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MATERIAL DE APOIO (A)

PRODUÇÃO GRÁFICA-II
CURSO RP

INTRODUÇÃO
O Brasil vem acompanhando, com passos acelerados, o avanço tecnológico
que têm ocorrido em todo o mundo, o Brasil até que tem acompanhado de
perto com passos acelerados. O parque industrial gráfico nacional conta com
uma disponibilidade de equipamentos e processos comparável à de países
mais desenvolvidos. Basta lembrar a numerosa delegação brasileira presente
na última DRUPA, profissionais que, se não tinham como objetivo a compra de
novos equipamentos, estavam de uma forma absorvendo uma nova cultura
técnica, ou seja, preparando-se para utilizar uma linguagem cada vez mais
atual.

Só há um problema que ainda perdura nas indústrias brasileiras. A velha e


grave questão dos recursos humanos. Tristemente nesse pormenor ainda não
se age com sabedoria, considerando que o sábio é aquele que aprende com o
erro dos outros. O que está ocorrendo é que só agora os empresários
brasileiros estão se dando conta da importância de ter pessoas devidamente
preparadas para operar máquinas e equipamentos sofisticados, mas com
formação.

A questão é que a cultura baseada em procedimentos convencionais se


apresenta de forma não muito prática, se comparada ao conforto da maneira
automática de se resolver os problemas em computadores e seus periféricos,
sendo, por isso, relegada ao segundo plano quando não ao esquecimento.

Quando se promovem encontros de profissionais da área de produção gráfica,


o que mais se comenta é que os melhores trabalhos são realizados por
aqueles que um dia realizaram toda uma série de produtos, sejam quais forem
eles sem o auxílio dos computadores. É preciso que fique cada vez mais claro
que o computador é uma mera ferramenta que nos permite executar nossas
tarefas com mais velocidade e precisão, e devem estar em linguagem
profissional.
Analisando o problema do ponto de vista das artes gráficas, entende-se por
produtor gráfico aquele profissional que acompanha a elaboração do produto
gráfico desde a sua concepção por parte do Designer até as fases finais de
acabamento, por vezes até expedição, observando os seus critérios e
procedimentos.

Para que o produtor gráfico esteja pronto para executar qualquer tipo de
trabalho é necessário que ele tenha experiência de cercar todas as
possibilidades de erros no decorrer de sua elaboração. Em qualquer que seja o
segmento: editorial, publicitário, embalagem ou comercial, são necessários
para o bom desenvolvimento de seus projetos os conhecimentos sobre
produção gráfica.

PRODUÇÃO GRÁFICA

Projeto Gráfico
Design gráfico é um processo que se inicia na necessidade do cliente, toma
forma na mente do designer e se concretiza no produto gráfico. A compreensão
dessa idéia de processo é fundamental para que a expressão “produção
gráfica” deixe de ser sinônimo de “plantar-se ao lado da máquina de impressão
para o negócio sair perfeito e no prazo!” Nesse sentido, podemos definir
produção gráfica como o conjunto de procedimentos que permitem conduzir o
processo gráfico, mantendo o devido controle sobre cada uma de suas etapas
e corrigindo os desvios em cada ponto até sua conclusão, ou seja, a entrega do
produto a seu destinatário final.
Nessa prática, nos enfrentamos diariamente com um verdadeiro bicho de sete
cabeças: o cliente nunca sabe exatamente o que quer, as etapas são
realizadas em tempos e espaços físicos diferentes, conduzidos por distintos
profissionais, dos mais variados graus de formação e níveis de capacidade, as
verbas nunca são suficientes e os prazos impossíveis!
Parece existir um conflito constante entre a intenção e a realização, uma
resistência tenaz em sentido contrário aos nossos empenhos. Afinal, o bicho
nada mais é do que a própria realidade, à qual temos que nos adaptar
inevitavelmente nesse processo de transformação da idéia, abstrata, em
produto, objetivo e palpável. Na produção gráfica encontramos três armas
fundamentais para essa luta, todas construídas com elementos retirados da
própria realidade:

ESPECIFICAÇÃO:
Consiste em estabelecer, com o maior grau de precisão possível, a finalidade
do produto que se vão projetar suas características básicas (se é uma peça
única ou conjunto de peças, o tipo de manuseio que terá o tempo de vida útil
que se espera dela, etc.), a tiragem, o prazo de execução e a verba disponível;
esses fatores determinarão os formatos, tipos de suporte e sistemas de
impressão e acabamento a serem utilizados.

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Exemplo:
Problema:
Publicação para divulgação de moda, mensal, com fechamento a 8 dias da
data de distribuição, 100.000 exemplares.
Análise: divulgação de moda pressupõe imagens fotográficas coloridas, com
boa reprodução; a periodicidade definida requer a possibilidade de manutenção
da marca, determinando a escolha de cores factíveis de serem reproduzidas
sem variações; o prazo curto impõe a utilização de processos digitais, mais
rápidos; a alta tiragem, combinada com o curto prazo, define a utilização da
impressão em rotativa.
Solução: Revista a 4 cores, em papel couchê fosco, com pré-impressão em
CTP, impressa em offset rotativa (para definição do melhor formato e número
de páginas para a peça, é necessário consultar o fornecedor, pois a largura da
bobina de papel varia de acordo com o equipamento utilizado).

PLANEJAMENTO:
Consiste em escolher os fornecedores, definir os custos e estabelecer os
cronogramas de produção. Para a escolha dos fornecedores a regra geral é
que as etapas possam ser executadas no menor número possível de
estabelecimentos; quando a gráfica dispõe de fotolito próprio, por exemplo, já
está garantida uma mínima integração de operações como: digitalização de
imagens balanceada para a saída; possibilidade de correções mais ágeis
durante o processo de produção, maior objetividade na apuração de
responsabilidades por eventuais desvios, etc.
A definição dos custos de produção depende de uma boa especificação; uma
vez estabelecido um valor aprovado pelo cliente, é muito difícil alterá-lo ao
longo do processo, daí a necessidade de que todos os detalhes do produto
estejam corretamente descritos no orçamento do fornecedor; acertos verbais
não são confiáveis e se transformam em conflitos posteriores.
A elaboração de cronogramas detalhados, baseados nas efetivas condições de
produção, permita acompanhar passo a passo o desenvolvimento do trabalho,
sem perder de vista o objetivo final. O cronograma deve partir da data limite e
da li retroceder até as etapas iniciais do trabalho; a estimativa da duração de
cada etapa exige um profundo conhecimento do processo e do fornecedor com
o qual se está trabalhando; além disso, deve-se incluir sempre alguma margem
para os imprevistos.
As diferentes etapas do processo não se desenvolvem linearmente; é
necessário simular mentalmente a realização de cada uma, verificando as
superposições e identificando a “linha crítica”, ou seja, a seqüência de
operações que levará mais tempo para ser concluída. Ela será a espinha dorsal
do cronograma, sobre a qual deverá ser exercido um maior controle, pois um
desvio incidirá diretamente no prazo final do trabalho.

CONTROLE:
Consiste em criar referências físicas para orientação e acompanhamento de
todas as etapas do processo. Inclui-se aqui a produção de bonecos, mockups e

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protótipos de produção, a elaboração de checklists para lay-outs, artes-finais,
aprovação de provas, aprovação de folhasde máquina e aprovação de
modelos, a utilização de formulários de acompanhamento e, finalmente, o
controle da entrega e pagamento dos serviços.
Bonecos, mockups e protótipos são modelos elaborados nas condições
efetivas de produção (mecanicamente, nos papéis especificados, com o tipo de
acabamento escolhido, nas dimensões finais) cuja análise cuidadosa permite
definir parâmetros para arte-finalização das peças, definição precisa de
dimensões, condições de manuseio, etc. Além de serem um poderoso
instrumento de controle de produção, esses modelos são fundamentais para a
aprovação do cliente, que geralmente não consegue visualizar um produto sem
sentir sua tridimensionalidade; essa aprovação previne surpresa no final do
processo, quando o cliente pode receber um produto totalmente diverso
daquele que havia imaginado, embora totalmente de acordo com as
especificações constantes no orçamento aprovado.
Nos checklists devem ser listados todos os detalhes envolvidos na produção,
tendo como referência às especificações finais da peça. Geralmente, quem
está envolvido na produção é omais indicado para elaborar essa listagem não
para utilizá-la; um terceiro fará o trabalho de checagem mais objetivamente,
desde que o cheklist seja suficientemente objetivo.
A utilização de formulários como fichas de produção e acompanhamento são
importantes para que toda comunicação com os fornecedores e clientes fique
registrada por escrito. Além de diminuir a possibilidade de ocorrência de
conflitos, esses históricos auxiliam a avaliação posterior do processo de
produção e a análise do planejamento em confronto com a realidade,
permitindo um aperfeiçoamento da própria capacidade de planejar.
O controle da entrega e cobrança dos serviços conclui o processo e deve ser
feito com toda a atenção, pois dificuldades nesses aspectos, aparentemente
menos importantes, tendem a ofuscar a qualidade do produto oferecido.
A produção gráfica, portanto, integra o processo do design e fornece os
instrumentos para que esse processo tenha uma feliz culminação; é um
assunto complexo e não tem receitas de fácil aplicação; requer clareza de
objetivos, experiência, conhecimentos específicos e, acima de tudo, disposição
para enfrentar e resolver difíceis problemas reais sem perder o bom humor!

Johannes Gutenberg

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João Gutenberg ou Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg
(cerca da década de 1390 - 3 de Fevereiro de 1468), foi um inventor alemão
que se tornou famoso pela sua contribuição para a tecnologia da impressão e
tipografia. Inventou uma liga para os tipos de metal e tintas à base de óleo,
além de uma prensa gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as
uvas no fabrico do vinho. Tradicionalmente, crê-se que teria inventado os tipos
móveis - que não foram mais, no entanto, que uma melhoria dos blocos de
impressão já em uso, então, na Europa. Acredita-se que a imprensa foi uma
das maiores invenções da humanidade.

Gutenberg nasceu em Mogúncia, Alemanha, filho do comerciante Friele


Gensfleisch zu Laden, que adoptaria mais tarde o nome "zum Gutenberg",
homônimo da comunidade para onde a família se tinha transferido.

Desde jovem revelou ter uma forte inclinação pela leitura, lendo todos os livros
que os pais possuíam em casa.Os livros, na época, eram escritos à mão, por
monges, alunos e escribas e cada livro demorava meses a ser preparado,
sendo o seu preço elevadíssimo e inacessível para a maioria das pessoas.

Antes de inventar os tipos móveis tinha sido joalheiro, conhecedor da arte da


construção de moldes e da fundição de ouro e prata; por isso conseguiu fazer
excelentes tipos, valiosos inclusive artisticamente como trabalho de ourives.

Em 1434, Gutenberg se mudou para Estrasburgo onde permaneceu vários


anos. Depois de regressar a Mogúncia, Gutenberg se associou com um
comerciante que lhe financiou para realizar a impressão da Bíblia.

Não se conhece muito sobre os últimos anos da vida de Gutenberg. Sabe-se


que morreu a 3 de fevereiro de 1468.

Gutenberg é considerado o inventor dos tipos móveis de chumbo fundido, mais


duradouros e resistentes do que os fabricados em madeira, e portanto
reutilizavéis que conferiram uma enorme versatilidade ao processo de
elaboração de livros e outros trabalhos impressos e permitiram a sua
massificação.

A imprensa é outra das contribuições de Gutenberg; com anterioridade se


tinham empregado, também desde a época de Suméria, discos ou cilindros
sobre os quais se tinha lavrado o negativo do texto a imprimir que geralmente
era só a rubrica do dono do cilindro e outorgava certeza de autenticidade às
tabletas que a levavam. As imprensas na Idade Média eram simples tabelas
gordas e pesadas ou blocos de pedra que se apoiavam sobre a matriz de
impressão já entintada para transferir sua imagem ao pergaminho ou papel. A
imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer o
suco das uvas na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava
familiarizado, pois Mogúncia, onde nasceu e viveu, está no vale do Reno, uma
região vinícola desde a época dos romanos.

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Um exemplar da Bíblia de Gutenberg na Biblioteca do Congresso em
Washington D.C

Depois da invenção dos tipos e a adaptação da prensa vinícola, Gutenberg


seguiu experimentando com a imprensa até conseguir um aparelho funcional.
Também pesquisou sobre o papel e as tintas. Uns e outras tinham que se
comportar de tal modo que as tintas se absorvessem pelo papel sem escorrer-
se, assegurando a precisão dos traços; precisava-se que o secagem fosse
rápida e a impressão permanente. Por isso, Gutenberg experimentou com
pigmentos a base de azeite, que não só usou para imprimir com as matrizes,
senão também para as capitulares e ilustrações que se realizavam
manualmente- e com o papel de trapo de origem chinesa introduzido na Europa
em sua época.

O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que se iniciou
cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em Março de 1455.

Para comprovar a magnificência deste inventor alemão do século XV, realiza-


se anualmente, nos EUA, o "Festival Gutenberg" - uma espécie de Feira de
demonstrações e inovações nas áreas do desenho gráfico, da impressão
digital, da publicação e da conversão de texto - que só comprova que a
invenção do mestre Gutenberg consegue, ainda hoje, cultivar seguidores que,
da sua experiência-base, tentam superar o invento e adaptar as tecnologias
modernas às exigentes necessidades do mundo actual.

Bíblia de Gutenberg

Uma página da Bíblia de Gutenberg (Velho


testamento).

A Bíblia de Gutenberg é o incunábulo impresso


da tradução em Latim da Bíblia, por Johann
Gutenberg, em Mainz, também conhecida em
português como Mogúncia, Alemanha. A
produção da Bíblia começou em 1450, tendo
Gutenberg usado uma prensa de tipos móveis.
Calcula-se que tenha terminado em 1455.[1] Essa
Bíblia é considerada o incunábulo mais
importante, pois marca o início da produção em
massa de livros no Ocidente.

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Uma cópia completa desta Bíblia possui 1282 páginas, com texto em duas
colunas; a maioria era encadernada em dois volumes.

Acredita-se que 180 cópias foram produzidas, 45 em pergaminho e 135 em


papel. Elas foram impressas, rubricadas e iluminadas à mão em um período de
três anos.

Localizações conhecidas das Bíblias de Gutenberg

Áustria (1)

• Österreichische Nationalbibliothek em Viena

Bélgica (1)

• Bibliotheque Universitaire em Mons

Dinamarca (1)

• Kongelige Bibliotek

França (3)

• Bibliotheque Nationale em Paris


• Bibliotheque Mazarine em Paris
• Bibliotheque Municipale em Saint-Omer

Alemanha (12)

capa

• Gutenberg Museum em Mainz (duas cópias)


• Landesbibliothek em Fulda
• Universitätsbibliothek em Leipzig
• Niedersächsische Staats-und Universitätsbibliothek em Gotinga
• Staatsbibliothek em Berlim
• Bayerische Staatsbibliothek em Munique

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• Stadt- und Universitätsbibliothek em Frankfurt-am-Main
• Hofbibliothek em Aschaffenburg
• Württembergische Landesbibliothek em Estugarda
• Stadtbibliothek em Tréveris
• Landesbibliothek em Kassel

Itália/Vaticano (2)

• Bibliotheca Apostolica Vaticana

Japão (1)

• Keio University Library em Tóquio

Pônia (1)

• Biblioteka Seminarium Duchownego em Pelpin

Portugal (1)

• Biblioteca Nacional em Lisboa

Rússia (2)

• Biblioteca Estatal Russa em Moscou


• Biblioteca Universitária Lomonosow em Moscou

Espanha (2)

• Biblioteca Universitaria y Provincial em Sevilha


• Biblioteca Pública Provincial em Burgos

Suíça (1)

• Bibliotheca Bodmeriana em Cologny

Reino Unido (8)

• British Library em Londres


• Lambeth Palace Library em Londres (decorada na Inglaterra)
• Bodleian Library em Oxford
• University Library em Cambridge
• Eton College Library em Eton College
• John Rylands Library em Manchester
• National Library of Scotland em Edimburgo

Estados Unidos da América (9)

• Library of Congress em Washington


• New York Public Library em Nova Iorque

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• Pierpont Morgan Library em Nova Iorque
• Widener Library na Harvard University em Cambridge
• Beinecke Rare Book and Manuscript Library na Yale University em New
Haven
• The Scheide Library na Princeton University em Princeton
• Indiana University Library na Indiana University Bloomington em
Bloomington (incompleta)
• Harry Ransom Humanities Research Center na University of Texas at
Austin em Austin
• Henry E. Huntington Library em San Marino

Bill Gates (co-fundador da Microsoft) possui uma cópia comprada em leilão em


1994.

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Tipografia

Catálogo tipográfico da Caslon, de William Caslon, 1732

A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o


processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim
como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem
estrutural e forma à comunicação impressa. Tipografia também é um termo
usado para a gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.

Na grande maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser


especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto
em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico
experimental (ou de vanguarda) os objetivos formais extrapolam a
funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos,
podem acabar sendo relativas.

No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha


adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a
sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos
gráficos na página. Todos esses fatores são combinados para que o layout final
tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado. No
caso da mídia impressa, designers gráficos (ou seja, os tipógrafos) costumam
se preocupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de
impressão.

Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e


industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers
especializados), mas com o advento da computação gráfica a tipografia ficou
disponível para designers gráficos em geral e leigos. Hoje qualquer um pode
escolher uma fonte (tipo de letra) e compor um texto simples em um
processador de texto. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de
conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal
diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas. Talvez os melhores
exemplos desse fenômeno possam ser encontrados na internet.

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O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que
trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a
tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos
cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia
costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design
gráfico.

Prensa mecânica em uso, xilogravura, 1568

Invenção da imprensa

A tipografia clássica baseia-se em pequenas peças de madeira ou metal com


relevos de letras e símbolos — os tipos móveis. Tipos rudimentares foram
inventados inicialmente pelos chineses. Mas, no século XV, foram
redescobertos, por Johann Gutenberg, com a invenção da prensa tipográfica. A
diferença entre os tipos chineses e os de Gutenberg é que os primeiros não
eram reutilizáveis. A reutilização dos mesmos tipos para compor diferentes
textos mostrou-se eficaz e é utilizada até aos dias de hoje, constituindo a base
da imprensa durante muitos séculos. Essa revolução que deu início à
comunicação em massa, foi cunhada pelo teórico Marshall McLuhan como o
início do “homem tipográfico”.

Mesmo com o advento dos computadores e da edição eletrônica de texto, a


tipografia permanece viva nas formatações, estilos e grafias.

Tipografias famosas

As seguintes são famílias tipográficas célebres na história do design gráfico.

• Arial
• Bodoni
• Frutiger
• Futura

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• Garamond
• Gill Sans
• Helvetica
• Times new roman
• Univers

Arial

Arial é uma família de fontes sem-serifa, ou seja, um conjunto de fontes (como


Arial Bold, Arial Italic, Arial Bold Italic) derivadas da fonte "padrão" Arial (ou
Arial Regular). Também pode designar uma fonte específica, a Arial Regular
(normalmente não se utiliza o termo "regular" para uma fonte sem negrito,
itálico, condensada ou expandida).

A Arial é conhecida entre os designers gráficos pela sua semelhança com um


tipo bastante famoso na história do design moderno, a Helvetica da Linotype.
No entanto, são comuns as críticas à Arial que atribuem-lhe um papel de "cópia
inferior da Helvetica". De fato, porém, a Arial é inspirada no desenho de uma
outra fonte, a Akzidenz Grotesk (a qual também serviu de inspiração ao
desenho da Helvetica).

Arial (Família de fontes)

História

Origem

Esta fonte foi desenvolvida como uma fonte bitmap sem-serifa por Robin
Nicholas e Patricia Saunders em 1982 nos escritórios da Monotype no Reino
Unido. Tendo sido encomendada pela IBM. A IBM já havia usado uma fonte
similar, a Helvetica, adquirida à Linotype, na impressora IBM 4250. Mas talvez
pelos elevados custos de licenciamento da fonte Helvetica, pediram então à
Monotype para desenvolver uma fonte sem serifa, e metricamente igual à
Helvetica para efeitos de compatibilidade, a ser incluída numa nova série de
impressoras a laser (IBM 3800). A Monotype então cria uma fonte, baseada
numa já existente, a Monotype Grotesk, mas metricamente semelhante à
Helvetica, assim como, subtis alterações quanto à forma e ao espaçamento
entre letras, de forma a ser mais legível em monitores a várias resoluções.

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Nesta altura, julga-se que o nome Arial não existia, e a IBM denominou-a
"Sonora Sans" (e a Times New Roman por "Sonora Serif").

Uns anos mais tarde, e de forma análoga, a Microsoft lança o Windows 1.0 em
1985. Desde essa data até ao lançamento do Windows 3.0, a Microsoft inclui
nestas versões a fonte "Helv" (assim como a "TmsRmn"), sofrendo então um
processo em tribunal devido à violação de marca ("Helv" é abreviação de
"Helvetica", "TmsRmn" da "Times New Roman"). A Microsoft procura então
uma fonte que pudesse substituir a Helvetica, de forma a evitar elevados
custos de licenciamento da Linotype (tal como a IBM havia feito) para o
próxima versão do Windows a ser lançada. É aqui que entra a Monotype com a
fonte Sonora Serif, liçenciada à IBM, mas não em exclusivo. A Microsoft lança
então em 1992, o Windows 3.1 com esta família de fontes da Monotype,
denominando-a Arial, e sob o formato de uma nova tecnologia desenvolvida em
parceria com a Apple, o TrueType.

Surgiu assim, pela necessidade que a IBM tinha para concorrer com a fonte
Helvetica, criada pela empresa Linotype em 1957, e muito popular desde
então. Evitando assim o uso dessa fonte, devido aos elevados custos de
licença por parte da Linotype e também da Adobe Systems, esta última
detentora da tecnologia PostScript que a fonte Helvetica utilizava. Quanto à
tecnologia, a Microsoft recorreu ao TrueType, desenvolvida em conjunto com a
Apple Computer. O Windows 3.1 foi o primeiro programa a implementar esta
tecnologia, com um conjunto de de outras fontes (Arial, Bookman Oldstyle,
Book Antiqua, Corsiva, Century Schoolbook, Century Gothic, e Times New
Roman). Esta surgiu também com o intuito de ser uma alternativa
economicamente viável em relação ao PostScript da Adobe Systems.
Actualmente O último padrão PostScript Type 3, para além da Helvetica e
outras fontes, inclui agora também a Arial.

Presença

A fonte Arial é incluida nos sistemas operativos Microsoft Windows desde a


versão 3.1 . As versões mais recentes do Windows também incluem uma
variante, a Arial Unicode MS, que inclui mais grafemas do padrão Unicode para
ser utilizada em várias línguas, como o Grego, Turco, Cirílico, entre outras. A
Arial Unicode MS é a fonte mais completa em termos de fontes mais
difundidas. No entanto existem outras fontes que cobrem um número maior de
grafemas, como as Bitstream Cyberbit e Code2000.

Aplicações

• Logotipo do canal televisivo de Nova Iorque WCBS-TV, mais conhecido


por CBS 2 (entre 1986 e 2000)

Versões

• 1.00 - (1992) fornecida com o Windows 3.1 e o Windows for Workgroups


3.11.

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• 2.00 (WGL4) - Versão WGL4 fornecida com o Windows 95 e Windows
NT4. Esta versão não contém o símbolo do euro .
• 2.00 (Win ANSI) - Versão Win ANSI fornecida com o Windows 95.
• 2.01 - Esta versão especial é fornecida apenas na versão beta do
Windows 98 euro update patch.
• 2.45 - Versão Win ANSI fornecida com o Windows 98 dos Estados
Unidos.
• 2.50 - Fornecida com as versões europeias do Windows 98. Os
utilizadores norte-americanos podem adicioná-la instalando o suporte
multi-línguas (multilanguage support).
• 2.55 - Versão WGL4 fornecida com a versão final do "Windows 95 euro
update" lançada a 4 de Novembro de 1998.

Classificação

Classificação da Arial conforme os vários tipos de classificações adaptados


pelas empresas ou tipógrafos:

• Adobe
• ATypl: Round Typeface, Sans Serif (Grotesque)
• Bitsream
• BS 2961: 6b lineal neo-grotesque
• Counterspace: sans serif
• DIN 16518. erifenlose Linear-Antiqua
• Hans Peter Willberg: Statische Grotesk
• Lynotype
• Maximilien Vox
• Microsoft
• Monotype: Sans Serif - Grotesque
• PANOSE: Latin text, ...
• URW++

Bodoni

Exemplo de uma publicação utilizando a versão original da Bodoni (século


XVIII).

Bodoni é o nome de uma família tipográfica ou fonte. A Bodoni foi criada por
Giambattista Bodoni, considerado um dos maiores tipógrafo do Século XVIII.

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Frutiger

Frutiger é uma fonte tipográfica sans-serif desenhada por Adrian Frutiger.

A fonte foi solicitada em 1968 para a sinalização do aeroporto Internacional


Charles de Gaulle, em Roissy, na França, que precisava de uma novo e
moderno sistema sinalético. Ao invés de utilizar uma previamente desnvolvida
por ele, como a Univers, ele preferiu criar uma nova fonte. Originalmente
chamada Roissy, foi concluída em 1975 e aplicada ao local no mesmo ano.

Futura (tipografia)

A Futura é uma família tipográfica sem-serifa considerada como um dos


símbolos do modernismo no design gráfico. A fonte foi desenhada em 1927 por
Paul Renner baseado em princípios rigidamente geométricos, inspirada nos
ensinamentos da Bauhaus.

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Exemplo da Futura em sua versão heavy.

A futura foi uma das fontes mais populares do século XX, especialmente nas
décadas de 1950 e 60 devido à sua limpeza e impacto. Apesar disso, o tipo
não é indicado para textos longos (especialmente textos literários como
romances) devido ao cansaço de sua leitura prolongada. De qualquer forma, a
fonte ainda é bastante eficiente em identidades corporativas, títulos, etc.
Empresas como Volkswagen e Shell, por exemplo, fazem uso extenso da
futura. O diretor Stanley Kubrick também é conhecido por fazer vasto uso desta
família tipográfica em seus filmes.

Garamond

Garamond

Diversas versões da Garamond

A palavra garamond refere-se aos tipos originais criados por Claude


Garamond para sua tipografia em 1530. Atualmente, várias famílias tipográficas
são comercializadas como interpretações dos tipos originais de chumbo,
bastante populares e muito usadas na composição de texto corrido.
Considerando-se que estas famílias são a própria Garamond, esta é uma das
fontes mais antigas ainda em uso.

A Garamond divide com a Times New Roman o posto de fonte serifada mais
popular do mundo (sendo o tipo serifado mais utilizado na França, seu país de
origem).

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Gill Sans

A Gill Sans é uma fonte tipográfica sem serifa criada por Eric Gill de 1927 a
1930. É uma das primeiras fontes caracterizadas como grotescas, tendo
influenciado o projeto de diversas outras, como a Helvetica

Helvetica

A Helvetica é uma família tipográfica sem-serifa, considerada como uma das


mais populares ao redor do mundo. Devido às preocupações que originaram
seu desenho, é uma das fontes mais associadas ao modernismo no design
gráfico.

Visão geral

Um exemplo de fontes Helvetica regulares.

A Helvetica foi desenvolvida por Max Miedinger em 1957 para a tipografia suíça
Haas’sche Schriftgießerei. Seu título é derivado de helvetia, o nome latino da

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Suíça. A fonte é baseada em uma tipografia mais antiga chamada Akzidenz
Grotesk, criada em 1898. A Helvetica, originalmente chamada Haas-Grotesk, é
uma fonte sem serifa bastante limpa e um dos princípios de seu projeto foi a
máxima legibilidade.

Trajetória

A fonte tornou-se bastante popular na década de 1960, sendo usada em


praticamente qualquer aplicação: a expressão "Se não souber o que usar, use
Helvetica" tornou-se famosa. Em 1983, a empresa Linotype lançou a Neue
Helvetica (nome alemão para "Nova Helvetica"), um redesenho otimizado da
Helvetica original.

Entre outros usos famosos, a Helvetica é a fonte padrão do sistema de


comunicação visual do metrô de São Paulo.

Roman

A Times New Roman é uma família tipográfica serifada criada em 1932 para
uso do jornal inglês The Times of London. Hoje é considerada um dos tipos
mais conhecidos e utilizados ao redor do mundo (em parte devido ao fato de
ser a fonte padrão em diversos processadores de texto). Seu nome faz
referência ao jornal (Times) e ao fato de ser uma releitura das antigas
tipografias clássicas (new roman).

O jornal The Times, 1932, edição da mudança de Stanley Morison

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Os desenhos originais foram feitos por Victor Lardent, sob a supervisão de
Stanley Morison, no próprio jornal The Times. A fonte então passou por um
extenso período de aperfeiçoamento e revisão no escritório da Monotype, uma
empresa especializada no desenho de tipos.

Times New Roman é uma fonte que foi adaptada de tal forma que possui
excelente legibilidade, misturando curvas clássicas e serifas, o que permite que
seja usada tanto em livros e revistas quanto em textos publicitários e até
relatórios de empresas.

A relação com a Microsoft

Uma versão da Times New Roman foi produzida pela Monotype para a
Microsoft e foi distribuída em todas as cópias do Microsoft Windows desde a
versão 3.1. Era utilizada como fonte padrão em muitos aplicativos de software,
especialmente navegadores e processadores de texto. A Microsoft, no entanto,
procura substituir a Times New Roman com uma nova fonte sans-serif, Calibri.
Ela acompanhará o Microsoft Office 2007.

Univers

A univers é uma família tipográfica sem-serifa bastante popular. Foi


desenhada por Adrian Frutiger e publicada pela Deberny & Peignot em 1957. A
fonte é conhecida por sua limpeza e legibilidade a longas distâncias.

A univers foi uma das primeiras famílias a serem desenhadas pensando-se em


todas as suas variações e tamanhos. Frutiger criou um sistema próprio para a
categorização dos tipos, usando um código de números ao invés de nomes
(são 21 variações ao todo, incluindo as itálicas, negritos, extendidas, etc). A

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versão regular é reconhecida pelo código 55, as itálicas possuem números
pares e as demais, ímpares.

Exemplo da Univers, versão regular.

Uso

A univers é considerada um dos símbolos máximos do modernismo no design


gráfico. Junto da Helvetica, foi uma das fontes mais utilizadas nos mais
diversos trabalhos. A Univers é bastante similar à Helvetica (a maioria dos tipos
são praticamente idênticos para a maioria das pessoas) embora a primeira seja
mais dinâmica que a última (diz-se que existia uma richa entre partidários da
Helvetica e da Univers). A letra a minúscula é a principal diferença entre as
duas famílias.

A univers gozou de grande popularidade principalmente nas décadas de 1960


e 70, tornando-se, para muitos designers, a fonte sem-serifa, por excelência.
Foi usada por diversas empresas, entre elas a Swiss International Air Lines e o
Deutsche Bank, e para uso cotidiano ao redor de todo o mundo. A Apple
costuma usar todas as variantes itálicas desta fonte nos teclados de seus
computadores. O metrô de Paris também faz uso intenso da univers.

Histórico

Adrian Frutiger criou a univers como trabalho de conclusão do seu curso de


Design e seus primeiros desenhos foram desenvolvidos em 1949. Devido à
reconhecida qualidade da fonte, passou a ser produzida em tipos de metal e
em fotocomposição entre 1954 e 1957.

Quando foi adaptada para leitura em tela, revelou-se bastante ilegível. Por esse
motivo, durante a década de 1990, a família foi redesenhada (otimizando a
fonte mas mantendo a aparência original) e a nova versão é conhecida como
Linotype Univers (já que é comercializada pela empresa Linotype).

Desdobramentos

Frutiger foi chamado na década de 1970 para projetar o sistema de


comunicação visual do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle de Paris. A
fonte que usou neste sistema foi totalmente projetada para a ocasião, embora

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tenha sido inspirada nos desenhos da univers. A fonte resultante foi, então,
adaptada para a comercialização e passou a ser conhecida como Frutiger.

A Frutiger (a fonte, não o autor) é considerada inovadora pela sua dinâmica, tendo sido
influenciadora de dezenas de outras famílias distribuídas em softwares populares, como
a verdana e a Bitstream Vera. Portanto, a univers está indiretamente relacionada a
grande parte das fontes desenhadas nas últimas décadas.

TIPOGRAFIA / TIPOLOGIA

A Tipografia é conhecida como a impressão dos TIPOS e está desaparecendo


com o desenvolvimento do computador. Tipologia é o estudo da formação dos
tipos, essa por sua vez cresce a cada dia. Mas no final, a nomenclatura
utilizada é tipografia, assim como fonte virou tipo, atualmente.

O termo tipo é o desenho de uma determinada família de letras como, por


exemplo: verdana, futura, arial, etc.

· As variações dessas letras (ligth, itálico e negrito, por exemplo) de uma


determinada família são as fontes desenhadas para a elaboração de um
conjunto completo de caracteres que consta do alfabeto em caixa alta e caixa
baixa, números, símbolos e pontuação.

Os tipos constituem a principal ferramenta de comunicação. As faces


alternativas de tipos permitem que você dê expressão ao documento, para
transmitir instantaneamente, e não - verbalmente, atmosfera e imagem.

“Tipografia é transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais
vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou texto manuscrito e
precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser
lida sem problema, isso é tipografia.” – Wolfgang Weingart

Bom design é aquele que utiliza bem as potencialidades da tipografia.


Aliás, não é por acaso, que o conhecedor do design de qualidade, consegue
ver pelos tipos de letra utilizados se, quem fez determinado projeto é ou não
profissional.

Na era da Revolução Digital, também não é de admirar, que a tipografia seja


uma área bastante complexa, recorrendo a tecnologias específicas e bastante
avançadas, para obter o melhor resultado em ecrã, impressoras postscript,
plotters, etc.

Falar em tipografia digital é falar em criação de famílias de tipos (para serem


utilizados nos computadores pessoais em diversas aplicações, por exemplo),
mas também na criação de logotipos, letterings, títulos, enfim, todo um universo

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tipográfico que recorra ao design de tipos para fins específicos e por vezes
únicos (ex: logotipo).

TIPOLOGIA E DESIGN

O maior de todos os objetivos do designer gráfico, o bom senso e a criatividade


bem aplicada. Ele precisa comunicar algo a alguém, e tem que chamar a
atenção. A parte escrita é muito importante num projeto gráfico e saber utilizar
de forma correta os tipos ou fontes é fundamental. Alguns passos São
abordados na construção de uma página:

1. Contraste - É importante lembrar de algumas regras quando usar as fontes


na composição: tamanho, peso, estrutura, forma, direção, cor.

E algumas regras valem como dicas permanentes na diagramação com tipos:


fontes com serifa facilitam a leitura, mas cuidado, na tela do computador as
serifas podem atrapalhar, pois ficam serrilhadas nos pixels. Fonte sem serifa
ideal para títulos, frases de cartaz, outdoor e textos de leitura rápida.

O alinhamento à esquerda também facilita a leitura. Cuidado com o contraste


que forma a cor com o fundo: amarelo sobre branco tem uma leitura difícil,
vermelho sobre verde vibra muito, branco sobre preto em texto longo cansa a
leitura.

2. Repetição - é o que cria uma identidade visual com o leitor, estabelecendo


uma hierarquia, utilize determinadas fontes em determinados pontos da sua
página, como títulos, subtítulos e em pontos estratégicos.

3. Alinhamento – centralize ou justifique quando o tema do seu site e o texto


for formal, caso contrário procure utilizar o texto de forma mais livre e disponha
conforme a sua criatividade e o bom senso permitirem. Há cinco maneiras
básicas de organizar as linhas de composição em uma página:

• Justificada: todas as linhas têm o mesmo comprimento e são alinhadas


tanto à esquerda quanto à direita.
• Não-justificada à direita: as linhas têm diferentes comprimentos e são
todas alinhadas à esquerda e irregulares à direita.
• Não-justificada à esquerda: as linhas têm diferentes comprimentos e são
alinhadas à direita e irregulares à esquerda.
• Centralizada: as linhas têm tamanho desigual, com ambos os lados
irregulares.
• Assimétrica: um arranjo sem padrão previsível na colocação das linhas.

4. Legibilidade - Talvez seja o ponto fundamental, é muito importante saber


utilizar estilos de fontes em determinados casos, fontes desconstruídas e
modernas se encaixam bem em sites modernos e jovens, fontes clássicas e
manuscritas muitas vezes se encaixam bem em sites clássicos e sérios, fontes
normais e sérias se encaixam perfeitamente em sites institucionais e
moderados.

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Classificação dos tipos

Fonte: é o conjunto completo de caracteres sob o mesmo estilo e em todos os


corpos: caixa alta e baixa, sinais de pontuação, acentos e numerais.

Família de tipos: são todas as variações de uma fonte: Helvética Narrow,


Helvética Narrow Bold, Helvética Narrow Bold Oblique.

Classificação

• Serifa triangular - elzevir, ex: Times New Roman


• Serifa linear - didot, ex:Bodoni
• Serifa quadrada - egípcio ex: GeoSlab
• Ausência de serifa - antigo
• Sem serifa, ex: Helvética
• Semi sem serifa, ex: Optima
• Cursivas (manuscritas), ex: Thelly Alegro BT.
• Fantasias, ex: Kidnap

Fontes digitais - Com o advento do computador a adobe desenvolve a


linguagem postscript que possibilitou um novo formato de fonte, o vetorial.

• Fontes Adobe Type 1 - apresentam um nó a cada 90 graus, trazendo


refinamento e precisão ao desenho do tipo. Para impressão
• Fontes True Type - apresentam um nó a cada 45 graus, portanto
apresentam defeitos quando ampliados. Para saida web

Baseados em estudos feitos por Francis Thibedeau, em meados do século


XVIII, na França, foi estabelecido as principais família de letras de imprensa.
São elas:

Romana Antiga
Criada pelos franceses no século XVIII, inspirada na escrita monumental
romana, proporciona ao leitor um inconsciente descanso visual, alcançando o
maior grau de visibilidade de todas as famílias.

Romana moderna
Criada pelos italianos no século XVIII, apresenta uma evolução dos romanos
clássicos, Esteticamente agradáveis, trouxeram sensível melhora na
legibilidade das letras.

Egípcia ou Serifa Grossa


Criada com o advento da revolução industrial, no século XVIII, tem como
característica estrutural uma certa uniformidade nas hastes e serifas
retangulares.

Lapidária ou Sem Serifa


Criada na Alemanha no século XIX, possui caracteres com poucas variações
em suas hastes, cujos arremates não possuem serifas. Indicada para a
confecção de hastes e embalagens, mas desaconselhável para textos longos.

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Cursiva
São as letras que não se encaixam em nenhuma das famílias já vistas. Elas
têm hastes e serifas livres, os que as tornam as mais ilegíveis de todas,
limitando seu uso a destaques, com número limitado de toques.

Estilo Antigo: baseiam-se na escrita à mão dos escribas, que trabalhavam com
uma pena na mão. Possuem serifas sendo que na caixa baixa elas são
inclinadas. Ênfase diagonal, transição grosso-fina moderada. Ex.: Garamond

Estilo dos Tipos

Estilo Moderno: em 1700, o aperfeiçoamento do papel, as técnicas mais


sofisticadas de impressão e um aumento genérico dos dispositivos mecânicos
foram fatores que fizeram com que o tipo também se tornasse mais mecânico.
Ênfase vertical, serifas horizontais e finas, transição grosso-fino radical. Ex.:
Bodoni

Serifa grossa: surgiu com o conceito de propaganda depois da Revolução


Industrial. Também chamada de tipo egípcio. Ênfase vertical, as serifas em
caixa baixa são horizontais e grossas, pouca ou nenhuma transição grosso-fino
nos traços. Ex.: New Century Schoolbook

Sem serifa: é o tipo chamado de sans serif. A idéia de remover as serifas foi
um progresso tardio na evolução das tipologias e não obteve muito sucesso até
o início do século XX. Não há serifa em parte alguma, não há transição grosso-
fino nos traços, não há ênfase em nenhum dos eixos. Ex.: Antique Olive

Manuscrito: todos os tipos que parecem ser escritos à mão. Ex.: Ariston

Decorativo: são ótimos, engraçados, diferentes, fáceis de usar. Ex.: Shabby

PADRÕES PARA WEB

O produtor de conteúdo e o designer devem se preocupar com a padronização


gráfica que adotará, respectivamente, na produção do texto e na solução
gráfica da aplicação web.

Aplicar pouca variedade de tipos evita uma miscelânea de letras que acabam
por dificultar a leitura e a definição de um estilo para a o conjunto da aplicação.

Variações de tipos - Especialistas sugerem que o número de tipos de letras


utilizados fique em torno de três.

Utilize tipos de letras para caracterizar diferentemente o título, o texto e


anotações. Ao adotar, por exemplo, três tipos, podem-se fazer uso de suas
variações como o itálico, o bold e o condensado que permitem boa margem de
opções, sem, contudo, descaracterizar o estilo da página.

A escolha do tipo de letra - Embora subjetiva, deve considerar à legibilidade,


ou seja, a facilidade que leitor deve ter para reconhecer as letras.

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ZONA DE VISUALIZAÇÃO DO PROJETO GRÁFICO

Quando alguém recebe uma comunicação escrita, uma carta, instintivamente


sua visão se fixa no lado superior à esquerda do papel, pois estamos
condicionados a saber que o começo da escrita ocidental será sempre no lado
superior esquerdo.

A grafia ocidental da esquerda para a direita, no sentido horizontal, é um dos


alicerces do percurso obrigatório dos olhos influindo decisivamente em nosso
comportamento.

1 3 • 1.Principal ou
• primária

• 2.Secundária

5 • 3.Morta

6 • 4.Morta

• 5.Centro ótico

• 6.Centro geométrico

4 2

1. Zona primária – deve conter um elemento forte para atrair a atenção e


interesse do leitor.Esse elemento pode ser uma foto,um texto,um grande
título.
2. Assim como a visão institivamente se desloca com rapidez em diagonal
para o lado oposto, a rota básica da vista se projeta do lado superior
esquerdo para o lado inferior direito.

3 /4Para isso o diagramador terá o cuidado de preencher as zonas mortas e


o centro ótico da página com aspectos atrativos para que aleitura se torne
ordenada, com racionalidade, sem o deslocamento brutal da visão.

5.É importante lembrar que o centro ótico de qualquer peçã impressa está
situado um pouco acima do centro geométrico, quando do cruzamento das
diagonais.

6.Centro geométrico é o centro da página.

27
EXEMPLO:

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LOGOTIPO

Logotipo, ou logótipo, refere-se à forma particular como o nome da marca é


representado graficamente, pela escolha ou desenho de uma tipografia
específica. É um dos elemento gráficos de composição de uma marca,
algumas vezes é o único, tornando-se a principal representação gráfica da
mesma.

A marca Sony ao grafar a sua marca, utiliza apenas a forma particular como o
nome da marca é representado graficamente - o logotipo, prescindindo da
utilização de qualquer outro elemento gráfico adicional (símbolo) para compor a
marca. Ao contrário da SONY, a Wikipédia, utiliza simultaneamente um
Símbolo e um Logotipo para grafar a sua marca.

“O símbolo e o logotipo são formas de grafar a marca, de torná-la visualmente tangível.


É comum as pessoas se referirem ao símbolo como marca. Diz-se freqüentemente: a
marca da Coca-Cola ou da Fiat, quando, na verdade, a intenção é a referência ao
logotipo da Coca-Cola ou da Fiat. Da mesma maneira, símbolos também são
chamados de marcas e também é comum se ouvir referência à marca da Volkswagen ou
da Mercedes-Benz, quando a designação correta seria símbolo (...). Logos em grego
quer dizer conhecimento, e também palavra. Typos quer dizer padrão e também grafia.

BANCO DO BRASIL WOLKSWAGEN

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LAYOUT

Layout (ou leiaute) é um esboço mostrando a distribuição física, tamanhos e


pesos de elementos como texto, gráficos ou figuras num determinado espaço.
Pode ser apenas formas rabiscadas numa folha para depois realizar o projeto
ou pode ser o projeto em fase de desenvolvimento.

Ou seja, uma prévia do serviço pronto antes de executado, onde se pode


alterar sua disponibilidade sem danos a nenhuma das partes envolvidas no
processo (designer e cliente) para que o serviço seja produzido de acordo com
o gosto de cliente, para apenas ao término do desenvolvimento e obtenção de
aprovação, se leva à publico.

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