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Disciplina:

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
SAÚDE DA MULHER
Professora: Enfermeira Aryádna Caroline Lima Damasceno
Métodos
contraceptivos

Planejamento Familiar
PLANEJAMENTO FAMILIAR

O planejamento reprodutivo, chamado também de


planejamento familiar, designa um conjunto de ações
de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar
as pessoas a prever e controlar a geração e o
nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e
adolescentes, com vida sexual com e sem parcerias
estáveis, bem como aqueles e aquelas que se
preparam para iniciar sua vida sexual. As ações do
planejamento reprodutivo ou planejamento familiar
são definidas e amparadas pela Lei nº 9.263/1996, que
também estabelece penalidades e dá outras
providências.
Art. 3º
 Art. 3º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de
atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento
global e integral à saúde.
 Parágrafo único - As instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde, em todos
os seus níveis, na prestação das ações previstas no caput, obrigam-se a
garantir, em toda a sua rede de serviços, no que respeita a atenção à mulher,
ao homem ou ao casal, programa de atenção integral à saúde, em todos os
seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas, entre outras:
 I - a assistência à concepção e contracepção;
 II - o atendimento pré-natal;
 III - a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato;
 IV - o controle das doenças sexualmente transmissíveis;
 V - o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de mama e do
câncer de pênis.
 V - o controle e a prevenção dos cânceres cérvico-uterino, de mama, de
próstata e de pênis.
Art. 9º
 Art. 9º Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão
oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção
cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde
das pessoas, garantida a liberdade de opção. Parágrafo único. A
prescrição a que se refere o caput só poderá ocorrer mediante avaliação
e acompanhamento clínico e com informação sobre os seus riscos,
vantagens, desvantagens e eficácia.
 § 1º A prescrição a que se refere o caput só poderá ocorrer mediante
avaliação e acompanhamento clínico e com informação sobre os seus
riscos, vantagens, desvantagens e eficácia. (Redação dada pela Lei nº
14.443, de 2022) Vigência
 § 2º A disponibilização de qualquer método e técnica de contracepção
dar-se-á no prazo máximo de 30 (trinta) dias. (Incluído pela Lei nº
14.443, de 2022) Vigência
 Asações de planejamento reprodutivo são
voltadas para o fortalecimento dos direitos
sexuais e reprodutivos dos indivíduos e se
baseiam em ações clínicas, preventivas,
educativas, oferta de informações e dos
meios, métodos e técnicas para regulação da
fecundidade. Devem incluir e valorizar a
participação masculina, uma vez que a
responsabilidade e os riscos das práticas
anticoncepcionais são predominantemente
assumidos pelas mulheres
É importante atentar para as ações de
planejamento reprodutivo das mulheres
lésbicas e bissexuais. Para esse grupo, o
desejo ou o direito à maternidade precisa ser
garantido, considerando que técnicas de
reprodução assistida como a inseminação
artificial e a fertilização in vitro estão
disponíveis pelo SUS, independentemente do
diagnóstico de infertilidade.
Na atenção básica a atuação dos
Profissionais de Saúde no que se refere
ao planejamento reprodutivo envolve
principalmente três tipos de atividades:
ACONSELHAMENTO

AVALIAÇÃO GLOBAL ENTREVISTA EXAME FÍSICO EXAMES


COMPLEMENTARES

ATIVIDADES EDUCATIVAS
 ACONSELHAMENTO
O aconselhamento é entendido como um "processo de escuta ativa individualizado e
centrado no indivíduo. Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relação de confiança
entre os interlocutores visando o resgate dos recursos internos do indivíduo para que ele
tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde e transformação"
(CN DST/AIDS – MS, 1997).
Esta prática pressupõe: (1) a identificação e acolhimento da demanda do indivíduo ou
casal, entendida como suas necessidades, dúvidas, preocupações, medos e angústias
entre outras, relacionadas às questões de planejamento familiar e prevenção das
DST/AIDS; (2) avaliação de risco individual ou do casal, para a infecção pelo HIV e outras
DSTs; e (3) o reconhecimento pelo profissional de que o sucesso a ser alcançado depende
da ação conjunta dos interlocutores (profissional e indivíduo ou casal). Implica, portanto, na
promoção de um diálogo no qual a mensagem é contextualizada às características e
vivência da(s) pessoa(s) e na necessidade de participação ativa nesse processo. A idéia
demarcada no aconselhamento é a troca. Dessa forma torna-se possível o
desenvolvimento de uma relação de confiança, condição básica para a realização dos
procedimentos presentes no processo de aconselhamento.
 ATIVIDADES CLÍNICAS

As atividades clínicas devem ser realizadas levando-se em conta que todo e


qualquer contato que a mulher venha a ter com os serviços de saúde deve ser
utilizado em benefício da promoção, proteção e recuperação da sua saúde. De tal
forma que a primeira consulta deve ser feita após as atividades educativas
incluindo: a anamnese; exame físico geral e ginecológico, com especial atenção
para a orientação do auto-exame de mamas e levantamento de data da última
colpocitologia oncótica para avaliar a necessidade de realização da coleta ou
encaminhamento para tal; análise da escolha e prescrição do método
anticoncepcional. As consultas subseqüentes ou consultas de retorno visam um
atendimento periódico e contínuo para reavaliar a adequação do método em uso,
bem como prevenir, identificar e tratar possíveis intercorrências.
 ATIVIDADES EDUCATIVAS
As atividades educativas devem ser desenvolvidas com o objetivo de oferecer à
clientela os conhecimentos necessários para a escolha e posterior utilização do
método anticoncepcional mais adequado, assim como propiciar o questionamento
e reflexão sobre os temas relacionados com a prática da anticoncepção, inclusive
a sexualidade. As ações educativas devem ser preferencialmente realizadas em
grupo, precedendo a primeira consulta, e devem ser sempre reforçadas pela ação
educativa individual. Existem diferentes metodologias de trabalho de grupo. Cada
serviço deve utilizar a que melhor se adapte às suas disponibilidades de pessoal,
de tempo e de espaço, bem como às características e necessidades do grupo em
questão. Seja qual for a metodologia utilizada, é de fundamental importância que
as práticas educativas tenham um caráter participativo, permitindo a troca de
informações e experiências baseadas na vivência de cada indivíduo do grupo. A
linguagem utilizada pelo profissional de saúde deve ser sempre acessível,
simples e precisa.
O planejamento familiar inicia no setor
Acolhimento dentro da UBS.

Neste primeiro momento deve-se:


-Identificar os motivos do contato da mulher
-Direcionar para o atendimento necessário.
Entrevista:

 Registrar os antecedentes pessoais obstétricos e patológicos (com


atenção especial às IST e às doenças cardiovasculares e
metabólicas)
 Abordar, sempre que pertinente, as questões referentes às
parcerias, à identidade de gênero, à orientação sexual e à
satisfação sexual pessoal ou do casal.
 Questionar se há medicações em uso.
 Investigar presença de dispaurenia e de sangramentos vaginais
pós-coito ou anormais, principalmente se há intenção de uso do
DIU.
 Questionar sobre o desejo de concepção ou anticoncepção por
parte da mulher ou do casal.
 Indagar sobre o conhecimento e uso prévio de métodos
anticoncepcionais.
Indicação de preservativos: Quem faz?
Equipe Multiprofissional
 • Orientar sobre o uso e formas de inserção dos preservativos
masculinos e femininos.
 • Orientar sobre sua função como método de barreira e a
importância da dupla proteção.
 • Ofertar preservativos masculinos e femininos para as usuárias
e usuários.
 • Atentar em especial para aquelas(es) desproporcionalmente
afetadas(os) pelo HIV/aids: profissionais do sexo, homens que
fazem sexo com homens, população transgênera e transexual,
pessoas que utilizam substâncias psicoativas injetáveis e
população em privação de liberdade.
Escolha do método anticoncepcional: quem
faz?
Enfermeiro ou médico.
Neste momento são realizadas as seguintes ações:

 • Orientar sobre os métodos anticoncepcionais existentes e disponíveis na


Atenção Básica.
 • Informar a eficácia de cada método, sua forma de uso e possíveis efeitos
adversos.
 • Orientar sobre suas contraindicações diante de certos antecedentes clínicos
e/ou ginecológicos.
 • Reforçar a importância do retorno para acompanhamento clínico conforme
método em uso e disponibilidade da usuária.
 • Recomendar métodos de acordo com adequação e escolha informada da
usuária, considerando fatores individuais e contexto de vida dos usuários(as) no
momento da escolha do método.
Educação em saúde:

 • Orientar individual ou coletivamente pessoas em idade fértil


(10-49 anos), considerando os aspectos biopsicossociais
relacionados ao livre exercício da sexualidade e do prazer,
além dos aspectos culturais e transgeracionais relacionados à
sexualidade e à reprodução.

 • Orientar acerca de temas importantes como direitos sexuais


e direitos reprodutivos, sexo seguro, métodos
anticoncepcionais (quadros 2, 3 e 4), papéis sociais e projeto
de vida, reprodução humana assistida, atenção humanizada ao
abortamento, riscos implicados em certas práticas sexuais.
MÉTODOS
CONTRACEPTIVOS
 Anticoncepcionais hormonais na história da
sociedade
- 1960
- Objetivos

 Importância dos anticoncepcionais


Indicações e contraindicações dos
anticoncepcionais hormonais:
 Sob prescrição médica:
- exames
- fatores: hereditariedade, estilo de vida, ser
tabagista ...

 Contraindicações:
Ser tabagista, histórico de problemas de saúde
relacionados ao sistema cardiovascular
Histórico de alguns problemas
de saúde relacionados ao uso
de anticoncepcionais
 Doenças Cardiovasculares

É uma das principais causas de morte não só no Brasil, mas em todo


o mundo.

 Algumas doenças cardíacas podem ser detectadas nos primeiros


anos de vida.
 Os hormônios presentes nas pílulas favorecem a contração dos vasos
sanguineos e aceleram a formação de coágulos, comprometendo a
circulação do sangue.
Histórico de alguns problemas de saúde relacionados ao uso de anticoncepcionais

 Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Ocorre quando, no percurso de vasos que levam sangue ao cérebro,


ocorre entopimentos nesses vasos ou quando eles se rompem.

O que pode ocasionar esse fator ser desencadeado em uma mulher que
faz uso de anticoncepcionais hormonais é o hormônio estrogênio pois ele
causa alterações significativas no sistema de coagulação do sangue,
resultando em aumento dos fatores de coagulação e diminuição dos
inibidores naturais da coagulação.
Histórico de alguns problemas de saúde relacionados ao uso de anticoncepcionais

 Irregularidade do ciclo menstrual

Gera algumas complicações no organismo feminino. O planejamento familiar,


por exemplo, é afetado por ele por tornar difícil de realizá-lo pela dificuldade
em compreender o período fértil da mulher como estratégia de iniciar ou
retomar a fase de programação de concepção.

Segundo o Manual de Anticoncepção (FEBRASGO) (2015), depreende-se


que existem anormalidades em comum no uso de diferentes tipos de
anticoncepcionais hormonais

Algumas destas anormalidades são: Sangramento vaginal irregular não


volumoso, ou volumoso e prolongado.
Todas essas pesquisas e informações geram o
questionamento:

“De que forma os


anticoncepcionais hormonais
atuam ativamente no surgimento
desses problemas de saúde?”
TIPO DE
PRINCIPAIS EFEITOS EDVERSOS
ANTICONCEPCIONAL

> TROMBOEMBOLISMO
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS > INFARTO DO MIOCÁRDIO
> ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Quadro 2: tipos de anticoncepcionais citados por MOREIRA e


> TROMBOEMBOLISMO colaboradores (2022).
CONTRACEPTIVO > INFARTO DE MIOCÁRDIO Fonte: Artigo Científico (MOREIRA et al 2022)
INJETÁVEL > HIPERTENSÃO ARTERIAL
> ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

No quadro pode-se observar que o Tromboembolísmo (60%) é o


problema mais provável de ocorrer nos uso dos 5 tipos de
ANTICONCEPCIONAL > AUMENTAR OS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE anticoncepcionais hormonais citados, em segundo lugar está o Infarto de
TRANSDÉRMICO ETINILESTRADIOL NO SANGUE Miocárdio (40%) e em terceiro está o Acidente Vascular que também
aparece em 40% dos anticoncepcionais.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE > TROMBOEMBOLISMO

SISTEMA INTRAUTERINO > DESENCADEAR INFECÇÕES


LIBERADOR DE > DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
LEVONORGESTREL > RISCO DE EXPULSÃO DO DISPOSITIVO
 Artigos

O uso de métodos anticoncepcionais combinados,


compostos de estrogênio e progestagênio, realmente
podem aumentar o risco de trombose venosa, mas esse é
um evento bastante raro. Abaixo dos 30 anos, a trombose
venosa ocorre em 1 a 2 em cada 10.000 mulheres não
usuárias de métodos hormonais combinados e em cada 2
a 4 mulheres usuárias desses métodos. Assim, é possível
verificar que o uso desses métodos pode aumentar o
risco, mas mesmos assim, o evento continua sendo
bastante incomum de ocorrer.
Conclusão:

Após vários estudos e leitura com o objetivo de revelar o componente da pílula responsável
por promover o desenvolvimento desses eventos clínicos, concluiu-se que ele consiste no
componente estrogênico. Outro integrante é o progestagênio sendo que este está mais
relacionado ao metabolismo de lipídios e carboidratos, e não tanto à ocorrência de
fenômenos tromboembólicos.

Entretanto, os efeitos adversos não podem ser ignorados e nem menosprezados, pois
estudos apontam que a cada 100.000 mulheres, pelo menos 5 casos de trombose estão
relacionados ao uso de anticoncepcionais hormonais. Concluiu-se, então, por meio dessa
revisão integrativa que realmente existe relação entre o uso de antioncepionais hormonais
com os problemas de saúde norteadores dessa pesquisa: trombose, AVC, doenças
cardiovasculares e irregular.
Aryádna Caroline Lima Damasceno
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

 “Os métodos contraceptivos são métodos que ajudam a


prevenir a gravidez e, portanto, são essenciais no
planejamento familiar. Cada método tem um mecanismo
de ação e um grau de eficácia diferente.

 Porém, nem sempre o melhor método é aquele com


eficácia mais comprovada, mas sim aquele que melhor
condiz com a realidade da pessoa em questão
"Osmétodos contraceptivos são
fundamentais no planejamento
familiar.
Cada pessoa deve escolher o que
melhor se adapta a sua realidade
Os métodos contraceptivos podem ser
classificados como:
 natural ou comportamental
 de barreira
 hormonal
 intrauterino
 definitivo
Métodos comportamentais(natural)

São aqueles que se baseiam na identificação do período


fértil feminino e abstenção sexual durante esse período.
São métodos que necessitam de muita disciplina e muito
conhecimento do próprio corpo.
São eles:

tabelinha
muco cervical
temperatura basal
coito interrompido.
Tabelinha
 Baseia-se na análise do ciclo menstrual, na
identificação do período fértil da mulher e
na suspensão das relações sexuais durante
esse período. É importante que a mulher,
antes de iniciar esse método, faça uma
análise dos ciclos anteriores, sendo
recomendada a anotação de, pelo menos,
os últimos seis ciclos. Depois de anotar os
ciclos por esses meses, deve-se estimar o
início do período fértil subtraindo 18 dias
do ciclo mais curto, e estimar o fim do
período fértil subtraindo 11 dias do ciclo
mais longo. Mulheres com ciclos irregulares
não devem fazer uso desse método.
Muco cervical

O método do muco
cervical consiste na
análise da secreção
produzida pelo colo do
útero. Essa secreção
varia em coloração e
textura e deve ser
observada
diariamente.
 Após a menstruação, a mulher fica sem produzir secreção por um período
que se estende por três ou quatro dias. Após esse período, inicia-se a
liberação de uma secreção esbranquiçada (ou amarelada) e pegajosa que
se quebra se for esticada entre os dedos. Com o passar dos dias, ela torna-
se mais elástica e fluida, sendo possível esticá-la. Nesse período, esse
muco assemelha-se a uma clara de ovo, e a mulher sente sua vagina mais
úmida. Esse é o sinal da ovulação.
 A consistência fluida do muco está relacionada com o ápice da produção de
estrógeno, não sendo recomendadas relações sexuais nesse período. Para
evitar qualquer erro de avaliação, o correto é evitar qualquer relação
assim que se inicie a liberação do muco, mesmo que ele ainda não esteja
fluido.
Se usado de forma adequada, a sua eficácia pode chegar até 85%.
Temperatura basal
 Esse método consiste na
verificação da temperatura
corpórea, a qual aumenta
durante a ovulação. A tomada
da temperatura deve ser feita
sempre no mesmo local e antes
da mulher se levantar pela
manhã. O período fértil
finalizará no terceiro dia após a
elevação da temperatura."
 Temperatura corporal basal (TCB) é a temperatura do seu
corpo em repouso, como quando você acorda de manhã.
Coito interrompido

O método consiste no homem retirar o


pênis da vagina antes da ejaculação.
Desse modo, ele evita que o esperma
seja depositado no corpo da mulher.
Métodos de barreira

 Osmétodos de barreira baseiam-se na


adoção de obstáculos que impedem
que os espermatozoides alcancem os
óvulos. São eles: preservativo
masculino e feminino, e diafragma.
Preservativo masculino
também chamado de camisinha masculina, o
preservativo masculino consiste em um material
produzido com látex ou poliuretano que é colocado
no pênis ereto antes de se iniciar a relação sexual.
A camisinha impede que o esperma entre em
contato com o corpo feminino. Trata-se de um
método contraceptivo de uso simples, baixo custo e
que é vendido em vários estabelecimentos
comerciais, como farmácias e supermercados, além
de ser disponibilizado gratuitamente pelo SUS. Uma
das vantagens do método é que, além de evitar
uma gestação não planejada, protege contra
infecções sexualmente transmissíveis.
Preservativo feminino
 1 – Como funciona?
É uma bolsa de plástico leve e frouxa, que se adapta á vagina e protege o
colo do útero (parte inferior do útero), as paredes vaginais e se exterioriza
na vulva, ficando a camisinha aparente. A penetração do pênis se faz no
interior deste dispositivo, contribuindo para a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis.
 2 – Qual a sua eficácia?
Se usada corretamente, o risco de gravidez é de apenas 5%.
 3 – Como se utiliza?
A própria mulher introduz a camisinha no interior da vagina com auxílio dos
dedos, á semelhança de introduzir um absorvente interno. Não deve ser usada
ao mesmo tempo com preservativo masculino. Pode ser introduzida algumas
horas antes do contato sexual, mas deve ser substituída após cada relação.
 4 – Qual é a sua vantagem?
A própria mulher pode utilizá-la quando necessário, protege também contra
doenças sexualmente transmissíveis (DST´s) e independe de contraindicação
quando comparado com outros métodos .
 5 – Desvantagem?
A presença do dispositivo vaginal pode inibir o contato sexual, além de ter
eficácia inferior a outros métodos contraceptivos, pode causar irritação
local e alergia.
DIAFRAGMA
 1 – Como funciona
Normalmente é de silicone, no formato de disco maleável,
introduzido no interior da vagina de maneira a formar uma
barreira na frente do colo uterino para não haver a entrada
dos espermatozoides no útero. Deve ser introduzido no
interior da vagina, previamente ao ato sexual, em conjunto
com gel e creme espermicida, para melhorar sua eficácia e
aplicação.
 2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 15%.
 3 – Como se utiliza?
A maleabilidade do disco permite que ele seja dobrado com
os dedos e introduzido facilmente na vagina, á maneira de um
absorvente interno, pela própria mulher.
Entretanto, é necessária a orientação do ginecologista para o
uso adequado e correto.
 4 – Qual a sua vantagem?
Liberdade para a mulher controlar a contracepção, não
aparece após a sua acomodação e não é percebido pelo
parceiro, independe de contraindicação quando comparado
com outros métodos.
 5 – Desvantagem?
Deve ser retirado após 6 horas da última relação, apresenta
eficácia inferior a outros métodos contraceptivos, pode
causar infecção urinária, irritação local, alergia, necessidade
de complementação do gel espermicida após cada relação,
além de menor proteção para DST´s.
Métodos hormonais

 Os métodos hormonais consistem na utilização de


hormônios femininos sintéticos, os quais podem
atuar inibindo a ovulação e alterando as
características do muco cervical. São eles: pílulas
anticoncepcionais, anticoncepcionais injetáveis,
implantes e pílula do dia seguinte.
CONTRACEPTIVO HORMONAL – ORAL

 1 – COMO FUNCIONA?
Os contraceptivos orais (ou pílulas anticoncepcionais), podem ser
combinadas com os hormônios estrogênio e progesterona, ou apenas
progesterona. A principal ação é por interferência na ovulação, mas
também modificam o endométrio e o muco do colo do uterino no sentido
de dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides.

 2 – Qual a sua eficácia?


Se usados corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%.

 3 – Como se utiliza?
Ingestão diária de comprimidos. Dependendo dos tipos e da combinação
hormonal, cada marca de pílula apresentará diferentes intervalos entre as
cartelas, desde sete dias até o uso contínuo.

 4 – Qual é a sua vantagem?


Elevada eficácia contraceptiva, além de efeitos colaterais que podem ser
desejáveis, como redução de fluxo menstrual e cólica, redução de acne e
oleosidade da pele.

 5 – Desvantagem?
Em algumas mulheres podem provocar dor mamária, tontura, dor de
estômago, alterações de humor e libido, ganho de peso, trombose,
derrame (efeitos raros).
 Não protegem contra DST´s.
CONTRACEPTIVO HORMONAL – INJETAVÉL
 1 – Como funciona?
Semelhante a pílula, isto é, com associação dos hormônios estrogênio e
progesterona ou apenas progesterona. A diferença é que há um maior efeito
sobre o endométrio e o muco do colo uterino.
 2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,3% por ano de uso.
 3 – Como se utiliza?
-Mensal – Associação dos hormônios estrogênio e progesterona - é aplicada
uma dose do contraceptivo por meio de injeção muscular mensal. Mantém
fluxo menstrual nos intervalos das injeções.
-Trimestral – apenas progesterona - com aplicação de dose a cada três
meses.
Suspende a menstruarão.
 4 – Qual a sua vantagem?
Apresenta elevada eficácia e não necessita da ingestão diária de
comprimidos. No caso do injetável trimestral, a suspenção da menstruação
pode ser útil ás mulheres com cólicas e fluxos elevados.
 5 – Desvantagem?
Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento irregular. Não
protege contra DST´s, não pode ser aplicados em mulheres que fazem uso
de anticoagulantes pelo risco de formarem hematomas no local da injeção.
Implantes subcutâneos
 CONTRACEPTIVO HORMONAL - IMPLANTES

 1 – Como funciona?
Pequenos tubos (como palitos de fósforo) de 3 cm, que contém o
hormônio progesterona e são inseridos na pele, especialmente na
região do braço. Podem atuar por até três anos liberando o
hormônio. A ação é por interferência na ovulação. A diferença é
que há maior atuação no endométrio e no muco, dificultando a
sobrevivência dos espermatozoides, bem como, a sua entrada.
 2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,05%.
 3 – Como se utiliza?
O médico faz uma pequena anestesia na pele por onde introduz
uma agulha especial para inserção do implante.

 4 – Qual é a sua vantagem?


Elevada eficácia sem a necessidade de lembrar-se de tomar
comprimidos diariamente.
Como suspende a menstruação também auxilia no controle da
dor em mulheres que tenham problemas menstruais.
 5 – Desvantagem?
Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento
irregular, queda de cabelo, diminuição de libido, depressão. Não
protege contra DST´s.
Pílula do dia seguinte

Trata-se de um método
contraceptivo de emergência, ou
seja, deve apenas ser utilizado
em situações emergenciais, não
devendo substituir outros
métodos contraceptivos. A pílula
consiste em doses altas de
hormônios e deve ser usada
rapidamente após a relação
desprotegida ou que ouve falha
de outro método para garantir
maior eficácia.
Métodos intrauterinos
 1 – Como funciona?
São pequenas peças de plástico no formato da letra “T” ou do número
“7”, com cerca de 2,5 a 3cm introduzidas no interior do útero. Podem
ser utilizas com hormônio ou ter partes metálicas (cobre).
Esse metal atua matando os espermatozoides e impedindo a
fertilização. Já o DIU com hormônio libera pequenas quantidades de
progesterona no interior do útero provocando alterações do
endométrio (camada que reveste o útero) e do muco do colo uterino,
dificultando a entrada dos espermatozoides e a sua sobrevivência.
 2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente o risco de gravidez é de 0,3% para o DIU de
cobre e de 0,1% para o DIU hormonal.
 3 – Como se utiliza?
Ambos necessitam ser colocados pelo ginecologista e podem
permanecer por alguns anos.
 4 – Qual é a sua vantagem?
Ambos os DIU´s permanecem dentro do útero e garantem excelente
eficácia contraceptiva. O DIU de hormônio tem como efeito colateral
reduzir a menstruação, e pode ser útil para mulheres que possuem
cólicas ou fluxo menstrual intenso.
 5 – Desvantagem?
O DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual, além de provocar
cólicas. Estes efeitos não são observados para o DIU de hormônio.
Porém, este pode provocar dor mamária, oleosidade da pele e cistos
ovarianos. Ambos não previnem DST´s.
Métodos definitivos

Métodos chamados de definitivos


são métodos cirúrgicos que
promovem esterilização e podem ser
feitos por homens e mulheres. São
eles: a laqueadura e a vasectomia.
 Laqueadura:
é um método contraceptivo definitivo realizado pela
mulher que consiste na ligadura ou no corte das tubas
uterinas. A mulher continua a ter ovulação, entretanto,
como a ligação entre o ovário e o útero foi interrompida, a
fecundação não acontece.
 A idade mínima passou de 25 para 21 anos;
 Quem tem pelo menos 2 filhos vivos também está
autorizado, independentemente da idade;
 Foi dispensada a autorização do cônjuge para realizar
a cirurgia;
 Pessoas sem filhos podem fazer a esterilização, desde
que tenham a idade mínima;
 Mães podem fazer laqueadura imediatamente após o
parto;
 É necessário esperar 60 dias entre a manifestação da
vontade e o ato cirúrgico.
 Vasectomia:
é um método contraceptivo
realizado pelos homens e
consiste na ligadura ou corte
dos canais deferentes. O
homem continua ejaculando
normalmente, entretanto,
não há presença de
espermatozoides no líquido
ejaculado.

O líquido produzido na
próstata e na vesícula
seminal continua sendo
eliminado normalmente
durante a ejaculação.

Recomendações:
Anticoncepcional Masculino
Hormônio
 A utilização de hormônios indiscriminadamente eleva a produção de testosterona, que
causa infertilidade. Como isso afeta o testículo, a produção de espermatozoides fica
prejudicada.
 Caso o homem deixe de tomar os hormônios, não é certo que ele voltará a ser fértil, por
isso, o uso só deve ser realizado se houver recomendação de um médico.
Pílula anticoncepcional masculina
 A pílula anticoncepcional masculina está em fase de pesquisa. Uma delas demonstrou 99%
de eficácia contra gravidez em testes feitos com camundongos e sem resultar em efeitos
adversos. Além disso, eles voltaram a ser férteis entre 4 a 6 semanas depois de parar de
tomar a pílula.
 Entretanto, essa opção ainda está sendo pesquisada e precisa ser testada em humanos,
sendo assim, ainda não é comercializada.
Gel anticoncepcional masculino
 O gel anticoncepcional masculino é outra probabilidade de contracepção que pode ser
comercializada nos próximos anos. Essa opção consiste em um hidrogel sem
hormônios que é aplicado de maneira não invasiva nos ductos espermáticos.
 Ele funciona como a vasectomia, que impede a passagem dos espermatozoides. No
entanto, é um método que poderá ser reversível, já que esse gel anticoncepcional
masculino será dissolvido pelo organismo depois de dois anos em que foi injetado.

Injeção anticoncepcional masculina


 Outra opção que está sendo pesquisada e desenvolvida é um novo
anticoncepcional masculino em forma de injeção, que é semelhante à citada
anteriormente, porém, nesse caso, o homem fica estéril por cerca de 10 anos,
podendo também ser reversível.
 Esse método anticoncepcional masculino consiste em um gel que danifica a
cauda dos espermatozoides, fazendo com que a fertilização do óvulo não seja
possível de acontecer. Ele é aplicado nos ductos deferentes, canal responsável
por conduzir os espermatozoides ao sêmen para a ejaculação.

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