Você está na página 1de 3

CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS À LUZ DA TEORIA

AMBIENTALISTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ana Paula Rodrigues Pereira1


Noemy Thayane Duarte da Silva1
Yasmin Amorim Campelo1
Bruna Rafaela Leite Dias2

INTRODUÇÃO: A coleta de dados possui papel fundamental para que o profissional


conheça e interaja com o seu paciente, ao obter maior quantidade de informações,
sabendo que o ambiente em que vivem pode influenciar na sua saúde. Porém, foi
observado que os instrumentos de coleta de dados não possuem (ou portam
poucas) informações sobre o ambiente, como ventilação, iluminação, saneamento
básico, entre outros. Revela-se, portanto, um obstáculo para o êxito da assistência
de enfermagem, haja vista a dificuldade de identificação da totalidade de fatores
associados ao processo de adoecimento. OBJETIVO: Descrever a experiência de
acadêmicos de enfermagem sobre a construção de um instrumento de coleta de
dados considerando os pressupostos da Teoria Ambientalista de Florence.
MÉTODO: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, extraído do processo de
construção de um instrumento de coleta de dados, por três acadêmicas de
enfermagem, no período de outubro a dezembro de 2022. Para subsidiar o estudo,
foi realizado também um levantamento bibliográfico sobre a teoria em estudo.
RESULTADOS: Considerando que a coleta de dados deve ser sistemática e
ordenada, direcionada para informações de aspectos biológicos, psicossociais e
ambientais, o instrumento foi estruturado a partir do modelo ambiental de Florence,
de modo a permitir a visualização do ambiente como determinante do processo de
saúde e adoecimento. Desse modo, optou-se pela divisão das informações em
quatro diretrizes: dados socioeconômicos, dados socioambientais, histórico de saúde
e dados sobre necessidades humanas básicas. No tocante aos dados
socioambientais, foram distribuídos questionamentos sobre a saúde física do
paciente e a influência do ambiente sobre esta, como a presença de ruídos,
condição do ar, ventilação, cama, iluminação, água, moradia e possíveis riscos de
acidentes no ambiente domiciliar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A teoria ambientalista
é usual e sempre atual, não apenas pelas descrições sobre higiene, micro-
organismos, sujidades e tratamento dos doentes, mas pela aplicabilidade na prática
de enfermagem com relação ao ser humano, ambiente e saúde. Assim, quando
aplicada na coleta de dados, de forma que abranja o maior número de perguntas
sobre o ambiente, poderá ajudar a identificar fatores de riscos associados ao
ambiente em que o paciente está inserido, contribuindo para um processo de
enfermagem mais eficiente. CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Este
estudo contribuirá para a comunidade acadêmica e assistencial de enfermagem uma
vez que é imprescindível que o profissional contemple, em sua coleta de dados,
aspectos ambientais que possam repercutir na saúde dos indivíduos, visto que que
as defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável ou não, e que as
condições externas afetam totalmente a vida e o desenvolvimento deste.
1 Acadêmico de Enfermagem, Universidade do Estado do Pará (UEPA),
ana.prpereira@aluno.uepa.br; yasmin.acampelo@aluno.uepa.br;
noemy.tddsilva@aluno.uepa.br
2 Mestre em Enfermagem, Professora, Universidade do Estado do Pará (UEPA),
bruna.dias@uepa.br
DESCRITORES: Coleta de Dados; Meio Ambiente e Saúde Pública; Teoria de
Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

BEZERRA, C. M. B. et al. Análise descritiva da teoria ambientalista de enfermagem.


Enfermagem em Foco, v. 9, n. 2, p. 79-83, 2018.

GEORGE, J. B. Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática


profissional.
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MEDEIROS, A. B. A. et al. Teoria ambientalista de Florence Nightingale: uma análise


crítica. Escola Anna Nery, v. 19, n. 3, p. 518-524, 2015.

Você também pode gostar