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Apostila de Enfermagem Clinica Medica Amostra de Apostilas
Apostila de Enfermagem Clinica Medica Amostra de Apostilas
1. Clínica Médica
3ª EDIÇÃO –
2021/2022
APOSTILA MÉDICO-CIRÚRGICA 3
Diretor
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APOSTILA MÉDICO-CIRÚRGICA 4
Assessoria Jurídica
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Sumário
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Prezados alunos:
Esta apostila destina-se ao resumo da Brunner, abordando sobre as principais patologias dos sistemas do organismo,
manifestações clínicas e tratamento.
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Além disso, a doença crônica pode levar à pobreza no nível do paciente e família, da sociedade ou país como um todo, porque
as mortes decorrentes da doença crônica ocorrem com maior frequência durante os seus anos mais produtivos.
Embora cada condição crônica tenha suas próprias características fisiológicas específicas, as condições crônicas compartilham
aspectos comuns. Por exemplo, muitas condições crônicas apresentam dor e fadiga como sintomas associados. Algum grau de
incapacidade está em geral presente na doença crônica grave ou avançada, limitando a participação do paciente em muitas
atividades. Muitas condições crônicas requerem regimes terapêuticos para mantê-las sob controle.
As condições crônicas são frequentemente definidas como condições médicas ou problemas de saúde com sintomas ou
incapacidades associadas que exigem o tratamento a longo prazo (3 meses ou mais).
As condições crônicas também podem ser definidas como doenças ou enfermidades que apresentam um curso prolongado, que
não resolvem de maneira espontânea e para as quais a cura completa é pouco provável ou rara. A condição específica pode ser
uma consequência da doença, fatores genéticos ou lesão; ou poderia ser uma consequência de condições ou comportamentos
insalubres que começaram durante a infância ou a fase de adulto jovem.
- Uma diminuição na mortalidade por doenças infecciosas (p. ex., varíola, difteria, infecções relacionadas com a síndrome da
imunodeficiência adquirida [AIDS/SIDA]) e a partir de condições agudas por causa do tratamento imediato e agressivo de
condições agudas (p. ex., infarto do miocárdio, trauma).
- Fatores do estilo de vida, como tabagismo, estresse crônico e estilo de vida sedentário, que aumentam o risco de problemas
de saúde crônicos, como a doença respiratória, hipertensão, doença cardiovascular e obesidade. Embora os sinais e sintomas
da doença crônica frequentemente apareçam em primeiro lugar durante a velhice, os riscos podem começar bem antes,
mesmo durante o desenvolvimento fetal.
- Ciclos de vida mais longos por causa dos avanços na tecnologia e farmacologia, melhora da nutrição, condições de trabalho
mais seguras e maior acesso (para algumas pessoas) aos cuidados de saúde.
- Melhora dos procedimentos de triagem e diagnóstico, capacitando a detecção e tratamento precoces das doenças,
resultando em melhores resultados dos tratamentos de câncer e outros distúrbios.
Uma pessoa é considerada como portadora de uma incapacidade, como uma limitação no desempenho ou na função das
atividades cotidianas, quando ela tem dificuldade de conversar, ouvir, ver, caminhar, subir escadas, levantar ou carregar objetos,
realizar as AVD, fazer os trabalhos escolares ou trabalhar em um emprego. Uma incapacidade grave está presente quando a
pessoa é incapaz de realizar uma ou mais atividades, usa um dispositivo assistivo para a mobilidade, ou necessita da ajuda de
outra pessoa para realizar as atividades básicas.
De acordo com a OMS, a incapacidade é um termo abrangente pares comprometimentos, limitações de atividade, restrições de
participação e fatores ambientais, e comprometimento é uma perda ou anormalidade na estrutura corporal ou função fisiológica,
incluindo a função mental.
As incapacidades podem ser categorizadas como incapacidades do desenvolvimento, incapacidades adquiridas e incapacidades
associadas à idade.
(A) As incapacidades do desenvolvimento são aquelas que ocorrem em qualquer momento, desde o nascimento até 22 anos
de idade, e resultam em comprometimento da saúde física ou mental, cognição, fala, linguagem ou autocuidado.
Algumas incapacidades de desenvolvimento ocorrem como uma consequência de tocotraumatismo ou doença ou lesão
grave em uma idade muito precoce, enquanto muitas incapacidades do desenvolvimento são de origem genética.
(B) As incapacidades adquiridas podem acontecer em consequência de uma lesão súbita e aguda (p. ex., lesão cerebral
traumática, lesão da medula espinal, amputação traumática), distúrbios não traumáticos agudos (p. ex., acidente
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vascular cerebral, infarto do miocárdio) ou progressão de um distúrbio crônico (p. ex., artrite, esclerose múltipla, doença
pulmonar obstrutiva crônica, cegueira devido à retinopatia diabética).
(C) As incapacidades relacionadas com a idade são aquelas que acontecem na população idosa e são creditadas como
decorrentes do processo de envelhecimento. Os exemplos de incapacidades relacionadas com a idade incluem a
osteoartrite, osteoporose e perda da audição.
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2. HOMEOSTASE E DOENÇA
A homeostase refere-se a um estado de equilíbrio dentro do organismo. Quando acontece uma alteração ou estresse que faz com
que uma função orgânica se desvie de sua faixa estável, iniciam-se processos para restaurar e manter o equilíbrio dinâmico.
Quando esses processos de ajuste ou mecanismos de compensação não são adequados, o estado de equilíbrio é ameaçado, a
função torna-se desordenada e ocorrem as respostas disfuncionais. Isso pode levar à doença, o que é uma ameaça ao estado de
equilíbrio. A doença é uma variação anormal na estrutura ou função de qualquer parte do organismo. Ela rompe a função e, por
conseguinte, pode limitar a liberdade de ação.
A resposta fisiológica a um estressor, quer seja física, quer psicológica, é um mecanismo protetor e adaptativo para manter o
equilíbrio homeostático do organismo. Quando ocorre uma resposta ao estresse, ela ativa uma série de processos neurológicos e
hormonais dentro do encéfalo e sistemas orgânicos.
O conceito de célula como existindo em um contínuo de função e estrutura inclui a relação da célula com os mecanismos
compensatórios, os quais ocorrem continuamente no corpo para manter o estado de equilíbrio. Os processos compensatórios são
regulados principalmente pelo sistema nervoso autônomo e pelo sistema endócrino, com o controle atingido pelo feedback
negativo.
Os mecanismos de feedback negativo por todo o corpo monitoram o ambiente interno e restauram a homeostase quando as
condições se desviam da faixa de normalidade. A pressão arterial, o equilíbrio acidobásico, o nível de glicemia, a temperatur a
corporal e o equilíbrio hidroeletrolítico constituem exemplos de funções reguladas através desses mecanismos compensatórios.
Grande parte dos sistemas de controle do corpo humano são integrados pelo encéfalo com o feedback dos sistemas nervoso e
endócrino. Os principais órgãos afetados são o coração, pulmões, rins, fígado, trato gastrintestinal e pele.
Outro tipo de feedback, o feedback positivo, perpetua a cadeia de eventos, cujo movimento é provocado pelo distúrbio original
em lugar de compensá-lo. À medida que o sistema se torna mais desequilibrado, ocorrem o distúrbio e a desintegração. Existem
algumas exceções a isso; a coagulação sanguínea, por exemplo, é um importante mecanismo de feedback positivo.
A lesão é definida como um distúrbio na regulação do estado de equilíbrio. Qualquer estressor que altere a capacidade da célula
ou sistema para manter o equilíbrio ótimo de seus processos de ajuste leva à lesão. Então, acontece a lesão estrutural e funcional,
a qual pode ser reversível (permitindo a recuperação) ou irreversível (levando à incapacidade ou morte). Os ajustes homeostáticos
relacionam-se com as pequenas alterações dentro dos sistemas do organismo. Com alterações adaptativas, ocorre a compensação
e pode ser alcançado um novo estado de equilíbrio. Com a lesão, perde-se a regulação do estado de equilíbrio, estabelecendo-se
as alterações no funcionamento.
2.1.4. HIPOXIA
A oxigenação celular inadequada (hipoxia) interfere na capacidade das células para transformar energia. A hipoxia pode ser
provocada por uma diminuição no suprimento sanguíneo para uma região, uma diminuição na capacidade de transporte de
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oxigênio do sangue (hemoglobina diminuída), um problema de ventilação/perfusão ou respiratório que reduz a quantidade de
oxigênio arterial disponível, ou um problema no sistema enzimático da célula que faz com que ela seja incapaz de usar o oxigênio.
As células ou tecidos do corpo podem ser lesionados ou mortos por qualquer um dos agentes (físicos, químicos, infecciosos) já
descritos. Quando isso acontece, uma resposta inflamatória (ou inflamação) ocorre naturalmente nos tecidos saudáveis adjacentes
ao sítio da lesão. A inflamação é uma reação de defesa destinada a neutralizar, controlar ou eliminar o agente agressor e preparar
o local para a reparação. É uma resposta inespecífica (não dependente de determinada causa) que se destina a uma função
protetora. Por exemplo, a inflamação pode ser observada no local de uma picada de abelha, em uma faringite, em uma incisão
cirúrgica e no sítio de uma queimadura. A inflamação também acontece nos eventos de lesão celular, como acidentes vasculares
cerebrais e infartos do miocárdio.
Inflamação não é o mesmo que infecção. Um agente infeccioso é apenas um dos diversos agentes que podem deflagrar uma
resposta inflamatória. Existe uma infecção quando o agente infeccioso está vivo, crescendo e multiplicando-se nos tecidos e é
capaz de superar as defesas normais do organismo.
A despeito da etiologia, uma sequência geral de eventos ocorre na resposta inflamatória local. Essa sequência envolve alterações
na microcirculação, incluindo vasodilatação, permeabilidade vascular aumentada e infiltração de células leucocitárias. À medida
que essas alterações acontecem, cinco sinais cardeais da inflamação são produzidos: rubor, calor, inchação, dor e perda da
função.
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