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1º EXERCICIO

Nome:Letícia Verissimo Ribeiro


Curso: Direito Período: 6º
Disciplina: Direito Processual Civil 2
Professor: Flávio Quinaud Pedron

01 - Deferido o pedido da ação ordinária proposta por Antônio contra os réus Francisco e José, foi
apresentado recurso de apelação contra a sentença por cada devedor, uma vez que devidamente
representados por seus respectivos advogados. Após envio de ambos os recursos aos tribunais o
relator entendeu por negar seguimento ao recurso interposto por Francisco e por conhecer o recurso
de José. Esse decisum foi publicado na imprensa oficial no dia 12 de julho de 2011. Levando-se em
consideração o calendário abaixo e as normas do NCPC, e supondo que Francisco deseja recorrer do
mesmo, indaga-se: quando venceu o prazo recursal?

De acordo com as normas do Novo Código de Processo Civil, o prazo para interpor recurso começa a contar
a partir da publicação da decisão. No caso apresentado, o decisão que negou seguimento ao recurso de
Francisco e conheceu o recurso de José foi publicado na imprensa oficial no dia 12 de julho de 2011.O
prazo recursal para Francisco, portanto, começa a contar a partir do dia seguinte à data da publicação da
decisão, conforme o artigo 231 do CPC, que estabelece um prazo de 15 dias úteis para a interposição de
apelação. O cômputo dos prazos processuais não considera sábados, domingos e feriados.

Vamos calcular o prazo a partir do dia seguinte à publicação:

1. Dia seguinte à publicação (13 de julho de 2011): início do prazo recursal.


2. Contagem dos dias úteis:

- 13 de julho de 2011 DIA QUO

- 14 de julho de 2011 (1º dia útil)


- 15 de julho de 2011 (3º dia útil)
- 18 de julho de 2011 (4º dia útil)
- 19 de julho de 2011 (5º dia útil)
- 20 de julho de 2011 (6º dia útil)
- 21 de julho de 2011 (7º dia útil)
- 22 de julho de 2011 (8º dia útil)
- 25 de julho de 2011 (9º dia útil)
- 26 de julho de 2011 (10º dia útil)
- 27 de julho de 2011 (11º dia útil)
- 28 de julho de 2011 (12º dia útil)
- 29 de julho de 2011 (13º dia útil)
- 1º de agosto de 2011 (14º dia útil)
- 2 de agosto de 2011 (15º dia útil)

3 AGOSTO DE AGOSTO

Portanto, o prazo recursal de Francisco venceu em 3 de agosto de 2011. Esse foi o último dia para ele
interpor seu recurso de apelação. É importante observar que, se o prazo não foi cumprido dentro desse
período, o recurso poderá ser considerado intempestivo e não será admitido pelo tribunal.

02- Na decisão de saneamento (art. 357), várias objeções processuais foram rejeitadas pelo
magistrado. O réu interpôs recurso de agravo de instrumento, no terceiro dia de seu prazo,
impugnando apenas uma parte das questões. Ao perceber que a decisão não se pronunciou sobre a
preliminar de falta de interesse processual, peticionou em juízo sob a forma de Embargos de
Declaração solicitando pronunciamento acerca do ponto omisso. O magistrado a quo, analisando os
argumentos do réu em sua petição recursal, entendeu por acatar a alegação trazida com ineditismo de
carência de ação e resolveu por proferir sentença extintiva do processo sem julgamento do mérito
(art. 485). O autor resolveu recorrer. Na condição de Relator, você daria seguimento aos recursos?
Fundamente sua resposta.
Como Relator, vou analisar a situação e decidir se os recursos devem receber seguimento ou não, com base
nas informações fornecidas.
 Recurso de Agravo de Instrumento do Réu: O réu interpôs um recurso de agravo de instrumento
impugnando apenas uma parte das questões decididas na decisão de saneamento. Este recurso foi
interposto no terceiro dia do prazo. O prazo para interpor esse recurso deve ser observado
rigorosamente, e qualquer parte não impugnada da decisão é considerada preclusa. Portanto, o
recurso de agravo de instrumento deve ser considerado para análise.
 Embargos de Declaração do Réu: O réu apresentou Embargos de Declaração alegando omissão na
decisão quanto à preliminar de falta de interesse processual. Se a omissão alegada realmente existir,
os Embargos de Declaração são o meio adequado para saná-la. Portanto, esses Embargos devem
ser conhecidos e analisados.
 Sentença Extintiva do Processo: O magistrado a quo, ao analisar os argumentos do réu em sua
petição recursal, entendeu que havia uma alegação inédita de carência de ação e proferiu uma
sentença extintiva do processo sem julgamento do mérito com base no artigo 485 do Código de
Processo Civil. Essa é uma decisão substancial que extingue o processo. Portanto, a sentença deve
ser objeto de análise em um eventual recurso.
 Recurso do Autor: O autor, insatisfeito com a sentença extintiva, decidiu recorrer. É seu direito
recorrer de uma decisão que pôs fim ao processo. Portanto, o recurso do autor também deve ser
conhecido e analisado.
Todos os recursos apresentados devem receber seguimento para análise, conforme o descrito. O recurso
de agravo de instrumento do réu deve ser analisado apenas em relação às questões impugnadas, os
Embargos de Declaração devem ser analisados quanto à omissão alegada, e o recurso do autor deve ser
analisado quanto à sentença extintiva do processo. Cada um desses recursos aborda questões diferentes
e deve ser apreciado separadamente.

03 - Márcio ajuizou ação de obrigação de fazer contra Telefonia do Centro Oeste pugnando
pela retirada de seu nome dos cadastros de proteção ao crédito. Postulou pela concessão de tutela
provisória satisfativa antecedente, a qual foi deferida de plano, sem oitiva da parte contrária. Ao
final, porém, o pedido foi julgado improcedente, com revogação expressa da tutela antecipada.
Apelação interposta por Márcio será recebida em que efeitos? Fundamente sua resposta.

A apelação interposta por Márcio será recebida no efeito devolutivo. O efeito devolutivo é o efeito normal dos
recursos no sistema jurídico brasileiro, o que significa que o tribunal de segunda instância irá analisar as
questões trazidas em apelação e rever a decisão proferida pelo juiz de primeira instância, devolvendo o
conhecimento da matéria para uma nova análise.

Aqui estão os motivos para a apelação ser recebida no efeito devolutivo:


 Concessão de Tutela Provisória Satisfativa Antecedente: Inicialmente, Márcio obteve uma decisão
favorável na forma de uma tutela provisória satisfativa antecedente, a qual foi deferida de plano, sem
a oitiva da parte contrária. Esse tipo de tutela antecipada é concedido com o objetivo de dar uma
solução provisória ao pedido do autor, antes do julgamento final. No entanto, a concessão da tutela
antecipada não impede que o processo prossiga para um julgamento de mérito.
 Julgamento do Mérito com Revogação da Tutela Antecipada: No final do processo, o pedido de
Márcio foi julgado improcedente, e a tutela antecipada foi revogada expressamente. Isso significa que
o tribunal de primeira instância decidiu que Márcio não tinha direito à retirada de seu nome dos
cadastros de proteção ao crédito.
Dado que a decisão de primeira instância revogou a tutela antecipada e julgou o mérito do pedido, a
apelação de Márcio será recebida no efeito devolutivo padrão. Isso permite que o tribunal de segunda
instância reveja todo o mérito do caso, considerando as questões de direito e de fato, e tome uma decsão
definitiva sobre a causa
ART1012
.
04 - Marta, advogada da Sociedade Natureza Cosméticos Ltda., enquanto participava de
audiência de instrução e julgamento em lide movida, com pedido de indenização por danos morais e
materiais, por Maria das Tranças, que supostamente teve queimaduras após utilização de um dos
produtos da ré, desavisadamente faz uso de Agravo Retido oralmente (figura recursal revogada pelo
CPC/2015) diante de decisão do Juízo que em único ato e sem observar o procedimento do
competente do NCPC desconsiderou a personalidade jurídica e trouxe para a lide os dois sócios da
pessoa jurídica empresária ré. Por ter feito uso de um instrumental recursal para atacar a decisão
interlocutória proferida em AIJ tem algumas dúvidas e o procura como conselheiro: (a) ela poderia
interpor outro recurso para combater a ilegalidade manifesta do provimento jurisdicional? (b) o
magistrado a quo poderia receber o recurso equivocado aplicando a fungibilidade? (c) há alguma
outra forma, no campo recursal, que possa amparar a sociedade e/ou seus sócios? Fundamente
suas respostas.

Vamos abordar as questões apresentadas em relação à situação de Marta, a advogada da Sociedade


Natureza Cosméticos Ltda., que utilizou incorretamente o Agravo Retido oralmente durante uma audiência
de instrução e julgamento:

 Ela poderia interpor outro recurso para combater a ilegalidade manifesta do provimento jurisdicional?
Sim, Marta pode interpor outro recurso para combater a ilegalidade manifesta do provimento
jurisdicional. O Agravo Retido, como mencionado, foi revogado pelo CPC/2015, e não é o recurso
adequado para impugnar uma decisão interlocutória. Para contestar a decisão que desconsiderou a
personalidade jurídica e trouxe os sócios para a lide, Marta pode utilizar a apelação, que é o recurso
correto para atacar decisões interlocutórias que possam causar prejuízo à parte. No entanto, é
importante fazê-lo dentro dos prazos estabelecidos pelo Código de Processo Civil e seguindo os
procedimentos corretos.
 O magistrado a quo poderia receber o recurso equivocado aplicando a fungibilidade?Em casos
excepcionais, o magistrado pode aplicar o princípio da fungibilidade recursal, que permite o recebimento
de um recurso equivocado como se fosse o recurso correto, desde que a parte que o interpôs tenha
agido de boa-fé e não tenha utilizado o recurso equivocado como forma de procrastinação. No entanto, a
fungibilidade é uma exceção, e não a regra, e sua aplicação está sujeita à análise discricionária do
magistrado.No caso de Marta, ela utilizou o Agravo Retido, que não é mais um recurso previsto no
CPC/2015, em vez da apelação, que é o recurso correto para impugnar a decisão interlocutória em
questão. A decisão sobre a aplicação da fungibilidade dependerá da interpretação do magistrado e das
circunstâncias específicas do caso. Portanto, não é garantido que o magistrado aceitará o recurso
equivocado com base na fungibilidade.
 Há alguma outra forma, no campo recursal, que possa amparar a sociedade e/ou seus sócios?Além da
apelação, que é o recurso adequado para impugnar a decisão interlocutória que trouxe os sócios para a
lide, a sociedade e seus sócios podem considerar a possibilidade de apresentar um pedido de
reconsideração à própria autoridade judicial que proferiu a decisão. No entanto, isso geralmente é uma
medida temporária e não suspenderá o prazo para interposição do recurso adequado.

Em suma, a melhor abordagem seria interpor um recurso de apelação dentro do prazo previsto pelo
CPC/2015 para contestar a decisão interlocutória, a menos que haja circunstâncias excepcionais que
justifiquem a aplicação da fungibilidade, o que deve ser discutido com o magistrado.

05 - O Município de São Paulo foi condenado por sentença ao pagamento de valor superior a
60 (sessenta) salários mínimos, mas deixou de interpor recurso de apelação no prazo legal. Em sede
de reexame necessário, o Tribunal de Justiça proferiu acórdão confirmando a sentença. Nessa
hipótese, é verdade que não poderá o referido Município interpor Recurso Especial em face do
acórdão, ante a ocorrência de preclusão lógica, derivada de conduta omissiva anterior incompatível
com a vontade de recorrer? Fundamente sua resposta.
ART496

Sim, é verdade que o Município de São Paulo não poderá interpor Recurso Especial em face do acórdão
proferido pelo Tribunal de Justiça, devido à ocorrência de preclusão lógica decorrente de sua conduta
omissiva anterior incompatível com a vontade de recorrer. A preclusão lógica é um conceito processual que
se aplica quando uma parte deixa de tomar uma providência ou praticar um ato processual que deveria ter
sido realizado em momento oportuno.
No caso apresentado:
 O Município de São Paulo foi condenado por sentença ao pagamento de um valor superior a 60
salários mínimos.
 O prazo legal para a interposição de recurso de apelação foi perdido, indicando a falta de vontade
de recorrer contra a sentença.
 O Tribunal de Justiça, em sede de reexame necessário, confirmou a sentença.

A preclusão lógica ocorre porque o Município teve a oportunidade de recorrer da sentença por meio de
apelação, mas não o fez. Ao perder o prazo para a apelação, ele renunciou ao direito de questionar a
sentença em instâncias superiores. Portanto, ao confirmar a sentença em sede de reexame necessário, o
Tribunal de Justiça encerrou a discussão sobre o mérito da causa.
O Recurso Especial, que é dirigido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), só pode ser interposto em
situações específicas previstas em lei. A preclusão lógica é uma barreira que impede o uso desse recurso
quando a parte não exerceu seu direito de recorrer nas instâncias inferiores, como no caso da não
interposição da apelação no prazo adequado. Portanto, devido à preclusão lógica, o Município não poderá
interpor um Recurso Especial contra o acórdão do Tribunal de Justiça.

06 - Supondo que você seja magistrado(a) junto ao Juízo da 1ª Vara da Fazenda Municipal de
Belo Horizonte e tenha proferido sentença de mérito condenando parcialmente o município a
indenizar Rodrigo Rodriguez por danos causados em acidente de veículo. Sabendo que: (1) a petição
inicial havia pleiteado um quantum no valor de cinquenta mil reais e que a sentença condenou o
erário em trinta mil reais; (2) a sentença foi publicada no dia 07 de maio de 2015 (quinta-feira) e até a
presente data não foi protocolizado qualquer recurso pela parte ré. É possível afirmar que já ocorreu
a formação de coisa julgada material na lide? Fundamente sua resposta.
Sim, é possível afirmar que já ocorreu a formação de coisa julgada material na lide com base nas
informações fornecidas. A coisa julgada material ocorre quando uma sentença de mérito se torna imutável,
não podendo mais ser modificada por meio de recursos. Vamos fundamentar essa conclusão com base nos
dados apresentados:
 Sentença de Mérito: Você, como magistrado(a) da 1ª Vara da Fazenda Municipal de Belo Horizonte,
proferiu uma sentença de mérito condenando parcialmente o Município a indenizar Rodrigo
Rodriguez por danos causados em um acidente de veículo. A sentença de mérito é uma decisão
que resolve a questão central do processo, nesse caso, a obrigação de indenizar.
 Redução do Valor da Condenação: Embora a petição inicial tenha pleiteado um valor de cinquenta
mil reais, a sentença condenou o erário em trinta mil reais. Isso significa que houve uma redução no
valor da condenação em relação ao que foi pedido na inicial. Essa redução, porém, não impede a
formação de coisa julgada material, uma vez que a sentença já decidiu sobre o mérito da causa.
 Ausência de Recursos: A sentença foi publicada em 07 de maio de 2015, e até a presente data
(sem uma data específica), não foi protocolizado qualquer recurso pela parte ré (Município). O
prazo para interposição de recursos já deve ter decorrido, e a ausência de interposição de recursos
significa que a decisão não foi impugnada.

Com base nessas informações, a sentença proferida já está sujeita à formação de coisa julgada material, o
que significa que ela é definitiva e imutável em relação à obrigação de indenizar o valor de trinta mil reais.
Mesmo que o valor da condenação tenha sido reduzido em relação ao que foi inicialmente pleiteado, a
sentença em si é definitiva e não pode mais ser alterada por meio de recursos, uma vez que o prazo para a
interposição de recursos já expirou. Portanto, a formação da coisa julgada material na lide é possível com
base nas informações fornecidas.

07 Credor ajuizou ação de cobrança em face do devedor, pedindo a sua condenação a lhe
pagar a quantia de cem mil reais, obrigação contratual não paga. Finda a fase instrutória, o juiz,
concluindo que os fatos alegados pelo autor restaram comprovados, julgou procedente o seu
pedido. Outrossim, observando que o contrato continha uma cláusula autônoma, não mencionada
na petição inicial, que previa o pagamento de multa de um por cento sobre o valor da obrigação
principal, no caso de mora do devedor, o magistrado, reputando-a válida, fixou o montante
condenatório em cento e um mil reais. A sentença proferida nesse contexto pode ser atacada
mediante um recurso que tenha que efeitos? Identifique todos e explique o porquê de sua presença,
fundamente.

A sentença proferida nesse contexto pode ser atacada mediante um recurso que tenha dois efeitos:
devolutivo e suspensivo. Além disso, dependendo das circunstâncias, poderia haver a possibilidade de
interposição de embargos de declaração.
Recurso de Apelação com Efeito Devolutivo e Suspensivo:
 Efeito Devolutivo: O recurso de apelação é o meio adequado para impugnar a sentença proferida
pelo juiz. Este recurso tem efeito devolutivo, o que significa que o tribunal de segunda instância irá
reexaminar todos os aspectos da decisão, incluindo a matéria de fato e de direito. Portanto, o credor
poderia interpor um recurso de apelação para contestar a sentença, argumentando que a cláusula da
multa não mencionada na petição inicial não deveria ter sido aplicada ou que o valor da multa é
indevido.
 Efeito Suspensivo: O recurso de apelação também tem efeito suspensivo automático no que diz
respeito à execução da sentença condenatória, ou seja, a obrigação de pagar os cento e um mil reais
não será exigível imediatamente após a interposição da apelação. Isso significa que, enquanto o
recurso estiver pendente de julgamento, o devedor não será obrigado a pagar o valor determinado
pela sentença.
 Embargos de Declaração:Caso o devedor entenda que a sentença possui obscuridades,
contradições, omissões ou erros materiais que precisam ser esclarecidos ou corrigidos, ele pode
interpor embargos de declaração. No entanto, os embargos de declaração não são o meio adequado
para contestar o mérito da sentença ou questionar a aplicação da cláusula de multa. Eles são
utilizados principalmente para sanar vícios de julgamento, tornar a decisão mais clara ou
complementar aspectos da sentença que ficaram omissos.

Portanto, o recurso de apelação é o principal instrumento para contestar a sentença que fixou o montante
condenatório em cento e um mil reais, e ele possui efeito devolutivo e suspensivo. Os embargos de
declaração podem ser usados apenas para questões relacionadas à clareza, contradição, obscuridade ou
omissão na sentença, e não para revisar o mérito da decisão.

08 José dos Anzóis, Procurador de um Município qualquer do Brasil, deverá apresentar


contrarrazões a um recurso de apelação em processo eletrônico, contra sentença, da qual foi
pessoalmente intimado, numa sexta-feira, 20 de maio. Considerando o feriado nacional de corpus
christi do dia 26 de maio, e o recesso forense do dia 27 de maio, quando o prazo final para o
protocolo da referida defesa neste hipotético caso, com fulcro na legislação vigente, será?
Fundamente sua resposta.

Para determinar o prazo final para o protocolo das contrarrazões à apelação, considerando o feriado
nacional de Corpus Christi e o recesso forense, é importante observar o que diz o Código de Processo Civil
(CPC) em relação ao cômputo de prazos processuais.De acordo com o artigo 219 do CPC, os prazos
processuais são contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. Além disso,
conforme o artigo 224 do mesmo código, os prazos processuais que se iniciam ou se completam em dia
não útil prorrogam-se para o primeiro dia útil seguinte.
Vamos calcular o prazo com base nas informações fornecidas:
 Intimação de José dos Anzóis em 20 de maio (sexta-feira).
 O prazo padrão para apresentação de contrarrazões em processos cíveis é de 15 dias, de acordo
com o artigo 1.003 do CPC.
Agora, considerando o cômputo dos dias úteis:

- 20 de maio (sexta-feira): início do prazo.


- 21 de maio (sábado): não é dia útil, não conta.
- 22 de maio (domingo): não é dia útil, não conta.
- 23 de maio (segunda-feira): conta como o primeiro dia útil.
- 24 de maio (terça-feira): segundo dia útil.
- 25 de maio (quarta-feira): terceiro dia útil.
- 26 de maio (quinta-feira): quarto dia útil, mas é feriado de Corpus Christi.
- 27 de maio (sexta-feira): recesso forense.
- 28 de maio (sábado): não é dia útil, não conta.
- 29 de maio (domingo): não é dia útil, não conta.
- 30 de maio (segunda-feira): quarto dia útil após o feriado de Corpus Christi, mas é o primeiro dia útil após o
recesso forense.

Portanto, o prazo para a apresentação das contrarrazões de José dos Anzóis será até o dia 30 de maio,
segunda-feira, devido à prorrogação do prazo devido ao feriado de Corpus Christi e ao recesso forense.
PRAZO EM DOBRO 30 DIAS
ART1010

09 Paulo ajuizou ação de cobrança contra Pedro pelo meio eletrônico, julgada procedente em primeiro
grau de jurisdição. Inconformado com a r. sentença Pedro apresenta recurso de apelação dentro do
prazo legal, mas não comprova no ato da interposição do recurso, o recolhimento do preparo. Neste
caso, Desembargador Relator determinou que o mesmo teria prazo para recolhimento do preparo
juntando guia respectiva do dobro do valor do preparo e do porte de remessa e de retorno sob pena
de deserção. Avalie a atuação do magistrado e sua correção fundamentadamente.

A atuação do magistrado, que determinou que Pedro teria um prazo para recolher o preparo, juntamente
com o dobro do valor do preparo e o porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção, está de acordo
com as normas processuais e é correta.

Vamos analisar os fundamentos dessa determinação:


 Comprovação do Preparo: Conforme as normas processuais, o preparo é um requisito
essencial para a interposição de recursos. O recorrente deve comprovar o pagamento das
custas processuais (preparo) e do porte de remessa e retorno, quando aplicável, no ato da
interposição do recurso ou em prazo subsequente, de acordo com o artigo 1.007 do Código de
Processo Civil (CPC).
 Prazo para Comprovação: O CPC estabelece que, caso o recorrente não comprove o preparo
no ato da interposição do recurso, o relator do tribunal concederá o prazo de 5 (cinco) dias para
que seja feita a comprovação, sob pena de deserção (artigo 1.007, § 4º do CPC).
 Pena de Deserção: A deserção é a penalidade prevista para o caso de não comprovação do
preparo no prazo estipulado pelo relator do tribunal. A deserção implica na inadmissibilidade do
recurso, ou seja, o recurso não será conhecido pelo tribunal e não será analisado no mérito.

Portanto, o Desembargador Relator agiu corretamente ao conceder a Pedro a oportunidade de recolher o


preparo, o dobro do valor do preparo e o porte de remessa e retorno no prazo estabelecido pela lei. Essa
medida visa garantir a regularidade do processo e o recolhimento das custas devidas, conforme as normas
processuais. Se Pedro não cumprir essa determinação, seu recurso poderá ser considerado deserido, e a
apelação não será analisada pelo tribunal.

10 A empresa Soluções Indústria de Eletrônicos Ltda. veiculou propaganda considerada enganosa


relativa a determinado produto: as especificações eram distintas das indicadas no material
publicitário. Em razão do anúncio, cerca de duzentos mil consumidores compraram o produto.
ART 976
Diante desse fato, uma associação de defesa do consumidor constituída havia dois anos ajuizou IRDR com
vistas a obter indenização para todos os lesados, que ainda não ingressaram em juízo. Como membro do
órgão responsável pelo julgamento no TJ, qual sua posição acerca da admissibilidade do pleito. Fundamente
sua resposta.

Como membro do órgão responsável pelo julgamento no Tribunal de Justiça (TJ), minha posição sobre a
admissibilidade do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) dependeria da análise das
regras processuais e das circunstâncias específicas do caso. No entanto, posso fornecer uma orientação
geral com base nas informações apresentadas.
O IRDR é uma importante ferramenta processual que visa tratar de questões repetitivas que envolvem
múltiplos processos individuais. A sua admissibilidade depende da observância dos requisitos legais e do
atendimento aos princípios que norteiam essa figura processual. Vamos analisar os principais pontos:
 Requisitos do IRDR: Para que um IRDR seja admitido, é necessário que as questões em debate sejam
comuns a diversas demandas em tramitação perante o tribunal e que sua resolução seja relevante para a
jurisprudência. Além disso, a admissibilidade do IRDR também pode depender de outros requisitos
previstos na legislação processual local.
 Relevância e Abrangência: No caso apresentado, a propaganda enganosa da empresa Soluções Indústria
de Eletrônicos Ltda. levou cerca de duzentos mil consumidores a comprar o produto. Isso indica que a
questão pode ser relevante e de grande abrangência, já que afeta um número significativo de pessoas.
 Interesse Público: A atuação de uma associação de defesa do consumidor, com o objetivo de obter
indenização para todos os lesados que ainda não ingressaram em juízo, pode ser considerada uma
medida de interesse público na proteção dos direitos dos consumidores.
 Tempo de Existência da Associação: O fato de a associação de defesa do consumidor existir há dois anos
pode indicar um compromisso de longo prazo com a proteção dos direitos dos consumidores e pode
fortalecer sua legitimidade para representar os interesses das vítimas da propaganda enganosa.
Portanto, com base nas informações apresentadas e considerando a possível relevância e abrangência da
questão, bem como o interesse público na proteção dos direitos dos consumidores, a admissibilidade do IRDR
pode ser considerada apropriada. No entanto, a decisão final dependerá da análise detalhada das
circunstâncias e da legislação processual específica do estado em que o TJ está situado.
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