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COMPRAS DIRETAS E A DISPENSA E INEXIBILIDADE DA LICITAÇÃO: A EXCEÇ


1
Tiago Luiz Soares

RESUMO:

Toda compra de bens ou contratação de obras e serviços pela Administração Pública deve ser efetivada com a rigorosa obs

PALAVRAS-CHAVE:
Licitações Públicas. Inexigibilidade de Licitação. Dispensa de Licitação. Compras Públicas Diretas. Direito Ad

ABSTRACT:
[Abstract]

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS OU INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, ou melhor, nas últimas décadas, a sociedade brasileira tem sido bombardeada
com notícias de corrupção e desvios de conduta de toda ordem em licitações públicas.

Sempre que a Administração Pública necessita realizar uma compra, uma obra ou um serviço,
deve, obrigatoriamente, ser instaurado um procedimento prévio, um processo, no qual garanta a
escolha da proposta mais vantajosa entre os fornecedores interessados, os quais estarão em
igualdade de condições, assegurando, assim, o interesse público e o respeito às normas e
princípios legais. Esse procedimento é chamado de Licitação Pública.

1
Formando em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul, RS, UNISC. Pós-Graduado com MBA em
Gestão pela Fundação Getúlio Vargas, FGV, Bacharel em Administração e especialização em Marketing e
Planejamento Estratégico pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM. E-mail:
contato@tiagosoares.com.br
COMPRAS DIRETAS E A DISPENSA E INEXIBILIDADE DA LICITAÇÃO: A EXCEÇÃO QUE SE
TORNOU REGRA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2 |
Tiago Luiz Soares

Nos últimos cinco anos2, a Administração Pública Federal realizou 685 mil processos e gastou R$
287 bilhões de reais em compras. Ocorre que 80% dos processos de compras e 40% deste valor
foi realizado sem processo licitatório3. No município de Capão da Canoa, um dos mais importantes
e conhecidos municípios do litoral norte Gaúcho, o quadro licitatório se mostra semelhante.

Capão da Canoa é o município gaúcho com maior número de habitantes do litoral norte e
apresenta uma das maiores taxas de crescimento populacional do estado 4. Em temporada de
veraneio, sua população chega a aumentar até quatro vezes 5. Porém, possui 39.7% do seu
orçamento proveniente de fontes externas e em comparação aos outros municípios do estado,
está na posição 481 de 497 e, quando comparado a municípios do Brasil todo, fica em 4987 de
55706. Daí se faz a clara necessidade de cuidado com os gastos públicos em compras diretas, o
que, nos últimos cinco anos, foram realizados 5.572 (cinco mil, quinhentos e setenta e dois)
processos de compra, sendo 73% deles por dispensa ou inexigibilidade de licitação.

Neste sentido, frente a importância do tema, este trabalho se propõe analisar e debater as
compras públicas diretas, através da Dispensa ou a Inexigibilidade do processo licitatório,
comparando o comportamento de compras diretas na Administração Pública Federal e
Administração Municipal de Capão da Canoa.

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

ANÁLISE DAS COMPRAS DO GOVERNO FEDERAL


PAINEL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS - ÂMBITO FEDERAL ATUALIZADO ATÉ:
http://paineldecompras.planejamento.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=Painel%20de%20Compras.qvw &host=Local&anonymous=true 29/04/2017

TOTALPOR MODALIDADE - 2012 A 2015 Tomada de Preços


An o (Vá rio s it e n s) 0%
Dispensa
19% Concorrência
Ró t u lo s d e Lin h a So m a d e VLR % Inexigibilidade Concorrência Internacional
Pre g ã o R$ 147.369.130.590,98 51,29% 22% 8% 0%
In e xig ib ilid a d e R$ 62.139.479.172,86 21,63%
Disp e n sa R$ 53.697.966.168,59 18,69% Convite
C o n c o rrê n c ia R$ 22.336.343.354,80 7,77% 0%
To m a d a d e Pre ç o s R$ 1.389.486.458,90 0,48%
Pregão
C o n c o rrê n c ia In t e rn a c io
R$n 305.968.351,59
al 0,11% 51% Concurso
C o n v it e R$ 48.647.013,92 0,02% 0%
C o n c u rso R$ 30.207.763,28 0,01%
Nº de Págs.11 •
NºTopalavras:
ta l Ge ra l 0 • File: R$ 99 KB
287.317.228.874,92 100,00%
Realizado em 27/04/2017
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TOTALPOR MODALIDADE - 2012 A 2015


So ma d e VLR Ró t u lo s d e C o lu n a
Ró t u lo s d e Lin h a Pre g ã o In e xig ib ilid a d e Disp e n sa C o n c o rrê n c ia To m a d a d e Pre ç o s C o n c o rrê n c ia In t e rn a c io n a l C o n v it e C o n c u rso
2012 R$ 31.596.890.925,54 R$ 9.261.556.856,19 R$ 12.633.418.132,15 R$ 12.488.327.219,16 R$ 456.547.245,73 R$ 140.947.700,07 R$ 17.708.125,66 R$ 2.581.625,00
2013 R$ 27.503.596.988,90 R$ 9.666.530.875,33 R$ 9.158.344.859,63 R$ 4.799.696.400,21 R$ 318.143.595,33 R$ 12.378.228,84 R$ 12.146.895,76 R$ 3.326.912,50
2014 R$ 53.160.503.555,54 R$ 8.765.742.292,48 R$ 9.544.607.922,18 R$ 2.368.991.886,61 R$ 313.191.738,46 R$ 137.755.638,88 R$ 8.805.988,41 R$ 18.591.113,46
2015 R$ 16.672.833.864,52 R$ 15.936.149.350,91 R$ 9.841.982.871,65 R$ 1.236.802.676,40 R$ 150.617.149,53 R$ 9.971.455,43 R$ 3.758.844,08 R$ 4.089.639,47
2016 R$ 18.435.305.256,48 R$ 18.509.499.797,95 R$ 12.519.612.382,98 R$ 1.442.525.172,42 R$ 150.986.729,85 R$ 4.915.328,37 R$ 6.227.160,01 R$ 1.618.472,85
To ta l Ge ra l R$ 147.369.130.590,98 R$ 62.139.479.172,86 R$ 53.697.966.168,59 R$ 22.336.343.354,80 R$ 1.389.486.458,90 R$ 305.968.351,59 R$ 48.647.013,92 R$ 30.207.763,28

2
2012 a 2016
3
Painel de Compras - O painel de informações do SIASG é uma ferramenta que apresenta em um só local os principais
números das contratações públicas e tem por finalidade oferecer um panorama dos gastos públicos e do
comportamento licitatório no âmbito da Administração Pública Federal. Foi desenvolvido de forma a conter informações
de todos os órgãos que compõem o Sistema Integrado de Serviços Gerais – SISG:
http://paineldecompras.planejamento.gov.br/, acessado em 11 de abril de 2017.
4
http://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/rs/capao-da-canoa/panorama
5
Zuanazzi, Pedro Tonon. Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS / Pedro Tonon Zuanazzi,
Mariana Bartels. - Porto Alegre: FEE, 2016
6
http://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/rs/capao-da-canoa/panorama
COMPRAS DIRETAS E A DISPENSA E INEXIBILIDADE DA LICITAÇÃO: A EXCEÇÃO QUE SE
TORNOU REGRA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3 |
Tiago Luiz Soares

R$ 60.000.000.000,00

R$ 50.000.000.000,00

R$ 40.000.000.000,00

R$ 30.000.000.000,00

R$ 20.000.000.000,00

R$ 10.000.000.000,00
201 2 201 3 201 4 201 5 201 6
R$ 0,00 Concurso R$ 2.5 81.6 25,00 R$ 3.3 26.9 12,50 R$ 18.591.113,46 R$ 4.0 89.6 39,47 R$ 1.6 18.4 72,85
2012 2013 2014 2015 2016 Convite R$ 17.708.125,66 R$ 12.146.895,76 R$ 8.8 05.9 88,41 R$ 3.7 58.8 44,08 R$ 6.2 27.1 60,01
Concorrên cia Inte rnaciona l R$ 140.947.700,07 R$ 12.378.228,84 R$ 137.755.638,88 R$ 9.9 71.4 55,43 R$ 4.9 15.3 28,37
Tomada de Preços R$ 456.547.245,73 R$ 318.143.595,33 R$ 313.191.738,46 R$ 150.617.149,53 R$ 150.986.729,85
Pregão Inexigibilidade Dispensa Concorrên cia R$ 12.488.327.219,16 R$ 4.7 99.6 96.400,21 R$ 2.3 68.9 91.886,61 R$ 1.2 36.8 02.676,40 R$ 1.4 42.5 25.172,42
Concorrência Tomada de Preços Concorrência Internacional Disp ensa R$ 12.633.418.132,15 R$ 9.1 58.3 44.859,63 R$ 9.5 44.6 07.922,18 R$ 9.8 41.9 82.871,65 R$ 12.519.612.382,98
Inexigibilid ade R$ 9.2 61.5 56.856,19 R$ 9.6 66.5 30.875,33 R$ 8.7 65.7 42.292,48 R$ 15.936.149.350,91 R$ 18.509.499.797,95
Convite Concurso
Pre gão R$ 31.596.890.925,54 R$ 27.503.596.988,90 R$ 53.160.503.555,54 R$ 16.672.833.864,52 R$ 18.435.305.256,48

ANO VALO R DAS C O MPRAS So m a d e VLR


2012 R$ 66.597.977.829
Título do Gráfico
2013 R$ 51.474.164.756 -23% 80 50%
44%

Bilhões
2014 R$ 74.318.190.136 44% 40%
70
2015 R$ 43.856.205.852 -41% 30%
2016 R$ 51.070.690.301 16% 60
20%
To ta l Ge ra l R$ 287.317.228.875 16%
50 10%

VALO R TO TAL DE C O MPRAS DO S ULTIMO S 5 ANO S 40 0%


2012 2013 2014 2015 2016
R$ 287,32 BILHÕES 30 -10%

-23% -20%
20
-30%
10 -40%
An o (Vá rio s it e n s) -41%
0 -50%
ANO VALO R DAS C O MPRAS So m a d e VLR
C o n c o rrê n c ia R$ 22.336.343.355 8% 7,77%
C o n c o rrê n c ia In t e rn a c io n a l R$ 305.968.352 0%
C o n c u rso R$ 30.207.763 0%
C o n v it e R$ 48.647.014 0%
Disp e n sa R$ 53.697.966.169 19% 115.837.445.341 116
In e xig ib ilid a d e R$ 62.139.479.173 22% 40%
Pre g ã o R$ 147.369.130.591 51%
To m a d a d e Pre ç o s R$ 1.389.486.459 0%
To ta l Ge ra l R$ 287.317.228.875 100,00%

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VALORES EM PROCESSOS DE COMPRAS


PAINEL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS - ÂMBITO FEDERAL ATUALIZADO ATÉ:
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ANO VLR DA C O MPRA EM BILHO ES VALO R TO TALDAS C O MPRAS PÚBLIC AS


2012 R$ 66,6
2013 R$ 51,5
2014 R$ 74,3
R$ 74,3
2015 R$ 43,9
R$ 66,6
2016 R$ 51,1
To ta l Ge ra l R$ 287,3
R$ 51,5 R$ 51,1
R$ 43,9

2012 2013 2014 2015 2016

VALO R TO TAL DAS C O MPRAS PÚBLIC AS


BILHO ES DE REAIS

R$ 66,6 R$ 74,3

R$ 51,5 R$ 51,1
R$ 43,9

2012 2013 2014 2015 2016

QTDE DE PROCESSOS POR ANO


PAINEL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS - ÂMBITO FEDERAL
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ANO QTDE DE PROCESSOS So m a d e Q TDE


C o n c u rso 91 0,01%
C o n c o rrê n c ia In t e rn a c io n a l 181 0,03%
C o n v it e 944 0,14%
C o n c o rrê n c ia 3.683 0,54%
To m a d a d e Pre ç o s 3.770 0,55%
In e xig ib ilid a d e d e Lic it a ç ã o 98.964 14,43%
Pre g ã o 129.934 18,95%
Nº de Págs.11 • Nº palavras: 0 • File: 99 Disp
KB e n sa d e Lic it a ç ã o 448.264 65,36%
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To ta l Ge ra l Q TDE DE PRO C685.831
ESSOS 100,00%

Disp e nsa d e
Lic ita ç ã o Co nc urso
448.264 91
Co nc o rrê nc ia
65% 0%
Inte rna c io na l
181
Ine xig ib ilid a d e d e 0%
Lic ita ç ã o
Co nvite
98.964
944
14%
0%

Pre g ã o
129.934
19% Co nc o rrê nc ia
To ma d a 3.683
de 1%
Pre ç o s
3.770
1%
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ATUALIZADO ATÉ:
29/ 04/ 2017
QTDE DE PROCESSOS POR ANO
PAINEL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS - ÂMBITO FEDERAL
http://paineldecompras.planejamento.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=Painel%20de%20Compras.qvw &host=Local&anonymous=true

ANO Q TDE DE PRO C ESSO S


2012 169.558
2013 159.657
2014 145.239
2015 105.719
2016 105.658
To ta l Ge ra l 685.831

NÚMERO DE PRO C ESSO S DE C O MPRAS


169.558
159.657
145.239

105.719 105.658

2012 2013 2014 2015 2016

VLR DOS PROCESSOS POR MODALIDADE


PAINEL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS - ÂMBITO FEDERAL
http://paineldecompras.planejamento.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=Painel%20de%20Compras.qvw &host=Local&anonymous=true

ANO So m a d e VLR DA C O MRPABILHO ES


So m
R$a d e VLR DA C O MRPA
C o n c o rrê n c ia 22,3 7,77%
C o n c o rrê n c ia In t e rn a c io n a l 0,3 0,11%
C o n c u rso 0,0 0,01%
C o n v it e 0,0 0,02%
Disp e n sa d e Lic it a ç ã o 53,7 18,69%
In e xig ib ilid a d e d e Lic it a ç ã o 62,1 21,63%
Pre g ã o 147,4 51,29%
To m a d a d e Pre ç o s 1,4 0,48%
To ta l Ge ra l 287,3 100,00%

Co nc o rrê nc ia
Nº de Págs.11 • Nº palavras: 0 • File: 99 KB To ma d a Inte rna c io na l
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Pre ç o s Co nc urso
1,4 Co nc o rrê nc ia 0,0
22,3
Co nvite
0,0

Disp e nsa d e
Lic ita ç ã o
53,7

Pre g ã o
147,4

Ine xig ib ilid a d e


d e Lic ita ç ã o
62,1
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TORNOU REGRA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 6 |
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ANÁLISE DAS COMPRAS MUNICÍPIO DE CAPÃO DA CANOA - RS


Sistema Transparência Fly ATUALIZADO ATÉ:
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PROCESSO DE COMPRAS REALIZADAS EM CAPAO DA CANOA


01
CONCORRENCIA

INEXIGIBILIDADE
MODALIDADES

DISPENSA DE
TOMADA DE

LICITAÇÃO
CONVITE
PREGÃO
OUTRAS

PREÇO
To ta l Ge ra l
2012 0,49% 3,90% 1,46% 23,90% 0,49% 69,27% 0,49% 100,00%
2013 1,58% 4,74% 3,56% 23,72% 0,40% 66,01% 0,00% 100,00%
2014 2,30% 1,72% 7,47% 19,83% 0,00% 68,68% 0,00% 100,00%
2015 0,35% 1,12% 1,20% 3,09% 16,02% 11,19% 67,04% 100,00%
2016 0,14% 0,53% 0,58% 5,01% 15,71% 6,12% 71,90% 100,00%
To ta l Ge ra l 0,46% 1,21% 1,48% 6,62% 13,58% 17,64% 59,03% 100,00%

0,00%
0,49% 0,00%

66,01% 67,04%
69,27% 68,68%
71,90%

0,40%
0,00%
0,49%
11,19%
6,12%
23,72% 19,83%
23,90%
16,02% 15,71%

3,56% 7,47% 1,20%


1,46% 4,74% 1,72% 3,09% 0,58%
0,14% 5,01%
Nº de Págs.11 • Nº palavras: 0 • File: 99 KB 3,90%
1,58% 2,30%
0,49% 0,35%
Realizado em 27/04/2017 • Revisão: 01/10/2023 11:07 2012 2013 2014 2015 1,12% 2016 0,53%
DISPENSA DE LICITAÇÃO 0,49% 0,00% 0,00% 67,04% 71,90%
CONVITE 69,27% 66,01% 68,68% 11,19% 6,12%
INEXIGIBILIDADE 0,49% 0,40% 0,00% 16,02% 15,71%
PREGÃO 23,90% 23,72% 19,83% 3,09% 5,01%
TOMADA DE PREÇO 1,46% 3,56% 7,47% 1,20% 0,58%
OUTRAS MODALIDADES 3,90% 4,74% 1,72% 1,12% 0,53%
CONCORRENCIA 0,49% 1,58% 2,30% 0,35% 0,14%
COMPRAS DIRETAS E A DISPENSA E INEXIBILIDADE DA LICITAÇÃO: A EXCEÇÃO QUE SE
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ANÁLISE DAS COMPRAS MUNICÍPIO DE CAPÃO DA CANOA - RS


Sistema Transparência Fly
h ttp s:/ / e -g o v .b e th a .c o m .b r/ tra n sp a re n c ia / 01030-008/ m a in .fa c e s.

Co nta g e m d e Nº Ró tulo s d e Co luna


Ró tulo s d e Linha 2012 2013 2014 2015 2016 To ta l Ge ra l
C O NC O RRENC IA 1 4 8 9 3 25
O UTRAS MO DALIDADES 8 12 6 29 11 66
TO MADA DE PREÇ O 3 9 26 31 12 81
PREG ÃO 49 60 69 80 104 362
INEXIG IBILIDADE 1 1 415 326 743
C O NVITE 142 167 239 290 127 965
DISPENSA DE LIC ITAÇ ÃO 1 1.737 1.492 3.230
To ta l Ge ra l 205 253 348 2.591 2.075 5.472

2.000
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
2012
800
600 2013
400 2014
200 2015
-
2016

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CONCORRENCIA
PROCEDIMENTO LICITATÓRIOS POR MODALIDE 0%

OUTRAS
Ró tulo s d e Linha 2012-2016 % MODALIDADES
C O NC O RRENC IA 25 0,46% 1%
DISPENSA DE
O UTRAS M O DALIDADES 66 1,21% LICITAÇÃO TOMADA DE
TO M ADA DE PREÇ O 81 1,48% 59% PREÇO
1%
PREG ÃO 362 6,62% PREGÃO
7%
INEXIG IBILIDADE 743 13,58%
C O NVITE 965 17,64%
DISPENSA DE LIC ITAÇ ÃO 3.230 59,03%
INEXIGIBILIDADE
To ta l Ge ra l 5.472 100,00% 14%

C O M PRAS DIRETAS 73%

CONVITE
18%
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3 O PROCESSO LICITATÓRIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Etimologicamente, a expressão “licitação” é originária do latim “licitatio” que significa venda por
lances. Bittencourt (2014, p. 24), entende que a palavra comporta inúmeros significados, mas
todos atrelados à ideia de oferta de lances por disputa e concorrência.

A Licitação Pública é um ato promovido pela Administração Pública para adquirir bens e
mercadorias, para contratar obras e serviços ou ainda para alienação de bens de seu patrimônio.
É um procedimento adotado pela Administração Pública no qual visa selecionar e escolher a
proposta mais vantajosa entre as ofertadas por particulares interessados no fornecimento, os
quais concorrem de forma igualitária, vencendo o fornecimento a melhor proposta.

Conforme pontua Meirelles (1998, p. 238), a licitação “é o procedimento administrativo mediante o


qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu
interesse”. Assim temos a natureza jurídica da Licitação Pública como um procedimento
administrativo.

[desenvolver]

4 OBJETIVO DA LICITAÇÃO

O procedimento de licitação, nos termos da Lei 8.666/93, tem a finalidade de buscar a melhor
proposta, a mais vantajosa para a Administração Pública, estimulando a competitividade entre os
potenciais fornecedores interessados, que preencham as condições previamente fixadas no
instrumento convocatório, que concorrem em iguais condições, garantindo a todos não somente o
princípio constitucional da isonomia e da livre concorrência, como os previstos no art. 3.º da Lei
8.666/1993: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade
administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo e outros que lhes são
correlatos. Meirelles (1998, p. 238), aponta mais alguns princípios como o Princípio do sigilo das
propostas (art. 94 da Lei 8.666/1993) e o Princípio da ampla defesa (art. 87 da Lei 8.666/1993).

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5 OBRIGATORIEDADE
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DA LICITAÇÃO

O processo de licitação pública é regra imperativa, prevista na Constituição Federal (art. 37, inciso
XXI), na Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei 8.666 de 1993) e regida pelos
princípios da isonomia, da impessoalidade, da moralidade e da indisponibilidade do interesse
público, a fim de selecionar a melhor proposta de fornecimento de forma imparcial, garantindo
iguais condições a todos que queiram concorrer.

Dessa forma, estão obrigados a promover o processo licitatórios todos órgãos da administração
pública direta, autárquica, fundacional e demais entidades controladas direta ou indiretamente
pela da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios, além das empresas públicas, e
sociedades de economia mista (Lei 8.666/1993, art. 1.º, parágrafo único).
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6 COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR

É bastante controversa a discussão sobre a natureza da competência para criar leis sobre
licitação. A Constituição Federal, em seu art. 22, inciso XXVII, estabelece que “compete
privativamente à União legislar” sobre as normas gerais de licitações e contratos, enquanto os
Entes Federados podem legislar sobre as normas específicas. Assim, a competência da União
para legislar seria integral, não deixando aos demais Entes editar normas especificas, diferente
disso, o inciso XXVI deveria estar no rol do art. 24 que define competência concorrente. Porém,
este não é o entendimento doutrinário majoritário, o qual entende que a União deve apenas definir
as normas gerais de Licitação, enquanto os entes federativos têm a competência para editar
normas próprias e disciplinar o regime de licitação e contratação conforme sua esfera de atuação,
observando as normas gerais fixadas pela União de forma que não as infrinja. Todavia, o STF 7,
entende que nem todas as normas da Lei 8.666/1993 são gerais, e algumas, como por exemplo o
art. 17, I, “b” e II, “b”, vinculam apenas a Administração Federal dando um caráter de lei federal ao
tocante. Além disso, a súmula 222 do TCU dispõe que:

As Decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de normas


gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar, devem ser
acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

Assim, enquanto a União tem competência para a edição de normas gerais, fica para os Estados,
Municípios e Distrito Federal a competência para edição de normas específicas dentro do seu
território.

7 PRESSUPOSTO PARA ABERTURA DE LICITAÇÃO

Para toda e qualquer abertura de processo licitatório, por parte do Poder Público, deve haver a
comprovação do interesse público e a viabilidade de competição entre os fornecedores
interessados.

Por tudo o que se disse até esse momento, resulta nítida a conclusão segundo a qual a abertura
Nº de Págs.11 • de
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licitação, porKB parte do
Poder Público, pressupõe a comprovação da viabilidade de competição.
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Com efeito, se a abertura de procedimento licitatório pressupõe a competição, em termos de
igualdade previstos no edital entre os interessados em contratar com a Administração, resulta
cristalina a conclusão segundo a qual inexistindo a possibilidade de competição, não se licita.
Esse aspecto assume importância, porque fundamental para justificar as hipóteses de contratação
direta previstas na Lei 8.666/1993, em especial aquelas veiculadas por inexigibilidade de licitação.

7
ADI 927 MC/RS, Pleno, Rel. Min. Carlos Veloso, j. 03.11.1993, DJ 11.11.1994, p. 30.635. Da mesma
forma, o STF afirmou a constitucionalidade de legislação municipal que vedou a celebração de contratos por
agentes políticos e seus parentes com o respectivo Município, apesar da ausência da referida vedação no
art. 9.º da Lei 8.666/93. STF, RE 423.560/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 29.05.2012 (Informativo de
Jurisprudência do STF n. 668).
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8 TIPOS DE LICITAÇÃO

9 MODALIDADES DE LICITAÇÃO

10 CONTRATAÇÃO DIRETA – AS EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR

A obrigatoriedade em se instaurar um procedimento licitatório para toda aquisição pública, não


pode ser considerada uma regra absoluta, tendo em vista o art. 2º da Lei de Licitações nº
8.666/93, que em atenção ao inciso XXI, do art. 37 da Constituição Federal, que prevê que
“ressalvados os casos especificados na legislação(...)” (BRASIL, 2012), define que são admitidos
casos de exceções, onde a licitação será inexigível, dispensada ou ainda dispensável.

Os casos de contratação direta são situações em que não será realizado o procedimento
licitatório. Trata-se de situação excepcional, uma vez que a regra será a licitação para a escolha
da proposta mais vantajosa antes da celebração do contrato administrativo.

Para a contratação direta, a lei exige que sejam necessariamente justificadas e a observância do
parágrafo único do art. 26.....

11 A DISPENSA DA LICITAÇÃO

11.1 A dispensa da licitação em razão do valor


11.2 A dispensa da licitação em razão do momento da contratação
11.2.1 Licitação vedada ou proibida
11.3 A dispensa da licitação em razão das características do contratado
11.4 A dispensa da licitação em razão das características do objeto

Nº de Págs.11 • 12 A INEXIGIBILIDADE
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12.1 Em razão de fornecedor ou representante comercial exclusivo


12.2 Em razão de notória especialização para a execução de serviços singulares
12.3 Em razão do Setor artístico

13 LICITAÇÃO DISPENSADA

14 FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

15 CRIME NAS LICITAÇÕES


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16 REFERENCIAS

BITTENCOURT, Sidney. Manual de convênios administrativos. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum,


2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Texto constitucional de 5 out.


1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais 1/1992 a 68/2011, pelo Decreto
Legislativo nº 186/2008 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão 1 a 6/1994. Brasília: Câmara
dos Deputados, Edições Câmara, 2012

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e contratos: orientações e jurisprudência do


TCU / Tribunal de Contas da União. – 4. ed. rev., atual. e ampl. – Brasília: Senado Federal,
Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2010.

FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Contratação direta sem licitação. 8. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2009.

FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2010.

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 15. ed.,
São Paulo: Dialética, 2012.

MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo atualizado por Eurico de Andrade
Azevedo e Célia Marisa Prendes. 11 ed. São Paulo: Malheiros, 1996.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 10. ed., São Paulo:
Malheiros, 1998.

MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas licitações e contratos. 11 .ed. rev. e atual. Belo
Horizonte: Del Rey, 2008.
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PEREIRA JÚNIOR, Jessé Torres. Comentários à lei das licitações e contratações da
administração pública. 7.ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2007.

PEREIRA JÚNIOR, Jessé Torres. Comentários à lei das licitações e contratações da


administração pública. 7.ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2007.

PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. 14.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SILVA, José Afonso da. Manual da Constituição de 1988. São Paulo: Malheiros, 2002.

ZUANAZZI, Pedro Tonon. Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS.
Porto Alegre: FEE, 2016

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