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AGRICULTURA GERAL

Índice
Introdução................................................................................................................................ 2
Objectivos................................................................................................................................. 3
Geral ......................................................................................................................................... 3
Específicos ................................................................................................................................ 3
Fertilidade do solo ................................................................................................................... 4
Nutrientes essenciais às plantas(importância) ...................................................................... 5
Deficiência ................................................................................................................................ 6
Deficiência de nitrogênio ........................................................................................................ 6
Deficiência de potássio (K) ..................................................................................................... 8
Deficiência de cálcio (Ca) ........................................................................................................ 8
Deficiência de magnésio (Mg)................................................................................................. 9
Capacidade de troca catiónica ............................................................................................. 10
Os tipos de CTC do solo........................................................................................................ 11
CTC Permanente ................................................................................................................... 11
CTC Variável ......................................................................................................................... 11
CTC efetiva ............................................................................................................................ 12
Fatores que afetam a Capacidade de Troca Catiônica ...................................................... 12
Conclusão ............................................................................................................................... 14
Referencia bibliográfica........................................................................................................ 15

COMPILADO POR KERRY RIBEIRO 1


AGRICULTURA GERAL

Introdução
O crescimento e o desenvolvimento das plantas dependem, além de outros fatores, como
luz, água e dióxido de carbono, de um fluxo contínuo de sais minerais a partir da solução
do solo, que é de onde a raiz retira ou absorve estes sais minerais ou nutrientes. Os
minerais, embora requeridos em pequenas quantidades, são fundamentais para o
desempenho das principais funções metabólicas da célula. O efeito benéfico da adição
de elementos minerais no crescimento das plantas, foi idealizado pela primeira vez pelo
químico alemão Justus von Liebig, que ficou conhecida como “Lei dos Mínimos” e
que compõe as bases da Nutrição Mineral. Este cientista descobriu, que o crescimento
das plantas é limitado pelo nutriente na planta, que estiver presente em menor quantidade
relativa e que este elemento, limita a sua produtividade. A deficiência de K provoca o
encurtamento dos entrenós e as plantas com uma perda geral da cor verde-escura da folha.
O K move-se facilmente de folhas velhas para folhas jovens, portanto os sintomas de
deficiência aparecem primeiro em folhas velhas. As folhas mais jovens crescendo
ativamente extraem o K das partes velhas da planta, consequentemente as folhas novas
permanecem geralmente verdes e aparentemente saudáveis. Os sintomas começam como
uma clorose amarela pálida na ponta das folhas velhas que cobrem o tecido marginal. A
clorose é seguida de necrose castanho pálido e tanto a clorose como a necrose avançam
para a margem em direção à base. A clorose marginal e a necrose das folhas mais velhas
são os sintomas específicos da deficiência de K. Em condições de deficiência grave,
proeminentes faixas vermelhas se desenvolvem no tronco inferior e nas bainhas foliare

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OBJECTIVOS
Geral
 Falar da importância e suas deficiências para uma planta.
 Capacidade de troca catiónica.

Específicos
 Decrever de uma forma geral o C.T.C.
 Daremos um contorno geral nos seguintes nutrientes N,P,K,Ca, Ma.

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Fertilidade do solo
Pode definir-se Fertilidade do Solo, como a capacidade deste em fornecer às plantas os
nutrientes assimiláveis essenciais e a água, na quantidade e proporções adequadas ao seu
crescimento e desenvolvimento, na ausência de substâncias tóxicas, que os possam inibir
(FAO). 60% da produtividade agrícola depende da fertilidade do solo.

O estudo da Nutrição das Plantas estabelece, quais são os elementos essenciais para o
ciclo de vida das plantas, como são absorvidos, translocados e acumulados, as suas
funções, exigências e os distúrbios que causam, quando em quantidades deficientes ou
excessivas. A planta não escolhe o que absorve e por essa razão, podemos encontrar na
sua composição nutrientes (N, K, P, Ca, Mg, etc.), não nutrientes e até mesmo, alguns
elementos químicos tóxicos. Assim, o termo fertilidade está associado ao solo e a
nutrição, por sua vez, diz respeito à planta. As duas coisas estão intimamente ligadas e
uma boa fertilidade do solo conduzirá a uma boa nutrição das plantas, pois o primeiro e
principal sinal de como está a fertilidade do solo, é através da planta. A cultura, dará
sempre sinais de como está o solo. É como se fosse uma pessoa, ou seja, se ela se alimenta
corretamente estará com aspeto saudável, caso contrário, manifestações visíveis, mostram
que ela não se encontra bem. Portanto, a fertilidade do solo é a base para uma boa nutrição
das plantas. É impossível ter uma cultura bem nutrida com um solo pouco fértil, mas é
possível ter um solo fértil e uma planta com deficiências de nutrientes, ficando este facto,
a dever-se a diversos fatores:

i) quando existe algum elemento tóxico no solo;


ii) solo compactado (compactação característica do próprio solo, ou provocada);
iii) doenças e pragas do solo, que afetam o crescimento das raízes;
iv) presença de nematoides no solo;
v) deficiência hídrica, o que conduz a uma redução da absorção dos nutrientes;
vi) deficiente crescimento inicial da planta, originando raízes mal formadas. A
interação do solo com as plantas envolve fenómenos físicos, químicos e
biológicos, todos interligados e direta ou indiretamente dependentes entre si.

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Nutrientes essenciais às plantas(importância)


Os nutrientes são importantes, porque desempenham funções imprescindíveis no
metabolismo das plantas, seja como substrato (composto orgânico) ou em sistemas
enzimáticos. De uma forma geral, tais funções podem ser classificadas como:

i) estruturais (fazem parte da estrutura de um qualquer composto orgânico vital para


a planta);
ii) constituintes de enzimas (fazem parte de uma estrutura específica, grupo
prostético/ativo de enzimas);
iii) ativadores enzimáticos (não fazem parte da estrutura). É de salientar, que os
nutrientes não só ativam, como também inibem sistemas enzimáticos, afetando a
velocidade de muitas reações no metabolismo da planta.

O crescimento e o desenvolvimento das plantas dependem, além de outros fatores, como


luz, água e dióxido de carbono, de um fluxo contínuo de sais minerais a partir da solução
do solo, que é de onde a raiz retira ou absorve estes sais minerais ou nutrientes. Os
minerais, embora requeridos em pequenas quantidades, são fundamentais para o
desempenho das principais funções metabólicas da célula. O efeito benéfico da adição
de elementos minerais no crescimento das plantas, foi idealizado pela primeira vez pelo
químico alemão Justus von Liebig, que ficou conhecida como “Lei dos Mínimos” e
que compõe as bases da Nutrição Mineral. Este cientista descobriu, que o crescimento
das plantas é limitado pelo nutriente na planta, que estiver presente em menor quantidade
relativa e que este elemento, limita a sua produtividade.

Azoto ou nitrogénio (N) – É essencial para a formação das proteínas, as quais são
indispensáveis à vida das plantas e animais e faz parte de compostos do metabolismo,
como a clorofila e os alcalóides. É também, parte de muitas enzimas e vitaminas e, atua
em todas as fases (crescimento, floração e frutificação). O azoto é absorvido nas suas
formas iónicas, NO3 - e NH4 + (nítrica e amoniacal, respetivamente).

Fósforo (P) – Atua a nível da respiração e da produção de energia, atuando também, na


divisão celular, aumentando-a. Faz parte de substâncias de reserva, como o amido e os
albuminoides. Facilita a floração, aumenta a frutificação e antecipa a maturação,
intensificando a resistência das plantas, às doenças. Contribui para o crescimento do
sistema radicular e é um fator de quantidade e de qualidade nas culturas. O fósforo

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encontra-se no solo sob a forma de fosfatos e, é absorvido, através do ião ortofosfato


primário (H2 PO4 - ) e do ião ortofosfato secundário (HPO4 2- ).

Potássio (K) - Com este nutriente, as plantas elaboram os açúcares e o amido. É


indispensável para a formação e o amadurecimento dos frutos, aumenta a rigidez dos
tecidos e a resistência das plantas às pragas e doenças, favorecendo o crescimento do
sistema radicular. A forma iónica absorvida pelas plantas é K + .

Cálcio (Ca) - Contribui para o fortalecimento de todos os órgãos das plantas,


principalmente raízes e folhas, é um componente da parede celular vegetal, sendo
necessário para a manutenção da estrutura e ativação da amílase. Também é importante
na manutenção do equilíbrio entre alcalinidade e acidez do meio e da seiva das plantas.
A forma iónica absorvida pelas plantas é Ca 2+ .

Magnésio (Mg) - É parte integrante da molécula da clorofila e, por isso, está diretamente
ligado ao metabolismo energético das plantas. A forma iónica absorvida pelas plantas é
Mg 2+ . A absorção do ião Mg2+ pode ser afetada negativamente, pela presença de
outros catiões, tais como: K+ , NH4+ e Ca ++ .

Deficiência
Deficiência de nitrogênio
As plantas deficientes em nitrogênio são atrofiadas com hastes estreitas e finas e folhas
verde-amarelas. O nitrogênio é móvel em plantas e sob condições de suprimento menor
é facilmente mobilizado de folhas mais velhas para folhas mais jovens. Os sintomas de
deficiência aparecem primeiro e tornam-se mais severos em folhas mais velhas. Se a
deficiência ocorre durante a fase inicial de desenvolvimento da cultura, toda a planta
aparece uniformemente verde pálido para amarelo. Em fases posteriores da colheita,
folhas mais velhas ficam amarelo pálido enquanto folhas jovens permanecem verdes. Se
a deficiência persistir ou ocorrer em um estádio de cultura mais maduro, uma clorose
amarela pálida se desenvolve na ponta das folhas velhas e avança em direção à base da
folha ao longo da nervura central em um padrão em forma de V (o sintoma específico da
deficiência de nitrogênio em milho). Em plantas maduras, folhas verdes pálidas, folhas
amarelas pálidas a castanhas claras e folhas secas velhas podem aparecer
simultaneamente.

A deficiência ocorre em diferentes estágios de desenvolvimento da planta:

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Estágio I: ocorre uma deficiência leve, toda a planta aparece uniformemente de cor
verde claro;

Estágio II: Se a deficiência se torna grave, uma clorose amarela pálida começa na ponta
das folhas velhas e prossegue para a base ao longo da nervura central em um padrão em
forma de V;

Estágio III: A necrose castanha inicia-se a partir da ponta da folha e prossegue em


direção à base foliar;

Estágio IV: As folhas mais velhas afetadas tornam-se castanhas pálidas e morrem.

Deficiência de fósforo (P)

As plantas com deficiência de P parecem atrofiadas, finas e esgrouvinhadas, com folhas


verdes escuras. O número e o tamanho dos estômatos nas folhas são diminuídos. O
crescimento da raiz é drasticamente reduzido. O P é móvel nas plantas e, em condições
de remobilização, é facilmente mobilizado de folhas mais velhas para folhas mais jovens.
Os sintomas de deficiência aparecem primeiro e tornam- -se mais severos em folhas mais
velhas, enquanto as folhas jovens normalmente permanecem normais. As folhas velhas
desenvolvem um verde escuro característico à coloração verde azulada.

Sob condições severas de deficiência, as cores púrpuras ou púrpura-vermelhas se


desenvolvem em folhas verdes mais velhas. Púrpura geralmente começa a partir das
margens de folhas mais velhas. Em condições de deficiência aguda ou em condições da
estação de inverno, o purpamento pode cobrir toda a planta. Na fase mais avançada, as
folhas afetadas queimam e morrem.

A deficiência ocorre em diferentes estágios de desenvolvimento da planta:

Estágio I: Em condições de deficiência leve, uma cor verde-escura a azulada se


desenvolve em folhas mais velhas.

Estágio II: Se a deficiência persistir e se tornar mais grave, desenvolve-se uma cor
púrpura ou roxo-púrpura nas margens das folhas velhas, geralmente começando na ponta
da folha e prosseguindo em direção à base.

Estágio III: À medida que os sintomas avançam, toda a folha torna-se vermelha ou
marrom-púrpura.

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Estágio IV: Em condições de deficiência aguda, desenvolve-se uma necrose castanha na


ponta das folhas e procede ao longo das margens em direção à base.

Deficiência de potássio (K)


A deficiência de K provoca o encurtamento dos entrenós e as plantas com uma perda
geral da cor verde-escura da folha. O K move-se facilmente de folhas velhas para folhas
jovens, portanto os sintomas de deficiência aparecem primeiro em folhas velhas. As
folhas mais jovens crescendo ativamente extraem o K das partes velhas da planta,
consequentemente as folhas novas permanecem geralmente verdes e aparentemente
saudáveis. Os sintomas começam como uma clorose amarela pálida na ponta das folhas
velhas que cobrem o tecido marginal. A clorose é seguida de necrose castanho pálido e
tanto a clorose como a necrose avançam para a margem em direção à base. A clorose
marginal e a necrose das folhas mais velhas são os sintomas específicos da deficiência
de K. Em condições de deficiência grave, proeminentes faixas vermelhas se desenvolvem
no tronco inferior e nas bainhas foliare

A deficiência ocorre em diferentes estágios de desenvolvimento da planta:

Estágio I: Deficiência leve de K provoca crescimento atrofiado, hastes finas e folhas


verde pálida.

Estágio II: Quando a deficiência persiste e se torna mais grave, a clorose marginal
desenvolve-se em folhas mais velhas a partir das pontas das folhas.

Fase III: A clorose é seguida por necrose castanho pálido. Tanto a clorose como a
necrose, avançam pelas margens em direção à base.

Estágio IV: Em condições de deficiência aguda, as folhas inferiores afetadas queimam


e morrem.

Deficiência de cálcio (Ca)


A deficiência de Ca no milho pode destruir toda a planta de milho, as quais quando
deficientes em Ca são muito atrofiadas com folha distorcida, rasgada e irregular. As
plantas deficientes em Ca desenvolvem bordas distorcidas, mas se a deficiência for
severa, as plantas de milho não crescem e morrem antes da maturidade. O Ca é
imobilizado em plantas e, em condições de suprimento curto, não é facilmente
mobilizado de folhas mais velhas para folhas mais jovens.

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Os sintomas de deficiência aparecem primeiro e mais severamente nas folhas mais


jovens. Os sintomas de deficiência de Ca começam com lesões internervais amarelas a
brancas em folhas jovens. Se a deficiência persistir e se tornar mais severa, as novas
folhas emergentes deixam de se desenrolar e fazer uma estrutura de tipo “bull-whip-
like”. À medida que os sintomas avançam, as novas folhas desenvolvem buracos na
lâmina. As folhas rasgadas e malformadas dão à planta uma aparência áspera. Em
condições de deficiência aguda, as pontas das folhas mais jovens são coladas e não se
separam do verticilo. Isto dá à planta uma aparência “semelhante a uma escada”.

A deficiência ocorre em diferentes estágios de desenvolvimento da planta:

Estágio I: No estágio inicial de deficiência, as folhas jovens ficam verde pálido e, em


seguida, desenvolvem lesões amarelas a brancas nos tecidos internervais. As lesões
amarelas a brancas tornam-se alargadas e a lâmina se rasga facilmente destas áreas.

Estágio II: Se a deficiência persistir e se tornar mais grave, as folhas mais jovens
permanecerão enroladas e farão uma estrutura tipo “toureiro”

Estágio III: À medida que os sintomas avançam, as novas folhas desenvolvem orifícios
na lâmina. As folhas rasgadas e malformadas dão à planta uma aparência áspera.

Estágio IV: Em condições de deficiência aguda, as pontas das folhas são coladas,
causando uma aparência semelhante a uma escada.

Deficiência de magnésio (Mg)


As plantas de milho deficientes em Mg são atrofiadas com hastes finas e espinhosas e
folhas verde pálida com folhas inferiores castanhas de ferrugem. A deficiência de Mg
pode causar perdas severas nos rendimentos das culturas, uma vez que as plantas
deficientes têm tamanho reduzido de grão. O Mg é móvel em plantas e, em condições de
suprimento baixo, é facilmente mobilizado de folhas mais velhas para folhas mais jovens.
Os sintomas de deficiência aparecem primeiro e mais severamente em folhas mais velhas.

Os sintomas de deficiência começam com uma clorose internerval amarela pálida na


parte média das folhas mais velhas. À medida que os sintomas avançam, a clorose
internerval prossegue para a ponta e base da folha, cobrindo em última instância a folha
inteira. As folhas mais jovens geralmente permanecem inalteradas e aparentemente
saudáveis. Se a deficiência persistir e se tornar mais grave, os sintomas avançam para as

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folhas superiores e faixas marrom-ferrugem aparecem nas folhas mais velhas afetadas.
Em estádios avançados, o tecido internerval morre e aparece como faixas necróticas
esbranquiçadas a castanhas nas áreas internervais da folha. As folhas mais velhas
afetadas eventualmente requeimam e morrem.

A deficiência ocorre em diferentes estágios de desenvolvimento da planta:

Estágio I: No estágio inicial de deficiência, as folhas ficam verde pálido e as folhas mais
velhas desenvolvem clorose internerval amarela pálida.

Estágio II: Se a deficiência persistir e se tornar mais grave, faixas marrom-ferrugem se


desenvolvem nas folhas mais velhas.

Estágio III: À medida que os sintomas avançam, o tecido internerval morre e aparece
como faixas necróticas esbranquiçadas a castanhas nas folhas afetadas.

Estágio IV: Em condições de deficiência aguda, as folhas velhas necrosam e caem.

Capacidade de troca catiónica


A Capacidade de Troca Catiônica (CTC) é uma medida da capacidade de troca de cátions
que um solo possui.

O solo mantem esses cátions por causa das partículas presente no solo, especialmente a
argila ou matéria orgânica, possuem em sua superfície diversas cargas negativas.

Como os opostos se atraem, as cargas positivas (como cátions) se ligam à essas partículas.

Exemplos de cátions são: Ca²+, Mg²+ e K+. Repare que aqui temos justamente alguns
nutrientes para plantas.

Portanto, a CTC refere-se à quantidade de cargas negativas que o solo possui.

Os nutrientes ligados (adsorvidos) pelas partículas de solo podem ficar disponíveis para
as plantas e também não são facilmente carregados pelas águas das chuvas.

Além disso, esses cátions que são mantidos na argila ou partículas orgânicas podem ser
substituídos por outros cátions e, portanto, são chamados de trocáveis.

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Por exemplo, o potássio pode ser substituído por cátions como cálcio ou hidrogênio.

Repare que na etapa 3 os cátions podem ser liberados na solução do solo, onde as plantas
podem absorver mais facilmente os nutrientes.

Outra possibilidade é que a raiz troque um H+ por algum cátion, sendo uma troca ativa,
ou seja, a planta gastou energia para absorver esse nutriente.

No entanto isso não ocorre sempre, o mais comum é a liberação para solução do solo e
ali ocorrerá a absorção de nutrientes pela planta.

Essas trocas não ocorrem somente pela absorção nutrientes, sendo muito fatores
envolvidos para que elas ocorram.

Desse modo, manejando o solo e CTC você pode melhorar sua fertilidade.

Os tipos de CTC do solo


CTC Permanente
Esta CTC é chamada permanente, porque não varia com o pH, é resultado da substituição
de elementos na estrutura das partículas de solo (substituição isomórfica). Essa CTC
ocorre nos solos menos desenvolvidos, predominante nas regiões temperadas, o que não
é o nosso caso.

CTC Variável
Este tipo de CTC é chamado de CTC variável, porque o número e cargas elétricas pode
aumentar ou diminuir em função do pH do solo. Esse é o principal tipo de CTC que temos
em nossos solos tropicais.

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CTC a pH 7 É a quantidade de cátions ligados ao solo (adsorvidos) quando o pH é igual


a 7.

CTC efetiva
A CTC efetiva é obtida da soma dos cátions que efetivamente podem ser trocados. Os
cátions que são somados são: Ca2+, Mg2+, K+ e Al3+. Não inclui, portanto, o H+ que
compartilha elétrons com as cargas do solo.

Fatores que afetam a Capacidade de Troca Catiônica


Muitas condições do solo têm influência sobre a CTC, dentre as quais:

pH do solo;

Natureza dos cátions trocáveis;

Concentração dos cátions na solução do solo;

Natureza da fase sólida do solo.

O efeito do pH se verifica, principalmente, sobre as cargas dependentes de pH

A natureza dos cátions afeta a preferência de troca no solo dependendo da sua densidade
de carga (relação entre a carga do íon e seu raio).

Os cátions com maior densidade de carga são mais retidos no solo. Por isso, os cátions
polivalentes são geralmente mais fortemente retidos no solo.

Assim, temos uma seqüência de preferencialidade de troca de cátions considerando


apenas os nutrientes de plantas: K+ < Mg²+ < Ca²+.

A concentração dos cátions na solução do solo também afeta a preferencialidade de troca.

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Assim, à medida que se dilui a solução, com menos cátions por volume de água no solo,
há aumento na preferencialidade de troca pelos cátions de menor densidade de carga,
como o Na+.

A natureza do solo também influi, sendo que já vimos que solos tropicais como os nossos
possuem basicamente CTC variável.

Por consequência, a matéria orgânica apresenta a maior participação no valor da CTC.

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Conclusão
Chegamos a conclusão que O estudo da Nutrição das Plantas estabelece, quais são os
elementos essenciais para o ciclo de vida das plantas, como são absorvidos, transcolados
e acumulados, as suas funções, exigências e os distúrbios que causam, quando em
quantidades deficientes ou excessivas. A planta não escolhe o que absorve e por essa
razão, podemos encontrar na sua composição nutrientes (N, K, P, Ca, Mg, etc.), não
nutrientes e até mesmo, alguns elementos químicos tóxicos. Assim, o termo fertilidade
está associado ao solo e a nutrição, por sua vez, diz respeito à planta. As duas coisas estão
intimamente ligadas e uma boa fertilidade do solo conduzirá a uma boa nutrição das
plantas, pois o primeiro e principal sinal de como está a fertilidade do solo, é através da
planta. Os nutrientes são importantes, porque desempenham funções imprescindíveis no
metabolismo das plantas, seja como substrato (composto orgânico) ou em sistemas
enzimáticos, O crescimento e o desenvolvimento das plantas dependem, além de outros
fatores, como luz, água e dióxido de carbono, de um fluxo contínuo de sais minerais a
partir da solução do solo, que é de onde a raiz retira ou absorve estes sais minerais ou
nutrientes Os solos apresentam uma incrível rede de complexos físicos de superfícies
sólidas, poros, e interfaces que fornecem o ambiente para inúmeros processos químicos,
biológicos e físicos. Estes, por sua vez influenciam no crescimento das plantas,
hidrologia, manejo do ambiente, e usos do solo pela engenharia. A natureza e
propriedades das partículas individuais, sua distribuição de tamanhos, e seu arranjo nos
solos determinam o volume total do espaço poroso, bem como o tamanho de poros,
impactando desse modo nas relações de água e ar. As propriedades individuais das
partículas e sua distribuição proporcional (textura do solo) estão sujeitas a pouco controle
por parte do homem no campo. Porém, é possível exercer algum controle sobre o arranjo
destas partículas em agregados (estrutura do solo) e na estabilidade destes agregados. O
cultivo e o tráfego devem ser cuidadosamente controlados para evitar danos indevidos ao
manejo do solo, especialmente quando o solo está muito úmido.

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Referencia bibliográfica
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PAVINATO, P.S. Dinâmica do fósforo no solo em função do manejo e da presença de


resíduos em superfície. Botucatu, Universidade Estadual Paulista, 2007. 145p. (Tese de
Nunes, J.L.S. 2015. A verdade sobre a nutrição das plantas. Secretaria de Estado de Meio
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Fertilizantes.https://www.adp fertilizantes.pt/pt/agricultura/produtos/categorias/foliare
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