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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Profª. Letícia Gomes

TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM

 SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são importantes indicadores do estado de
saúde e da garantia das funções circulatórias, respiratória,
neural e endócrina do corpo;
Para obtenção dos sinais vitais, deve-se aferir no mínimo:
frequência cardíaca ou pulso, frequência respiratória,
temperatura e pressão arterial.
Pode ser acrescentado a verificação da Saturação de
oxigênio (SPO2); T; P; R; PA

01. (CESUPA 2019) Na prática da enfermagem, a verificação


de sinais vitais é o modo mais eficiente e rápido de
monitorar a condição do cliente ou de identificar problemas
e avaliar sua resposta a uma intervenção (POTTER E PERRY, • PULSO CAROTÍDEO: As pulsações da carótida são visíveis
2013). Essa verificação indica a eficiência de quais funções e palpáveis medialmente aos músculos
do corpo: esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos
A) Circulatória, respiratória, neural e endócrina colocar o indicador e dedo médio sobre a carótida no terço
B) Circulatória, respiratória, neural e digestória. inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo
C) Circulatória, respiratória, neural e reprodutora. esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao
nível da cartilagem cricóide.
D) Circulatória, respiratória, neural e excretora.

• PULSO BRAQUIAL: Palpar a artéria braquial, sendo que o


 PULSO: É a expansão rítmica de uma artéria, produzida braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e
pela passagem de sangue bombeado pelo coração. Fatores as palmas da mão para cima.
de alterações: DC e Alterações na elasticidade das artérias.

• PULSO RADIAL: A artéria radial encontra-se no pulso,


palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio, com o
polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o
examinador usa a mão direita para examinar o pulso
esquerdo e vice versa .

Características do Pulso
• AMPLITUDE OU MAGNITUDE - o grau de enchimento da
artéria na sístole e esvaziamento na diástole.
• FREQUÊNCIA
• RITMO - sequência das pulsações
A) Regular: quando ocorrem a intervalos iguais
• Taquisfigmia: > valor normal = exercício, emoção, B) Irregular: os intervalos são ora mais longos ora mais
gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, curtos. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco.
hipertiroidismo, hipovolemia.

• Bradisfigmia: < valor normal = atletas

• Normosfigmia: normal

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Técnicas de verificação - Pulso 02. (IBFC/2023) Sobre as condições padronizadas para a


• Higienizar as mãos medida da pressão arterial, assinale a alternativa correta.
• Fazer antissepsia das mãos com álcool 70% A) A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da
circunferência do braço
• Orientar quanto ao procedimento
B) O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado
• Colocar em posição confortável, sentado ou deitado,
acima da altura do precórdio, ou seja, em 45o (quarenta e
porém sempre com o braço apoiado
cinco graus) do precórdio
• Colocar os dedos indicador e médio da mão direita sobre
C) Palpar o pulso poplíteo e inflar o manguito até 100mmHg
a artéria radial.
acima do valor em que o pulso começar a ser sentido
• Fazer leve pressão, não comprimir
D) A pressão sistólica corresponde ao desaparecimento dos
• Contar durante 1 minuto inteiro batimentos (fase V)
• Lavar as mãos e anotar no prontuário

 PRESSÃO ARTERIAL: Pressão que o sangue exerce contra


a superfície interna das artérias.
Fatores que alteram a PA: A PA varia em virtude da
interação de fatores neuro-humorais, comportamentais e
ambientais:
• Caminhada, exercício físico 60 a 90 min antes
• Bexiga cheia
• Ingestão bebidas alcoólicas, café ou alimentos
• Fumar 30 minutos antes
• Pernas cruzada, mau posicionamento na cadeira
• Antebraço não apoiado e fora da altura do coração

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial - 2020. Arq Bras Cardiol. 116(3):516-
658, 2021

• Métodos: Palpatório e Auscultatório 03. (ENARE/2021) Durante a verificação dos sinais vitais
• Esfigmomanômetro: manguito, insuflador, manômetro (SSVV), especificamente da pressão arterial (PA), o tamanho
aneróide do manguito, a postura do paciente e o posicionamento do
estetoscópio podem levar ao erro durante a avaliação da PA.
• Estetoscópio: olivas auriculares, armação metálica, tubo
Dessa forma, uma leitura de PA baixa falsa, ou seja, errônea,
de borracha, receptores (diafragma e campânula)
pode se dar quando
• Cuidados no preparo do paciente
(A) o braço não estiver apoiado.
• Procedimentos técnicos
(B) o braço estiver abaixo do nível cardíaco.
(C) o braço estiver acima do nível cardíaco.
(D) o manguito estiver envolvido com folga ou desigual.
(E) a bolsa ou o manguito forem muito estreitos ou muito
pequenos.

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Procedimento de medida de PA: preparo do paciente 05. (FUNDEP/2023) As doenças cardiovasculares são a
1. Higienizar mãos e desinfecção com álcool. principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos
ambulatoriais em todo o mundo, inclusive em países em
2. Explicar o procedimento ao paciente.
desenvolvimento, como o Brasil. O principal fator de risco
3. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso modificável com associação independente, linear e contínua
recostado na cadeira, relaxado e antebraço apoiado com a para doenças cardiovasculares é a hipertensão arterial.
palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
fletido.
A) A pressão arterial individual varia de acordo com a hora e
4. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto
com o dia.
médio do esterno ou 4° espaço intercostal),
B) Em indivíduos sedentários, a pressão arterial é alta.
5. Remover roupas do braço no qual será colocado o
manguito C) Para aferição da pressão arterial, é importante verificar se
o paciente está sentado com as pernas cruzadas.
6. Solicitar para que não fale durante a verificação
D) O fumo, o álcool e o café não alteram os valores da
7. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço
pressão arterial.
8. Verificar pulso braquial
9. Centralizar a seta ARTERIAL do manguito sobre a artéria
 TEMPERATURA: Sabemos ser quase constante, a
braquial, sem deixar folgas e acima da fossa cubital, cerca de
temperatura no interior do corpo, com uma mínima
2 a 3 cm
variação, ao redor de 0,6 graus centígrados, mesmo quando
10. Estimar o nível da pressão sistólica (palpar o pulso radial expostos à grandes diferenças de temperatura externa,
e inflar o manguito até seu desaparecimento). graças à um complexo sistema chamado termorregulador. Já
11. Colocar a campânula do estetoscópio sob a artéria a temperatura no exterior varia de acordo com condições
braquial ambientais. A mesma é medida através do termômetro
12. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível clínico. O calor produzido no interior do organismo chega à
estimado da pressão sistólica, verificada no método superfície corporal através dos vasos sanguíneos. A
auscultatório. temperatura é quase que totalmente controlada por um
centro termo regulador situado no hipotálamo.
13. Proceder à deflação lentamente.
Os locais onde habitualmente são medidas as
14. Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro
temperaturas do corpo são: - Axila, - boca, - reto, - mais
som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de
raramente a prega inguinal.
batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a
velocidade de deflação
15. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do TEMPERATURA ORAL (BOCA): Na medida oral, o
som (fase V de Korotkoff) termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionando-
o no canto do lábio; A verificação da temperatura oral é
16. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som
contra-indicada em crianças, idosos, pacientes graves,
para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à
inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações
deflação rápida e completa
orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos
17. Informar os valores de pressão arterial obtidos para o quentes ou gelados.
paciente
18. Anotar os valores e o membro
TEMPERATURA RETAL: Na temperatura retal, o termômetro
19. Realizar desinfecção da campânula deverá possuir bulbo arredondado e ser de maior calibre;
20. Guardar material e higienizar mãos. Sendo contra-indicações para a verificação do método
pacientes com cirurgias recente no reto ou períneo ou
portadores de processos inflamatórios neste local. É
04. (UFPA 2017) Ao aferir a pressão arterial não invasiva do
considerada a temperatura mais precisa.
paciente, é importante considerar o tamanho do manguito
em relação à circunferência do membro superior, com
largura e comprimento na proporção de:
A) Pelo menos 50% para ambos.
B) Pelo menos 50% e 70% da circunferência,
respectivamente.
C) Pelo menos 40% e 80% da circunferência,
respectivamente.
D) 50% e 80% da circunferência, respectivamente.
E) 40% e 70% da circunferência, respectivamente

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COMO VERIFICAR A TEMPERATURA? 06. (CESUPA/2019) A senhora Ana Luiza foi internada em um
• Lavar as mãos hospital de referência, apresentando cefaleia, lipotimia,
anorexia e febre. Durante a admissão, a enfermeira da
• Orientar o paciente quanto ao procedimento
clínica médica indagou à paciente sobre o período que vinha
• Reunir o material e levar à unidade do paciente apresentando febre e as características da mesma, Ana Luiza
• Deixar o paciente deitado ou recostado então informou que estava apresentando 31 graus de febre
confortavelmente há três dias interruptos e sem variação, além dos outros
• Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool sintomas, e o que mais estava causando desconforto era a
ou lavar dor de cabeça frequente. Diante da fala da paciente, a
enfermeira registrou no prontuário, a febre do tipo:
• Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas
do paciente A) Remitente.
• Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, B) Intermitente.
segurando o C) Recaída.
• Termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado D) Sustentada.
• Colocar o termômetro na axila, se for o caso, mantendo-
o com o braço bem encostado ao tórax  RESPIRAÇÃO: A respiração é a troca de gases dos
• Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a
• Ler a temperatura na escala absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.
FREQUÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos
• Limpar com algodão embebido em álcool
respiratórios/minuto; Adulto - 14 a 20 movimentos
• Lavar as mãos respiratórios/minuto
• Anotar no prontuário da paciente Dispnéia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É
sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas;
VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA pode ser súbita ou lenta e gradativa.
• Os locais habituais da medida da temperatura corpórea Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto
são: a axila, a boca e o ânus, sendo que existem diferenças na posição ereta.
fisiológicas entre os locais: Taquipnéia: respiração rápida, acima dos valores da
• Axilar - 35,5 a 37,0 0C normalidade, frequentemente pouco profunda.
• Bucal - 36,0 a 37,4 0C Bradipnéia: respiração lenta, abaixo da normalidade.
• Retal - 36,0 a 37,5 0C Apnéia: ausência da respiração
• A elevação da temperatura acima dos níveis normais
recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia. COMO VERIFICAR A RESPIRAÇÃO?
• Lavar as mãos
FEBRE: Nada mais é do que a elevação da temperatura acima • Orientar o paciente quanto ao exame
da normalidade, causada por alterações do centro termo • Não deixar o paciente perceber que estão sendo
regulador, pode ocorrer por infecções, lesões teciduais, contados os movimentos
processos inflamatórios e neoplasias entre as mais
• Contagem pelo período de 1 minuto
importantes.
• Lavar as mãos no término
• febre leve ou febrícula - até 37,5 graus
• Anotar no prontuário
• febre moderada - de 37,5 até 38,5 graus
• febre alta ou elevada - acima de 38,5 graus

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07. (UFPA 2021 – Nível fácil) Sobre os sinais vitais, é correto 10. (FEPESE/2023) A aferição dos sinais vitais confere aos
afirmar: profissionais de enfermagem informações para avaliação e
a) A aferição dos sinais vitais faz parte do banco de dados estabelecimento de cuidados aos pacientes. Para isto, além
(histórico), que consiste na segunda fase do processo de da habilidade técnica, o profissional deve conhecer os
enfermagem. parâmetros e variações consideradas como normais. Os
valores considerados dentro dos parâmetros de
b) O enfermeiro precisa ser capaz de medir os sinais vitais
normalidade do Pulso (FC), em adultos, variam entre
corretamente, pois não pode delegar a sua medição para
................ (acordado) e da Respiração (FR) entre ............
outro membro da equipe de enfermagem.
Assinale a alternativa que completa corretamente as
c) O equipamento para a aferição dos sinais vitais deve ser
lacunas do texto.
selecionado com base nas condições e características do
cliente; por exemplo, não tem problema usar manguito A) 40 e 100 bpm • 10 e 18 mrm
tamanho adulto para aferir a pressão arterial de uma B) 60 e 90 bpm • 12 e 24 mrm
criança. C) 60 e 100 bpm • 12 e 20 mrm
d) A aferição de sinais vitais é importante apenas antes e D) 80 e 100 bpm • 12 e 22 mrm
após uma transfusão de produtos do sangue.
E) 80 e 120 bpm • 16 e 24 mrm
e) Na obtenção dos sinais vitais, o enfermeiro precisa
entender e interpretar os valores, comunicar as descobertas
de forma apropriada e começar as intervenções conforme a
necessidade.

08. (CESUPA 2017 – Nível médio) A sobrevivência humana


depende da chegada de oxigênio (O2) até as células do
organismo e da remoção de dióxido de carbono (CO2) das
mesmas. A respiração é o mecanismo que o corpo utiliza
para trocar estes gases entre a atmosfera e o sangue e as
células (POTTER, PERRY, 2009). Este mecanismo envolve a
Perfusão, definida como:
A) A movimentação de gases para dentro e para fora dos
pulmões.
B) A distribuição das hemácias para os capilares sanguíneos.
C) A movimentação do oxigênio e do dióxido decarbono
entre os alvéolos e as hemácias.
D) Níveis baixos de oxigênio arterial

09. (CESUPA 2019) De acordo com Perry (2012), a


temperatura corporal está relacionada à diferença entre a
quantidade de calor produzido pelos processos corporais e
a quantidade de calor perdido para o ambiente externo; esta
diferença mantém o equilíbrio entre ambos. Quanto à
verificação e controle da temperatura, é importante que os
profissionais de enfermagem reconheçam que:
A) A temperatura superficial flutua, dependendo do fluxo de
sangue para a pele e quantidade de calor produzido
fisiologicamente.
B) Durante a medida da temperatura corporal, almeja-se
obter uma temperatura média, representativa dos tecidos
superficiais GABARITO

C) Os locais que refletem temperatura central sinalizam 01. A 05. A 09. C


indicadores mais confiáveis da temperatura corporal do que 02. A 06. D 10. C
aqueles que refletem temperatura superficial. 03. C 07. E
D) Para que a temperatura corporal se mantenha 04. C 08. B
constante, e dentro de uma faixa aceitável, a perda de calor
deve ser menor que a sua produção.

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COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES LABORATORIAIS INSTRUÇÕES IMPORTANTES QUE DEVEM SER PASSADAS
A coleta de exames laboratoriais de pacientes em regime de AO PACIENTE
internação e em situação ambulatorial nos laboratórios de  A suspensão de medicamentos somente pode ser
análises clinicas, é uma atividade que a enfermagem autorizada pelo médico do paciente.
desenvolve e que contribui para a promoção, prevenção,  O laboratório deve anotar o horário da última dose e
manutenção e recuperação da saúde. registrar esta informação no laudo;
 A ingestão de pequena quantidade de água, antes da
OBJETIVOS DOS EXAMES LABORATORIAIS coleta, não quebra o jejum;
 Confirmar, estabelecer ou complementar o diagnóstico  O fumo e o café não são permitidos antes da coleta, pois
clínico; podem interferir na exatidão dos resultados.
 Fornecer elementos para o prognóstico de determinadas
doenças; Equipamentos e material de segurança necessário:
 Estabelecer critérios de normalidade;  EPI’s: jaleco, máscara, óculos, luvas descartáveis;
 Delinear fatores de riscos evolutivos.  Algodão hidrófilo;
 Álcool a 70%;
Os profissionais devem ficar atentos aos seguintes  Agulha e seringa descartáveis;
requisitos:
 Sistema à vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
 Horário da coleta;
 Tubos de ensaio com tampa;
 Tempo de envio da amostra para o laboratório;
 Etiquetas para identificação de amostras;
 Erro de identificação da amostra
 Caneta;
 Jejum do paciente;
 Descartex;
 Tempo de coleta de amostras;
 Estante para tubos.
 Tubos e equipamentos usados apropriados para coleta
de material biológico;
Locais de escolha para a punção da veia:
 Uso prolongado do torniquete;
 As veias basílicas mediana e a cefálica são as mais
 Erro do volume ou quantidade
utilizadas;
 da amostra para analise.
 A basílica mediana é a melhor opção, pois a cefálica é
mais propensa á formação de hematomas;
MATERIAIS BIOLÓGICOS E EXAMES MAIS SOLICITADOS  No dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais
recomendado por ser mais calibroso.

CAUSAS PRÉ-ANALITICAS DE VARIAÇÕES DOS RESULTADOS


DE EXAMES LABORATORIAIS
 Variação cronobiológica, gênero;
 Idade, posição, atividade física;
 Jejum, dieta;
 Uso de fármacos e drogas de abuso
 Aplicação do torniquete, procedimentos diagnósticos;
 Infusão de fármacos;
 Hemólise, lipemia.

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ÁREAS A SEREM EVITADAS  Aspirar devagar o volume necessário de acordo com a


 Locais com cicatrizes de queimaduras; quantidade de sangue requerida na etiqueta dos tubos;
 Áreas com hematoma;  Aspirar o sangue evitando bolhas e espuma, e com
agilidade, pois o processo de coagulação do organismo do
 Membro superior próximo ao local onde foi realizado
paciente já foi ativado no momento da punção;
mastectomia, cateterismo ou qualquer outro procedimento
cirúrgico.  Retirar a agulha da veia do paciente;
 Exercer pressão no local, evitando a formação de
hematomas e sangramentos;
TÉCNICAS PARA EVIDENCIAÇÃO DA VEIA
 Orientar o paciente a não dobrar o braço, não carregar
 Pedir para o paciente abaixar o braço e fazer
peso no mesmo lado da punção, por no mínimo 1 hora;
movimentos suaves de abrir e fechar a mão;
 Abrir a tampa do 1º tubo, deixar que o sangue escorra
 Massagear delicadamente o braço do paciente (do
pela sua parede, devagar para evitar hemólise;
punho para o cotovelo);
 Fechar o tubo e homogeneizar, invertendo-o
 Fixação das veias com os dedos nos casos de flacidez.
suavemente de 5 a 10 vezes de acordo com o tubo utilizado;
 Ao final, descartar a seringa e agulha no descartex;
USO ADEQUADO DO TORNIQUETE
 Verificar se existe alguma pendência, certificar-se das
 Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo condições gerais do paciente e liberá-lo;
à partir da altura do ombro;
 Colocar as amostras em local adequado ou
 Posicionar o torniquete com o laço para cima, a fim de encaminhá-las
evitar a contaminação da área de punção;
 imediatamente para processamento.
 Usar o torniquete por no máximo dois minutos;
 Aplicar o torniquete cerca de 8 cm acima do local de
01. (IBFC/2022) A coleta de sangue deve ser padronizada
punção para evitar contaminação do local;
pelos laboratórios a fim de evitar contagens espúrias e
 Ao garrotear, pedir ao paciente para fechar a mão para artefatos gerados in vitro. A punção sanguínea pode ser
evidenciar a veia; realizada pelo sistema a vácuo e por seringa e agulha.
 Não aperte intensamente o torniquete, pois o fluxo Analise as afirmativas abaixo sobre alguns cuidados
arterial não deve ser interrompido. necessários para a coleta sanguínea adequada.
I. A coleta sanguínea inclui a punção venosa e o uso do
1) COLETA DE SANGUE COM SERINGA E AGULHA anticoagulante adequado.
DESCARTÁVEIS II. O sangue deve ser homogeneizado após a transferência
 Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para para o tubo.
confirmação do pedido médico e etiquetas; III. Para a coleta dos exames hematológicos, a preferência é
 Separar e organizar todo material a ser utilizado (tubos, pela coleta de sangue venoso e a partir da punção das veias
gaze, garrote, etc.); do antebraço.
 Informar ao paciente sobre o procedimento que será IV. Quando a punção é realizada com seringa e agulha, o
realizado; sangue deve fluir com a força do turbilhonamento.Estão
corretas as afirmativas:
 Posicionar o paciente de forma confortável e segura para
a realização da coleta; A) I, II, III e IV
 Higienizar as mãos e calçar as luvas; B) I, II e III apenas
 Escolher o local da punção; C) I, II e IV apenas
 Realizar a antissepsia, do local da punção, lembrando D) II, III e IV apenas
após a limpeza, o local não deve ser mais palpado;
 Aguardar a secagem da área por 30 segundos;
 Não assoprar, abanar ou colocar algo no local;
 Garrotear o braço do paciente;
 Se necessário, colocar o polegar ou o dedo indicador da
mão não dominante a 2,5 cm abaixo do local da punção e
puxar a pele, esticando delicadamente
 Retirar a proteção da agulha;
 Segurar a seringa e a agulha em um ângulo de 15º a 30º
graus, com bisel voltado para cima;
 Assim que o sangue começar a fluir dentro da seringa,
desgarrotear o braço do paciente;

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02) COLETA DE SANGUE VENOSO A VÁCUO  Segurar a seringa e a agulha em um ângulo de 15º a 30º
 Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para graus, com bisel voltado para cima;
confirmação do pedido médico e etiquetas;  Assim que o sangue começar a fluir dentro da seringa,
 Separar e organizar todo material a ser utilizado (tubos, desgarrotear o braço do paciente;
gaze, garrote, etc.);  Realizar a troca de tubos sucessivamente;
 Informar ao paciente sobre o procedimento que será  Homogeneizar imediatamente após a
realizado; retirada de cada tubo invertendo-o suavemente de 5 a
 Posicionar o paciente de forma confortável e segura para 10 vezes;
a realização da coleta;  Após a retira do último tubo, remover a agulha e fazer
 Higienizar as mãos e calçar as luvas; compressão no local da punção, com algodão ou gaze seca;
 Escolher o local da punção;  Exercer pressão no local, evitando a formação de
hematomas e sangramentos;
 Realizar a antissepsia, do local da punção, lembrando
após a limpeza, o local não deve ser mais palpado;  Orientar o paciente a não dobrar o braço, não carregar
peso no mesmo lado da punção, por no mínimo 1 hora;
 Aguardar a secagem da área por 30 segundos;
 Descartar a agulha após a retirada do braço do paciente;
 Não assoprar, abanar ou colocar algo no local;
 Verificar se existe alguma pendência, certificar-se das
 Garrotear o braço do paciente;
condições gerais do paciente e liberá-lo;
 Se necessário, colocar o polegar ou o dedo indicador da
 Colocar as amostras em local adequado ou
mão não dominante a 2,5 cm abaixo do local da punção e
encaminhá-las imediatamente para processamento.
puxar a pele, esticando delicadamente
 Retirar a proteção da agulha;

COLETA DE SANGUE VENOSO A VÁCUO

02. (FURB/2023) Em relação aos procedimentos para coleta A) I, II, III e IV.
de sangue feita com sistema a vácuo, analise as afirmativas B) IV, apenas.
a seguir:
C) I, apenas.
I. Rosqueie a agulha no adaptador (canhão). Não remova a
D) II, III e IV, apenas.
capa protetora de plástico da agulha.
E) I, II e III, apenas.
II. Ajuste o garrote e escolha a veia, faça a antissepsia do
local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou
álcool iodado a 1%. Não toque mais no local desinfetado.
III. Introduza o tubo no suporte, pressionando-o até o limite.
IV. Não solte o garrote até que o sangue encha o tubo e
descarte a agulha em recipiente de boca larga, paredes
rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 10%.
É correto o que se afirma em:

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TUBOS DE COLETA: A ordem correta para coleta de sangue 04. (UFTM/2022) Coleta de sangue em tubos contendo
por tubos a vácuo é: citrato de sódio são indicados para a obtenção de:
1. Azul (citrato de sódio) A) plasma, parte líquida do sangue que contém fatores de
2. Amarelo/vermelho (ativador de coágulo) coagulação.
3. Verde (heparina) B) soro, parte líquida do sangue que contém fatores de
coagulação.
4. Lilás/roxo (EDTA)
C) plasma, parte líquida do sangue que não contém fatores
5. Cinza (fluoreto de sódio/EDTA).
de coagulação.
D) soro, parte sólida do sangue que não contém fatores de
03. (CONSULPLAN/2023) Em análises clínicas, erros na fase coagulação.
pré-analítica são comuns e afetam significativamente a
qualidade e a confiança do resultado. No exercício da
função, conhecer as possíveis fontes de erros permite que o
analista clínico tenha uma conduta adequada perante um
resultado analítico inesperado. A imagem apresenta seis
tubos de coleta de sangue, cujas tampas dispõem de cores
diferentes, conforme o padrão estabelecido na Norma ISO
6.710:1995:

Para evitar a contaminação cruzada de aditivos nos tubos de


coleta de sangue e considerando o padrão internacional de
cores, a ordem de coleta deverá ser:
A) Azul; vermelho; amarelo; verde; roxo; e, cinza.
B) Verde; cinza; roxo; vermelho; amarelo; e, azul.
C) Verde; roxo; vermelho; cinza; azul; e, amarelo.
D) Azul; amarelo; verde; vermelho; roxo; e, cinza.

05. (SELECON/2023) Após a coleta de sangue, as amostras


obtidas devem ser homogeneizadas suavemente por
inversão, pois esse procedimento visa a garantir o contato
da amostra com toda a superfície interna do tubo coletor.
Esse movimento de inversão deverá ocorrer na frequência
de:
A) 1 a 5 vezes
B) 5 a 10 vezes
C) 10 a 20 vezes
D) 20 a 30 vezes

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06. (LEGALLE/2023) Em relação às funções do profissional de PROCEDIMENTO:


enfermagem na coleta de amostras para exames  Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã ou
laboratoriais, analise as partes que seguem: qualquer outra urina do dia, porém com intervalo de no
(1a parte): Interpretar os resultados dos exames mínimo 2 horas sem urinar;
laboratoriais e definir o tratamento adequado.  Fazer a coleta do material com kit fornecido pelo
(2a parte): Realizar a coleta adequada das amostras e laboratório;
garantir sua correta identificação e preservação.  Lave as mãos;
(3a parte): Decidir quais exames laboratoriais devem ser  Realize a higiene genital com agua e sabonete comum,
solicitados para o paciente. secar bem o local;
Das partes, pode-se afirmar que está(ão) INCORRETA(S):  Abra a embalagem do kit coletor, retire da embalagem
A) Somente a 1a e a 3a partes. do frasco coletor;
B) Somente a 2a parte.  Ao urinar, despreze o 1º jato da urina no vaso e colete o
C) Somente a 3a parte. 2º jato da urina no pote largo sem tampa;
D) A 1a, a 2a e a 3a partes.  Transfira a urina coleta para o tubo estreito com tampa
até completa-lo totalmente;
 Tampe-o bem;
07. (AMAUC/2023) A prática da coleta de sangue é uma
atividade amplamente praticada e com valor inestimável  Despreze caso necessário, o resto da urina que ficou no
para o diagnóstico preciso do paciente e também para o pote sem tampa no vaso sanitário;
tratamento de vários processos patológicos. Sobre a técnica  Jogue o mesmo no lixo;
dessa prática, é possível afirmar que:  Entregue o frasco com a urina para o coletador para que
A) Para a punção arterial, a agulha introduzida deverá estar o mesmo
em ângulo de 45 graus.  identifique a amostra e encaminhe ao laboratório
B) É preciso inserir o garrote a cerca de cinco centímetros do
local a ser puncionado.
Coleta de urina em mulheres
C) É preciso inserir o bisel da agulha com a parte do bisel
1. Realizar antes a higiene íntima com lenço umedecido ou
voltada para baixo.
com água e sabonete.
D) É preciso identificar o frasco de coleta antes de levá-lo à
2. Abrir o frasco somente no momento da coleta.
cabeceira do paciente.
3. Desprezar o primeiro jato urinário.
4. Coletar o jato médio de urina dentro do frasco.
 COLETA DE URINA
5. Fechar o frasco.
O QUE É O EXAME DE URINA?
6. Entregar logo em seguida ao laboratório.
O exame de urina, conhecido tecnicamente como
Elementos Anormais do Sedimento (EAS), urina tipo 1 ou Importante: Mulheres devem evitar realizar exame de urina
urina de rotina — dependendo da região do país — é de fácil no período menstrual.
coleta e muito frequentemente solicitado por médicos de
diversas especialidades para identificar alterações no Coleta de urina em homens
sistema urinário, inclusive aquelas que ainda não se
1. Abrir o frasco somente no momento da coleta.
manifestaram clinicamente. Isso porque o exame
analisa vários elementos e o seu resultado pode direcionar 2. Desprezar o primeiro jato de urina.
para a investigação diagnóstica de patologias. 3. Coletar o jato médio de urina dentro do frasco.
Para que serve esse exame? 4. Fechar o frasco.
O exame EAS serve para identificar doenças do trato urinário 5. Entregar logo em seguida ao laboratório.
como infecções, pedras nos rins e insuficiência renal. A
identificação dessas alterações é feita com base em três
critérios diferentes:
• Aspectos físicos: dor e densidade;
• Aspectos químicos: pH, nitritos, glicose, proteínas,
cetonas, bilirrubinas e urobilinogênio;
• Anormalidades: sangue, bactérias, fungos, protozoários,
espermatozoides, mucos, cilindros e cristais.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 10


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

08. (IBFC/2022) As amostras de Urina tipo I são consideradas EXAME DE FEZES


inadequadas quando:  Compreende as análises macroscópicas e
I. Paciente realizou a higiene íntima antes da coleta. microscópicas e bioquímicas para a detecção precoce de
II. A amostra permaneceu em temperatura ambiente por sangramento gastrointestinal, distúrbios hepáticos e dos
mais de 2 horas. ductos biliares e síndromes me mal absorção.
III. Paciente não desprezou o primeiro jato.  A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo
as finalidades do exame a que se destinam.
IV. Não é a primeira urina do dia e/ou intervalo curto entre
uma micção e outra.  As principais finalidades do exame de fezes são:
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II, III apenas
B) III e IV apenas
C) I e III apenas
D) II, III e IV apenas

Quais são os principais tipos de exame de urina?


• Exame tipo 1 ou exame de urina simples: é o exame
mais solicitado, pois ajuda a analisar diversos aspectos da PROTOPARASITOLÓGICO
saúde do paciente. A investigação do exame tipo 1 é feita
em três partes: análise das características físicas;  Evacuar em recipiente limpo e seco;
características químicas; e do sedimento urinário;  Transferir uma porção das fezes recém emitidas para o
• Urocultura ou cultura de urina: consegue identificar frasco coletor, tendo cuidado para não ultrapassar a metade
qual tipo de bactéria ou fungo está ocasionando a infecção; do frasco;

• Exame de urina 24 horas: esse exame é um pouco  Não utilizar laxantes ou supositório.
diferenciado dos outros, pois é necessário que a coleta seja  O exame protoparasitológico de fezes, por exemplo, é
feita, obrigatoriamente, em casa durante todo o dia. solicitado para investigar a presença de parasitas, larvas e
ovos que causam doenças como lombriga
(ascaridíase), giardíase e esquistossomose.
O que pode ser detectado em um exame de urina?
Após a análise dos valores de referências, é possível
identificar, através do exame de urina, algumas doenças ou FATORES QUE INTERFEREM NA AMOSTRA
alterações que possam estar presentes em determinadas  Contaminação com urina;
enfermidades, sendo as principais:  Contraste radiológico na véspera do exame;
• Alterações que podem estar presentes no diabetes;  Laxantes.
• Alterações como hematúria (sangramento) que podem
estar presentes em alguns tumores e na litíase renal (“pedra QUAL É O PREPARO PARA O EXAME DE FEZES
nos rins”);
As indicações podem variar de acordo com cada tipo de
• Desidratação; exame, mas a orientação geral é não utilizar laxantes para
• Infecções no aparelho urinário. ajudar a evacuar. Espere ter vontade de ir ao banheiro para
coletar a amostra.
09. (FURB/2023) A urinálise é a avaliação da urina para Alguns medicamentos podem interferir no resultado do
diagnóstico ou prognóstico, sobre esse teste, assinale a exame; portanto, avise o profissional de saúde que o
alternativa correta: orientou sobre o exame, caso faça uso regular de algum
A) Para a correta execução do exame de sumário de urina, a remédio.
amostra mais recomendada é a urina de 12 horas. No exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes, as
B) É possível detectar glicose na urina quando a glicemia mulheres devem esperar 3 dias após a menstruação para
ultrapassa o limite renal de reabsorção. colher o material, pois pode ocorrer contaminação com o
sangue do período menstrual.
C) A presença de leucócitos na urina não pode indicar
inflamação no trato urinário.
D) As tiras reagentes utilizadas em exames de urina não
permitem identificar a ausência ou presença de
determinadas substâncias, são utilizadas apenas para
identificação do pH.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COMO É FEITO O EXAME DE FEZES SONDAGEM VESICAL


O paciente deve evacuar em um local limpo e que não tenha Conceitos
contato com água ou urina. Drenos são materiais colocados no interior de uma ferida ou
Utilize uma colher descartável ou a pazinha que vem junto cavidade, visando sair fluidos ou ar que estão ali presentes,
com o pote para coletar um pouco do material. Pegue evitando o acumulo e removendo secreções normais ou
apenas a parte superficial, que não teve contato com outros patológicas.
materiais, nem mesmo com o papel usado para forrar. O O termo sonda pode referir-se a diferentes tipos de
mesmo vale quando a coleta é de material de bebês e instrumentos e ferramentas. Estes dispositivos estão
crianças que utilizam fralda: não pegue porções que tocaram associados ao verbo sondar: realizar uma investigação ou
na fralda. um rastreio de algo.
A quantidade varia de acordo com o exame e o laboratório. No âmbito da medicina, uma sonda é um aparelho que é
Na maioria dos casos a recomendação é o correspondente a usado para a exploração das cavidades do corpo ou para
aproximadamente uma colher de chá até duas colheres de levar certas substâncias até elas. Um exemplo destas sondas
sopa, mas sem ultrapassar a metade do recipiente. são as sondas nasogástricas, que entram no organismo pela
boca ou pelo nariz, atravessam do esófago e chegam ao
CUIDADOS APÓS O EXAME DE FEZES estômago.
Os cuidados no armazenamento são tão importantes
quanto a coleta correta, e variam muito de acordo com cada CATETERISMO VESICAL
tipo de exame. Introdução de um cateter na bexiga através do meato
Em alguns casos, a amostra tem de ser levada ao laboratório urinário
em algumas horas após a coleta e não pode ser colocada na Objetivo: esvaziá-la (alívio), garantir drenagem contínua
geladeira. Em outros, você poderá guardá-la na geladeira até (demora)
o encaminhamento. Nesses casos, embrulhe o pote com
Aproximadamente 16-25% dos pacientes de um hospital
papel ou plástico, identifique-o com uma fita adesiva e
serão submetidos a cateterismo vesical, de alívio ou de
guarde-o em algum local menos utilizado da geladeira (não
demora.
no congelador).

01. (UFPA/2015) A cateterização da bexiga envolve a


10. (FEPESE/2008) Sobre a coleta e conservação das fezes,
introdução de uma sonda de látex ou de plástico através da
assinale a alternativa correta.
uretra e para o interior da bexiga. Para cateterização
A) As amostras fecais podem ser conservadas em solução intermitente, indica(m)-se:
resultante da combinação de acetato de sódio-sulfato de
A) Alívio do desconforto da distensão da bexiga, medida de
cobre e formal a 15%.
descompressão.
B) As amostras fecais que não forem entregues ao
B) Prevenção de obstrução uretral por coágulos após
laboratório imediatamente deverão ser preservadas em
cirurgia genitourinária.
formalina a 20%.
C) Retenção urinária severa com episódios recorrentes de
C) O tempo de colheita das amostras fecais não influi
ITU.
diretamente na identificação dos parasitos, de maneira que
não é necessária a conservação das fezes. D) Medição do débito urinário em clientes em estado
crítico.
D) fixador de Schaudinn não é usado na preservação das
fezes, pois não produz fixação de trofozoítos e cistos de E) Irrigações contínuas da bexiga.
protozoários.
E) As amostras fecais podem ser conservadas em solução
fixadora acetato de sódio-ácido acético-formaldeído (SAF),
assegurando uma excelente fixação das estruturas
morfológicas dos protozoários e helmintos.

GABARITO
01. B 06. B
02. E 07. D
03. A 08. D
04. A 09. B
05. B 10. E

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS DE CATETER 02. (CESUPA 2019 – Nível Fácil) A sondagem vesical trata-se
 SONDA NELATON de um procedimento invasivo e que envolve riscos aos
pacientes que estão sujeitos a infecções do trato urinário
e/ou a trauma uretral ou vesical. A inserção de cateter
vesical é privativa do enfermeiro, de acordo com qual
legislação do COFEN:
A) Resolução COFEN no 453/2014.
B) Resolução COFEN no 450/2013.
C) Resolução COFEN no 543/2017.
D) Resolução COFEN no 524/2016.
Sonda de Foley de 3 vias
INDICAÇÕES

Classificação quanto a forma de ação


• CAPILARIDADE: A saída das secreções se da através da
superfície externa do dreno. Não há passagem de líquidos
pela luz.
• GRAVITAÇÃO: Utiliza-se cateteres de grosso calibre,
colocados na cavidade e conectados a bolsas coletoras ou
borrachas de látex, como por exemplo, dreno de tórax.
• SUCÇÃO: São geralmente utilizados em circunstancias
em que se prevê o acumulo de líquidos em grande INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO: A ITU é uma infecção que
quantidade, ou por períodos prolongados. acomete qualquer parte do sistema urinário, desde os rins,
a bexiga, até a uretra. É definida como a presença de
Legislações vigentes microorganismos em alguma parte desse sistema,
ocasionando infecção. É uma das causas prevalentes de IRAS
• Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº
de grande potencial preventivo, visto que a maioria está
94.406, de 08 de junho de 1987;
relacionada à cateterização vesical. As ITUs são responsáveis
• Resolução Cofen nº 358/2009. Dispõe sobre a por 35-45% das IRAS em pacientes adultos;
Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem;
• Resolução Cofen nº 0450/2013. Normatiza o
procedimento de Sondagem Vesical no âmbito do Sistema
Cofen / Conselhos Regionais de Enfermagem;
• Resolução Cofen nº 564, de 6 de Novembro de 2017. O
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

RESOLUÇÃO COFEN Nº 0450/2013. Normatiza o


procedimento de Sondagem Vesical no âmbito do Sistema
Cofen / Conselhos Regionais de Enfermagem.
• Estabelecer diretrizes para atuação da equipe de
enfermagem em sondagem vesical;
• Inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro, que
deve imprimir rigor técnico-científico ao procedimento;
• Ao Técnico de Enfermagem, compete a realização de
atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da
assistência.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

FATORES DE RISCO Fixação apropriada


• Sondagem vesical;  sexo feminino: face anterior da coxa
• Sexo feminino;  sexo masculino: região hipogástrica
• Diabetes mellitus; Bolsa Coletora
• Imunodepressão (transplante renal, neoplasias,  Manter abaixo do nível da bexiga
corticoterapia);  Extremidade de saída de urina não deve tocar o chão
• Utilização de antimicrobianos.  Esvaziar a bolsa sempre quando o volume atingir 2/3 da
capacidade
SINAIS E SINTOMAS: Disúria; Maior frequência e urgência
miccional; Febre (>37,8°C) ou Hipotermia (<35,5°C); Dor COLETA PARA EXAMES
lombar; Incontinência urinária.  Fazer desinfecção da conexão de coleta com álcool a 70%
Práticas recomendadas para prevenção de ITU-RAS da membrana de silicone
1. Higienização adequada das mãos antes e após a inserção  Agulha 30x10 ou 25x8, seringa de 20ml
do cateter urinário;  Transferir para o recipiente de coleta, sem tocar a borda
2. Técnica Asséptica na passagem do cateter urinário e com a mão ou com a seringa
Sistema Fechado;
3. Manutenção Adequada do Cateter Urinário; 04. (FUNDEP/2023) Considerando os cuidados de
Enfermagem que devem ser adotados com pacientes que
4. Revisão Diária da Indicação do Cateter Urinário
necessitam de realizar exames clínicos laboratoriais, assinale
Trocar todo o sistema em caso de violação, obstrução ou a alternativa incorreta.
vazamento nas conexões!!
A) Antes da coleta de escarro, deve-se orientar o paciente a
fazer higiene oral e colher, se possível, o primeiro escarro da
03. (ESP-PR 2021- Nível Fácil) A cateterização urinária é a manhã.
colocação de um tubo através da uretra até a bexiga com o B) Em paciente com sonda de demora, a coleta de urina para
objetivo da drenagem de urina. Considerando as boas exame deve ser realizada retirando-se a urina da bolsa
práticas quanto à inserção e manutenção de um cateter de coletora.
demora, assinale a alternativa correta. C) A urina de pacientes que realizam exame de proteinúria
A) A desconexão do sistema fechado de drenagem se faz deve ser mantida em baixa temperatura até que se
necessária a cada esvaziamento de urina da bolsa coletora. completem as 24 (vinte e quatro) horas de coleta.
B) Durante progressão da sonda vesical de demora, se existe D) Pacientes com diurese espontânea devem ser orientados
uma resistência durante a insuflação, deve-se continuar a a realizar higiene íntima, começar a urinar no vaso sanitário
insuflar o balão. para desprezar o primeiro jato de urina para, em seguida,
C) Cateteres de diâmetro menor aumentam o risco de colher a urina no frasco até completar sua metade.
trauma uretral.
D) O uso prolongado de sondas com de balões maiores do REVISÃO DIÁRIA DA INDICAÇÃO DO CATETER URINÁRIO
que 30 mL está associado a desconforto do paciente, trauma  Evitar inserção de sonda vesical de demora
de uretra e esvaziamento incompleto da bexiga.  Remoção oportuna do cateter vesical
E) O risco de infecção do trato urinário aumenta com o uso  Lembrar-se das alternativas à cateterização
de um cateter intermitente.
05. (UFPA/2017) Sobre os cuidados de enfermagem ao
Manutenção Adequada do Cateter Urinário paciente com cateter urinário de demora, é correto afirmar:
(A) Os cateteres vesicais são rigorosamente trocados a cada
15 dias para diminuir o risco de infecção.
(B) Não é mais recomendada a fixação do cateter na coxa do
paciente para não aumentar a tração sobre a uretra.
(C) Em casos de obstrução do cateter por coágulos ou
grandes quantidades de sedimento, realizar irrigações
intermitentes com frequência.
(D) O tubo de drenagem nunca deve ser clampeado para
evitar a retenção da urina, mesmo nos casos de
deambulação e transporte do paciente.
(E) O traumatismo da uretra pode ser reduzido através da
escolha de um cateter de tamanho apropriado, lubrificação
adequada e inserção do cateter distante o suficiente dos
tecidos uretrais quando o balão de retenção for insuflado.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 14
SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COMPLICAÇÕES 06. (UEPA/2014) Durante o manejo da sonda vesical de


 Infecção urinaria demora e seus dispositivos, a equipe de enfermagem, para
a prevenção de infecções relacionadas a esse procedimento
 Hemorragia
invasivo deve:
 Formação de cálculos na bexiga I. Realizar a passagem da sonda obedecendo a técnica
 Bexiga neurogênica asséptica.
 Trauma tissular II. Lembrar sempre de pinçar o tubo do saco coletor ao
transferir o paciente do leito, para que não haja refluxo da
urina da bolsa coletora para dentro da bexiga.
Recomendações
III. Não desconectar o sistema na junção entre a sonda e o
 Escolher cateter de menor calibre possível, que garanta
conector da bolsa coletora, somente no caso de coleta de
a drenagem adequada, a fim de minimizar ocorrências de
urina para exame.
trauma;
IV. Se houver necessidade de trocar a bolsa coletora (quebra
 Seguir práticas assépticas durante a inserção e
da pinça, inutilidade do dispositivo) deve-se realizar nova
manipulação do cateter vesical;
sondagem.
 Encher o balão de retenção com água destilada;
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
 Higienizar as mãos antes e após o procedimento; a) I e II
 Utilizar um sistema de drenagem urinária que possa b) II e III
garantir sua esterilidade, como um todo.
c) I, II e III
 O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se
d) IV
necessário, manusear com técnica asséptica;
e) I, II e IV
 Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do
cateter, evitando refluxo intravesical de urina;
 Obedecer a critérios determinados no protocolo para CATETER NASOGÁSTRICO E NASOENTERAL
troca do cateter vesical; Nutrição Enteral: Administração de nutrientes diretamente
 Manter fluxo de urina descendente e desobstruído, no interior do TGI por meio de um cateter de alimentação.
exceto para os casos pontuais de coleta de urina para Bases Legais TNE
análise; • RCD N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000: Aprova o
 Realizar coleta de amostras de urina para análise com Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos
técnica asséptica; exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral
 Identificar e monitorar os grupos de pacientes • RESOLUÇÃO COFEN Nº 453/2014: Aprova a Norma
susceptíveis a Infecção do trato urinário; Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de
Enfermagem em Terapia Nutricional.
 Revisar regularmente a necessidade de manutenção do
dispositivo, removendo-o logo que possível;
 Substituir o sistema de drenagem, quando houver INDICAÇÕES
quebra na técnica asséptica, desconexão ou vazamento;  TGI funcionante;
 Registrar o procedimento realizado no prontuário do  Ingestão via oral (IVO) insuficiente: <60%
paciente.  Grau de desnutrição/ catabolismo/percentual de perda
de peso;
 Presença de disfagia.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

07. (SES-PB 2018 – Nível médio) A nutrição enteral consiste


na utilização fisiológica do trato digestório para a realização
da terapia nutricional, podendo-se optar pela via oral, naso
ou orogástrica, naso ou orojejunal e estomias gástricas ou
jejunais. Em relação à via e/ou à técnica de administração,
analise as alternativas abaixo.
I - Sonda nasogástrica é uma forma de alimentação do
paciente que permite digestão e absorção mais fisiológicas.
Para administração da alimentação, é necessário confirmar
o posicionamento da sonda e medição de resíduo gástrico
antes da infusão da dieta, quando ela for infundida em bolo;
e medição do resíduo gástrico a cada três horas quando a
alimentação é ofertada de forma contínua.
II - Erosões nasais, necrose de asa de nariz e pneumonia
aspirativa são complicações que podem ocorrer durante o
uso de sonda nasogástrica.
III - São indicações de infusão de alimentação por sonda
nasoenteral: ingesta inadequeada por via oral, incapacidade Classificação quanto ao uso
de sucção, prematuridade e íleo paralítico.
INTRAVENOSO: Procedimentos invasivos mais comuns. Os
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): cateteres são geralmente siliconados, podendo ter agulha
A) I por dentro, como é o caso dos cateteres periféricos, ou
B) II agulha por fora, como é o caso dos cateteres para punção
venosa central.
C) III
INTESTINO DELGADO: São utilizados tubos para
D) I e II
descompressão do delgado proximal em presença de
E) I e III obstrução. Podem ser de lúmem único, tendo um balão na
sua porção distal, no qual pode injetado mercúrio, ou
aqueles nos quais e colocado um pequeno peso
VIAS BILIARES: Os tubos de Kehr, os tubos em T podem ser
material plástico ou de borracha, colocados nas vias biliares
extra-hepáticas para drenagem externa, descompressão, ou
como próteses modeladoras após anastomose biliar.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

RETO E SIGMÓIDE: São utilizados tubos de polietileno para


evacuação de conteúdo líquidos ou gazes da porção distal
do cólon, em presença de obstrução parcial ou total, e para
a introdução de diversas substancias, como líquidos para
lavagem (clister), contraste, medicamentos.
CAVIDADE ABDOMINAL: Podem ser utilizados drenos como
o de penrose ou drenos tubulares de polietileno. A escolha
se faz pelo volume esperado de secreção, tempo de
permanência na cavidade, necessidade de infusão de
líquidos ou drogas, risco de erosão de alças intestinais ou
vasos.
URINÁRIOS: São de dois tipos: os de alívio (cateter uretral)
e os de demora (cateter de folley). O primeiro é indicado
somente em casos de retenção urinária aguda, e o segundo
nos casos em que há necessidade de observação contínua
do fluxo urinário.
TÓRAX: São utilizados para retirar coleções líquidas e
gasosas que venham a interferir com o bom funcionamento Posicionar o paciente sentado ou em Fowler,
dos sistemas envolvidos. Pode estar localizado na cavidade preferencialmente com o ângulo de 30 a 45 °.
pleural, cavidade pericárdica ou mediastino.
TUBO TRAQUEAL: São utilizados para manter as vias aéreas
Técnicas de confirmação de posicionamento o CNG e CNE
pérvias, proteger as vias aéreas isolando do aparelho
digestivo, permitir ventilação com pressão positiva e facilitar  Aspiração de resíduo gástrico
aspiração de secreções da traquéia e dos brônquios. A  pHmetria
entubação pode ser traqueal ou nasotraqueal.  Ausculta - Teste de “whoosh”
 Radiografia de Tórax (Padrão Ouro)

08. (UFPA/2015) A nutrição enteral é realizada por meio do


fornecimento de nutrientes no trato gastrointestinal. Dois
Técnica de Inserção dos cateteres possíveis resultados adversos da nutrição enteral são a
introdução acidental de uma sonda de alimentação
O cateter nasogástrico e o nasoenteral compartilham da
nasoentérica no pulmão e a aspiração pulmonar dos
mesma técnica de inserção, com exceção ao seu destino
conteúdos gástricos. O método mais preciso para checar a
final. O que vai diferencia-los é a medição do cateter.
localização da sonda enteral é:
Pesquisa translacional: 3 métodos medição SNG
(A) Aspirar o fluido da sonda de alimentação.
NEX: nariz, orelha e xifóide;
(B) Realizar o exame do pH do aspirado obtido da sonda de
EXU: orelha- xifoide-umbigo alimentação.
NEX+XU: nariz -orelha - xifóide – umbigo (C) Utilizar o método de auscultação.
(D) Realizar o exame de Raio X.
(E) Analisar o aspecto do fluido da sonda de alimentação.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• O uso de medicamentos não trituráveis por cateteres
enterais também é descrito em outros estudos.
• As contraindicações da trituração levam em
consideração:
• Formulação farmacêutica (comprimidos de dispersão
oral, drágeas, comprimidos de liberação prolongada e
efervescentes)
• Características específicas de cada medicamento (ex.
cloridrato de paroxetina e efavirenz, nos quais o
revestimento pode obstruir o cateter)

Complicações da Nutrição Enteral 2 Gastrointestinais


1 Mecânicas  Diarreia ou constipação
 Mal posicionamento  Inchaço
 Retirada inadvertida  Distensão abdominal
 Bloqueio  Refluxo
 Dor nasofaríngea, erosões, sinusite, otite média  Náusea
 Rouquidão, ulceração laríngea  Cólicas
 Erosões esofágicas, esofagite e estenoses  Regurgitação
 Fístula traqueo-esofágica, ruptura de varizes  Aspiração pulmonar
 Perfuração duodenal  Interações medicamentosas

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

3 Metabólico / bioquímico Como minimizar esses riscos?


 Hiperglicemia Evolução das iniciativas para a prevenção de erros:
 Hipercalemia • Padronização de Cores: lilás e laranja
 Hipofosfatemia • Sistemas de administração das dietas enterais: bombas
de infusão automatizadas.
 Hipomagnesemia
• Frascos da dieta enteral: apresentação atual em forma
 Hipozincemia (mais comum)
de bolsa plástica, frasco rígido ou tetrapack, em sistema
aberto ou fechado, comportando volumes de 500 ml até
09. (AOCP 2020 - Prefeitura do Recife – Nível médio) A 1000 ml.
Sondagem Gastrointestinal é a inserção de uma sonda
plástica ou de borracha no estômago, duodeno ou intestino
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM TUBOS, CATETERES E
que pode ser inserida pela boca, nariz ou parede abdominal.
SONDAS
Assinale a alternativa que corresponda a complicações
metabólicas em pacientes que recebem nutrientes através Segurança do Paciente e controle de Infecção
de sonda gastrointestinal.
A) Diarreia, hiperglicemia e desidratação.
B) Pneumonia por aspiração, desidratação e constipação.
C) Hiperglicemia, desidratação e azotemia.
D) Vômito, diarreia e pneumonia por aspiração.
E) Desidratação, irritação nasofaríngea e náusea.

10. (UEPA/2014) A sondagem nasogástrica ou orogástrica


tem por finalidade, drenar conteúdo gástrico para
descompressão, realizar lavagem gástrica e administração
de medicamentos e alimentos. As indicações destas sondas
são a administração de alimentos, hidratação,
administração de medicamentos em pacientes com
dificuldade ou impossibilidade de se alimentar,
descompressão gástrica, remoção parcial ou total do
conteúdo gástrico e proteção contra broncoaspiração. O que o mercado de trabalho em saúde espera da
Algumas recomendações são importantes no cuidado com o Enfermagem ?
paciente em uso de sonda nasogástrica ou orogástrica,
como:
I. A sonda deverá ser testada sempre antes da administração
da dieta.
II. Após a administração da dieta, manter a sonda limpa e
permeável.
III. Sinais de asfixia como cianose, acesso de tosse e dispnéia,
são indicativos de que a sonda está sendo direcionada para
o trato respiratório, neste caso retirar a sonda
imediatamente.
IV. A higiene nasal e oral deverá ser rigorosa em paciente
com SNG para evitar complicações como, parotidites
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) II e III
c) I, II e III
d) IV
e) I, II,III e IV

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 19


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM TUBOS E SONDAS OXIGENOTERAPIA


FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR: A função do sistema
cardíaco é a de fornecer, nutrientes e outras substâncias
para os tecidos bem como remover os produtos residuais do
metabolismo celular através da bomba cardíaca, sistema
vascular circulatório e a integração de outros sistemas.

ESTRUTURA E FUNÇÃO: O ventrículo D bombeia o sangue


através da circulação pulmonar, e o ventrículo E bombeia o
sangue para a circulação sistêmica, suprindo oxigênio e
11. (ATAME/2012) Sobre drenos, cateteres e sondas, faça a nutrientes para os tecidos, bem como removendo os
correspondência entre as colunas e marque a alternativa produtos residuais do organismo. Muitas células do
correta. organismo obtém sua energia de reações químicas que
envolvem o oxigênio e a eliminação do dióxido de carbono.
Verifica-se três etapas no processo de oxigenação:
ventilação, perfusão e difusão. Para que ocorra a troca dos
gases respiratórios, os órgãos, nervos e músculos da
respiração devem-se encontrar intactos, e o sistema
nervoso central deve ser capaz de regular o ciclo
respiratório. A respiração pode ser alterada por condições
A) 2; 3; 1 ou doenças que modificam a estrutura a estrutura e função
B) 1; 2;3 do pulmão.
C) 3; 1; 2
D) 3; 2; 1  VENTILAÇÃO: é o processo de mover os gases para
dentro e para fora dos pulmões, requerendo a coordenação
das propriedades musculares e elásticas do pulmão e do
tórax, bem como a inervação intacta. É realizada pela
modificação da pressão dentro do pulmão. Durante a
inspiração a pressão dentro dos pulmões é menor que a
pressão atmosférica.
 PERFUSÃO fluxo sanguíneo através da vasculatura
pulmonar.
 DIFUSÃO é o movimento de moléculas de uma área de
maior concentração para uma de menor concentração. A
concentração de oxigênio nos alvéolos deve ser mais
elevada que a concentração de oxigênio no sangue.
GABARITO
01. A 07. D FATORES QUE AFETAM A OXIGENAÇÃO: A adequação da
circulação, ventilação, perfusão e transporte dos gases
02. B 08. D
respiratórios para os tecidos é influenciada por quatro tipos
03. D 09. C de fatores:
04. B 10. E
05. E 11. A
06. E

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 20


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ALTERAÇÕES DO FUNCIONAMENTO RESPIRATÓRIO • Fração inspirada de O2 (FiO2): porcentagem de oxigênio


As doenças e condições que afetam a ventilação e o no ar inspirado. Em ar ambiente, ao nível do mar, temos uma
transporte de oxigênio provocam alterações no FiO2 de 21%.
funcionamento respiratório. O oxigênio e um velho conhecido e importante elemento
HIPERVENTILAÇÃO é um estado de ventilação superior para a vida; E na natureza conhecemos sua forma livre,
necessário para eliminar o gás carbônico. O objetivo da chamada de gás oxigênio; O oxigênio é um gás inodoro,
ventilação é produzir uma tensão arterial normal de dióxido insípido, incolor e ligeiramente mais pesado do que o ar; A
de carbono (PaCo2) entre 35 e 45 mmHg e manter uma determinação de gases arteriais é o melhor método para
tensão arterial normal de oxigênio (PaO2) entre 95 e averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia.
100mmHg. A saturação considerada normal é de 95% a OXIGENOTE
100%. INDICAÇÃO: Insuficiência respiratória (batimento de asas de
HIPOVENTILAÇÃO Ocorre quando a ventilação alveolar é nariz, retração abdominal); Melhorar a oxigenação, no caso
inadequada para satisfazer à demanda de oxigênio do de hipóxia.
organismo ou eliminar o dióxido de carbono suficiente.
Sinais
• Sinais Respiratórios: taquipneia, dispneia, cianose
progressiva;
• Sinais Cardíacos: taquicardia (precoce), bradicardia,
hipotensão e parada cardíaca;
• Sinais Neurológicos: inquietação, confusão, prostração,
convulsão e coma.

CONTRA INDICAÇÃO: Não há uma contra indicação para o


uso de oxigenoterapia; O que existe, são efeitos tóxicos do
uso de oxigênio que podem ocorrer por: Tempo e as
concentrações de O2 dependendo da forma administrada,
podem levar a disfunções pulmonares devido a alterações
HIPOXIA: É a oxigenação tissular inadequada no nível
no SNC, cardiovascular, pela liberação de radicais livres;
celular, o que pode resultar de deficiência no fornecimento
Depressão do sistema respiratório e aumento concentração
de oxigênio ou utilização de oxigênio no nível celular.
de CO2; Desidratação das mucosas.
SINAIS E SINTOMAS
OBJETIVOS: Proporcionar um transporte adequado de
 Inquietação, palidez, cianose, dispneia oxigênio no sangue; aumentar a ventilação alveolar e
 Apreensão, maior frequência de pulso diminuir o trabalho respiratório. A suplementação de O2
 Desorientação aumenta a sobrevida, minimiza a dispneia, e melhora a
saúde geral do portador de hipóxia.
 Menor capacidade de se concentrar
 Menor nível de consciência
01. (FUNDEPES/2023) A oxigenoterapia é definida como a
 Maior fadiga , tonteira
administração de oxigênio em concentrações superior
àquela encontrada no ar atmosférico. Inúmeras evidências
OXIGENOTERAPIA: Consiste na administração de oxigênio científicas atestam o benefício terapêutico da
numa concentração de pressão superior à encontrada na Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada (ODP), a exemplo de
atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de I. redução da hipóxia tecidual durante as atividades
oxigênio ou hipóxia. O uso inadequado de oxigênio pode cotidianas;
implicar em risco à vida humana. Antes de abordar o manejo
II. melhora dos sintomas neuropsiquiátricos decorrentes da
da oxigenoterapia de fato, é necessário ter alguns conceitos
hipoxemia crônica;
consolidados:
III. alívio do estresse miocárdico decorrente da hipoxemia;
• Ventilação: entrada e saída de ar entre as unidades
funcionais dos pulmões, alvéolos, e o meio externo. IV. atenuação da progressão da hipertensão pulmonar.
• Oxigenação: participação do oxigênio molecular no Dos itens, verifica-se que está(ão) correto(s)
processo de obtenção de oxigênio. Este conceito se a) IV, apenas.
relaciona, dentre outros fatores com a saturação de b)I e III, apenas.
oxigênio.
c) II e III, apenas.
• Saturação de Oxigênio (SatO2): porcentagem de
d) I, II e IV, apenas.
hemoglobina que está ligada a moléculas de oxigênio.
e) I, II, III e IV.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 21


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MEDIDAS DE SEGURANÇA sendo o oxigênio inflamável, é 02. (MS CONCURSOS/2023) Oxigênio O2 é um gás essencial
muito importante: Não permitir fumar no local; Cuidados à vida. Quando a oxigenação do sangue é insuficiente, torna-
com aparelhos elétricos que possam emitir faíscas; Nunca se necessário adicioná-lo ao ar inspirado para manter uma
usar óleos ou graxa nas válvulas e no manômetro de concentração satisfatória. Entretanto, se forem utilizadas
oxigênio; Transportar o torpedo com cuidado, pois na queda doses excessivas, pode causar sérias lesões, como a displasia
pode provocar explosão. pulmonar.
Em crianças pequenas, que não estão entubadas e que
MÉTODO DE ADMINISTRAÇÃO necessitam de uma concentração elevada de oxigênio O2, o
método ideal é:
 O2 CIRCULANTE EM INCUBADORA: A incubadora tem
como finalidade proporcionar ao RN um ambiente a) A cânula nasal.
termoneutro. Este ambiente é obtido através do controle da b) A oxitenda ou o capacete de Hood (capuz rígido).
temperatura, umidade e fluxo de ar em seu interior; O c) A cânula endotraqueal.
ambiente termoneutro proporciona a redução do
d) A máscara.
metabolismo do RN, através da manutenção de sua
temperatura corporal, proporcionando-lhe um
desenvolvimento mais rápido e saudável. As concentrações 03. (MS CONCURSOS/2023) Oxigênio O2 é um gás essencial
de O2 obtidas na incubadora são difíceis de ser mantida em à vida. Quando a oxigenação do sangue é insuficiente, torna-
virtude da manipulação da mesma; As concentrações de O2 se necessário adicioná-lo ao ar inspirado para manter uma
devem ser adaptadas aos diferentes modelos de concentração satisfatória. Entretanto, se forem utilizadas
incubadora. doses excessivas, pode causar sérias lesões, como a displasia
 CATETER NASAL É a administração do oxigênio pulmonar.
diretamente nas cavidades nasais; É empregado quando o Em crianças pequenas, que não estão entubadas e que
paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É necessitam de uma concentração elevada de oxigênio O2, o
relativamente simples e permite que o paciente converse, método ideal é:
alimente, sem interrupção de O2; A cânula deve ser a) A cânula nasal.
posicionada de modo que suas extremidades não penetrem b) A oxitenda ou o capacete de Hood (capuz rígido).
mais que 2,5 cm nas narinas. Pode causar irritação da
mucosa nasal e faríngea; favorecer a distensão abdominal; c) A cânula endotraqueal.
Sempre observar se o oxigênio está fluindo pela cânula ou d) A máscara.
se há necessidade de aspiração das narinas. É considerado o
modo mais eficaz, com fluxo menor de oxigênio. MÁSCARA FACIAL TIPO VENTURI Constitui o método mais
 NEBULIZAÇÃO: É utilizada com dispositivo de aerosol, seguro e exato para liberar a concentração necessária de
que podem ser ajustadas para concentrações que variam de oxigênio; Estes dispositivos podem liberar um fluxo de três a
27% a 100%; A nebulização transforma uma solução líquida cinco vezes maior que o volume minuto do paciente. A
em partículas de aerossol que são inaladas até o aparelho máscara deve estar bem encaixada para que as
respiratório, administrando medicamentos diretamente nos concentrações de oxigênio não sejam alteradas; Interfere na
locais afetados e reduzindo possíveis efeitos colaterais ingesta de alimento.
decorrentes da ingestão de medicamentos por via oral. A
técnica de uso é simples, facilitando uso em crianças, idosos
CPAP NASAL (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas): É
e pessoas com dificuldade na coordenação motora. Podem
a administração da mistura de oxigênio e ar comprimido sob
ser misturados vários medicamentos numa mesma inalação;
pressão contínua através de dispositivos nasais. É eficaz nos
A máscara deve ser colocada encostada no rosto; não fazer
episódios de apnéias em RN prematuros, diminuindo as
a nebulização com a criança dormindo, deitada ou usando
possibilidades de ventilação mecânica. Indicações: Apnéia
chupetas.
de prematuridade; Desmame de ventilação mecânica.
 OXI-HOOD (CAPACETE, HALO) É indicado para RNs que Durante o uso da CPAP é importante usar pronga adequada
respiram espontaneamente e necessitam de concentração e mantê-la fixa; Aspirar vias aéreas quando necessário;
de oxigênio < 60% e apresentam estresse respiratório Manter RN em oximetria e avaliar de 2/2h
moderado; Utiliza-se o capacete de acrílico por onde o
paciente recebe o oxigênio + ar comprimido umidificado,
permitindo a administração contínua. VENTILAÇÃO MECÂNICA: É um recurso utilizado quando
ocorre alterações na habilidade pulmonar de manter a
ventilação adequada. Indicada em quadro de falência
respiratória. OBS: Para iniciar a V.M, é necessário que o
paciente seja entubado. Causas: Problemas Neurológicos;
mal funcionamento das funções pulmonares (infecções,
pneumonias, edema pulmonar, lesão pulmonar por asfixia,
síndrome de aspiração do mecônio, mal formações
congênitas que limitem crescimento pulmonar);
Comprometimento cardiovascular
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 22
SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Ventilação mecânica invasiva: O método de VM  Ventilação com suporte pressórico ou pressão de


Invasiva, é constituído pela inserção do tubo traqueal no suporte (PSV ou PS): Funciona como auxiliadora do processo
paciente, ampliando a área destinada à passagem de ar pelo natural de funcionamento pulmonar do seu paciente. Dessa
sistema respiratório superior. Dessa forma, pode ser forma, o equipamento começa a exercer sua função ao
aplicado de forma oral (orotraqueal), ou seja, a cânula é menor sinal de esforço realizado pelo paciente para, seja ele,
introduzida através da boca do paciente, ou através de pressão negativa (inspiração) ou fluxo (respiração).
do processo de traqueostomia, onde é realizada uma incisão Assim, o tratamento respeita a fisiologia respiratória do
no pescoço para facilitar o acesso a traqueia. paciente, reduz a necessidade de esforços prejudiciais à sua
 Ventilação mecânica não-invasiva: Já o processo de recuperação e, ainda, determina o fluxo inspiratório e
ventilação mecânica, não exige a intubação do paciente. Por volume respiratório. Porém, ao contrário das outras opções
isso, é indicada em casos que apresentam menor citadas, o tratamento de PVS, não possui sistema de back-
gravidade.O tratamento é feito através de uma máscara up, que exerce o socorro imediato em caso de apneia, por
específica, que auxilia no aumento da concentração de exemplo.
oxigênio, facilitando a inalação do paciente.Por não exigir
intervenções mais severas, o procedimento não é indicado 04. (CETAP/Abaetetuba-2016) Marque a alternativa que não
em casos de insuficiência respiratória aguda, obstruções das corresponde a uma das modalidades de ventilação mecânica
vias aéreas e situações com risco de transmissão de artificial:
patógenos. a) Ventilação controlada.
 Ventilação mandatória intermitente (VMC) ou b) Ventilação assistida.
ventilação mecânica controlada: O uso do adjetivo c) Ventilação assistida-controlada.
“controlada” indica que os critérios que determinam a d) Ventilação mandatória intermitente.
inspiração e expiração do seu paciente, são definidos por
e) Ventilação cíclica.
uma configuração pré-definida pelo operador. Assim, o fluxo
de oxigênio, o tempo inspiratório e a frequência respiratória.
Uma das principais características desse tipo de ventilação 05. (IGEDUC/2023) Não é aconselhado o uso inicial da
mecânica, é a ausência de sincronia entre o funcionamento Ventilação Não-Invasiva (VNI) em pacientes com suspeita ou
do equipamento e a respiração natural do paciente. confirmação da Covid-19 pelo risco de aerossolização, se o
Portanto, esse fato pode prejudicar sua recuperação plena ambiente de administração não for um quarto individual
do paciente, quando ele não recebe a devida atenção. Certo – Errado
Porém, essa modalidade de ventilação mecânica, possibilita
a respiração natural do paciente em alguns intervalos, com 06. (VUNESP/2023) A umidificação do oxigênio para
volume e frequência que ele quiser, fato que aumenta as administração via cateter nasal ao paciente com COVID-19
chances de recuperação.
a) pode ser dispensada se o volume oferecido for superior
 Ventilação assistida/controlada ou PTI: Possibilita a a 5 L/min.
sincronia entre o pulmão do doente e a ação exercida pelo
b) está contraindicada porque aumenta a produção de
equipamento. Ou seja, o sistema de ventilação mecânica,
aerossóis.
trabalha de acordo com as tentativas de inspiração e
expiração do seu paciente, retardando alguns ciclos de c) causa diminuição do volume inspirado e reduz a SaO2.
funcionamento para alinhar-se com as necessidades do d) objetiva impedir o colapso alveolar causado pelo
usuário. Dessa forma, o equipamento respeita o ritmo aumento das secreções pleurais.
exercido pelo enfermo e realiza a função pulmonar plena, e) protege o sistema cardiocirculatório da sobrecarga
quando não recebe retorno do paciente. decorrente da hiperóxia.
 Ventilação mandatória intermitente e sincronizada
(SIMV): Gera um ciclo ou pressão, previamente determinada 07. (GUALIMP/2023) Com base nos principais métodos de
pelo operador, ao menor sinal de esforço do paciente. administração de oxigênio em unidades hospitalares e em
Assim, como o usuário pode realizar o processo de domicílio, assinale a alternativa INCORRETA.
inspiração, exercendo pressão negativa junto às pressões a) Os equipamentos que usam o sistema de baixo fluxo
médias, o esforço necessário é bem menor. Desse modo, as suprem o oxigênio com fluxos inferiores em relação ao
chances de atrofia muscular são bem menores, facilitando o volume inspiratório do indivíduo, normalmente de 1 a 10 L
processo de retirada do equipamento e aumentando a por minuto.
chances de recuperação plena do funcionamento pulmonar. b) Existem três tipos de máscaras: a simples, a de reinalação
parcial e a de não reinalação. A máscara simples libera maior
concentração de oxigênio e a de maior fluxo corresponde a
de não reinalação, pois libera menor concentração.
c) A cânula nasal varia de tamanho quando utilizada para
adultos ou crianças.
d) Para o cateter nasal, são necessários uma fonte de
oxigênio, circuito de conexão, umidificador com água,
fluxômetro e aviso de “não fumar”.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 23
SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

09. (FUNDATEC/2023) A oxigenoterapia é a administração


de oxigênio para aliviar e impedir a hipóxia tecidual do
paciente. A equipe de enfermagem adota cuidados ao
utilizar os dispositivos para fornecer o oxigênio. Sobre tais
dispositivos, assinale a alternativa correta.
a) Os sistemas de baixo fluxo fornecem fluxos superiores
àqueles alcançados no processo expiratório do paciente e
concentrações superiores a 60%.
b) O cateter nasal e o cateter tipo óculos são dispositivos
classificados como sistemas de médio a alto fluxo.
A oxigenoterapia é a administração de oxigênio para aliviar
e impedir a hipóxia tecidual do paciente. A equipe de
enfermagem adota cuidados ao utilizar os dispositivos para
fornecer o oxigênio. Sobre tais dispositivos, assinale a
alternativa correta.
c) A máscara facial com reservatório é simples, confortável
e fornece grandes concentrações de oxigênio, mas causa
08. A insuficiência respiratória aguda, uma condição retenção de gás carbônico.
patológica primária ou secundária a outras condições não d) A máscara de Venturi fornece média concentração de
pulmonares, é uma causa frequente de procura dos serviços oxigênio, sendo o máximo de 10 litros/min.
de saúde e de internação hospitalar. Tanto na atenção
Básica como na dimensão hospitalar existem sistemas de
administração de oxigênio, como o cateter nasal, máscara CUIDADOS COM O UMIDIFICADOR
facial com reservatório e máscara de venturi. Considere a • O oxigênio precisa ser umidificado;
fração inspirada de oxigênio (FiO2) em ar ambiente de 21%. • Manter o umidificador sempre com água destilada até a
Relacione a Coluna 1 à Coluna 2 conforme o dispositivo marca ou no mínimo 2/3 da sua capacidade;
utilizado e a oferta da fração de O2 inspirado (FiO2). • Verificar se o nível da água do umidificador está abaixo,
Coluna 1 desprezar e colocar novo. Jamais acrescentar
1. Cateter Nasal com O2 a 1 L/min.
2. Cateter Nasal com O2 a 4 L/min. 10. (COPESE/2022) A oxigenoterapia consiste na
3. Cateter Nasal com O2 a 6 L/min. administração de oxigênio em uma concentração de pressão
4. Máscara Facial com Reservatório com O2 a 7 L/min. superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir
e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. Em relação à
5. Máscara Facial com Reservatório com O2 a 9-10 L/min. oxigenoterapia, é CORRETO afirmar que
6. Máscara de Venturi 50% de 4 a 15 L/min. a) a equipe de enfermagem deve monitorizar a frequência
Coluna 2 respiratória e a oximetria de pulso. Na avaliação do paciente
( ) FiO2 de aproximadamente 44%. adulto deve-se considerar a frequência respiratória entre 14
( ) FiO2 de aproximadamente 24%. a 20 respirações/minuto e a saturação de oxigênio igual ou
superior a 80%, como parâmetros de normalidade.
( ) FiO2 de aproximadamente 70%.
b) a umidificação do oxigênio é importante para se prevenir
( ) FiO2 de aproximadamente 24 a 60%.
o ressecamento da mucosa nasal e deve ser utilizada
( ) FiO2 de aproximadamente 36%. exclusivamente a Solução Fisiológica para se prevenir
( ) FiO2 de aproximadamente 80 a 100%. ulceração local.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima c) o médico é o profissional responsável pela prescrição do
para baixo, é: fluxo de oxigênio. A enfermagem responsabiliza-se pelo
a) 3 – 2 – 4 – 6 – 1 – 5. controle do fluxo e avaliação do paciente durante a terapia.
b) 3 – 1 – 4 – 6 – 2 – 5. d) a fixação do cateter nasal simples deve ser feita no nariz
ou face com o objetivo de prevenir lesões, facilitar a
c) 5 – 1 – 4 – 6 – 3 – 2.
manutenção da umidade do nariz e reduzir a necessidade de
d) 2 – 3 – 6 – 4 – 1 – 5. revezamento das narinas.
e) a oxigenoterapia por máscara requer que seja ajustada
bem apertada de forma a permitir a entrada do oxigênio e
do ar ambiente para evitar lesões e fugas aéreas.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 24


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11. (FEPESE/2022) Em relação ao paciente em uso de DRENAGEM POSTURAL


oxigenoterapia, é correto afirmar: Técnica da fisioterapia respiratória que utiliza a ação da
a) A oferta de oxigênio por cateter nasal não gera riscos ao gravidade para deslocar as secreções brônquicas de regiões
paciente; sendo assim, o fluxo poderá ser aumentado pelo mais distais das VAs para regiões mais centrais, com o
técnico de enfermagem sempre que necessário. objetivo de serem expectoradas (GAVA; PICANÇO, 2007);
b) O ideal é que se use soro fisiológico estéril dentro do Esse deslocamento também é auxiliado pela ventilação
umidificador para ofertar oxigênio ao paciente de forma dependente da postura.
segura. OBJETIVO: Drenar secreções da árvore brônquica; Postura
c) Dentre os cuidados com a oxigenoterapia está o de de higiene brônquica (Consenso de Lyon); Recurso da
manter o umidificador com água destilada e realizar o própria natureza, baseado em um princípio físico, a ação da
rodízio de fixação do cateter para evitar lesão. gravidade;
d) O cateter nasal é um dos tipos de dispositivos mais TÉCNICA:
utilizados, sendo recomendado sobretudo para pacientes  Identificação da região acometida (ausculta);
que necessitam de fluxos superiores a 10 litros por minuto.  Posicionamento dessa região;
e) O oxigênio não é considerado uma medicação, não  Alinhamento dos brônquios segmentares a favor da ação
sendo necessário prescrição médica para seu uso. da gravidade;
OBS: A técnica descreve um posicionamento para cada
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS: Aspiracão envolve a aplicação segmento pulmonar (alguns autores descrevem o mesmo
de pressão negativa (vácuo) nas vias aéreas através de um posicionamento para ser usado na drenagem de dois ou
tubo coletor. É uma técnica simples usada comumente nas mais segmentos).
UTIs;
 Objetivo: Manter as vias aéreas permeáveis; Retirar JUSTIFICATIVA DA TÉCNICA:
secreções do tubo respiratório; Prevenir no tratamento de
infecções respiratórias. Considerando-se que há uma tendência natural de acumular
secreções pulmonares nas áreas mais distais da árvore
 INDICAÇÕES: Queda na saturação de oxigênio;
brônquica, pelo próprio efeito gravitacional, a drenagem
Secreções visíveis na sonda aérea; Suspeita de
postural emprega o posicionamento invertido no intuito de
broncoaspiração; Aumento do trabalho respiratório
favorecer o acesso da secreção pulmonar a um trajeto mais
aparentemente; Incapacidade de gerar uma tosse
superior na árvore brônquica e, consequentemente, sua
espontânea eficaz.
eliminação.
 RISCOS ASSOCIADOS À ASPIRAÇÃO: Bradicardia,
Há uma tendência de acúmulo de secreções nas regiões
Arritimias Cardíacas, Taquicardia, Hipóxia, Hipotensão,
pulmonares basais (vias aéreas mais inferiores);
Irritação Da Mucosa, Traumatismos, Infecções
 SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO: A vácuo, A ar comprimido, A Por esta razão, a posição mais utilizada na técnica é a de
oxigênio (oneroso) Trendelemburg (tronco com toráx em posição mais inferior
que o quadril);
• MÉTODOS: Aspiração orofaríngea, Aspiração oral,
Aspiração endotraqueal.
• Materiais Utilizados: Aspirador e coletor de secreção e TEMPO DE DRENAGEM:
extensões; Kit de aspiração: par de luva de procedimento,  15 a 20 minutos para cada segmento (chegando a 1 hora
par de luva estéril, sondas de aspiração, soro fisiológico, nos tratamentos domiciliares).
gases estéril, xylocaína em gel, máscara, óculos, toca, POSTURAS MAIS USADAS:
estetoscópio.
 Decúbitos laterais;
• Posicionamento adequado: Aspiração Nasal: Semi-
Fowler com a cabeça em hiperextensão. Aspiração Nasal e  Decúbito ventral e dorsal (com ou sem rotação e
orofaringea em paciente inconsciente: Decúbito lateral elevação da parte inferior do corpo).
olhando para o profissional. Colocar uma toalha sobre o PRECAUÇÕES/CUIDADOS:
travesseiro ou sob o queixo do paciente.  O paciente deverá ser informado da posição que irá
• CUIDADOS: Suspender a aspiração: em caso de arritmias assumir;
cardíacas, cianose, ↓↑ Pa e sangramento – Ventilar o  Usar roupas confortáveis, apoiar-se sobre travesseiros e
paciente; Quando houver rolhas de secreção: fluidificar; estar sobre uma maca que também ofereça conforto;
Usar gases estéreis para retirar excesso de secreção da
 Uma escarradeira e/ou toalhas de papel devem estar
sonda;
próximos ao paciente/
• Desprezar a sonda em local apropriado. Aspirar o
 Verificar se a última refeição ocorreu há mais de 2 horas;
restante do SF para lavar extensão do aspirador. E proteger
a ponta da extensão; reavaliar as condições clínicas do  No caso de pacientes hospitalizados, cuidados com as
paciente; Anotar o procedimento (data e horário): Motivo sondas, cateteres, cabos, drenos, etc, e recomedam-se
da aspiração. As características das secreções aspiradas inclinações menos acentuadas.
(quantidade, cor, odor, viscosidade) e reações do paciente.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 25


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONTRA-INDICAÇÕES (para a postura de Trendelemburg): PARA DEFINIR O TEMPO DE DRENAGEM, DEVE-SE


- IR; CONSIDERAR OS ASPECTOS INDIVIDUAIS DE CADA
PACIENTE:
- IAM;
- Estado atual de saúde;
- Fraqueza do diafragma;
- Se o tratamento é ambulatorial;
- Hipertensão craniana;
- Se o tratamento é no leito hospitalar;
- Instabilidade hemodinâmica;
- Se o paciente encontra-se em terapia intensiva;
- Pós-operatório de cirurgia de crânio;
- Ou se é uma autodrenagem (em domicílio).
- Abdome aberto;
OBS: A AUSCULTA PULMONAR guiará a indicação e o tempo
- Diálise peritonial;
para a drenagem postural!
- Traumatismos torácicos;
- Edema agudo de pulmão;
ÁREAS PULMONARES:
- Tuberculose ativa;
- 10 para o pulmão direito;
- Pneumotoráx ou derrame pleural não drenado;
- 9 para o pulmão esquerdo.
- Lesão medular instável;
- Paciente sob VM;
- Uso de sonda nasogástrica;
- Hemoptise;
- Intolerância ao posicionamento

O paciente pode ser colocado nas posições de drenagem,


com auxílio de macas especiais para drenagem postural;
A técnica de drenagem se apresenta quase sempre
associada a outras técnicas, como a TAPOTAGEM e a
VIBRAÇÃO.
VANTAGENS:
- Técnica simples;
- Baixo custo;
- Fácil compreensão pelo paciente;
- Grande coadjuvante para as terapias de pacientes
hipersecretivos crônicos;
- Promove a drenagem das secreções pulmonares;
- Promove melhora da relação V/Q (melhora na POSIÇÕES DE DRENAGEM POSTURAL:
oxigenação);
- A posição e a inclinação variam de acordo com a posição
- Prevenção de complicações pós-operatórias da área pulmonar a ser drenada;
(atelectasias e pneumonias).
 10 a 15o → lobo médio e língula;
 20 a 30o → bases pulmonares;
INDICAÇÕES:
 Semi-sentada (Fowler-com variações) → ápices
Pacientes hipersecretivos e com dificuldade de pulmonares.
expectoração (mucoviscidose, infecções respiratórias,
tuberculose, bronquiectasias, etc.).
SENTIDO DA DRENAGEM:
• Para que haja drenagem da secreção, o paciente deverá
ser mantido em posição capaz de facilitar o fluxo da secreção
patológica:
→ das ramificações segmentares → para as lobares
• A partir destas, segue para:
→ brônquios principais → traquéia → e para fora do sistema
respiratório.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 26


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

12. (ICAP/2016) A drenagem postural é uma técnica que ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


utiliza a força da gravidade para ajudar a remover as
secreções acumuladas nos lobos específicos do pulmão, dos
brônquios ou das cavidades pulmonares.
Assinale a alternativa incorreta:
A) É contra indicação absoluta que o posicionamento do
paciente seja feito de forma que o brônquio segmentar
afetado fiquei mais elevado.
B) Paciente com PIC (pressão intracrania) >20mmHg a
técnica é contraindicada.
C) A aspiração é uma das indicações das posições de
drenagem postural.
D) Hemorragia ativa com instabilidade hemodinâmica é uma
contraindicação para realizar drenagem postural.
E) A técnica é indicada quando há atelectasia.
Os 13 certos na administração de medicamentos são:
 Prescrição correta
– Nome completo do paciente;
– Data de nascimento;
– Número do atendimento;
– Número da prescrição;
– Data atualizada;
 Paciente certo
– Conferir a pulseira de identificação do paciente, com nome
completo e data de nascimento.
 Medicamento certo
– Verificar atentamente qual o medicamento está prescrito
GABARITO
e se o paciente não possui algum tipo de alergia ao
01 E 07 B composto.
02 B 08 B  Validade certa
03 B 09 B – Observar a data de validade antes de administrar o
04 E 10 C medicamento.
05 CERTO 11 C  Forma / apresentação certa
06 B 12 A – Verificar se o medicamento está na sua forma de
apresentação correta, como por exemplo, cloreto de sódio
0,9% ou cloreto de sódio 20%.
 Dose certa
– Observar com atenção a dose prescrita, como por
exemplo, paracetamol 750 mg 1 comprimido via oral de 8/8
horas.
 Compatibilidade certa
– Verificar se a medicação administrada é compatível com
outra que o paciente já recebe, pois existem algumas drogas
que não podem ser administradas juntas.
 Orientação ao paciente
– Comunicar o paciente quando você for medicá-lo,
avisando qual é o medicamento e a via, pois é um direito do
mesmo saber o que está recebendo.
 Via de administração certa
– Observar atentamente qual a via de administração do
medicamento conforme prescrição médica, pois alguns
medicamentos possuem diversas vias de administração.

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 Horário certo 01. (SELECOM/2023) O medicamento colocado debaixo da


– Deve-se administrar o medicamento no horário correto, língua, que possibilita a absorção mais rápida que a via oral
para que o tratamento seja mais eficaz. e não pode ser mastigado ou engolido, é o medicamento
administrado via:
 Tempo de administração certo
a) endovenosa
– É de extrema importância que o medicamento seja
infundido no tempo certo, pois existem alguns b) parenteral
medicamentos que precisam de um tempo X para fazer o c) sublingual
efeito esperado, como por exemplo, os antibióticos. d) ocular
 Ação certa
– Devemos observar se o paciente não irá apresentar uma Via otológica
reação adversa ao medicamento durante sua administração, Seguindo a mesma ideia do tópico acima, é uma via
para que seja atendido o mais rápido possível. que permite aplicar diretamente no ouvido afetado os
 Registro certo medicamentos usados para tratar inflamações e infecções
– É importante que seja registrado no prontuário do locais.
paciente o medicamento administrado, com a hora, a dose Eles costumam ser dispostos em gotas, que penetram mais
e a via e se o paciente apresentou alguma reação durante o facilmente no canal auricular externo e mal atingem a
tratamento. corrente sanguínea – o que tornam mínimos os efeitos
colaterais.
Via oral
Essa modalidade é aquela em que o medicamento é 02. (AVANÇA SP/ 2023) A medicação para ser administrada
administrado pela boca, seja ele um comprimido, cápsula, em via otológica, deverá ter a seguinte apresentação:
pílula ou uma solução líquida. a) Xarope.
Isso porque o medicamento precisa realizar um trajeto no b) Gotas.
trato digestivo, sendo geralmente absorvido apenas quando c) Emulsão.
atinge o intestino delgado – o que pode demorar um tempo.
d) Pomada.
Como ele passa pela parede intestinal e atinge o fígado antes
e) Drágea.
de ser transportado pela corrente sanguínea, grande parte
da química é alterada até chegar ao local a ser tratado.
Por este motivo, ele tende a ter uma dosagem mais forte do Via cutânea
que se fosse injetado por via intravenosa, por exemplo. Essa é uma das vias de administração de medicamentos
Assim, garante que a quantidade necessária do que visa causar efeitos locais, ou seja, diretamente na pele
medicamento irá chegar até a região-alvo. afetada.
As principais situações que a via oral não é recomendada É comum adotá-la em tratamento de distúrbios da pele
são: superficiais, como:
• Quando o paciente não consegue tomar nada pela boca; • Psoríase;
• Quando é preciso uma ação mais rápida do • Secura;
medicamento ou ele deve ter uma dose específica; • Prurido;
• Caso o trato digestivo do indivíduo não absorva bem os • Infecções virais, fúngicas ou bacterianas;
medicamentos. • Eczema.
Nela, o medicamento é misturado com substâncias
Via sublingual inativas, cuja formulação pode ser um creme, uma pomada,
Aqui, os medicamentos não são ingeridos, mas sim loção ou mesmo um pó.
colocados sob a língua ou entre a gengiva e os dentes, para
que sejam dissolvidos pela saliva e absorvidos diretamente
pelos vasos sanguíneos locais.
Essa via é muito utilizada em situações que necessitam de
um tratamento de emergência, como nas crises de
hipertensão.
Isso porque sua ação farmacológica é rápida, fazendo com
que o paciente retome à normalidade em poucos minutos.

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Via transdérmica 03. (MS CONCURSOS/2023) Administração de


É a via em que são utilizados adesivos na pele, que fazem medicamentos por via parenteral consiste na administração
com que o medicamento penetre e atinja a corrente das medicações por injeção.
sanguínea sem a necessidade de injeções.
Esse adesivo permite que a substância seja administrada
lentamente e de forma constante, podendo perdurar por
horas, dias ou por mais tempo – quando necessário.
Com isso, os níveis do medicamento no sangue se mantém
constante, além de não agredir o organismo.
Seu único porém é que podem irritar a pele, dependendo do
tempo de uso.
É comum ver esse tipo de via de administração de
medicamento em fumantes e pessoas que sofrem de dor
torácica, entre outros.

Ampola: Uma ampola tipicamente indica um recipiente de


vidro selado que contém um composto farmacêutico. Ela é
selada para proteger o conteúdo do ar e da umidade. O
fecho é feito pelo derretimento da ponta da ampola. Para
abrir é preciso quebrar o gargalo.

Sobre “Medicamentos administrados por via parenteral",


analise as informações seguintes:
I. Ampolas são recipientes de vidro, com uma preparação
medicamentosa para utilização numa só dosagem, devendo-
se ter muito cuidado no manuseio, descartando-se as que
forem abertas e não forem usadas.
II. Frascos herméticos são recipientes de vidro com um
medicamento para uma ou mais administrações. Contêm
um fármaco em solução ou pó estéril que precisa ser
reconstituído antes da administração.
III. Frascos duplos são recipientes de vidro com dois
compartimentos (um contém o soluto e o outro contém o
solvente).
IV. Se houver necessidade de guardar uma ampola aberta,
deve ser em recipiente esterilizado e muito bem fechado,
mantendo-se em temperatura ambiente.
Frasco: Frasco é um termo mais amplo do que ampola. Ele Marque a alternativa com a série correta.
inclui qualquer pequeno recipiente que contenha
a) I; II; IV
compostos químicos ou farmacêuticos. Tipicamente feito de
vidro, o frasco pode ser selado ou não. Esses recipientes são b) Apenas I; II; III e IV.
fechados com tampas rosqueadas ou com tampões de c) Apenas I; III e V.
borracha. Algumas vezes, essa tampa contém um conta- d) Apenas I; II e III.
gotas para medir o líquido retirado. Um frasco tende a ter
uma base plana, de forma que pode ficar em pé em um
balcão. 04. (FUNOESC/2023) A administração de medicamentos
enteral é a via mais comum, segura, conveniente e
econômica de administrar um medicamento. Assinale a
alternativa que não faz parte da via de administração
enteral.
a) Via oral.
b) Via retal.
c) Via sublingual.
d) Via subcutânea.

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AS 3 LEITURAS CERTAS DA MEDICAÇÃO • REGIÃO ANTERO LATERAL DA COXA (FACE LATERAL DA


• PRIMEIRA LEITURA: Antes de retirar o frasco ou ampola COXA): É um musculo desprovido de grandes vasos e por
do armário ou carrinho de medicamentos. isso oferece maior segurança que a dorso glútea e a
deltoideana para a aplicação de injeções intramusculares.
• SEGUNDA LEITURA: Antes de retirar ou aspirar o
CONTRA – INDICAÇÃO: Pacientes com fibroses locais
medicamento do frasco ou ampola.
decorrentes de inúmeras aplicações; Pacientes com
• TERCEIRA LEITURA: Antes de recolocar no armário ou contratura do quadríceps femoral (atrofias). O decúbito
desprezar o frasco ampola no recipiente. utilizado pode ser o dorsal ou sentado, sendo neste último,
• COMPONENTES DA SERINGA E AGULHA que a perna do paciente deve estar fletida. Esta última
• COMPONENTES DA SERINGA E AGULHA posição favorece a autoaplicação quando necessária.
• REGIÃO DELTOIDEANA: Essa região e formada por um
musculo muito pequeno (o deltoide) de espessura reduzida,
TAMANHOS DAS SERINGAS E AGULHAS E SUAS
tecido denso e estriado. CONTRA – INDICAÇÃO: Menores de
APLICAÇÕES
10 anos e idosos com complicações vasculares dos membros
superiores; Acometidas por acidente vascular cerebral com
ÂNGULOS DE INSERÇÃO DA AGULHA parestesia ou paralisia dos braços; Que sofreram
mastectomia e/ou esvaziamento cervical; Caquéticas ou
muito emagrecidas.

• VIA INTRADÉRMICA: Administração de medicação na


derme. Reações de hipersensibilidade (Ex: PPD); Avaliar
sensibilidade alérgica (teste se sensibilidade à penicilina);
Imunização BCG (Bacilo de Calmette Guerin).
Volume Máximo: Na via intradérmica o volume máximo de
administração nesta via é de 0,1 a 0,5ml
Local de Aplicação: Face interna e ventral do antebraço. A 05. (FUNDATEC/2023) A administração via intramuscular
área deve ser pobre em pelos e de pouca vascularização, (IM) permite que você injete o medicamento diretamente
exceto a vacina BCG que é padronizada como local de no músculo. Sobre esse tipo de via de administração de
aplicação, na inserção inferior do deltoide direito. medicamentos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A primeira via de escolha é o vasto lateral, depois o glúteo
VIA SUBCUTÂNEA: Administração de medicamento na e, por fim, o deltoide, exceto em vacina.
hipoderme b) Realizar aspiração é recomendado após a introdução da
• VIA INTRAMUSCULAR: Este tipo de administração agulha, certificando-se de que não houve punção de um
consiste na introdução de medicamentos no interior do vaso sanguíneo.
corpo muscular. Administração de substâncias irritantes; de c) Realizar aplicação no músculo escolhido, sempre com o
difícil absorção; Para um volume maior de soluções (máximo bisel para cima, e introduzir a agulha em um ângulo entre
4ml); Para administração de fármacos que precisam ser 45º a 90º.
absorvidos mais rapidamente que pelas vias subcutâneas ou d) A região glútea e o vasto lateral da coxa podem tolerar
intradérmica. OBS: se houver a necessidade de aplicar um bem até 5 ml.
volume maior, deve-se fracionar a injeção e realiza-las em e) É usada para administrar suspensões aquosas e soluções
locais diferentes. oleosas, garantindo sua absorção em longo prazo.
• REGIÕES DE APLICAÇÃO: Região dorso glútea (musculo
glúteo máximo), Região vento glútea (músculo glúteo,
VIA INTRAVENOSA: Consiste na administração de
médio e mínimo) ROCHESTER, Região Antero latero da coxa
medicamentos diretamente na Veia. OBJETIVO: Repor
(musculo vasto lateral) FALC, Região deltodeana (musculo
volume intravascular, Corrigir déficits de eletrólitos,
deltoide – só em último caso);
Administrar fármacos, Realizar Hemodiálise, Fornecer
• REGIÃO GLÚTEA: Identificada como região da nádega, e Nutrientes ao cliente
nela que se encontra o musculo glúteo máximo. Para
administrar neste local, deve-se dividir a região glútea em
quatro quadrantes, delimitando o quadrante superior
externo para possibilitar um adequado distanciamento do
nervo ciático.
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ADMINISTRAÇÃO NA VIA INTRA OU ENDOVENOSA FLUSHING


• Administração de soluções ou fármacos diretamente na • Significa lavagem interna do cateter para evitar
Veia. obstrução do mesmo;
• Pode ser chamada de Endovenosa • Deve-se realizar antes de cada administração para
• Existem veias superficiais e profundas e nesses vasos o prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis;
sangue sempre circula em direção ao coração. • Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas
• As veias apresentam inervação em toda sua estrutura e comercialmente disponíveis para a prática de flushing;
internamente apresentam válvulas semi lunares que • Usar volumes mínimo ( nada de frascos de soro)
impedem o refluxo sanguíneo. • Alguns fatores devem ser considerados na escolha do
• Na administração intravenosa não ocorre absorção, volume, como tipo e tamanho do cateter, idade do paciente,
apenas distribuição da concentração máxima eficaz do restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de
medicamento. hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras
• Essa administração torna-se útil nas emergências, soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
permitindo o ajuste posterior da posologia. • Realizar o flushing de cateteres periféricos
OBSERVAÇÃO: Há o grande risco de efeitos adversos, uma imediatamente após cada uso.
vez que, com a TI, atingimos concentrações altas de
medicamento nos tecidos de forma muito rápida. Para REMOÇÃO DO CATETER
evitarmos que isso aconteça, as soluções devem ser
• Remover o cateter periférico tão logo não haja
injetadas, lentamente, com monitoramento do paciente.
medicamentos endovenosos prescritos e caso o mesmo não
Lembramos que essa via é contraindicada para substâncias
tenha sido utilizado nas últimas 24-48 horas (NÃO
oleosas ou insolúveis. Não existe recuperação após o
NECESSIDADE DO CATÉTER FICAR INSERIDO NO PACIENTE
fármaco ser injetado. Repetições de injeções intravenosas
SEM USO).
necessitam de uma veia pérvia. No momento de aprazar as
medicações, o enfermeiro, deve evitar programar vários • Remover o cateter periférico na suspeita de
medicamentos no mesmo horário. Então, este deve ficar contaminação, complicações ou mal funcionamento.
atento aos cuidados de prevenção de erros para oferecer • Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado
segurança ao paciente! em um período inferior a 96h.
• Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o
TIPOS DE INFUSÃO INTRAVENOSA cateter rotineiramente.

HIPODERMOCLISE: A técnica conhecida como


hipodermóclise refere-se à infusão de fluidos e/ou
medicamentos através da via subcutânea. Dentre seus
objetivos encontra-se a reposição hidroeletrolítica e/ou a
administração de medicamentos, principalmente em
pacientes sem condições de acesso venoso periférico e de
ingestão de fluidos pela via oral. INDICAÇÕES:
Impossibilidade de ingestão por via oral; Impossibilidade de
acesso venoso e contraindicação de procedimentos
invasivos. CONTRAINDICAÇÕES: Situações de emergências;
anasarca e distúrbios de coagulação. Permite a
administração de volumes de até 1500 ml em 24h por sítio
de punção, podendo ser realizado até dois sítios distintos
totalizando 3000 ml em 24h.

ESTABILIZAÇÃO
• Preservar a integridade de acesso
• Prevenir o deslocamento e a perda do dispositivo
• A estabilização não deve interferir no monitoramento do
sítio de inserção e nem dificultar/impedir a infusão do
medicamento
• Realizado com técnica asséptica
• Não utilizar fitas adesivas não estéreis (esparadrapo
comum e fitas do tipo microporosa) e sem suturas para
cateteres periféricos

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06. (UEPA/2019) A HIPODERMÓCLISE é conhecida também


como a administração de fluidos pela via subcutânea. Essa
prática tem sido utilizada em pacientes que apresentam
07. (UEPA/2020) Uma solução de 120 ml precisa ser
diagnósticos de desidratação moderada em razão de
infundida, via endovenosa em 30 minutos. Assinale a
quadros de disfagias severas, demências, obstrução do
alternativa correta quanto ao número de gotas por minuto
intestino por conta de neoplasias, sonolência. Há ainda a
que serão administradas nessa prescrição.
possibilidade de administração de medicamentos para
aqueles pacientes que não apresentam condições para se a) 40
puncionar um acesso venoso periférico. Com relação a esta b) 60
via medicamentosa, usada em cuidados paliativos, é correto c) 80
afirmar que:
d) 90
a)são indicadas em situações de urgências e emergências.
e) 100
b)o tempo para início da ação dos medicamentos é
prolongado, cerca de 40min.
08. (UEPA/2022) Uma criança com peso de 20 kg, internada
c)pode ser infundido um volume máximo de 4.000ml/dia,
na clínica pediátrica, com quadro de diarreia, foi avaliada
em um mesmo sitio de punção.
pela médica plantonista, e prescrito 450 ml de solução
d)via medicamentosa de difícil acesso para novos sítios de fisiológica de NaCl 0,9% para correr em 5 horas. A
punção, após a perda de um sítio. quantidade de gts/min que correrá o soro é de:
e)é mais desconfortável e de maior risco para infecção, a) 40 gts/min
sepse e formação de coágulos, que a administração
b) 46 gts/min
intravenosa
c) 35 gts/min
d) 27 gts/min
e) 30 gts/min

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09. (UEPA/2022) Diante da seguinte prescrição médica com 13. (CETAP/Belém-2023) J.M.B encontra-se em observação
250 ml de solução, para correr em 3 horas, assinale a na unidade hospitalar. Em sua prescrição, consta 3500 UI de
alternativa correta considerando o equipo de macrogotas, o heparina endovenosa de 12 em 12 horas. Na unidade, a
valor aproximado é de: apresentação do medicamento é de um frasco ampola de 5
a) 28 gotas por minuto ml com5000UI/ml. Quantos mililitros devem ser
administrados nesse caso?
b) 21 gotas por minuto
a) 0,9ml
c) 63 gotas por minuto
b) 0,7ml
d) 83 gotas por minuto
c) 0,5ml
e) 42 gotas por minuto
d) 0,4 ml
e) 0,3ml
10. (CESUPA/2020) A enfermeira Rubi, sempre que recebe o
plantão, faz a checagem das prescrições realizadas pela
equipe multiprofissional, para organizar a rotina do seu 14. (CESUPA/2021) O enfermeiro Jairo, ao receber o plantão
turno. Ao verificar o prontuário do paciente P.H.T, 22 anos, diurno, realiza a revisão e checagem das prescrições médicas
visualizou a seguinte prescrição médica: dos pacientes internados na clínica médica. Uma prescrição
em específico chama atenção e exige do enfermeiro uma
análise para administração, a prescrição é a seguinte:

Assim, a enfermeira Rubi gostaria de saber: quantas gotas


aproximadamente irão infundir por minuto?
a) 30 gotas por minuto. OBS: No posto de enfermagem está disponível frasco de
b) 32 gotas por minuto. Insulina NPH de 100UI e seringa de 3 ml.
c) 33 gotas por minuto. Assim, quantos ml devem ser aspirados pelo enfermeiro
d) 35 gotas por minuto. para atender à prescrição médica do paciente internado?
a) 0,25ml.
11. (UNIRIO/2020) Leia o texto: Paciente internado na b) 0,45ml.
Clínica Cirúrgica recebe a prescrição de Soro Glicosado a 8% c) 0,95ml.
em um volume de 500 ml para correr em 6 horas, com d) 1,45ml.
instalação imediata. A enfermeira dispõe de Soro glicosado
a 5% de 500 ml e ampolas de glicose a 25% com 10 ml. Para
infusão do volume solicitado no tempo de 6 horas, deve-se 15. (CETAP/Belém-2023) O processo para a realização de
instalar a solução com o número aproximado de gotas, por medicação deve ter a máxima atenção pela sua relevância
minuto, de na assistência ao paciente. Nesse contexto, o profissional
a) 18 enfermeiro tem um papel importante na educação
permanente da equipe de enfermagem no preparo e infusão
b) 40 de medicamentos e instalação do soro. Sobre este tema, leia
c) 28 a prescrição a; seguir:
d) 35 *SF0,9% 1000ml para correr a 42gts/min;
e) 25 *Antibiótico Z 100 ml para correr a 200 megts/min.
Considerando os dados da prescrição, assinale a alternativa
12. (UEPA/2019) "SR. J.F.S. 72 anos, foi admitido com quadro que apresenta o valor correto do tempo (aproximadamente)
de pneumonia. De acordo com uma prescrição médica que dessas infusões:
define a administração 1000 ml de soro fisiológico 0,9% em a) 8h e 20m.
6 horas, o resultado do cálculo de gotejamento para gotas, b) 12h e 40m.
por minuto, é de 55,5 gotas/min.” De acordo com o exposto,
calcule, no mesmo volume e tempo, a administração do soro c) 8h e 30m.
fisiológico 0,9% em microgotas. d) 8 h e 10m.
a) 111 microgotas/min e) 12h e 30m.
b) 277,5 microgotas/min
c) 166,5 microgotas/min
d) 222 microgotas/min
e) 27,75 microgotas/min
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16. (CETAP/Belém-2023) O paciente com diabetes mellitus CICATRIZAÇÃO


tipo | utiliza 3O0UI de: insulina para tratamento do diabetes FASES DA CICATRIZAÇÃO
nas 24 horas, sendo dividida em 20UI pela manhã e outras
1º INFLAMATÓRIA: até 3 dias, células imunológico e
10UI à noite, com aplicação via subcutânea em seringa de 1
homeostasia
ml por 30 dias. Quantos frascos o profissional da unidade
deverá dispensar para o paciente fazer uso em sua 2º PROLIFERATIVA: 3 dias – 2 semanas
residência? - Reepitelização: reconhecimento das células
a) 1 frasco. - Neo-angiogênese: criação de novos vasos
b) 2 frascos. - Epitelização: aproximar as bordas (célula basal,
c) 3 frascos. queratinócitos, ponte fibrina)
d) 4 frascos. - Fibroplasia: fibroblasto e colágeno III, resistência
e) 5 frascos. - Granulação: tecido vermelho
3º MATURAÇÃO: Disposição organizada do colágeno
17. (CETAP-Ananindeua/2021) A Enfermeira Tatiana, ao - Remodelamento: diminuição do colágeno III e aumento
receber a prescrição médica do paciente João, verificou que da granulação (resistência)
foi prescrito penicilina cristalina 2.000.000 UI, via EV. Porém,
no Hospital, só temos frascos disponíveis de 10.000.000 UI. 01. (UEPA/2022) Sobre as fases de cicatrização, assinale a
Quantos mL devem ser administrados? alternativa com a sequência correta:
a) 1,2 mL. a) proliferação, inflamação e maturação.
b) 1,8 mL. b) inflamação, proliferação e maturação.
c) 2,0 mL. c) proliferação, maturação e inflamação.
d) 2,2 mL. d) angiogênese, contração da ferida e maturação.
e) angiogênese, fibroplasia e maturação.
18. (UEPA/2021) O médico assumiu o plantão às 7h da
manhã, ao passar visita no seguinte paciente, prescreveu:
02. (UFG/2022) Na avaliação da pessoa com ferida utiliza-se
1000 ml de solução glicosada 5% adicionada de 20 ml de KCl
um acrônimo chamado TIMERS, do inglês, sendo, “T” a
a 15% e 10 ml de NaCl 10%, a ser infundida via endovenosa
avaliação dos tecidos presentes no leito da ferida, “I” a
em 8 horas. E solicita a equipe de enfermagem o volume
avaliação de sinais de infecção e inflamação, “M” a avaliação
infundido após 5 horas, o gotejamento da infusão é de
do exsudato, “E” a avaliação das bordas e da pele perilesão,
controle manual em gotas por minuto e a bomba de infusão
“R” corresponde a terapias para reparo e regeneração e o
em ml/h. Assinale a alternativa que apresenta o volume
“S” refere-se aos fatores sociais relacionados ao paciente.
infundido, o gotejamento e a velocidade da infusão.
No processo da cicatrização da ferida, a fase em que as
a) 1030 ml; 42,9 gotas/minuto; 128,75 ml/h. células de defesa limpam a ferida e as plaquetas contêm o
b) 650 ml; 41,6 gotas/minutos; 125 ml/h. sangramento é
c) 1000ml; 42,9 gotas/minutos; 128,75 ml/h. a) a segunda fase, denominada de proliferação ou
d) 643,75 ml; 42,9 gotas/minuto; 128,75 ml/h granulação.
e) 1030 ml; 41,6 gotas/minuto; 125 ml/h. b) a primeira fase, denominada de inflamação.
c) a fase final do processo, denominada de remodeloação
ou maturação.
d) a fase intermediária do processo de cicatrização.

GABARITO
01. C 07. C 13. B
02. B 08. E 14. B
03. D 09. A 15. C
04. D 10. C 16. A
05. C 11. C 17. C
06. B 12. C 18. D

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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO Qual das alternativas discorre sobre a sequência CORRETA?


a) D, C, B, A.
b) C, B, A, D.
c) D, B, A, C.
d) D, A, B, C.
e) C, D, B, A.

LESÃO POR PRESSÃO


As lesões por pressão (LP) acometem pacientes internados
ou em cuidados domiciliares, acamados e/ou com restrição
de movimentos. O aparecimento de uma lesão por pressão
é resultante de dois determinantes fisiológicos críticos:
intensidade e duração da pressão sobre determinadas
estruturas corporais, além da doença de base e do estado
nutricional.
 DEFINIÇÃO: Consiste em uma área localizada de lesão
03. (FUNDATEC/2022) A assistência aos pacientes com tissular, provocada pela compressão do tecido e baixa
feridas requer a atuação de uma equipe multiprofissional, perfusão tecidual local. Normalmente é causada pela
visando à integração das ações terapêuticas em favor da pressão de uma proeminência óssea contra uma superfície
recuperação do paciente, considerando as necessidades (cadeira ou colchão). Pode ainda ser resultante do contato
básicas individuais do ser humano no tratamento de modo firme e contínuo de um dispositivo de assistência à saúde,
integral. Referente à cicatrização de uma ferida, analise as como tubos e drenos, sendo assim considerados fatores
assertivas abaixo: causais.
I. A cicatrização por segunda intenção ocorre em lesões As lesões começam a ser formar quando ocorre uma pressão
com perda significativa de tecido ou lesões crônicas, sem contínua maior que 32mmHg, em áreas de proeminência
possibilidade de aproximação das bordas. óssea, músculos e tecidos. Os capilares são comprimidos
II. O processo de cicatrização é dividido em 4 fases, são sobre a pele levando a isquemia, os tecidos deixam de ser
elas: inflamatória, proliferativa, maturação e regeneração. irrigados, comprometendo a nutrição e a oxigenação.
III. São fatores locais que influenciam na cicatrização:
estrutura da lesão, local da lesão, edema, hipotermia e 05. (ENARE/2021) A relevância assistencial para a prevenção
nutrição. de Lesões Por Pressão (LPP) em qualquer unidade hospitalar
IV. O queloide ocorre devido ao excesso de formação de deve ser considerada prioridade, devido aumentar o tempo
tecido de granulação. de internação do paciente, facilitar o desenvolvimento de
Quais estão corretas? infecções hospitalares e ainda pode retardar um outro
a) Apenas I. tratamento. Nesse sentido, considerando os fatores de risco
para o desenvolvimento de LPP, as regiões do corpo mais
b) Apenas II. suscetíveis ao cisalhamento são:
c) Apenas III. a) cotovelo e occipício.
d) Apenas I e IV. b) maléolos laterais e mediais.
e) Apenas II e III. c) maléolos laterais e cotovelos.
d) tuberosidades isquiáticas.
04. (CPCON/2020) Em relação aos conhecimentos sobre e) sacro e calcanhares.
tipos de lesões, associe as colunas de acordo com sua
correspondência.
A. ESCORIAÇÃO.  Fatores Externos

B. CONTUSÃO.  Pressão contínua: quando em área de lesão ou


proeminência óssea ocorre pressão excessiva ou contínua, a
C. EQUIMOSE. irrigação sanguínea torna-se prejudicada, dificultando a
D. LACERAÇÃO. irrigação no local da lesão.
( ) Trata-se de uma ruptura tecidual por golpe.  Cisalhamento: tração exercida na pele, durante a
( ) Ocorre extravasamento de sangue de um local par ao mobilização ou reposicionamento do indivíduo na cadeira
outro por ruptura de capilares sanguíneos. ou no leito.
( ) Lesão traumática dos tecidos, com ruptura de vasos  Fricção: acontece sempre que a pele é movida contra
sanguíneos e sem solução de continuidade da pele. uma superfície de apoio geralmente o leito. Consiste em um
( ) Consiste na perda superficial de pequenas áreas de dano irreparável prejudicando a integridade cutânea.
pele.
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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Umidade No Brasil, o ministério da saúde, por meio da Portaria nº 529,


- Transpiração e exsudação excessivas que podem levar a de 1 de abril de 2013, instituiu o Programa Nacional de
maceração da pele com ruptura e infecção; Segurança do Paciente tendo como um dos objetivos a
diminuição da Lesão por Pressão.
-Incontinência fecal e urinária.

 Fatores Internos
 Idade: a idade avançada acarreta alterações estruturais,
metabólicas e funcionais de tecidos e células o que
compromete a elasticidade, hidratação o que diminui a
resistência dos tecidos.
 Doenças crônicas degenerativas: são aquelas que
afetam o fluxo sanguíneo periférico e o sistema imunológico
que acarretam o aparecimento de lesões (câncer, diabetes
etc.).
 Condições nutricionais: deficiência nutricional
(vitaminas, proteínas e sais minerais) interferem no
processo de cicatrização da LPP e compromete a integridade
de tecidos moles.
 Drogas sistêmicas: corticoides, agentes citotóxicos,
penicilina, entre outras inibem o processo de cicatrização.
 Mobilidade reduzida ou ausente: devido a patologias
que irão afetar o nível consciência: traumatismo
raquimedular / craniano, depressão, AVE, doença de
Alzheimer, esclerose múltipla etc.
 Temperatura: Com a elevação da temperatura ocorre
aumento da demanda de oxigênio e aceleração do
metabolismo. O risco de necrose nas LP é elevado na CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES
ocorrência de hipertermia. Cerca de 95% das lesões por pressão são controladas
 Tabagismo: diminui a oxigenação e nutrientes a vaso mediante a aplicação de ações especiais. A identificação
constrição interfere no fluxo sanguíneo o que leva ao risco imediata do paciente em risco; por meio de um método
de aparecimento de lesões. validado possibilita a adesão de critérios preventivos;
É um indicador negativo de qualidade, internacionalmente é Em abril de 2016, O órgão americano National Pressure
avaliada como um evento adverso. Contribui para o Injury Advisory Panel (NPIAP) anuncia alteração do conceito
aumento da morbimortalidade, o que representa um grande e da terminologia, através da publicação de novas diretrizes.
desafio para o cuidado em saúde. Além destas mudanças, os números romanos foram
substituídos pelos arábicos para descrever os estágios e
foram acrescentados os conceitos de lesão por pressão
relacionada a dispositivo médico e em membrana mucosa.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Em 13 de abril de 2016, houve a troca do termo úlcera por  Lesão por pressão Estágio 3: Perda total da espessura da
pressão para lesão por pressão, e alguns conceitos, de pele. O tecido adiposo subcutâneo pode ser visível podem
acordo com Caliri et al (2016, p. 1), como os definidos no ser cavitárias ou fistulizadas, apresentar algum tecido
estágio 1 e na suspeita de lesão tissular profunda foram desvitalizado e frequentemente tecido de granulação e
alterados, sendo, para melhor entendimento, sua epíbole estão presente. A profundidade varia de acordo com
transcrição na integra: a posição anatômica. Podem ser superficiais quando
ocorrem na região occipital asa do nariz, as orelhas,
maléolos, locais com pouco tecido subcutâneo, osso e
Lesão por pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema não
tendão não são visíveis
branqueável, Pele intacta com rubor não branqueável em
área localizada, em pele de pigmentação escura pode não
estar visível o branqueamento. Pode ser dolorosa, dura,
mole, mais quente ou mais fria quando comparada ao tecido
adjacente. Representa sinal precoce de risco.

 Lesão por pressão Estágio 2: Perda de espessura parcial


da pele com exposição da derme; Epiderme rompida com
exposição da derme; Leito da lesão com tecido viável, úmido
com coloração rosa ou vermelha. Pode apresenta-se como
uma bolha (flictena) rompida ou intacta (preenchida com
exsudato seroso). Não há visualização de tecido adiposo e
tecidos; Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão
presentes.

 Lesão por pressão Estágio 4: Perda total da espessura da


pele e perda tissular Apresenta exposição óssea, dos
tendões, fáscia ou dos músculos presença de necrose e
tecido desvitalizado. São Frequentemente cavitárias e
tuneilizadas, pode ocorrer osteomielite. Deve ser
classificada como Lesão por Pressão Não Classificável,
quando a escara ou esfacelo prejudicar a identificação da
extensão da perda tissular.

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 Não graduáveis / Inclassificáveis: Profundidade  Relacionadas a dispositivos médicos


Indeterminada Perda total da espessura dos tecidos, o leito Resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins
está coberto de tecido desvitalizado(amarelo, cinzentos, diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante
verde ou castanho) e/ou necrótico (amarelo escuro, geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo.
castanho ou preto). A remoção do tecido o desvitalizado Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de
e/ou necrótico determinara a profundidade e classificação classificação de lesões por pressão (NPUAP, 2016).
da lesão. Um tecido necrótico (seco, aderente, intacto e sem
eritema ou flutuação) presente nos calcâneos serve como
curativo natural e não deve ser removido.

A escala de BRADEN é um instrumento norte americano


para avaliação de risco de desenvolvimento de LPP, mais
utilizado para prática clínica brasileira, devido a maior
 Lesão tissular profunda: Profundidade Indeterminada especificidade e sensibilidade.
Área vermelha escura ou púrpura em pele intacta e
6 Subescalas: percepção sensorial, umidade, atividade,
descolorada, flictena preenchido com sangue, devido a
mobilidade, nutrição, fricção e atrito.
danos no tecido mole subjacente proveniente de
cisalhamento e/ou pressão. De difícil identificação em Pontuação de 6 a 23
pessoas com tons de pele escura. Pode ter evolução rápida, Quanto mais baixa a pontuação, mais alto o risco de
com exposição de outras camadas de tecido adicionais, desenvolver LP
mesmo na presença de tratamento adequado. OBS. A lesão
tissular profunda apenas sofreu uma atualização com as
mudanças propostas em 2016 pela NPUAP, retirando o
termo “suspeita”.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

06. (CREATIVE GROUP/2021) O Técnico de Enfermagem FINALIDADE:


junto ao Enfermeiro e Médico da Equipe são os profissionais • Limpar a ferida;
que possuem conhecimento técnico para o manejo
• Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam
apropriado de pacientes com úlcera por pressão em
retardá-la;
cuidados domiciliares, por isso é necessário conhecer os
princípios básicos para orientar os cuidadores de forma • Tratar e prevenir infecções;
adequada. Frente a isso o técnico precisa conhecer: • Prevenir contaminação exógena;
a) Curativos que retém a umidade das feridas não são • Remover corpos estranhos;
apropriados para tratamento de úlceras por pressão; • Proteger a ferida contra traumas mecânicos;
b) As feridas devem ser limpas a cada troca de curativo, com • Promover hemostasia;
força necessária o suficiente para garantir toda a limpeza do
• Fazer desbridamento mecânico e remover tecidos
leito da lesão, especialmente, quando essa limpeza for
necróticos;
auxiliada pelo uso de gazes cirúrgicas;
• Reduzir edemas;
c) Solução salina é preferida para a limpeza das úlceras por
pressão, por ser fisiológica e não danificar os tecidos em • Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos
cicatrização; inflamatórios;
d) Mesmo pacientes em cuidados domiciliares, não devem • Diminuir odor;
se utilizar de água potável (chuveiro) para a limpeza das • Manter a umidade da ferida;
feridas ocasionadas por pressão. • Fornecer isolamento térmico;
• Dar conforto psicológico ao paciente;
COBERTURAS E CURATIVOS • Diminuir a intensidade da dor;
 Critérios para uma cobertura eficaz: • Limitar a movimentação em torno da ferida.
 Impermeável a água, outros fluidos e bactérias;
 Trocas gasosas; TIPOS DE CURATIVOS
 Fácil aplicação e remoção sem traumas; Variando de acordo com a natureza, a localização e o
 Hemostasia; tamanho da ferida, os curativos, em alguns casos,
 Desbridamento e ambiente úmido; necessitam de compressão, em outros, a lavagem exaustiva
com solução fisiológica e há os que exigem imobilização com
 Absorção e remoção do excesso de exsudato;
ataduras, veja:
 Tratar cavidades;
Curativo semi-oclusivo: curativo absorvente e utilizado em
 Aliviar dor. feridas cirúrgicas, drenos e feridas exsudativas;
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos,
07. (FEPESE/2022) Assinale a alternativa correta sobre a atua como barreira mecânica, impedindo a perda de fluídos.
realização de curativos. Também promove o isolamento térmico e veda a ferida,
a) As caraterísticas de um bom curativo devem garantir que para impedir enfisema e formação de crosta;
o leito da ferida permaneça sempre seco para evitar Curativo compressivo: para reduzir o fluxo sanguíneo;
crescimento bacteriano. Curativos abertos: realizados em ferimentos que não há
b) O curativo adequado deve manter o leito da ferida limpo necessidade de serem ocluídos.
e úmido, propiciando a umidade, a granulação e a
cicatrização adequada.
Os curativos são divididos em:
c) O curativo ideal deve proporcionar barreira bacteriana,
• Primários – quando usados em contato direto com o
ser permeável à água e impermeável ao vapor.
tecido lesado.
d) Durante a realização do curativo, na ausência de pinças
• Secundários – colocados sobre o curativo primário.
estéreis, poderá ser utilizada luva de procedimento em
substituição.
e) Em situações em que o paciente possuir mais de uma 08. (FAU UNICENTRO/2022) Dentre as opções abaixo, a
ferida, deve-se iniciar sempre pela pele mais contaminada. principal finalidade do curativo compressivo é:
a) Evitar o surgimento de quadros infecciosos.
b) Absorver a secreção excessiva.
c) Mobilizar o membro afetado.
d) Auxiliar no controle do sangramento.
e) Reduzir a dor.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PRINCIPAIS COBERTURAS E CURATIVOS  Colagenase


 Ácido Graxo Essencial Debridamento enzimático(proteolítico);
Indicado para pele integra; Indicados em tecidos necróticos seco, bem aderidos ao leito
da ferida;
Leito de feridas sem tecidos desvitalizados, que precisam
aumentar a granulação e estimular a epitelização; Contraindicado em casos de hipersensibilidade aos
componentes.
Contraindicado em feridas infectadas ou excessivamente
exsudativas O desbridamento enzimático, semelhante ao autolítico,
ocorre também com o uso de enzimas, porém são exógenas.
 Filme transparente- película de poliueretano
Essas provocam o desprendimento do tecido necrosado.
semipermeável adesivo
 Papaína
Indicado na prevenção de lesão por pressão em estágio 1,
Versões em pó, pomada ou gel;
feridas cirúrgicas sem complicações e cobertura secundária;
Debridamento enzimático;
Contraindicados em feridas exsudativas e infectadas.
Indicados em tecidos necróticos seco, bem aderidos ao leito
 Hidrocoloide da ferida;
Indicado para feridas superficiais com exsudação de Contraindicado em casos de hipersensibilidade aos
moderada a baixa e prevenção de lesão por pressão; componentes.
Contraindicado em feridas infectadas, com exsudação  Fibra de alginato de cálcio
excessiva, necrose e área de exposição óssea. Feridas com exsudato de quantidade moderada a alta;
 Carvão ativado com prata Sangrantes;
Indicado para feridas de odor fétido, com moderado a muito Preenchimento de cavidades;
exsudato. Necessidade de cobertura secundária Contraindicado em feridas com necrose seca, pouco
Contraindicado em casos de feridas secas, com pouco exsudato,
exsudato, queimaduras, áreas de exposição óssea ou de exposição óssea e de tendões.
tendões.
 Gaze não aderente e não impregnada
 Espuma com prata Ação: protege a ferida; preserva o tecido de granulação;
Espuma de poliuretano impregnada com íons de prata evita aderência ao leito da ferida.
Indicada para feridas infectadas, com risco de infecção, ou Indicado para quando há a necessidade de evitar a aderência
retardo da cicatrização, com moderada a alta exsudação. do curativo ao leito da ferida, resultando numa troca sem
Não indicados em feridas limpas, secas e no caso de reações dor e com proteção do tecido e na cobertura primária na
alérgicas. ferida aberta.
 Sulfadiazina de prata 1%  Apósito absorvente
Indicados para feridas com infecção de gram-positivos e Ação: tem baixa aderência e alta absorção; é confortável e
gram-negativos, fungos, vírus e protozoários. Muito minimiza a dor na hora da troca.
utilizado no tratamento de queimaduras. Indicada para as feridas em que é preciso evitar a aderência
do curativo.
Contraindicado em casos de hipersensibilidade aos
componentes, mulheres grávidas, crianças menores de dois  Membracel
meses de idade, disfunção renal ou hepática. Ação: membrana porosa capaz de substituir
 Hidrogel temporariamente a pele humana, promovendo a rápida
regeneração.
Debridamento autolitico;
Indicada para tratamentos preventivos e curativos de lesões
Indicado em feridas com pouca perda tecidual; resultantes da perda do epitélio, especialmente as com
Mantém o meio úmido e promove tecido de granulação; grande potencial de infecção, que sejam caracterizadas
Contraindicado em lesões muito exsudativas. como ferimento superficial ou profundo, com exsudação
abundante ou escassa.
Esse tipo de desbridamento promove a manutenção de um
leito úmido e em temperatura em torno de 37°C a fim de  Cavilon Spray
atrair neutrófilos e macrófagos para a lesão, os quais irão Ação: barreira que oferece total proteção contra irritações
liberar enzimas lisossomais para digerir os detritos. Ou seja de pele decorrentes de incontinência urinária e fecal, e
– o meio adequado proporciona maior lise e fagocitose do danos causados pelos adesivos em curativos repetitivos.
tecido necrótico. Indicado para proteção da pele ao redor de ostomias,
fístulas e feridas drenantes; processos alérgicos a adesivo
(fitas); peri-estomas; feridas exudativas; ao redor de cânulas
de entubação, traqueostomias, gastrostomias; dermatite e
irritação de pele; lesões de pele decorrentes de
incontinências urinárias e/ou fecais, sucos digestivos
(ostomias), fricção, cisalhamento e agressões de adesivos
devido trocas constantes de curativos.
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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

09. (METROCAPITAL/2022) Ácidos Graxos essenciais (AGE) PÉ DIABÉTICO


são coberturas de curativos indicadas para:
a) Inserção de drenos ou cateteres.
b) Feridas suturadas; inserção de drenos e cateteres antes
da solução antisséptica.
c) Lesões neoplásicas; feridas muito exsudativas e
infectadas.
d) Hidratação da pele e utilização em lesões superficiais
abertas com tecido de granulação, sem infecção.
e) Feridas com tecido necrótico e exsudativas.

10. A Resolução COFEN Nº. 567/2018 que regulamenta a


atuação da Equipe de Enfermagem no cuidado às pessoas
com feridas, ressalta a autonomia do enfermeiro em avaliar,
prescrever e realizar curativos. Neste sentido, relacione a
característica da ferida ao respectivo produto ou substância
ativa:
Característica da ferida:
I. Odor fétido.
II. Infecção bacteriana.
III. Tecido desvitalizado.
IV. Úlcera venosa de perna.
V. Feridas sangrantes e exsudativas Produto/Substância
ativa
( ) Bandagem elástica.
( ) Carvão ativado.
( ) Placa hidrocoloide com prata iônica.
( ) Placa hidrocoloide com alginato e cálcio.
( ) Hidrogel com alginato
A sequência correta de cima para baixo é:
a) III, I, II, V, IV
b) IV, II, I, III, V
c) IV, I, II, V, III
d) V, II, I, IV, III
e) II, III, I, IV, V

11. (FAU UNICENTRO/2022) “Além de promover o processo


de cicatrização, um dos importantes focos no manejo de
feridas é prevenir infecções e complicações como o excesso
de exsudato. Compostos a base de Ag têm sido amplamente
utilizados desde a década de 1960, na tentativa de superar
o problema dos quadros infecciosos nas lesões de pele. Os
íons de Ag se ligam ao DNA de bactérias e esporos
bacterianos, reduzindo assim sua capacidade de replicação”.
Diante do contexto “entre aspas”, considerando o
tratamento de feridas, “Ag” significa:
a) Alginato.
b) Ácido graxo.
c) Biofilme.
d) Prata.
e) Carvão ativado.

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12. (VUNESP/2020) O., 61 anos, hipertensa, obesa, Assistência de enfermagem em unidade cirúrgica: pré-,
portadora de diabete tipo 2 há dez anos, compareceu à trans- e pós-operatório
unidade básica de saúde para realizar curativo em úlcera
diabética infectada no pé direito. Ao realizar o
01. (FEPESE/2023) Sobre a enfermagem perioperatória,
procedimento, o técnico constatou que, de acordo com a
é correto afirmar:
prescrição do enfermeiro, devido a presença de exsudato
seropurulento em quantidade moderada, após a limpeza da A) O pós-operatório imediato corresponde ao período que
lesão, deveria aplicar uma camada de 5 mm de sulfadiazina vai de 24 horas após a cirurgia até 7 dias da realização da
de prata 1% sobre o leito da ferida. Esse produto é utilizado mesma.
para a realização desse tipo de curativo porque B) O período transoperatório corresponde ao tempo
a) apresenta ação bactericida imediata e bacteriostática envolvido durante a cirurgia.
residual. C) A enfermagem pré-operatória corresponde ao período de
b) promove o desbridamento químico da ferida. 24 horas antes da cirurgia.
c) absorve o exsudato e promove o desbridamento autolítico D) A enfermagem perioperatória corresponde aos períodos
da ferida. pré, trans e pós-operatório.
d) absorve o exsudato e mantém o meio úmido com E) O pós-operatório mediato corresponde ao período que
formação de um gel. vai do término da cirurgia até 24 horas após.
e) diminui o odor.
 Pré Operatório
13. (AGIRH/2022) Assinale a afirmativa correta sobre tipos É o período de tempo que tem início no momento em que
de feridas: se reconhece a necessidade de uma cirurgia e termina no
momento em que o paciente chega à sala de operação.
a)As úlceras de estase, também chamadas de úlceras
arteriais, são lesões agudas que ocorrem na parte inferior Mediato: desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior
das pernas e dos pés. a ela.
b)O pé diabético é uma complicação rara em pacientes Imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia.
portadores de diabetes melito, que se origina pela presença
de hipertensão venosa. 02. (IGEDUC/2023) O período pré-operatório mediato
c)Úlcera por pressão é uma área localizada de morte celular consiste na assistência prestada ao paciente em vigência de
que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido cirurgias eletivas e compreende o período desde a
entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um internação até as 24 horas antes da cirurgia.
período prolongado. Certo - Errado
d)Ferida cirúrgica é a lesão tecidual causada por agente
vulnerante que, atuando sobre qualquer superfície corporal,
Pré Operatório Cuidados de enfermagem:
de localização interna ou externa, promove uma alteração
na fisiologia tissular. Podem variar de simples escoriações  Atender o paciente conforme suas necessidades
até lesões amplas que podem causar deformidades ou psicológicas (esclarecimento de dúvidas);
amputações.  Verificar sinais vitais;
 Pesar o paciente;
 Colher material para exames conforme solicitação
GABARITO médica;
01. B 04. A 07. B 10. C 13. C  Observar e anotar a aceitação da dieta*;
02. B 05. E 08. D 11.D  Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o
paciente para o centro cirúrgico;
03. D 06. C 09. D 12. A
 Manter o paciente em jejum, conforme rotina;

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Fazer tricotomia conforme rotina*;Orientar o paciente a Recepção no Centro Cirúrgico:


esvaziar a bexiga 30 minutos antes da cirurgia;  Realizar uma breve leitura do prontuário certificando-se
 Retirar próteses dentárias, jóias, ornamentos e sobre os dados de identificação do paciente e sobre a
identificá-los; cirurgia a que ele será submetido;
 Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico.  Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos
relacionados ao procedimento foram devidamente
realizados;
03. (FUNATEC/2023) Qual das medidas abaixo NÃO condiz
com uma medida a ser realizada no momento pré-  Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando o
operatório? médico anestesista ou o enfermeiro sobre possíveis
alterações;
A) Antissepsia cirúrgica das mãos.
 Atentar para a necessidade de retirar esmalte das unhas,
B) Avaliação de colonização nasal.
adornos ou próteses (normalmente são retirados antes do
C) Manter a ventilação na sala cirúrgica com pressão positiva paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro
em relação ao corredor e áreas adjacentes. cirúrgico);
D) Banho.  Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de
cama que o cobriam devem ser trocadas por roupas de cama
Humanização da Assistência de Enfermagem no Centro do próprio centro cirúrgico;
Cirúrgico  Manter uma recepção calma, tranqüila que traga
Para uma boa assistência de enfermagem é necessário segurança ao paciente.
observar os aspectos humanos:
 Receber bem o paciente; Transporte para a sala de cirurgia:
 Perguntar o nome do paciente*;  Garantir a segurança física e emocional do paciente (as
 Olhar para o paciente; Dizer quem é e o que faz na grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar-
equipe; se à cabeceira da maca);
 Preservar a intimidade do paciente;  Comunicar-se com o paciente;
 Não deixá-lo sozinho;  Avaliar a expressão facial do paciente;
 Detectar condições de medo, ansiedade, nervosismo e  Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões;
passar segurança, promovendo conforto.  Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente
protegido com o lençol;
 Trans Operatório: O período trans-operatório (ou peri-  Garantir um transporte tranquilo;
operatório ) compreende todos os momentos da cirurgia, da  Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos,
chegada do paciente à unidade de centro cirúrgico até a sua etc.
saída no final da cirurgia.
Preparo para a anestesia:
Preparo da Sala Cirúrgica:  Posicionar o paciente adequadamente para aplicação do
 Organização do material para anestesia e cirurgia; anestésico;
 Testar equipamentos;  Dar apoio ao paciente;
 Verificar condições de limpeza da sala;  Disponibilizar material e drogas anestésicas.
 Posicionar equipamentos móveis;
 Observar segurança da sala como posicionamento de 04. (MS/2023) É de competência da equipe de enfermagem
fios e chão molhado; da SRPA, prestar assistência de enfermagem sistematizada e
 Ajustar a temperatura da sala (entre 21°C e 24°C). individualizada aos pacientes no período pós-operatório
imediato e registrar em impresso. Essas ações
compreendem as alternativas, exceto:
A) Conferir a identificação do paciente com o prontuário.
B) Registrar no prontuário do paciente a admissão na SRPA
e no livro de registro de relatório de ocorrência do técnico
de enfermagem.
C) Monitorar os sinais vitais, nível de consciência e dor.
D) Realizar tricotomia ao redor da ferida cirúrgica.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

 Pós Operatório: É o período que se inicia a partir da saída Náuseas/Vômitos: os efeitos colaterais dos anestésicos e a
do paciente da sala de cirurgia e perdura até a sua total diminuição do peristaltismo ocasionam distensão
recuperação abdominal, acúmulo de líquidos e restos alimentares no
Imediato: até 24h após o procedimento cirúrgico. trato digestório, em conseqüência, o cliente pode
apresentar náuseas e vômito.
Mediato: após 24 horas e até 07 dias após o procedimento
cirúrgico. Retenção urinária: é a incapacidade de excretar a urina,
embora a bexiga esteja cheia, devido ao espasmo do
Tardio: após 07 dias após o recebimento da alta hospitalar.
esfíncter vesical.

05. (FUNCERN/2023) Um paciente adulto submetido à


06. (FUNATEC/2023) A assistência de enfermagem em
cirurgia de revascularização do miocárdio foi transferido, ao
clínica cirúrgica inclui o cuidado com o paciente no período
término do procedimento, para a Unidade de Terapia
pósoperatório. Sobre o manejo da dor pós-operatória,
Intensiva para receber os cuidados necessários. As primeiras
assinale a alternativa correta que descreve uma intervenção
24 horas, após a realização desse procedimento cirúrgico,
adequada de enfermagem.
correspondem ao período pós-operatório
A) Administrar analgésicos apenas quando o paciente
A) crítico.
solicitar.
B) imediato.
B) Monitorar apenas a intensidade da dor, sem considerar a
C) mediato. resposta do paciente aos analgésicos.
D) tardio. C) Utilizar escalas de dor unidimensionais para avaliar a dor
do paciente.
Pós Operatório Cuidados de Enfermagem: D) Realizar a administração de analgésicos de acordo com o
Receber e transferir o paciente da maca para o leito com horário programado, independentemente da dor referida
cuidado; pelo paciente.
Posicionar o paciente no leito; E) Utilizar uma abordagem multimodal para o controle da
dor, combinando diferentes modalidades de analgesia.
Verificar sinais vitais;
Observar o estado de consciência;
 Sala de Recuperação Anestésica (SRA): É a unidade
Avaliar drenagens e soroterapia;
destinada a prestação de cuidados ao paciente submetido à
Fazer medicações conforme prescrição; intervenção cirúrgica que ainda se encontra sob efeitos
Monitorar movimentos dos membros superiores ou anestésicos. Os pacientes permanecem nessa unidade até
inferiores; que os sistemas orgânicos tenham se recuperado
Controlar a diurese; totalmente dos efeitos da anestesia, ou seja, até que seja
possível manter uma estabilidade hemodinâmica
Assistir psicologicamente o paciente e os familiares;
satisfatória, preferencialmente sem a utilização de
Observar e relatar complicações. medicamentos, que se restabeleçam as funções
ventilatórias ou que haja uma considerável superficialização
Pós Operatório Complicações: do nível de consciência.
Sonolência: é uma característica muito freqüente no
paciente cirúrgico. Assim, a certificação do seu nível de Assistência de Enfermagem na SRA:
consciência deve ser sempre primordial mediante alguns o Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30
estímulos e as alterações devem ser imediatamente em 30 minutos, por último após 60 minutos;
comunicadas.
o Avaliar oxigenação, estimulando o movimento
Sede: o sulfato de atropina, utilizado durante a anestesia respiratório;
para diminuir as secreções, ocasiona a secura da mucosa
o Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça;
oral.
o Limpar vias aéreas e aspirar se necessário
Dor: a dor mais comum é aquela que ocorre na região alvo
da cirurgia, a qual diminui gradativamente com o passar do o Manter vigilância, curativo limpo e seco;
tempo. Esta pode variar quanto á localização, intensidade, o Tomar medidas para aliviar a dor;
duração e tipo. o Realizar balanço hídrico;
Soluço: é o espasmo incontrolado do músculo diafragma, o Proporcionar conforto e segurança;
causada por irritação do nervo frênico por deglutição de ar
o Informar a família sobre o estado do paciente.
ou efeito do anestésico.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 45


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

07. (CONSULPLAN/2023) A Sala de Recuperação Pós- 09. (UPENET/2023)NA atuação do enfermeiro nos
Anestésica (SRPA) é a área destinada à permanência do ambientes perioperatórios é essencial para a promoção de
paciente logo após o término do ato cirúrgico. Sobre a SRPA, ações integradas e intersetoriais. Sobre a segurança do
assinale a afirmativa correta. paciente e dos profissionais envolvidos com as intervenções
A) A responsabilidade da transferência do paciente após o cirúrgicas, julgue as assertivas abaixo:
ato cirúrgico para a SRPA é do cirurgião. I. A confirmação da efetividade da esterilização dos
B) Para as cirurgias de alta complexidade, a recuperação pós- instrumentais não está incluída na lista de verificação da
anestésica pode se dar diretamente na UTI. segurança cirúrgica.
C) O número de leitos deve ser igual ao número de cirurgias II. O uso de materiais estéreis para cirurgia é considerado
porte III ou porte IV por turno: manhã e tarde. uma prática padronizada, e a garantia da esterilização é
confirmada pela avaliação e monitoramento de indicadores
D) Pode estar localizada em andar diferente do centro
de esterilização.
cirúrgico, desde que em um andar logo acima ou um andar
logo abaixo. III. A matéria orgânica residual interfere na eficácia da
esterilização e desinfecção do instrumental cirúrgico porque
impede o contato do agente microbicida com a superfície do
08. (UNIFASE/20230 A enfermagem peroperatória, que instrumento.
abrange toda a experiência cirúrgica, consiste em três
IV. A manutenção de registros de esterilização não parece
períodos que começam e terminam em determinados
ser útil para permitir o rastreamento das máquinas e da
pontos na sequência de eventos da experiência cirúrgica.
manutenção, além de não permitir a verificação da
São eles:
esterilidade do item cirúrgico e controle de qualidade.
A) Pré-operatório: começa quando se toma a decisão de
V. O profissional da equipe de enfermagem responsável pela
realizar a intervenção cirúrgica e termina com a
preparação das bandejas cirúrgicas deve confirmar a
transferência do cliente para a sala de operação (SO);
esterilidade dos instrumentais pela avaliação dos
Intraoperatório: da transferência para mesa cirúrgica até a
indicadores de esterilidade bem como comunicar quaisquer
admissão no setor destino; Pós-operatório: da admissão no
problemas ao cirurgião e ao anestesiologista.
setor destino até a alta.
Está CORRETO o que se afirma apenas em
B) Pré-operatório: começa quando se toma a decisão de
realizar a intervenção cirúrgica e termina com a A) I, II e IV.
transferência do cliente para a sala de operação (SO); B) I, III e IV.
Intraoperatório: da transferência para mesa cirúrgica até a C) II, III e IV.
admissão da URPA (Unidade de Recuperação Pós-
D) III e V.
anestésica); Pós-operatório: admissão do paciente na URPA
e termina com a avaliação de acompanhamento na clínica E) II, III e V.
ou em casa.
C) Pré-operatório: começa na admissão do paciente no setor
em internação hospitalar e termina com a transferência do
cliente para a sala de operação (SO); Intraoperatório: da
transferência para mesa cirúrgica até a admissão no setor
destino; Pós-operatório: admissão do paciente no setor
destino e termina com a avaliação de acompanhamento na
clínica ou em casa.
D) Pré-operatório: começa na admissão do paciente no setor
em internação hospitalar e termina com a transferência do
cliente para a sala de operação (SO); Intraoperatório: da
transferência para mesa cirúrgica até a admissão da URPA
(Unidade de Recuperação Pós-anestésica); Pós-operatório:
admissão do paciente na URPA até a alta hospitalar.

GABARITO
01. D 04. D 07. B
02. CERTO 05. B 08. B
03. C 06. E 09. E

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Emergências clínicas Observação: Diferenciar desmaio de histeria, cujos sinais


são: • Tremor palpebral; • Geralmente ocorre quando há
pessoas próximas; • A queda é estudada e se dá em local
1) Desmaios
que não lhe oferece perigo; • Apresenta respiração
 Definição: Perda de consciência temporária, diminuição profunda e suspirosa, não melhora com as medidas
significativa ou interrupção momentânea do fluxo empregadas para facilitar a irrigação cerebral.
sanguíneo para o cérebro. Pode ser: • Emoções fortes
(medo, angústia, surpresa) • Hipoglicemia • Calor excessivo
• Anemia ou sangramento volumoso • Mudança brusca de Medidas Preventivas: Reconhecer os sinais e sintomas do
posição desmaio: • Escurecimento da vista, tontura; • Desconforto
epigástrico, náuseas e vômitos; • Dificuldade respiratória; •
Antes do desmaio pode sentir: Tontura, Fraqueza ou
Sudorese fria e pegajosa; • Pulso fino; • Relaxamento
náuseas (enjôo), Enxergar pequenos pontos brilhantes,
muscular, provocando dificuldade para se manter em pé ou
Palidez cadavérica, Cansaço.
sentado.
Ao atender uma pessoa com sensação de desmaio, o
Neste caso deve-se: • Colocar o paciente sentado em uma
socorrista deve: • Colocar a vítima deitada de barriga para
cadeira, com os braços estendidos entre as pernas
cima, com os pés ligeiramente elevados. • Conversar com
separadas; • Segurar na região occiptal e forçar a cabeça
ela, orientando-a para que respire profunda e lentamente. •
para baixo, ao mesmo tempo em que se solicita para a vítima
Permanecer ao lado da vítima para, em caso de perda da
tentar elevar a cabeça, fazendo pressão contra as nossas
consciência, fazer a avaliação das vias aéreas, da respiração
mãos.
e da circulação.
Como colocar a vítima em posição lateral: Deite-a de
barriga para cima. 02. (CEFET/2006) As técnicas de primeiros socorros, nos
casos de desmaio, recomendam que o socorrista
Coloque-se de um lado da vítima e ajoelhe-se de frente para
ela. Flexione a perna da vítima que está mais próxima de ( ) afrouxe a roupa da vítima, para uma melhor circulação
você. Pegue a mão da vítima que está desse mesmo lado e sangüínea.
coloque-a sob a nádega, com a palma da mão irada para ( ) vire a cabeça da vítima para trás, em caso de vômito.
baixo. Com cuidado e vagarosamente, vire a vítima para o ( ) areje o ambiente ou transporte a vítima para um local com
seu lado. melhor ventilação.
Posicione a cabeça da vítima de lado, de modo que, se ela ( ) eleve os membros superiores da pessoa desmaiada para
vomitar, a secreção saia facilmente da cavidade oral, que o sangue circule do cérebro para os órgãos nobres.
impedindo que seja aspirada para os pulmões.
A) V F F V
Feche a mão livre da vítima e coloque-a sob o queixo ou a
B) V F V F
bochecha, para evitar que a face vire para baixo. Nunca
deixe uma pessoa que acabou de se recuperar de um C) V V F F
desmaio levantar-se ou andar de súbito, pois o esforço D) F V F V
despendido nessas tentativas poderá causar novo desmaio. E) F V V F
Não acorde uma pessoa que está inconsciente com atitudes
como jogar água fria, colocá-la de pé ou sacudi-la, dar tapas
2) Vertigens: É a sensação em que a vítima parece girar em
no rosto ou oferecer-lhe substâncias para cheirar.
torno dos objetos ou os objetos em torno dela. A vítima
pode ter zumbidos e chegar até a surdez, náuseas e vômitos,
01. (CESPE/2008) Com relação aos quadros de desmaio e de porém parece sempre lúcida.
ameaça de desmaio, assinale a opção correta.
A) Um dos sintomas apresentados por vítima de ameaça de 3) Labirintite: É uma de tantas doenças que afetam o nosso
desmaio é a vermelhidão da face. órgão de equilíbrio (o labirinto), e que tem origem
B) Na maioria dos casos, a vítima não percebe que vai infecciosa.
desmaiar e o desmaio torna-se inevitável. Causas: • Lesões cerebrais que atingem os núcleos •
C) Os sintomas apresentados por vítima de desmaio incluem Traumatismo no crânio (encefálico) • Hemorragias cerebrais
inconsciência, pulso e respiração fortes e pele seca (sem • Distúrbio hormonal • Problemas de circulação • Jejum
suor). prolongado
D) A vítima de desmaio deve ser deitada com a cabeça mais
baixa que o corpo ou no mesmo nível, e, se possível, suas
pernas devem ser mantidas ligeiramente levantadas.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Vertigens Causas: 03. (NOSSO RUMO/2022) Epilepsia é uma doença crônica


• Alturas elevadas; caracterizada por crises epilépticas recorrentes não
provocadas, de modo que é correto afirmar que
• Mudanças bruscas de pressão atmosférica;
A) o paciente deve apresentar pelo menos cinco crises
• Ambientes abafados;
espontâneas, com evidência de desencadeantes agudos de
• Movimentos giratórios rápidos; crises epilépticas.
• Mudanças bruscas de posição. B) a epilepsia é definida como distúrbio cerebral
Manifestações: caracterizado por uma predisposição persistente, que leva
• Sensação que está caindo em um grande abismo ao aparecimento de crises epilépticas e a suas
consequências neurobiológicas, cognitivas, psicossociais.
• Náuseas e vômitos
C) a crise aguda sintomática (ou crise provocada)
• Presença de consciência (sempre)
corresponde à descarga elétrica anormal, excessiva e
• Angústia sustentada do tecido cerebral, e corresponde sempre à
O que fazer: primeira manifestação de epilepsia.
• Colocar a vitima deitada de barriga para cima (em decúbito D) a crise única (isolada) é sempre a decorrente de uma
dorsal), mantendo a cabeça sem travesseiro ou qualquer causa imediata identificada, como distúrbio metabólico,
outro apoio. intoxicação exógena, abstinência de drogas sedativas ou
• Impedir que a vítima faça qualquer movimento brusco, insulto neurológico agudo.
sobretudo com a cabeça.
• Afrouxar toda a roupa da vítima para que a circulação CONDUTA: Afastar os curiosos, Afastar objetos, afrouxar
sanguínea se restabeleça sem dificuldade. suas roupas. Amparar a cabeça da vítima (sem impedir seus
• Animar a vítima com palavras confortadoras. movimentos), Virá-la de lado para que a saliva escorra pela
boca. Nunca colocar a mão na boca da vítima que estiver
convulsionando (não colocar objetos, como lápis, gravetos,
4) CONVULSÕES: Perda de consciência, queda ao solo, talheres). Não há necessidade de puxar a língua da vítima.
contrações musculares generalizadas e repetitivas, falta de
resposta a estímulos.
04. (FCC/2007) Durante uma crise convulsiva deve-se adotar
Causas Epilepsia: Lesões na cabeça; Infecções no cérebro;
os seguintes procedimentos:
Parada respiratória; Febres altas. Overdose (dose excessiva
de cocaina A) manter o indivíduo deitado, em decúbito lateral, com
uma proteção sob sua cabeça.
B) não tocar na saliva de uma pessoa com crise convulsiva
Epilepsia Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 –
pois esta é contagiosa.
1% da população: Caracterizada por crises súbitas e
espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e C) segurar ao máximo os movimentos do indivíduo para que
transitória de células nervosas. O sítio de descarga e sua este não se traumatize.
extensão são fatores determinantes da sintomatologia D) interpor, entre os dentes do indivíduo, uma proteção para
clínica apresentada. Varia desde a perda da consciência por evitar ferimentos de boca e língua.
poucos segundos até crises generalizadas prolongadas.
Causas prováveis: infarto cerebral tumor infecção trauma
05. (OBJETIVA/2022) Durante uma crise de epilepsia,
doença degenerativa
quando um paciente está convulsionando, é INCORRETO:
A) Remover objetos do entorno para que o paciente não se
Estado pós-convulsivo: A pessoa pode ficar “perdida” machuque.
confusa, Colocar a vítima em posição de recuperação,
B) Posicionar o paciente de lado, com a cabeça levemente
Palavras sem nexo, Sair caminhando sem direção O sangue
erguida.
que aparecer na saliva ou na boca é decorrente de
mordedura na língua. C) Negar líquidos ao paciente.
D) Segurar a língua do paciente.

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SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Em crianças de 1 a 4 anos, a convulsão em geral é provocada Tipos Venenos corrosivos:


pela febre alta.  Resfriar crianças febris com toalhas  Corrosivo ácido: sulfato ácido de sódio, desinfetantes de
molhadas com água na temperatura ambiente. Providencie banheiro, ácido acético, ácido sulfúrico, ácido oxálico, ácido
atendimento médico. fluorídrico, iodeto e nitrato de prata;
Procurar uma emergência quando: A duração da convulsão  Corrosivo alcalino: os mais comuns são o hidróxido de
for maior que 10 minutos, Houver suspeita de trauma da sódio (detergentes e clareadores), detergentes
cabeça (antes ou durante a convulsão), Dificuldade enxaguadores, carbonato de sódio (soda caústica),
respiratória, em presença de consciência rebaixada, ou amoníaco e hipoclorito de sódio.
sendo este o primeiro episódio de convulsão (vítima com
Manifestações Clínicas:
mais de 20 anos de idade).
• Dor intensa, sensação de queimação na boca e garganta;
• Deglutição dolorosa ou incapacidade para deglutir; •
06. (AMEOSC/2022) Com base no estado de mal epiléptico,
Vômitos;
registre V, para verdadeiro, ou F, para falso, nos itens abaixo:
• Destruição da mucosa oral. Tratamento de Emergência:
(__) A condição é uma emergência médica, caracterizada
pode-se oferecer leite, se o paciente conseguir deglutir,
por convulsões clínicas ou elétricas contínuas de pelo menos
após a ingestão de um veneno corrosivo. Alerta Não
60 minutos de duração.
provoque vômito se a vítima ingeriu um ácido forte, uma
(__) Episódios repetidos de anoxia e edema cerebrais podem base ou outro solvente corrosivo ou hidrocarbonetos.
levar a uma lesão cerebral irreversível e fatal.
(__) Os fatores comuns que precipitam o estado de mal
Venenos não corrosivos
epiléptico incluem interrupção dos medicamentos
anticonvulsivantes, febre e infecção concomitante. • Tratamento de Urgência: – Induza o vômito; – Faça
lavagem gástrica; – Instrua a família para trazer uma
(__) Refere-se a uma série de crises generalizadas, que
amostra do veneno ao hospital.
ocorrem com recuperação completa da consciência entre as
crises.
A sequência CORRETA de cima para baixo é? • Venenos inalados Por Monóxido de Carbono Princípios
Básicos: O efeito do monóxido de carbono consiste em
A) F, V, V, F.
inutilizar a hemoglobina como carreador de O2; O monóxido
B) F, V, F, V. de carbono provoca lesão por hipóxia; História de exposição
C) V, F, V, F. ao CO justifica tratamento imediato.
D) V, F, F, V. Tratamento de Emergência: Objetiva reverter a hipóxia
cerebral e miocárdica; Acelerar a eliminação do CO.
Administre oxigênio a 100%; Observe o paciente
5) CÂIMBRAS: Dor muscular repentina com contração
constantemente, qto a alterações neurológicas;
involuntária (espasmo) da musculatura envolvida.
• Envenenamento por contato: Lave bem a pele com água;
Causas: Distúrbios dos nervos, Desidratação, Exercícios
Deixe a água fluir sobre a pele enquanto se removem as
vigorosos, Diminuição da insuficiência do fluxo de sangue
roupas; Esfregar vigorosamente a pele com água.
para os músculos, Deficiência de cálcio, potássio e sódio (sais
Intoxicação Alimentar Pode ocorrer por ingestão de
minerais)
alimentos ou bebidas contaminadas.
Sinais e Sintomas: Muita dor, Cansaço, Espasmo muscular
Tratamento de Emergência: Determinar a fonte e o tipo da
forte
intoxicação alimentar; Tempo de manifestação dos
Conduta: Alongar o músculo envolvido no sentido oposto do sintomas; O que foi ingerido; Se houve vômitos; Se
espasmo, Massagem leve no local, Hidratação abundante apresentou diarreia; Se existem sintomas neurológicos; Se
ocorre febre; Aspecto do paciente; Monitorize SSVV e pese
6) INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO o paciente; Tratamento de suporte para o sistema
respiratório; Mantenha o equilíbrio hidroeletrolítico; Corrija
Veneno: substância que, quando inalada, absorvida,
e controle a hipoglicemia; Controle a náusea; Controle a
aplicada na pele ou produzida pelo organismo, em
diarreia. Poderá ser usado Adsorvente: agente que se liga às
quantidades relativamente pequenas, provoca lesão no
moléculas dos agentes tóxicos, formando complexos
organismo devido a sua ação química.
inativos. O carvão ativado é o mais comum. Uso via SNG ou
Aspectos gerais do tratamento: • Tente descobrir a VO.
natureza do veneno; • Mantenha as vias aéreas pérvias; •
Administre O2; • Proceda a respiração artificial S/N; • Colha
amostras de sg arterial; • Faça cateterismo vesical de
demora para monitorar a diurese; • Verifique depressão
neurológica; • Considere a lavagem gástrica ou provoque
vômitos conforme a indicação do fabricante do produto;

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07. (COSEAC/2013) A intoxicação exógena pode ser Tratamento


provocada por ingestão ou inalação de substâncias  Intoxicação alcoólica não-complicada: não necessitam
prejudiciais ao organismo e administração excessiva de de tratamento.
medicamentos ou drogas. Em relação às intoxicações
 Estupor alcoólico: de curta duração, devendo apenas ser
exógenas, a alternativa correta é:
observado alterações neurológicas.
A) antídoto é a substância que acelerará os efeitos do
elemento tóxico, reduzindo sua ação maléfica no organismo.  Intoxicação alcoólica sintomática: caso o paciente esteja
inquieto, hiperexcitado, agressivo, deve-se usar contenção +
B) nos casos de ingestão de soda cáustica, deve-se provocar sedativos (S/N).
o vômito e/ou fazer lavagem gástrica.
 Coma alcoólico: tratamento direcionado no sentido de
C) em quaisquer casos de envenenamento, é imprescindível
manutenção das funções vitais, em UTI; trata-se os
a ingestão de leite ou clara de ovo.
distúrbios metabólicos. Medidas Gerais: Manter o paciente
D) distúrbios mentais, delírios, alucinações, convulsões, em decúbito lateral; Aquecer o paciente; Avaliar
miose e midríase são manifestações neurológicas associadas periodicamente os SSVV; Monitoração de PVC; Passar SNG
às intoxicações exógenas. para lavagem até 6 horas após a ingestão e para
descompressão do estômago; Manter VAS pérvias; Ofercer
Intoxicação Alcoólica O2, e em alguns casos, entubação endotraqueal.
• O etanol é o principal álcool utilizado;
• Concentração: 2 a 6% na cerveja; 12 a 20% no vinho; 43 Tratamento medicamentoso: Reposição de volume e
a 50% no uísque; 30 a 50% na aguardente; eletrólitos; Uso de DVA (S/N); Tiamina 100mg IM; Glicose
50% (160 a 200ml), associado a 20mg de piridoxina (Vit B6),
• É altamente difusível;
diluídos em SG 500ml; Tratamento de crises convulsivas com
• 2 a 10% é eliminado pelos rins e pulmões, sendo o Diazepan 10mg EV; Uso de Bic Na para corrigir acidose, após
restante metabolizado e oxidado pelo fígado; gaso arterial.
• O indivíduo é considerado alcoolizado com taxa a partir
de 0,6g de álcool por litro de sangue, ou seja 2 latinhas de
7) INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO: “São acidentes provocados
cerveja ou 2 doses de bebida destilada.
pela ação prolongada do calor sobre o organismo”.
• INSOLAÇÃO: – Exposição excessiva aos raios solares.
• INTERMAÇÃO: – Ação do calor em ambientes pouco
arejados, durante um trabalho muscular intenso.

PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES


Umidade: Quanto maior a umidade relativa do ar , mais
difícil será a evaporação cutânea, consequentemente, o
corpo acumula maior quantidade de calor;

Ventilação: Sem circulação constante do ar o resfriamento


torna-se difícil, provocando o aumento da temperatura
corporal. (Exemplos: fornos, fundições, caldeiras, padarias);

Condições físicas: O excesso de trabalho aumenta a


produção de calor pelo organismo, enquanto a fadiga
muscular acumula substancias tóxicas nos tecidos. A
associação de ambas predispõe o organismo à falência
hemodinâmica;

Alimentação excessiva: Em razão do processo de digestão


ocorre um aumento da temperatura corporal; • Vestuário:
As roupas escuras e a lã favorecem o acúmulo de calor, com
conseqüente elevação da temperatura corporal.

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SINAIS E SINTOMAS: Atendimento às necessidades básicas do paciente


•Cefaléia; As Necessidades Humanas Básicas (NHB) são necessidades
• Náuseas e tontura; comuns a qualquer ser humano, portanto, são universais.
• Vômitos; O que varia de um indivíduo para outro é a sua manifestação
e a adequada maneira de satisfazê-las ou atendê-las.
• Elevação da temperatura corporal (42°C);
A hierarquia de necessidades de Maslow, também
• Insuficiência respiratória;
conhecida como pirâmide de Maslow, é uma divisão
• Cianose; hierárquica proposta por Abraham Maslow. Nessa teoria, as
• Pele seca e quente; necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes
• Coma profundo. das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de
“escalar” uma hierarquia de necessidades para atingir a sua
autorrealização.
CONDUTA
• Levar a vítima para um local arejado e fresco;
01. (FUNDEP/2017) No texto “Vamos falar de cuidados
• Coloca-la deitada com o tronco ligeiramente elevado; paliativos”, elaborado pela Sociedade Brasileira de Geriatria
• Afrouxar as roupas; e Gerontologia (2015), os provedores do cuidado, para
• Aplicar compressas úmidas e frias sobre a cabeça; serem efetivos em aliviar o sofrimento e melhorar a
qualidade de vida, devem estar aptos em identificar e
• Oxigênio a 6 litros por minuto por catéter ou 10 litros por
responder a todas as necessidades humanas básicas do
minuto com máscara;
paciente, originalmente descritas por:
• Transportar para o hospital.
A) Abraham Maslow.
B) Wanda Aguiar Horta.
08. (IBADE/2019) A insolação é provocada por exposição
C) Madeleine Leininger.
prolongada ao calor ou exposição direta ao sol. Sinais e
sintomas: vertigem, fraqueza, cãibras musculares, sudorese D) B Florence Nightingale.
intensa, perda da consciência, esgotamento, pulso fraco e Maslow define um conjunto de cinco necessidades nessa
respiração rápida. Com relação aos cuidados e pirâmide:
procedimentos adequados, analise os itens abaixo.
I - Conduzir a um lugar fresco.
II - Afrouxar e remover excessos de roupas.
III - Fornecer água se estiver consciente.
IV - Cobrir o corpo para aquecê-lo.
V - Não há necessidade de encaminhar ao serviço
especializado.
Dos itens acima mencionados, estão corretos, apenas:
A) I e II.
B) II e III.
C) I, II e III.
D) II, III e IV.
E) I, III e V.

GABARITO
01. D 05. D 1. Necessidades fisiológicas (básicas): tais como a fome, a
02. B 06. A sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
03. B 07. D 2. Necessidades de segurança: que vão da simples
04. A 08. C necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a
formas mais elaboradas de segurança como um emprego
estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
3. Necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e
sentimentos: tais como os de pertencer a um grupo ou fazer
parte de um clube;
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4. Necessidades de estima: essas passam por duas 04. (AMEOSC/2019) “O universo é um todo; o ser humano é
vertentes: o reconhecimento das nossas capacidades um todo; a célula é um todo; não a mera soma de um todo.”
pessoais e o reconhecimento dos outros, face à nossa Com relação à “Teoria das Necessidades Humanas
capacidade de adequação às funções que desempenhamos; Básicas” de Wanda Horta, o trecho descrito acima pode ser
5. Necessidades de autorrealização: em que o indivíduo definido como:
procura tornar-se aquilo que ele pode ser. A) Homeostase.
B) Adaptação.
02. (FCC/2014) De acordo com a teoria das necessidades C) Holismo.
humanas básicas de Maslow, no planejamento da
D) Realização pessoal – estima.
assistência de enfermagem ao indivíduo doente, o
enfermeiro deve considerar que:
a) As necessidades humanas básicas fisiológicas consistem A partir desse raciocínio, temos a enfermagem, segundo
em hidratação, nutrição, eliminação, sono e oxigênio, dentre Horta, sempre acumulando conhecimentos e técnicas
outras. empíricas, relacionadas entre si, que procuram explicar os
fatos à luz do universo natural. O objeto da enfermagem é o
b) O indivíduo precisa satisfazer as necessidades de nível
ser humano, assistindo-o no atendimento de suas
superior para sentir a necessidade de atender as de nível
necessidades básicas. Esses são os entes da enfermagem. Ao
inferior.
descrevê-los, explicá-los, relacioná-los entre si e predizer
c) As necessidades humanas básicas estão hierarquizadas sobre eles, caracteriza-se a enfermagem como ciência.
em cinco níveis, denominadas fisiológicas, de segurança e
Assim, Horta procurou iniciar o desenvolvimento de uma
proteção, de propriedade e de afeição, de poder e de auto
teoria, a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, na qual
realização.
procura mostrar a enfermagem como ciência
d) As intervenções a serem executadas devem ser baseadas aplicada, transitando da fase empírica para a fase
nas necessidades coletivas dos indivíduos. científica, desenvolvendo suas teorias, sistematizando seus
e) Ao satisfazer uma necessidade de nível superior do conhecimentos, pesquisando e tornando-se dia a dia uma
indivíduo, concomitantemente, estará contemplando as ciência independente.
necessidades de nível inferior. Horta inspirou o desenvolvimento de seus estudos na Teoria
da Motivação Humana de Maslow, fundamentada nas
03.FUNCAB/2014) A hierarquia das necessidades do homem necessidades humanas básicas. Elaborou, então, sua teoria
proposta por Abraham Maslow é uma teoria que os sobre a motivação humana, fundamentada nas
profissionais de enfermagem podem usar para melhor necessidades humanas básicas assim descritas:
compreender as relações entre essas necessidades. De  Necessidades fisiológicas;
acordo com esta teoria, certas necessidades humanas  Segurança;
devem ser supridas antes de se satisfazer outras. Sendo
assim, qual a última necessidade a ser atendida segundo a  Amor;
teoria de Maslow?  Estima; e
a) Necessidades fisiológicas.  Autorrealização.
b) Realização pessoal.
c) Amor. Segundo Maslow, o indivíduo passa a buscar sempre
d) Autoestima. satisfazer um nível superior ao que se encontra, em que se
situa o permanente estado de motivação por essa busca,
nunca existindo satisfação completa; pois, se fosse assim,
Segundo Horta, nenhuma ciência pode sobreviver sem não existiria mais motivação. Na enfermagem, segundo
filosofia própria. É assim que tem de ser a Enfermagem, pois Horta, busca-se utilizar a denominação de João Mohana:
esta não deve prescindir de uma filosofia unificada que lhe
 Necessidades de nível psicobiológico;
dê bases seguras para o seu desenvolvimento.
 Necessidades de nível psicossocial;
Na enfermagem, prossegue Horta, existem três seres:
 Necessidades de nível psicoespiritual.
 O ser enfermeiro (gente que cuida de gente);
 O ser cliente/paciente (indivíduo, família, comunidade);
 O ser enfermagem (comprometimento, compromisso).

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 52


SESPA – ENFERMEIRO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Horta considera a enfermagem como: um serviço prestado Horta define alguns princípios para a enfermagem:
ao ser humano, parte integrante da equipe de saúde.  A enfermagem respeita e mantém a unicidade,
Desse modo, define os seguintes princípios: autenticidade e individualidade do ser humano;
 O ser humano é parte integrante do universo dinâmico:  A enfermagem é prestada ao ser humano e não à sua
está sujeito às leis que o regem no tempo e no espaço; doença ou desequilíbrio;
 O ser humano está em constante interação com o  Todo cuidado de enfermagem é preventivo, curativo e de
universo, dando e recebendo energia; reabilitação;
 A dinâmica do universo provoca mudanças que o levam  A enfermagem reconhece o ser humano como elemento
ao desequilíbrio no tempo e no espaço. participante ativo no seu autocuidado.
Como integrante da equipe de saúde, a enfermagem
apresenta:
 Manutenção do equilíbrio dinâmico, prevenindo
desequilíbrios e revertendo desequilíbrios em equilíbrio no
ser humano, no tempo e no espaço;
 O ser humano tem necessidades básicas que precisam
ser atendidas para o seu bem-estar;
 O conhecimento do ser humano em relação às suas
necessidades é limitado pelo próprio saber, o que exige um
profissional para auxiliá-lo;
 Quando em desequilíbrio, essa necessidade torna-se
mais necessária;
 Todos os conhecimentos e técnicas acumuladas pela
enfermagem dizem respeito ao atendimento das
necessidades básicas afetadas;
 A enfermagem assiste essas necessidades do ser
humano, com a aplicação do conhecimento e princípios
científicos das ciências físico-químicas, biológicas e
psicossociais.

Horta, assim, define o primeiro conceito, que vem a ser o


que é a enfermagem: é a ciência e a arte de assistir o ser
humano no atendimento de suas necessidades básicas, de
torná-lo independente dessa assistência, quando possível,
pelo ensino do autocuidado; de recuperar, manter e
promover a saúde em colaboração com outros profissionais.
Segundo Horta, cabe à enfermagem fazer pelo ser humano
àquilo que ele não pode fazer por si mesmo; ajudá-lo ou
auxiliá-lo quando parcialmente impossibilitado de se
autocuidar; orientá-lo ou ensiná-lo; supervisioná-lo e
encaminhá-lo a outros profissionais.

Esse conceito de Horta impõe as seguintes proposições


sobre as funções do enfermeiro:
 Área específica: assistir o ser humano no atendimento
de suas necessidades básicas e ensinar o autocuidado;
 Área de interdependência: atua na manutenção,
promoção e recuperação da saúde;
 Área social: atua no ensino, pesquisa, administração,
responsabilidade legal e participação na associação de
classe.

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