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TCC de Intervenção para Especialização em Engenharia de Produção
TCC de Intervenção para Especialização em Engenharia de Produção
Belo Horizonte
2016
Lethícia Paulino Leonel
Belo Horizonte
2016
SUMÁRIO
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA.......................................................................................................4
2. PROBLEMAS................................................................................................................................6
3. OBJETIVOS...................................................................................................................................7
4. ANÁLISE DOS PROBLEMAS.....................................................................................................7
6. O PROJETO.................................................................................................................................13
7. CONCLUSÃO.............................................................................................................................22
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................24
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A Empresa R* teve início na década de 80, fundada por dois irmãos após a
compra de uma pequena fábrica de refrigerante guaraná no interior do estado de São
Paulo. A fábrica vem crescendo desde então, aderindo ao uso de garrafas PET em
1995 e aumentando sua linha de produtos, iniciando a produção dos sabores tubaína,
limão, laranja, uva e abacaxi.
Emm 2010, a empresa fundou sua primeira sede no interior do estado do Mato
Grosso do Sul, escolhendo a nova localização baseando-se na proximidade de seus
maiores pontos de venda, somado a incentivos fiscais do munícipio e à oportunidade
de comprar a planta recém desativada de um laticínio, situada sobre uma nascente de
água.
Presidente
(Sede)
Conselho (Sede)
Responsável Gerente de
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Administrativo Fábrica
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Figura 2: Infográfico de produção de refrigerantes.
2. PROBLEMAS
Apesar do produto não estar vencido, alguns clientes somente aceitam produtos
perto da validade se ocorrer algum tipo de desconto, diminuindo o lucro da Empresa
R*.
3. OBJETIVOS
3.1. Geral
Dentro dos aspectos e conceitos de Produção Enxuta, o foco dessa intervenção é
trabalhar o projeto de um leiaute para armazenamento de produtos alimentícios, em uma filial
pequena e ainda em fase inicial de operações.
3.2. Específicos
Os objetivos são:
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impactando diretamente no ambiente de trabalho. Dentro do sistema de produção
enxuta, pretende-se acabar com essas ineficiências através da eliminação das oito
perdas da produção. (JUNIOR, 2012)
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Figura 3: Modelos de Fluxo de Materiais
a) Sejam identificados por uma faixa amarela, pintada no piso e com largura entre
80 e 100 mm;
b) Sua largura seja suficiente para permitir operações seguras e eficientes;
c) Sempre que possível, sejam utilizadas as colunas como demarcação de limites
entre as áreas;
d) Tenham mão única, com exceção dos corredores de transporte principal;
e) Sua forma seja a mais retilínea possível;
f) Estejam sempre livres e desobstruídos;
g) Os cruzamentos sejam reduzidos o mínimo necessário;
h) Conduzam, sempre que possível, às portas do depósito.
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4.1. Metodologia ABC
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Figura 5: Divisão da zona de armazenamento em classificação de acordo com preço.
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5.3. Por formato da embalagem
5.4. Metodologia 5S
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b) Seito: Senso de organização. Tudo deve ser organizado e mantido em seu local
adequado, com a devida identificação;
c) Seiso: Senso de limpeza. Os corredores do armazém devem estar sempre
limpos e desobstruídos;
d) Seketsu: Senso de Normalização. Criar normas e documentos que devem ser
seguidos;
e) Shitsuke: Senso de autodisciplina. Refere-se à manutenção e revisão de todos
os outros 4S anteriores.
6. O PROJETO
O modelo proposto de projeto de um novo leiaute pode ser dividido em quatro fases,
como descrito na Figura 8.
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Figura 9: Diagrama de Espaguete
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O diagrama torna mais fácil a identificação das áreas problemáticas dentro do
armazém, onde desperdícios de movimento e transporte podem ser claramente identificados
e os comentários dos operadores ajuda na explicação das causas dos problemas encontrados.
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Com a falta da identificação e um leiaute amigo, aumenta-se as chances de cargas
mais próximas do portão serem carregadas e cargas mais atrás serem “esquecidas”, como foi
o caso apresentado no Item 2 - Problemas.
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Para validar a eficiência dessa mudança, foi calculada a capacidade de estoque
máximo do armazém nesse formato. Buscando um número mínimo de corredores e máximo
uso do espaço de armazenagem, a quantidade de 3 corredores, com 4 fileira de produto, o
leiaute novo apresentou o desenho demonstrado na Figura X.
Sabendo que cada fileira de parede apresenta 2 linhas de paletes, com dimensões de
1,2 por 1,0 m, cada corredor apresenta 4 m de largura e com as duas fileiras do meio com 4
linhas de paletes, além dos 6 metros de equipamento de empacotamento dos fardos e uma
área de aproximadamente 30m² para montagem dos paletes, restou uma área de
armazenagem com espaço para armazenagem de aproximada de 480 paletes totais, menos os
36 paletes que correspondem ao estoque máximo de pré-formas e outros materiais de
embalagem utilizados, obteve-se um espaço para a estocagem máxima de 440 paletes, ou
aproximadamente 18 dias de produção. Representando um melhor aproveitamento de
espaço em 28, 6 %.
E, por fim, na busca do First In, First Out, levando em consideração o novo leiaute,
sugere-se a utilização de uma metodologia para arranjo dos produtos em estoque. Sabendo
que todos os produtos acabados não possuem distinção de famílias, são armazenados em
paletes, sem distinção para tamanhos de embalagem diferente e que seus preços de mercado
são semelhantes, a opção de classificação mais viável seria por Classificação A,B,C.
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Figura 10: Novo leiaute do armazém
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Com o intuito de diminuir o tamanho das viagens das empilhadeiras, os produtos
mais vendidos, e consequentemente mais produzidos, serão armazenados mais próximo das
portas, diminuindo assim o tempo de carregamento. No caso da filial da Empresa R*, este
produto é o refrigerante sabor tubaína 2 litros, que representa 60% da produção e está
representado na Figura 10 em cor vinho. As outras cores representam os outros sabores
feitos pela empresa, sua organização o mais próximo das portas de acordo com o seu
tamanho no mercado.
Para uma identificação visual do que deve ser carregado, sugere-se que as áreas de
cada produto sejam fixas. Assim, poderá ser utilizado um padrão simples para carregamento,
onde o palete a ser carregado será sempre o mais próximo da porta de expedição, e o espaço
onde um novo palete carregado será colocado, será sempre o mais próximo da produção.
Sem pular nenhuma fileira, sempre seguindo o fluxo. A Figura 11 explica melhor como esse
padrão poderia ser utilizado.
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6.3. Fase 3: Implementação
Como primeiro evento desta modificação, sugere-se uma reunião com administração
para apresentação da proposta e dos prazos descritos acima. Com a proposta validada pelos
supervisores, uma reunião com a operação para explicação do que será feito e os motivos,
com inclusão de um pequeno treinamento sobre 5s, para certificação de que as mudanças
serão mantidas com o tempo. Garantido que todos estarão ciente da mudança, as alterações
físicas podem começar de acordo com o cronograma ilustrado na Figura 11.
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6.4. Fase 4: Monitoramento
O segundo indicador se faz necessário para analisar se o FIFO está sendo utilizado de
forma correta e será calculado por verificações semanais do encarregado no estoque,
verificando se a sequência de carregamento está sendo seguida.
Recomenda-se que o primeiro indicador continue sendo monitorado, não apenas para
verificação da eficácia da mudança, mas também para análise de tendências e descoberta de
novas oportunidades para diminuir o tempo de carregamento. O mesmo pode ser compilado
em formato de gráfico e apresentado não somente para a administração, mas também para a
operação.
Criando desta forma, uma cultura de melhoria continua dentro da empresa, que
poderá ser repassada para outras áreas em busca de uma produção mais eficiente e enxuta.
7. CONCLUSÃO
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tempo da empilhadeira, com o aumento do estoque de pré-formas dentro da produção,
diminuindo a frequência das viagens de até mesmo 8 vezes em um dia, para apenas 2. E,
também, na diminuição do tempo de carregamento dos caminhões, com uma definição
melhor dos corredores, para acesso mais rápido e fácil aos produtos acabados.
Para que a situação de falha no sistema de First in First Out, descrita no início deste
relatório, não se repita, restam algumas outras sugestões para a empresa R*, começando
pela atualização das etiquetas de identificação de todos os paletes, de modo a incluir a data
de fabricação do produto paletizado e o número do mesmo dentro da produção, e não
somente o número de seu lote.
Também, para o ideal controle dos paletes, seria recomendável a instalação de algum
software de armazenagem, como o WMS, mas considerando a situação financeira da
empresa, sugere-se que os números dos paletes carregados sejam inseridos em uma planilha
eletrônica, para controle dos quais já deixaram o armazém.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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