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CIUR (Fatores, Tipos 1 2 e 3), definição (simétrico intermed, intrinsceco...) quais são as
alterações genéticas que podem levar a CIUR.

Battaglia e Lubchenco definiram recém-nascido pequeno para a idade gestacional (PIG) quando
o peso fetal encontra-se abaixo do percentil 10 para a idade gestacional, sendo essa definição a
mais utilizada na literatura.

Tipo I – Simétrico ou intrínseco ou proporcional ou hipoplásico: ocorre em 20% dos casos,


sendo decorrente de fatores etiológicos que atuam no início da gravidez, na fase de hiperplasia
celular, reduzindo o número de células dos órgãos. Tem evolução crônica e os principais fatores
etiológicos são as infecções maternas (TORCH), as alterações cromossômicas e as
malformações congênitas. Os fetos constitucionalmente pequenos também apresentam
crescimento simétrico, ou seja, são proporcionalmente pequenos, o que pode dificultar o
diagnóstico diferencial. Geralmente não apresentam hipóxia neonatal.

Tipo II – Assimétrico ou desproporcional: ocorre em 75% dos casos, sendo geralmente


decorrente de insuficiência placentária. A agressão ocorre desde o início do 3.º trimestre da
gravidez, na fase de hipertrofia celular, determinando déficit no crescimento celular
(hipotrofia). Como conseqüência observa-se desproporção entre o crescimento do pólo
cefálico e do tronco e membros. Essa desproporção resulta da redução da circunferência
abdominal, uma vez que o fígado, principal órgão afetado tem seu crescimento prejudicado
pelo maior consumo de glicogênio, caracterizando os fetos como magros, com estatura normal
e pólo cefálico proporcionalmente grande. Nessa fase de hiperplasia ocorre redução da oferta
de nutrientes que determina redistribuição dos fluxos sanguíneos para privilegiar órgãos como
cérebro, coração e supra-renais. Podem apresentar hipóxia e hipoglicemia.

Tipo III – Intermediário ou misto: responde por 5% a 10% dos casos, sendo conseqüente a
processos de agressão tanto na fase de hiperplasia quanto na de hipertrofia do crescimento
celular. Os principais fatores etiológicos são desnutrição materna e consumo de drogas ilícitas,
álcool, fumo e cafeína. O diagnóstico clínico do tipo III é difícil, sendo geralmente os RN
classificados como tipo I ou II.

Fatores etiológicos

A causa mais comum de RCIU (80% a 90% dos casos), passível de ação preventiva e terapêutica
no futuro, é o déficit de passagem de nutrientes e oxigênio através da placenta para o feto.
Portanto, o transporte e o metabolismo placentário são fundamentais para a nutrição e
oxigenação do feto, atuando a placenta como um órgão limite entre as condições maternas e
as necessidades fetais.

Existem múltiplos fatores etiológicos de restrição de crescimento fetal, envolvendo


mecanismos complexos, que dificultam a compreensão da sua fisiopatologia. Dentre eles
destacam-se os maternos, fetais e placentários.

Não é foco malformações. Trissomia, Edwards etc.

Estimativa de IG. Cálculo. Prematuridade, 2 questoes abertas. Objetivas sem pegadinha.

A estimativa da IG pode ser feita pela DUM (data da ultima menstruação), Data de concepção
ou pela Ultrassonografia Fetal.
DUM

Quando a DUM é conhecida e certa: com auxílio do calendário, somamos o número de dias
transcorridos entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em
semanas). O que sobrar de resto nesta divisão corresponderá ao número de dias.

Quando a mulher não lembrar ou não tiver certeza da DUM: questione se a menstruação dela
costumava vir no início, na metade ou no final do mês e dependendo da resposta, você
considerará para o cálculo o dia 5, 15 ou 30, respectivamente! E aguardará o resultado da
primeira ultrassonografia obstétrica para confirmar a data!

Risco de prematuridade!

A prematuridade consiste no nascimento do feto transcorrido entre 22 e 37 semanas de


gestação. Antes deste intervalo, considera-se abortamento (já que não há viabilidade fetal), e
posteriormente, um parto a termo (≥ 37 e < 42 semanas) ou um parto pós-termo (≥ 42
semanas).

O bebê prematuro pode ainda ser classificado em:

Pré-termo tardio: nascimento com ≥ 34 semanas;

Pré-termo moderado: nascimento com ≥ 30 e < 34 semanas;

Pré-termo extremo: nascimento com < 30 semanas.

Etiologia da Prematuridade

A prematuridade é multifatorial, sendo originada tanto por causas evitáveis, quanto não
evitáveis. Veja a seguir algumas delas:

Sobredistensão uterina, que ocorre, por exemplo, na polidramnia e na gestação gemelar ou


quando há miomas ou malformações uterinas, como hipoplasia e defeitos de fusão;

Rotura prematura de membranas ovulares (RPMO), também denominada amniorrexe


prematura, que pode ser primária ou secundária (a infecções, principalmente);

Gestação de alto risco, que pode levar ao parto prematuro por dois mecanismos: 1) as
alterações endócrinas podem levar ao aumento da contratilidade uterina; 2) devido às
complicações maternas e/ou sofrimento fetal, o parto prematuro deve ser indicado;

Hemorragias da 2ª metade da gestação, principalmente placenta prévia e descolamento


prematuro de placenta (DPP);

Incompetência istmocervical, que se caracteriza pelo encurtamento e dilatação do colo cervical


antes do fim da gestação, sendo a origem de abortos tardios e partos prematuros;

Infecções, que além de elevarem a cinética uterina, podem causar corioamnionite, responsável
por desencadear o óbito fetal ou RPMO;

Iatrogenia, havendo a interrupção da gestação motivada por patologias maternas ou fetais ou


por conta de cesariana eletiva com idade gestacional erroneamente calculada.

Fatores de risco da Prematuridade


Os fatores de risco estão relacionados a etiologia. Entre eles se encontram:

História de prematuridade: este é o principal fator de risco, de forma que uma grávida que,
anteriormente, teve filho pré-termo deve ser acompanhada de maneira mais atenta;

Fatores anatômicos, tanto uterinos quanto cervicais, como a miomatose uterina (com miomas
múltiplos ou volumosos) e o colo curto (<25 mm);

Gestação múltipla;

Polidramnia;

Infecções sistêmicas e doenças sexualmente transmissíveis;

Drogas (tabaco, cocaína, álcool);

Estresse e ansiedade: fatores estressores podem desencadear alterações hormonais, entre elas
a liberação de ocitocina pela hipófise posterior, o que culmina nas contrações uterinas.

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Icterícia

A icterícia fisiológica decorre de limitações do metabolismo da bilirrubina, tanto pela


sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito e a menor capacidade de captação hepática, como
também pela conjugação e excreção hepática deficientes. A sobrecarga de bilirrubina ao
hepatócito sofre influência da produção e da circulação êntero-hepática aumentadas devido ao
menor tempo de vida média das hemácias e à maior quantidade de hemoglobina do RN. A
circulação êntero-hepática é determinada pela escassa flora intestinal e pela maior atividade
da enzima betaglicorunidase na mucosa do intestino, com consequente aumento e absorção
da bilirrubina não conjugada pela circulação êntero-hepática e sobrecarga de bilirrubina ao
hepatócito. Outros fatores como a captação, a conjugação e a excreção hepáticas deficientes
da bilirrubina, nas primeiras semanas de vida, corroboram para a manifestação clínica da
icterícia fisiológica.

A hiperbilirrubinemia indireta é denominada de fisiológica nos RN termo quando a


manifestação clínica ocorre após 24 horas de vida, atingindo concentração de bilirrubina sérica
em torno de 12mg/dL de BT, entre o terceiro e o quarto dias de vida. Em nosso meio, a história
natural da hiperbilirrubinemia foi verificada em 223 RN (46% branca, 34% parda e 20% preta),
termos (IG=37-41 semanas) e potencialmente saudáveis, que apresentaram média de BT
transcutânea ao redor de 5,5 mg/dL entre o 3º e 5º dias de vida, com declínio até 3 mg/dL no
12º dia de vida. O percentil 95 correspondeu à BT de 12 mg/dL entre o 3º e 5º dias de vida e de
8,5 mg/dL no 12º dia de vida. Os 223 RN caracterizaram-se por iniciar o aleitamento materno
na primeira hora (66%) ou até a quarta hora (44%) após o parto, permanecer em aloja mento
conjunto enquanto hospitalizados e mamar em livre demanda. A perda máxima de peso foi de
5% entre 2º-3º dias de vida, com recuperação do peso ao nascer no 5º dia de vida,
considerados valores médios. A alta hospitalar ocorreu entre 48 e 72 horas.

Metabolismo da Bilirrubina.
O metabolismo da bilirrubina pode ser subdividido em captação, armazenamento, conjugação
e secreção hepática, na qual se encontram enzimas cujas atividades podem ser alteradas
causando processos patogénicos.

As hemácias são formadas na medula óssea e se destinam ao sistema circulatório, circulam por
120 dias e são destruídas. No transcorrer desse período, seu sistema metabólico torna-se cada
vez menos ativo, a sua membrana fica mais frágil (senescente) e rompe-se durante sua
passagem em lugares estreitos.

Muitas hemácias se autodestroem no baço, onde os espaços entre as trabéculas estruturais da


polpa vermelha pelos quais devem passar a maioria das hemácias medem apenas 3 µm de
largura em comparação com o diâmetro de 8 µm das hemácias.

A ruptura das hemácias libera a hemoglobina, que é fagocitada de imediato pelos macrófagos
em muitas partes do organismo, especialmente pelas células de Kupffer, no fígado, e pelos
macrófagos no baço e na medula óssea.

É captada pelo sistema retículo-endotelial, sendo transformada a sua hemoglobina pela


hemeoxigenase em biliverdina, monóxido de carbono e ferro. A biliverdina-redutase converte a
biliverdina em bilirrubina livre, sendo gradualmente liberada dos macrófagos para o plasma.

A taxa de conversão da biliverdina em bilirrubina livre é de 4 mg/kg/dia. Essa bilirrubina é


lipossolúvel e apolar, podendo ligar-se à albumina e sua fração livre atravessar a barreira
hematoencefálica.

A bilirrubina livre atravessa facilmente a barreira hematoencefálica, sendo potencialmente


tóxica para o tecido nervoso.

A afinidade da bilirrubina pelo tecido nervoso não conjugada concomitante às concentrações


elevadas no sangue em recém-nascidos pode impregnar os gânglios da base, causando
kernicterus.

A bilirrubina sérica se liga fortemente à albumina plasmática, sendo transportada por todo o
sangue e fluido intersticiais.

Observa-se que a pequena fração de bilirrubina não ligada ao plasma pode aumentar na
doença hemolítica grave ou quando drogas ligadoras de proteínas deslocam a bilirrubina da
albumina.

A bilirrubina ligada às proteínas plasmáticas é denominada "livre", a fim de distinguir-se da


forma conjugada.

A bilirrubina livre, quando chega ao fígado, é recolhida pelos hepatócitos por meio de sistemas
proteicos, transportadores de membrana (proteínas X e Y), num processo chamado captação.

É a seguir liberada da albumina plasmática e conjugada por ação de enzimas microssomais


(UDP glicuroniltransferase) com uma ou duas moléculas de ácido glicurônico, formando um
composto mais polar e hidrossolúvel, a "bilirrubina conjugada".

Parte dessa bilirrubina liberada nos hepatócitos pode-se ligar a uma proteína citoplasmática
denominada ligandina, etapa posterior à sua conjugação, que impede o efluxo dessa substância
do hepatócito para o plasma.
A bilirrubina conjugada é excretada através do polo biliar dos hepatócitos que está em íntimo
contato com os canalículos biliares1,3 e daí para os intestinos.

A conjugação da bilirrubina ocorre majoritariamente no fígado, sendo também observada nas


células dos túbulos renais e nos enterócitos.

A bilirrubina conjugada é transportada como complexo lipídico-micelar até o duodeno através


do ducto biliar principal, sendo desconjugada e reduzida no cólon por ação das glicuronidases
bacterianas, formando os urobilinogênios.

Essas moléculas são excretadas nas fezes, em sua maioria, e pequena parte é reabsorvida
através da mucosa intestinal e volta ao fígado pelo sistema porta, constituindo o ciclo entero-
hepático da bilirrubina1; e cerca de 5% são excretados na urina pelos rins.

A ligação forte da bilirrubina não conjugada com a albumina plasmática e o estabelecimento de


interações fracas com os sais biliares, micelas mistas e vesículas lipídicas tornam-se sua
excreção renal limitada, razao pela qual é eliminada, sobretudo pelo fígado.

Zonas de Kramer!!

A icterícia apresenta progressão craniocaudal e pode ser detectada visualmente por meio da
digitopressão na pele do RN. É classificada de acordo com cinco zonas de Kramer (zonas
dérmicas), a saber: presença de icterícia na cabeça e pescoço (zona 1), da cabeça até a cicatriz
umbilical (zona 2), até os joelhos e cotovelos (zona 3), nos braços, antebraços e pernas (zona
4) e nas mãos e pés (zona 5). Quanto maior o número de áreas atingidas, maiores os níveis
séricos de bilirrubina(1,3). Ademais, a icterícia fisiológica caracteriza-se por início tardio (após
24 horas) com pico entre o 3º e 4º dias de vida e declínio em 1 semana. Já a icterícia patológica
é sugerida por icterícia precoce (antes de 24h de vida), associação com outras manifestações
clínicas ou doenças do RN como anemia, plaquetopenia, letargia e perda de peso e icterícia
prolongada (maior que 8 dias no a termo e superior a 14 dias no pré-termo)(2,3,4).

No quadro de encefalopatia bilirrubínica aguda, ocorre letargia, hipotonia e sucção débil nos
primeiros dias de vida. Caso não haja uma intervenção terapêutica imediata e agressiva, pode
evoluir para Kernicterus, que consiste na forma crônica da doença com sequelas neurológicas
permanentes(1,2).
Adaptações fisiológicas Sistema cárdio vascular e repiratório

Sistema respiratório: O início da respiração pode ser considerado a alteração fisiológica mais
critica e imediata para o recém-nascido. Alguns estímulos induzem a respiração no momento
do nascimento; são fatores químicos, estímulos térmicos e táteis.

Fatores químicos no sangue: envolvem oxigênio diminuído, dióxido de carbono elevado e pH


baixo. Estes iniciam os impulsos que irão excitar o centro respiratório da medula.

Estímulos térmicos: diz respeito ao resfriamento repentino do recém-nascido, que se


encontrava em ambiente mais aquecido e, ao nascimento, entra em uma atmosfera
relativamente mais fria. A mudança de temperatura, de modo brusco, faz com que sejam
deflagrados impulsos sensoriais na pele que são transmitidos ao centro respiratório. O manusei
e a secagem normais do recém-nascido estimulam as respirações; a estimulação tátil, no
entanto, nem sempre induz a respiração, frente a um quadro de comprometimento do bebe ao
nascer.

Estímulos táteis: Durante o parto normal, o canal vagina da mãe comprime o tronco do feto.
Assim que o tronco aparece, o tórax novamente comprime e o ar é sugado para dentro dos
pulmões. Acresce-se a isso, o clampamento do cordão umbilical que afeta os
quimiorreceptores sensíveis às mudanças no conteúdo de oxigênio e dióxido de carbono das
artérias, e contribui para o começo das respirações.

Por volta da 28º semana de gestação aumenta a produção de surfactantes e na 35ª semana
essa produção chega ao auge. Por volta da 32ª semana o feto tem surfactante suficiente para
apoiar a respiração extrauterina.

O sistema circulatório devido ao camplamento do cordão umbilical começa suas alterações;


quando era ligado a placenta o feto possui um forame oval no septo do coração, para que a
circulação faça o seu trajeto sem passar pelos pulmões e também o ducto venoso e o arterial,
onde o venoso é responsável por comunicar a veia umbilical com o veia cava inferior e o ducto
arterial desvia o sangue da artéria pulmonar para a aorta. Quando ocorre o camplamento do
cordão e a respiração do recém-nascido, devido à pressão sanguínea, alguns componentes
químicos e a respiração ocorre o fechamento dos ductos, já o forame oval com as contrações
musculares do coração diminui e com o passar dos dias ele vai se fechando.

Adaptação térmica.

A regulação da temperatura é um dos fatores mais críticos na sobrevivência e estabilidade do


recém-nascido por esse motivo deve-se proporcionar um ambiente termicamente neutro para
que o consumo de oxigênio seja suficiente para a manutenção da temperatura corporal.

Os tipos de mecanismos de perda de calor nos neonatos são: condução evaporação, convecção
e radiação.
Um bebê recém-nascido está molhado do líquido amniótico e pode facilmente ficar frio. É
necessário:

Secar o bebê e usar cobertores quentes e lâmpadas de aquecimento pode ajudar a evitar a
perda de calor;

Muitas vezes, um gorro de malha é colocado na cabeça do bebê;

Colocar um bebê pele a pele no peito ou no abdômen também ajuda a manter o bebê
aquecido. Esse contato pele a pele precoce também reduz o choro, melhora sua interação com
o bebê e ajuda você a amamentar com sucesso.

Quais são os cuidados imediatos com o recém-nascido?

As avaliações de saúde do novo bebê começam imediatamente. Uma das primeiras


verificações é o teste de Apgar.

O teste de Apgar é um sistema de pontuação para avaliar a condição do recém-nascido em 1


minuto e 5 minutos após o nascimento. O profissional de saúde ou a parteira e as enfermeiras
avaliarão esses sinais e darão um valor em pontos:

Atividade; tônus muscular

Taxa de pulso

Careta; irritabilidade reflexa

Aparência; cor da pele

Respiração

Uma pontuação de 7 a 10 é considerada normal. Entre 4 a 6 pode significar que o bebê precisa
de algumas medidas de respiração de resgate (oxigênio) e monitoramento cuidadoso.

Já se for uma pontuação de 3 ou menos significa que o bebê precisa de respiração de resgate e
técnicas de salvamento.
O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o início da reanimação nem as
manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. No entanto, sua aferição
longitudinal permite avaliar a resposta do RN às manobras realizadas e a eficácia dessas
manobras. Se o escore é inferior a sete no quinto minuto, recomenda-se sua aplicação a cada
cinco minutos, até 20 minutos de vida.14 Enfatiza-se que, apesar da subjetividade e da
dificuldade em aplicá-lo em RN sob ventilação, o acompanhamento dos escores de Apgar em
uma instituição permite identificar a necessidade de implementar programas educacionais e
melhoria no cuidado perinatal, além de verificar o impacto das intervenções na qualidade do
serviço. É necessário que a documentação do escore de Apgar seja concomitante à dos
procedimentos de reanimação executados, em formulário específico.

Após o clampeamento do cordão, o RN poderá ser mantido sobre o abdome e/ou tórax
materno, usando o corpo da mãe como fonte de calor, garantindo-se que o posicionamento da
criança permita movimentos respiratórios efetivos. O contato pele a pele imediatamente após
o nascimento, em temperatura ambiente de 26ºC, reduz o risco de hipotermia em RNs a termo
que nascem com respiração espontânea e que não necessitam de ventilação, desde que
cobertos com campos preaquecidos.6-8 Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação.
Após a realização dos cuidados de rotina na sala de parto, a serem relatados ao final do texto, o
RN em boas condições clínicas deve ser encaminhado com a mãe ao alojamento conjunto.

Vínculo mãe-filho e triagem neonatal

O processo de amamentar proporciona uma conexão mais íntima entre mãe e bebê
satisfazendo mais amplamente as necessidades emocionais e oferecendo maior garantia de
equilíbrio interno a ambos.

Este hormônio é estimulado sempre que o bebê lambe, suga ou massageia o seio.
Independente do aspecto nutricional, o ato de sugar proporciona intensa sensação de prazer
para o bebê.
A amamentação é uma vacina contra carência afetiva: a mãe semeia a autoestima, registrando
no sistema nervoso do bebê a paz e o amor que sente pelo seu filho.

É importante atentar para a maneira como o seio é oferecido ao bebê, porque, além do leite,
ele incorpora também a voz da mãe, seus embalos e suas carícias.

Além de proporcionar sensação de prazer, proteção e segurança ao bebê, as carícias da mãe


durante a mamada auxiliam na formação do seu contorno corporal, despertam a percepção
das sensações corporais e promovendo o desenvolvimento da afetividade, o contato físico com
o corpo da mãe proporciona segurança e bem estar.

O bebê pode ver o seu rosto e observar suas expressões, ouvir as batidas do seu coração, sentir
seu cheiro e ouvir sua voz, sentir o calor de seus braços e o toque de suas mãos, estabelecendo
o limite entre o seu eu e o de sua mãe.

Reduz o efeito traumático causado pelo parto (ruptura), ajudando a prevenir a depressão pós-
parto nas primeiras horas após o parto, ocorre uma intensa liberação de Ocitocina (hormônio
que proporciona bem-estar, aumento da tolerância à dor e sensação de prazer no ato de
amamentar, aumentando o amor pelo bebê).

Teste do Pezinho

É a coleta de gotas de sangue dos pés do bebê. O exame deve ser realizado entre o 3º e 5º dia
de vida do recém-nascido. Atualmente, é possível identificar até seis doenças com o Teste
Pezinho: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística,
hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.

Teste da Orelhinha

Auxilia na identificação de problemas auditivos de forma precoce. No exame, o médico utiliza


um aparelho para produzir estímulos sonoros e avaliar as estruturas internas do ouvido do
bebê.

Teste do Olhinho

Identifica precocemente possíveis deficiências visuais. O pediatra projeta uma luz nos olhos do
bebê com um pequeno aparelho. Se a luz refletida no fundo do olho for avermelhada,
alaranjada ou amarelada, a visão da criança está saudável. No entanto, se a luz refletida for
esbranquiçada ou tiver alterações no formato, a criança deve ser encaminhada para uma
avaliação oftalmológica especializada.

Teste do Coraçãozinho

Deve ser realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, antes da alta hospitalar. O exame
clínico consiste em medir a quantidade de oxigênio no sangue e os batimentos cardíacos do
bebê, a partir do uso de um aparelho chamado oxímetro de pulso. Com ele, é possível
identificar possíveis alterações congênitas.

Teste da Linguinha

Identifica precocemente alterações no frênulo lingual, que podem restringir em diferentes


graus os movimentos da língua. O frênulo é a membrana que liga a parte inferior da língua à
base da boca. Alterações podem dificultar o processo de amamentação.
P3:

Aleitamento materno!, vantagens e desvantagens,

Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno


sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno.

Evita mortes infantis

Evita diarreia

Evita infecções respiratória

Diminui o risco de alergias

Diminui o risco de hipertensão colesterol alto e diabetes

Reduz a chance de obesidade

Melhor nutrição

Efeito positivo na inteligecia

Melhor desenvolvimento da cavidade bucal

Proteção contra câncer de mama

Evita nova gravidez

Outras possíveis vantagens para as mulheres

Menor custo financeiro

Promoção do vínculo afetivo entre mãe e vilho

Melhor qualidade de vida

Benefícios para a mãe

• Reduz o peso mais rapidamente após o parto.

• Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de


anemia após o parto.

• Reduz o risco de diabetes.

• Reduz o risco de câncer de mama, de ovário e de útero.

• Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros seis meses, desde
que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro
alimento), em livre demanda (dia e noite, sempre que o bebê quiser) e ainda não tenha
menstruado.
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (Aidpi) para o período neonatal

Esta estratégia compreende um conjunto integrado de ações de promoção da saúde,


prevenção de doenças e manejo dos agravos que, realizadas por profissionais de saúde
queatuam no nível primário e comunitário, proporcionam atenção de qualidade às
crianças,suas famílias e comunidades.

Os tratamentos são indicados com base em classificações dos casos (em lugar de diagnósticos
exatos), que abrangem as doenças mais prováveis representadas em cada classe. Os modelos
oferecem instruções sobre como avaliar sistematicamente uma criança por meio da
observação de sinais gerais de doenças frequentes. A avaliação consiste em entrevista com a
mãe ou o responsável, no reconhecimento dos sinais clínicos, na escolha do tratamento
apropriado e nas orientações com relação à prevenção.

• Avaliar a criança, detectando em primeiro lugar sinais de risco, mediante formulação


de perguntas, exame da criança e avaliação da nutrição e do estado de vacinação.

• Classificar as doenças conforme tabelas de classificação.

• Tratar de acordo com a classificação.

Além de avaliar, classificar e tratar, cabe ao profissional de saúde:

• Agendar retorno, solicitando ao responsável pela criança que retorne para seguimento
em uma data marcada e orientá-lo como reconhecer os sinais de perigo, que indicam que a
criança deve retornar imediatamente ao serviço de saúde.

• Avaliar a alimentação, incluindo as práticas relativas ao aleitamento materno, e


oferecer orientação para resolver qualquer problema identificado. Deve-se aproveitar a
oportunidade para orientar a mãe sobre sua própria saúde.

O programa Aidpi almeja, também, que as famílias incorporem boas práticas para proporcionar
às crianças um desenvolvimento saudável, por meio de medidas preventivas, e que elas
ofereçam cuidados adequados às crianças em casa, quando estão doentes e, o mais
importante, que detectem oportunamente os sinais de perigo que requerem encaminhamento
urgente da criança a um serviço de saúde.

DNPM marcos do desenvolvimento

Os conhecimentos dos marcos do desenvolvimento são essenciais para estabelecer parâmetros


aceitáveis às crianças. Na atenção básica, o objetivo dessa análise visa promoção, proteção e a
detecção precoce de possíveis doenças relacionadas ao desenvolvimento, permitindo ações
que possam mudar positivamente sua vida futura. Veremos neste texto os principais marcos do
desenvolvimento infantil, visando uma anamnese investigativa, capaz de detectar possíveis
atrasos e distúrbios na criança. Aqui, você encontrará as características esperadas para cada
momento, em média, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, e uma avaliação mais
avançada poderá ser necessária, caso o paciente apresente divergências com os resultados
esperados.

Percebendo alterações no desenvolvimento


• É importante observar como a criança reage ao contato com as pessoas e com o ambiente: se
responde ao olhar, à conversa e ao toque dos pais/cuidadores quando
amamentada/alimentada, colocada no colo, acariciada. Na criança maior, é importante
observar se ela habitualmente se isola, recusa-se a brincar com outras crianças, tem
dificuldade na linguagem ou apresenta gestos/movimentos repetitivos.

• É importante também observar se há atraso no desenvolvimento de atividades motoras


(como sustentar a cabeça, virar de bruços, engatinhar e andar), na linguagem e comunicação,
em memorizar, em realizar alguma tarefa até o fim, na aprendizagem e na solução de
problemas práticos relacionados aos hábitos da vida diária.

Se a criança não age como você espera e seu desenvolvimento causa dúvidas ou ansiedade na
família, converse com o profissional de saúde sobre isso.

Quanto mais cedo um problema for identificado e tratado, melhor o resultado. Qualquer atraso
ou transtorno de desenvolvimento pode ser minimizado se a criança receber atenção e
estimulação adequadas, com a participação da família e de profissionais.

• O diagnóstico de uma deficiência na criança pode gerar momentos difíceis e sentimentos


como medo, dúvidas, angústias e dificuldades de aceitação. Todos esses sentimentos são
normais diante de um fato novo e não esperado.

• No caso de crianças com deficiência, informações sobre os cuidados com a saúde e o


conhecimento sobre os seus direitos são muito importantes para o fortalecimento da família e
para o desenvolvimento de habilidades e capacidades que facilitem a independência e a
participação social dessas crianças.

, Escala de Denver (não precisa decorar) Pegar o resuminho na caderneta da criança.


Reavaliação para diagno de atraso. Plotar o gráfico dos percentis AIG, PIG, sobrepeso ...
Avaliações de crescimento. Classificações dos prematuros, a termo, situação peso.

P4:

Doenças Exantemáticas em diferentes situações, caso clínico para diagnosticar, catapora,


sarampo, dengue ....

P5:

Tipos de imunizações

Reações das vacinas ( sentido de mais reacionais, ovo, etc)

Violência, denuncia papel médico, ECA,

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