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ETEP - FACULDADE DE TECNOLOGIA

DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso I

Título: Projeto de instalação de ar condicionado com sistema de dutos

Bruno de Almeida Morais

Engenharia de Industrial Mecânica

Turma: 18EMNA

São José dos Campos

2014
Sumário

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................5
LISTA DE TABELAS................................................................................................................6
LISTA DE SÍMBOLOS..............................................................................................................7
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................10

1.1 OBJETIVO.........................................................................................................................10
1.2 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................12

2.1 CONCEITUAÇÃO DE CONDICIONAMENTO DE AR.................................................12


2.1.1 METODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR............................................................12
2.2 SISTEMA DE AR CONDICIONADO..............................................................................14
2.2.1 UNIDADE TERMICA BRITÂNICA............................................................................14
2.2.2 DE EXPANSÃO OU EVAPORAÇÃO DIRETA..........................................................14
2.3 CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA.................................................................................17
2.3.1 CARGA DE CONDUÇÃO – CALOR SENSIVEL.......................................................17
2.3.2 CARGA DEVIDA Á INSOLAÇÃO – CALOR SENSÍVEL........................................21
2.3.3 CARGAS DEVIDAS AOS DUTOS – CALOR SENSÍVEL.........................................24
2.3.4 CARGAS DEVIDAS ÁS PESSOAS – CALOR SENSÍVEL E LATENTE.................26
2.3.5 CARGA DEVIDA AOS EQUIPAMENTOS – CALOR SENSÍVEL E LATENTE.....27
2.3.6 CARGA DEVIDA A INFILTRAÇÃO – CALOR SENSÍVEL E LATENTE...............29
2.3.7 CARGA DEVIDA Á VENTILAÇÃO...........................................................................32
2.3.8 CARGA TÉRMICA TOTAL.........................................................................................33
2.3.9 TOTAL DE AR DE INSUFLAMENTO........................................................................34
2.3.10 CALCULA DA ABSORÇÃO DA UMIDADE DOS RECINTOS................................34
2.3.11 CÁLCULO DO CALOR LATENTE.............................................................................35
2.3.12 CÁLCULO DO CALOR TOTAL USANDO A CARTA PSICROMÉTRICA.............36
2.3.13 DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO AR DE INSUFLAMENTO....................38
2.3.14 ESTIMATIVA DE CARGA TÉRMICA DE VERÃO..................................................40
3 METODOLOGIA.................................................................................................................41

3.1 DESCRIÇÃO DO CENARIO ATUAL..............................................................................41


Tabela 3.2.....................................................................................................................................44
3.2 LEVANTAMENTOS DE DADOS....................................................................................45
3.2.1 CALCULO DA CONDUÇÃO - Expressando o calculo de condução das paredes.......45
3.3 CARGA DEVIDA Á VENTILAÇÃO................................................................................58
3.4 TOTAL DE AR INSUFLADO...........................................................................................60
3.5 CÁLCULO DA ABSORÇÃO DA UMIDADE DOS RECINTOS....................................60
3.6 CÁLCULO DO CALOR LATENTE.................................................................................61

4 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................62

4.1 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................62


4.2 RESUMO DE CADA UMA DAS REFERÊNCIAS..........................................................63
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Quarto aquecido por convecção natural............................................................7


Figura 2.2 - Corrente de convecção produzida num recipiente com água quando este é
aquecido na parte central do fundo.........................................................................................7
Figura 2.3 - Sistema de ar condicionado de expansão direta (condensação a ar)...............8
Figura 2.4 – Sistema de ar condicionado de expansão indireta (água gelada condensação
a ar)............................................................................................................................................9
Figura 2.5 – Sugestão em corte para local de instalação de uma ou mais unidades
condensadoras a ar.................................................................................................................10
Figura 2.6 -- Transmissão do calor solar através de vidro..................................................16
Figura 2.7 - Área lateral dos dutos........................................................................................19
Figura 2.8 - Carta psicométrica.............................................................................................33
Figura 2.9 -- Carta Psicométrica...........................................................................................34
Figura 3.1 -– Efeito do movimento do ar sobre o conforto de uma pessoa ou calor
sensível.....................................................................................................................................37
LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 -– Calor liberado por pessoal (kcal/h)................................................................12


Tabela 2.2 -- Coeficiente de Transmissão de calor dos Materiais de Construção.............14
Tabela 2.3 -- Diferencial de Temperatura Usado nos Projetos – DT – Baseado na
Diferença de 9,4°C entre a Temperatura Externa e o Recinto Condicionado..................15
Tabela 2.4 - Coeficientes Globais de Transmissão de Calor U em kcal . m². °C para
Janelas e Paredes.....................................................................................................................15
Tabela 2.5 - Percentual de Energia Radiante em Função da Cor......................................16
Tabela 2.6 - Coeficiente de transmissão do Calor Solar Através de Vidros (Fator Solar)
...................................................................................................................................................18
Tabela 2.7 - Acréscimo ao Diferencial de Temperatura - ∆ t em °F e em °C.....................19
Tabela 2.8- Coeficiente Global de Transmissão de Calor U para os dutos em BTU/h por
Pé Quadrado de Área Lateral e em kcal/h.m².°C de Área lateral......................................20
Tabela 2.9 - Calor Liberado pelas Pessoas...........................................................................21
Tabela 2.10 - Ganho de Calor em Watts por HP para Motores Elétricos.........................23
Tabela 2.11 – Energia Dissipada pelas Iluminação..............................................................24
Tabela 2.12 - Ganho de Calor Devido ao Gás......................................................................25
Tabela 2.13 - Trocas de Ar por Horas nos Recintos............................................................26
Tabela 2.14 - Infiltração de Ar Exterior...............................................................................28
Tabela 2.15 - Ar Exterior para Ventilação...........................................................................29
Tabela 2.16 - Propriedades das misturas do Ar e Vapor de Água saturado á Pressão
Atmosférica Normal (29,92 Polegadas ou76 cm de mercúrio)............................................31
Tabela 2.17 - Estimativa de carga Térmica de Verão..........................................................35
Tabela 3.1 – Condições de conforto para verão. Fonte: Creder, Hélio (2004)..................38
LISTA DE SÍMBOLOS

Q = Energia calorifica

Btu = Unidades térmicas Britânicas;

lb = Libra;

ºF = Grau Fahrenheit;

kcal = Quilocaloria;

m² = Metro quadrado;

m/h = Metro por hora;

h = Hora;

°C = Grau Celso;

VRV = Volume de refrigerante variável;

BTU/h = Unidades térmicas Britânicas por hora;

kcal/h = Quilocaloria por hora;

Q = Taxa de fluxo de calor transmitida em kcal/h;

A = Área da superfície normal ao fluxo em m²;

x = Espessura do material em m;

K = Condutividade térmica do material por unidade de comprimento e unidade de área em


kcal · m/h · m² · °C;

D = Diferença de temperatura entre as duas superfícies separadas pela espessura x em ·°C;

Ft² = Pés quadrado;

C = Condutância em kcal/h · m² · °C;

h = Condutância superficial em kcal/h · m² · °C;

U = Coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h · m² · °C;


q 1 = Energia refletida;

q 2 = Energia absorvida pelo vidro;

q 3 = Energia que atravessa o vidro;

Q =watts

t e = Temperatura do exterior em °C;

t i = Temperatura do interior em °C;

∆ t = Acréscimo ao diferencial de temperatura;

q = watts ou kcal/h;

A = Área lateral do duto exposta ao calor, em m²;

a = Comprimento horizontal do duto;

b = Comprimento vertical do duto;

c = Comprimento longitudinal do duto;

DT = Diferencial de temperatura entre o ar exterior e o ar interior ao duto, em °C;

η = Rendimento do motor;

hp = Horse Power;

cv = Cavalo vapor;

q S = Calor sensível em BTU/h;

Q = Fluxo de ar em pés cúbicos por minuto;

t e = Temperatura do ar exterior em °F;

t i = Temperatura do ar interior em °F;

m = libras/hora de ar;

c = Calor específico do ar em BTU/lb°F;


q L = Calor latente em kcal/h;

kg
UE 2 = Umidade específica do ar no interior em ;
kg

kg
UE 1 = Umidade específica do ar na entrada em ;
kg

γ = Peso específico do ar em kg/m3;

Pv = Massa total do vapor d'água absorvido em kg/h;

m = Massa do ar em kg/h;

Dg = Variação da umidade do ar de insuflamento em kg/kg;

D L = Variação de entalpia do calor latente em kcal/kg;

q r = Calor total em kcal/h;

Dh = Variação de entalpia do ar de insuflamento em kcal/kg;

q T = Calor total em kcal/h;

DT = Entalpia total em kcal/kg;


1 INTRODUÇÃO

Entrementes a ocasião de aquecimento o objetivo é que o segundo pavimento atinja uma


temperatura de conforto, combatendo a cargas térmicas de origem variadas, gerando
sobreaquecimento constituindo condições indesejáveis de trabalho.
A metodologia adotada é estimar a carga térmica gerada nos ambientes, e determinar a
capacidade frigorífica e a vazão de ar necessária para o equipamento de condicionamento de
ar central, para condições externas de verão no país tropical.
Na ocasião que esses parâmetros no verão são mensurados com embasamento em ganhos e
perdas referidas às condições do ambiente a ser climatizado. Tendo conhecimento de calor
sensível e latente, por meio da carta psicrométrica, podemos obter as condições do ar ao
adentrar no ambiente desde que se tenha o conhecimento das condições a serem conservadas
no ambiente climatizado, a que chamamos de “condições internas de projeto”.
Essas condições serão conseguidas pelo equipamento de refrigeração e devem obedecer às
especificações e normas vigentes para o assunto. Em resumo, o equipamento de refrigeração
selecionado deve ser capaz de reduzir as temperaturas de bulbo seco e bulbo húmido do ar
circulante para um ponto que caia sobre a reta RCS. Essa reta traduz a quantidade de calor
sensível e latente a ser retirada do ambiente condicionado.

1.1 OBJETIVO

Projeto de instalação central de ar condicionado para conforto, referente à norma NBR-16401,


aplicando pratica e buscando a melhor alternativa técnica e econômica para climatização do
ambiente.
Será projetada uma rede de dutos para melhor uniformidade na distribuição do ar, reduzindo
o surgimento de “ilhas de temperatura” e buscaremos conseguir um ambiente controlado em
torno de 90% da norma NBR-16401.

1.2 JUSTIFICATIVA
Hoje trabalho em uma empresa de engenharia térmica, onde projetamos, instalamos e
prestamos serviços de manutenção em sistemas de ar condicionado, ventilação e exaustão
mecânica.

Nossos projetos buscam o conforto térmico e os principais parâmetros são TEMPERATURA,


UMIDADE e QUALIDADE do ar em ambientes climatizados de uso coletivo, públicos e
privados.

A importância do desenvolvimento e implementação desses sistemas, estão diretamente ligados a


saúde e conforto dos usuários, pois promove melhorias nas condições internas dos ambientes, com ar
tratado através de filtros de ar de alta eficiência e controle de temperatura e umidade, em níveis que
confortam o corpo humano. Outra consequência é o ganho de produtividade.

Devido ao aumento constante da temperatura global, é uma área que vem crescendo e muito
requisitada, tanto no âmbito corporativo como social.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os seguintes fundamentos e princípios são indispensáveis ao desenvolvimento do projeto de


instalação de ar condicionado. Os assuntos aqui mencionados citam os casos encontrados para
dimensionar o sistema de ar condicionado, porem os assuntos relacionados será tratado de
maneira especifica.

2.1 CONCEITUAÇÃO DE CONDICIONAMENTO DE AR

Na visão de Archibald (1990), ventilar constitui em deslocar o ar, o deslocamento de ar traz


bem como intenção a retirada ou o fornecimento de ar a um recinto, ou melhor, dizendo a
renovação do ar no mesmo. Essa renovação de ar tem sua premissa adquirir no interior de um
ambiente hermético um nível de pureza e velocidade de escoamento ajustados com as
exigências para a saúde. E com isso consegue controlar com certos limites a umidade e
temperatura do ambiente, sendo assim o controle dessas grandezas só se consegue de uma
maneira praticamente exigida em instalações de climatização como instalações de ar
condicionado.

2.1.1 METODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR

2.1.1.1 CONDUÇÃO

Na concepção de Roy J. Dossat (2004) a transferência de calor por condução acontece quando
a energia se conduz por contato direto entre as moléculas de um só corpo ou entre as
moléculas de dois ou mais corpos em completo contato térmico.

2.1.1.2 CONVECÇÃO
Ainda nas considerações de Roy J. Dossat (2004) a transmissão de calor por convecção
acontece quando há circulação de calor de um espaço para o outro devido a correntes que se
estabelecem no interior de um fluido. Estas correntes são conhecidas como correntes de
convecção resultante da alteração da densidade determinada pela expansão da porção
aquecida do fluido conforme. Figura 2.1, 2.2.

Figura 2.1 - Quarto aquecido por convecção natural

Fonte: Roy J. Dossat (2004)

Figura 2.2 - Corrente de convecção produzida num recipiente com água quando este é
aquecido na parte central do fundo

Fonte: Roy J. Dossat (2004)


No conceito de Roy J. Dossat (2004) a transmissão de calor por radiação comparece se na
forma de oscilação de onda parecida ás ondas de luz. Julga que as moléculas de um corpo
depara se em rápida vibração e que esta vibração causa um movimento ondulatório no
ambiente que cerca o corpo. Nesta forma, a energia molecular interna do corpo se transforma
em ondas de energia radiante que como essas ondas de energia são interceptadas por diverso
corpo de matéria, estas são absorvidas por este corpo e transformadas em energia interna.

2.2 SISTEMA DE AR CONDICIONADO

2.2.1 UNIDADE TERMICA BRITÂNICA

Na leitura de Roy J. Dossat (2004) a quantidade de energia calorífica (Q) mede em Unidades
térmicas Britânicas (Btu). A Unidade Térmica britânica define como a quantidade de calor
necessário para mudar a temperatura de 1 lb de água 1ºF. Adicionando a 1 lb de água , 1 btu
aumentara em 1ºF a temperatura de água. Igualmente retirando 1 Btu de 1lb de água diminuirá
a temperatura de água em 1ºF.

2.2.2 DE EXPANSÃO OU EVAPORAÇÃO DIRETA

Na visão de Ênnio (1982), estes evaporadores são constituídos de chapas de aço estampadas e
ajustadas de tal forma a criar uma serpentina de tubos de diâmetros da ordem de ½’conforme
Figura 2.3. Os coeficientes de transmissão de calor global para o caso valem:

- Para o ar, por gravidade, 5 a 6 kcal/m²h°C;

- Para o ar, com circulação forçada, 8 a 24 kcal/m²h°C;

- Para gêneros em contato com a placa 10 a 14 kcal/m²h°C;


Figura 2.3 - Sistema de ar condicionado de expansão direta (condensação a ar)

Fonte: Creder, Hélio (2004).

Ainda nas considerações, estes resfriadores podem ser classificados como de superfície ou de
mistura, para o resfriamento de gases, líquidos ou sólidos; de circulação natural ou forçada; e
de superfície externa seca ou molhada.

-Serpentinas com circulação de salmoura, as quais podem ser lisas ou aletadas, com
circulação natural ou forçada do ar conforme. Figura 2.4.
Figura 2.4 – Sistema de ar condicionado de expansão indireta (água gelada condensação a ar)

Fonte: Creder, Hélio (2004).

No conceito de Hélio Creder (2004), para instalações de pequeno porte, de área inferior a
70m² (escritórios e residências), são mais indicados Split-Systems ou aparelhos de janela
( expansão direta). Este sistema apresenta as seguintes vantagens:

Pode ser instalado em tetos, paredes no interior, sem precisar utilizar as janelas;

Na parte interna, só haverá um ventilador e o evaporador, ficando as partes barulhentas


(compressor e condensador) em áreas de serviço ou no telhado conforme Figura 2.5.
Figura 2.5 – Sugestão em corte para local de instalação de uma ou mais unidades
condensadoras a ar

Fonte: Crede, Hélio (2004).

Com isso alcançar um nível de ruído muito baixo. Contudo em locais de amplo publico, por
exemplo, igrejas, templos, ele não e aconselhado, pois não permite a renovação de ar. É
indispensável à instalação de exautores, de acordo com a norma NBR -16401.

Em locais que têm vários ambientes, pode se utilizar o sistema Multi Split, ou seja, um
condensador para atender a vários locais com volume de refrigerante variável (VRV). Isso
admite a aplicação de controles eletrônicos microprocessados que podem aferir a quantidade
de gás refrigerante para cada ambiente.
Tabela 2.1 -– Calor liberado por pessoal (kcal/h)

Fonte: ABNT NRB 6401.

2.3 CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA

Na visão de calculo de Hélio Creder (2004), carga térmica é a soma de calor sensível e
latente, na maior parte das vezes expressa em BTU/h, ou em kcal/h, que deve ser removida ou
inserida no ambiente a fim de adequar as condições de conforto desejadas.
2.3.1 CARGA DE CONDUÇÃO – CALOR SENSIVEL

Ainda na ótica a fórmula comum da transmissão de calor por condução e por hora pode ser
expressa, para materiais homogêneos, paredes planas e paralelas:

AKD
Q= (2)
x

Quando o material não é homogêneo, como, por exemplo, uma parede composta com tijolos,
massa e isolamento, a equação adota a seguinte forma:

Q= ACD (2.1)

A condutividade superficial é a quantidade de calor transferido, em kcal/h, do ar para a


superfície, ou vice-versa, por metro quadrado e por °C de diferença de temperatura.

Se o fluxo for constante, esta transferência pode ser expressa pela fórmula:

Q= AhD (2.2)

Os valores de h dependem da cor e rugosidade da superfície, bem como da velocidade do


vento.

Os valores médios para h são:

- ar parado = 1,46 a 1,63 BTU/h ft².°F = 7,13 a 7,96 kcal/h.m².°C;

- ar a 12 km/h = 4,0 BTU/h ft².°F = 19,5 kcal/h.m².°C;

- ar a 24 km/h = 6,0 BTU/h ft².°F = 29,3 kcal/h.m².°C;


Nos cálculos da carga térmica do ar condicionado, usa se um coeficiente U, mais fácil de ser
obtido, aferindo se a temperatura do ar em ambos os lados da superfície. Esse coeficiente é
chamado coeficiente global de transmissão de calor e é determinado como o fluxo de calor
por hora através de um m² de superfície, quando a variação entre as temperaturas do ar nos
dois lados da parede ou teto é de um grau centígrado.

Q= AU D (2.3)

Como são utilizados vários materiais nas paredes, para cálculos mais precisos empregam se as
resistências que cada material resiste ao fluxo conforme tabela 2.2. As resistências são os
opostos das condutividades e condutâncias e são adicionadas do mesmo modo que resistência
em série de um circuito elétrico.

RT =( R1 )+( R1 )+⋯+( R1 )(2.4 )


1 2 n

AT = parede m²− janelas m ²(2.5)

U=( R1 )(2.6)
T
Tabela 2.2 - Coeficiente de Transmissão de calor dos Materiais de Construção

Fonte: Creder, Hélio (2004).


Tabela 2.3 -- Diferencial de Temperatura Usado nos Projetos – DT – Baseado na Diferença de
9,4°C entre a Temperatura Externa e o Recinto Condicionado

Fonte: Creder, Hélio (2004).

Tabela 2.4 - Coeficientes Globais de Transmissão de Calor U em kcal . m². °C para Janelas e
Paredes

Fonte: Creder, Hélio (2004).


2.3.2 CARGA DEVIDA Á INSOLAÇÃO – CALOR SENSÍVEL

Seguindo a linha de pensamento de Chaves (2009-2010) a mais intensa energia que a terra
recebe da natureza é a energia solar, que já e aproveitada como fonte de energia térmica,
quase sempre, implica na maior parte da carga térmica nos cálculos do ar condicionado, em
comum como radiação e convecção.

Por absorver, a energia de radiação solar é introduzida nos ambientes tanto em maior
quantidade quanto menos brilhante for a superfície refletora. Assim, tem a seguinte Tabela
2.5, que dá uma ideia do percentual de energia radiante em função da cor.

Tabela 2.5 - Percentual de Energia Radiante em Função da Cor

Fonte: Chaves, Flávio (2009-2010).


Manifesta que este percentual é também uma função da rugosidade da superfície. Deste modo,
a temperatura dos tetos e paredes leva em consideração os seguintes fatores;

- Coordenadas geográficas do local (latitude);

- Inclinação dos raios do sol (depende da época do ano e da hora consideradas);

- Tipo de construção;

- Cor e rugosidade da superfície;

- Refletância da superfície.

Para estimar de carga térmica é muito importante saber o horário de utilização do ambiente a
ser climatizado e realizar o calculo para a incidência máxima do sol. No Hemisfério Sul, nos
meses de verão, a parede que ganha maior insolação é a direcionada para oeste e entre 16 e 17
h, para as claraboias (teto de vidro), ao meio-dia.

Bem que se conheça, com certa precisão o volume de calor por radiação e convecção oriundos
do sol, a quantidade que adentra nos recintos não é bem conhecida, sendo assim as tabelas
existentes oferecem uma avaliação satisfatória para os cálculos na pratica do ar condicionado.

2.3.2.1 Transmissão de calor do sol através de superfícies transparentes (vidro)

A energia radiante proveniente do sol incidente em uma superfície transparente subdivide-se


em três partes conforme Figura 2.6.

Q=q1 +q 2+ q3 (2.7)
Figura 2.6 -- Transmissão do calor solar através de vidro

Fonte: Creder, Hélio (2004).

Tabela 2.6 - Coeficiente de transmissão do Calor Solar Através de Vidros (Fator Solar)

Fonte: Creder, Hélio (2004).


A parcela q 3 que adentra no recinto é a que levamos em consideração para os cálculos de
carga térmica.

Na visão de Hélio Creder (2004), na tabela 2.8, de origem americana, temos os valores do
fator solar obtido por ensaios para esta parcela em kcal/h por m² de área de vidro, ou W/m²,
supondo-se a janela sem proteção; caso seja protegida por toldos ou persianas, deve se
multiplicar os valores obtidos, pelos seguintes coeficientes da redução:

- Toldos ou persianas externas: 0,15 – 0,20;

- Persianas internas e reflexoras: 0,50 – 0,66;

- Cortinas internas brancas (opacas): 0,25 – 0,61.

Esta tabela é utilizada para janelas com esquadrias de madeiras, para esquadrias metálicas
multiplicar por 1,15.
q= A ×U (2.8)

2.3.2.2 Transmissão de calor do sol através de superfície opaco

No conceito de Helio Creder (2004) as paredes, lajes e telhados transmitem a energia solar
para o interior dos recintos por condução e convecção, segundo a fórmula:

Q= A +U [ ( t e −t i ) + Δ t ] (2.9)

Tabela 2.7 - Acréscimo ao Diferencial de Temperatura - ∆ t em °F e em °C

Fonte: Creder, Hélio (2004)

2.3.3 CARGAS DEVIDAS AOS DUTOS – CALOR SENSÍVEL

O ar insuflado em um ambiente condicionado retorna ao condicionador por meio da alteração


de pressão que é obtido pelo ventilador. Sendo assim o retorno do ar pode ser feito de dois
modos:

1- Sob a forma de plenum,ou seja utilizando um ambiente como o próprio recinto, um


corredor, o teto rebaixado etc..., como se fosse um condutor de ar.
2- Utilizando dutos de retorno.
De todo caso e inserido calor ao ar de retorno, que necessita fazer a troca de temperatura pelas
serpentinas do evaporador.

Os projetistas de ar condicionado sempre se deparam com uma situação de difícil decisão


como calcular a carga térmica dos dutos se ainda não foram realizados? Necessita saber a
quantidade de ar a ser insuflado do ambiente, e está quantidade de ar depende da carga
térmica.

A decisão mais rápida para resolver essa situação e de estimar o percurso e as dimensões dos
dutos conforme Tabela 2.8, assim que mensurar a quantidade de ar insuflado no ambiente,
mediante ao calculo do sistema de dutos, fazer uma averiguação para se certificar se as
estimativas de carga térmica dos dutos foram adequadas. Se permanecer dentro da margem de
10% de erro, não há precisão de se recalcular a carga térmica.

Tabela 2.8- Coeficiente Global de Transmissão de Calor U para os dutos em BTU/h por Pé
Quadrado de Área Lateral e em kcal/h.m².°C de Área lateral

Fonte: Creder, Hélio (2004).

Figura 2.7 - Área lateral dos dutos

Fonte: Creder, Hélio (2004)


A carga térmica devida aos dutos é:

q= A ∙ U ∙ DT (2.10)

A resolução da área lateral, A, pode ser feita como indicador na Figura 2.6. Se o duto ficar
apoiado na parede ou laje, a área lateral envolvida fica reduzida a:

A=c ( a+2 b ) (2.11)

2.3.4 CARGAS DEVIDAS ÁS PESSOAS – CALOR SENSÍVEL E LATENTE

Sendo que a unidade do ar é vapor superaquecido e que aumentar a umidade é aumentar a


carga de calor latente.

A mistura do ar e vapor do ambiente é dirigida ao evaporador, ocorrendo à queda de entalpia


e consequente redução do calor sensível e condensação da parte do vapor com queda da
umidade. E o fluxo de ar volta ao ambiente mais frio e menos úmido. O ganho de calor latente
pode ser expresso em termos da massa da umidade.

Tendo o valor mediano do calor latente da vaporização para o vapor superaquecido no ar é de


1.050 BTU/h por libra, ou 583 kcal/h por kg de vapor condensado. De tal modo, se almejamos
saber qual a quantidade de calor latente que precisa ser retirado do ar que percorre pela
unidade interna do condicionador, para que possua condensação da umidade, basta multiplicar
a massa do ar por este fator conforme Tabela 2.9.

QS =Q L=numero de pessoas ×calor liberado pelas pessoas (2.12)

QT =QL +QS (2.13)


Tabela 2.9 - Calor Liberado pelas Pessoas

Fonte: Creder, Hélio (2004).

2.3.5 CARGA DEVIDA AOS EQUIPAMENTOS – CALOR SENSÍVEL E LATENTE

2.3.5.1 Carga Devida aos Motores – Calor Sensível

Na ótica de Hélio Creder (2004) os motores elétricos, sendo dentro dos ambientes bem como
nos ventiladores de ar é adicionado uma carga térmica devido a sua dissipação de calor por
meio do rolamento, e essa carga deve ser removida pelo equipamento frigorígeno. É preciso
saber o tempo de duração do funcionamento ou se o uso é apenas esporádico.

Para os ventiladores, temos as seguintes formulas:

- ventiladores dentro da corrente de ar:

P
q= ×2.490 (2.14)
η

P
q= ×733 (2.15)
η

- ventiladores fora da corrente de ar:


q=P ×2.490 (2.16)

q=P ×733 (2.17)

Utilizar a relação de 1kw-h igual a 860kcal, para potencia consumida

PC =W × numero de equipamento(2.18)

2.3.5.2 Carga Devida á Iluminação – Calor Sensível

Iluminação Incandescente:

q = watts x 3,4, quando q é dado em BTU/h (2.19)

Iluminação Fluorescente:

q = total de watts x valor devido ao reator (2.20)

Para a carga térmica em kcal/h, usar a relação: 1 kw-h = 860 kcal.

A iluminação fluorescente precisa de um equipamento essencial para prover a tensão


necessária á partida e a limitação de corrente. Sendo assim o reator, que acrescenta cerca de
20% de carga; assim como na instalação só se utiliza de reatores duplos e de alto fator de
potência, pode-se reduzir essa carga adicional conforme Tabela 2.10.

Para o calculo da carga térmica, nem sempre todas as lâmpadas estão ligadas para ser
realizado o levantamento dos cálculos, na maioria das vezes na hora em que a carga térmica
de insolação é máxima as lâmpadas podem encontrar se desligadas.

Tabela 2.10 - Ganho de Calor em Watts por HP para Motores Elétricos


Fonte: Creder, Helio (2004).

Tabela 2.11 – Energia Dissipada pelas Iluminação

Fonte: NBR 6401 Ar Condicionado para Conforto.


2.3.6 CARGA DEVIDA A INFILTRAÇÃO – CALOR SENSÍVEL E LATENTE

Com a circulação do ar externo ao recinto, permite a sua penetração por meio das frestas nas
portas, janelas ou outras aberturas. A situação acrescenta carga térmica sensível ou latente.
Bem que essa carga não possa ser calculada com exatidão, possui duas práticas que permitem
a sua avaliação: o método da troca de ar e o método das frestas.
2.3.6.1 Método de troca de ar

Nessa prática se considera a troca de ar por hora dos ambientes, de acordo com o numero de
janelas e com base na Tabela 2.13. Realizar a trocar do ar significa extrair todo o ar contido
no ambiente por hora. Sendo assim o ar exterior será aumentado em relação ao ar do
ambiente. De tal modo, se num quarto temos, por exemplo, três paredes com janelas em
contato com o exterior, o calor carecido a penetração é calculado na base de duas trocas por
hora. Conhecido o fluxo de ar em pés cúbicos por minuto e tendo as temperaturas do ar
exterior e do ambiente, usa se a formula abaixo, para se obtiver o calor sensível que adentra
no ambiente:

q s=1 , 08 Q ( t e −t i ) (2.21)

A formula é assim obtido, como sabemos a expressão do calor sensível para o ar é:

q s=mc ( t ' −t ) (2.22)

Podemos usar a vazão de ar Q em CFM, em vez do peso em libras, teremos que considerar:

60
m= ∙Q=4 ,5 Q (2.23)
13.34

Aonde: 13,34 pés cúbicos é o volume ocupado por 1 libra de ar nas condições habituais.

Bem como o calor especifico do ar é 0,24, temos:


q s=4 , 5 ×0 , 24 ×Q ( t e −t i ) (2.24)

q s=1 , 08 ×Q × ( t e −t i ) (2.25)

Tabela 2.12 - Trocas de Ar por Horas nos Recintos

Fonte: Creder, Hélio (2004).

Assim 0,833 m³ é o volume ocupado por 1 kg de ar, nas condições habituais.

Como o calor especifico do ar nas condições habituais é 0,24 kcal/kg °C:

q s=1 , 2Q × 0 ,24 ( t e−t i ) (2.26)

q s=Q × 0 ,29 ( t e −t i ) (2.27)

2.3.6.2 Método das frestas

O fluxo de ar exterior no interior do ambiente depende da velocidade do vento. Estudos de


laboratórios registrados na tabela 2.14, multiplicados pela extensão linear da fresta, oferecem
a quantidade de calor que o ambiente recebe. Assim como no ambiente a pressão do ar é
superior á do ar exterior, não há troca do ar de fora e essas parcelas podem ser desprezadas.

O ar embutido aumenta a carga térmica em calor sensível e calor latente. A carga de calor
sensível é dada pela mesma expressão do item 2.12, e a carga de calor latente são dadas pela
expressão:
q L =583 ×C (2.28)

Tabela 2.13 - Infiltração de Ar Exterior

Fonte: NBR 6401 Ar Condicionado para Conforto.

2.3.7 CARGA DEVIDA Á VENTILAÇÃO

Na visão de Helio Creder (2004) já foi dito que o ar insuflado num ambiente condicionado
regressa ao equipamento de refrigeração, impulsionado pelo ventilador que precisa ser
dimensionado de modo a bater todas as perdas de cargas estáticas e dinâmicas que são
apresentadas em todo o circuito do ar. Parte desse ar é perdida pelas frestas, aberturas,
exaustores etc.,devendo ser recompletada pelo ar exterior. Alem desse fluxo de ar que
recompleta as perdas, há o ar imprescindível ás pessoas, em metros cúbicos por horas, ou pés
cúbicos por minuto, dados esses fornecidos pela Tabela 2.15, baseada na NBR-6401 que foi
revisada e atualizada para NBR -16401.

q s=Q × 0 ,29 ( t e −t i ) (2.27)

q L =583 × ( U E 2−U E1 ) × 1 ,2 ×Q(2.29)

q T =q s+ q L (2.30)

Tabela 2.14 - Ar Exterior para Ventilação

Fonte: Creder, Hélio (2004).

O ar exterior introduz calor sensível e latente ao ser misturado com o ar de retorno antes de
passar pelo evaporador.
2.3.8 CARGA TÉRMICA TOTAL

Seguindo o raciocínio, conhecida a carga térmica devida a condução, insolação, dutos,


equipamentos, pessoas, infiltração e ventilação e acrescentar, temos o somatório de calor
sensível e calor latente e retirar (ou colocar) do ambiente para alcançar as condições de
conforto desejadas. Adicionando ambos, temos o calor total.

Assim como fator de segurança para receber os fluxos de ar de calor no ambiente climatizado,
acrescentamos mais 10% aos cálculos.

Normalmente almejamos o resultado em toneladas de refrigeração, por isso dividimos por


12.000 o total de BTU/h, por 3,52 o total de kW ou por 3.024 kcal/h o total de kcal/h.

2.3.9 TOTAL DE AR DE INSUFLAMENTO

Conhecida a carga térmica de calor sensível a ser retirada do ambiente e as condições do ar


interior e de insuflamento, conseguimos conhecer a quantidade de ar em CFM (cubic feet per
minute), usando a mesma expressão 2.16:

qs
q s=1 , 08 ×Q ( t i−t e ) ou Q¿ (2.21)
1, 08 x ¿¿

Ou, em unidade SI:

q s=Q × 0 ,29 ( t i−t )


e
(2.31)

qs
Q= (2.32)
0 , 29 x ¿ ¿
2.3.10 CALCULA DA ABSORÇÃO DA UMIDADE DOS RECINTOS

Para conservar o ar do ambiente climatizado dentro das condições de conforto desejadas para
o verão, temos que extrair a sua umidade.

O ar espalhado no ambiente absorve essa umidade, e a temperatura de seu ponto de orvalho


desenvolve. De modo, a temperatura do orvalho do ar de insuflamento deve ser inferior á do
ar do ambiente.

Ainda a temperatura de bulbo seco do ar de insuflamento cresce quando fica em contato com
ar do ambiente condicionado.

A umidade absorvida pode ser expressada:

Pv=m∙ Dg (2.33)

Pv=1 ,2 Q ( UE 2−U E1 ) (2.34)

2.3.11 CÁLCULO DO CALOR LATENTE

Para calcular o equipamento de desumidificação do ar para as qualidades desejadas,


necessitamos saber a carga de calor latente. O equipamento proporcionara a condensação da
umidade acrescentada ao ar rotativo no ambiente condicionado. O calor latente dispensado
pela condensação do vapor d’água é de 583 kcal/h por kg de vapor condensado.

q L =583 ×m (2.35)

Se puder aferir o valor condensado, emprega se a diferença de entalpias entre o ar de


suprimento e o ar na temperatura do ambiente.

Assim:
q L =Q × γ × D L (2.36)

Para o ar padrão:

γ =1 , 2 kg/m ³ (2.37)

Então temos:

q L =1 , 2×Q × DL (2.38)

2.3.12 CÁLCULO DO CALOR TOTAL USANDO A CARTA PSICROMÉTRICA

Procedimentos parecidos ás anteriores podem ser utilizadas para avaliar o valor total a ser
retirado do ambiente, sabendo as condições do ambiente e do ar a ser insuflado:

q r=m× Dh (2.39)

Ou:

q r=1 , 2 Q× Dh (2.40)

Tabela 2.15 - Propriedades das misturas do Ar e Vapor de Água saturado á Pressão


Atmosférica Normal (29,92 Polegadas ou76 cm de mercúrio)

Fonte: Creder, Hélio (2004).


2.3.13 DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO AR DE INSUFLAMENTO

A avaliação da carga térmica de um ambiente climatizado dirige o calculista ao total de


calores sensível e latente, cuja soma fornece o calor total (q r).

q s=0 ,24 × m× Dr (2.41)

q r=m∙ D h (2.42)

Dividindo-as, trazemos:

qs Dr
=0 ,24 (2.43)
qr Dh

qs
A relação é chamada de razão de calor sensível (RCS), ou seja, e a relação do percentual
qh
do calor sensível para o calor total. Avaliada a RCS, através da carta psicrométrica, podemos
alcançar as condições do ar ao adentrar no ambiente, para que se reconheçam as condições a
serem conservadas no ambiente condicionado.

O projetista de ar condicionado deve ter as condições do ar de insuflamento em um ponto da


reta RCS. Essas condições serão as providas pelo equipamento de refrigeração e devem
corresponder as especificações do fabricante. Em resumo, o equipamento de refrigeração
optado deve ser capaz de diminuir as temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido do ar
circulante para um ponto que caia sobre a reta da RCS. A reta demonstra o volume de calor
sensível e latente a ser retirada do ambiente condicionado.
Figura 2.8 - Carta psicométrica

Fonte: Creder, Hélio (2004)

Normalmente, o ar, ao atravessar as serpentinas do evaporador ou outro trocador de calor, tem


alta umidade relativa. Em nosso estudo da carta psicrométrica e cálculo da carga térmica,
tomaremos esta umidade como de 90%, porém, para um caso real, é necessário conhecer as
características do equipamento.

Ar de exterior “by-passado”

Há casos em que o exterior não passa pelas bobinas de resfriamento, porém se mistura com o
ar de suprimento para ser insuflado novamente no recinto. Isto não afeta a temperatura do BS
nem a umidade relativa do ambiente.
Figura 2.9 -- Carta Psicométrica

Fonte: Creder, Hélio (2004)

2.3.14 ESTIMATIVA DE CARGA TÉRMICA DE VERÃO

Tabela 2.16 - Estimativa de carga Térmica de Verão

Fonte: Creder, Hélio (2004).


3 METODOLOGIA

A metodologia consiste em cálculos de equações de condução, radiação com as informações


adquiridas das tabelas, layouts para se chegar ao conhecimento total de carga térmica
adquirida pelo ambiente. Sendo assim utilizando o melhor método para uma determinada
área.

3.1 DESCRIÇÃO DO CENARIO ATUAL

A empresa TECNO AIR COM. ENG. LTDA, situada em uma área no centro de São José dos
Campos, ocupa um prédio como escritório, prestando serviços de instalação e manutenção
preventiva de ar condicionado. Este escritório está localizado em uma região tropical, com
temperaturas acima da linha de conforto térmico, ocupando uma área de 104,65 m² localizada
no segundo pavimento do edifício, ficando acima das demais construções ao seu redor com pé
direito padrão 2,50 m de acordo com ABNT, localizado nas coordenadas 23° 12’32.0’’S,
45°53’12.6’’W.

Figura 3.1: Layout da empresa


Tabela 3.1: Layout

Sala do
Escritório Sala do Sala da Sala de Área
Layout Financeir Corredor
Geral Diretor Gerencia Reunião Total
o

Área A1 A2 A3 A4 A5 A6
104,65
Metro
40,25 9,86 9,67 14,27 22,21 8,39
quadrado

O escritório possui laje construída em alvenaria e telhado com telhas de cerâmica, utilizando
dois ventiladores axiais, com 1150 rotações por minuto, motor de 1/20cv e potência 100 w,
para controlar a umidade e temperatura ambientes. O estabelecimento possui dez janelas
basculantes que quando totalmente abertas, permitem a renovação do ar no local, que possui
fontes de calor provenientes de quatro impressoras, com quatro computadores e quatro
notebooks. Nestas condições a temperatura de bulbo seco atinge 29ºC, com umidade relativa
de 75%, tornando impraticáveis as atividades, conforme Tabela 3.1.

A velocidade do ar atinge 0,15 m/s tornando o ambiente desconfortável para os ocupantes


conforme mostra Figura 3.1. Como não se consegue suprir e atingir a troca térmica necessária
com o ambiente externo, o rendimento dos usuários das salas fica comprometido, acarretando
baixa produtividade, pois a temperatura e umidade não atendem as condições previstas de
conforto, tanto no verão no verão quanto no inverno.
Tabela 3.17 – Condições de conforto para verão. Fonte: Creder, Hélio (2004).
Tabela 3.2 – Condições de extremas recomentadas para o verão (°C). Fonte: Creder,
Hélio (2004).
Figura 3.10 -– Efeito do movimento do ar sobre o conforto de uma pessoa ou calor
sensível

3.2 LEVANTAMENTOS DE DADOS

É necessário coletar as informações de localização do ambiento e atividade exercida no local


a ser climatizado como um todo, para calculo de carga térmica, e ter como referência a
posição dos raios solares que é o principal fator de calor.

A posição do sol influencia na carga térmica do local, sendo assim o sol nasce no leste para o
oeste onde os raios solares são mais intensos e pela parte da manhã.

3.2.1 CALCULO DA CONDUÇÃO - Expressando o calculo de condução das paredes


1 – Emboço de 2cm

2 – Tijolo comum de uma vez:

Velocidade do ar externo: 24km/h

Ar interno: 0,15m/s (considerado parado)


Fonte: Autor

Paredes para Nordeste (ponto entre o lado Norte e o Leste)

Tipo de Parede: Alvenaria com Reboco de 2 cm interno e externo, valores conforme Tabela
2.2

Reboco de 2 cm: C=2,39 kcal/h.m².°C

Tijolo de uma vez de 20 cm (comum): C=0,2/1,11

Ar exterior (vento de 24km/h): h=29,3

Ar interior (ar parado): h=7,13

DT (Diferença de Temperatura): 8,3 °C (Ver Tabela 2.7, cor media)

Obs: Como se trata de uma parede voltada para o nordeste foi retirada a media em N e E.

Temperatura do exterior: 34,9 °C (Ver Tabela 3.2, região sudeste, São Paulo)

Temperatura do interior: 24 °C (A ser atingida pelo climatizador de ar)

Área de Toda Parede: 52m²

Área das Janelas: Sala de reunião (A5) são duas de janelas de 2m², e no banheiro e uma de
0,72m². Igual ao total de 2,88m²

Área Total: Área de Toda Parede – Área das Janelas

Resistência Total dos materiais (R):


RT =( R1 )+( R1 )+⋯+( R1 )(2.4 )
1 2 n

( 2 ,139 )+( 2 ,139 )+( 10,,112 )+( 291,3 )+( 7 ,113 )=1 ,19 1
RT =

Cálculo do coeficiente global (U):

U=( )1
RT
(2.6)

U= ( 1,191
1
)=0 ,83 kcal/h . m .° C 2

Área total ( AT ):

AT = parede m²− janelas m ²(2.5)

AT =52−2 , 88

AT =49 ,12 m ²

Sendo assim:

Q= A +U [ ( t e −t i ) + Δ t ] (2.8)

Q=49 , 12+ 0 , 83 [ ( 34 , 9−24 ) +8 , 3 ]

Q=65,056 kcal/h
Paredes para Sudeste (ponto entre o lado Sul e o Oeste)

Tipo de Parede: Alvenaria com Reboco de 2 cm interno e externo, valores conforme Tabela
2.2

Reboco de 2 cm: C=2,39 kcal/h.m².°C

Tijolo de uma vez de 20 cm (comum): C=0,2/1,11

Filme exterior (vento de 24km/h): h=29,3

Filme interior (ar parado): h=7,13

DT (Diferença de Temperatura): 11,1 °C (Ver Tabela 2.7, cor media)

Obs: Como se trata de uma parede voltada para sudoeste foi retirada a media em S e O.

Temperatura do exterior: 34,9 °C (Ver Tabela 3.2, região sudeste, São Paulo)

Temperatura do interior: 24 °C (A ser atingida pelo climatizador de ar)

Área de Toda Parede: 52m²

Área das Janelas: Sala do financeiro (A2) e Sala do diretor (A3) janelas de 1,8m², e no
banheiro e uma de 0,72m². Igual ao total de 2,33m²

Área Total: Área de Toda Parede – Área das Janelas

Resistência Total (R):

RT = ( R1 )+( R1 )+⋯+( R1 )(2.4 )


1 2 n

RT = ( 2 ,139 )+( 2 ,139 )+( 10,,112 )+( 291,3 )+( 7 ,113 )=1,191

Cálculo do coeficiente global (U):


U= ( )
1
RT
(2.6)

U= ( 1,191
1
)=0 ,83 kcal/h . m .° C 2

Área total ( AT ):

AT = parede m²− janelas m ²(2.5)

AT =52−2 , 33

AT =49 ,67 m ²

Sendo assim:

Q= A +U [ ( t e −t i ) + Δ t ] (2.8)

Q=49 , 67+0 , 83 [ ( 34 , 9−24 ) +11 ,1 ]

Q=67 , 93 kcal/h

Paredes para Noroeste (ponto entre o lado Oeste e o Norte)

Tipo de Parede: Alvenaria com Reboco de 2 cm interno e externo, valores conforme Tabela
2.2

Reboco de 2 cm: C=2,39 kcal/h.m².°C

Tijolo de uma vez de 20 cm (comum): C=0,2/1,11

Filme exterior (vento de 24km/h): h=29,3

Filme interior (ar parado): h=7,13


DT (Diferença de Temperatura): 8,3 °C (Ver Tabela 2.7, cor media)

Obs: Como se trata de uma parede voltada para o noroeste foi retirada a media em O e N.

Temperatura do exterior: 34,9 °C (Ver Tabela 3.2, região sudeste, São Paulo)

Temperatura do interior: 24 °C (A ser atingida pelo climatizador de ar)

Área de Toda Parede: 18,5m²

Área das Janelas: Sala da gerência (A4) janelas de 1,8m²

Área Total: Área de Toda Parede – Área das Janelas

Resistência Total (R):

RT = ( R1 )+( R1 )+⋯+( R1 )(2.4 )


1 2 n

RT =( 2 ,139 )+( 2 ,139 )+( 10,,112 )+( 291,3 )+( 7 ,113 )=1,191

Cálculo do coeficiente global (U):

( )
U=
1
RT
(2.6)

U= ( 1,191
1
)=0 ,83 kcal/h . m .° C
2

Área total ( AT ):

AT = parede m²− janelas m ²(2.5)


AT =18 , 5−1 , 8

AT =16 , 7 m ²

Sendo assim:

Q= A +U [ ( t e −t i ) + Δ t ] (2.8)

Q=16 ,7+ 0 , 83 [ (34 , 9−24 ) +8 , 3 ]

Q=32,636 kcal/h

Piso sobre ambiente não climatizado:

Tipo de piso: Concreto interno, valores conforme Tabela 2.4

Concreto interno 20cm: U= 2,59 kcal/h.m².°C

DT (Diferença de Temperatura): 5,5 °C (Ver Tabela 2.3)

Área de Toda Parede: 104,65m²

Q= AUD (2.3)

Q=104 , 65× 2 ,59 ×5 , 5

Q=1490 , 73 Kcal /h

Tetos sobre telhados com ou sem sótão:

Tipo de tetos: Concreto interno, valores conforme Tabela 2.4

Concreto interno 20cm: U= 2,59 kcal/h.m².°C

DT (Diferença de Temperatura): 9,4 °C (Ver Tabela 2.3)

Área de Toda Parede: 104,65m²


Q= AUD (2.3)

Q=104 , 65× 2 ,59 × 9 , 4

Q=2547 , 80 Kcal /h

3.2.1.1 Calculo devido à insolação superfície transparente no verão:

Janelas voltadas para Nordeste (ponto entre Norte e o Leste)

Área das Janelas: Sala de reunião (A5) são duas de janelas de 2m², e no banheiro e uma de
0,72m². Igual ao total de 2,88m²

Fator solar – 8h do dia 20 de Abril/24 de Agosto: U= 415 kcal/h, Tabela 2,6 (Valor máximo
para janelas voltadas para o sudeste).

Por ter esquadrias de alumínio multiplicar por 1,15:

q= A ×U (2.8)

q= A ×U × 1, 15

q=2 , 88 ×415 × 1, 15

q=1374 , 48 Kcal /h

Janelas voltadas para Sudeste (ponto entre leste e o Sul)

Área das Janelas: Sala do financeiro (A2) e Sala do diretor (A3) janelas de 1,8m², e no
banheiro e uma de 0,72m². Igual ao total de 2,33m²

Fator solar – 7h do dia 22 de dezembro: U= 421 kcal/h, Tabela 2,6 (Valor máximo para
janelas voltadas para o sudeste).
Por ter persianas internas = 0,66

Por ter esquadrias de alumínio multiplicar por 1,15:

q= A ×U (2.8)

q=2 , 33× U ×0 , 66 ×1 , 15

q=2 , 33× 421 ×0 , 66 × 1, 15

q=744,525 Kcal /h

Janelas voltadas para Noroeste (ponto entre Oeste e o Norte)

Área das Janelas: Sala da gerência (A4) janelas de 1,8m²

Fator solar – 15h do dia 21 de Maio/23 de Julho: U= 469 kcal/h, Tabela 2,6 (Valor máximo
para janelas voltadas para o sudeste).

Por ter esquadrias de alumínio multiplicar por 1,15:

q= A ×U (2.8)

q=1 , 8 ×U ×1 , 15

q=1 , 8 ×469 ×1 , 15

q=970 , 83 Kcal /h

3.2.1.2 Calculo de carga devida ás pessoas – calor sensível e latente

Total de pessoas sentadas e em movimento lento igual a 8


Pela Tabela 2.10, temperatura desejável de 24°C, temos:
Fator Sensível = 66 kcal/h
Fator Latente = 34 kcal/h
Fator de multiplicação tabelado devida a temperatura que deseja no recinto.

QS =Q L=numero de pessoas ×calor liberado pelas pessoas (2.12)

Calor sensível:

QS =8 ×66=528 Kcal /h

Calor latente:

Q L=8× 34=272 Kcal /h

Total de carga (Q) térmica adquirida no recinto:

QT =QL +QS (2.13)

QT =528+272=800 Kcal /h

3.2.1.3 Expressando o calculo de condução das paredes internas:

Tipo de Parede: Tijolo maciço de alvenaria com Reboco de 2 cm interno e externo, valores
conforme Tabela 2.4
 Tijolo maciço de uma vez de 24 cm: U= 1,66 kcal/h.m².°C
 DT (Diferença de Temperatura): 9,4 °C (Ver Tabela 2.3)

Sendo assim:
q= A ∙ U ∙ DT (2.10)

Tabela 3.2: Calculo de condução das paredes internas

A (m²) U(kcal/h.m².°C) DT (°C) Q (kcal/h)

Paredes
24,62 1,66 9,4 384,170
internas da A1
Paredes
6,85 1,66 9,4 106,887
internas da A2
Paredes
6,85 1,66 9,4 106,887
internas da A3
Paredes
6,9 1,66 9,4 107,667
internas da A4
Paredes
11,25 1,66 9,4 175,545
internas da A5
Paredes
7,12 1,66 9,4 111,100
internas da A6

Dimensões do duto: 40x20cm

Temperatura do ar interno: 17°C achar pq 17

Temperatura do ar externo: 24°C

Chapa metálica não isolada: 5,76 kcal/h∙m²∙°C ( conforme Tabela 2.8)

Área do duto:

A=c ( a+2 b ) (2.7)

A=28 ,5 ( 0 , 40+2× 0 , 20 )

A=22 ,80 m ²

Duto não isolado:

q= A ∙ U ∙ DT (2.10)
q=22 , 80 ×5 , 76 × ( 24−17 )

q=919,296 kca l/h

3.2.1.5 Calculo devido aos equipamentos – calor sensível.


Ventilador dentro da corrente de ar igual a 2

Cv = 1/20

Rendimento (η ): 46%

P
q= ×733 (2.15)
η

0 , 05
q= ×733
46

q=0,796 kW

Para dois ventiladores será adicionado uma carga térmica ao ar circulante de 1,593 kW.

Computadores dentro da corrente de ar igual a 4

Utilizar a relação de 1kw-h igual a 860kcal

Potencia = 422W

PC =W × numero de equipamento(2.18)

PC =422× 4=1688 W

PC =1688 W ou 1,688 kW

1,688 ×860=1451,680 kcal

Notebook dentro da corrente de ar igual a 4


Utilizar a relação de 1kw-h igual a 860kcal

Potencia = 66,69W

PC =W × numero de equi pamento (2.18)

PC =66 ,69 × 4=266 , 76 W

PC =266 ,76 W ou 0,2667 kW

0,2667 × 860=229,362 kcal

Impressoras dentro da corrente de ar igual a 3

Utilizar a relação de 1kw-h igual a 860kcal

Potencia = 440W

PC =W × numero de equipamento(2.18)

PC =440 ×3=1320W

PC =1320 W ou 1,320

1,320 ×860=1135,200kcal

Copiadora dentro da corrente de ar igual a 1

Utilizar a relação de 1kw-h igual a 860kcal

Potencia = 1500W

PC =W × numero de equipamento(2.18)

PC =1500 × 1=1500 W

PC =1,500 W
1,500 ×860=1,290 kcal

3.2.1.6 Calculo devido á iluminação – calor sensível.


Iluminação fluorescente: Sem reator

Escritório: 8 lâmpadas de 36W.

Para obter a carga térmica em kcal/h, usar a relação 1kW-h = 860 Kcal/h.

q = total de watts x valor devido ao reator (2.20)

q=8 ×36

q=288 W ou 0,288 kW

q=0,288 × 860

q=247 , 68 kcal /h

3.2.1.7 Calculo devido à infiltração – calor sensível e latente.

Método da troca de ar:

Tipo de Troca por hora, valores conforme Tabela 2.13

Temperatura do exterior: 34,9 °C (Ver Tabela 3.2, região sudeste, São Paulo)

Temperatura do interior: 24 °C (A ser atingida pelo climatizador de ar)

Velocidade do ar (V): 0,15m/s

Vão de janelas: altura x largura

q s=Q × 0 ,29 ( t e −t i ) (2.27)


Tabela 3.3: Calculo devido à infiltração

Calor
V (m/s) A (m²) Q (m³/s) Te (°C) Ti (°C) qs (kcal/h)
específico

A1 3,61 0,541 1,710

A2 0,84 0,126 0,398

A3 0,15 0,84 0,126 0,29 34,9 24 0,398

A4 0,84 0,126 0,398

A5 2,2 0,330 1,043

Conforme Tabela 2.13:

A1: terá 2 trocas por hora será adicionado uma carga térmica ao ar circulante de 3,42 kW.

A2: terá 1 ½ trocas por hora será adicionado uma carga térmica ao ar circulante de 0,597 kW.

A3: terá 1 ½ trocas por hora será adicionado uma carga térmica ao ar circulante de 0,597 kW.

A4: terá 2 trocas por hora será adicionado uma carga térmica ao ar circulante de 0,796 kW.

A5: terá 2 trocas por hora será adicionado uma carga térmica ao ar circulante de 2,086 kW.

3.3 CARGA DEVIDA Á VENTILAÇÃO

Temperatura e umidade do ar interior e exterior:

Ar interior: 24°C e 50% UR, valores retirados em relação a media da Tabela 3.1.
Ar interior: 0,009kg/kg, valor retirado da Figura 2.8

Ar exterior: 34,9°C e 70% UR, valor da temperatura Tabela 3.2, umidade relatida valor acima
do nível Maximo da Tabela 3.1.

Ar exterior: 0,025kg/kg, valor retirado da Figura 2.8

Quantidade de ar preferível por pessoa para escritório: 25m³/h ver Tabela 2.15.

Numero de pessoas: 8

Calor sensível:

q s=Q × 0 ,29 ( t e −t i ) (2.27)

q s=( 8× 25 ) ×0 , 29 ( 34 , 9−24 )

q s=4992 ,2 kcal /h

Calor latente:

q L =583 × ( U E 2−U E1 ) × 1 ,2 ×Q(2.29)

q L =583 × ( 0,025−0,009 ) ×1 , 2× ( 8 ×25 )

q L =2238 , 78 kcal/h

Carga devida à ventilação:

q T =q s+ q L (2.30)

q T =4992 ,2+ 2238 ,78

q T =7230 ,98 kcal/h


3.4 TOTAL DE AR INSUFLADO

Total de calor sensível a retirar do ambiente é igual a 13.246,873 kcal/h

Temperatura do exterior: 34,9 °C (Ver Tabela 3.2, região sudeste, São Paulo)

Temperatura do interior: 24 °C (A ser atingida pelo climatizador de ar)

qs
Q= (2.32)
0 , 29 x ¿ ¿

13246,873
Q=
0 , 29 x ( 34 ,9−24 )

Q=4190 , 72m ³ /h

3.5 CÁLCULO DA ABSORÇÃO DA UMIDADE DOS RECINTOS

O ar de insuflamento calculado tem a vazão de 4.190,72 m³/h.

Ar interior: 24°C e 50% UR, valores retirados em relação a media da Tabela 3.1.

Ar interior: 0,009kg/kg, valor retirado da Figura 2.8

Ar exterior: 34,9°C e 70% UR, valor da temperatura Tabela 3.2, umidade relatida valor acima
do nível Maximo da Tabela 3.1.

Ar exterior: 0,025kg/kg, valor retirado da Figura 2.8

Pv=1 ,2 Q ( UE 2−U E1 ) (2.34)

Pv=1 ,2 × 4.190 , 72× ( 0,025−0,009 )

Pv=80 , 44 kg/h ou ≅ 80 kg /h
3.6 CÁLCULO DO CALOR LATENTE

A relação entre 1kj/kg=0,238846kcal/kg.

Conforme Tabela 2.16: 24°C de bulbo seco:

TABELA 3.4 – INTERPOLAÇÃO 24°C

ENTALPIA DO
TEMPERATURA (°C) VAPOR SATURADO
(kj/kg)
23,89 47,89

24,00 X

24,44 49,56

X = 48,22 kj/kg ou 11,52kcal/kg valor interpolado

Conforme Tabela 2.16: 17°C de bulbo seco: 31,26 kj/kg aproximado

TABELA 3.5 - INTERPOLAÇÃO 17°C

ENTALPIA DO
TEMPERATURA (°C) VAPOR SATURADO
(kj/kg)
16,67 30,14

17,00 X

17,22 31,26

X = 30,87 kj/kg ou 7,37kcal/kg valor interpolado

Total do valor da entalpia do calor latente ( D L ) : 38,63kcal/kg

Total de ar insuflado (Q): 4190,72 m³/h


q L =1 , 2×Q × DL (2.38)

q L =1 , 2× 4190 , 72× 38 ,63

q L =194265,016 kcal /h
4 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

4.1 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARCHIBALD JOSEPH MACINTYRE. Ventilação Industrial e Controle de Poluição. 2ª


Edição. Editora LTC – Rio de Janeiro, 1990.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6401: Instalações centrais


de ar-condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projetos. Rio de Janeiro, 1980.
17p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16401-2: Instalação de ar


condicionado – Sistemas centrais e unitários / Parte 2: Parâmetros de conforto térmico.
Rio de Janeiro, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16401-3: Instalação de ar


condicionado – Sistemas centrais e unitários / Parte 3: Qualidade do ar interior. Rio de
Janeiro, 2008.

CHAVES F. Instalações de Climatização e Refrigeração 1ª Parte. 2009-2010. Tese ( Mestrado


em Manutenção Técnica de Edificações) – Instituto Politécnico de Tomar.

ÊNNIO CRUZ DA COSTA. Refrigeração. 3ª edição. Editora Edgard Blucher LTDA-São


Paulo, 1982.

HÉLIO CREDER. Instalações de ar condicionado. 6ª edição. Editora LTC – Rio de Janeiro,


2004.

ROY J. DOSSA. Princípios de refrigeração. 1ª edição em português. Editor Hemus – Brasil,


2004.

SILVA, R.B. Ar condicionado. 5ª edição. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo –


São Paulo, 1968.

VAN WYLEN SONNTAG BORGNAKKE. Fundamentos da termodinâmica. 6ª edição.


Editora Blucher – São Paulo, 2003.
*******Mestrato em manutenção técnica de edificios

4.2 RESUMO DE CADA UMA DAS REFERÊNCIAS

ARCHIBALD JOSEPH MACINTYRE. Ventilação Industrial e Controle de Poluição. 2ª


Edição. Editora LTC – Rio de Janeiro, 1990.

- O livro é voltado para definições de ventilação industrial e de dimensionamento de dutos, os


efeitos do movimento do ar para conforto de uma pessoa e ventilação de uma maneira geral.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6401: Instalações centrais


de ar-condicionado para conforto – Parâmetros básicos de projetos. Rio de Janeiro, 1980.
17p.
- Esta Norma institui os alicerces fundamentais para a elaboração de projetos de instalações
de unidades com capacidade individual a partir de 9000 kcal/h.
- As condições postas nesta Norma são as mínimas determinadas para que se possam alcançar
resultados aceitáveis em instalações desse gênero, não evitando, quaisquer outros
aperfeiçoamentos da técnica.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16401-2: Instalação de ar


condicionado – Sistemas centrais e unitários / Parte 2: Parâmetros de conforto térmico.
Rio de Janeiro, 2008.
-Esta parte da ABNT NBR 16401 menciona os parâmetros do ambiente interno que
acomodem conforto térmico aos ocupantes de ambientes providos de ar condicionado.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16401-3: Instalação de ar


condicionado – Sistemas centrais e unitários / Parte 3: Qualidade do ar interior. Rio de
Janeiro, 2008.

-Esta parte da ABNT NBR 16401 menciona os parâmetros e as condições mínimos para
sistemas de ar condicionado, visando à aquisição de qualidade aceitável do ar para conforto.
Sendo assim definidas; vazão mínimas de ar para ventilação, filtragem de ar.

ÊNNIO CRUZ DA COSTA. Refrigeração. 3ª edição. Editora Edgard Blucher LTDA-São


Paulo, 1982.
-Esta publicação tem como conceito o estudo de conservação e utilização do ar frio, bem
sendo com detalhes a refrigeração mecânica e seus respectivos equipamentos e estudo das
técnicas de isolamento.

HÉLIO CREDER. Instalações de ar condicionado. 6ª edição. Editora LTC – Rio de Janeiro,


2004.

-Este livro apresenta os baseamentos para projetos de sistemas de ar condicionado focalizando


na evolução das metodologias e destacando as ultimas novidades no segmento de
condicionamento de ar, bem como os equipamentos que empregam sistema evaporativo e os
do tipo split-systems.

ROY J. DOSSA. Princípios de refrigeração. 1ª edição em português. Editor Hemus – Brasil,


2004.

-Este livro aborda aplicações de ciclo de refrigeração mecânica, e equipamentos associados,


que dispõe o material e a metodologia para uso em cursos e treinamento, assim como
engenharia.

SILVA, R.B. Ar condicionado. 5ª edição. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo –


São Paulo, 1968.

-Este livro compreende tópicos de ar condicionado com definições, operações, equipamentos,


aplicações e publicações brasileiras no hemisfério da engenharia de ambiente.

VAN WYLEN SONNTAG BORGNAKKE. Fundamentos da termodinâmica. 6ª edição.


Editora Blucher – São Paulo, 2003.

-Este livro apresenta as definições e conceito da termodinâmica, aperfeiçoar o baseamento


para estudos posterior em campos como o da mecânica dos fluidos, da transferência de calor.

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