Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


(DIFRAÇÃO E INTERFERÊNCIA)

HEDHIO LUIZ FRANCISCO DA LUZ – RA: 29148


JOSÉ EDUARDO PADILHA DE SOUSA – RA: 29149
ROBERTO ROSSATO – RA: 29158

FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL II – TURMA: 31

MARINGÁ
MARÇO DE 2004
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 2

DIFRAÇÃO E INTERFERÊNCIA

1 - RESUMO

Esta experiência teve como objetivo estudar a difração produzida por fenda
simples, a interferência produzida por fendas duplas. Distinguimos os efeitos de
interferência e difração, no espectro da intensidade da luz, relativa à experiência de
Young. Determinamos o comprimento de onda da luz de um laser.

2 - INTRODUÇÃO

A difração e a interferência são fenômenos característicos a todo o


movimento ondulatório. A ocorrência destes fenômenos também em feixes de luz, se
propagando no espaço, vieram revelar o caráter ondulatório da luz.

Da mesma forma que nas ondas mecânicas, duas ondas eletromagnéticas que
se propagam em uma dada região do espaço, com a mesma freqüência e mantendo entre
si uma relação de fase, constante no tempo, se superpõem dando origem a uma onda
resultante, cuja intensidade é máxima, em certos pontos, e nula em outros.

Thomas Young, em 1801, estudando a difração e interferência, estabeleceu a


teoria ondulatória da luz numa base experimental sólida, que lhe permitiu deduzir o
comprimento de onda de luz. Ele encontrou, na época, um valor de 570nm, para o
comprimento de onda médio da luz solar, próximo ao valor atual de 555nm.

O laser utilizado nesta experiência possui comprimento de onda de luz


nominal de  = 670,0 nm.
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 3

3 - TEORIA

Primeiramente vamos analisar a difração por fenda simples para relacionar a


largura da fenda (a) e o espaçamento entre os mínimos de intensidade. De acordo com a
Figura 1, onde m é um inteiro (1,2,3...), D é a distância entre a fenda e o anteparo e  é
o comprimento de onda:

Figura 1 – Pontos de Intensidade Mínima na Difração

De acordo com a Figura 1 podemos deduzir a Equação 1, que é a expressão


geral para a distância entre os mínimos de intensidade, em relação ao máximo principal,
na difração por fenda simples.

(1)

Agora vamos analisar a interferência por fenda dupla, por meio da Figura 2,
para relacionar a distância entre dois mínimos sucessivos (s), a distância (D) entre as
fendas e o anteparo, e a distância (d) entre as fendas.
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 4

Figura 2 – Interferência por Fenda Dupla

De acordo com a Figura 2 podemos deduzir a Equação 2, que é a expressão


geral para a distância entre dois mínimos sucessivos. Podemos perceber que quanto
menor a distância entre as fendas (d), maior a distância entre as franjas, e mais nítida se
torna a interferência.

(2)

4 - PARTE EXPERIMENTAL

Foram utilizados: um laser; um disco rotatório com fendas retangulares; um


anteparo; trena; cavaleiros; um banco ótico.

Difração por fenda simples

Montamos o esquema da Figura 3, e selecionamos a fenda de menor largura.


Colamos uma folha de papel no anteparo, e marcamos alguns mínimos simétricos em
relação ao eixo central. Medimos a distância (D) da fenda ao aparato, e o ym
correspondente para cada mínimo. Variamos o diâmetro (a) da fenda e repetimos as
medidas. Em seguida utilizamos a Equação 1 para encontrar o comprimento de onda.
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 5

Figura 3 - Esquema do Aparato para Experiência

Substituímos a fenda por um fio de cabelo colocado diretamente em cima do


laser. Repetimos os procedimentos de medida, utilizando a Equação 1 para encontrar o
diâmetro (a) do fio de cabelo.

Interferência de fenda dupla

No lugar do dispositivo de fenda simples colocamos um de fenda dupla.


Selecionamos a fenda dupla com menor espaçamento (d) e colamos uma folha de papel
no anteparo, marcando a distância x que continha n franjas de interferência. Mudamos o
diâmetro das fendas e repetimos o experimento.

5 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Tabela 1 - Difração por Fenda Simples I

Tabela 2 - Difração por Fenda Simples II


RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 6

Dessa forma o comprimento de onda é uma média dos s encontrados no


experimento para duas fendas diferentes, ou seja  = 616.97 nm. Temos assim um erro
percentual de 7,91% em relação ao valor nominal.

Tabela 3 - Difração de um Fio de Cabelo

Tabela 4 - Interferência por Fenda Dupla

Por meio da Equação 2 pudemos calcular o comprimento de onda, tendo em


mente que o nosso s é o comprimento (x) dividido pelo número de franjas (n) contido
nesta distância. O erro percentual da medida encontrado foi de 1,3%.
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 7

6 - DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Para o experimento de fenda simples, observou-se um desvio percentual


considerável (7,91%). Esse desvio pode ocorrer devido a algumas fontes de erro
experimental, dentre as quais estão o erro de apreciação devido a trena, o erro no
tamanho da fenda e o alinhamento do laser com a fenda. Para o experimento de fenda
dupla obtivemos uma bom resultado, uma vez que apresenta um desvio percentual de
apenas 1,3%.
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 8

7 - REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física 4. Rio de Janeiro: LTC,


1991, 300p.

2 WEINAND, W. R.; MATEUS, E. A.; HIBLER, I - Apostila de Ótica e Ondas.


Maringá: UEM, 2002.

8 - OUTRAS FONTES DE CONSULTA

1 http://www.fisica.ufmg.br

2 http://www.fisica.ufc.br

3 http://www.fis.uc.pt

4 http://www.if.ufrj.br

Você também pode gostar