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MULTIDISCIPLINARY REVIEWS ISSN 2595-3982


https://doi.org/10.29327/multi.2021004
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REVIEW

Fadiga oncológica e exercício físico: uma revisão sistemática

Henrique Stelzer Nogueiraab , Jorge Bruno Nascimento Pereiracd, Aline Karla Ferreira Moreira Barrosc,
Silvia Roberta Schmidtc, Henrique Miguelae, Geovany Rafael Bisole, José Garcia De Brito-Netof ,
Leonardo Emmanuel de Medeiros Limae

aCentro Universitário de Jaguariúna (EAD UNIFAJ – UNIEDUK), Jaguariúna, SP, Brasil.


bLaboratório de Biocências da Motricidade Humana – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (LABIMH – UNIRIO), Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
cUniversidade Federal do Mato Grosso (UNFMT), Cuiabá, MT, Brasil.
dFaculdade Inspirar, Cuiabá, MT, Brasil.
eCentro Universitário de Espirito Santo do Pinhal (UNIPINHAL), Espirito Sando do Pinhal, SP, Brasil.
fLiga Acadêmica Multidisciplinar de Oncologia da FACENE (LAMOF), Faculdade Nova Esperança (FACENE/RN), Mossoró, RN, Brasil.

RESUMO O câncer é uma doença complexa, em que problemas metabólicos, imunológicos e genéticos são cruciais
para a desregulação hormonal, favorecendo o crescimento de células defeituosas. O tratamento do câncer é
acompanhado por efeitos colaterais que geram impactos significativos na saúde, dentre eles, o mais mencionado
por pacientes é a fadiga, persistindo após o tratamento. O objetivo deste trabalho foi verificar na literatura como a
intervenção de exercícios físicos pode atuar na fadiga de pacientes oncológicos. Para isso, foi realizada busca de
artigos originais, em que após critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados nove estudos. Apenas dois
estudos não apresentaram redução significativa da fadiga em pacientes oncológicos. A literatura apresenta diversas
alterações bioquímicas positivas em pacientes oncológicos submetidos ao exercício físico. Ocorre que estes dois
estudos não atingiram as recomendações mínimas semanais para a prática de exercícios físicos, o que pode explicar
esses resultados negativos, já que os outros sete estudos tiveram bons resultados, e os protocolos ficaram mais
próximos das recomendações. Conclui-se que o treinamento físico é uma boa forma de reduzir a fadiga, e outros
PALAVRAS-CHAVE câncer; efeitos colaterais; qualidade de vida; saúde; tratamento
efeitos colaterais, em pacientes oncológicos.
Aceito 08 de janeiro de 2021 Publicado online 09 de fevereiro de 2021

Cite este artigo:


Nogueira et al. (2021) Fadiga oncológica e exercício físico: uma revisão sistemática. Multidisciplinary Reviews 4: e2021004. DOI: 10.29327/multi.2021004.

Oncological failure and physical exercise: a systematic review

ABSTRACT Cancer is a complex disease in which metabolic, immunological, and genetic problems are crucial for
hormonal dysregulation, favoring the growth of defective cells. Cancer treatment is accompanied by side effects that
generate significant health impacts, among them, the most mentioned by patients is fatigue, persisting after treatment.
This review aimed to verify in the literature how the intervention of physical exercises can affect the fatigue of cancer
patients. For this, we searched for original articles, in which after inclusion and exclusion criteria, nine studies were
selected. Only two studies showed no significant reduction in fatigue in cancer patients. The literature presents several
positive biochemical changes in cancer patients submitted to physical exercise. It turns out that these two studies did
not meet the minimum weekly recommendations for physical exercise, which may explain these negative results, since
the other seven studies had good results, and the protocols were closer to the recommendations. Therefore, it is
concluded that physical training is a good way to reduce fatigue and other side effects in cancer patients.

KEYWORDS: cancer, collateral effects, quality of life, health, treatment

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CONTATO José Garcia De Brito-Neto – jgarcia.academico@hotmail.com
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Introdução
O câncer é o segundo maior número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, sendo superado
apenas pelas doenças cardiovasculares (Lima et al 2019; Nogueira e Lima 2018). No biênio de 2018-2019 a previsão foi
de cerca de 600 mil novos diagnósticos para cada ano (Instituto Nacional de Câncer 2018). Considerando que cerca de
90% dos cânceres ocorrem a partir de fatores externos (Naoum e Naoum 2016), como toxicidades virais, estilo de vida
e meio ambiente, acredita-se que um terço das mortes em todo o mundo pode ser prevenido (Danaei et al 2005),
inclusive o treinamento físico é um fator preventive (Lima et al 2019).
Sendo o câncer um conjunto de doenças cuja característica principal é o crescimento descontrolado de células
defeituosas, possui três linhas fisiopatológicas principais, que agrupam fatores metabólicos, imunológicos e genéticos,
que influenciam na produção e secreção de hormônios de crescimento celular (Lima et al 2019; Nogueira e Lima 2018).
Destaca-se que as células imunes, neste contexto fisiopatológico do câncer, são encontrados em massas
tumorais, mas que ao invés de realizarem suas ações esperadas de destruição destas células defeituosas, são
aproveitadas pelos tumores para que, em uma atividade similar ao parasitismo, forneçam produtos inflamatórios que
sustentem o crescimento constante e favoreçam a metástase (Lima et al 2019).
Em decorrência do alto custo dos tratamentos, os quais são acompanhados por efeitos colaterais, com
destaque para a fadiga (Spinola et al 2007; Curt et al 2000), estratégias não farmacológicas se apresentam como
ferramentas auxiliar no tratamento do paciente oncológico. Sendo assim, o treinamento físico se apresenta como uma
destas estratégias, uma vez que atua tanto na diminuição dos efeitos colaterais do tratamento principal (quimioterapia,
radioterapia, etc.), mas também por modular positivamente a funcionalidade de células imunes direcionadas a
destruição de células cancerígenas gerando uma melhora da resposta imunológica contra o câncer, bem como respostas
metabólicas e endócrinas para redução do potencial cancerígeno e metastático, além de modulação neurológica,
melhorando questões cognitivas e emocionais (Lima et al 2019; Nogueira e Lima 2018).
Sendo a fadiga uma sintomatologia recorrente em pacientes oncológicos durante e após o tratamento, faz-se
necessária a investigação sobre estratégias não farmacológicas que podem contribuir para maior incentivo de práticas
como os exercícios físicos. Diante disto, este estudo tem como objetivo investigar os efeitos de programas de exercícios
físicos sobre a fadiga relacionada ao câncer, por meio de revisão sistemática.

Métodos
Foi realizada busca de artigos publicados utilizando as bases de dados PubMed, Periódicos CAPES e Lilacs,
utilizando as palavras-chave “câncer”, “atividade física”, “exercício físico”, “cirurgia”, “radioterapia”, “quimioterapia”,
“efeitos colaterais” e “fadiga”.
Como critérios de inclusão, foram selecionados artigos de estudos originais, com data de publicação entre os
anos 2000 e 2018, cujos estudos utilizaram modelo humano e disponibilizados gratuitamente.
A Figura 1 apresenta esquematicamente esse processo de busca e seleção dos artigos. Como critérios de
exclusão, foram retirados artigos que não atendiam os requisitos de inclusão, por meio de leitura de título, resumo e da
íntegra destes.
Ademais, este trabalha conta com livros e outros artigos publicados com a finalidade de apresentação do tema
e dar base conceitual em alguns pontos discutidos.

Resultados
A tabela 1 a seguir apresenta os nove artigos selecionados, em que se detalha o tipo de câncer, tratamento,
número e perfil das amostras, intervenção com exercícios físicos, objetivo geral e resultados.

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Discussão
De maneira geral, já é comprovada a segurança da prática do exercício físico para a maioria dos pacientes
oncológicos considerando parâmetros fisiológicos, psicológicos e funcionais podem ser modificados positivamente, bem
como as melhorias na função cardiorrespiratória, composição corporal, força e resultados de melhora relatados pelos
pacientes sobre a depressão, qualidade de vida e fadiga (Battaglini et al 2014).

Figura 1 Processo de seleção dos artigos.

Dentre os estudos analisados, a grande maioria (77,8%) apresentou alterações positivas acerca dos efeitos da
prática regular do exercício físico por pacientes oncológicos sobre a fadiga (Patel e Bhise 2013; Reis et al 2013; Battaglini
et al 2009; Segal et al 2009; Battaglini et al 2006; Diettrich et al 2006; Mock et al 2005).
Pode-se explicar, mesmo que parcialmente, a melhora da fadiga em pacientes oncológicos engajados em
treinamento físico por meio dos mecanismos bioquímicos que são modulados positivamente pelo mesmo, que a saber
são: redução da atividade do oncogene c-Myc, aumento na atividade da enzima lactato desidrogenase de isoforma B
(LDH-B), redução na atividade da enzima lactato desidrogenase de isoforma A (LDH-A), redução do insulin-like growth
factor -1 (IGF-1) excedente, melhora nas atividades da proteína p53, melhora nos toll-like receptors (TLRs), redução da
inflamação crônica, manutenção na contagem das células imunes dentro de valores de referência, prevenção e
tratamento da caquexia, diminuição de células cancerígenas, entre outros fatores (Lima et al 2019; Nogueira e Lima
2018).
Entretanto, os estudos de Dood (et al 2010) e de Battaglini (et al 2004) não apresentaram melhora significativa
no tocante a fadiga oncológica após a realização de uma intervenção baseada em exercício físico.
Em geral, as recomendações no tocante a prática de exercício físico para que o paciente oncológico, durante e após o
tratamento, realize são de 150 minutos de exercícios cardiorrespiratórios em intensidade moderada ou 75 minutos em
intensidade vigorosa, somados à pelo menos duas sessões semanais de exercícios de força muscular e pelo menos mais
duas sessões de exercícios de alongamento muscular (Lima et al 2019; Nogueira e Lima 2018). Portanto, podemos
considerer que a não melhora nos dois estudos pontuados pode ser explicado pelo fato de não atenderem as
recomendadas mínimas para a prática de exercício físico (Dood et al 2010; Battaglini et al 2004).

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Tabela 1 Detalhamento dos artigos selecionados.


Estudo Tipo de Câncer Tratamento Participantes Intervenção Objetivo Geral Resultados
Battaglini et al Cólon, próstata, Quimioterapia, 27 adultos = 2 Grupo Experimental: 10’ de alongamento, 10- Relacionar as adaptações Não houve relação
2004 mama, tireóide e radioterapia ou homens e 25 20’ de aeróbio (50-55% FCM), exercícios fisiológicas proporcionadas significativa na variação da
tumor cerebral adjuvante mulheres (56,7 ± resistidos (50% de 1RM); pela atividade física e os níveis redução da fadiga (r² =
14,8 anos) Duração: 24 semanas; de fadiga em pacientes com 0,102)
Frequência: 2x/semana; câncer
Mock et al Mama Quimioterapia 119 mulheres Grupo Experimental: 15-30’ de caminhada (50- Verificar os efeitos de um Mudanças nos níveis de
2005 adjuvante e sedentárias (24% no 70% FCM); programa de exercícios de fadiga ao longo do
radioterapia estágio 0; 43% no Duração: 6 semanas (radioterapia) ou 3-6 caminhada domiciliar sobre os tratamento do câncer
estágio I; 30% no meses (quimio); níveis de fadiga em mulheres foram inversamente
estágio II; 3% no Frequência: 5-6x/semana (durante a terapia com câncer de mama que relacionadas às mudanças
estágio III) adjuvante) recebem quimioterapia do desempenho no teste
adjuvante ou radioterapia de caminhada de 12
minutos (r = 0,25; p =
0,001)
Diettrich et al Mama Quimioterapia 8 mulheres em Grupo Experimental: 30 minutos (2 primeiras Verificar os efeitos de um 87,5% dos pacientes
2006 Adjuvante estágio II e III no semanas) e 40 minutos (demais semanas) de programa de caminhada sobre apresentaram nível médio
estadiamento esteira ergométrica; os níveis de fadiga em de fadiga, demonstrando o
Duração = 12 semanas ; pacientes com câncer de declínio na sensação desta
Intensidade = aeróbio a 60% FCMáx (2 mama sob tratamento
primeiras semanas) e 60-80% FCMáx (demais quimioterápico
semanas)
Frequência = 3x/semana;
Battaglini et al Mama Cirurgia definitiva 20 mulheres Grupo Experimental: Verificar os efeitos do Os níveis de fadiga
2006 (qualquer tipo); divididas em 2 6-12 minutos de treinamento de resistência na reduziram
Quimioterapia, grupos: esteira/cicloergômetro/equipamento elítico, força muscular e fadiga em significativamente entre os
Radioterapia ou uma experimental (57,5 ± 5-10 minutos de alongamento e 15-30 minutos pacientes com câncer de grupos após a primeira (p =
combinação desses 23 anos) e controle de treinamento de força; mama 0,001) e a segunda
tratamentos após (56,6 ± 16 anos) Duração = 21 semanas; intervenção (p = 0,005) e ao
cirurgia Frequência = 2 vezes/semana final do tratamento (p =
Intensidade = 40-60% de 1RM (exercícios com 0,001)
peso)
Segal et al 21 diagnósticos Radioterapia Homens (n = 121) Experimental 1: treinamento de resistência (10 Comparar os efeitos do Tanto o grupo de
2009 divididos em 3 exercícios diferentes, de 12 a 8 repetições) treinamento de resistência e treinamento de resistência
grupos: controle (n = Duração = 24 semanas aeróbio sobre a fadiga em (p = 0,01) quanto o aeróbio
41), resistência (n = Frequência = 3x/semana relação ao tratamento (p = 0,004) atenuaram a
40) e aeróbio (n = Intensidade = 60-70% da estimativa de 1RM habitual para pacientes com fadiga a curto prazo
40) câncer próstata O de resistência (p = 0,002)
Experimental 2: treinamento aeróbio em também produziu melhoras
cicloergômetro, esteira ou aparelho elíptico a longo prazo
Duração = 24 semanas
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Frequência = 3x/semana
Intensidade = 50-60% do VO2pico (da semana
1 à 4) e 70-75% do VO2pico (da semana 5 à 24)
durante 15 minutos (aumentando 5 minutos a
cada 3 semanas até atingir 45 minutos)
Battaglini et al Leucemia Quimioterapia 10 voluntários = 3 Experimental: exercícios combinados Examinar a viabilidade de O programa de exercício
2009 mulheres e 7 (anaeróbio e aeróbio) administrar um programa de físico combinado (aeróbio e
homens Frequência: 3-4x/semana, 2x/dia, 30 minutos exercícios intra-hospitalares anaeróbio) promoveu
Duração: 3-5 semanas para pacientes com leucemia significativas melhoras da
aguda submetidos à aptidão cardiorrespiratória
quimioterapia (p = 0,009), da fadiga (p =
0,009) e da sensação de
depressão (p = 0,023)
Dood et al Mama, cólon e Quimioterapia (com 119 mulheres Experimental 1: recebeu a prescrição dos Avaliar a eficácia de uma A mudança linear na fadiga
2010 ovário ou sem radioterapia) divididas em exercícios durante todo o estudo intervenção de treinamento ao longo do tempo não foi
Experimental 1 (n = Experimental 2: recebeu prescrição de de exercícios domiciliares, significativa (p = 0,084)
44), Experimental 2 exercício após completar o tratamento utilizando o programa de
(n = 36) e Controle controle da fadiga Pro-Self
(n = 39) para gerenciar a fadiga
relacionada ao câncer
Reis et al 2013 11 tipos, dos quais Não especificado 44 adultos = 39 Grupo Experimental 1 = 15-20 minutos de Avaliar o impacto de 2 Após 16 semanas, tanto
66% são de mama mulheres e 5 aeróbio, podendo aumentar para até, no programas de exercício físico pacientes participantes de
e 9% melanoma) homens (idade máximo, 40 minutos em esteira ou bicicleta na performance física e na exercícios aeróbios quanto
média = 53 anos) ergomêtrica ; Duração = 16 semanas ; fadiga relacionada ao câncer do combinado relataram
Intensidade = 70% FCMáx ou o escore 7 da melhora do desempenho
Escala de Percepção Subjetiva de Borg; físico (p = 0,009 e p =
Grupo Experimental 2: 10-15 minutos de 0,001) e níveis de fadiga
aeróbio associado à progressão de 2 para 3 menor (p = 0,002 e p =
séries de 12-8 repetições no treinamento de 0,003)
força
Duração: 16 semanas
Patel e Bhise Não especificado Quimioterapia e 34 divididas em Grupo Experimental: 20-40 minutos de Avaliar os efeitos do exercício Os resultados
2013 Radioterapia grupo experimental caminhada em esteira aeróbio na fadiga relacionada apresentaram redução
(n = 17) e grupo Frequência: 20-40 minutos, 5 dias/semana ao câncer em pacientes com significativa no escore BFI
controle (n = 17) Intensidade: 50-70% FCM tumor sólido após por fadiga relacionada ao
Duração: 6 semanas quimioterapia e radioterapia câncer (p < 0,001) e
melhora significativa no
desempenho físico como
em 6 minutos de
caminhada (p < 0,001)

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Considerações finais
Apesar da literatura carecer de publicações específicas sobre modelos de treinamento físico para pacientes com
câncer, sobretudo relacionado com a fadiga oncológica, os poucos estudos sobre fadiga oncológica e exercício físico
apresentam, em sua maioria, benefícios para esta população, porém desde que os pacientes oncológicos atinjam as
recomendações mínimas de exercícios físicos semanais. Sugere-se para aqueles que não conseguem realizar as
respectivas recomendações, que sejam tão ativos o quanto possível, evitando o sedentarismo.
Sugerimos que está temática seja investigada com mais afinco, visto a escacez de evidências sobre esta nuance
em específico da contribuição do exercício físico sobre a fadiga oncológica.

Declaração de conflito de interesse


Os autores declaram que não há conflitos de interesse.

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