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Infecções sexualmente transmissíveis

Sífilis
Agente etiológico: Treponema pallidum - grupo
das espiroquetas, gram -, infectam apenas
seres humanos e se reproduzem rapidamente.
Principal via de transmissão é CONTATO SEXUAL
Segunda é transmissão vertical - mãe para filho
E a menor é por transfusão sanguínea
Evolução lenta (pode levar até 30 anos) - doença crônica
Alterna períodos sintomáticos e assintomáticos
É dividida em três fases:
• Sífilis primária
• Sífilis secundária
• Sífilis terciária
A infecção pelo Treponema pallidum não confere imunidade
Sífilis primária
Incubação de 10 a 90 dias
O primeiro sintoma é o aparecimento de uma lesão única no
local de entrada da bactéria. A lesão denominado cancro
duro, é indolor, tem a base endurecida, contém secreção
serosa e muitos treponema. O cancro duro cura
espontaneamente
Sífilis secundária
Quando a sífilis não é tratada na fase primaria, evolui para
sífilis secundaria, após um período de 6 a 8 semanas de
latência.
As manifestações clínicas são o exantema cutâneo de
máculas (roséola sifilitica) e/ou pápulas, principalmente
em regiões úmidas do corpo.
Alopecia acentuada na região temporo-parietal e occipital
(alopecia em clareira). Pode ocorrer ainda perda dos cílios
e porção final das sobrancelhas.

Sífilis terciária
A sífilis terciária pode levar ate 30 anos para se manifestar.
Se manifesta de forma de inflamação e destruição de
tecidos e ossos
As manifestações mais graves incluem a sífilis
cardiovascular e a neurosífilis
Tratamento da sífilis adquirida
Sifilis primaria, secundaria e latente recente: penicilina G benzatina, 2,4milhoes UI, IM, dose única (1,2
milhão UI em cada glúteo)
Sífilis latente tardia ou terciária: penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM (1,2 milhão UI em cada glúteo),
semanal, por três semanas. Dose total de 7,2 milhoes UI.
Doxiciclina ou tetraciclina ou eritromicina são tratamentos alternativos, CONTUDO, uso de tratamentos
que não penicilina não sao considerados adequados e devem ser reservados para casos em que
realmente não se possa fazer uso de penicilina.
ATENÇÃO: reiniciar o tratamento em caso de interrupção do tratamento ou em caso de um intervalo
maior do que sete dias entre as doses.
Acompanhamento pós tratamento: Os testes não treponêmicos (VDRL/RPR) devem ser realizados em
gestantes mensalmente e população geral a cada 3 meses no primeiro ano e a cada 6 meses no
segundo ano.
Sífilis congênita
É a disseminação hematogenica do Treponema pallidum da gestante infectada não tratada ou
inadequadamente tratada para o concerto, por dia transplacentaria
Pode ocorrer em qualquer fase gestacional ir estágio clínico da doença materna
A transmissão vertical em mulheres não tratadas é de 70 a 100% nas fases primaria, secundaria da doença
Há possibilidade de transmissão direta por meio do contato da criança pelo canal de parto, se houver
lesões genitais maternas
Durante o aleitamento NÃO ocorrerá apenas se houver lesão mamária por sífilis.
Realização do VDRL no primeiro trimestre da gestação, idealmente na primeira consulta, e de um segundo
teste em torno da 28 semana
O tratamento para a gestante segue as mesmas orientações terapêuticas apresentadas anteriormente (com
as observações especificas para a gestante). Tratamento do parceiro é FUNDAMENTAL

Prevenção:
Uso de preservativos na relação sexual - previne
sífilis e em todas as outras ISTs
Educação em saude com os jovens em inicio da
vida sexual para a importância do preservativo
HIV e Aids
HIV - virus da imunodeficiência humana. Na corrente sanguínea, o vírus ataca o sistema imunológico,
principalmente os linfócitos T CD4+. É considerado uma IST.
Transmissão:
• sexual sem uso de preservativo
• Transfusão de sangue contaminado
• Transmissão vertical (mãe-filho)
• Amamentação
Diferença de HIV e Aids
A Aids é a doença
O HIV é a infecção - a maior parte das pessoas tem HIV e não Aids.
Prevenção:
• Intervenções biomédicas: redução do risco de exposição - distribuição de preservativos, gel
lubrificante, tratamento para todas as pessoas (TTP), PEP e PrEP
• Intervenções comportamentais: interferir no comportamento das pessoas. Aumento da informação e
da percepção do risco de exposição - educação em saude, incentivo a testagem, redução de danos
para usuários de álcool e drogas
• Intervenções estruturais: fatores e condições socioculturais que influenciam diretamente a
vulnerabilidade - combate a preconceitos, promoção de direitos humanos
PEP - profilaxia pós exposição
Medicação antirretroviral após qualquer exposição de risco ao HIV (desde que o teste rápido não
reagente)
Prazo para inicio do tratamento 72 horas (mais eficaz nas primeiras 2h após exposição)
Tempo total de tratamento: 28 dias
Acompanhamento com profissional de saude e exames
PrEP - profilaxia pré exposição
Utilização de antirretroviral por pessoas que não vivem com HIV, mas que apresentam possibilidade
aumentada de exposição ao vírus
Prioridades para indicação da PrEP:
• pessoas que recorrem a PQP com frequência
• Profissionais do sexo
• Pessoas que usam drogas
• Gays e homens que fazem sexo com homens
• Mulheres Trans e travestis
• Parcerias sorodiferentes
• Contextos de risco aumentado
Diagnóstico:
Exames: teste rápido, autogestão, exame laboratorial
Janela imunológica: 30 dias
Material para analise: sangue ou fluido oral
Disponível no SUS: UBS e centro de testagem e aconselhamento
Tratamento:
Terapia combinada de antirretroviral - impedem a replicação do vírus
Uso continuo
100% gratuito pelo SUS
Indetectável = intransmissível
Cuidados de enfermagem:
• aconselhamento
• Testagem rápida
• Consulta de enfermagem Atribuições assistenciais
• Adesão a TARV, manejo dos efeitos X
adversos atribuições gerenciais
• Cuidados hospitalares

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