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Trabalhos Acadêmicos de Graduação e Pós Graduação
Trabalhos Acadêmicos de Graduação e Pós Graduação
RESUMO
O presente artigo pretende mostrar as principais partes interessadas do projeto, podendo destacar o
grau de importância e estratégias adotadas por eles a fim de adequá-las ao projeto para que o mesmo possa
alcançar seu êxito ao final. Tomando como base a metodologia aplicada pelo Guia PMBOK, se tem um estudo
de caráter fictício com uma proposta de roteiro para melhor entendimento, assim como a coleta de dados para
detalhar os stakeholders focando na identificação e relação desses interessados com o projeto. Já a base teórica
foi de acordo, principalmente, com A Teoria dos Stakeholders, possibilitando assim ter uma visão mais ampla
sobre os maiores conceitos referente às partes interessadas de uma organização.
1 INTRODUÇÃO
da China, construída durante a China Imperial e que hoje é uma das maiores construções
existentes. O objetivo desse projeto é planejar, executar serviços e inovar, inserir mudanças
em seus processos e, além disso, deve-se haver uma organização desses vários processos
segundo o PMI, como um delineamento das etapas a serem processadas, pois é dessa forma
que teremos certeza da eficácia de sua execução.
Stakeholders, de acordo com Freeman (1984) em sua clássica definição, são todos os
que podem afetar ou que são afetados de alguma forma por meio do alcance dos objetivos da
organização. Segundo Pfeffer & Salancik (1978) o papel de cada stakeholder precisa ser
definido individualmente, ou seja, no gerenciamento dessas partes interessadas, deve-se
identificar cada stakeholder, fazer um levantamento das informações sobre ele para avaliar as
estratégias do projeto e definir onde e como serão aplicadas, pois como Mitchell, Agle e
Wood (1997) afirmam, nem todos os stakeholders exercem o mesmo nível de influência sobre
a organização e, sendo assim, faz-se necessário ter esse “mapeamento” do projeto para ter o
conhecimento da atuação de cada stakeholder e como cada um poderá contribuir no
andamento do projeto.
Vale ressaltar que, depois de feita a identificação, deve-se dar prioridade aos
stakeholders de maior importância, pois são estes que irão ter as influências mais diretas nas
tomadas de decisões no cumprimento da missão desejada. Geralmente os stakeholders são
classificados a partir do nível de poder, de urgência e de legitimidade.
Com base nisso, esse artigo vem com o objetivo de trazer uma proposta de roteiro
para identificação dos stakeholders dentro de um projeto da construção civil, aplicando o
PMBOK em sua 5ª edição, na qual foi publicada em 2013, mostrando qual a importância, a
influência e a estratégia de cada stakeholders durante todo o projeto.
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2 STAKEHOLDERS
De acordo com Freeman (1984), stakeholders são todos aqueles que podem afetar ou que são
afetados de alguma forma por meio do alcance dos objetivos do projeto. Ele ainda aponta que os
stakeholders são os grupos que possuem direito legitimados em um projeto. Boaventura et al. (2009)
argumentam que os estudos dos stakeholders tem suas origens na sociologia, no comportamento
organizacional e na administração de conflitos.
Goodpastor (1991 apud FROOMAN, 1999) observou que há dois tipos de stakeholders: o
estratégico e o moral. Podendo-se dizer que o stakeholder estratégico (aquele com o poder de afetar o
projeto) mantém um gerenciamento de interesses, que devem ser tratados preferencialmente para que a
o projeto possa alcançar seus objetivos. Já o stakeholder moral (aquele que é afetado pelo projeto)
mantém um equilíbrio de interesses provendo um relacionamento ético em ambos os lados. O autor
Frooman (1999) ressalta que existe uma grande ênfase do tratamento dos indivíduos participantes nos
relacionamentos, e não nos relacionamentos em si.
Grundy (2005) fala sobre como é importante que as empresas entendam quem são os seus
stakeholders, quais são seus interesses e como podem gerenciá-los melhor. Se for fazer a aplicação
dessa teoria dentro de um projeto, é fundamental que exista tal entendimento para que fiquem
estabelecidos todos os níveis de influência de cada stakeholder, quais os envolvimentos, determinar os
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requisitos, os pontos positivos e negativos, e saber quais são as expectativas de todos os envolvidos.
Durante esse processo é possível que haja um conflito de interesses, cabendo ao gerente do projeto
administrar o problema com paciência, por ser uma tarefa mais difícil, e buscar por meios onde possa
adequar esses interesses entre a equipe e as partes interessadas a fim de obter uma solução que agrade
a todos, garantindo assim o sucesso do projeto.
Atkinson, Waterhouse e Wells (1997) sugerem que os stakeholders sejam classificados como
primários e secundários. Os primários sendo aqueles que o projeto não sobreviveria caso eles não
existissem, ou seja, os acionistas, empregados, fornecedores e consumidores. Os secundários com
certo grau de importância, porém sem por em risco a existência do projeto, a exemplo: comunidade,
governo, dentre outros. Hill e Jones (apud PINTO e OLIVEIRA, 2003) usam outra denominação para
identificar estes grupos. Os acionistas, empregados, gerentes e membros do conselho do projeto são
categorizados como stakeholders internos e os consumidores, governos, sindicatos, fornecedores,
comunidade e todos os demais grupos que possuem algum tipo de interesse formam os stakeholders
externos.
Ainda nessa definição, deixando-a mais clara, pode-se dizer que os stakeholders internos tem
o envolvimento direto nas decisões do projeto, já os stakeholders externos são aqueles que serão
afetados pelas decisões do projeto. Karkotli e Aragão (2004) utilizam os termos internos e externos
para identificar o público que influencia e o público que é influenciado. O que difere a participação do
stakeholder dentro dos grupos é o nível da contribuição que se pode dar para chegar ao objetivo do
projeto assim como qual grau de responsabilidade pretende assumir.
Essas quatro etapas vão interagir entre si e com todas as áreas de conhecimento do
PMBOK, pois lidam com entidades que possuem características próprias e fatores emocionais
que estão relacionados com inúmeras situações abordadas pelos projetos. É importante
ressaltar que todo projeto tem stakeholders que podem vir a afetar ou serem afetados positiva
ou negativamente o andamento do mesmo, ficando sob a responsabilidade do gerente fazer a
identificação e organização de maneira apropriada, pois é essa prática que irá fazer a diferença
entre o sucesso e o fracasso do projeto.
Entradas
Por fim, têm-se os ativos de processos organizacionais, que são outros fatores que
podem influenciar e afetar a identificação dos stakeholders. O PMBOK (2013) menciona os
modelos para registro das partes interessadas; as lições aprendidas em projetos e fases
anteriores e os registros das partes interessadas de projetos anteriores.
Ferramentas e técnicas
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De acordo com o Guia PMBOK (2013, p. 395) “análise de partes interessadas é uma
técnica de coleta e análise sistemática de informações quantitativas e qualitativas para
determinar os interesses que devem ser considerados durante todo o projeto”. Aqui são
avaliadas as expectativas, os interesses e as influências dos interessados, organizando o
relacionamento junto ao escopo do projeto. Ao fazer essa análise é possível identificar
ligações entre os stakeholders, dando assim uma condição para formação de parcerias,
gerando maior probabilidade de êxito total do projeto, ressaltando que tudo é coordenado pelo
gerente.
A análise das partes interessadas, de acordo com o PMBOK (2013), segue em três
etapas. Resumindo estas, tem a primeira que é identificar todas as potenciais partes
interessadas do projeto e as informações relevantes, como papéis, departamentos, interesses,
conhecimentos, expectativas e níveis de influência, a segunda identificar o impacto ou apoio
potencial que cada parte interessada poderia gerar e classificá-los a fim de definir uma
estratégia de abordagem e a terceira, avaliar como as principais partes interessadas
provavelmente reagirão ou responderão em várias situações para influenciá-los a contribuir
com os objetivos do projeto e conseguir apoio para executar as entregas. Pode-se planejar os
impactos negativos em potencial e passar a se preparar para eles.
Saída
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Uma observação a ser feita é que, assim como nas outras etapas, o registro dos
stakeholders deve ser atualizado sempre, tendo em vista que novos stakeholders podem ser
identificados no decorrer do projeto ou os que já existem mudar seus interesses.
interessadas que sejam identificadas. Essa ajuda pode ser de extrema utilidade, pois os
conhecimentos destes vão auxiliar o gerente do projeto a alcançar com sucesso os objetivos
traçados do projeto.
Outra etapa desse processo são as técnicas analíticas, o PMBOK (2013) explica que
deve ser feita uma comparação do nível de engajamento atual de todos os stakeholders com os
níveis de envolvimento planejados requeridos para chegar ao sucesso na finalização do
projeto. Ainda de acordo com o Guia PMBOK (2013), esses níveis são classificados como
desinformado aquele que não tem conhecimento do projeto e nem dos possíveis impactos,
resistente, aquele que tem o conhecimento do projeto, dos possíveis impactos, contudo é
resistente às mudanças, neutro aquele que tem o conhecimento do projeto, mas não se
envolve, dá apoio é aquele que tem o conhecimento do projeto e dos possíveis impactos e dá
todo apoio à mudança e o lidera esse, além de ser ciente tanto do projeto como dos impactos
possíveis, é ativamente engajado nos objetivos a fim de garantir o sucesso.
Existem ainda mais dois processos ligados ao Gerenciamento dos Stakeholders, são
eles o Engajamento das Partes Interessadas, que atua na parte da comunicação e age em cima
das necessidades e expectativas dos stakeholders a fim de atendê-las da melhor forma,
promovendo assim o engajamento dos interessados nas atividades abordadas no projeto. Este
processo tem como um dos benefícios permitir que o gerente eleve o seu nível de apoio para
os stakeholders e minorar a resistência, dando assim uma maior chance de sucesso do projeto.
Com base nas informações anteriores, apresenta-se agora um roteiro realizado com o
objetivo de mostrar como os stakeholders são identificados, qual o relacionamento e sua
importância na realização de um projeto.
Todos os dados utilizados nesse estudo são fictícios, elaborados a partir do conhecimento
aplicado pelo Guia PMBOK, 5ª edição.
3.1 Roteiro
Com a obra já definida foi realizada a identificação das principais partes interessadas,
ou seja, os stakeholders que são os que irão de alguma forma contribuir, influenciar, ser
beneficiados, ou seja, os interessados (alvos) com a obra.
Logo após ter feito o Planejamento do Escopo do Projeto, será planejado o tempo da
obra, o nosso cronograma. Planejar o Gerenciamento do Cronograma é definir, sequenciar,
estimar os recursos e a duração das atividades e desenvolvimento do cronograma. Fazendo
isso, serão distribuídas as funções dos stakeholders de acordo com suas qualidades que são
revistas e atualizadas, podendo ser mudados no decorrer da obra.
Após planejar a obra começará a Execução que iniciará com a parte de Orientar e
Gerenciar o Trabalho da obra, onde todos têm que garantir que a qualidade do Condomínio 33
Sossegados esta sendo observada para acontecer. Realizar a Garantia da Qualidade, e depois ir
Mobilizar a Equipe que será a contratação da mão de obra. Desenvolver a Equipe, fazer com
que duas pessoas unidas sejam uma equipe, sejam mais que duas pessoas.
Imagina-se que foi feita uma analise, que está sendo gerenciada, que nesse processo
um forte aliado vira, um forte inimigo ou é perdido, é preciso que o controle integrado das
mudanças veja isso e faça uma alteração no cronograma porque aquele interessado agora
exerce poder dentro do projeto e tem a capacidade de influir.
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4 CONCLUSÃO
Com o roteiro da obra e com as tabelas apresentadas serve para mostrar toda a
situação das principais partes interessadas, stakeholders, usando como base os princípios do
Guia PMBOK – 5ª edição. Tornando visíveis diante dos dados coletados os níveis de poder, a
influência de cada um, os impactos e seus interesses, assim como um resumo das estratégias
adotadas por cada stakeholder, ficando assim bem claro como adequar da melhor forma
possível o engajamento dos mesmos para alcançar os objetivos traçados na obra.
REFERÊNCIAS
GRUNDY, T. Business strategy re-engineering and the bid battle for Marks and
Spencer. Strategic Change, Malden, MA: John Wiley & Sons, v. 14, n. 4, p. 195-208,
june/july 2005.