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HISTOLOGIA GERAL

Sistema Nervoso

Dr. Rafael Quirino Moreira


beletim@yahoo.com.br
Divisão
 SNC sistema nervoso central
◦ Encéfalo
◦ Sistema fotorreceptor (trato e quiasma
óptico)
◦ Medula espinhal
 SNP sistema nervoso periférico
◦ Nervos
◦ Gânglios nervosos
Componentes
 Neurônios
 Células da Glia ou Neuroglia
SNC
 Substância branca
◦ Não apresenta corpos celulares
◦ Prolongamentos de neurônios e neuroglia
◦ Mielina
 Substancia cinzenta
◦ Presença de corpos celulares de neurônios
◦ Neuroglia
SNP
 Corpos de neurônios apenas em gânglios
e órgãos sensoriais (mucosa olfatória)
 Substância Branca abundante
Funções Fundamentais SN
 Detectar, transmitir, analisar e utilizar as
informações geradas pelos estímulos
sensoriais
◦ Calor
◦ Luz
◦ Energia mecânica
◦ Modificações químicas do ambientes externo
ou interno
Funções Fundamentais SN
 Organizar e coordenar quase todas as
funções do organismo
◦ Motoras
◦ Viscerais
◦ Endócrinas
◦ Psíquicas
◦ Ex.: Teor de glicose, hormônios, pH sanguíneo,
interação com outros seres vivos, alimentação,
reprodução, defesa, tensão de O2 e CO2
Neurônios
 Células excitáveis
 Transmitem “informações” (circuitos
neuronais)
 Impulso nervoso
◦ Outros neurônios
◦ Fibras musculares
◦ Tecidos glandulares
Neurônios
 Pericário ou Corpo Celular
◦ Centro trófico da célula
 Dendritos
◦ Recebem os estímulos
 Axônios
◦ Prolongamento único
◦ Transmissão do impulso nervoso
Classificação Morfológica
 Neurônios Multipolares
◦ Mais de dois prolongamentos celulares
 Neurônios Bipolares
◦ Um dendrito e um axônio
 Neurônios Pseudo-unipolares
◦ Prolongamento único próximo ao corpo
celular, que se divide em dois
Classificação Morfológica
Classificação Funcional
 Neurônios Motores (órgãos efetores)
◦ Glândulas exócrinas e endócrinas
◦ Musculatura
 Neurônios Sensoriais
◦ Recebem estímulos sensoriais do meio
externo e próprio organismo
 Interneurônios
◦ Formam circuitos completos
◦ Conexão entre outros neurônios
Corpo Celular ou Pericário
 Porção que contém o núcleo
 Também transmite estímulos
 Núcleo esférico e pouco corado (alta
atividade)
 Rico em Retículo Endoplasmático Rugoso
(corpúsculo de Nissl) mais abundantes
em N. Motores
 Grânulos de melanina
Dendritos
 A maioria dos Neurônios possuem
numerosos
 Vão afinando conforme se ramificam
 Aumento da superfície celular, maior
eficiência no recebimento de estímulos
◦ Cels. de Purkinje – 200.000 terminações de
axônios em seus dendritos
Dendritos
 Neurônios bipolares são poucos (retina,
mucosa olfatória, gânglios cocleares e
vestibulares)
 Espinhas ou Gêmulas
◦ Recebimento dos estímulos
◦ Processamento de sinais
◦ Membranas pós-sinápticas
◦ Ligadas à plasticidade do neurônio: adaptação,
memória e aprendizado
Axônios
 Cada neurônio possui um
 Transmissão do impulso nervoso
 Quase sempre mais longos que os
dendritos (até 1m de comprimento)
 Segmento Inicial (desmielinizado)
Axônios
 Diâmetro constante e com poucas ou
nenhuma ramificação
 Porção final muito ramificada
(telodendro)
 Citoplasma (axoplasma):
◦ Pobre em organelas
◦ Mantido pela atividade sintética do núcleo
Axônios
 Possui movimento ativo de moléculas e
organelas – Fluxos Axonais
 Executados pelos microtubulos e
proteínas motoras
 Fluxo Retrógrado
 Fluxo Anterógrado
◦ Lento (poucos mm/dia)
◦ Rápido (centenas mm/dia)
Potenciais de Membrana

 Axolema (membrana plasmática)


◦ Bombeia Na para fora
◦ [ ] interna de 1/10 da [ ] externa
◦ Mantém K bem mais concentrado no meio
intracelular
Potenciais de Membrana

 Em Repouso:
◦ Interior Negativo
◦ Extracelular com carga positiva
Potenciais de Membrana
 Chegada do Estímulo
 Abertura dos canais de Na
 Influxo intenso de Na
 Interior se torna positivo em relação ao
meio externo ao axônio
Potenciais de Ação
 Esse fator fecha os canais de Na
 Abre os canais de K – saída do meio intra
para o extracelular por difusão
 Reequilíbrio do potencial de membrana
 A chegada do potencial de ação as
terminações do axônio promove a
liberação dos neurotransmissores
Ação de Anestésicos
 Anestésicos locais agem sobre axônios
 Ligam-se a canais de Na inibindo-os
 Inibe potencial de ação
 Bloqueio dos impulsos de dor
Comunicação Sináptica

 Transmissão dos impulsos nervosos


 Unidirecional
 Contato entre Neurônios – Neurônios e
Neurônios – outras células efetoras
 Maioria dos casos = liberação de
neurotransmissores
 Sinápse elétrica
Sinapse

 Terminal pré-sináptico
 Fenda sináptica ou pós-sináptica
 Terminal pós-sináptico
Neurotransmissores

 Substancia de “comunicação”
 Age em receptores químicos pós-
sinápticos
 Abrem e fecham canais de iônicos
 Transmissão do potencial de ação
Tipos de Sinapses

 Axo-somática
 Axo-dendrítica
 Axo-axônica
Seqüência de etapas da sinapse

 Despolarização de membrana abre canais


de Ca no terminal pré-sináptico

 Ca liga as vesículas sinápticas


promovendo exocitose
Sinapse
 Excitatória
 Causam o inicio do impulso nervoso no terminal pós-
sináptico

 Inibitórias
◦ Hiperpolarização sem transmissão de
impulsos
Destino dos Neurotransmissores
 Uma vez usados
 Remoção rápida
◦ Degradação enzimática
◦ Difusão
◦ Endocitose (receptores específicos da
membrana pré-sináptica)
CÉLULAS DA GLIA
 “Babás” dos neurônios
 10 celulas da glia para cada neurônio
 Metade do volume de todo tecido
nervoso
OLIGODENDRÓCITOS
 Produzem bainha de mielina
 Sistema Nervoso Central
 1 célula pra vários axônios
 Enrolamento
Células de Schwann
 Sistema Nervoso Periférico
 1 célula por axônio (fibras mielínicas)
Astrócitos
 Forma estrelada
 Nutrição do Neurônio
 Ligação com capilares e a pia-máter

 Fibroso:
◦ Substância branca
◦ Prolongamentos menos numerosos
 Protoplasmático:
◦ Subst. Cinzenta
◦ Maior número de prolongamentos
Astrócitos
Células Ependimárias
 Células epiteliais
 Revestimento:
◦ Ventrículos do cérebro
◦ Canal Central da Medula Espinhal
 Ciliadas
Micróglia
 Pequenas e alongadas
 Prolongamentos irregulares
 Fagocitárias (mononucleares)
 Inflamação e reparação do SNC
 Ativadas = macrófagos
◦ Fagocitose
◦ Apresentação de antígenos
Cerebelo
 Córtex
◦ Camada molecular (externa)
◦ Camada Central (cels. Purkinje)
◦ Camada Granulosa (interna)

 Medula
Cerebelo
Meninges

 Envolvimento do SNC

 3 camadas
◦ Dura-máter
◦ Aracnóide
◦ Pia-máter
Dura-máter
 Mais externa
 Tecido Conjuntivo Denso
 Contínua com periósteo na caixa craniana
 Descontínua com as vértebras formando
espaço peridural
 Espaço sub-dural entre a Dura-máter e a
Aracnóide
Aracnóide
 Formato de membrana (contato com
dura-máter)
 Formato de traves (contato com pia-
máter)

 Espaço subaracnóideo:
◦ Contém LCR
◦ Colchão hidráulico (proteção)
◦ Entre Aracnoide e Pia-máter
Aracnóide
 Tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos

 Revestida de epitélio simples pavimentoso

 Vilosidades:
◦ Evaginação nos seios da dura-máter
◦ Drenagem LCR
Pia-máter
 Aderida ao SNC
 Altamente vascularizada
 Intimamente ligada aos prolongamentos
de astrócitos
 Recobrem vasos sanguíneos até se
tornarem capilares
Plexo Coróide
 Parte Central:
◦ Tecido Conjuntivo Frouxo
◦ Ricos em capilares
 Coberto por Epitélio Cúbico Simples
 Produz LCR
 Dobras da Pia-máter
 Teto do 3º e 4º Ventrículo
 Parte do Ventrículo Lateral
SNP
 Nervos
◦ Feixes de Fibras Nervosas
◦ Envolvidas por Tecido Conjuntivo

 Gânglios

 Terminações Nervosas
Fibras Nervosas
 1 axônio
 Bainhas e envoltórios
 Mielínicas e Amielínicas
 Enrolamento da Membrana
Plasmática das Células de
Schwann

 Mielina – Diversas camadas


de membrana celular
modificada

 Nódulos de Ranvier -
transição

Fibras Nervosas Mielínicas


Fibras Amielínicas
 Não ocorre enrolamento em espiral
 1 única Célula de Schwann para várias
fibras
 Ausência de Nódulo de Ranvier
 Fibras menos calibrosas
Nervos
 Feixes de fibras nervosas
 Revestidos por Tecido Conjuntivo
◦ Epineuro
◦ Perineuro
◦ Endoneuro
Epineuro
 Camada mais externa

 Tecido conjuntivo denso

 Reveste todos os feixes


Perineuro
 Reveste cada feixe
Endoneuro
 Reveste cada fibra nervosa

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