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EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO- Relatos extratos de atividade

RACIAIS NA ESCOLA ELIZAMA PEREIRA MESSIAS


O CONTEXTO
ILHA JOANA BEZERRA - COQUE
Lo ca liza çã o : RPA: 1, Micro rre giã o: 1.3, Distâ n cia d o Ma rco Ze ro (km )1 : 2,89

Ár e a Te r r it o r ia l (h e cta re )2 : 87

Po p u la çã o Re s id e n t e : 12.629 h a b ita n te s

População por cor ou População por faixa


% hab %
raça etária
0 – 4 anos 1.158 9,17
Branca 24,62 5 – 14 anos 2.747 21,75
Preta 16,17 15 – 17 anos 838 6,64
Parda 58,22 18 – 24 anos 1.687 13,36
Amarela 0,78 25 – 59 anos 5.371 42,53
Indígena 0,2 60 anos e mais 828 6,55

População por sexo


%
Masculina 6.002 47,53
Feminina 6.627 52,47
O CONTEXTO
ILHA JOANA BEZERRA - COQUE Chama a atenção dos pesquisadores e de toda a
s ociedade o quanto a comunidade, apes ar de todo o
des cas o político e econômico, res is te em s eu direito à
permanência nes te lugar. Os moradores têm uma
identificação e valorização de s eu es paço, o que s e vê
claramente na participação da comunidade em
importantes movimentos s ociais como o “Coque (R)exis te”
que dis cute a identidade do bairro a partir de s uas lutas
para barrar a es peculação imobiliária.
(CISNEIROS, 2013, p. 3).

"É por isso que o Coque Vive! Por que tem muita gente
nele, e, onde tem gente, tem vida!" (COQUE, 2016?, p. 1).
Es s e é o lema de muitas das ins tituições que lutam pela
permanência dos moradores na comunidade, primando
pelo cuidado com inves timentos que ofereçam melhor
qualidade de vida.
Referencia:
BARBOSA, Analice Albuquerque; MELO, Érica Montenegro;
VERARDI, Cláudia Albuquerque. Ilha J oana Bezerra - Coque.
(Bairro, Recife). In: PESQUISA Es colar. Recife: Fundação
J oaquim Nabuco, 2016. Dis ponível em:
https :/ / pes quis aes colar.fundaj.gov.br/ pt-br/ artigo/ ilha-joana-
bezerra-coque-bairro-recife/ . Aces s o em: dia mês ano. (Ex.: 6
ago.2020.)
A MOTIVAÇÃO
 A percepção da realidade do bairro e da cidade como um todo;
O fortalecimento da minha identidade enquanto mulher negra, enquanto professora
negra;
O compromisso ético e político;
A participação no movimento sindical;
Os processos de formação continuada.
Fatos e manifestação do racismo dentro da escola.
A AÇÃO DIDÁTICA
“Oficinas temáticas de leitura e produção de texto”

Público alvo: estudantes entre 11e 13 anos matriculados na escola municipal


professor José da Costa Porto, alfabetizados e cursando entre 6º e 8º anos do ensino
fundamental.

Metodologia: dois encontros semanais na biblioteca da escola no turno de matricula


para participar de rodas de leitura, debates, pesquisas, estudos e produção textual
tendo a história e cultura da África e dos afro-brasileiros como eixo articulador das
ações, tendo como foco o território e a identidade negra.
Discriminação é as pessoas negras abusarem as brancas
e as pessoas brancas abusarem as negras e elas
ficarem envergonhadas por isso que as pessoas
fazem. Uma vez aconteceu comigo, uma menina
branca me chamou de macaca e eu disse que era ela
porque ela estava comendo banana e disse a ela que
ela é uma macaca branca.
(R. F. 10 anos, 4ª série, 2004)
O QUE É PRECONCEITO NA PERSPECTIVA DOS ESTUDANTES.
Nome/idade Agosto/2005 Dezembro/2005

Eri Jonhson Preconceito é uma pessoa negra aí tem É uma pessoa não conhecer a outra e ficar
11 anos outra branca aí fica discriminando por criticando.
causa da cor, do cabelo e as coisas.
Adriano Preconceito é uma pessoa chamar outra Não respeitar uma pessoa que é pra ser
11 anos de preta, ficar abusando de preta, de respeitado
macaco, fica abusando a pessoa branca
por que tem a pele branca.
Alef É uma pessoa que bate nas pessoas, Não podemos discriminar uma pessoa, nem
11 anos rouba, mata. o pai, a mãe, nem toda sua família.

Gilsélia Não sabe... é uma coisa ruim Preconceito é uma coisa que tem na cabeça,
11 anos por exemplo, quando se vê uma pessoa e
desconfia dela.
O QUE É DISCRIMINAÇÃO NA PERSPECTIVA DOS ESTUDANTES.

Nome Resposta/dez 2005


Joana/oficina É chamar os outros de macaco, de frango, chamar palavrão e dizer
que a pessoa está feia.

Rosicleide É a pessoa chamar a outra de macaco, boneco de catimbó e nego de


macumba.

Eri Jonhson É a pessoa chamar a outra de macaco por causa da cor.

Fabrício Não gostar de negros, bater nos negros, matar os negros e atirar nos
negros é discriminação.

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