;
Tríplice Entente (1907):
Inglaterra, França e Rússia;
Acordos secretos de não agressão da Itália com
Rússia e França;
Política da Paz Armada: corrida
Mapa representando a divisão da
armamentista protagonizada pelas Europa entre a Tríplices Aliança e
potências em tensão. Entente

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O estopim
A questão Balcânica:
Região dominada pelo Império Turco-
Otomano;
Processos de independência , ao longo do
século XIX;
Grande diversidade étnica, mas com
maioria eslava;
Pan-eslavismo:
Desejo de unificação nacionalista da Sérvia e
Rússia;

Mapa da Península Balcânica


Zona sob domínio imperialista russo.

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O estopim
A questão Balcânica:
Conflito sérvio com a Áustria-Hungria:
Desejo de criar a ferrovia Berlim-Bagdá, para ter acesso ao petróleo do Golfo
Pérsico;
Invasão da Bósnia-Herzegovina (1908);
Reforço dos sentimentos nacionalistas e de conflitos;
As Guerras da Criméia (1912-13):
Disputas entre os próprios países balcânicos capitaneados pelas potências
europeias;
Revoltas nacionalistas na Bósnia-Herzegovina.

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O estopim

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O estopim

Mapa com o projeto da


ferrovia Berlim-Bagdá

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O estopim

Mapa com o
projeto da ferrovia
Berlim-Bagdá

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O estopim

Mapa com o projeto da


ferrovia Berlim-Bagdá

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O estopim
Francisco Ferdinando, arquiduque da Áustria-
Hungria, viaja até Sarajevo, capital da Bósnia;

Gavrilo Princip, integrante do grupo terrorista


sérvio Mão Negra, assassina o político;
Declara de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia;
Ativação do sistema de alianças: início da
Guerra;
Selo do grupo nacionalista e
terrorista sérvio Mão Negra
Apoio entusiasmado das populações locais.

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O estopim

Arquiduque Francisco Ferdinando e princesa Sofia


momentos antes do atentado Momento da prisão de Gavrilo Princip

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As fases da guerra
Primeira fase - Guerra de Movimento (1914-15):
Plano Schlieffen:
Plano elaborado em 1905, como consequência das tensões entre França e
Alemanha;
Alemanha desejava conquistar territórios importantes na França, antes da
mobilização russa;
Invasão alemã França pela Alsácia-Lorena e Bélgica (país neutro);
Objetivava conquistar Paris em 6 semanas;
Russos atacam a Alemanha, obrigando o exército alemão a se dividir;
Franceses barram o avanço alemão sobre Paris, dando início às trincheiras.

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As fases da guerra
Segunda Fase - Guerra de
Trincheiras (1915-17):
Ocorrida na frente Ocidental,
enquanto os alemães garantiam
diversas vitórias na frente Oriental;
Escavações onde soldados se
escondiam para garantir suas
posições;
Guerra marcada pela imobilidade;
Propiciada pelas inovações
tecnológicas;
“Guerra de sangue e barro”;
Cena de Hearts of the world, de D. W. Griffith (1918)
Obs.: A trégua de Natal (1914).

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As fases da guerra
Dulce et decorum est (É doce e belo
morrer pela pátria)
Wilfred Owen (1917)
Totalmente encurvados como se fossem
velhos mendigos em fila, joelhos dobrados,
tossindo como bruxas, andávamos sobre a
maldita lama/ Até o momento em que os
insistentes sinalizadores nos fizessem voltar/
Então, na distância que nos restava percorrer,
começamos a nos arrastar/ Alguns
marchavam tontos de sono. Muitos deles
haviam perdido suas botas, mancando, com
os sapatos ensanguentados/ Todos estavam
estropiados, todos cegos: bêbados de
fadiga, surdos mesmo aos alarmes de que
um cartucho de gás havia estourado ali Hiram Maxim, demonstrando a sua invenção a
perto/ Gás! Gás! Rápido rapazes! metralhadora Maxim, a mais utilizada na guerra

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As fases da guerra

Esquema representando uma


trincheira

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As fases da guerra

Esquema representando uma


trincheira

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As fases da guerra

Esquema representando uma


trincheira

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As fases da guerra

Soldados ingleses nas trincheiras Soldados francês na trincheira usando máscara de gás

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As fases da guerra
“Foi só um estranho Natal! Tudo calmo a não ser uns tiros
de emboscada do lado direito, mas nada no fronte. Nas
trincheiras, aconteceram as cenas mais extraordinárias. Em
frente à nossa barricada, nossos homens saíram e se
misturaram com os alemães, conversando, trocando cigarros
etc. Alguns dos nossos foram mesmo até as trincheiras inimigas
e lá ficaram algum tempo, entretidos! Começaram a cantar,
cada lado uma canção, até que todos terminaram com ‘God
save the King’, que os saxões cantaram com bastante
sentimento. Um dos meus homens recebeu uma garrafa de
vinho e o regimento chegou a jogar uma partida de futebol
com os saxões, que saíram vitoriosos por 3 a 2!”
(Carta de um oficial ao jornal britânico The Times)

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As fases da guerra
Terceira fase - Resolução (1917-
18):
Entrada de novos países no conflito,
devido a violência dos alemães;
Entrada de EUA e Brasil (1917), entre
outros;
Saída da Itália (1915) e Rússia da
guerra, devido a Revolução de 1917;
Ofensivas francesas e inglesas sobre
território alemão:
Renúncia de Guilherme II, kaiser
alemão, e criação da República de
Foto publicitária conclamando os homens dos EUA ao Weimar.
recrutamento militar

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A presença dos EUA


Participaram da guerra indiretamente desde seu
início, com a venda de produtos aos países da
Entente;
Navios estadunidenses torpedeados levam os EUA à
guerra;
Necessidade de garantir investimentos feitos na
guerra;
Virada nos rumos da guerra, devido a quantidade de
armas e soldados;
Ascensão econômica dos EUA, que saem do conflito
como potência mundial. Woodrow Wilson, presidente
dos EUA (1913-21)

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O fim da guerra
14 pontos de Wilson para a paz mundial:
Conjunto de ideias defendidas pelo presidente dos EUA Woodrow Wilson:
Baseado nas ideias liberais e na autodeterminação dos povos;
“Paz sem vencidos nem vencedores”;
Conjunto de práticas pacifistas, que respeitavam os territórios derrotados, as
populações locais e o nacionalismo;
Criação da Liga das Nações;
Oposição da França e Inglaterra:
“Até o bom Deus, que é todo-poderoso, se contentou com 10 mandamentos, e
os americanos nos vêm agora com 14!”
(George Clemenceau, primeiro-ministro francês)

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O fim da guerra
Tratado de Versalhes (1919): “Nos arredores de Paris, foi
realizada a Conferência de Paz no
Responsabilização da Palácio de Versalhes. Em seu início,
em 12 de janeiro de 1919, foram
Alemanha pela guerra e todas reunidas 32 nações para deliberar
as baixas; sobre os termos de capitulação
das Potências Centrais (Alemanha
Questões econômicas: Império Austro-Húngaro, Bulgária
e Turquia). As decisões mais
Pagamento de pesadas importantes ficaram a cargo dos
indenizações (cerca de US$ 30 ‘quatro grandes’, Grã Bretanha,
bilhões) ; França, Estados Unidos e Itália. A
Rússia recém revolucionada não
Confisco dos investimentos havia sido convidada”
alemães no exterior; (FERRAZ, Francisco César. Segunda Guerra
Mundial)
Perda de 1/8 do gado alemão.

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O fim da guerra
Tratado de Versalhes (1919):
Questões militares:
Proibição da construção de
fortificações na Renânia;
Perda da autonomia militar
alemã (máximo de 100 mil
voluntários);
Proibição de armas pesadas,
distribuindo-as entre os
vitoriosos. Conferências de assinatura do Tratado de Versalhes

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O fim da guerra
Tratado de Versalhes (1919):
Questões territoriais:
Perda de cerca 13% do território alemão e de todas as colônias na África e Ásia;
Devolução da Alsácia-Lorena aos franceses e perda das colônias alemãs para França e
Inglaterra;
Criação do corredor polonês: faixa de terra entregue à Polônia que cortava o território
alemão e lhes dava acesso ao mar;
Desmembramento do império Austro-Húngaro surgindo a Áustria, Hungria,
Tchecoslováquia e Iugoslávia;
Desmembramento do império Turco-Otomano (Turquia, Iraque, Síria, Líbano e Palestina);
Grandes deslocamentos populacionais.

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O fim da guerra

Mapa representando a nova configuração


territorial europeia após o Tratado de Versalhes

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O fim da guerra

Mapa representando a
nova configuração
territorial europeia após
o Tratado de Versalhes

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O fim da guerra

Mapa representando a nova configuração


territorial europeia após o Tratado de Versalhes

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Antecedentes

Tratado de Versalhes (1919):


Fundação da frágil Liga das Nações;
Consequência: continuidade das tensões
entre as nações e clima de revanchismo:
“Isso não é um tratado de paz, é um armistício
de 20 anos”
(Ferdinand Foch, comandante supremo do Exército Aliado)

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O impacto da guerra
entre os civis
Declínio econômicos e crescimento Os preços em Calais
da fome e do desemprego; (em franco francês)
1914 1918
Enorme quantidade de mortos, 1 kg de pão 0,40 0,55
inclusive entre os civis; 1kg de batata 0,15 0,35

Crítica ao pensamento democrático e 1 kg de carvão 0,035 2,80

liberal; 1 kg de manteiga 4,0 12,0

1 litro de leite 0,30 0,80

Fortalecimento da psicanálise: 1 kg de carne 2,40 6,0

1 kg de açúcar 0,75 3,5


“No final da guerra, observou-se que os
combatentes tinham voltado mudos do campo de 1 kg de café 4,80 8,0
batalha, não mais ricos, e sim mais pobres em 1 kg de sabão 1,0 4,60
experiência comunicável”
Fonte: DESVIGNES, D.; BARBIER, G. Le Pas-de-Calais dans
(BENJAMIN, Walter. O narrador) la grande guerre

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O impacto da guerra
entre os civis
Antes da Guerra Depois da Guerra
“A existência que aqui temos não “O campo de batalha é terrível. Há
um cheiro de azedo, pesado e penetrante de
nos satisfaz completamente, porque, cadáveres. Homens que foram mortos no
embora possuamos todos os elementos último outubro estão meio afundados no
de uma bela vida, não podemos organizá- pântano e nos campos de nabos em
crescimento. As pernas de um soldado
los numa ação prática, imediata, que nos inglês, ainda envoltas em polainas, irrompem
dominaria o corpo e a alma e nos lançaria de uma trincheira, o corpo está empilhado
fora de nós mesmos. Só há um com outros; um soldado apoia o seu rifle
sobre eles. Um pequeno veio de água corre
acontecimento que pode permitir esta através da trincheira, e todo mundo usa a
ação: a guerra. É por isso que a água para beber e se lavar; é a única água
desejamos” disponível. Ninguém se importa com o
inglês pálido que apodrece alguns passos
(Jovem alsaciana no jornal Le Figaro, em 1912) adiante”
(BINDING, Rudolf Georg. Um fatalista na guerra)

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Ciência, tecnologia
e guerra
Prof. Victor Creti Bruzadelli

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Ciência, tecnologia e guerra


Novas tecnologias bélicas: “Quando a Primeira
Guerra Mundial se transformou
em uma guerra de trincheiras
Metralhadoras de tiro rápido; interminável, ambos os lados
convocaram cientistas para sair
Submarinos, tanques e blindados; do impasse e salvar a nação. Os
homens de branco atenderam o
Aviões de guerra e reconhecimento; chamado, e dos laboratórios
saiu um fluxo constante de
Gazes venenosos; novas superarmas: aeronaves
de combate, gás venenoso,
Telefones e comunicação sem fio; tanques, submarinos,
metralhadoras, peças de
Novidades médicas (cirurgias plásticas, artilharia, rifles e bombas cada
raio-x, transfusão de sangue) vez mais eficazes”
(HARARI, Yuval N. Sapiens: um breve
história da humanidade)
Guerra muito mais mortal.

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Ciência, tecnologia e guerra


“O monstro da guerra total do século XX não nasceu já do seu tamanho. Contudo, de 1914 em diante, as guerras
foram inquestionavelmente guerras de massa”
(HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos)

Tenente
Cartuchos canadense
utilizados em Eric Wallace,
um dia pelas e a cirurgia
tropas de
alemãs na reconstrução
França facial

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Ciência, tecnologia e guerra


“Meus oficiais e eu estávamos conscientes de que tais armas causariam
danos às mulheres e crianças que vivem nas cidades vizinhas, já que os ventos
fortes eram comuns no campo de batalha. No entanto, visto que a arma deveria
ser dirigida contra o inimigo, nenhum de nós estava excessivamente
preocupado”
(Diário de Sir Douglas Haig, marechal britânico)

Primeiro uso de gás cloro, também


conhecido como Iperita, como arma
pelos alemães em Ypres, na Bélgica

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Ciência, tecnologia e guerra


“Meus oficiais e eu estávamos conscientes de que tais armas causariam
danos às mulheres e crianças que vivem nas cidades vizinhas, já que os ventos
fortes eram comuns no campo de batalha. No entanto, visto que a arma deveria
ser dirigida contra o inimigo, nenhum de nós estava excessivamente
preocupado”
(Diário de Sir Douglas Haig, marechal britânico)

Primeiro uso de gás cloro, também conhecido como Iperita, como arma pelos alemães em Ypres, na Bélgica

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Ciência, tecnologia e guerra


“Meus oficiais e eu estávamos conscientes de que tais armas causariam
danos às mulheres e crianças que vivem nas cidades vizinhas, já que os ventos
fortes eram comuns no campo de batalha. No entanto, visto que a arma deveria
ser dirigida contra o inimigo, nenhum de nós estava excessivamente
preocupado”
(Diário de Sir Douglas Haig, marechal britânico)

Primeiro uso de gás cloro, também


conhecido como Iperita, como arma
pelos alemães em Ypres, na Bélgica

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Ciência, tecnologia e guerra

A marcha dos gaseados, de John Singer Sargent (1919)

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Ciência, tecnologia e guerra

“Deixai-os; são
cegos condutores de
cegos. Ora, se um
cego guiar outro cego,
ambos cairão na cova”
Mateus 15:14

Vítimas de armas químicas da Grande Guerra em fila indiana, de Thomas Keith Aitken (1917)

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Ciência, tecnologia e guerra

“Deixai-os; são
cegos condutores de
cegos. Ora, se um
cego guiar outro cego,
ambos cairão na cova”
Mateus 15:14

A Parábola dos Cegos, de Pieter Bruegel, o Velho (1568)

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Ciência, tecnologia e guerra

A marcha dos gaseados, de John Singer Sargent (1919)

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Ciência, tecnologia e guerra


Vítimas dos ventos da morte

Países Total de Mortes


baixas por gás
Áustria-Hungria 100.000 3.000

Grã-Bretanha 188.706 8.109

França 190.000 8.000

Alemanha 200.000 9.000

Itália 60.000 4.627

Rússia 419.340 56.000

Estados Unidos 72.807 1.462

Outros 10.000 1.000

Áustria-Hungria 100.000 3.000


Explosão de bomba de gás em Hartmannsweilerkopf na
Alsácia,fronteira entre França e Alemanha (1917) Fontes: www.firstworldwar.comweaponry/gas.htm

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Ciência, tecnologia e guerra


País Número de militares mobilizados Número de mortos Número de feridos
Alemanha 13 400 000 2 140 000 4 200 000

Rússia 12 000 000 1 700 000 5 000 000

França e colônias 8 660 000 1 400 000 4 200 000

Áustria-Hungria 7 800 000 1 200 000 3 600 000

Reino Unido e colônias 8 780 000 1 000 000 2 000 000

Itália 5 900 000 600 000 1 000 000

Império Otomano 1 000 000 450 000 -

Sérvia - 370 000 135 000

Romênia - 240 000 -

EUA 4 350 000 152 000 -

Outros países - 200 000 -

Total 61 890 000 9 452 000 20 135 000

Fontes: MICHALANY, Douglas. História das guerras mundiais

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