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Princípio Da Administração Pública
Princípio Da Administração Pública
Guaxupé – MG
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL GUAXUPÉ
Guaxupé- MG
2021
LETÍCIA DE FREITAS RODRIGUES
BANCA EXAMINADORA
_____________________________
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AGRADECIMENTOS
O encerramento de mais essa etapa da minha vida acadêmica, conquistada com tanto
esforço, dedicação e maestria se deve primeiramente à Deus e a Nossa Senhora Aparecida e
em grande medida ao apoio que encontrei em tantas pessoas que são e outras que se tornaram
essenciais em minha vida e em toda experiência que obtive graças ao curso de Direito.
Aos meus pais, Ricardo Donizete Rodrigues e Maria Irene de Freitas Rodrigues, por
me ensinarem o real significado da perseverança, dignidade e honradez e que muitas vezes
renunciaram aos seus sonhos para que eu pudesse conquistar os meus.
Ao meu namorado, Christian Ribeiro de Almeida, por toda compreensão, paciência,
apoio, afeto e torcida ao longo desses cincos anos de caminhada.
A Kátia Fidanza Rodrigues Mancini, uma grande e eterna amiga que se tornou uma
segunda mãe e cuidou de mim como filha nos anos em que estive como estagiária no Juizado
Especial da Comarca de Guaranésia, me ensinando acima de tudo que sinceridade, lealdade,
transparência e amor são armas poderosíssimas para o sucesso em qualquer área de nossas
vidas.
Aos meus amigos conquistados durante o curso de Direito, em especial à minha
primeira amiga Isabela Marina de Souza Coelho, ao meu amigo Vitório dos Santos por
acreditar na minha capacidade intelectual; à minha amiga Thuany Barbosa por todo apoio,
conversas e ajuda durante esses cinco anos de caminhada.
Ao Pró-reitor administrativo Dr. André Melo pelo incentivo e apoio não só no curso
de Direito, mas em todas as conquistas relacionadas à área jurídica e acadêmica.
A minha querida amiga Prof. Me. Ana Cristina Mascarenhas, que se tornou um
espelho de profissional, mãe e mulher ao longo dos nossos 10 anos de convivência.
Aos meus queridos Mestres que me mostraram o caminho a seguir e como seguir
durante todos esses anos, mesmo diante a um cenário não habitual no qual fomos pegos de
surpresa e pela dedicação devotada ao curso em que me orgulho de estar concluído.
Ao meu orientador Prof. Me. Humberto Luis Versola, que nunca economizou
paciência para com esta graduanda.
Ao Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, seus professores, seus
abnegados e atenciosos funcionários que contribuíram para minha formação.
Ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, por toda experiência que me foi
concedida durante os dois anos de estágio no Juizado Especial da Comarca de Guaranésia.
À família forense da Comarca de Guaranésia pelo companheirismo, amizade e por
me ensinar que uma equipe pequena, porém capacitada, é capaz de realizar grandes trabalhos.
“Pergunte a si mesmo o que é realmente importante.
Então, tenha coragem e sabedoria para construir a
sua vida dentro de sua resposta.”
Lee Jampolsky
“O que segue a justiça e a benevolência achará
a vida, a justiça e a honra.”
Provérbios, 21:21
RESUMO
The Advertising Principle is another of the principles that govern the Democratic Rule of
Law. Such a principle strengthens the principles of morality and legality. The effects of the
principle of publicity make the entire administrative act public, externalize the will of the
public administration, make the content of the act enforceable by society and allow for the
control of legality in the acts performed. Currently, the Advertising Principle has gained a
strong ally called the Internet. With regard to access to information, the internet plays an
essential role in the relationship between the Public Administration and the population. This
means, explored in a coherent way, raises the principle of efficiency in public policies. The
Publicity Principle guarantees citizens that they actively participate in the acts performed by
the public agent so that they have access to duly motivated information regarding the state's
actions. It is through the participation of the community in the acts of public administration
that the Publicity Principle becomes effective, as it guarantees transparency to the
administrative activity and allows access to the reasons for which such acts were practiced,
their purpose, proportion and scope. Brazil, since the 20th century, has become a Democratic
country, which means that it entails a government based on laws and not just in the interest of
the occupant of the civil service. When talking about democracy, one must also say about the
imposition of the possibility of citizens' participation in issues of equality of conditions
through the vote that demonstrates the will of the people. That said, the Democratic State of
Law, exercises the fulfillment of the duty to achieve the public interest through the use of
instrumentally necessary powers conferred by the legal order acting in light of the principles
of the Federal Constitution, which, in an impersonal, effective, legal, moral way and public
makes the citizen feel like part of a whole and Democracy, in turn, acts to guarantee their
rights as a citizen also of duties and obligations and that these are also fulfilled.
Administrative Advertising in relation to information intended for the public is an
indispensable attribute for the realization of the Democratic State of Law regime, which
allows any citizen free access to monitor administrative activities and give an opinion on the
acts performed by the public agent. The publication of Law No. 12,527 of November 18,
2011, represented a milestone in the achievement since, in its absence, society was at the
mercy of transparent administration. With its enactment, Brazil became the 89th country to
have a special legislation that regulates the subject. The adoption of a specific law on access
to information was the subject of great international discussions, including being
recommended by the UN. Such legislation brought the definition of mechanisms, deadlines
and procedures adopted so that information is requested from the public administration by
citizens and with the support of the internet, we will have a better informed, more active,
participative and clear society, with its rights protected, through a more efficient, transparent
and effective public administration, which consequently promotes a population that is more
aware of its rights and capable of actively participating in the consolidation of the Democratic
Rule of Law.
INTRODUÇÃO 10
1 - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 12
1.1- Do Poder Administrativo. 13
1.1.1 - Do Poder Administrativo Vinculado. 13
1.1.2 - Do Poder Administrativo Discricionário. 13
1.2 - Da Administração Pública Objetiva e Subjetiva. 14
1.3 - Da Administração Pública Direta. 15
1.3.1 - Da Administração Pública Indireta. 15
1.4 - Do Regime Jurídico da Administração Pública. 16
1.5 - Dos Princípios. 17
1.5.1 – Dos Princípios Implícitos - Princípio da Supremacia do Interesse Público e a
Indisponibilidade do Interesse Público 18
1.5.2 - Do Princípio da Supremacia do Interesse Público. 19
1.5.3 - Do Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público. 20
1.5.4 - Dos Princípios Explícitos ou Expressos. 21
1.5.5 - Do Princípio da Legalidade. 23
1.5.6 – Do Princípio da Impessoalidade. 24
1.5.7 - Do Princípio da Moralidade. 24
1.5.8 - Do Princípio da Eficiência. 26
1.5.9 - Do Princípio da Publicidade. 27
1.5.9.1 - Da Motivação para a publicação do ato. 30
1.5.9.2- Da Informação à coletividade. 31
1.5.9.3 - Da participação do cidadão nos atos administrativos. 31
2- DA GESTÃO PÚBLICA E DO DIREITO FUNDAMENTAL À INFORMAÇÃO. 33
2.1 - Da Democracia e do Direito Fundamental à informação. 33
2.2 - Da Transparência e Publicidade Administrativa. 35
2.2 - Do Acesso à Informação. 36
2.2.1 - Do Remédio Constitucional e da Garantia ao Acesso à Informação. 37
2.3 - Da Lei de Acesso à Informação. 38
2.3.1 - Das Modalidades de Transparência à Informação. 39
2.4 - Dos Instrumentos de Acessos às Informações. 41
3- DA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS E GARANTÍAS ATRAVÉS DO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DA PUBLICIDADE NO ÂMBITO DA LEI Nº 12.527/11. 43
3.1 - DA Legislação. 44
3.2 - Da Legislação em Prol da Coletividade. 46
3.3 - Do Acesso às Informações Públicas, 48
3.4 - Do Caráter Informativo e Impessoal das Informações. 49
3.5 - Da Classificação da Publicidade e dos Atos Administrativos. 51
3.5.1 - Da Publicidade Proativa e Reativa. 51
3.6 - Da Moderação à Publicidade, dos Atos e Sigilo. 51
3.7 – Lei Geral de Proteção de Dados ( LGPD) 53
CONSIDERAÇÕES FINAIS 56
REFERÊNCIAS: 58
10
INTRODUÇÃO
opinar nos atos realizados pelo agente público. O que ocorre, como já dito, é que nem todo
cidadão tem conhecimento de que tem autorização e direito para acessar informações
públicas.
Uma vez bem informado, o cidadão tem consequentemente, melhores condições de
conhecer e acessar outros direitos essenciais, como educação, saúde e benefícios sociais, pois,
garantir o acesso à informação através do Princípio da Publicidade, aumenta o fluxo de
informações e favorece a tomada de decisões além é claro, da inclusão do cidadão nos atos
praticados pela administração pública.
No primeiro capítulo, evidencia-se a visão geral do que é a Administração Pública,
suas particularidades, formas de administrar, suas funções diretas e indiretas e seus poderes
perante a sociedade.
No segundo capítulo, os princípios que norteiam a Administração Pública demonstram
seus papéis que são essenciais e estão expressos em nossa Constituição Federal, como o
princípio tema do presente trabalho, o Princípio da Publicidade dos atos administrativos, que
nos transmite diretamente ao Direito à Informação, também amparado pela constituição como
uma garantia fundamental do ser humano de se manter informado e participar ativamente de
forma política da administração pública e exercer seu papel de cidadão.
Por vez, o terceiro e último capítulo, nos traz os meios disponíveis e utilizáveis para
que tal direito seja cada vez mais positivado, além de evidenciar a importância das legislações
que regulamentam o Direito à Informação, que instituem que tal direito se torne cada vez mais
presente e eficaz para o real Estado Democrático de Direito.
Para a elaboração de todo conteúdo aqui presente, utilizou-se primordialmente a
pesquisa qualitativa, onde foram observados e analisados os conteúdos das teorias publicadas
em volta do tema. A pesquisa desenvolvida assume também caráter de procedimento
bibliográfico, baseada em livros, artigos e publicações de profissionais do Direito, legislação,
revistas científicas e jurisprudências.
12
1 - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
1
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 28 Ed. revista e atualizada até e
Emenda Constitucional 67 de 22.12.2010. São Paulo: Malheiros, 2011.
2
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo.- 4ª Ed. Rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2009.
13
Como o próprio nome já diz, poder vinculado é aquele que está diretamente subjugado
à legislação, estabelecendo critérios objetivos para a atuação do agente público, não
possibilitando-o agir fora dos parâmetros estabelecidos ou de própria escolha do agente, o
que faz menção diretamente ao princípio da legalidade, onde o agente público deve agir
somente dentro do que a lei lhe estabelecer.
3
ALLAND, Denis e RIALS, Stéphane. Dicionário de Cultura Jurídica – São Paulo: WMF Martins Fontes,
2012.
14
4
CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 9ª ed. São Paulo: JusPodium, 2019.
5
MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 19. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.
15
representa o conjunto de órgãos e entes estatais que produzem serviços, bens e utilidades para
a população, coadjuvando as instituições de cúpula no exercício das funções de governo."
Esse aspecto, denominado como subjetivo por Pestana (2012, p. 24)6, corresponde às "pessoas
jurídicas, órgãos e agentes públicos que tem o objetivo de exercer a função administrativa."
Art.37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
6
Marcio Pestana. – PESTANA, Marcio. Direito Administrativo Brasileiro. Rio de Janeiro: Campus, 2012.
7
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 02 de Agosto de
2021.
16
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
8
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19ª edição. Editora Atlas. São Paulo, 2006.
9
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 20 ed. ver. amp. Atua. Rio de
Janeiro: Editora Lumen Juris. 2008.
10
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19ª edição. Editora Atlas. São Paulo, 2006.
17
11
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 20 ed. ver. amp. Atual. Rio de
Janeiro: Editora Lumen Juris. 2008.
12
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 26 ed. Ver. – São Paulo: Saraiva, 2002.
13
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional- 9. Ed. rev. e atual. de acordo com a Emenda
Constitucional n.83/2004 e os últimos julgados do Supremo Tribunal Federal – São Paulo: Saraiva, 2015.
18
14
As regras e princípios expostos acima são expressos sob a forma de princípios sendo
eles o princípio da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse
público.
O princípio da supremacia do interesse público constitui a existência das prerrogativas
ou dos poderes especiais da administração pública, dos quais decorre a denominada
verticalidade nas relações administrativas-particular. Destarte, havendo conflito entre
interesse público e os interesses particulares, os interesses públicos devem prevalecer.
O outro princípio, o da indisponibilidade do interesse público, faz consonância ao
primeiro. Ao mesmo tempo em que tem poderes especiais e elevados, a administração sofre
restrições em sua atuação que não existem para os particulares. Essas limitações decorrem do
fato de que a administração pública não é titular do interesse público, mas sim da
coletividade.
Diante ao exposto, pode-se citar como exemplo da decorrência do princípio da
indisponibilidade do interesse público, a necessidade em realizar concursos públicos para
admissão de empregados e servidores públicos em caráter efetivo.
Ao tratar da administração pública, a nossa Constituição Federal não traz de maneira
explícita os princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse
público. Contudo, o artigo 3715 , enumera alguns dos mais importantes princípios
administrativos, sendo princípio da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)
14
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20 ed.rev. e atual.
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo, METODO, 2012.
15
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 08 de Junho de
2020.
19
administração pública, pois, todo ato praticado só terá validade ao respeitar os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
16
Direito próprio de ofício, cargo ou profissão.
17
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20 ed.rev. e atual.
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo, METODO, 2012.
20
18
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20 ed.rev. e atual.
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo, METODO, 2012.
19
LIMA, André Canuto de F.. A teoria dos princípios de Robert Alexy. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-
4862, Teresina, ano 19, n. 4078, 31 ago. 2014. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/31472. Acesso em: 17
jun. 2020.
20
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo – 4. Ed. rev.atual.- São Paulo: Saraiva, 2009.
21
ALEXY, Robert. Trad. Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008
22
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
22
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 18 de Junho de
2020.
23
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20 ed.rev. e atual.
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo, METODO, 2012.
24
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 25 de Agosto de
2021.
24
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
Ao observar que o ato do agente público está contrário á moral conforme exposto no
artigo mencionado acima, o mesmo não deve ser revogado, mas sim declarado nulo, pois faz
jus ao princípio da moralidade.
25
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 08 de Novembro
de 2021.
26
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 18 de Junho de
2020.
25
Deste modo, os atos do administrador público devem estar em conformidade com a lei
como também com a moral administrativa é vinculada diretamente ao interesse da
coletividade de modo leal, impedindo assim atitudes corruptas por parte dos administradores.
Pode-se definir moralidade como o conjunto de valores éticos que estabelecem um
padrão de condutas que devem ser necessariamente observados pelo agente público como
condição para uma gestão amparada na honestidade, lealdade e eficiência ao desempenho da
atividade, conforme exposto no artigo 2º da Lei nº 9.784/99 28:
Ao garantir que os atos do gestor público estão dentro dos parâmetros do princípio da
moralidade, a titularidade do Estado está mostrando à coletividade que a função
administrativa, seja ela municipal, estadual ou federal, está segura e amparada pela boa-fé,
lealdade e obediência para que se cumpra com as funções necessárias e essenciais para a
população.
Podemos citar como exemplo, a nomeação de parentes próximos em cargos
comissionados, onde o agente fazendo uso de seu poder comete ato ilegal e imoral que vai
contra o princípio que norteia a boa-fé, o bom sendo e a ética administrativa.
27
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 19 de Junho de
2020.
28
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm>. Acesso em: 19 de Junho de 2020.
26
29
MANDADO DE SEGURANÇA 23.780-5 MARANHÃO. Disponível em:
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=86021 Acesso 20 de Agosto de 2021.
30
BRASIL, Supremo Tribunal Federal, Súmula vinculante nº 13 . Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menusumario.asp?sumula=1227 Acesso em 20 de Agosto de 2021.
31
BRASIL, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 14.nov.2005. Resolução n.7 de 18 de Outubro de 2005.
Disponível em: https://juslaboris.tst.jus.br/handle/20.500.12178/13460 Acesso em 20 de Agosto de 2021.
27
No que leciona Carvalho Filho32, “a eficiência não deve ser confundida com a eficácia
nem com a efetividade. A eficiência transmite sentido relacionado ao modo pelo qual se
processa o desempenho da atividade administrativa: a ideia diz respeito, portanto, à conduta
dos agentes.” 33Deste modo, conclui-se que o agente público deve ser eficiente e garantir bons
resultados ao exercer sua atividade de modo que seus atos reflitam de modo imparcial,
cumprindo contudo, o princípio da impessoalidade.
32
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 20 ed. ver. amp. Atual. Rio de
Janeiro: Editora Lumen Juris. 2008.
33
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 22 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
28
34
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 39. ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
35
ALLAND, Denis e RIALS, Stéphane. Dicionário de Cultura Jurídica – São Paulo: WMF Martins Fontes,
2012.
29
36
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional- 9. Ed. rev. e atual. de acordo com a Emenda
Constitucional n.83/2004 e os últimos julgados do Supremo Tribunal Federal – São Paulo: Saraiva, 2015.
37
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo descomplicado. Ed 20. Rio de
Janeiro.
38
REINALDO, Demócrito Ramos. “A publicidade dos atos e decisões administrativas”, in Revista Forense, v.
344, out-dez/1998
39
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo descomplicado 20 ed.rev. e atual. Rio
de Janeiro: Forense; São Paulo, METODO, 2012.
40
LEI Nº 9.784 DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm> Acesso em: 25 de Agosto de 2021.
30
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Todo ato realizado pela administração pública deve ter um motivo pelo qual se deu, ou
seja, deve estar congruente com a lei. Para realizar qualquer ato administrativo, é obrigatório
que se relate os fatos e fundamentos jurídicos conforme a Teoria dos Motivos Determinantes.
Tal teoria evidencia que a Administração Pública está sujeita ao controle
administrativo e judicial, ou seja, que se tenha legitimidade ou legalidade em seus atos,
relativo à existência e à pertinência da prática de um ato. A mesma teoria defende que o ato
administrativo deve ser compatível com a situação de fato que gerou a manifestação da
vontade do agente, desta forma, tais motivos são responsáveis pela determinação e
justificação do ato e, por isso, deverá haver perfeita correspondência entre os atos e os fatos.
De tal modo, esta teoria é responsável por vincular o administrador ao motivo que ele
declarou necessário realizar tal ato, condicionando que sua existência seja válida e legal. O
41
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 18 de Junho de
2020.
31
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;”43.
Tal menção mostra que não basta apenas a motivação à Administração Pública, pois, o
Princípio da Publicidade faz com que a administração garanta que qualquer pessoa tenha
acesso às informações referentes aos atos administrativos praticados, preferencialmente de
maneira clara e amplamente publicada.
O inciso XXXIII do artigo 5º da Constituição Federal estabelece o direito à
coletividade de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse, seja particular,
coletivo ou geral, que deverão ser prestadas no prazo estabelecido em lei.
42
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm>. Acesso em: 08 de Julho de 2020.
43
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 08 de Julho de
2020.
32
O Princípio da Publicidade garante ao cidadão que ele participe de forma ativa dos
atos realizados pelo agente público de forma que tenha acesso às informações devidamente
motivadas referentes à atuação estatal.
É através da participação da coletividade nos atos da administração pública que o
Princípio da Publicidade se torna eficaz, pois garante transparência à atividade administrativa
e permite o acesso aos motivos pelos quais tais atos foram praticados, sua finalidade,
proporção e abrangência.
33
O Brasil, desde o século XX, passou a ser um país Democrático, isso quer dizer que
acarreta um governo fundado em leis e não apenas do interesse do ocupante da função
pública. Ao falar em democracia, há de se dizer também sobre a imposição da possibilidade
de participação dos cidadãos em questões de igualdade de condições através do voto que
demonstra a vontade do povo. Dizer que pertence a uma Democracia, é o mesmo que dizer
que o poder político é de titularidade do povo conforme disposto no artigo 1º, parágrafo único
da Constituição Federal:
Art. 1º. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.44
44
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 15 de Julho de
2020.
45
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo.28 Ed. revista e atualizada até e
Emenda Constitucional 67 de 22.12.2010. São Paulo: Malheiros, 2011.
34
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
A Democracia também deve garantir não apenas que o cidadão tenha acesso à
informação devidamente motivada referente à atuação estatal, mas também se façam uso de
mecanismos que possibilitem a sua participação. Tal participação se dá por diversos
mecanismos procedimentais como consultas públicos de acordo com o interesse do cidadão,
conforme nos mostra o art. 6º da Lei Nº 12.527/1146 e seus respectivos incisos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº
12.527, de 2011).
46
LEI Nº 12.527 , DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 30 de Abril de 2021.
47
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 22 de Agosto de
2021.
35
Pode parecer cômico, mas “publicidade” e “transparência” não são sinônimos. Há uma
grande diferença que não é apenas morfológica, mas também política e história.
Publicidade é a divulgação das atividades realizadas pela administração pública. É o
modo como ela é disposta para se ter acesso. Publicidade remete ao público, e o que é
público, é para todos. Dentro da administração pública, a publicidade deve conter
características no âmbito educativo, informativo ou de orientação social conforme disposto no
artigo 37, § 1º da Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
36
Por vez, a transparência trata-se de um termo moderno que requer nitidez aos atos
administrativos, que garanta o acesso da sociedade à informação e permita seu controle por
parte de cada cidadão, sendo a transparência legitimada pelo estado de direito, enquanto a
publicidade tem sua fonte na democracia. Nas palavras de Bobbio 48:
De forma efetiva, podemos dizer que, a finalidade do princípio que garante aos
cidadãos acesso às informações, é levar ao conhecimento do público os atos praticados no
exercício da função administrativa do agente público, seja na esfera municipal, estadual ou
federal. Em uma constituição onde se diz ser um Estado Democrático de Direito, é inegável
que se limite o acesso à informação pelos cidadãos, já que estes, por mais que não saibam, são
pessoas de direitos e deveres perante a democracia.
Não só como um mecanismo de transparência pública, mas o acesso à informação e a
transparência pública, possibilitam a fiscalização dos órgãos competentes.
Tal prerrogativa é assegurada através do próprio texto constitucional como já
mencionado, mas também devemos enaltecer o artigo 5º, em seu inciso LXXII que nos
confere como remédio constitucional o habeas data, que possibilita solucionar qualquer
controvérsia quando tal direito seja violado.
O acesso à informação permite que o cidadão enquanto ser de direitos e deveres dentro
de um Estado Democrático de Direito controle as atividades administrativas, o que possibilita
a fiscalização de possíveis irregularidades, atos ilegais e a corrupção.
A necessidade de participação do cidadão na tomada de decisões da administração
pública através do acesso à informação cria o que chamamos de assimetria de dados, sendo
que de um lado está o órgão administrativo possuidor de todos os dados e informações e, de
outro lado, o cidadão. O acesso à informação coloca o cidadão em linha reta com a
administração pública e é onde se concretiza a democratização da transparência e da
publicidade administrativa.
48
BOBBIO, Norberto. Elogio da Serenidade e outros escritos morais. 2.ed. Tradução de Marco Aurélio
Nogueira. São Paulo: Unesp, 2011.p.98-99.
37
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Ainda na Constituição Federal, podemos observar o artigo 216, §2º que diz:
Diante de tais garantias, percebe-se que a sociedade através de tal inciso goza de maior
capacidade de escolha, pois está dotada de livre acesso à informação e é capaz de ter
determinado esclarecimento sobre todos os fatos, atos e operações realizadas pela
administração pública. Destarte, uma sociedade informada e com livre acesso à informação
pública não necessita ser tutelada pelo Estado, pois automaticamente têm afastado o meio
errôneo.
O direito à informação é garantido pelo habeas data, conforme disposto no artigo 5º,
inciso LXXII a seguir exposto:
A partir de tal disposto, observa-se que tal remédio constitucional atua de forma
restritiva.
De outro modo, o direito à informação deve ser assegurado pelas vias ordinárias ou
por mandado de segurança, haja vista que, nenhuma lesão ou ameaça a direito pode ser
recusada diante da apreciação do Poder Judiciário, conforme exposto também no artigo 5º,
inciso XXXV:
38
O direito à informação está disciplinado pela Lei N 9.507/97 49. Seu parágrafo único do
primeiro artigo nos diz:
Art. 1º (VETADO)
Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados
contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que
não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das
informações.
Tal texto nos deixa claro que o direito à informação que é protegido pelo habeas data
somente poderá ser exercido quando a informação esteja depositada em órgão ou entidade que
forneça dados a terceiros, não cabendo direito de impetrar tal remédio constitucional caso a
informação seja para uso exclusivo do próprio órgão ou entidade.
O direito à informação através do habeas data é exercido mediante requerimento
dirigido ao órgão ou entidade depositária do registro ou banco de dados e dever ser deferido
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. Após esse prazo, o órgão tem o prazo de 24 (vinte e
quatro) horas para comunicar o requerente.
49
LEI Nº 9.507 DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9507.htm>. Acesso em: 30 de Abril de 2021.
39
50
LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 30 de Abril de 2021.
41
Por vez a Transparência Passiva está prevista no artigo 9ª da referida Lei, conforme a
seguir exposto:
51
LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm> Acesso em 30 de Abril de 2021.
42
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos,
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de
Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
§1o A transparência será assegurada também mediante: (Redação dada
pela Lei Complementar nº 156, de 2016)
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo
real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em
meios eletrônicos de acesso público; e (Redação dada pela Lei Complementar nº
156, de 2016)
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda
a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao
disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas
informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade,
formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os
quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a
informações referentes a: (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
2009).
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da
execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima
dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao
serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for
o caso, ao procedimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei
Complementar nº 131, de 2009).
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades
gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
52
BINENBOJM, Gustavo. O princípio da publicidade e a eficácia da divulgação de atos do poder público
pela internet. RBDP nº 13, p-89-111, abr/jun 2016.
43
53
BOBBIO, Norberto. Elogio da serenidade e outros escritos morais, op. cit, p.83; id, Estado, governo,
sociedade. Para uma teoria geral da política. 9 ed. Tradução de Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Paz e Terra,
1987. p.30.
44
3.1 - DA Legislação.
54
RDA- Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v.266, p89-123, agosto de 2014.
45
O conceito de informação é dado pela própria lei, que define “como dados,
processados ou não, que podem ser utilizados para a produção e transmissão de
conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato".55
Conforme o artigo 2º da Lei 12.527/11, os procedimentos previstos nesta legislação
aplicam-se à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, porém, não se limita a eles.
Contempla, também, quaisquer órgãos públicos integrantes da administração direta dos
Poderes Executivos, legislativos, incluindo Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério
Público.
A Criação da Lei 12.527/2011, veio ao encontro da tendência da burocracia estatal em
manter sigilo dos seus atos. Seu texto contém diretrizes dentre as quais a observância da
publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção, uma vez que o domínio da
informação seria uma inegável fonte de poder, conforme exemplifica o inciso III, art 4º da
mencionada lei de acesso à informação:
55
LEI Nº 12.527 , DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 30 de Abril de 2021.
56
CANELA, Guilherme; NASCIMENTO, Solano (Coord.). Acesso à informação e controle social das
políticas públicas. Brasília: Artigo 19, 2009.
46
57
Transparência pública. 2011. Disponível em: http://www.portaltransparencia.gov.br/pagina-interna/603399-
controle-social. Acesso em: 02 de Setembro de 2020.
47
“Com esta lei o Brasil dá mais um importante passo para a consolidação do seu regime
democrático, ampliando a participação cidadã e fortalecendo os instrumentos de controle da
gestão pública”
Neste sentido, Banisar58 afirma que:
58
BANISAR, David. Liberdade de informação combate corrupção, diz sociedade civil. In: FÓRUM
GLOBAL DE CORRUPÇÃO, 4., 2005, Brasília. Anais eletrônicos... Brasília: CGU, 2005. Disponível em: .
Acesso em: 02 de Setembro de 2020.
48
e do Estado”59. Tal menção mostra que não basta apenas a motivação à Administração
Pública, pois, o Princípio da Publicidade faz com que a administração garanta que qualquer
pessoa tenha acesso às informações referentes aos atos administrativos praticados,
preferencialmente de maneira clara e amplamente publicada.
Destarte, o Princípio da Publicidade obriga a Administração Pública a levar à
sociedade todos os atos que produz e que sejam de interesse público, inclusive seus
fundamentos e sua motivação. Publicar os atos, portanto, concerne de componente
indispensável à gestão pública democrática, sendo, igualmente, “condição essencial dos atos e
decisões administrativas”, conforme leciona Demócrito Ramos.60
sustento próprio ou da família, estará isento de proceder com o ressarcimento quanto aos
custos dos serviços e dos materiais utilizados, o que aqui se aplica o definido da prova
documental no caso da declaração de pobreza conforme previsto na Lei 7.115/1984.
A abrangência para a solicitação ao acesso às informações está sujeita perante aos
órgãos da administração direta, as autarquias, as fundações públicas, as sociedades de
economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.
As informações relativas à atividade empresarial de pessoas físicas ou jurídicas de
direito privado obtidas pelo Banco Central do Brasil, pelas agências reguladoras ou por outros
órgãos ou entidades no exercício de atividade de controle, regulação e supervisão da atividade
econômica cuja divulgação possa representar vantagem competitiva a outros agentes
econômicos, nãos estão sujeitas ao disposto no que foi regulado pelo Decreto
7.724/2012 (regulamento do direito ao acesso à informação).
Cumpre ressaltar que o acesso à informação disciplinado pela Lei e pelo Decreto não
se aplica: I - às hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal, bancário, de operações
e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional, industrial e segredo de justiça; e II
- às informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou
tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na forma
do §1 do art. 7 da Lei 12.527/2011.
Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem
lógica, observadas, para esse propósito, as seguintes normas:
I - para a obtenção de clareza:
a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma
versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria
da área em que se esteja legislando;
b) usar frases curtas e concisas;
c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e
adjetivações dispensáveis;
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando
preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;
e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter
estilístico;
II - para a obtenção de precisão:
a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão
do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o
alcance que o legislador pretende dar à norma;
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras,
evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do
território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira
referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;
f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data,
número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão do
texto; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as
expressões ‘anterior’, ‘seguinte’ ou equivalentes; (Incluída pela Lei Complementar
nº 107, de 26.4.2001)
III - para a obtenção de ordem lógica:
a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro -
apenas as disposições relacionadas com o objeto da lei;
b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma
enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.
Diante de tais informações, pode-se dizer que, a publicidade independe do seu fim, é
um meio, um instrumento que viabiliza e garante a realização de outros valores sociais que
estimulam o desenvolvimento individual e coletivo da sociedade, sendo, portanto, condição
essencial para o efetivo exercício de outros direitos fundamentais, como o direito à
informação, direito à participação política, expressão e opinião.61
61
RDA- Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v.266, p89-123, agosto de 2014.
51
62
NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Método, 2018.
52
prestações de contas. Não que isso não seja pertinente à sociedade, pelo contrário, mas tudo
que é em excesso acaba sendo prejudicial, como diz o próprio ditado “ dar corda para se
enforcar”.
Para respeitar os limites das informações e publicidade dos atos praticados pela
administração pública, deve-se analisar alguns critérios para denotar que o ato é passível de
publicação ou não, sendo eles: I- a natureza do instrumento que deve ser esclarecido; II-
patologias e aberturas para diagnósticos; III- condições para aumentar a transparência de tal
ato e IV- contribuição do ato para o efetivo controle de qualidade da democracia.
A inobservância de alguns desses critérios ao publicar os atos, pode fazer com que
algumas necessidades artificiais possam dominar necessidades reais, principalmente por conta
da forte influência das mídias e Fake News nos meios de comunicação social.63
Por vez, os dados e informações sigilosos devem ser classificados de acordo com o
disposto no artigo 23 da Lei Nº12.527/11 64:
Os dados e informações que são tidos como sigilosos são classificados em três
modalidades também conforme a Lei anteriormente mencionada, em seu respectivo artigo 24,
§1º e 2º65 :
63
RDA- Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v.266, p89-123, agosto de 2014.
64
LEI Nº 12.527 , DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 30 de Abril de 2021.
65
LEI Nº 12.527 , DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 30 de Abril de 2021.
53
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu
teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado,
poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a
classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os
seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15 (quinze) anos; e
III - reservada: 5 (cinco) anos.
§ 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e
Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas
como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do
último mandato, em caso de reeleição.
Desta forma, observa-se que o grau de sigilo deve ser qualificado por uma autoridade
competente, fundamentado em lei que fixe os parâmetros necessários dentro de sua
classificação, impedindo que a escada de sigilo ou a informação publicada dependa da
discricionariedade do servidor que detém a guarda de determinada informação.
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas
seguintes hipóteses:
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for
indispensável para:
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
66
Lei Federal n. 13.709, de 14 de agosto de 2018. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em 04 de
Novembro de 2021.
54
Para tanto, a Lei Geral de Proteção de Dados, permite que a Administração Pública
faça o uso das informações de seus bancos de dados, observando claramente o artigo 6º da
lei67:
67
Lei Federal n. 13.709, de 14 de agosto de 2018. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em 04 de
Novembro de 2021.
55
Com a promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados, espera-se dos entes públicos
que acima de tudo seja respeita a privacidade, a liberdade de expressão, informação e
principalmente, a disponibilidade de informações para a população, desde que inerentes nos
pressupostos da lei.
Desta forma, ao agir fora da legislação, o ente público, será responsabilizado pela
Autoridade Nacional, a qual deve informar quais serão as medidas cabíveis para que se faça
cessar à violação cometida, além de sugerir que a Administração Pública faça uma melhor
estão com profissionais capacidade, de seus dados respeitando o exposto em lei.
56
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após estudo de todo o conteúdo utilizado para realizar o presente trabalho, verifica-se
a necessidade cada vez mais ampla de disseminar perante a sociedade o seu pleno e livre
direito de exigir da administração pública a publicidade de seus atos de forma transparente,
objetiva, clara e de fácil acesso principalmente conforme disposto constitucional e legal
específico.
Como visto, trata-se de um direito amparado constitucionalmente que é positivado
através de um princípio expresso que é basilar para a administração pública.
O direito à informação, muito mais do que um ato, é uma promoção democrática para
que a sociedade participe de forma ativa dos atos realizados pelo agente público.
Com a promulgação da Lei 12.527, veio à tona os procedimentos que devem ser
observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios para que se promova a ampla
efetivação deste direito humano fundamental garantido pela nossa constituição. Tal Lei, vem
ao encontro do paradigma da burocracia estatal em manter sigilo dos atos administrativos,
mas traz também diretrizes onde a publicidade se torna um preceito geral e o sigilo se torna
uma exceção, haja vista que, tornar a informação pública é uma inegável fonte de poder nas
mãos da população.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o acesso à informação foi
levado ao patamar de direito fundamental conforme exposto nos incisos XIV, XXXIII,
XXXIV, LXXII do artigo 5º e artigo 37.
O livre acesso à informação como direito fundamental também é reconhecido pela sua
importância para o Estado Democrático de Direito, pela comunidade internacional como a
Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Ao falarmos em acesso à informação, devemos nos lembrar do Princípio da
Supremacia do Interesse Público da Administração Pública, onde todo e qualquer ato deve ser
realizado objetivando o bem-estar da coletividade. Neste âmbito, a participação da população
se faz essencial para que se possa garantir não só o bem de um, mas de todos.
Podemos observar que mecanismos democráticos dentre os quais se insere o acesso à
informação, publicidade administrativa e transparência, são indispensáveis para a promoção
cada vez maior da legalidade, moralidade, eficiência e imparcialidade.
Tal princípio fundamental nos mostra que a participação popular se faz cada vez mais
essencial para a promoção da transparência e assim, consequentemente, diminuir a corrupção
administrativa e efetivar a atuação maciça do sistema de freios e contrapesos.
57
À vista disso, promover o acesso à população aos atos realizados pelo administrador
público, oportuniza a confiança da coletividade no gestor e enseja a sua prestação de contas,
além de ser uma ferramenta de suma importância no combate à corrupção passiva e ativa e
outras formas de irregularidades por parte da administração pública.
Não menos importante e talvez o meio mais essencial atual, a celeridade que a
tecnologia nos trouxe faz com que a informação tenha um alcance amplo através dos meios de
comunicação sociais. Utilizar a tecnologia a favor da comunidade transformou a maneira
como os cidadãos utilizam a informação e podem interagir com mais proximidade da
administração pública. A tecnologia nos trouxe uma elevada possibilidade da população se
utilizar também do “poder de polícia” quanto à fiscalização do poder público e ser mais ativa
na participação de tomada de decisões. Acredito, portanto, que a tecnologia trouxe visão e
clareza para a população e, consequentemente, aumentou sua vontade em participar, de
expressar sua opinião não só através do voto, mas como um ser de direito e deveres perante a
administração pública.
A criação de leis, que regularizam o acesso à informação, permite que as políticas
públicas sejam potencializadas, desde seu planejamento até a sua execução. Mas para que as
propostas das leis sejam efetivadas, é necessário que se desenvolva uma cultura de
transparência através de estratégias consistentes de implementação que abranja uma ampla
gama de ações coordenadas que possam possibilitar, facilitar e estimular acima de tudo o
acesso às informações e não a negação de prestação de informações por parte da
administração pública e desinteresse por parte da população.
Para que se tenha uma publicidade administrativa e acesso à informação positivados, é
necessário por parte da administração pública, órgãos e entidades, utilizar todos os meios e
instrumentos legítimos possíveis de que se dispuserem, de tal maneira que a legislação seja
cumprida fazendo com que os sítios oficiais sejam utilizados primordialmente e como forma
alternativa, os meios de comunicação disponíveis que se adequarem para tal determinação.
Ao obedecer às diretrizes impostas pela legislação, teremos uma sociedade melhor
informada, mais ativa, participativa e claro, com seus direitos protegidos, através de uma
administração pública mais eficiente, transparente e eficaz, o que promove consequentemente
uma população mais consciente de seus direitos e que é capaz de participar de forma ativa da
consolidação do Estado Democrático de Direito.
Com a Lei Geral de Proteção de Dados - Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018, uma
grande inovação e segurança também rondou os entes públicos quanto à exibição e proteção
dos dados utilizados pela administração pública de seus cidadãos, uma vez que ao administrar
58
deve observar os parâmetros obedecidos por lei, o que faz com que a administração seja
beneficiada pelo princípio constitucional da legalidade.
Para tanto, com a nova Lei, espera-se por parte dos entes públicos que acima de tudo
seja respeitada a privacidade, a liberdade de expressão, informação e principalmente, a
disponibilidade de informações para a população, pois trata-se de um direito garantido
fundamentalmente pela nossa constituição.
59
REFERÊNCIAS:
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Martins Fontes, 2012.
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BANISAR, David. Liberdade de informação combate corrupção, diz sociedade civil. In:
FÓRUM GLOBAL DE CORRUPÇÃO, 4., 2005, Brasília. Anais eletrônicos... Brasília: CGU,
2005. Disponível em: . Acesso em: 02 de Setembro de 2020.
BOBBIO, Norberto. Elogio da serenidade e outros escritos morais, op. cit, p.83; id, Estado,
governo, sociedade. Para uma teoria geral da política. 9 ed. Tradução de Marco Aurélio
Nogueira. São Paulo: Paz e Terra, 1987. p.30.
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a Emenda Constitucional n.83/2004 e os últimos julgados do Supremo Tribunal Federal – São
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CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 20 ed. ver.
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DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª edição. São Paulo:
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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 19ª edição. Editora Atlas. São
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JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo – 4. Ed. rev.atual.- São Paulo:
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LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 25ª Ed. São Paulo: Editora Saraiva,
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LIMA, André Canuto de F.. A teoria dos princípios de Robert Alexy. Revista Jus
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