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2022
GRATUITO

CONCURSO PÚBLICO

PREFEITURA MUNICIPAL DE
PATROCÍNIO/MG

Legislação Municipal

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
(comum a todos os cargos)

elaboração:
Prof. Ulisses Simões
@ulissesimoes
CONTEÚDO
(comum a todos os cargos)

01 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO/MG


(E ALTERAÇÕES)

LEI COMPLEMENTAR Nº 060/2009 E ALTERAÇÕES


49 (ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO)

111 LEI COMPLEMENTAR Nº 061/2009 E ALTERAÇÕES


(PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS PARA OS
SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO)

144 LEI COMPLEMENTAR Nº 062/2009 E ALTERAÇÕES


(PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS PARA OS
SERVIDORES PÚBLICOS DO QUADRO SETORIAL DA EDUCAÇÃO)

171 LEI COMPLEMENTAR Nº 34/2005 E ALTERAÇÕES


(REESTRUTURA E ORGANIZA O INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS
SERVIDORES MUNICIPAIS DE PATROCÍNIO – IPSEM)

DECRETO Nº 3.397/2017
220 (DISPÕE SOBRE A RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES
PÚBLICOS QUANTO AOS BENS MÓVEIS QUE COMPÕEM O
ACERVO PATRIMONIAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL)

240 DECRETO Nº 2.813/2011


(REGULAMENTA DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL EM
ESTÁGIO PROBATÓRIO)
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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO

TÍTULO I
Da Organização Municipal

CAPÍTULO I
Do Município

SEÇÃO ÚNICA
Das Disposições Gerais

Art. 1º - O Município de PATROCÍNIO, situado no Estado de Minas Gerais, Pessoa


Jurídica de Direito Público interno, compõe como unidade autônoma a República Federativa do
Brasil.

Art. 2º - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


LEGISLATIVO e EXECUTIVO.

PARÁGRAFO ÚNICO - Ressalvados os casos previstos nesta LEI ORGÂNICA, é


vedada a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e quem for investido nas funções de um deles
não poderá exercer a de outro.

Art. 3º - São Símbolos do Município a Bandeira, o Brasão e o hino, representativos


de sua história e cultura.

Art. 4º - A Cidade de Patrocínio é a sede do município e confere-lhe o nome.


PARÁGRAFO ÚNICO - É considerada data Cívica para comemoração da
Emancipação do Município o dia sete de abril.

Art. 5º - O Município reger-se -á por esta LEI ORGÂNICA votada, aprovada e


promulgada pela Câmara Municipal.

CAPÍTULO II
Da Divisão Administrativa

Art. 6º - O Município poderá dividir-se para fins administrativos, em Distritos a


serem criados por lei após consulta plebiscitária à população diretamente interessada, observada a
Legislação Estadual e o atendimento aos requisitos previstos nesta Lei.
§ 1º - A criação poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos, que serão
suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requisitos previstos no artigo 7º.
§ 2º - A extinção do Município somente será efetuada mediante consulta plebiscitaria
à população da área interessada.
§ 3º -O Distrito terá o nome da respectiva sede, cuja categoria será a de vila.,
escolhido com observação nos dados históricos e mediante consulta plebiscitária à população
diretamente interessada.

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§ 4º -Nos Distritos existentes, para mudança de nome , também serão observados os


requisitos constantes do parágrafo anterior.

Art. 7º - São requisitos para a criação de Distrito:


I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para a
criação de Município;
II - existência na povoação sede, de pelo menos cinqüenta moradias, escola pública,
posto de saúde e posto policial.

PARÁGRAFO ÚNICO - A comprovação dos requisitos exigidos far-se-á mediante:


a - declaração da população emitida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística;
b - certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o número de
eleitores;
c - certidão, emitida pelo Departamento de Cadastro Imobiliário do Município
certificando o número de moradias;
d - certidão dos órgãos Fazendários Estadual e Municipal certificando a arrecadação
na respectiva área territorial;
e - certidão emitida pelo Município ou Secretarias de Educação, Saúde e de
Segurança Pública do Estado, certificando a existência de escola pública e postos de saúde e
policial na povoação sede.

Art. 8º - a alteração de divisão administrativa do Município poderá ser feita


quadrienalmente no ano anterior ao das eleições municipais

Art. 9º - a instalação do Distrito se fará perante o Prefeito e o Presidente da Câmara


Municipal na sede do Distrito, em Sessão Solene previamente designada.

CAPÍTULO III
Da Competência do Município

SEÇÃO I
Da Competência Privativa

Art. 10 - Ao Município compete prover tudo quanto diga respeito ao seu peculiar
interesse e em específico:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
III - suplementar a Legislação Federal e Estadual no que couber;
IV- criar, organizar e suprimir Distritos, observada a Legislação Estadual;
V- manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas
de educação pré-escolar e de ensino fundamental;
VI- elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos;
VII - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar suas rendas;
VIII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;
IX - dispor sobre organização, administração e execução dos serviços públicos locais;
X - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;

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XI - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único dos Servidores


Públicos;
XII - prestar, diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos locais;
XIII - planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente na zona
urbana;
XIV - estabelecer normas de edificação, loteamento, de arruamento e de zoneamento
urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à ordenação do seu território,
observada a Lei Federal;
XV - cassar licença que houver concedido a estabelecimento que se tornar prejudicial
à saúde, à higiene, ao sossego, á segurança ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade ou
determinando o seu fechamento;
XVI - estabelecer servidões administrativas ou ocupações temporárias necessárias a
realização de seus serviços, inclusive a dos seus concessionários;
XVII - adquirir bens inclusive mediante desapropriação;
XVIII - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos,
XIX - regular a utilização dos logradouros públicos;
XX - fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;
XXI - conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte coletivo e de táxis,
fixando as respectivas tarifas;
XXII - fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições
especiais;
XXIII - disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima
permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;
XXIV - tornar obrigatória a utilização da Estação Rodoviária;
XXV - tornar obrigatória a ampliação do atendimento com água tratada à população;
XXVI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e
fiscalizar sua utilização;
XXVII - promover sobre remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de
qualquer natureza;
XXVIII - regulamentar a criação de animais na zona urbana;
XXIX - ordenar as atividades urbanas fixando condições e horários para
funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços observando as normas
Federais pertinentes;
XXX - dispor sobre serviços funerários e de cemitérios;
XXXI - regulamentar, licenciar, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e
anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;
XXXII - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto socorro
por seus próprios serviços ou mediante convênios com instituições especializadas;
XXXIII - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício de
seu poder de polícia administrativa;
XXXIV - fiscalizar os locais de vendas, peso, medidas e condições sanitárias;
XXXV - dispor sobre o depósito e venda de animais apreendidos em decorrência de
transgressão da legislação municipal;
XXXVI - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais e mercadorias
apreendidos em decorrência de transgressão da legislação municipal;
XXXVII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XXXVIII - promover e regulamentar os serviços:
a - mercados, feiras e matadouros;

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b - construção e conservação de estradas e caminhos municipais;


c - transportes coletivos municipais;
d - iluminação pública
XXXIX - regulamentar o serviço de carros de aluguel;
XL - assegurar o fornecimento de certidões requeridas às repartições administrativas,
para defesa de direitos e esclarecimentos de fatos de interesse da comunidade, no prazo
estabelecido em lei;
XLI - criar e organizar a guarda municipal;
XLII - promover e executar programas de moradias populares e garantir condições
habitacionais e infra-estrutura urbana, especialmente as de saneamento básico e transporte,
assegurando-se, sempre, um nível compatível com a dignidade humana;
XLIII - regularizar o trânsito de veículos, tração animal e bicicletas.

SEÇÃO II
Da Competência Comum

Art. 11 - Compete ao Município em comum com demais membros da federação:


I - zelar pela guarda da Constituição, das Leis e das Instituições democráticas;
II - Cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos e os sítios arqueológicos;
IV - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e a ciência;
V - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VI - preservar as florestas, a fauna e a flora e fiscalizar o desmate e outras formas de
depredação do meio ambiente;
VII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
VIII - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
IX - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização , promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
X - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XI - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito;

SEÇÃO III
Da Competência Suplementar

Art. 12 - Ao Município compete suplementar a Legislação Federal e a Estadual no


que couber e naquilo que disser respeito ao peculiar interesse, visando adaptá-la á realidade local.

CAPÍTULO IV
Das Proibições

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Art. 13 - Ao Município é vedado:


I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo com recursos pertencentes aos
cofres públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviços de alto falante ou qualquer outro
meio de comunicação, propaganda político-partidária ou fins estranhos à administração;
V - manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos
públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, assim como a
publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos;
VI - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem
interesse público justificado, sob pena de nulidade do ato;
VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação jurídica, dos rendimentos, títulos ou direitos;
IX - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em
razão de sua procedência ou destino.
§ 1º - não incluem nesta proibição os contratos cujas cláusulas e condições sejam
uniformes.
X - fica proibido fumar nas repartições públicas e veículos de transporte coletivo;
XI - cobrar tributos:
a - em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado;
b - no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou
XII - utilizar tributos com efeito do confisco;
XIII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
XIV - instituir impostos sobre:
a - patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros Municípios;
b - templos de qualquer culto;
c - patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, inclusive suas funções, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos atendidos os requisitos da Lei Federal;
d - livros, jornais periódicos e o papel destinado à sua impressão.
XV – Nomeação para cargos em comissão ou designação daqueles inelegíveis em
razão de atos ilícitos, nos termos da legislação federal. (redação dada pela Emenda nº 09 de 15
de fevereiro de 2011

§ 2º - a vedação do inciso XIV - “a” , é extensiva às autarquias e às fundações


instituídas e mantidas pelo poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda, e aos serviços,
vinculados às suas finalidades essenciais ou ás delas decorrentes.

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§ 3º - As vedações do inciso XIV - “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao


patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas
pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação
de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

TÍTULO II
Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO I
Do Poder Legislativo

SEÇÃO I
Da Câmara Municipal

Art. 14 - O PODER LEGISLATIVO do Município é exercido pela Câmara


Municipal composta de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, através do voto
direto e secreto, dentre cidadãos maiores de dezoito anos no exercício dos direitos políticos.
§ 1º- Cada Legislatura terá duração de quatro anos.
§ 2º - O número de Vereadores da Câmara Municipal será estabelecido em lei
complementar observados os limites constantes da Constituição Federal- (redação dada pela
Emenda nº 004/2004 de 16 de julho de 2004)
(Redação original: § 2º - O número de Vereadores à Câmara Municipal será impar,
estabelecido em Lei Complementar observados os limites constantes da
Constituição da República.)
§ 3º - O número de vereadores não vigorará na legislatura em que for fixado.

Art. 15 - Cabe a Câmara , com a sanção do Prefeito, deliberar sobre todas as matérias
de competência do Município e principalmente:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e
a remissão de dívidas;
III - votar o orçamento anual e plurianual de investimentos, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - deliberar sobre a obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito,
bem como a forma e os meios de pagamento;
V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI - autorizar a concessão de serviços públicos;
VII - autorizar a concessão de direito real de uso dos bens municipais;
VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
IX - autorizar a alienação de bens imóveis;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargo;
XI - dispor sobre a criação, organização e supressão de distritos, mediante prévia
consulta plebiscitária;
XII - criar, alterar e extinguir cargos públicos e fixar os respectivos vencimentos;
XIII - aprovar o Plano Diretor;

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XIV - autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com


outros municípios;
XV - delimitar o perímetro urbano;
XVI - denominar e autorizar a alteração nominativa de próprios, vias e logradouros
públicos;
XVII - estabelecer normas urbanísticas, especialmente relativas a uso e parcelamento
do solo;

Art. 16 - Compete privativamente à Câmara:


I. eleger sua Mesa;
II. - elaborar o regimento interno;
III.- organizar os serviços administrativos internos;
IV.- propor a criação ou a extinção dos seus cargos e a fixação dos respectivos
vencimentos, através de projeto de lei; .(redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(redação original: IV propor a criação ou a extinção dos seus cargos e a fixação
dos respectivos vencimentos)

V. dar posse ao Prefeito, ao Vice Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-lo


definitivamente do exercício do cargo;
VI.conceder licença ao Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores;
VII.autorizar o Prefeito por necessidade do serviço público a ausentar-se do
Município por mais de quinze dias;
VIII.- tomar e julgar as contas do Prefeito deliberando sobre o parecer do Tribunal de
Contas do Estado no prazo máximo de sessenta dias de seu recebimento observados os seguintes
preceitos:
a - o Parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara;
b - decorrido o prazo de sessenta dias, sem deliberação pela Câmara as contas serão
consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a conclusão do parecer do Tribunal de
Contas;
c - rejeitadas as contas, serão enviadas cópias destas, imediatamente ao Ministério
Público para os fins de direito;
IX.- decretar a perda do mandato do Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores nos casos
indicados na Constituição Federal e em Lei Complementar;
X. - autorizar a realização de empréstimos operação ou acordo externo de qualquer
natureza, de interesse do Município;
XI. encaminhar até o dia dez de setembro de cada ano, seu plano orçamentário,
XII.- estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;
XIII.- convidar o Prefeito e convocar o Secretário e demais auxiliares do Prefeito,
resguardando o interstício mínimo de 05 (cinco) dias úteis, para prestar esclarecimentos sobre
assuntos inerentes à administração, aprazando dia e hora para o comparecimento. (redação dada
pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: XIII - convocar o Prefeito e Secretário do Município,
resguardando o interstício mínimo de cinco dias úteis, para prestar esclarecimentos
sobre assuntos inerentes à administração, aprazando dia e hora para o
comparecimento)

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XIV.- criar Comissão Parlamentar de inquérito sobre fato determinado e prazo certo,
mediante requerimento de um terço dos seus membros;
XV.- autorizar referendo e plebiscito;
XVI.- solicitar a intervenção do Estado no Município;
XVII.- Julgar o Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores, nos casos previstos em Lei;
XVIII.- fiscalizar e controlar os atos do poder Executivo, incluídos os da
Administração Indireta;
XIX. - fixar, observando o que dispõe os arts. 37, XI, 157, II e § 2º, I, da Constituição
Federal, em cada legislatura para a subseqüente, o subsídio do Prefeito, vice-Prefeito, secretários
municipais e vereadores em até trinta dias antes da eleição; (redação dada pela Emenda nº
05/2004 de 17 de agosto de 2004)
(Redação original: XIX- fixar observado o que dispõe os artigos 37, XI, 150 II, III,
e § 2º, I,, da Constituição Federal em cada legislatura para a subseqüente, a
remuneração do Prefeito e dos Vereadores em até cinco meses antes do seu
término).

XX.- suspender no todo ou em parte, a execução de lei ou ato normativo municipal


declarado, incidentalmente, inconstitucional por decisão definitiva do Tribunal de Justiça, quando
a decisão de inconstitucionalidade for limitada ao texto da Constituição Estadual;
XXI.–. conceder Título de Cidadão Honorário ou conferir homenagem a pessoas que,
reconhecidamente, tenham prestado relevantes serviços ao Município ou nele se destacado pela
atuação exemplar na vida pública e particular, mediante proposta aprovada pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara; (redação dada pela Emenda nº 11, de 29 de maio de 2012)

XXI – conceder Título de Cidadão Honorário ou de cidadão benemérito e diploma de


honra ao mérito a pessoas que, tenham, reconhecidamente, prestados relevantes serviços ao
Município ou nele se destacado pela atuação exemplar na vida pública e particular, mediante
proposta aprovada pela Câmara Municipal nos termos constantes do Regimento Interno. (alterado
pela Emenda nº 13/2017)

XXII.- destituir o Procurador Geral do Município, através de deliberação tomada por


dois terços dos seus membros.
§ 1º - A Câmara Municipal delibera mediante Resolução sobre assuntos de economia
interna e nos demais casos de sua competência privativa por meio de decreto legislativo.
§ 2º - É fixado o prazo de vinte dias, prorrogado por igual prazo, desde que solicitado
e devidamente justificado o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da administração direta
e indireta prestem informações e encaminhem os documentos requisitados pelo Poder
Legislativo.
§ 3º - O não atendimento do prazo estipulado no parágrafo anterior faculta ao
Presidente da Câmara solicitar na conformidade da Legislação Federal a intervenção do Poder
Judiciário para fazer cumprir a Legislação.
§ 4º - Além da medida prevista no parágrafo anterior a recusa de informações pode
ensejar o processo de cassação do mandato do Prefeito por infração político-administrativa nos
termos da Legislação Complementar.

SEÇÃO II
Dos Vereadores

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Art. 17 - No primeiro ano de cada legislatura no dia primeiro de janeiro, às dezesseis


horas, em sessão solene de instalação, independente do número, sob a presidência do vereador
mais votado dentre os presentes, os vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º - Havendo empate entre os mais votados assumirá a presidência o vereador mais
idoso
§ 2º - O vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo
no prazo de quinze dias sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo aceito pela Câmara
§ 3º - No ato da posse os vereadores deverão desincompatibilizar-se. Na mesma
ocasião e ao término do mandato, deverão fazer declaração de seus bens, a qual será transcrita em
livro próprio, constando de ata o seu resumo.

Art. 18 – Pelo exercício do mandato, o vereador fará jus ao subsídio em parcela


única, fixado pela Câmara Municipal, em cada legislatura para a subseqüente, observando-se os
limites fixados na Constituição Federal.
§ 1º - Poderá ser concedido ao Vereador, mediante autorização legislativa:
a) adicional natalino, no valor correspondente a um subsídio mensal, a ser
pago no mês de dezembro;
b) remuneração das sessões extraordinárias, convocadas em período de
recesso parlamentar, em valor não superior um terço do subsídio
mensal.
c) verba indenizatória, para custear despesas realizadas em razão do
exercício de atividade parlamentar. *(alínea acrescida - Emenda nº
06/2005 de 12.08.05)
§ 2º - Ao Presidente da Câmara é assegurado o recebimento de subsídio próprio,
fixado em lei, cujo valor poderá ser até 50% (cinquenta por cento) a mais do ao subsídio mensal
pago ao Vereador. (artigo 18 e §§: redação dada pela Emenda nº 05/2004 de 17 de agosto de
2004).

Art. 18 - Pelo exercício do mandato, o vereador fará jus ao subsidio em parcela


única, fixado pela Câmara Municipal, em cada legislatura para a subsequente, observando-se os
limites fixados na Constituição Federal, podendo ser concedido, mediante autorização legislativa,
adicional natalino, no valor correspondente a um subsídio, a ser pago no mês de dezembro.
(alterado pela Emenda nº 13/2017)

Art. 19 - Os vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos


no exercício do mandato, na circunscrição do Município.

Art. 20 - É vedado ao Vereador:


I. - desde a expedição do diploma:
a - firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de
serviço público, salvo quando o contratado obedecer a cláusulas uniformes;
b - aceitar cargo, emprego ou função no âmbito da administração pública direta ou
indireta municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado o disposto no
artigo cento e quatro, desta Lei:
II. - desde a posse:
a - ocupar cargo, função ou emprego na administração pública direta ou indireta do
Município, de que seja exonerável de ofício, salvo o cargo de Secretário Municipal ou
equivalente, desde que licencie do exercício do mandato;

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b - exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;


c - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público do Município ou nela exercer
função remunerada;
d - patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada qualquer da
entidades a que se refere a alínea “a” do inciso l.

Art. 21 - Perderá o mandato o vereador:


I. - que infringir quaisquer proibições estabelecidas no artigo anterior;
II. - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou
atentatório, às instituições vigentes;
III.- que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de
improbidade administrativa;
IV.- que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das
sessões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão autorizada pela edilidade;
V. - que fixar residência fora do Município;
VI.- que perder ou tiver suspenso de direitos políticos;
VII.- que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível;
§ 1º - Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal,
considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas
ao vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou imorais.

§ 2º - Nos casos dos incisos primeiro, segundo e sétimo, a perda do mandato será
deliberada pelo voto da maioria de dois terços dos Vereadores, mediante provocação da Mesa
ou Partido Político representado na Câmara, assegurada ampla defesa. (redação dada pela
Emenda nº 11, de 29 de maio de 2012)
Redação original: § 2º - Nos casos dos incisos primeiro, segundo e sétimo, a
perda do mandato será deliberada pela Câmara por voto secreto e maioria de dois terços
mediante provocação da Mesa ou Partido Político representado na Câmara, assegurada
ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos itens terceiro e sexto, a perda será declarada pela
Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou partido
político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

Art. 22 - O vereador poderá licenciar-se:


I. - por motivo de doença;
II. - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a
trinta dias;
III.para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do
Município;

§ 1º - Considera-se automaticamente licenciado o vereador investido no cargo de


secretário municipal ou equivalente.
§ 2º - O Vereador licenciado para tratar de interesses particulares, não pode reassumir
antes de decorrido o prazo mínimo de trinta dias.
§ 3º - Nas hipóteses previstas nos incisos I e III do artigo 22, fica assegurado o direito
à remuneração.

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Art. 23 - No caso de vaga ou licença o Presidente convocará imediatamente o


suplente.
§ 1º - O suplente convocado deverá tomar posse no prazo de cinco dias, perante a
Mesa da Câmara, salvo justo motivo aceito pela Câmara;
§ 2º - em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato, dentro
de quarenta e oito horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 24 - Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações


recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou delas receberam informações.

SEÇÃO III
Da Mesa da Câmara

Art. 25 - Imediatamente depois da posse os vereadores reunir-se-ão sob a Presidência


do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.

Art. 26 - O mandato da Mesa será de dois anos, proibida a reeleição imediatamente


subsequente de qualquer de seus membros para o mesmo cargo.

§ 1º - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo voto de dois terços
dos membros da Câmara quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas
atribuições regimentais, mediante prévia denúncia expressa e assegurada ampla defesa; (redação
dada pela Emenda nº 11, de 29 de maio de 2012)
Redação original: § 1º - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo
voto secreto de dois terços dos membros da Câmara quando faltoso, omisso ou ineficiente no
desempenho de suas atribuições regimentais, mediante prévia denúncia expressa e assegurada
ampla defesa;

§ 2º - Em caso de destituição de componente da Mesa será eleito outro vereador para


completar o mandato, na forma que dispuser o Regimento Interno.

Art. 27 – A eleição da Mesa para o período subseqüente ao início da legislatura será


realizada na segunda Reunião Ordinária do mês de Dezembro, com posse em 2 de Janeiro às
20:00 horas”. ; (redação dada pela Emenda nº 08/2006 de 15 de dezembro de 2006)
Redação Original: A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á sempre no
primeiro dia da sessão legislativa, considerando-se automaticamente empossados os eleitos.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Regimento disporá sobre a forma de eleição e


composição da Mesa.

Art. 28 - À Mesa dentre outras atribuições compete:


I. Propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e
fixem os respectivos vencimentos;
II. - Elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações
orçamentárias da Câmara, bem como alterá-las, quando necessário;

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III.- apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de créditos suplementares


ou especiais necessários à manutenção dos serviços do Poder Legislativo;

IV.- suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara observado o


limite da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para sua cobertura
sejam provenientes da anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;
V. - devolver à tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente ao final do
exercício;
VI.- enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas do exercício anterior;
VII.- nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licença, por em
disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir servidores da Câmara, nos termos da Lei;-
declarar a perda do mandato dos vereadores, Prefeito e Vice Prefeito , nos casos previstos em lei;

Art. 29 - Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições compete:


I. representar a Câmara em juízo ou fora dele;
II. - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;
III.- interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV.- promulgar as Resoluções e os Decretos Legislativos, bem como as leis com
sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário;
V. - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as Resoluções, os Decretos
Legislativos e as Leis por ela promulgadas;
VI.- requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as
disponibilidades financeiras no mercado de capitais;
VII.- apresentar no Plenário, até o dia vinte de cada mês, o balancete relativo aos
recursos recebidos e as despesas do mês anterior;
VIII.- solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela Constituição do
Estado;
IX.- manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força policial, se
necessária para este fim;
X. - encaminhar Lei aprovada para sanção do Executivo, no prazo máximo de dez
dias úteis, contados da data de sua aprovação em Plenário;
XI.- fazer publicar o balancete anual do Legislativo em órgão da imprensa escrita
local, no máximo noventa dias findo o exercício financeiro.

Art. 30 - O Presidente da Câmara ou seu substituto somente votará nas deliberações


plenárias:
I. - na eleição da Mesa;
II. - quando a matéria exigir, para sua aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;
III.- quando houver empate em qualquer deliberação plenária;
IV. Revogado pela Emenda nº 11, de 29 de maio de 2012)
Redação original: IV- nas votações, por escrutínio secreto.

SEÇÃO IV
Da Sessão Legislativa

Art. 31 - Cada ano da legislatura corresponderá a uma sessão legislativa.

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§ 1º - A Câmara reunir-se-á anualmente de 15 de fevereiro a trinta de junho e 1º de


agosto a 15 de dezembro.

§ 1º - A Câmara reunir-se-á, anualmente, para reuniões ordinárias, sem convocação, e


em extraordinárias, solenes ou especiais, quando convocados os vereadores, nas datas e termos
fixados no Regimento Interno (alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/2017)

§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do Projeto de Lei


das Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Municipal.
(§§ - redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 001/93)
(Redação original: Parágrafo único: A Câmara reunir-se-á anualmente de
primeiro de fevereiro a trinta de junho e de primeiro de agosto a trinta de dezembro, em sessão
ordinária, extraordinárias, especiais e solenes na forma que dispuser o Regimento interno).
Art. 32 - As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário,
tomada pela maioria de dois terços de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de
preservação do decoro parlamentar.

Art. 33- A realização de sessões extraordinárias será precedida de convocação pelo


Presidente com antecedência mínima de doze horas, podendo ser requeridas:
I. - pelo Prefeito;
II. - pelo Presidente da Câmara;
III.- por requerimento da maioria dos membros da Câmara, aprovado pelo
Plenário.
§ 1º - No período de recesso a Câmara somente realizará sessão extraordinária em
caso de urgência ou interesse público relevante.
§ 2º - Na sessão extraordinária a Câmara somente deliberará sobre a matéria para
qual foi convocada.

Art. 34 - As sessões somente serão abertas, presentes pelo menos um terço dos seus
membros.

SEÇÃO V
Das Comissões

Art. 35 - A Câmara terá comissões permanente e temporárias, constituídas na forma e


com as atribuições previstas no respectivo Regimento ou no ato do que resultar a sua criação.
§ 1º - Na constituição da Mesa e de cada comissão é assegurada, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos ou Blocos Parlamentares que participem da
Câmara.
§ 2º - Às Comissões, em razão de matéria de sua competência cabe:
I. - discutir e votar projetos de lei que dispensar, na forma do Regimento, a
competência do Plenário, salvo se houver recurso de um quinto dos membros da Casa;
II. - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III.- convocar Secretários Municipais para prestar informações sobre assuntos
inerentes às suas atribuições;
IV.- receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas municipais;
V. - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

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VI.- apreciar Programas de obras e planos municipais de desenvolvimento e sobre


eles emitir parecer;
VII.- acompanhar a elaboração da proposta orçamentária e a posterior execução do
orçamento
§ 3º - As Comissões Parlamentares de Inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento da Câmara, serão
criadas pela Câmara, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 36 - as Comissões Parlamentares de Inquérito, a interesse da investigação


poderão:
I. - proceder as vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e
entidades descentralizadas, onde terão livre ingresso e permanência durante os trabalhos e após
prévia comunicação protocolada junto à Prefeitura Municipal;

II. - requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos


esclarecimentos necessários;
III.- transportar-se-ão aos lugares onde se fizer mister as suas presenças, ali
realizando os atos que lhe competirem.

§ 1º - No exercício de suas atribuições poderão ainda, as Comissões Parlamentares de


Inquérito, por intermédio de seu Presidente:
I. - determinar as diligências que reputarem necessárias;
II. requerer a convocação de Secretário Municipal;
III.- tomar o depoimento de qualquer servidor Municipal, intimar testemunhas e
inquiri-las sob compromisso;
IV.- proceder as verificações contábeis em livros, papéis e documentos dos órgãos
da administração direta e indireta.
§ 2º - As testemunhas serão intimadas de acordo com as prescrições estabelecidas na
Legislação Penal, em caso de não comparecimento sem motivo justificado, a intimação será
solicitada ao Juiz Criminal da localidade onde residirem ou se encontrarem.

SEÇÃO VI
Da Ouvidoria

Art. 37 - O Poder Legislativo criará e manterá na sede da Câmara Municipal o órgão


da “Ouvidoria Municipal” destinado a colher reclamações da população sobre atos e fatos do
Poder Público Municipal.
PARÁGRAFO ÚNICO - A Ouvidoria será instituída por Lei Municipal que ordenará
seu funcionamento.

SEÇÃO VII
Do Processo Legislativo

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Art. 38 - O Processo Legislativo compreende a elaboração de:


I. - emendas à Lei Orgânica Municipal;
II. - leis complementares;
III.- leis ordinárias;
IV.- decretos legislativos;
V - resoluções

Art. 39 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:


I. - de um terço no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II. - do Prefeito Municipal
§ 1º - A proposição será votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e
aprovada quando obtiver o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 2º - A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara com o
respectivo número de ordem.
§ 3º - A matéria constante de proposição de emenda rejeitada, não poderá ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Art. 40 - As Leis Complementares somente serão aprovadas se obtiverem a maioria


absoluta dos votos dos membros da Câmara Municipal.
PARÁGRAFO ÚNICO - Serão Leis Complementares dentre outras previstas nesta
Lei Orgânica:
I. - Código Tributário do Município;
II. - Código de Obras;
III.- Plano Diretor do Município;
IV.- Código de Posturas;
V. - Estatuto dos Servidores Municipais;
VI.- Lei de Criação de Cargos, Funções e Empregos Públicos;
VII.- Normas Urbanísticas de Uso, ocupação e Parcelamento do Solo,
VIII.- Qualquer outra codificação.

Art. 41 - A iniciativa das Leis Complementares e Ordinárias cabe ao Prefeito, a


qualquer membro ou Comissão da Câmara, e aos cidadãos.
PARÁGRAFO ÚNICO - A proposição de iniciativa popular tem como pressuposto
de admissibilidade a assinatura de pelo menos cinco por cento do eleitorado.

Art. 42 - Salvo disposição constitucional em contrário e os casos previstos nesta Lei,


as deliberações da Câmara Municipal serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria
absoluta dos seus membros.

Art. 43- são de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham sobre:
I. - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos
na administração direta e indireta;
II. - fixação ou aumento da remuneração dos servidores
III.- regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos
servidores;
IV.- organização administrativa, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração;
V. - concessão de auxílios, subvenções e autorização para abertura de créditos;

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PARÁGRAFO ÚNICO - Não será admitido aumento de despesa prevista nos projetos
de iniciativa do Prefeito.

Art. 44 - É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa das leis que


disponham sobre:
I. - autorização para abertura de créditos suplementares necessários à manutenção
das despesas do Legislativo;
II. - organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, transformação e
extinção de cargos, empregos, funções e fixação da respectiva remuneração.
PARÁGRAFO ÚNICO - Nos projetos de competência exclusiva da Mesa da Câmara
não serão admitidas emendas que aumentam a despesa prevista.

Art. 45- O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa:
§ 1º - Solicitada expressamente a urgência, a Câmara deverá manifestar-se até
sessenta dias após o recebimento sobre a proposição.
§ 2º - Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem deliberação, a proposição
será automaticamente colocada na ordem do dia com prevalência sobre as demais matérias até
ultimada a votação.
§ 3º - O prazo do parágrafo primeiro não corre no período de recesso da Câmara nem
se aplica aos projetos de Lei Complementar.

Art. 46 - Aprovado o projeto de lei, será este enviado ao Prefeito, que aquiescendo, o
sancionará.
§ 1º - O Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento e comunicará dentro de quarenta e oito horas ao Presidente da
Câmara os motivos do veto.
§ 2º - Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o silêncio do Prefeito importará em
sanção.

§ 3º - As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de quarenta e cinco dias


contados do seu recebimento em única discussão, e somente será rejeitado pela maioria absoluta
dos vereadores (redação dada pela Emenda nº 11, de 29 de maio de 2012)
Redação original; § 3º - As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de
quarenta e cinco dias contados do seu recebimento em única discussão, e somente será
rejeitado pela maioria absoluta dos vereadores em escrutínio secreto.

§ 4º - Esgotado o prazo do parágrafo anterior sem deliberação, o veto será colocado


na ordem do dia da próxima sessão para que seja ultimada sua votação.
§ 5º - Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para promulgação.
§ 6º - A não promulgação da lei no prazo de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos
casos dos parágrafos segundo e quarto, ensejará a obrigação de efetivá-la o Presidente da Câmara
em igual prazo.

Art. 47 - O Decreto Legislativo, destinado a regulamentar matéria de competência


exclusiva da Câmara que produz efeitos externos, será deliberado em único turno de votação e
promulgação pelo Presidente da Câmara.

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Art. 48 - A Resolução é destinada a regulamentar matérias de interesse interno da


Câmara
PARÁGRAFO ÚNICO - A Resolução, aprovada pelo Plenário em um só turno de
votação será promulgada pelo Presidente da Câmara.

SEÇÃO VIII
Da Fiscalização Operacional, Patrimonial, Contábil, Financeira e Orçamentária.

Art. 49 - A fiscalização operacional e patrimonial será exercida pela Câmara


Municipal nos termos da Lei Complementar.

Art. 50 - A fiscalização Contábil, financeira, orçamentária e operacional do


Município e das entidades da administração direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receita será exercida pela Câmara
Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
§ 1º - O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado e compreenderá a apreciação das Contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, o
acompanhamento das atividades financeiras e orçamentárias do Município, bem como o
julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.
§ 2º - As contas do Prefeito e da Câmara, prestadas anualmente,. serão julgadas pela
Câmara Municipal dentro de sessenta dias após o recebimento do Parecer Prévio do Tribunal de
Contas.
§ 3º - A não apresentação das contas no prazo do parágrafo anterior ensejará a
colocação automática da matéria na Ordem do Dia da sessão imediata para que seja ultimada a
votação.
§ 4º - Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará
de prevalecer o Parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado.
§ 5º - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado-
Membro serão prestadas na forma da Legislação Federal e Estadual em vigor.

Art. 51 - As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à


disposição de qualquer contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.

Art. 52 - O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:


I. - criar condições indispensáveis para assegurar a regularidade da receita e da
despesa;
II. - acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento;
III.- avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
IV.- verificar a execução dos contratos.

CAPÍTULO II
SEÇÃO I
Do Prefeito e do Vice Prefeito

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Art. 53 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários.

Art. 54 - A eleição do Prefeito e do Vice Prefeito realizar-se-á, simultaneamente,


noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores dentre brasileiros, idade mínima
de vinte e um anos e verificada as demais condições de elegibilidade.
§ 1º - A eleição do Prefeito importará a do Vice Prefeito com ele registrado.
§ 2º - Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido político
obtiver a maioria dos votos.

Art. 55 - Proclamado oficialmente o resultado da eleição municipal, o Prefeito eleito


poderá indicar uma Comissão de Transição, destinada a proceder levantamento das condições
administrativas do Município.

Art. 56 - O Prefeito e o Vice Prefeito tomarão posse na sessão solene de instalação da


Câmara Municipal, no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente ao da eleição prestando
compromisso de manter, defender, e cumprir a Lei Orgânica Municipal, e promover o bem geral
do Município.
§ 1º - Se decorrido dez dias da data fixada para posse, o Prefeito ou o Vice Prefeito,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2º - Enquanto não decorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice Prefeito, e na falta
ou impedimento deste, o Presidente da Câmara.
§ 3º - No ato da posse, o Prefeito e o Vice Prefeito farão declaração pública de seus
bens, registrada no Cartório de Títulos e Documentos as quais serão transcritas em livro próprio,
constando, de ata o seu resumo, tudo sob pena de nulidade pleno direito, do ato de posse. Ao
término do mandato deverá ser atualizada a declaração, sob pena de impedimento para o
exercício de qualquer outro cargo no Município e sob pena de responsabilidade.
§ 4º - O Prefeito e o Vice Prefeito deverão desincompatibilizar-se até o ato da posse.

Art. 57 - São infrações político - administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento


pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato:
I. - impedir funcionamento regular da Câmara;
II. - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam
constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por
Comissão de investigação da Câmara ou auditoria, regularmente constituída;
III.- desatender, sem motivo justo, os pedidos de informações da Câmara, quando
feitos a tempo e em forma regular;
IV.- retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa
formalidade;
V. - deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, a proposta
orçamentária;
VI.- descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
VII.- praticar, contra expressa disposição em lei, ato de sua competência ou omitir-se
na sua prática;
VIII.- omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do
Município, sujeitos à administração da Prefeitura;
IX.- fixar residência fora do Município;
X. - ausentar-se do Município, por tempo superior a quinze dias, ou afastar-se da
Prefeitura sem autorização da Câmara;

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XI.- proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro ou atentatório às


instituições vigentes;
XII. (inciso revogado - Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação anterior: XII - deixar de comparecer à Câmara, quando convocado
para prestação de esclarecimentos.
PARÁGRAFO ÚNICO - A cassação do mandato será julgada pela Câmara, de
acordo com o estabelecido em Lei, assegurando-lhe o direito de ampla defesa.

Art. 58 - Extingue-se o mandato de Prefeito e, assim deve ser declarado pelo


Presidente da Câmara quando:
I. - ocorrer falecimento, renúncia por escrito, suspensão ou perda dos direitos
políticos ou condenação por crime funcional ou eleitoral;
II. - incidir nos impedimentos para exercício do cargo.

PARÁGRAFO ÚNICO - A extinção do mandato no caso do inciso primeiro,


independe de deliberação do Plenário e se tornará efetiva desde a declaração do fato ao ato
extintivo pelo Presidente e sua inserção em ata.

Art. 59 - O Prefeito não poderá sob pena de perda do cargo:


I. - Desde a expedição do diploma:
a - firmar ou manter contrato com o Município, com suas empresas
concessionárias de serviços públicos, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que
seja demissível de ofício nas entidades constantes da alínea anterior, salvo mediante aprovação
em concurso público caso em que, após a investidura, ficará automaticamente licenciado, sem
vencimento;
II - Desde a posse:
a - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público municipal, ou nela exercer função
remunerada;
b - ocupar cargo ou função de que seja demissível de ofício, nas entidades
referidas no inciso I,a;
c - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I,a;
d - ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
§ 1º - Os impedimentos acima se estendem ao vice Prefeito, e aos Secretários no
que forem aplicáveis.

§ 2º - A perda do cargo será decidida pela maioria absoluta dos Vereadores,


mediante provocação da Mesa dou do partido político representado na Câmara, assegurada ampla
defesa. (redação dada pela Emenda nº 11, de 29 de maio de 2012)
Redação original: § 2º - A perda do cargo será decidida pela Câmara por voto
secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa dou do partido político representado
na Câmara, assegurada ampla defesa.

§3º - O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.

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Art. 60 - Será de quatro anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se


no dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição.

Art. 61 - São elegíveis para o mesmo cargo, no período subseqüente, o Prefeito e


quem o houver sucedido ou substituído, na forma da lei. (redação dada pela Emenda nº 06/2005
de 12.08.05)
(Redação original: art. 61 - São inelegíveis para o mesmo cargo, no período
subseqüente, o Prefeito e quem houver sucedido ou substituído na forma da Lei.)

Art. 62 - Para concorrer a outros cargos eletivos o Prefeito deve renunciar ao


mandato no prazo previsto em Lei.

Art. 63 - O Vice Prefeito substitui o Prefeito em caso de licença ou impedimento e o


sucede no caso de vaga ocorrida após a diplomação.
§ 1º - O Vice Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei,
auxiliará o Prefeito sempre que for convocado para missões especiais.
§ 2º - O Vice Prefeito não poderá recusar-se a substituí-lo, sob pena de extinção do
respectivo mandato, salvo em caso de justo motivo devidamente comprovado.

Art. 64 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice Prefeito, assumirá o


Presidente da Câmara.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Presidente da Câmara não poderá recursar-se a assumir,


sob pena de extinção do respectivo mandato, salvo em caso de justo motivo devidamente
comprovado.

Art. 65 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice Prefeito, até o primeiro trimestre do


quarto ano de mandato, far-se-á eleição para o preenchimento destes cargos, observada a
prescrição da lei eleitoral.
PARÁGRAFO ÚNICO - Ocorrendo a vacância posteriormente, cabe ao Presidente da
Câmara completar, em substituição, o mandato do Prefeito.

Art. 66- O Prefeito poderá licenciar-se:


I. - quando a serviço ou em missão de representação do Município, devendo
enviar à Câmara relatório circunstanciado dos resultados de sua viagem em sete dias úteis;
II. - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença
devidamente comprovada.
PARÁGRAFO ÚNICO - Nos casos deste artigo, o Prefeito terá direito à
remuneração.

Art. 67 – O Prefeito e o vice-prefeito, pelo exercício do mandato, farão jus ao


subsídio em parcela única, fixado pela Câmara Municipal, em cada legislatura para a
subseqüente, observando-se os limites fixados na Constituição Federal.

Parágrafo único - Poderá ser concedido ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, mediante


autorização legislativa, adicional natalino, no valor correspondente a um subsídio mensal, a ser
pago no mês de dezembro. (art. 67 e § - redação dada pela Emenda nº 05/2004 de 17 de agosto de
2004).

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(Redação original: Art. 67 – As remunerações do Prefeito e do Vice-Prefeito serão


fixados pela Câmara Municipal, em cada Legislatura para a subseqüente, até 5 (cinco) meses
antes do término do mandato, e não poderá o do Prefeito ser inferior ao maior padrão de
vencimentos estabelecidos para o servidor do Município, estando ambas sujeitas aos impostos
gerais, inclusive o de renda e outros extraordinários, sem distinção de qualquer espécie.
Parágrafo Único – Na fixação e correção, observar-se-á, na forma do inciso II, do
artigo 37 da Constituição Federal, a redação estabelecida por lei municipal, com a menor
remuneração do servidor público municipal)

Art. 68 - A extinção ou a cassação do mandato do Prefeito e do Vice Prefeito,


ocorrerão na forma e nos casos previstos na Legislação Federal e nesta Lei Orgânica.

SEÇÃO II
Das Atribuições do Prefeito

Art. 69 - A cada doze meses, o Prefeito terá direito a 30 (trinta) dias de férias, com
recebimento integral de subsídio, que fluirão independentemente de autorização da Câmara
Municipal, a qual enviará simples comunicação, vedada a acumulação. (redação dada pela
Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: art. 69 - A cada doze meses, o Prefeito terá o direito a trinta dias
de férias, que fluirão independentemente de autorização da Câmara Municipal, a qual enviará
simples comunicação, vedada a acumulação)

Art. 70 - Ao Prefeito como chefe da Administração compete dar cumprimento às


deliberações da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município, bem como
adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pública, sem exceder as
verbas orçamentarias.

Art. 71 - Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:


I. -- a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgânica;
II. - representar o Município em juízo ou fora dele;
III.- sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir
os regulamentos para sua fiel execução;
IV.- vetar, no todo ou em parte, as proposições de lei aprovadas pela Câmara;
V. - decretar nos termos da lei a desapropriação, por utilidade pública, necessidade
pública e interesse social;
VI.- expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VII.- permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros;
VIII.- permitir ou autorizar a execução dos serviços públicos, por terceiros;
IX.- promover os cargos públicos, expedir os demais atos referentes à situação
funcional dos servidores;
X. - enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao orçamento anual e ao plano
plurianual do Município e das suas autarquias;
XI.- encaminhar à Câmara, até quinze de abril, a prestação de contas, bem como os
balanços do exercício findo;
XII.- encaminhar aos órgãos competentes o plano de aplicação e as prestações de
contas exigidos por lei;
XIII.- fazer publicar os atos oficiais;

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XIV.- prestar à Câmara, dentro de quinze dias, as informações pela mesma


solicitada, salvo prorrogação por igual período, a seu pedido;
XV.- promover os serviços e obras da administração pública;
XVI.- superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação da
receita, autorizar as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos
créditos votados pela Câmara;
XVII.- colocar à disposição da Câmara dentro de dez dias de sua requisição, as
quantias que devam ser dispendidas de uma só vez, e até o dia vinte do mês em curso, os
recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, compreendendo os créditos
suplementares e especiais;
XVIII.- aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando
impostas irregularmente;
XIX.- resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe
forem dirigidas;
XX.- oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e
logradouros públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;
XXI.- convocar extraordinariamente a Câmara quando o interesse da
administração o exigir;
XXII.- aprovar projetos de edificação e planos de loteamentos, arruamento e
zoneamento urbano ou para fins urbanos;
XXIII.- (inciso revogado - Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação anterior: XXIII - apresentar, anualmente, a Câmara, relatório
circunstanciado sobre o estado das obras e dos serviços municipais, bem como
assim o programa da administração para o ano seguinte)
XXIV.- organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder
as verbas para tal destinadas;
XXV.- contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia
autorização da Câmara;
XXVI.- providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação
na forma da lei;
XXVII.- organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do
Município;
XXVIII.- desenvolver o sistema viário do Município;
XXIX.- conceder auxílios, prêmios e subvenções nos limites das respectivas
verbas orçamentárias e do plano de distribuição prévia e anualmente aprovado pela Câmara;
XXX.- providenciar sobre o incremento do ensino;
XXXI.- estabelecer a divisão administrativa do Município de acordo com a Lei;
XXXII.- solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia do
cumprimento de seus atos;
XXXIII.- solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-se do
Município por tempo superior a quinze dias;
XXXIV.- adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimônio
municipal;
XXXV.- publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária;
XXXVI.- aplicar valores numerários referentes a saldo de caixa, diariamente, na
rede bancária local;

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XXXVII.- enviar à Câmara Municipal até o quadragésimo dia útil de cada


bimestre, os balancetes contábeis juntamente com as cópias dos respectivos documentos que
deram origem às operações escrituradas no mês imediatamente anterior,
XXXVIII.- enviar ao Legislativo no prazo de quinze dias, após assinatura, cópia
dos convênios firmados.

Art. 72 - O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, as funções


administrativas que sejam de sua competência exclusiva.

SEÇÃO III
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito

Art. 73 - São auxiliares diretos do Prefeito os Secretários Municipais, Diretores ou


equivalentes.
PARÁGRAFO ÚNICO - Os cargos são de livre nomeação e exoneração do Prefeito.

Art. 74 - A Lei Municipal estabelecerá estrutura administrativa do Município.

Art. 75 - Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários, Diretores ou
equivalentes:
I. - subscrever atos e regulamentos referentes a seus órgãos;
II. - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamentos;
III.- apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas
repartições;
IV.- comparecer à Câmara Municipal, sempre que convocados pela mesma, para
prestação de esclarecimentos oficiais.
PARÁGRAFO ÚNICO - Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços
autônomos ou autárquicos serão referendados pelo Secretário ou Diretor da Administração.

Art. 76 - Os Secretários, Diretores ou equivalentes são solidariamente responsáveis


com o Prefeito pelos atos que assumirem, ordenarem ou praticarem.

Art. 77 - Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de bens no ato da posse e


no término do exercício do cargo.

TÍTULO III
Da Organização do Governo Municipal

CAPÍTULO I
Do Planejamento Municipal

Art. 78 - O Município deverá organizar sua administração, exercer suas atividades e


promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento,
atendendo aos objetivos e diretrizes estabelecidas no Plano Diretor, e mediante adequado sistema
de planejamento.
§ 1º - O Plano Diretor é o instrumento orientador e básico dos processos de
transformação do aspecto urbano e de sua estrutura

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§ 2º - Será criado por lei Comissão Municipal com o objetivo de acompanhar a


execução e velar pela integridade do Plano Diretor.

Art. 79 - a delimitação da zona urbana e de expansão urbana será feita por lei.

CAPÍTULO II
Da Administração Municipal

Art. 80 - A Administração Municipal compreende:


I. - administração direta: Secretarias ou órgãos equiparados;
II. - administração indireta: entidades dotadas de personalidade jurídica própria
PARÁGRAFO ÚNICO - As entidades compreendidas na administração indireta serão
criadas por lei específica e vinculadas às Secretarias ou órgãos equiparados em cuja área de
competência estiver enquadrada sua principal atividade.

CAPÍTULO III
Dos Atos Municipais

SEÇÃO I
Da Publicidade dos Atos Municipais

Art. 81 - A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão da imprensa


oficial do Município.
§ 1º - Os atos municipais só produzirão efeitos após sua publicação;
§ 2º - A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.

Art. 82 - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
ou entidades municipais deverá ter caráter educativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagem que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou
funcionários públicos.

Art. 83 - O Prefeito fará publicar:


I. - ( inciso revogado - Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia
anterior)
II. - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;
III.- mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos
recebidos;
IV.- anualmente, até quinze de março pelo órgão oficial do Estado , as contas da
administração, constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço
orçamentário e demonstração das variações patrimoniais, em forma sintética.

SEÇÃO II
Dos Atos Administrativos

Art. 84 - A Administração Municipal, direta e indireta, obedecerá aos princípios da


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. (redação dada pela Emenda nº
06/2005 de 12.08.05)

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(Redação Original: Art. 84 - A Administração Municipal direta e indireta na


prática de seus atos, obedecerá aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da finalidade e publicidade.)

Art. 85 - Os atos administrativos de competência do Prefeito são expedidos da


seguinte forma:
I. - decreto numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a - regulamentação de lei;
b - instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;
c - regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração
Municipal;
d - abertura de créditos especiais e suplementares até o limite autorizado por lei,
assim como de créditos extraordinários;
e - declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de
desapropriação ou servidão administrativa;
f - aprovação de regulamentação ou regimento das entidades que compõem a
administração municipal;
g - permissão de uso dos bens municipais;
h - medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
i - normas de efeitos externos não privativos da lei;
j - fixação e alteração de preços;
II. portaria nos seguintes casos:
a - provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos individuais;
b - lotação e re-lotação nos quadros de pessoal;
c - abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e
demais atos individuais de efeitos internos;
d - outros casos determinados em lei ou decreto.
III.- contrato, nos seguintes casos:
a - admissão de servidores para serviços de caráter temporário, nos termos do
artigo 109, IX desta Lei Orgânica;
b - execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.
PARÁGRAFO ÚNICO - Os atos constantes dos itens II e III deste artigo, poderão ser
delegados.

Art. 86 - O Município terá livros para registro de seus atos, a saber:


I. - termo de compromisso e posse;
II. - declaração de bens;
III.- atas das Sessões da Câmara;
IV.- registro de Leis, decretos, Resoluções, portarias e regulamentos;
V. - licitações e contratos para obras e serviços;
VI.- contrato de servidores’
VII.- contabilidade e finanças;
VIII.- concessões e permissões de bens e serviços;
IX.- registro de seus bens;
X. - registro de loteamentos;
XI.registro de tombamentos.
§ 1º - Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo
Presidente da Câmara ou por funcionário previamente designado para este fim.

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§ 2º - Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro
sistema devidamente autenticado.

SEÇÃO V
Das Certidões

Art. 87 - A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer interessado, no


prazo máximo de quinze dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que requeridas para
fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou
retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender as requisições judiciais se outro não
for fixado pelo Juiz.

PARÁGRAFO ÚNICO - As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas


pelo Secretário ou Diretor da Administração da Prefeitura, exceto declaratória de efetivo
exercício do Prefeito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.

CAPÍTULO IV
Dos Bens do Município

Art. 88 - São bens do Município:


I. - os que atualmente lhe pertencem e que lhe vierem a ser atribuídos;
II. - os rendimentos provenientes dos seus bens, execução de obras e prestação de
serviços.

Art. 89 - Cabe ao Prefeito a Administração dos bens municipais, respeitada a


competência da Câmara quando àqueles utilizados em seus serviços.

Art. 90 - A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia


avaliação e autorização legislativa.
Art. 91 - a alienação de bens municipais, subordinada à comprovação da existência
de interesse público, será sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I. - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência,
dispensada esta somente nos seguintes casos:
a - doação, constando da lei e da escritura pública se o donatário não for pessoa
jurídica de direito público, os encargos e a cláusula de retrocessão tudo sob pena de nulidade do
ato;
b - permuta;
c - dação em pagamento;
d - investidura;
e - venda, quando realizada para atender à finalidade de regularização fundiária,
implantação de conjuntos habitacionais, urbanização específica e outros casos de interesse social,
constarão do ato de alienação condições semelhantes às estabelecidas na alínea “a”.
II. - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a - doação, permitida exclusivamente para fins de interesse social;
b - permuta;
c - venda de ações, negociadas na bolsa ou na forma que se impuser;
d - venda de títulos, na forma da Legislação pertinente.
§ 1º - O Município, preferentemente à venda ou doação de bens imóveis concederá
direito real de uso, mediante concorrência. A concorrência poderá ser dispensada quando o uso se

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destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais ou verificar-se relevante


interesse público, devidamente justificado, na concessão direta.
§ 2º - Entende-se por investidura a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros,
por preço nunca inferior ao da avaliação de área remanescente ou resultante de obra pública e que
se torne inaproveitável isoladamente. As áreas resultantes de modificações de alinhamento serão
alienadas nas mesmas condições.
§ 3º - a doação com encargo poderá ser licitada, e de seu instrumento constarão,
obrigatoriamente os encargos, prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão sob pena de
nulidade do ato.

Art. 92 - O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização quando houver interesse público devidamente justificado.
§ 1º - A concessão dos bens públicos de uso especial e dominicais dependerá de lei e
concorrência e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. a concorrência poderá
ser dispensada, mediante lei, quando o uso se destinar a concessionária de serviço público, à
entidades assistenciais ou quando houver interesse público relevante, devidamente justificado.
§ 2º - A concessão de uso de bens públicos comum será outorgada mediante
autorização legislativa.
§ 3º - A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título
precário, por decreto.
§ 4º - A autorização que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por
portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo e improrrogável de
noventa dias.

Art. 93 - O Município constituirá através de Lei uma Comissão de Avaliação de


bens, serviços e obras do Poder Público.

CAPÍTULO V
Das Obras e Serviços Públicos

Art. 94 - A realização de obras e prestação de serviços pelo Município não poderão


ter início sem prévia elaboração de plano que conste:
I. - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o
interesse comum;
II. - o esquema detalhado para sua execução;
III.- os recursos para atendimento das respectivas despesas;
IV.- os prazos para o seu início e conclusão.
§ 1º - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo nos casos da extrema urgência,
será executada sem prévio orçamento de seu custo;
§ 2º - as obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e
demais entidades da administração;
§ 3º - a Câmara deverá ser informada previamente pelo Executivo sobre o executor da
obra, custo e prazo previsto para seu término.

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Art. 95 - A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às


diretrizes do Plano Diretor.

Art. 96 - Os serviços públicos e de utilidade pública, ressalvadas as atividades de


planejamento e controle, podem ser prestadas pelas entidades da administração indireta ou pela
iniciativa privada, mediante delegação.
§ 1º - A delegação de serviço público se efetiva a título precário, por decreto do
Executivo, mediante permissão, ou por contrato com prévia autorização legal através de
concessão.
§ 2º - A permissão e a concessão dependem de licitação.
§ 3º - Os serviços permitidos ou concedidos, ficarão sempre sujeitos a
regulamentação e a fiscalização do Município.
§ 4º - O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços delegados, desde
que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se revelaram
insuficientes para o atendimento dos usuários.
§ 5º - As licitações para delegação de serviço público será precedida de ampla
publicidade.

Art. 97 - As tarifas de serviços públicos, serão fixadas pelo Executivo de forma que
assegure o melhoramento, a expansão dos serviços, e o equilíbrio econômico e financeiro do
contrato.

Art. 98 - O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante


convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, ou ainda mediante consórcio com
outros Municípios.
§ 1º - A constituição de consórcios intermunicipais dependerão da autorização
Legislativa de todos os integrantes.
§ 2º - Os consórcios manterão um conselho consultivo com participação homogênea
dos integrantes, uma autoridade executiva e um conselho fiscal.

§ 3º - O Executivo remeterá ao Legislativo, cópias dos convênios firmados no prazo


máximo de trinta dias da assinatura.

Art. 99 - A concessão de qualquer gratuidade nos serviços públicos somente poderá


ser efetivada por lei municipal com indicação das fontes de recursos necessárias para custeá-las.

CAPÍTULO VI
Da Guarda Municipal

Art. 100 - O Município poderá instituir através de lei Guarda Municipal destinada à
proteção de seus bens, serviços e instalações.
PARÁGRAFO ÚNICO - Para formação, treinamento e orientação de seu efetivo,
serão observadas as normas constantes da Constituição Federal e Estadual.

CAPÍTULO VII
Dos Servidores Municipais

Art. 101 - O Município instituirá em lei o conselho de política de administração

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e remuneração de pessoal, com a finalidade de promover as sugestões e estudos para implantação


de política de pessoal, garantindo a participação de servidores dos respectivos Poderes e ainda:

a) programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,


visando à modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público;
b) organização da remuneração dos servidores através de planos de carreiras.
(art. 101 e alíneas - redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: Art. 101 - O Município estabelecerá em Lei o regime
jurídico de seus servidores, atendendo às disposições, aos princípios e aos direitos que lhes são
aplicáveis pela Constituição Federal.)

Art. 102 - São garantidos o direito à livre associação sindical e o direito de greve que
será exercido nos termos e nos limites estabelecidos em lei própria.

Art. 103 - A investidura em cargo ou emprego público depende sempre de aprovação


prévia em concurso público de provas ou provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo
em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Parágrafo único - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma única vez, por igual período. (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de
12.08.05)
(Redação Original: Art. 103 - A investidura em cargo ou em emprego público
depende sempre de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
PARÁGRAFO ÚNICO - O prazo de validade do concurso será de até dois anos ,
prorrogável uma vez, por igual período)

Art. 104 - Será convocado para assumir cargo ou emprego aquele que for aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos, com prioridade, durante o prazo previsto
no edital de convocação, sobre novos concursados na carreira.

Art. 105 - O Município assegurará ao servidor público, os direitos previstos no


art. 7°, incs. IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, e XXX da
Constituição Federal, e os que nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à
produtividade no serviço público. (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: Art. 105 - O Município instituirá regime jurídico único
para os servidores da administração pública direta, das autarquias, fundações públicas, bem
como planos de carreira)

Art. 106 - Adquirirão estabilidade, os servidores nomeados em virtude de


aprovação em concurso público, após três anos de efetivo exercício e desde que tenham sido
aprovados em avaliação especial de desempenho, por comissão instituída para essa finalidade,
nos termos da lei.

§ 1° - O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

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II - mediante processo administrativo em que lhe


seja assegurada a ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica
de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada a ampla defesa.

§ 2° - Invalidada a sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele


reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada proporcional
ao tempo de serviço.

§ 3°. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável


ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: Art. 106 - São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os
servidores nomeados em virtude de concurso público.
§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade;
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo).

Art. 107 - As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo e pelos servidores estáveis constitucionalmente, e os cargos
em comissão, preferencialmente, por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, e serão destinados apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

§ 1° - Os secretários, os servidores ocupantes de cargos em comissão e os


dirigentes de autarquias, fundações e empresas paraestatais do Município obrigam-se, no ato da
posse, sob pena de nulidade de pleno direito de sua nomeação, a declarar seus bens.

§ 2° - No ato de exoneração, deverá ser atualizada a declaração, sob pena de


impedimento ao exercício de qualquer outro cargo no Município. (redação dada pela Emenda nº
06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: Art. 107 - Os cargos em comissão e funções de confiança na
administração pública serão exercidos preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo
de carreira técnica ou profissional , nos casos e condições previstos em lei.
PARÁGRAFO ÚNICO - Os dirigentes de autarquias, fundações e empresas
paraestatais do Município, obrigam-se no ato da posse, sob pena de nulidade de pleno direito
desta, a declarar seus bens. No ato da exoneração, deverá ser atualizada a declaração sob pena
de impedimento para o exercício de qualquer outro cargo no Município e sob pena de
responsabilidade)

§ 3° – Para o provimento de cargos em comissão em todos os setores do Executivo,


Legislativo e nas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista
municipais, fica vedada a nomeação ou a designação daqueles inelegíveis em razão de atos
ilícitos, nos termos da legislação federal.”

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(parágrafo 3º inserido através da Emenda nº 09 de 15 de fevereiro de 2011)

Art. 108 - Lei específica reservará percentual dos empregos públicos para pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Art. 109 - Lei específica estabelecerá os casos de contratação por tempo


determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 110 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da Administração Pública


Direta, Autarquias e Fundações é assegurada a aposentadoria:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificados em lei;

II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos


proporcionais ao tempo de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 15 (quinze) anos


de efetivo serviço público e 05 (cinco) anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria,
observadas as seguintes condições:

a) 60 (sessenta) ano de idade e 35 (trinta e cinco) de contribuição, se homem, e


55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de contribuição, se mulher;
b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade,
se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição."

§ 1° - O regime de previdência terá caráter contributivo e solidário, mediante a


contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto na
Constituição Federal e nas leis federais aplicáveis á espécie.

§ 2° - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5


(cinco) anos, em relação ao disposto no inc. III, alínea "a", para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício nas funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio.

§ 3° - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-Ihes, em


caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

§ 4° - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores


públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para
o regime geral de previdência social.( Art. 110 e §§ - redação dada pela Emenda nº 06/2005 de
12.08.05)
(Redação original: Art. 110 - O servidor será aposentado:
I. - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes
de acidentes em serviço, moléstia profissional ou doença grave incurável, especificadas em lei,
e proporcionais nos demais casos;
II. - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço;

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a - aos trinta e cinco anos de serviço, se homem e aos trinta anos , se mulher
com proventos integrais;
b - aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e
vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;
c - aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;
d - aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.
§ 1º - A lei poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso II, “a”, e “c”, no caso
de exercício de atividades consideradas penosas e insalubres ou perigosas.
§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.
§ 3º - O tempo de serviço público federal, Estadual ou Municipal será computado
integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
§ 4º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na
mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade e estendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que deu-se a aposentadoria , na forma da lei.
§ 5º - O Benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o
disposto no parágrafo anterior.)

Art. 111 - A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, far-se-á sempre
na mesma data.

Art. 112 - A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos da administração direta e indireta, observado, como limite
máximo, os valores percebidos como remuneração, pelo Prefeito.

Art. 113 - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo, em funções


assemelhadas, não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Art. 114 – *(artigo revogado - Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)


(Redação original: Art. 114 - A Lei assegurará aos servidores da administração
direta isonomia de vencimentos entre cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo
Poder entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas à natureza ou local de trabalho).

Art. 115 - É vedada a vinculação, ou equiparação do vencimento, para efeito de


remuneração do pessoal do serviço público municipal, ressalvado o disposto no artigo anterior.

Art. 116 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando


houver compatibilidade de horários:
I. - a de dois cargos de professor;
II. - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III.- a de dois cargos em empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas. (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: III - a de dois cargos privativos de médico.)

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PARÁGRAFO ÚNICO - A proibição de acumular estende-se a emprego e funções e


abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo
Poder Público.

Art. 117 - Os acréscimos pecuniários, percebidos por servidor público não serão
computados, nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo
título ou idêntico fundamento.

Art. 118 - Os cargos públicos serão criados por lei, que fixará sua denominação,
padrão de vencimentos, condições de provimento e indicará os recursos pelos quais serão pagos
seus ocupantes.
PARÁGRAFO ÚNICO - A criação e extinção dos cargos da Câmara, bem como a
fixação e alteração de seus vencimentos, dependerão de projeto de lei de iniciativa da Mesa.

Art. 119 - O servidor municipal será responsável civil, criminal e


administrativamente pelos atos que praticar no exercício de cargo ou função a pretexto de exercê-
lo.

Art. 120 - Ao servidor municipal em exercício de mandato eletivo aplicam-se as


seguintes disposições:
I. - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de
seu cargo, emprego ou função;
II. - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III.- investido no mandato de vereador havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV.- em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
V. - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.

Art. 121 - Os titulares de órgãos da administração da Prefeitura deverão atender


convocação da Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre assuntos de sua
competência.

Art. 122 - O Município estabelecerá por lei o regime previdenciário de seus


servidores ou adotá-lo-á através de convênios com a União ou Estado.

Art. 123 - Todo servidor público municipal fará jus ao auxílio-transporte, na forma
estabeleci da em lei. (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: Art. 123 - Todo funcionalismo público Municipal faz jus ao vale
transporte, na forma da Lei).

TÍTULO IV
Da Administração Financeira

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CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais

Art. 124 - A receita Municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais,


da participação em tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de
Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e de outros
ingressos.

Art. 125 - a fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e
atividades municipais, será feita pelo Prefeito mediante decreto.
PARÁGRAFO ÚNICO - As tarifas serão fixadas de forma que assegure o
melhoramento e expansão dos serviços, e o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.

Art. 126 - A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição


Federal e às normas de direito financeiro.

Art. 127 - Nenhuma despesa será ordenada ou efetivada, sem que exista recurso
disponível e crédito votado pela Câmara Municipal, salvo a que correr por conta de crédito
extraordinário.

Art. 128 - Nenhuma lei que crie ou aumente a despesa será executada sem que dela
conste a indicação do recurso para atendimento ao correspondente encargo.

Art. 129- As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias, fundações e


empresas por ele contratadas, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, salvo os
casos previstos em Lei.

CAPÍTULO II
Dos Tributos Municipais

Art. 130 - Compete ao Município instituir:


I. - impostos sobre propriedade predial e territorial urbana;
II. - imposto sobre transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais, sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III.- ( inciso revogado pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: impostos sobre serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no artigo cento e cinqüenta e cinco, l,b da Constituição Federal,
definidos em Lei Complementar)
IV.- taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou
potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua
disposição;
V. - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;
VI.- contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício destes,
através de sistema de previdência e assistência social;
§ 1º - O imposto previsto no inciso I, poderá ser progressivo, nos termos da Lei, de
forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

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§ 2º - O imposto previsto no inciso II, não incide sobre a transmissão de bens ou


direitos incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa
jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda
desses bens imóveis ou arrendamento mercantil.
§ 3º - As taxas não poderão ter base de cálculo próprio de impostos.

Art. 130A - O Município poderá instituir, na forma da Lei, Contribuição para o


Custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III da
Constituição Federal. (artigo acrescido - Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)

Parágrafo único - A contribuição de iluminação pública poderá ser cobrada na fatura


de consumo de energia elétrica.

Art. 131 - O Município poderá celebrar convênios com o Estado e União para fim de
arrecadação de tributos de sua competência.

CAPÍTULO III
Do Orçamento

Art. 132 - Leis de iniciativa do Prefeito estabelecerão:


I. - plano plurianual;
II. - as diretrizes orçamentárias;
III.- os orçamentos anuais.
§ 1º-A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma setorizada, as
diretrizes, objetivos e metas da Administração para as despesas de capital e outras delas
decorrentes, bem como as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º-A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará
a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
§ 3º-O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º - Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com o Plano
plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

Art. 133 - A Lei Orçamentária anual compreenderá:


I. O orçamento fiscal referente aos Poderes Municipais, fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II. O orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III.- O orçamento da seguridade social abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público.
§ 1º -O projeto de lei orçamentária será instruído com demonstrativo setorizado dos
efeitos, sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

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§ 2º -A Lei Orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita


e à fixação das despesas, não se incluindo da proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, nos
termos da Lei.
§ 3º - O Município aplicará, anualmente, nunca menos de 25% (vinte e cinco por
cento) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento de ensino e nunca menos de 15% (quinze por cento), para as
ações e serviços públicos de saúde. (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: § 3º - O Município aplicará anualmente nunca menos de vinte e
cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino)
§ 4º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório.
§ 5º - As despesas com pessoal ativo e inativo do Município não poderão exceder os
limites estabelecidos em Lei Complementar Federal.

Art. 134 - Os projetos de lei previstos ao orçamento anual, ao plano plurianual, às


diretrizes orçamentarias e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal, na
forma de seu Regimento.
§ 1º - Cabe à Comissão Permanente de Fiscalização Financeira e Orçamentaria:
I. - examinar e emitir parecer sobre projetos, planos e programas, bem como sobre
as contas apresentadas pelo Prefeito;
II. - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentaria.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão, que sobre elas emitirá parecer e
serão apreciadas pela Câmara Municipal.
§ 3º - As emendas ao projeto de Lei do Orçamento anual ou de créditos adicionais
somente poderão ser aprovadas quando:
I. - compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentarias;
II. - indiquem os recursos necessários admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesas, excluídas as que incidem sobre:
a - dotação para pessoal e seus encargos;
b - serviços da dívida
III.- relacionados com a correção de erros e omissões;
IV.- relacionados com os dispositivos do texto do projeto de lei
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentarias somente poderão ser
aprovadas quando compatíveis com o plano plurianual.
§ 5º - O Poder Executivo poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificação
nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação da parte cuja alteração é
proposta.
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, o das diretrizes orçamentarias e do
orçamento anual, serão enviados pelo Prefeito a Câmara Municipal, obedecidos os critérios a
serem estabelecidos em Lei Complementar.
§7º - Aplicam-se os projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o
disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentaria anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.

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Art. 135 - São vedados:


I. - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II. - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
III.- a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade
precisa, aprovadas pela Câmara por maioria absoluta;
IV.- a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvada a
destinação de recursos par a manutenção e desenvolvimento do ensino, como estabelecido na
Constituição Federal, e prestação de garantias às operações de créditos por antecipação de
receita;
V. - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI.- a transposição, o remanejamento ou transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
VII.- a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII.- a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos
orçamentos fiscais e da seguridade social par suprir necessidade ou cobrir déficit de empresa,
fundações e fundos;
IX.- a instituição de fundos de qualquer natureza sem prévia autorização
legislativa
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão.
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, caso em que, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.
§ 3º- A abertura de crédito extraordinário será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes.

Art. 136 - Os recursos correspondentes ás dotações orçamentárias, inclusive créditos


suplementares e especiais, destinados ao poder legislativo, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de
cada mês em curso, na forma da lei.
PARÁGRAFO ÚNICO - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instruídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I. - se houver prévia dotação orçamentaria suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II. - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentarias, ressalvadas


as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

TÍTULO V
Da Ordem Econômica e Social

CAPÍTULO I

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Dos princípios Gerais da Atividade Econômica e Social

Art. 137 - O Município, na sua circunscrição territorial dentro de sua competência


constitucional, assegura a todos, a valorização do trabalho humano, observado os seguintes
princípios:
I. - autonomia municipal;
II. - livre iniciativa;
III.- propriedade privada;
IV.- livre concorrência;
V. - defesa do consumidor;
VI.- defesa do meio ambiente;
VII.- redução das desigualdades sociais;
VIII.- busca do pleno emprego
PARÁGRAFO ÚNICO - é assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica independentemente de autorização dos órgãos municipais, salvo nos casos
previstos em lei.

Art. 138 - A ordem econômica e social tem por base o primado no trabalho e como
objetivo o bem-estar e a justiça social.

CAPÍTULO II
Da Atividade Econômica

Art. 139- O Município, no âmbito de sua competência, organizará a ordem


econômica, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesses da coletividade
PARÁGRAFO ÚNICO - A intervenção do Município, no domínio econômico, terá
por objetivo estimular e orientar a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça
e solidariedade social.

Art. 140 - O Município assistirá aos trabalhadores rurais e suas organização legais,
procurando proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de produção e de trabalho, saúde e
bem-estar social.

Art. 141 - A exploração de atividade econômica pelo Município só será possível


quando necessária a relevante interesse coletivo, conforme definido em lei.
PARÁGRAFO ÚNICO - A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras
entidades que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas
privadas.

Art. 142 - O Município dispensará às micro empresas e as empresas de pequeno


porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela
simplificação de suas obrigações administrativas e tributárias, ou pela eliminação ou redução
destas por meio de lei.

Art. 143 - Ao Município compete adotar programas de desenvolvimento comercial,


industrial e agropecuário, visando incrementar e ativar o comércio, a implantação de novas
indústrias e fomentar a produção agropecuária, objetivando aumentar a arrecadação e o bem-estar
da população urbana e rural mediante:

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I. - promoção de cursos de capacitação profissional e prevenção de acidentes;


II. - instituição do banco de empregos;
III.- apoio às entidades de classes, com estímulos à organização de novas entidades
representativas;
IV.- apoio às entidades que visem a defesa do consumidor, o controle de qualidade
dos bens, alimentos e serviços produzidos ou comercializados no Município;
V. - estabelecimento de normas de funcionamento e horário do comércio no
perímetro urbano, respeitando as leis trabalhistas e as condições próprias da região;
VI.- incentivo à pesquisa tecnológica e científica;
VII.- definição no plano diretor, de áreas destinadas às atividades comerciais e
industriais;
VIII.- atendimento às exigências legais visando a preservação do meio ambiente e
da saúde estabelecidas no Plano Diretor, na aprovação de qualquer implantação de atividade
econômica no Município;
IX.- apoio, incentivo e aprovação na implantação de novas indústrias e exclusiva
regulamentação dos Distritos Industriais;
X. - instituição de Programas de Apoio ao Pequeno produtor, criando, adequando e
aparelhando a patrulha rural, com a finalidade de fomentar a produção agropecuária do pequeno e
mini produtor, procurando fixá-los no meio rural através de incentivos;
XI.- incentivos às agroindústrias do Município;
XII.- apoio às iniciativas de comercialização direta através de feiras ou similar,
entre pequenos produtores rurais e consumidores, em locais pré - determinados;
XIII.- assistência aos trabalhadores e suas organizações legais;
XIV.- estabelecimento de política rural, com mapeamento rural do Município,
respeitando a ecologia, orientando quanto ao solo e proteção das nascentes e dos mananciais;
XV.- regulamentação e fiscalização no transporte dos trabalhadores rurais;
XVI.- abertura de estradas vicinais e manutenção das existentes, garantindo o
escoamento da produção e a segurança do trabalhador rural.

CAPÍTULO III
Da Política Urbana e Rural

Art. 144 - A Política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem - estar coletivo.
§ 1º - O Plano Diretor aprovado pela Câmara é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º - É facultado ao Executivo Municipal, mediante lei específica exigir, nos termos
da Lei Federal do proprietário do solo urbano não edificado sub/utilizado ou não utilizado que
promova seu adequamento e aproveitamento, sob pena sucessivamente de:
I. - parcelamento ou edificação compulsórios;
II. - imposto sobre propriedade predial e territorial progressivo no tempo;
III.- desapropriação na forma da Lei.

Art. 145 - O Plano Diretor deverá incluir entre outras, diretrizes sobre:
I. - ordenamento do território, uso, ocupação e parcelamento do solo urbano;
II. - aprovação e controle das construções;
III.- preservação do meio ambiente natural e cultural;
IV.- urbanização, regularização e titulação de áreas urbanas para a população
carente;

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V. - reserva de áreas urbanas para implantação de projetos de interesse social;


VI.- saneamento básico;
VII.- participação das entidades comunitárias no planejamento e controle da
execução de programas que lhes forem pertinentes;
VIII.- o parcelamento do solo para população carente, com objetivo de impedir a
ocupação desordenada do solo e a formação de favelas.

Art. 146 - O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de


desenvolvimento social e econômico.

Art. 147 - O Município formulará e executará política habitacional visando a


ampliação da oferta de moradia destinada prioritariamente à população de baixa renda, bem como
a melhoria das condições habitacionais.

Art. 148 - O Município fica obrigado a diligenciar o mapeamento:


I. - das matas, florestas, nascentes, cursos d’água, rios e represas;
II. - das estradas federais, estaduais, municipais, vicinais e as ferrovias;
III.- do Município, dos Distritos e povoados.

Art. 149 - Será definido por lei, sistema de tratamento das redes de esgotos e lixo
urbano.

Art. 150 - O Município adorará programas de desenvolvimento rural destinados a


fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar criando meios de
aproximação entre produtor e consumidor.

CAPÍTULO IV
Da Saúde

Art. 151 - A saúde é direito de todos e dever do Poder Público.

Art. 152 - O Município integra com a União e o Estado, com recursos da seguridade
social, o sistema único descentralizado de saúde, cujas ações e serviços públicos na sua
circunscrição territorial são por ele dirigidos com as seguintes diretrizes:
I. - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;

II. - participação da comunidade.


§ 1º - A assistência à saúde é livre à iniciativa privada
§ 2º - As instituições privadas poderão participar, de forma complementar, do sistema
único de saúde, segundo diretrizes deste mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Art. 153 - O Município promoverá:


I. - formação de consciência sanitária nas crianças, através do ensino primário;
II. - serviços de atendimento médico-hospitalar em cooperação com a União, o
Estado e entidades filantrópicas;
III.- combate às moléstias contagiosas e infecto-contagiosas.

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Art. 154 - O Município criará mecanismo adequado para a destinação do lixo


hospitalar e domiciliar.

Art. 155 - É vedada a destinação de recursos públicos ou subvenções às instituições


privadas com fins lucrativos

CAPÍTULO V
Da Assistência Social

Art. 156 - A Assistência Social será prestada pelo município através de:
I. - programas de amparo à família, à gestante, à maternidade, à infância e à
velhice;
II. - programas de formação profissional de crianças e adolescentes carentes;
III.- habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiências e a promoção
de sua integração à vida comunitária;
IV.- adaptação dos logradouros, edifícios e veículos de uso público, com a
finalidade de garantir o acesso adequado das pessoas idosas e portadoras de deficiência, na forma
da lei;
V. - criação de um Conselho de Assistência Social, com a finalidade de participar
na formulação da política de assistência social do Município;
VI.- criação e manutenção de Albergue Público Municipal;
VII.- garantia de assistência pelo Poder Público aos deficientes não reabilitáveis.

Art. 157 - O Município instituirá através de Lei, o cadastro geral dos imigrantes.

CAPÍTULO VI
Da Educação

Art. 158 - É dever do Município com o auxílio do Estado e a União promover:


I. - igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II. - atuação prioritária no ensino fundamental e pré-escolar;
III.- ensino fundamental gratuito e obrigatório, com duração mínima de 09 (nove)
anos; (redação dada pela Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)
(Redação original: III - ensino fundamental gratuito e obrigatório)
IV.- progressiva extensão da gratuidade e obrigatoriedade ao ensino médio;
V. - valorização dos profissionais do ensino na forma da lei, com plano de carreira
para o magistério público, e com ingresso exclusivamente por concurso público.

PARÁGRAFO ÚNICO - O não oferecimento de ensino obrigatório pelo Poder


Público ou sua oferta irregular, importa, responsabilidade da autoridade competente.

Art. 159 - Através de leis de iniciativa do Executivo, estruturar-se-á o sistema


Municipal de ensino, mediante:
I. - plano de carreira do magistério municipal;
II. - plano de cargos e salários do magistério municipal;
III.- estatuto do magistério municipal;
IV.- plano municipal de Educação.

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Art. 160 - O Município instituirá através de lei o Conselho Municipal de Educação,


assegurando na sua composição, a participação dos segmentos representativos do sistema
educacional do Município.

Art. 161 - O ensino é livre à iniciativa privada desde que atendidas as exigências do
Plano Municipal de Educação.
PARÁGRAFO ÚNICO - O Conselho Municipal de Educação, participará na
elaboração do Plano Municipal de Educação.

Art. 162 - Fica o Município obrigado a promover programas suplementares de


material didático escolar, alimentação e assistência à saúde e transporte no ensino básico e
fundamental.

CAPÍTULO VII
Da Cultura

Art. 163 - Ao Município compete em conjunto com a União e o Estado, zelar pela
proteção do patrimônio histórico, cultural e artístico, dentro dos seus limites.
§ 1º -O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, artes, letras e da
cultura em geral.
§ 2º -O Município editará lei regulamentadora do patrimônio histórico, cultural e
artístico, em suplementação às normas Federal e Estadual.
§ 3º- A Lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas da alta significação para
o Município.
§ 4º -Ao Município cumpre proteger, apoiar, zelar e documentar as obras, bens de
valor histórico e as manifestações artístico-culturais do Município.

CAPÍTULO VIII
Do Desporto, Turismo e Lazer

Art. 164 - É dever do Município promover as práticas desportivas, o turismo e o


lazer, mediante:
I. - a destinação de recursos públicos com prioridade ao desporto educacional, e
em casos específicos aos demais;
II. - reserva de espaços livres, em forma de parques, bosques, jardins e
assemelhados, com base física para a prática de esportes e recreação;
III.- construção e equipamentos de parques infantis, centros de juventude e
edifícios de convivência comunal;
IV.- construção de centros e locais específicos para a prática de esportes;
V. - aproveitamento de rios, lagos e outros recursos naturais como locais de
passeio, distração e atração turística;
VI.- priorização no uso de quadras, ginásios e instalações de propriedade do
Município aos desportistas amadores e colegiais;
VII.- tombamento de parques, jardins, áreas verdes que representam paisagens
naturais notáveis no Município.

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CAPÍTULO IX
Do Meio ambiente

Art. 165 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
Municipal e à coletividade, o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I. - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e promover o
remanejamento ecológico das espécies e ecossistemas.
II. - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético dos Pais e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III.- definir espaços territoriais e seus componentes a serem essencialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos tributos que justifiquem sua proteção;
IV.- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo de impacto ambiental, a que se
dará publicidade;
V. - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e meio ambiente;
VI.- promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII.- proteger a fauna e flora vedadas, na forma da Lei, às práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, e que provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
a crueldade;
VIII.- prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de
degradação ambiental,
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais, fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoa física ou jurídica a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar danos causados.

Art. 166 - O Município desenvolverá programas de conhecimento da zona rural,


visando:
I. - criar unidade de conservação ambiental;
II. - preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, nascentes e cursos
d’água;
III.- propiciar refúgio à fauna;
IV.- implantar projetos florestais e parques municipais;
V. - ampliar as atividades agrícolas.

Art. 167 - É vedado ao Poder Público contratar ou conceder privilégios a quem


estiver em situação de irregularidade face às normas de proteção ambiental.

CAPÍTULO X

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Da Assistência Judiciária

Art. 168 - A Lei garantirá o acesso à justiça aos pobres.


PARÁGRAFO ÚNICO - São pobres todos aqueles que assim declararem, sendo,
entretanto, responsabilizados legalmente.

Art. 169 - A Assistência Judiciária é instituição essencial à administração da justiça e


a ela incumbe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuita aos necessitados.

Art. 170 - A Lei Complementar organizará a Assistência Judiciária Municipal.

TÍTULO VI
Das Disposições Gerais e Transitórias

Art. 171 - O Prefeito, o Presidente da Câmara e os Vereadores, na data da


PROMULGAÇÃO desta Lei Orgânica, prestarão o compromisso de mantê-la, defendê-la e
cumpri-la.

Art. 172 - Incumbe ao Município:


I. - auscultar, permanentemente a opinião pública, para melhor almejar o bem-
estar coletivo;
II. - adotar medidas para assegurar celeridade na tramitação e solução dos
expedientes administrativos e restringir a burocracia.

Art. 173 - (artigo revogado - Emenda nº 07 de 07.11.05)


(Redação original: Art. 173 - O Município não poderá dar nomes de pessoas vivas
a logradouros, bens e serviços públicos de qualquer natureza)

ART. 173 - O município não poderá dar nomes de pessoas vivas a logradouros, bens
e serviços de qualquer natureza
(Redação dada através da Emenda a Lei Orgânica nº 10 de 23 de agosto de 2011)

Art. 174 - Os Cemitérios, no Município, terão caráter secular, e serão públicos ou


particulares, sendo permitido a todas as confissões religiosas praticar neles os seus ritos.
§ 1º - A implantação, funcionamento e reforma de cemitérios públicos e
particulares deverá ser regulamentado por lei.
§ 2º - As Associações religiosas poderão, na forma da Lei, manter cemitérios
próprios, fiscalizados porém pelo Município.
(Redação dada através da Emenda a Lei Orgânica nº 12 de 20 de maio de 2014)
(Redação anterior: Art. 174 - Os Cemitérios, no Município, terão caráter secular, e
serão administrados pela autoridade municipal, sendo permitidos a todas as confissões
religiosas praticar neles os seus ritos.
PARÁGRAFO ÚNICO - As Associações religiosas poderão, na forma da Lei,
manter cemitérios próprios, fiscalizados porém pelo Município).

Art. 175 – ( artigo revogado -Emenda nº 06/2005 de 12.08.05)

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(Redação original: Art. 175 - O Município instituirá através de Lei, no prazo de até
dois anos após Promulgada esta Lei Orgânica, destacamento de Corpo de Bombeiros destinado
à proteção contra incêndios e ocorrências ordinárias e extraordinárias ligadas ao setor

Art. 176 - O Município instituirá, através de Lei, o “Conselho Municipal de Defesa


Social”.

Art. 177 - Fica vedado o desmate nas margens do Córrego Feio e ações geradoras de
degradação ambiental.

Art. 178 - O Município instituirá, através de Lei, o Conselho Municipal de Defesa ao


Consumidor.

Art. 179 - Fica tombada como integrante do Patrimônio Histórico, Artístico e


Cultural do Município a “Lagoa do Chapadão de Ferro”, compreendendo o seu leito e a faixa de
quinhentos metros de suas margens.
§ 1º - O Executivo providenciará no prazo de seis meses a formalização do
tombamento.
§ 2º - O Município providenciará a recuperação das áreas já degradadas pela ação
humana.

Art. 180 - Até a promulgação de Lei Complementar Federal, o Município não poderá
dispender com pessoal mais do que sessenta e cinco por cento do valor da receita corrente.
PARÁGRAFO ÚNICO - Quando a despesa de pessoal exceder o limite previsto
deverá a ele retornar, reduzindo-se o percentual excedente à razão de um quinto por ano.

Art. 181 - São considerados estáveis os servidores municipais que se enquadrarem no


artigo dezenove do ato das disposições transitórias da Constituição da República.

Art. 182 - O Município elaborará no prazo de doze meses da PROMULGAÇÃO da


Lei Orgânica, plano de proteção e controle ambiental, incluindo programa de preservação,
reabilitação e melhoria do meio ambiente.

Art. 183 - A Câmara Municipal, poderá fazer revisão fiscalizatória nas doações,
vendas, permutas, dação em pagamento e cessão a qualquer título, de imóvel público, em
qualquer período, anterior e posterior à Promulgação da Lei Orgânica do Município.
PARÁGRAFO ÚNICO - Poderão também ser revistas igualmente as concessões e
permissões.

Art. 184 - A Administração Municipal colocará à disposição da Associação dos


Servidores Municipais e da Cooperativa de Consumo dos Servidores Municipais, funcionários,
para manter seu regular funcionamento, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens.
PARÁGRAFO ÚNICO - Igual direito fica assegurado ao servidor público eleito para
o cargo de direção sindical na órbita da administração municipal, desde a sua posse, mesmo que
licenciado para o exercício do mandato. (parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº
002/94)

Art. 185 - O Município terá o prazo de cento e oitenta dias após a publicação desta
Lei para criação da imprensa oficial.

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PARÁGRAFO ÚNICO - Enquanto não criada a imprensa oficial o Executivo


escolherá, dentre os meios de publicidade que dispõe no local, o de maior divulgação para
publicação de seus atos.

Art. 186 - Fica revogada a Lei número mil duzentos e setenta e oito, de seis de julho
de mil, novecentos e setenta e seis, que estabelece normas para alienação de imóveis pertencentes
ao Patrimônio da Prefeitura de Patrocínio.

Art. 187 - A Câmara Municipal elaborará no prazo de cento e vinte dias, o novo
Regimento Interno.

Art. 188 - Ficam revogadas todas as Leis que autorizam o Executivo Municipal a
conceder aumento remuneratório aos Servidores Municipais, independentemente de autorização
específica do Legislativo Municipal.

Art. 189 - O Executivo enviará, no prazo máximo de doze meses, os projetos de Lei,
de sua iniciativa privativa previstos nesta Lei.

Art. 190 - À Lei Orgânica do Município de Patrocínio ficará suspensa qualquer


modificação, apenas por um período de vinte e quatro meses.

Art. 191 - Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos integrantes da Câmara
Municipal, será PROMULGADA pela Mesa e entrará em vigor na data de sua publicação
revogadas as disposições em contrário.
Câmara Municipal de Patrocínio, 21 de abril de 1.990.

Júlio César Elias Cardoso


Carlos Ibrahim Daura
Silvio Gonçalves dos Santos
Ronaldo Ferreira de Queiroz
Manoel Carlos de Jesus
Alcides Dornelas dos Santos
Rubens Rocha Machado
Albino Corrêa Rosa
Osmânio Donizete Vargas
Péricles Moisés Rodrigues
João Batista de Oliveira
João Cunha
Amir Nunes da Silva
José Roberto dos Santos
Juscelino Benedito Estevão.

46
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 14, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2022.

ACRESCENTA-SE O §1º E § 2º AO ART. 3º DA


LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, INSTITUINDO
AS CORES OFICIAIS DO MUNICÍPIO E
PADRONIZANDO AS PINTURAS DOS
IMÓVEIS MUNICIPAIS.

A Câmara Municipal de Patrocínio-MG., aprovou e a Mesa Diretora


promulga a seguinte Emenda a Lei Orgânica:

Art. 1º - O art. 3º da Lei Orgânica do Município passa a ter os


parágrafos 1º e 2º com a seguinte redação:

“Art. 3º - São símbolos do Município, a Bandeira, o Brasão e o Hino


representativos de sua história e cultura.

§ 1º - As cores da Bandeira e do Brasão do Município serão oficiais


e deverão figurar juntamente com o próprio brasão em todos os veículos,
uniformes e outros bens da administração Pública Municipal, vedando-se o uso
de outras cores e quaisquer outros símbolos.
§ 2º - A pintura dos imóveis públicos e também daqueles imóveis
utilizados pelo município temporariamente serão feitas nas cores padronizadas
do brasão e da bandeira do município, vedando-se o uso de quaisquer outras
cores.”

Art. 2º - Esta Emenda a Lei Orgânica entra em vigor no dia 1º de


janeiro de 2.025.

Patrocínio/MG, 22 de fevereiro de 2022.

MESA DIRETORA

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Florisvaldo José de Souza
Presidente

Leandro Máximo Caixeta


Vice-Presidente

Prof. Natanael oliveira Diniz


1º Secretário
Eliane Ferreira Nunes
2ª Secretária
Raquel Aparecida Rezende
Tesoureira

Autor: Vereadores da Câmara Municipal

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LEI COMPLEMENTAR Nº 060 DE 1º DE OUTUBRO DE 2009.

DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS


SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE
PATROCÍNIO, SUAS AUTARQUIAS,
FUNDAÇÕES E CÂMARA MUNICIPAL,
REVOGA A LEI COMPLEMENTAR N.º 36 DE
06 DE FEVEREIRO DE 2006 E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O povo do Município de Patrocínio, por seus representantes, APROVOU


e o Prefeito Municipal SANCIONA a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Para efeitos desta Lei Complementar, servidor é a pessoa


legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão, as
detentoras de estabilidade constitucional, nos termos do artigo 19, da ADCT da
Constituição Federal, inclusive suas autarquias e fundações públicas.

Art. 2º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades


previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único - Os cargos públicos acessíveis a todos os brasileiros,


bem como aos estrangeiros, nos termos da legislação federal, são criados por lei, com
denominação própria, número certo e vencimentos pagos pelos cofres públicos.

Art. 3º - Os cargos de provimento efetivo da Administração Pública


Municipal Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas serão organizados em
carreiras.

Art. 4º - As carreiras serão organizadas em classes de cargos, observadas


a escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem como a natureza e a
complexidade das atribuições a serem exercidas por seus ocupantes, na forma prevista
na legislação específica.
1

49
Parágrafo único. Respeitado o plano de carreira e ao regulamento,
porventura existentes, as atribuições inerentes a um cargo podem ser cometidas
indistintamente aos servidores de suas diferentes classes, sendo vedado o desvio de
função.

Art. 5º - Classe é o agrupamento de cargos de atribuições de mesma


natureza, de denominação idêntica, do mesmo nível de vencimento e graus de
dificuldade e de responsabilidade de atribuições.

Art. 6º - Grupo ocupacional é o conjunto de carreiras e classes isoladas,


reunidas segundo a correição e a afinidade entre as atividades de cada uma, a natureza
do trabalho, ou o grau de conhecimento necessário ao exercício das respectivas
atribuições.

Art. 7º - Quadro é o conjunto de carreiras e série de classes de natureza


efetiva, cargos em comissão, ou os isolados e as funções gratificadas.

CAPÍTULO II
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 8º - São requisitos básicos para a investidura em cargo público:


I - a nacionalidade brasileira ou estrangeira na forma da lei;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;
V - aptidão física e mental;
VI – nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
VII – não ter sido demitido do serviço público municipal de Patrocínio
por infração disciplinar, salvo se houver ocorrido a prescrição legal.

Parágrafo único. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de


outros requisitos estabelecidos em lei.

Art. 9º - O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da


autoridade competente de cada Poder, do dirigente superior da Autarquia ou Fundação
Pública.

Art. 10 - A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 11 - São formas de provimento em cargo público:


2

50
I - nomeação;
II - readaptação;
III - reversão;
IV - aproveitamento;
V – reintegração.

SEÇÃO II
Da Nomeação

Art. 12 - A nomeação far-se-á:


I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de
confiança de livre nomeação e exoneração.

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser


nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo
das atribuições do cargo que ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de
um deles durante o período de interinidade.

Art. 13 - A nomeação para cargo isolado ou cargo de carreira de


provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, obedecida a
ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o desenvolvimento do


servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixará
diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Municipal e seus
regulamentos.

Art. 14 - Os cargos em comissão serão providos mediante livre escolha


do Prefeito, entretanto deverão ser respeitadas condições e percentuais previstos em lei
complementar a serem preenchidos por servidores de carreira.

§ 1º - Os cargos em comissão, nos termos da Constituição Federal,


destinam-se às atribuições de direção, supervisão, gerenciamento e assessoramento.

§ 2º - As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo ou estáveis constitucionalmente.

51
SEÇÃO III
Do Concurso Público

Art. 15 - A investidura em cargo de provimento efetivo será feita


mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, podendo ser
utilizadas, também provas práticas, orais ou prático-orais, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo.

Art. 16 - O concurso público terá validade de até 02 (dois) anos,


podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.

§ 1º - O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização


serão fixadas em edital, que será afixado no placar da Prefeitura, publicado no órgão
oficial e em jornal diário de grande circulação no Município.

§ 2º - Durante o prazo de validade constante do edital, aquele aprovado


em concurso público será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira.

Art. 17 - O edital do concurso estabelecerá os requisitos a serem


satisfeitos pelos candidatos.

§ 1º - Terá preferência para nomeação, em caso de empate na


classificação, o candidato já pertencente ao serviço público, e havendo mais de um com
este requisito, terá prioridade com mais tempo de serviço público, com base na última
admissão.

§ 2º - Na ocorrência de empate entre candidatos não pertencentes ao


serviço público, terá preferência o mais velho.

SEÇÃO IV
Da Posse e do Exercício

Art. 18 - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual


deverão constar dados pessoais do servidor, cargo e demais informações inerentes ao
cargo, que não poderão ser alteradas unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1º - A posse ocorrerá imediatamente, devendo ser efetuada no prazo


máximo de prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento, a
requerimento justificado do interessado, cujo deferimento ficará ao critério exclusivo da
Administração.
4

52
§ 2º - Em se tratando de servidor em licença por motivo de doença ou
licença-maternidade o prazo será contado do término do impedimento, devendo, quando
da convocação, informar seu quadro doentio, passível de inspeção médica oficial.

§ 3º - Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por


nomeação.

§ 4º - No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente,


declaração dos bens e valores que constituem o seu patrimônio e declaração quanto ao
exercício - ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 5º - Será tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer


no prazo previsto no § 1º deste artigo.

§ 6º - Será permitida a posse, mediante procuração específica.


§ 7º - São competentes para dar posse:

I - o Prefeito, os Secretários Municipais e autoridades a estes


equiparadas;
II - o Secretário Municipal de Administração, nos demais casos.

§ 8º - A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de


responsabilidade, se foram satisfeitas as condições legais para a investidura no cargo.

Art. 19 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção


médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto
física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 20 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo ou


da função de confiança.

§ 1º - O exercício do cargo terá início imediato após a posse.

§ 2º - À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for


nomeado ou designado o servidor, compete dar-lhe exercício.

§ 3º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em


exercício imediatamente.

53
Art. 21 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício
serão registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao
órgão competente os elementos necessários ao assentamento individual.

Art. 22 - A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é


contado no novo posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que a
conceder ao servidor.

Art. 23 - O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado


ou cedido, que deva ter exercício em outra localidade, terá até 7 (sete) dias de prazo
para entrar em exercício, incluído, nesse prazo, o tempo necessário ao deslocamento
para a nova sede se for o caso.

Parágrafo único - Na hipótese de o Servidor encontrar-se afastado


legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do
afastamento.
Art. 24 - Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão
das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do
trabalho semanal de 44 (quarenta e quatro) horas.

§ 1º - O exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante


integral dedicação ao serviço, observado o disposto nos artigos 70 e 71, desta Lei
Complementar, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.

§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho


estabelecida em leis especiais.

§ 3º - Não estão sujeitos às limitações fixadas no caput deste artigo os


servidores que exercerem funções de serviço externo não subordinado a horário.

§ 4º - O Prefeito estabelecerá por Decreto, os horários do


funcionamento das repartições municipais tendo em vista o disposto no caput do artigo,
respeitada ainda as peculiaridades das respectivas classes de que se constitui o Quadro
Geral dos Servidores – QGS.

SEÇÃO V
Do Estágio Probatório

Art. 25 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de


provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por um período de 36 (trinta e
seis) meses, durante o qual será objeto de avaliação sua capacidade e sua aptidão para o
6

54
desempenho do cargo, observando-se os seguintes fatores:
I – assiduidade e pontualidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - eficiência;
V - responsabilidade;
VI - dedicação ao serviço;
VII - probidade e conduta;
VIII – qualidade, quantidade e método de trabalho;
IX – produtividade;
X – participação em cursos e habilitação e/ou qualificação profissional,
oferecidos pelo município.

Art. 26 - A avaliação de desempenho do servidor será remetida a uma


Comissão de Avaliação, sempre que houver parecer de seu supervisor imediato
noticiando o descumprimento de quaisquer dos requisitos do artigo 25 desta Lei
Complementar, e/ou quando se tratar de avaliação final de desempenho para sua
estabilização no cargo, a ser realizada nos últimos 6 (seis) meses do estágio probatório.

§1º - De posse da informação de que o servidor tiver descumprido


quaisquer dos requisitos do artigo 25 ou quando se tratar de avaliação final de
desempenho, a Comissão de Avaliação emitirá parecer sobre aprovação ou não do
servidor na avaliação de desempenho do servidor no estágio probatório ou sua
estabilização no cargo, no caso de avaliação final de desempenho.

§ 2º - Se o parecer da Comissão de Avaliação for pela reprovação do


servidor na avaliação de desempenho do servidor no estágio probatório ou sua
estabilização no cargo, no caso de avaliação final de desempenho, dar-se-lhe-á
conhecimento deste, para efeito de apresentação de defesa escrita e provas, no prazo de
15 (quinze) dias, quando a Comissão de Avaliação novamente emitirá parecer sobre
aprovação ou não do servidor na avaliação de desempenho do servidor no estágio
probatório ou sua estabilização no cargo, no caso de avaliação final de desempenho.

§ 3º - Se o parecer da Comissão de Avaliação concluir pela exoneração


do servidor, tal decisão será encaminhada ao Prefeito, no caso de servidores da
Prefeitura Municipal de Patrocínio, ao Superintendente ou Presidente, no caso das
autarquias municipais e fundações publicas, ou ao Presidente da Câmara Municipal de
Patrocínio, no caso dos servidores da Câmara Municipal de Patrocínio, os quais
decidirão sobre sua estabilização no cargo ou não, no caso de avaliação final de
desempenho.

55
§ 4º - Se o ato culminar na exoneração do servidor, ser-lhe-á
encaminhado o respectivo ato.

§ 5º - Após a aprovação do servidor em avaliação final de desempenho,


este garantirá seu direito a estabilidade, sendo que esta será única e terá caráter
irrevogável e irretratável.

§ 6º - A não realização da avaliação final de desempenho no prazo


estabelecido no caput deste artigo, garante ao servidor o direito à aquisição da
estabilidade.

§ 7º - A Comissão de Avaliação será especialmente nomeada para este


fim e será formada por cinco servidores, os quais serão escolhidos dentre os servidores
efetivos da Administração Pública Municipal Direta, das Autarquias e das Fundações
Públicas ao qual estiver vinculado.

§ 8º - Deverá ser feita pelo menos uma avaliação de desempenho por


ano no interstício do estágio probatório, devendo o servidor ser aprovado em pelo
menos 2/3 (dois terços) das avaliações ocorridas para ser estabilizado no cargo efetivo.

Art. 27 - O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer


cargos de provimento em comissão ou função de direção, supervisão, gerenciamento ou
assessoramento, no órgão ou entidade no qual está lotado, e somente poderá ser cedido a
outro órgão ou entidade para ocupar cargo de provimento em comissão de direção ou
supervisão.

Art. 28 - Ao servidor em estágio probatório somente poderá ser


concedida as seguintes licenças e afastamentos:
I – licença para tratamento de saúde;
II – licença à gestante, à adotante e à paternidade;
III – licença por acidente de trabalho;
IV – licença para serviço militar;
V – afastamento para exercício de mandato eletivo;
VI – licença para atividade política.

Parágrafo único - O estágio probatório ficará suspenso durante as


licenças e os afastamentos previstos no caput deste artigo e será retomado a partir do
término do impedimento.

Art. 29 - Não ficará dispensado de novo estágio probatório o servidor


estável que for nomeado para outro cargo de provimento efetivo.

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Parágrafo único - O servidor estável não aprovado no estágio
probatório relativo ao novo cargo, será conduzido ao cargo anteriormente ocupado,
observado o disposto no artigo 36, desta Lei Complementar.

SEÇÃO VI
Da Estabilidade

Art. 30 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em


cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 36
(trinta e seis) meses de efetivo exercício e desde que seja aprovado em avaliação
especial de desempenho, nos termos da Seção V, deste Capítulo, desta Lei
Complementar.

Art. 31 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de:


a) sentença judicial transitada em julgado;
b) processo administrativo disciplinar, no qual lhe seja assegurado
ampla defesa, nos termos dos arts. 214 e seguintes desta Lei Complementar.
c) procedimento de avaliação periódica de desempenho.

Parágrafo único - Os requisitos e critérios da avaliação periódica de


desempenho, serão estabelecidos em lei específica.

SEÇÃO VII
Da Readaptação

Art. 32 - Readaptação é o aproveitamento do servidor em cargo de


atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.

§ 1º - Se julgado incapaz para o serviço público, o servidor será


aposentado.

§ 2º - A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atribuições


afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos, e na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência da vaga.

§ 3º - Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar


aumento ou redução da remuneração do servidor e de seus direitos adquiridos

Art. 32 - Readaptação é o aproveitamento do servidor estável, em cargo

57
de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental, com solicitação do médico assistente, periciada pela
Junta Médica Municipal.
§ 1º - A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atribuições
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade, equivalência de
vencimentos e cumprimento da carga horária do respectivo cargo.
§ 2º - Não sendo possível o aproveitamento do servidor em readaptação
no próprio local de trabalho, compete ao Recursos Humanos juntamente com a
Secretaria de origem do servidor, processar seu remanejamento para outro setor, onde
o servidor cumprirá a readaptação indicada pela Junta Médica Municipal.
§ 3º - Em se tratando de servidores do quadro de magistério, a
readaptação será feita, cumprindo a carga horária de seus respectivos cargos,
exercendo atividades na secretaria da escola, biblioteca ou Centros de Educação
Infantil e/ou demais setores pertencentes à Secretaria Municipal de Educação.
§ 4º - Na hipótese de remanejamento que trata o § 3º, a lotação do
servidor estará no local em que será cumprida a Readaptação.
§ 5º - Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar
aumento ou redução da remuneração do servidor e de seus direitos adquiridos.
§ 6° - O servidor com indicação à readaptação, será submetido à Perícia
Médica oficial a cada 06 (seis) meses, onde será declarado a continuidade da
readaptação ou o retorno às funções normais do seu cargo.
§ 7° - Se julgado incapaz permanentemente para o serviço público, por
Perícia Médica, o servidor estável readaptado, será encaminhado à aposentadoria por
invalidez. (alterado pela Lei Complementar nº 166/2017)

SEÇÃO VIII
Da Reversão

Art. 33 - Reversão é o retorno à atividade, de servidor aposentado por


invalidez quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos
determinantes da aposentadoria.

Art. 34 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de


sua transformação.
10

58
Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá
suas atribuições como excedente até a ocorrência de vaga.

Art. 35 - Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70


(setenta) anos de idade.

SEÇÃO IX
Da Reintegração

Art. 36 - Reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo


anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada
a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as
vantagens.

§ 1º - Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ficará em


disponibilidade, observado o disposto nos arts. 37 a 40, desta Lei Complementar.

§ 2º - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será


reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro
cargo, ou ainda posto em disponibilidade remunerada.

SEÇÃO X
Do Aproveitamento e da Disponibilidade

Art. 37 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor


estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço,
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art. 38 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á


mediante aproveitamento obrigatório no prazo máximo de 06 (seis) meses em cargo de
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Parágrafo único - O órgão de pessoal determinará o imediato


aproveitamento do servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos
ou entidades da Administração Pública Municipal.

Art. 39 - O aproveitamento do servidor que se encontre em


disponibilidade dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental por
junta médica oficial.

§ 1º - Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo


11

59
imediatamente após a publicação do ato de aproveitamento.

§ 2º - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em


disponibilidade será aposentado.

Art. 40 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e extinta a


disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, salvo
em caso de doença comprovada por junta médica oficial.

§ 1º - A hipótese prevista neste artigo configurará abandono de cargo,


apurado mediante processo disciplinar na forma desta lei.

§ 2º - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores


estáveis que não puderem ser redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em
disponibilidade, até seu aproveitamento.

SEÇÃO XI
Das Pessoas com Deficiência

Art. 41 - Fica reservado às pessoas com deficiência, o percentual de


5% (cinco por cento) dos cargos públicos efetivos existentes nos quadros da
Administração Direta e Indireta deste Município.

Art. 42 - Para efeitos desta Lei Complementar, considera-se pessoa


com deficiência, aquela cujas possibilidades de acesso ao mercado de trabalho fiquem
substancialmente reduzidas devido a uma deficiência de caráter físico, mental e
sensorial.

Art. 43 - Quando, nas operações aritméticas necessárias à apuração do


número de cargos reservados, o resultado obtido não for um número inteiro, desprezar-
se-á a fração inferior a meio e arredondar-se-á para a unidade imediatamente superior a
que for igual ou superior à meio.

Art. 44 - Não serão reservados cargos em comissão, de livre nomeação


e exoneração para pessoas com deficiência.

Art. 45 - Os candidatos titulares do benefício desta Seção concorrerão


sempre a totalidade das vagas existentes, sendo vedado restringir-lhes o concurso às
vagas reservadas, concorrendo os demais candidatos às vagas restantes.

Art. 46 - Qualquer pessoa com deficiência poderá inscrever-se em


concurso público para ingresso nas carreiras da Administração Pública Direta ou
12

60
Indireta.

Art. 47 - Cabe ao candidato, no período de sua inscrição no concurso, a


declaração expressamente quanto a deficiência de que é portador.

Parágrafo único - O responsável pelas inscrições poderá, caso o


candidato não declare sua deficiência, informá-la de ofício no ato da inscrição.

Art. 48 - O candidato deverá atender a todos os itens especificados no


respectivo edital do concurso a ser realizado.

Art. 49 - Após a realização do concurso, encerrada toda fase de recursos,


o candidato classificado que tenha declarado sua deficiência será encaminhado a uma
junta de especialistas para avaliar a compatibilidade da deficiência com o cargo a que
concorre, sendo lícito a Administração programar a realização de quaisquer outros
procedimentos prévios, se a junta assim o requerer, para a elaboração de seu laudo.

Parágrafo único - Caso a junta de especialistas declare incompatibilidade


do Candidato classificado com o cargo ou emprego que concorre, este será reembolsado
do valor correspondente à taxa de inscrição no Concurso Público.

Art. 50 - A junta será composta por um médico, um especialista da


atividade profissional a que concorre o candidato classificado e, se a deficiência assim o
permitir, por portador da mesma deficiência, todos indicados pela Administração.

Parágrafo único - Ao indicar pessoa portadora da mesma deficiência para


compor a junta, a Administração deverá, previamente, consultar a entidade que
represente as pessoas com deficiência em questão, se houver, ou, na falta desta, outra
entidade que as represente, a fim de que esta auxilie na indicação.

Art. 51 - Compete à junta, além da emissão do laudo, declarar, conforme


a deficiência do candidato classificado, se este deve usufruir do direito previsto no
artigo 41, desta Lei Complementar, ou concorrer a totalidade das vagas.
Art. 52 - A junta só emitirá laudo de incompatibilidade com qualquer
cargo, após submeter o candidato classificado a testes de capacitação.

Art. 53 - Ficam isentos dos testes de capacitação os candidatos


classificados considerados pessoas com deficiência:
I - cuja formação técnica ou universitária exigida para o cargo tenha sido
adquirida após a deficiência;
II - cujo emprego ou função já seja exercido no Brasil por portadores da
mesma deficiência, no mesmo grau;
13

61
III - cuja deficiência já tenha sido considerada afastada ou reduzida pela
superveniência de avanços técnicos ou científicos, a critério da junta.

Art. 54 - O fato de uma deficiência ter sido considerada incompatível


com o exercício do cargo ou emprego não impedirá à inscrição outros candidatos que
apresentarem a mesma deficiência, em concursos futuros destinados ao provimento de
cargos da mesma natureza.

Art. 55 - As decisões da junta são soberanas e delas não caberá qualquer


recurso, salvo se prolatadas sem qualquer motivação, quando então caberá recurso ao
Presidente da Comissão Organizadora do concurso no prazo de 05 (cinco) dias da
ciência, do candidato, daquela decisão.

Art. 56 - No ato da inscrição, o candidato indicará a necessidade de


qualquer adaptação das provas a serem prestadas.

Parágrafo único - O candidato que se encontrar nessa especial condição


poderá, resguardar as características inerentes às provas, optar pela adaptação de sua
conveniência.

Art. 57 - A Administração garantirá às pessoas com deficiência a


realização das provas, de acordo com o tipo de deficiência apresentada pelo candidato, a
fim de que este possa prestar o concurso em condições de igualdade com os demais.

Art. 58 - Os candidatos com deficiência, para que sejam considerados


aprovados, deverão atingir a mesma nota mínima estabelecida para todos os candidatos,
sendo expressamente vedado o favorecimento destes ou daqueles no que se refere às
condições para sua aprovação.

Art. 59 - Havendo vagas reservadas, sempre que for publicado algum


resultado, este o será em 02 (duas) listas, contendo a primeira a pontuação de todos os
candidatos, inclusive a das pessoas com deficiência, e a segunda somente a pontuação
destes últimos.
Parágrafo único - A pessoa com deficiência, se aprovado, mas não
classificado nas vagas reservadas, estará, automaticamente, concorrendo as demais
existentes, devendo ser incluído na classificação geral do concurso.

Art. 60 - Não havendo qualquer pessoa com deficiência inscrito ou que


tenha logrado aprovação final no concurso, a Administração poderá, convocar para
provimento dos cargos reservados, os demais aprovados, obedecida a ordem de
classificação.

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62
Art. 61 - Aplicam-se às pessoas com deficiência as demais regras que
regem o Concurso Público, naquilo que não conflitarem com o presente.

CAPÍTULO III
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 62 - O tempo de serviço público municipal prestado na


Administração Direta ou Indireta do Município de Patrocínio, em caráter temporário,
quer seja através de contrato por prazo determinado ou em cargo em comissão, conta
para todos os efeitos, exceto para percepção de licença para tratar de assuntos
particulares, licença para capacitação profissional e para fins de promoção.

Art. 63 - A apuração do tempo de serviço do servidor será feita em dias


que serão convertidos em anos, considerado o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco)
dias.

Art. 64 - Além das ausências de serviço previstas no artigo 160, são


considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - participação em programas de treinamento regularmente instituídos e
em cursos de aperfeiçoamento, reciclagem, congressos, seminários e outros eventos de
interesse da atividade do servidor, desde que autorizado pela autoridade competente;
III - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou no
Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;
IV - participação em júri ou outros serviços obrigatórios por lei;
V – exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
exceto para promoção por merecimento;
VI - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 (vinte e quatro)
meses;
c) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de
promoção por merecimento;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação funcional;
f) por convocação para serviço militar;
g) quando amparado pelo programa especial de proteção a vítimas e a
testemunhas ameaçadas, nos termos da lei.
VII - participação em competição desportiva nacional ou convocação
para integrar representação desportiva nacional, no país ou no exterior, conforme
disposto em lei específica, exceto para promoção por merecimento;
15

63
VIII - afastamento por processo disciplinar se o servidor nele foi
declarado inocente, ou se a punição limitar-se à pena de advertência;
IX - prisão, se houver sido reconhecida a sua ilegalidade ou a
improcedência da imputação que lhe deu causa.

Art. 65 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e


disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados,
Municípios, suas respectivas Autarquias e Fundações, bem como às empresas públicas e
sociedades de economia mista;
II – o tempo de licença para tratamento da própria saúde quando exceder
a 24 (vinte e quatro) meses;
III - a licença para atividade política, no caso do artigo 149, desta Lei
Complementar;
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo
municipal, estadual ou federal, anterior ao ingresso no serviço público municipal, desde
que vinculado à previdência social;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à previdência
social.

Parágrafo único - É vedada a soma de tempo de serviço simultaneamente


prestado, seja exclusivamente na administração pública, ou nesta e na atividade privada.

CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA

Art. 66 - A vacância do cargo público decorrerá de:


I - exoneração;
II - demissão;
III - aposentadoria;
IV - posse em outro cargo de acumulação proibida;
V – falecimento;
VI – readaptação.
Art. 67 - A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou
de ofício.

Parágrafo único - A exoneração de ofício dar-se-á:


I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando tendo tomado posse, não entrar em exercício, no prazo
estabelecido.

Art. 68 - A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:


16

64
I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.

Art. 69 - A vaga ocorrerá na data:


I - do falecimento;
II - imediata àquela em que o servidor completar setenta anos de idade;
III - da vigência da lei que criar novo cargo e conceder dotação para seu
provimento ou da que determinar esta última medida, se o cargo já estiver criado;
IV - do ato que aposentar, exonerar, demitir ou conceder transposição;
V - da posse em outro cargo de acumulação proibida.

CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 70 - Haverá substituição no impedimento do titular do cargo ou


função de direção ou supervisão.

§ 1º - A substituição dependerá de ato da Administração.

§ 2º - O substituto fará jus ao vencimento do cargo em comissão que


exercer, proporcionalmente aos dias de efetiva substituição, não cumulativo, podendo
optar pelo vencimento do seu cargo de origem.

§ 3º - No caso de substituição remunerada, o substituto perceberá a


remuneração do cargo em que se der a substituição, salvo se optar pelos vencimentos de
seu cargo efetivo.

Art. 71 - Atendida a conveniência administrativa, o titular do cargo de


direção ou de supervisão poderá ser nomeado ou designado, cumulativamente, como
substituto para outro cargo da mesma natureza, até que se verifique a nomeação ou
designação do titular.

Parágrafo único - No caso previsto no caput, o servidor receberá somente


a remuneração correspondente a um cargo, podendo, no entanto, optar pelo de maior
valor.

CAPÍTULO VI
DA REMOÇÃO

Art. 72 - Remoção é o ato mediante o qual o servidor efetivo ou estável


constitucionalmente, passa a exercer suas funções em outro órgão, ou unidade da
Administração Direta, Autarquias ou Fundações, sem que se modifique a sua situação
17

65
funcional.

Parágrafo único - A remoção poderá ser concedida a requerimento do


interessado e dependerá da conveniência do serviço, observando-se o seguinte:
a) não poderá ser concedida antes do término do estágio probatório;
b) não poderá ocorrer desvio de função.

TÍTULO II
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 73 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo


público, com valor fixado em lei, nunca inferior a 01 (um) salário mínimo fixado pelo
Governo Federal, reajustado de modo a preservar-lhe o poder aquisitivo, sendo vedada a
sua vinculação, conforme o disposto no inciso XIII, do artigo 37, da Constituição
Federal.

Parágrafo único - A revisão geral da remuneração dos servidores far-se-á


sempre na mesma data, devendo ocorrer em maio de cada ano.

“Parágrafo único - A revisão geral da remuneração dos servidores far-


se-á da seguinte forma:

a) No ano de 2015 o reajuste ocorrerá no mês de abril


b) No ano de 2016 o reajuste ocorrerá no mês de março
c) No ano de 2017 o reajuste ocorrerá no mês de fevereiro
No ano de 2018 o reajuste ocorrerá no mês de janeiro
(redação da Lei Complementar nº 121/2014)

Art. 74 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das


vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecido em lei.

Art. 74 - Remuneração é o vencimento do cargo efetivo ou efetivado,


acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.(Alterado pela
Lei Complementar nº 163/2017).

§ 1º - O vencimento dos cargos públicos é irredutível, ressalvado o

18

66
disposto nos incs. XI e XIV do artigo 37, § 4º, do artigo 39, inc. II, do artigo 150, inc.
III e inc. I, do § 2º, do artigo 153, todos da Constituição Federal.

§ 2º - É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, salvo nos casos


previstos em lei.

Art. 75 - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais


componentes do sistema remuneratório observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira;
II – os requisitos para a investidura;
III – as peculiaridades de cada cargo;
IV – mercado de trabalho, para atribuições afins.

Art. 76 - Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de


remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração,
em espécie, a qualquer título pelo Prefeito Municipal, inclusive aqueles que exercem
acumulação permitida nos termos do artigo 37, XVI, da Constituição Federal e desta Lei
Complementar.

Art. 77 - O servidor perderá:


I - o vencimento nos dias em que faltou ao serviço, sem motivo
justificado;
II - a parcela do vencimento diário, proporcional aos atrasos ou saídas
antecipadas.

Parágrafo único - As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de


força maior poderão ser compensadas a critério da supervisão imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.

Art. 78 - Salvo por imposição legal, ou mandato judicial, nenhum


desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

§1° Mediante autorização do servidor, poderá ser efetuado desconto em


sua remuneração em favor de qualquer pessoa jurídica, mediante convênio firmado com
o Município.

§2° A soma dos descontos não poderá exceder a 30% (trinta por cento)
dos vencimentos e mais 40% (quarenta por cento) destinados aos descontos relativos a
alimentos e serviços de saúde, ressalvadas as prestações alimentícias e do imposto sobre
a renda.
§ 2º - A soma dos descontos facultativos (autorizados pelo servidor) não
19

67
poderá exceder a 40% (quarenta por cento) de sua remuneração mensal, sendo que este
limite será reservado exclusivamente 10% (dez por cento) para descontos a favor de
operações de empréstimos/financiamentos realizados por intermédio de cartão de
crédito e 30% (trinta por cento) será utilizado para as demais consignações facultativas
autorizadas pelo servidor.(alterado pela Lei Complementar nº 113/2013)

Art. 79 - As reposições e indenizações ao Erário serão previamente


comunicadas ao servidor e descontadas em parcelas mensais em valores atualizados.

§ 1º - A indenização será descontada em parcelas cujo valor não exceda


a 10ª (décima) parte da remuneração ou provento mensal recebida pelo servidor.
§ 2º - A reposição será descontada em parcelas cujo valor não exceda a
35% (trinta e cinco) por cento da remuneração ou provento mensal recebida pelo
servidor.
§ 3º - A reposição será feita em uma única parcela quando constatado
pagamento indevido no mês anterior ao do processamento da folha de pagamento.

§ 4º - Independentemente do parcelamento previsto neste artigo, o


recebimento de quantias indevidas poderá implicar processo disciplinar para apuração
das responsabilidades e aplicação das penas cabíveis.

Art. 80 - O servidor em débito com o Erário que for demitido, exonerado


ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou ainda aquele cuja dívida
relativa a reposição for superior a 05 (cinco) vezes o valor de sua remuneração, terá o
prazo de 60 (sessenta) dias para quitá-lo.

§ 1º - A não quitação no prazo previsto implicará na inscrição do débito


na dívida ativa.

§ 2º - Os valores percebidos pelo servidor, em razão de liminar judicial,


de qualquer medida de caráter antecipatório ou de sentença, posteriormente cassada ou
revista, deverão ser repostos no prazo de 30 (trinta) dias, contados da notificação para
fazê-lo, sob pena de inscrição em dívida ativa.

Art. 81 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de


arresto, seqüestro ou penhora, exceto no caso de prestação de alimentos resultante de
decisão judicial.

Art. 82 - O servidor que for exonerado do serviço público municipal terá


direito à percepção do saldo proporcional aos dias trabalhados no mês, até o dia de seu
desligamento.

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68
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 83 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as


seguintes vantagens:
I – indenizações;
II – gratificações;
III – adicionais
IV – vale transporte

§ 1º - As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento


para qualquer efeito.
§ 2º - As gratificações e os adicionais somente se incorporarão ao
vencimento ou provento nos casos e condições estabelecidos nesta Lei Complementar.
§ 2º - As gratificações e os adicionais de caráter transitório ou temporário
não incorporarão a remuneração, provento ou benefícios previdenciários de qualquer
espécie.
§ 3º - Não se incluem na vedação prevista no § 2º, as parcelas que por
opção expressa do servidor tiverem integrado a remuneração de contribuição do
servidor que se aposentar com proventos calculados conforme o art. 1º da lei nº 10.887
de 2004.(alterado pela Lei Complementar nº 163/2017).

Art. 84 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem


acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Art. 85 - Os servidores que ocupam apenas cargos em comissão não


farão jus a qualquer vantagem que tenha por pressuposto o caráter de permanência no
serviço público.

SEÇÃO II
Das Indenizações

Art. 86 - Constituem indenizações ao servidor:


I – diárias;
II – transporte;
III – ajuda de custo.

Art. 87 - Os valores das indenizações, assim como as condições para a


sua concessão, serão estabelecidos em Decreto do Poder Executivo.
21

69
SUBSEÇÃO I
Das Diárias

Art. 88 - O servidor que, a serviço, se afastar do Município em caráter


eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, fará jus a passagens e
diárias para cobrir as despesas de pousadas, alimentação e locomoção.

Parágrafo único - A diária será concedida por dia do afastamento, sendo


devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora do Município, ou
quando o Município custear, por meio diverso as despesas cobertas por diárias.
Art. 88 – O servidor que, a serviço, se afastar do Município em caráter
eventual ou transitório, para o outro ponto do território nacional, fará jus a passagens,
despesas de pousadas, alimentação e locomoção.
§ 1º - Poderá ser liberada diária de viagem que será concedida por dia
do afastamento sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite
fora do Município.
§ 2º - Concedida a diária ficará fixado como limite mensal por servidor
que lhe fizer jus, o valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) da remuneração
mensal do mesmo, podendo, em casos excepcionais e autorizados pela Administração,
tal limite ser ultrapassado desde que devidamente motivado o ato.
§ 3º - Aplicam-se também aos agentes políticos o disposto neste
artigo.(alterado pela Lei complementar nº 176/2018)

Art. 89 - O servidor que receber diárias e não se afastar do Município,


por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 05 (cinco)
dias.

Parágrafo único - Na hipótese do servidor retornar ao Município em


prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, deverá restituir as diárias
recebidas em excesso, em igual prazo.

Art. 90 - A concessão de ajuda de custo impede a concessão de diárias e


vice-versa.

Art. 91 - A critério da Administração, o servidor que se ausentar do


Município a serviço, em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território
22

70
nacional, poderá ter reembolso de suas despesas realizadas com locomoção, inclusive
por meio próprio, pousada e alimentação, devidamente comprovadas.

Parágrafo único - Na hipótese estabelecida no caput deste artigo, o


servidor não fará jus ao recebimento de diárias.

SUBSEÇÃO II
Do Transporte

Art. 92 – Conceder-se-á indenização de transporte aos Fiscais Sanitários,


Fiscais Tributários e Fiscais de Obras e Posturas, bem como para o servidor que realizar
despesas com locomoção, por meio próprio ou de terceiros, para a execução de serviços
externos, por força de atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser no
regulamento.

SUBSEÇÃO III
Da Ajuda de Custo

Art. 93 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de


instalação do servidor, que, no interesse do serviço, passar a ter exercício na área rural
ou em distritos, com mudança de domicilio, vedado o duplo pagamento de indenização
a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro, que detenha também a
condição de servidor, vier a ter exercício no mesmo distrito ou localidade rural.

Art. 94 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor,


conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância
correspondente a 100% (cem por cento) do vencimento.

Art. 95 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do


cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 96 - O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,


injustificadamente:
I - deixar de assumir o cargo ou função nos seguintes 10 (dez) dias;
II – pedir exoneração antes de 03 (três) meses de exercício ou função.

SEÇÃO III
Das Gratificações e dos Adicionais

Art. 97 - Além dos vencimentos e das vantagens previstas nesta Lei


23

71
Complementar, poderão ser pagas ao servidor as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais:
I – retribuição pelo exercício de função de direção, supervisão,
gerenciamento e assessoramento;
II - gratificação natalina;
III - adicional pelo exercício de atividades insalubres ou perigosas;
IV - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
V - adicional noturno;
VI – abono familiar;
VII – adicional de férias.
VIII – gratificação de aniversário;
IX – gratificação de fim de ano:
X – adicional por tempo de serviço
XI – cesta básica.

Art. 98 - As gratificações e os adicionais somente se incorporarão ao


vencimento ou provento, nos casos indicados nesta Lei Complementar.

SUBSEÇÃO I
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção,
Supervisão, Gerenciamento e Assessoramento

Art. 99 - Ao servidor ocupante de cargo efetivo e os estáveis


constitucionalmente, investidos em função de supervisão, gerenciamento, direção ou
assessoramento é devida uma retribuição pelo seu exercício.

Art. 100 - Lei municipal estabelecerá o valor de remuneração dos cargos


em comissão e das gratificações previstas no artigo anterior.

Parágrafo único - A remuneração pelo exercício do cargo em comissão,


bem como a referente à retribuição pelo exercício de função de direção, gerenciamento,
supervisão e assessoramento, não será incorporada ao vencimento ou à remuneração do
servidor.

SUBSEÇÃO II
Da Gratificação Natalina

Art. 101 - A gratificação natalina corresponde à remuneração integral do


24

72
servidor, calculada com base na remuneração de novembro.

§ 1º - A gratificação natalina corresponderá a 1/12 (um doze avos), por


mês de efetivo exercício e será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano.

“§ 1º - A gratificação natalina corresponderá a 1/12 (um doze avos), por


mês de efetivo exercício e será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano, podendo o
Poder Executivo, autarquias e fundações municipais e a Câmara Municipal de
Patrocínio antecipar parte da gratificação aos servidores em outra época do ano”.
(alterado pela Lei Complementar nº 119/2014)

§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício será


tomada como mês integral, para efeito do pagamento da gratificação natalina.

§ 3º - A gratificação natalina será estendida aos inativos e pensionistas,


com base nos proventos que perceberem na data do pagamento daquela, sendo o
pagamento de responsabilidade da Entidade Previdenciária vinculada ao Município.

§ 4º - As regras e formas para recebimento da gratificação natalina pelos


inativos e pensionistas serão as regulamentadas pela entidade da Seguridade Social
vinculada ao Município.

Art. 102 - A gratificação natalina será paga proporcionalmente ao


número de meses de exercício no ano, com base na remuneração do mês que ocorrer à
exoneração, demissão, aposentadoria ou falecimento do servidor.

Art. 103 - O servidor exonerado de cargo em comissão ou dispensado de


função gratificada terá assegurado o pagamento da gratificação natalina correspondente
ao tempo de efetivo exercício no cargo em comissão ou função gratificada, calculado
sobre as respectivas remunerações.

Art. 104 - A gratificação natalina não será considerada para cálculo de


qualquer vantagem pecuniária.

SUBSEÇÃO III
Dos Adicionais de Insalubridade e Periculosidade

Art. 105 - Os servidores que trabalharem com habitualidade em locais


insalubres, perigosos ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou
com risco de vida, fazem jus a um adicional.

Art. 106 - O valor do adicional de insalubridade, conforme graus


25

73
mínimo, médio e máximo, corresponderão a 10% (dez por cento), 20% (vinte por cento)
e 40% (quarenta por cento), respectivamente, calculado sobre piso de vencimento da
Prefeitura de Patrocínio.

Art. 107 - O valor do adicional de periculosidade será de 30% (trinta por


cento), calculado sobre o vencimento padrão do servidor.

Art. 108 - O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade


cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão.

Art. 109 - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e


periculosidade deverá optar por um deles, não sendo acumuláveis estas vantagens.

Art. 110 - Haverá permanente controle da atividade de servidores em


operações em locais considerados, insalubres ou perigosos.

§ 1º - A caracterização e a classificação dos adicionais de insalubridade e


periculosidade, far-se-ão através de perícia oficial ou contratada especificamente para
tal fim, mediante técnicas de leitura ambiental.

§ 2º - A servidora gestante ou lactante, enquanto durarem a gestação e a


lactação, será afastada das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas
atividades em local salubre e em serviço não perigoso.

Art. 111 - Na concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade


serão observadas as situações constantes da legislação específica e mediante a
realização de laudo técnico específico expedido pelo profissional habilitado.

§ 1º - Os locais de trabalho e os servidores que operem com aparelhos de


raios-X ou substâncias radioativas devem ser mantidos sob controle permanente, de
modo que as doses de radiação ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na
legislação própria.

§ 2º - Os servidores que fizerem jus aos adicionais referidos no caput


deste artigo serão submetidos a exames médicos a cada 06 (seis) meses.

SUBSEÇÃO IV
Do Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 112 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de


50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

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74
Art. 113 - Somente será permitido serviço extraordinário para atender a
situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 60 (sessenta) horas
mensais.

§ 1º - O serviço extraordinário previsto neste artigo será solicitado


previamente pela supervisão imediata, que justificará o fato e somente será realizado
após deferimento por escrito no órgão de gestão de pessoas, que o autorizará
considerando exclusivamente o interesse da Administração Pública.

§ 2º - O consentimento na realização do serviço extraordinário sem


prévia autorização do órgão de gestão de pessoas acarretará a abertura de processo
administrativo disciplinar contra o supervisor que consentiu.

§ 3º - Detectada, mediante processo administrativo, a desnecessidade na


realização do serviço extraordinário, o supervisor que consentiu na sua realização sem a
prévia autorização do responsável pelo órgão de gestão de pessoas, deverá devolver aos
cofres públicos o valor pago ao servidor sem prejuízo de eventual penalidade decorrente
do processo administrativo previsto no parágrafo anterior.

§ 4º - Ao serviço extraordinário realizado no horário previsto no artigo


114, desta Lei Complementar, será acrescido o percentual relativo ao serviço noturno,
em função de cada hora extra.

SUBSEÇÃO V
Do Adicional Noturno

Art. 114 - O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre


22h00min (vinte e duas) horas de um dia e 05h00min (cinco) horas do dia seguinte, terá
o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

Art. 115 - Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo do


adicional noturno será calculado sobre a remuneração prevista no artigo 112, desta Lei
Complementar.

SUBSEÇÃO VI
Do Abono Familiar

Art. 116 - Será concedido abono familiar ao servidor ativo ou inativo,


nos termos determinados pelo regime geral da previdência social.

Parágrafo único - O abono familiar será pago ao servidor ativo e ao


inativo, por dependente econômico, conforme regras estipuladas pelo regulamento da
27

75
entidade de previdência social vinculada ao Município, devendo esta ser a responsável
pelo seu pagamento.
Art. 117 - Ocorrendo o falecimento do servidor, o abono familiar
continuará a ser pago a seus beneficiários, por intermédio da pessoa em cuja guarda se
encontre, enquanto fizer jus à concessão.

§ 1º - Com o falecimento do servidor e a falta do responsável pelo


recebimento do abono familiar, será assegurado aos beneficiários o direito à sua
percepção, enquanto assim fizerem jus.

§ 2º - Passará a ser efetuado ao cônjuge sobrevivente o pagamento do


abono familiar correspondente ao beneficiário que vivia sob a guarda e sustento do
servidor falecido, desde que aquele consiga autorização judicial para mantê-lo e ser seu
responsável.

§ 3º - Caso o servidor não haja requerido o abono relativo a seus


dependentes, o requerimento poderá ser feito após sua morte pela pessoa em cuja guarda
e sustento se encontrem, operando seus efeitos a partir da data do pedido.

Art. 118 - O valor do abono familiar será igual ao estabelecido pelo


regime geral da previdência social, devendo ser pago a partir da data em que for
protocolado o requerimento.

Art. 119 - Nenhum desconto incidirá sobre o abono familiar, nem servirá
de base a qualquer contribuição, ainda que para fins de previdência social.

Art. 120 - Todo aquele que, por ação ou omissão, der causa a pagamento
indevido do abono familiar, ficará obrigado à sua restituição, sem prejuízo das demais
cominações legais.

SUBSEÇÃO VII
Do Adicional das Férias

Art. 121 - Independentemente de solicitação será pago ao servidor, por


ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) de sua remuneração.

Parágrafo único - No caso do servidor exercer função de direção,


supervisão ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem
será considerada para cálculo do adicional de que trata o caput deste artigo.

Art. 122 - O adicional de férias será pago ao servidor, até o quinto dia
útil do seu afastamento para gozo do período de férias.
28

76
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS

Art. 123 - Após cada período de 12 (doze) meses de efetivo exercício


funcional, o servidor terá direito a férias, na seguinte proporção:
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado
injustificadamente ao serviço mais de 05 (cinco) dias;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14
(quatorze) faltas injustificadas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23
(vinte e três) faltas injustificadas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a
32 (trinta e duas) faltas injustificadas;

I - 30 (trinta) dias, quando não houver faltado injustificadamente ao


serviço mais de 05 (cinco) dias;
II - 24 (vinte e quatro) dias, quando houver tido de 6 (seis) a 14
(quatorze) faltas injustificadas;
III - 18 (dezoito) dias, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e
três) faltas injustificadas;
IV - 12 (doze) dias, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta
e duas) faltas injustificadas; (alterado pela Lei Complementar Nº 153)

§ 1º - As férias serão concedidas de acordo com escala organizada pelo


titular do órgão de lotação, encaminhada ao órgão de gestão de pessoas, com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
§ 2º - Durante as férias, o servidor terá direito, à mesma remuneração do
mês antecedente ao período de gozo de férias.
§ 3º - A remuneração de férias deverá ser acrescida do adicional
constitucional de férias que corresponde a 1/3 (um terço) da referida remuneração,
calculada da forma descrita no parágrafo anterior.
§ 4º - Será permitida a conversão de 1/3 (um terço) das férias em
dinheiro, mediante requerimento protocolado do servidor, apresentado 30 (trinta) dias
antes do início, se houver interesse da Administração.
§ 5º - Os servidores lotados nas escolas municipais gozarão 30 (trinta)
dias consecutivos de férias como os demais, o qual deverá ser usufruído
preferencialmente em janeiro, sendo que poderão usufruir recesso, destinado à própria
29

77
capacitação e ao desenvolvimento de programas da Administração, quando houver, na
forma do regulamento a ser baixado.

§ 6º - As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, nas situações


previstas nos incisos I e II, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da
administração pública, salvo os servidores mencionados no § 5° deste artigo”.

Art. 124 - O servidor que opera direta e permanentemente com aparelho


de raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias corridos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Art. 125 - O servidor promovido ou removido, quando em gozo de


férias, não será obrigado a apresentar-se antes de seu término.

Art. 126 - Perderá o direito a férias o servidor que, no ano, houver


gozado a licença a que se refere o inciso VI do artigo 130, desta Lei Complementar,
bem como houver tido no período aquisitivo das férias, mais de 32 (trinta e duas) faltas
injustificadas.

Art. 127 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivos de


calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral
ou por motivo de superior interesse público declarada pela autoridade máxima do órgão
ou da entidade.

Parágrafo único - O restante do período interrompido será gozado de


uma só vez.

Art. 128 - É proibida a acumulação de férias, salvo em caso de absoluta


necessidade do serviço e pelo prazo máximo de 02 (dois) anos, com justificação
comprovada pela supervisão imediata e ratificada pelo titular do órgão de lotação.

§ 1º - Em caso de acumulação de férias, poderá o servidor gozá-las


ininterruptamente.

§ 2º - O responsável pelo setor que não conceder férias aos servidores


será responsabilizado, sendo passível por crime de responsabilidade funcional.

Art. 129 - Em caso de exoneração, demissão, aposentadoria ou


falecimento, o servidor ou seu dependente, tem direito ao recebimento do valor das
férias, pago com base na última remuneração recebida pelo servidor, na proporção de
1/12 (um doze avos) por mês efetivamente trabalhado, acrescido do adicional de férias,
30

78
na mesma proporção.

CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 130 - Conceder-se-á ao servidor licença:


I - para tratamento de saúde;
II - à gestante, à adotante e à paternidade;
III - por acidente em serviço;
IV - para atendimento a convocação para serviço militar;
V - para atividade política;
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista;
VIII – quando amparado pelo programa especial de proteção a vítimas e
a testemunhas ameaçadas, nos termos da lei.
IX – por motivo de doença em pessoa da família.

§ 1º - É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período


das licenças previstas nos incisos I, II, III, IV e VIII deste artigo.

§ 2º - Será de responsabilidade do órgão previdenciário municipal, o


pagamento da remuneração a que fizer jus o servidor, durante o período da licença
referida nos incisos I e III deste artigo, a partir do 16º (décimo sexto) dia.

Art. 131 - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término


de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

SEÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 132 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a


pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que
fizer jus, observados os termos da legislação específica.

Art. 133 - Para licença até 15 (quinze) dias, a perícia será feita por
médico indicado pelo órgão de pessoal e, se por prazo superior, por médico indicado
pelo órgão previdenciário.

§ 1º - Sempre que necessário, a perícia médica será realizada na


residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
31

79
§ 2º - Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra
o servidor, será aceito atestado passado por médico particular, que deverá ser
homologado por médico do Município.

Art. 134 - Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova


perícia médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou
aposentadoria.

Art. 135 - O atestado e o laudo da junta médica referir-se-ão apenas ao


CID (Código Internacional de Doenças), salvo quando se tratar de lesões produzidas por
acidentes de serviço ou doença profissional.

Art. 136 - O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou


funcionais será submetido a inspeção médica.

Art. 137 - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena
de suspensão de pagamento de remuneração, até que se realize a inspeção.

Art. 138 - No curso da licença poderá o servidor requerer inspeção


médica, caso se julgue em condições de reassumir o exercício ou com direito à
aposentadoria.

SEÇÃO III
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença Paternidade

Art. 139 - Será concedida licença à servidora gestante, por 120 (cento e
vinte) dias consecutivos, sem prejuízo de seus vencimentos acrescidos de vantagens
pessoais, sendo esta licença custeada pela entidade da Previdência vinculada ao
Município.

§ 1º - A licença terá início no primeiro dia do nono mês de gestação,


podendo ser retardada, por opção da gestante, com autorização médica, não podendo
entretanto, ser concedida antes do início do sétimo mês.

§ 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do


parto.

§ 3º - No caso de nascimento sem vida, decorridos 30 (trinta) dias da


data do ocorrido, a servidora será submetida a exame médico e, se julgada apta,
reassumirá o exercício de suas atividades funcionais.

32

80
§ 4º - No caso de aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá
direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 140 - Pelo nascimento do filho, o servidor terá direito à licença


paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos, contados a partir da data do parto.

Art. 141 - Para amamentar o próprio filho, até a idade de 06 (seis)


meses, a servidora terá direito, durante a jornada de trabalho, a 01 (uma) hora a cada
período de 04 (quatro) horas de trabalho, podendo ser em turnos distintos.

Art. 142 - À servidora que adotar ou obter o termo de tutela ou de


guarda judicial de criança poderá obter licença por motivo de adoção, sendo esta
custeada pela entidade da Seguridade Social vinculada ao Município.

Parágrafo único - As regras e formas para a licença por motivo de adoção


serão as regulamentadas pela entidade da Seguridade Social vinculada ao Município.

SEÇÃO IV
Da Licença por Acidente em Serviço

Art. 143 - Será licenciado, com remuneração integral, o servidor


acidentado em serviço, sendo de responsabilidade do Município o pagamento do
benefício nos primeiros 15 (quinze) dias e após este prazo o servidor será encaminhado
para a Entidade Previdenciária vinculada ao Município.

Art. 144 - Configura acidente em serviço o dano físico ou mental


sofrido pelo servidor e que se relacione mediata ou imediatamente com as atribuições
do cargo exercido.

Parágrafo único - Equipara-se ao acidente em serviço o dano:


I - decorrente de agressão sofrida, e não provocada pelo servidor, no
exercício do cargo;
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 145 - O servidor acidentado em serviço, que necessite de


tratamento especializado, poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos
públicos, desde que o tratamento necessário não seja fornecido pela rede pública.

Parágrafo único - O tratamento recomendado por junta médica oficial


33

81
constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e
recursos adequados em instituição pública.

Art. 146 - A prova do acidente deverá ser feita imediatamente ou no


prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, por motivo justificado, sob pena de ser o
infrator passível de crime de responsabilidade funcional.

SEÇÃO V
Da Licença para Serviço Militar

Art. 147 - Ao servidor, convocado para o serviço militar, será


concedida licença à vista de documento oficial.

§ 1º - Do vencimento do servidor será descontada a importância


percebida na qualidade de incorporado, salvo se tiver havido opção pelas vantagens do
serviço militar.

§ 2º - Ao servidor desincorporado será concedido prazo não excedente


a 10 (dez) dias para assumir o exercício sem perda do vencimento.

Art. 148 - Ao servidor oficial da reserva das Forças Armadas será


concedida licença com vencimento padrão, durante os estágios não remunerados
previstos pelos regulamentos militares.

Parágrafo único - No caso de estágio remunerado assegurar-se-lhe-á o


direito de opção de vencimento.

SEÇÃO VI
Da Licença para Atividade Política

Art. 149 - O servidor terá direito à licença, com remuneração integral,


a partir do registro da candidatura e até duodécimo dia seguinte ao da eleição, mediante
comunicação, por escrito, de seu afastamento.

SEÇÃO VII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 150 - A critério da Administração, poderá ser concedida ao


servidor ocupante de cargo efetivo ou estável constitucionalmente, desde que não esteja
em estágio probatório, licença para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até 03
(três) anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável uma única vez por período não
superior a este limite.
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§ 1º - O requerente aguardará, em exercício, a concessão ou não da
licença por um período de 30 (trinta) dias a contar da data da solicitação por
requerimento protocolado.

§ 2º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do


servidor, havendo interesse da Administração Pública ou de ofício poderá ser cassada
por interesse do serviço, previamente justificado.
§ 3º - Não se concederá nova licença antes de decorridos 01 (um) ano
do término da anterior ou de sua prorrogação.

Art. 151 - Ao servidor ocupante de cargo em comissão não se


concederá a licença de que trata o artigo anterior.

SEÇÃO VIII
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 152 - É assegurado ao servidor efetivo ou estável o direito a


licença para desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe
de âmbito nacional, sindicato representativo de categoria dos servidores públicos
municipais ou entidade fiscalizadora da profissão.

§ 1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos


de direção ou representação nas referidas entidades, até o máximo de 02 (dois), por
entidade.

§ 2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser


prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.

SEÇÃO IX
Da Licença ao Servidor Amparado pelo Programa Especial de
Proteção a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas.

Art. 153 - Conceder-se-á, de ofício, licença ao servidor amparado pelo


programa especial de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, nos termos da
legislação vigente.

Parágrafo único - A licença será remunerada enquanto durar a proteção


do programa referido no caput deste artigo.

SEÇÃO X
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
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Art. 154 – Poderá ser concedida licença aos servidores estáveis e
efetivos para acompanhamento de tratamento de casos graves de pessoa doente na
família, até o primeiro grau de parentesco, por consangüinidade ou afinidade, em
situação excepcional, mediante parecer de junta médica oficial.

§ 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do


servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com exercício do
cargo, o que deverá ser apurada através de acompanhamento social.

§ 2º - A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo


efetivo, até 30 (trinta) dias, e, excedendo este prazo, sem remuneração.

§ 3º - A licença prevista neste artigo só será concedida se não houver


prejuízo para o serviço público.

CAPÍTULO V
DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 155 - Conceder-se-á afastamento ao servidor nos seguintes casos:


I – para exercício da atividade administrativa em outro órgão ou
entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II – para exercício de mandato eletivo;
III – para estudo.

SEÇÃO II
Do Afastamento para Exercício de Atividade em Outro Órgão ou Entidade

Art. 156 - O servidor poderá ser cedido mediante requisição para ter
exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios e ainda para ter exercício em sindicatos ou cooperativas de
servidores municipais, nas seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II - em casos previstos em lei específica;
III - mediante convênio.

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84
§ 1º - Nas hipóteses dos incisos deste artigo, o ônus poderá ser tanto do
órgão ou da entidade cessionária, quanto da entidade cedente.

§ 2º - A cessão far-se-á mediante Decreto do Poder Executivo.

§ 3º - A cessão de servidor sem obediência às exigências estabelecidas


neste artigo, acarretará ao supervisor que liberou, crime de responsabilidade funcional.

§ 4º - Mediante autorização expressa dos dirigentes dos Poderes


Executivo e Legislativo, da direção superior das Autarquias e Fundações, o servidor
respectivo poderá terá exercício em outro órgão ou entidade da Administração
Municipal direta e indireta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim
determinado e a prazo certo.

Art. 157 - Fica vedada a cessão de servidores lotados nos cargos de


professor, médico e fiscal.

“Art. 157 – Fica autorizada a cessão de servidores lotados nos cargos


de professor, médico e fiscal, desde que sem ônus para o Município, conforme Capítulo
V, Seção II.” .(alterado pela Lei Complementar nº 152/2017)
“Art. 157 - Fica autorizada a cessão de servidores lotados nos cargos
de professor, médico e fiscal, desde que sem ônus para o Município, salvo o cargo de
médico veterinário que poderá ser cedido com ônus através de convênio”. .(alterado
pela Lei Complementar nº 199/2021)

SEÇÃO III
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 158 - Ao servidor efetivo ou estável municipal investido em


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato federal, estadual ou municipal, ficará o
servidor afastado do cargo, sem direito à remuneração, exceto no mandato de vereador;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a


seguridade social como se em exercício estivesse;
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85
§ 2º O servidor investido em mandato eletivo municipal é inamovível, de
ofício, pelo tempo de duração de seu mandato.

SEÇÃO IV
Do Afastamento para Estudo

Art. 159 - O servidor estável poderá ausentar-se do Município para


estudo, sem remuneração, desde que haja conveniência administrativa.

§1º - A ausência de que trata este artigo não excederá de 05 (cinco) anos
e, findo o período, somente decorrido outro igual, será admitida nova ausência para
estudo, ou concedida licença para tratar de assuntos particulares.

§2º A licença concedida para estudo não poderá ser revogada.

CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES

Art. 160 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do


serviço:
I - por um dia, em virtude de:
a) para a doação de sangue;
b) para alistamento militar;
c) para participação em júri;
d) falecimento de avós, sogros, sobrinhos, tios e netos.
II - por cinco dias consecutivos, em virtude de falecimento do cônjuge,
companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda ou
tutela e irmãos;
III – por oito dias consecutivos em virtude de casamento.
IV – participação em congresso, curso, seminário ou outro evento,
quando autorizado e de interesse da Administração.

Art. 161 - O servidor legalmente responsável por pessoa com


deficiência, que esteja em tratamento especializado, com necessidade comprovada por
junta médica oficial, terá sua jornada diária reduzida a 06 (seis) horas corridas,
conforme laudo médico expedido pela referida junta, recebendo sua remuneração
proporcional às horas trabalhadas.

Parágrafo único - As disposições do caput deste artigo são extensivas ao


servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente, portador de deficiência física.

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86
CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 162 - É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes


Municipais, em defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 163 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para


decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

Art. 164 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver


expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

Parágrafo único - O requerimento e o pedido de reconsideração de que


tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos
dentro de trinta dias.

Art. 165 - Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração.


§ 1º - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que
tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às
demais autoridades.

§ 2º - O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que


estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 166 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de


recurso é de 10 (dez) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
decisão recorrida.

Art. 167 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo
da autoridade competente.

Parágrafo único - Em caso de provimento do pedido de reconsideração


ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 168 - O direito de requerer prescreve:


I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afete interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro
prazo for fixado em lei.

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Art. 169 - O prazo de prescrição será contado da data de publicação do
ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 170 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,


interrompem a prescrição.

Art. 171 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada


pela Administração, sem expressa autorização legislativa.

Art. 172 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do


processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído,
podendo ser extraídas cópias de atas e documentos do processo por procurador
habilitado.

Art. 173 - A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo,


quando eivados de ilegalidade.

Art. 174 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste


Capítulo, salvo quando ocorrer motivo de força maior.

TÍTULO III
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 175 - São deveres do servidor:


I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente
ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas
as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa do Município, com preferência sobre
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qualquer outro serviço;
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de
que tiver ciência em razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e pela conservação do que for
confiado à sua guarda ou utilização;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos de repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - tratar com urbanidade as pessoas;
XI - ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive na convocação para
serviços extraordinários;
XII - representar contra a ilegalidade, omissão ou abuso de poder;
XIII - sugerir providências tendentes à melhoria dos serviços;
XIV - freqüentar cursos de treinamento ou especialização, quando
designado.

Parágrafo único - A representação de que trata o inciso XII, deste artigo,


será encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado o direito de
defesa.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 176 - Ao servidor é proibido:


I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização
do supervisor imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada à tramitação de documento e processo
ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades
públicas ou aos atos do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral, podendo,
porém, criticar ato do Poder Público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do
serviço, em trabalho assinado;
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em
lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;
VIII - coagir ou aliciar outro servidor no sentido de desfiliação e/ou
filiação à associação profissional, sindical ou partido político;
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IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou de administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Município;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIV - proceder de forma desidiosa;
XV - utilizar pessoal ou recursos materiais de repartição em serviços ou
atividades particulares;
XVI - cometer à outro servidor atribuições estranhas às do cargo que
ocupa, exceto em situações transitórias de emergência;
XVII - exercer quaisquer atividades, inclusive conversas e leituras, que
sejam incompatíveis com o exercício do cargo e com o horário de trabalho;
XVIII – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando solicitado.
XIX – apresentar-se em estado de embriaguez ou sob efeito de
substância entorpecente ou psicotrópica, desde que não seja por recomendação médica
devidamente justificada.

CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 177 - A acumulação remunerada de cargos públicos somente será


permitida nos casos previstos na Constituição da República.

§ 1º - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e


abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, diretas ou indiretamente, pelo Poder Público
Municipal, Estadual, Distrital ou Federal ou para o exercício de cargo em comissão.

§ 2º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à


comprovação de compatibilidade de horários.

§ 3º - Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de


cargo efetivo ou de emprego público com proventos da inatividade, salvo nos seguintes
casos:
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a) quando os cargos de que decorram essas remunerações forem
acumuláveis na atividade;
b) cargos eletivos;
c) cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.

Art. 178 - O servidor não poderá exercer mais de um cargo em


comissão, exceto em caso de substituição previsto no artigo 70, desta Lei
Complementar.

Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo, não se aplica à


remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das
empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem
como quaisquer entidades sob controle direto ou indireto do Município.

Art. 179 - O servidor, vinculado ao regime desta Lei Complementar, que


acumular licitamente dois cargos de carreira, quando investido em cargo de provimento
em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos.

Parágrafo único - O servidor que se afastar dos dois cargos que ocupa
poderá optar pela remuneração destes mais a gratificação do cargo em comissão ou,
unicamente, por aquela do cargo em comissão.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 180 - O servidor responde civil, penal e administrativamente, pelo


exercício irregular de suas atribuições.

Art. 181 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou


comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo para o Erário ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo dolosamente causado ao Erário somente
será liquidada na forma prevista no artigo 79, na falta de outros bens que assegurem a
execução do débito pela via judicial.

§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor


perante a Fazenda Pública em ação regressiva.

§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra


eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.
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Art. 182 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputados ao servidor, nessa qualidade.

Art. 183 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 184 - As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-


se, sendo independentes entre si.

Art. 185 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será


afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 186 - É dever dos supervisores fazer cumprir as determinações


expedidas pelas autoridades competentes, através dos atos normativos, sob pena,
inclusive, de destituição de função.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 187 - São penalidades disciplinares:


I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função gratificada.
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função gratificada;
VII – perda do descanso semanal remunerado (DSR). (alterado pela Lei
Complementar nº 161/2017)

Art. 188 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e


a gravidade da infração cometida e os danos que dela provierem para o serviço público,
as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art. 189 - A advertência será aplicada por escrito nos casos de violação
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de proibição constante do artigo 176, incisos I a VIII, e de inobservância de dever
funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição
de penalidade mais grave.

Art. 190 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas


punidas com a advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder 90 (noventa) dias.

§1º - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.

§2º - No período de suspensão, o servidor não fará jus a nenhuma


remuneração.

Art. 191 - As penalidades de advertência e de suspensão terão seus


registros cancelados, após o decurso de 03 (três) e 05 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos


retroativos.

Art. 192 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:


I - crime contra a Administração Pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa no local de trabalho;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em
legítima defesa ou em defesa de outrem;
VIII - utilização irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em função do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicos;
XIII - transgressão do artigo 176, incisos IX a XVI;
XIV – condenação criminal transitada em julgado, caso não tenha havido
suspensão da pena;
XV – embriaguez ou dependência de substância entorpecente ou
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psicotrópica, habitual ou em serviço;
XVI – desídia no desempenho das funções.

Art. 193 - Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos,


empregos ou funções públicas, a autoridade que tiver conhecimento do fato, notificará o
servidor, por intermédio de sua supervisão imediata, para apresentar opção no prazo
improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão,
adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata.

Art. 194 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo


que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 195 - A destituição de cargo em comissão exercido por servidor não


ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeitas às penalidades de
suspensão e de demissão.

Art. 196 - A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos


dos incisos IV, VIII e X do artigo 192, implica a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao Erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 197 - A demissão ou destituição de cargo em comissão por


infringência do artigo 192, incisos IX e XII, incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público pelo prazo mínimo de cinco anos.

Parágrafo único - Não poderá retornar ao serviço público municipal, o


servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência ao artigo
192, incisos VIII, X e XI, desta Lei Complementar.

Art. 198 - A destituição de função gratificada será aplicada nos casos de


infração, sujeita à penalidade de suspensão.

Art. 198-A – Não será devida a remuneração do descanso semanal,


quando, sem motivo justificado, o servidor tiver faltado durante a semana não
cumprindo assim, a integralidade do seu horário de trabalho.
Parágrafo único – Para os efeitos do caput do presente artigo, considera-
se semana os dias úteis que antecedem o dia do descanso semanal remunerado.
(redação da Lei Complementar nº 161/2017)

Art. 199 - Configura abandono de cargo a ausência intencional do


servidor ao serviço por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
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Art. 200 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem
causa justificada, por 24 (vinte e quatro) dias, interpoladamente, durante o período de 12
(doze) meses.

Art. 201 - Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual,


também será adotado o procedimento sumário a que se refere o artigo 212, observando-
se especialmente que:
I – a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do
período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a 15 (quinze) dias
consecutivos;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao
serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a 24 (vinte e quatro) dias,
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
II – após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as
peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese
de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a 15
(quinze) dias consecutivos e remeterá o processo à autoridade instauradora para
julgamento.

Art. 202 - As penalidades disciplinares serão aplicadas:


I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo dirigente
superior de Autarquia e Fundação Pública, quando se tratar de demissão e cassação de
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou
entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente
inferior àquelas mencionadas inciso I deste artigo, quando se tratar de suspensão
superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo supervisor da repartição ou outra autoridade, na forma dos
respectivos regimentos e regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até
30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação ou a designação,
quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não ocupante de cargo efetivo
ou destituição de função gratificada.

Art. 203 - A ação disciplinar prescreverá:


I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 02 (dois) anos, quanto à suspensão e destituição de função
gratificada;
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III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

§ 1º - O prazo de prescrição começa a fluir da data em que o fato tornou-


se conhecido;

§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às


infrações disciplinares capituladas também como crime.

§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar


interrompem a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 4º - Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a fluir a


partir do dia em que cessar a interrupção.

TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS DE NATUREZA DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 204 - O servidor que tiver ciência de irregularidade no serviço


público é obrigado a dar conhecimento à autoridade e esta a tomar providências,
objetivando a apuração dos fatos e responsabilidades, mediante sindicância ou processo
administrativo disciplinar, assegurado ao acusado, ampla defesa.

§ 1º - As providências de apuração terão início logo em seguida ao


conhecimento dos fatos e serão tomadas no órgão onde estes ocorreram, devendo
consistir, no mínimo, em relatório circunstanciado sobre o que se verificou.

§ 2º - A averiguação preliminar de que trata o parágrafo anterior poderá


ser cometida pelo responsável da área do servidor ou comissão de servidores.

Art. 205 - O processo administrativo disciplinar procederá sempre à


aplicação das penas de suspensão, por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função
gratificada ou de cargo em comissão, demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, sendo assegurado ao acusado, ampla defesa.

Art. 206 - Quando o fato narrado não configurar evidente infração


disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.

CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA

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Art. 207 - A sindicância é peça preliminar informativa do processo
administrativo disciplinar, devendo ser promovida quando os fatos não estiverem
definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.

Parágrafo único - O relatório da sindicância conterá a descrição


pormenorizada do ocorrido, com fundamentação na legislação pertinente, e proposta
objetiva ante o que se apurou.

Art. 208 - A sindicância não comporta o contraditório e tem caráter


sigiloso, devendo ser ouvidos, entretanto, todos os envolvidos nos fatos.

Art. 209 - A sindicância deverá realizar-se integralmente no prazo de 30


(trinta) dias, que só poderá ser prorrogado mediante justificação fundamentada.

Art. 210 - Da sindicância poderá resultar:


I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidades de advertência e suspensão de até 30 (trinta)
dias;
III - instauração de processo administrativo disciplinar.

CAPÍTULO III
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 211 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a
influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar
poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias, sem prejuízo de sua remuneração.

Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual


período, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

CAPÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO

Art. 212 - O procedimento sumário se desenvolverá nas seguintes fases:


I – Instauração, com publicação do ato que constituir a comissão, a ser
composta por 2 (dois) servidores efetivos ou estáveis e simultaneamente indicar a
autoria e a materialidade da transgressão, objeto da apuração;

“Art. 212 – O processo administrativo sumário deverá ter sua Comissão


composta por 03 (três) servidores públicos, designados pelo chefe do Poder

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Executivo,sendo que,pelo menos 02 (dois) deles deverão, obrigatoriamente, ser
estáveis, devendo obedecer as seguintes fases:
I –Instauração, com publicação do ato que constituir a comissão e
indicação da autoria e materialidade da transgressão, objeto da apuração;”(Lei
complementar nº 149/2017)(revogado pela Lei complementar nº 167/2017)

Art. 212 – O Processo Administrativo Sumário terá sua Comissão


composta por 03 (três) servidores públicos estáveis, devidamente designados pelo
Chefe do Executivo, os quais obedecerão as seguintes fases:
I – Instrução sumária compreendendo indiciação, defesa e relatório;
II - Julgamento. ;”(Alterado pela Lei complementar nº 167/2017)

§ 1º - A indicação da autoria de que trata o inc. I, deste artigo, dar-se-á


pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos,
empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal dos órgãos ou
entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do
correspondente regime jurídico.

§ 2º - A comissão lavrará, até 03 (três) dias após a publicação do ato que


a constituiu, termo de indiciação em que terão transcritas as informações de que trata o
parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por
intermédio de sua supervisão imediata, para, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar
defesa escrita, assegurando-se-lhe o disposto nos artigos 213 a 237, desta Lei
Complementar.

§ 3º - Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo


quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças
principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o
respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora para
julgamento.

§ 4º - No prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento do processo,


a autoridade julgadora proferirá a sua decisão aplicando-se, quando for o caso, o
disposto no § 3º do artigo 231, desta Lei Complementar.
§ 5º - A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de
exoneração do outro cargo.

§ 6º - Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé aplicar-se-á a


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pena de demissão, destituição ou cassação da aposentadoria ou disponibilidade em
relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal,
hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.

§ 7º - O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar


submetido ao rito sumário não excederá 30 (trinta) dias contados da data de publicação
do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até 15 (quinze) dias,
quando as circunstâncias o exigirem.

§ 8º - O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo,


observando-se no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos III
e IV, desta Lei Complementar.

CAPÍTULO V
DO PROCESSO DISCIPLINAR
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais

Art. 213 – O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar a


responsabilidade do servidor por infração praticada no exercício das atribuições do
cargo em que se encontre investido e será conduzido por Comissão Processante,
permanente ou especial, composta por três servidores efetivos ou estáveis, designados
pela autoridade competente, que indicará entre eles, o seu presidente
“Art. 213 – O processo administrativo disciplinar é o instrumento
destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração grave, com comprovação
dos fatos e indicação de autoria, praticada no exercício de suas funções e/ou atribuições
do cargo em que se encontre investido. (Lei complementar nº 149/2017)(revogado
pela Lei Complementar nº167/2017

Art. 213 – O Processo Administrativo Disciplinar é o instrumento


destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração grave, com comprovação
dos fatos e indicação de autoria, praticada no exercício de suas funções e/ou
atribuições do cargo em que se encontre investido.
§ 1º – O Processo Administrativo Disciplinar será conduzido por
Comissão Processante, composta por 03 (três) servidores públicos estáveis, designados
pelo Chefe do Executivo, que indicará entre eles, o seu Presidente.
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§ 2º - A Comissão terá como Secretário um servidor designado pelo seu
Presidente, podendo esta designação recair sobre os outros membros da Comissão.
§ 3º - Não poderá participar da Comissão Processante advogado,
cônjuge, companheiro ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
até o terceiro grau, amigo íntimo ou inimigo do acusado. (Alterado pela Lei
complementar nº 167/2017)

§ 1º - A comissão terá como secretário um servidor designado pelo seu


presidente, podendo esta designação recair sobre os outros membros da comissão.

§ 2º - Não poderá participar da Comissão Processante advogado,


cônjuge, companheiro ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até
o terceiro grau, amigo íntimo ou inimigo do acusado.

§ 3º- O processo administrativo disciplinar será conduzido por Comissão


Processante, de caráter permanente ou especial, composta por 03 (três) servidores
públicos, sendo que, pelo menos 02 (dois) deles devem, obrigatoriamente, serem
estáveis e designados pelo Chefe do Executivo, que indicará entre eles, o seu
presidente.” (alterado pela Lei complementar nº 149/2017)

Art. 214 - A Comissão Processante exercerá suas atividades com


independência e imparcialidade, assegurando o sigilo necessário à elucidação do fato,
bem como ampla garantia no exercício de suas atribuições.

Parágrafo único - Incorrerá em falta grave, passível de demissão, o


servidor que, por qualquer meio, obstar dolosamente o andamento dos trabalhos da
Comissão Processante, incorrer em atitude de ofensa ou desrespeito em relação aos seus
membros ou tentar persuadi-los em sua decisão.

Art. 215 - O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:


I - instauração, com a publicação do termo inicial indicativo dos atos ou
fatos irregulares e dos indícios da autoria e da constituição da comissão;
II - instrução, que compreende interrogatório, produção de provas, defesa
e relatórios;
III - julgamento.

Parágrafo único - A instauração do processo disciplinar compete às


autoridades de que trata o inciso I, do artigo 202, desta Lei Complementar
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Art. 216 - O processo disciplinar será iniciado no prazo de 05 (cinco)
dias, contados do recebimento dos autos pela Comissão e concluído no prazo de 60
(sessenta) dias, contados do seu início, admitida a sua prorrogação por igual prazo,
quando as circunstâncias o exigirem, e mediante justificação fundamentada.

§ 1º - Sempre que necessário, a Comissão dedicará tempo integral aos


seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório
final.

§ 2º - As reuniões da Comissão serão registradas em atas que deverão


detalhar as deliberações adotadas.

Art. 217 - O processo disciplinar obedecerá ao contraditório, sendo


garantida ao servidor processado a ampla defesa, com a utilização dos meios e recurso
admitidos em direito.

Art. 218 - Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar,


como peça informativa de instrução.

Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a


infração será capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia
dos autos ao Ministério Público, independentemente de imediata instauração do
processo disciplinar.

Art. 219 - No processo disciplinar, a comissão promoverá a tomada de


depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de
provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.

Art. 220 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo,


pessoalmente ou por intermédio de advogado regularmente constituído, arrolar e
reinquirir testemunhas, produzir provas e contra-provas e formular quesitos, quando se
tratar de prova pericial.

§ 1º - O presidente da Comissão poderá denegar o pedido considerado


impertinente, meramente protelatório ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos
fatos.

§ 2º - A critério da comissão, será deferido ou indeferido qualquer


pedido de prova pericial, quando de interesse das partes.

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101
Art. 221 - A comissão transmitirá ao acusado cópia da acusação,
citando-o para todos os atos do processo, sob pena de revelia, marcando prazo de 10
(dez) dias para apresentação de Defesa Prévia e dia para a tomada de seu depoimento,
assegurando-se-lhe vista do processo, no local onde este se encontrar.

§ 1º - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20


(vinte) dias.

§ 2° - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da


citação, o prazo para defesa prévia contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo
servidor que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.

§ 3° - A vista dos autos será dada na presença de um dos membros da


comissão processante, podendo ser fornecida cópia dos autos ao acusado, caso solicite
oficialmente.

Art. 222 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a


comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 223 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será


citado por edital, publicado no órgão oficial do Município e em jornal de grande
circulação na localidade para apresentar defesa prévia, sob pena de revelia.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15


(quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 224 - Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado,


não apresentar defesa no prazo legal.

§ 1º - A revelia será declarada por termo nos autos do processo e


devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do


processo designará um dos advogados do ente empregador como defensor dativo.

§ 3º - Não existindo advogado disponível no quadro de pessoal do ente


empregador, será designado advogado particular, às expensas do município.

§ 4º - Da data da citação ou da abertura de vista ao defensor dativo, corre


o prazo de 10 (dez) dias para a defesa prévia, a qual poderá contrariar a acusação,
requerer meios de prova e apontá-las, arrolar testemunhas e apreciar os elementos
coligidos na fase preliminar de sindicância.
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Art. 225 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a
Comissão proporá à autoridade competente que o mesmo seja submetido a exame por
junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

§ 1º - O incidente de sanidade mental será processado em autos apartados


e apensos ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

§ 2º - A constatação da insanidade mental não interrompe o processo,


tendo reflexos apenas sobre a imposição da pena.

Art. 226 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado


expedido pelo Presidente da Comissão, devendo a segunda via, com a ciência do
interessado, ser anexada aos autos.

Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do


mandado será imediatamente comunicada ao supervisor da repartição onde serve o
mesmo, com indicação do dia, hora e local onde será prestado o depoimento.

Art. 227 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo,


não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem,


proceder-se-á a acareação entre os depoentes.

Art. 228 - Concluída a inquirição das testemunhas, a Comissão


promoverá novamente o interrogatório do acusado.

§ 1º - No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido


separadamente, e, sempre que divergirem em suas declarações sobre os fatos ou
circunstâncias será promovida a acareação entre eles.

§ 2º - O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem


como a inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e
respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las através do presidente da Comissão.

Art. 229 - Encerrado pela comissão o período probatório, será aberto


prazo de 10 (dez) dias ao acusado para oferecimento de suas razões finais de defesa.
§ 1º - Havendo dois ou mais acusados, o prazo será comum e de 15
(quinze) dias.
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§ 2º - Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório detalhado, onde
resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para
formar a sua convicção.

§ 3º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à


responsabilidade do servidor.

§ 4º - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o


dispositivo legal ou o regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias
agravantes ou atenuantes.

Art. 230 - O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será


remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.
Parágrafo único - O excesso de prazo na conclusão do processo importa
em responsabilidade de quem lhe der causa, mas não terá como conseqüência a
prescrição da infração nem do processo.

SEÇÃO II
Do Julgamento

Art. 231 - No prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do


processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade


instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá
em igual prazo.

§ 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o


julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

§ 3º - Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação da


aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inc.
I, do artigo 202, desta Lei Complementar.

§ 4º - Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade


instauradora do processo determinará seu arquivamento, salvo se flagrantemente
contrária à prova dos autos.

Art. 232 - O julgamento se baseará no relatório da comissão, salvo


quando contrário às provas nos autos.

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Parágrafo único - Quando o relatório da comissão contrariar as provas
dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade
proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 233 - Verificada a existência de vício insanável, a autoridade


julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de
outra comissão para a instauração de um novo processo.

§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o


artigo 203, será responsabilizada na forma do Capítulo IV, do Título III, desta Lei
Complementar.

Art. 234 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora


determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do funcionário.

Art. 235 - Quando a infração estiver capitulada como crime, a autoridade


julgadora determinará a remessa dos autos do processo disciplinar à autoridade
competente, para a instauração do inquérito policial, ficando um translado na repartição.

Art. 236 - O servidor que estiver respondendo a processo administrativo


disciplinar só poderá ser aposentado voluntariamente, após conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

§ 1º - Ocorrida a exoneração de que trata o artigo 67, parágrafo único,


inciso I, desta Lei Complementar, o ato será convertido em demissão, se for o caso.

§ 2º - Em caso de exoneração do servidor, a pedido, durante o processo,


dar-se-á continuidade ao mesmo, até a decisão final, sendo a pena decretada,
independentemente da exoneração.

Art. 237 - Será assegurado transporte e diárias:


I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua
repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;
II - aos membros da comissão e ao diretor, quando obrigados a se
deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial para o
esclarecimento dos fatos.

SEÇÃO III
Da Revisão do Processo

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105
Art. 238 - O processo disciplinar poderá ser revisto, no prazo de 02
(dois) anos a contar de seu julgamento final, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a inocência do punido ou a
inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor,


qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º - Em caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será


requerida pelo respectivo curador.

Art. 239 - No processo revisional o ônus da prova caberá ao Requerente.

Art. 240 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui


fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.

Art. 241 - O requerimento de revisão do processo será encaminhado ao


dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
Parágrafo único - Deferida a petição, o dirigente do órgão ou entidade
providenciará a constituição de comissão na forma prevista no artigo 213, desta Lei
Complementar.

Art. 242 - A revisão correrá em apenso ao processo originário.

Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a


produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 243 - A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a


conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem.

Art. 244 - Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que


couber, as normas e os procedimentos próprios da comissão de processo administrativo
disciplinar.

Art. 245 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.


Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 30 (trinta) dias,
contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá
determinar diligências.

Art. 246 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a


58

106
penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar


agravamento de penalidade.

TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 247 - O Poder Executivo Municipal poderá enviar projeto de lei para
vigorar no ano em curso, instituindo a cesta básica, devendo o mesmo ser acompanhado
de todas as informações e repercussões exigidas pela Constituição Federal e Lei
Complementar Federal 101/2000.

Art. 248 - O Poder Executivo Municipal poderá enviar projeto de lei


para vigorar no ano em curso, instituindo Gratificação de Fim de Ano, devendo o
mesmo ser acompanhado de todas as informações e repercussões exigidas pela
Constituição Federal e Lei Complementar Federal 101/2000.

Art. 249 - O Poder Executivo Municipal poderá enviar projeto de lei


para vigorar no ano em curso, instituindo Gratificação de Aniversário, devendo o
mesmo ser acompanhado de todas as informações e repercussões exigidas pela
Constituição Federal e Lei Complementar Federal 101/2000.

Art. 250 - O adicional por tempo de serviço poderá ser regulamentado


no Plano de Carreira dos Servidores.

Art. 251 - Os instrumentos de procuração utilizados para o recebimento


de direitos ou vantagens de servidores municipais terão validade por 12 (doze) meses,
devendo ser renovados após findo este prazo.

Art. 252 - Para todos os efeitos previstos nesta Lei Complementar e em


leis do Município de Patrocínio, os exames de sanidade física e mental serão
obrigatoriamente realizados por médico da Prefeitura ou, na sua falta, por empresa
médica credenciada pelo Município.
§ 1º - Em casos especiais, atendendo à natureza da enfermidade, a
autoridade municipal poderá designar junta médica para proceder ao exame, dela
fazendo parte, obrigatoriamente, médico do Município ou médico credenciado pela
autoridade municipal.
§ 2º - Os atestados médicos concedidos aos servidores municipais,
quando em tratamento fora do Município, terão sua validade condicionada à verificação
posterior pelo médico do Município.
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Art. 253 - A assistência à saúde dos servidores públicos municipais
ativos ou inativos e de seus dependentes compreendida a assistência médica,
odontológica, hospitalar, farmacêutica e psicológica será prestada pelo sistema único de
saúde ou através da rede municipal de saúde.

Parágrafo único. Fica o Poder Executivo autorizado a firmar convênio


para a assistência a saúde dos servidores públicos municipais.

Art. 254 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da Administração


Direta, Autarquias e Fundações, é assegurado regime de previdência, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e
nos termos estabelecidos na Constituição Federal e na legislação federal pertinente à
espécie.

Art. 255 - Salvo disposição expressa em contrário, a contagem de tempo


e de prazos prevista neste estatuto será feita em dias corridos, excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o de seu término.

Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia


útil, se o término recair em sábado, domingo ou feriado ou em dia que:
I - não houver expediente;
II - o expediente for encerrado antes da hora normal.

Art. 256 - É vedado exigir atestado de ideologia como condição de posse


ou exercício em cargo público.

Art. 257 - São isentos de taxas, emolumentos ou custas os


requerimentos, certidões e outros papéis que, na esfera administrativa, interessem ao
servidor municipal, ativo ou inativo, no que se referir à sua situação funcional.

Art. 258 - Aos servidores estáveis nos termos dispostos no artigo 19,
das disposições transitórias da Constituição Federal, são assegurados todos os direitos e
benefícios dos servidores efetivos, inclusive para fins de promoção.

Art. 259 - O dia 28 (vinte e oito) de outubro será consagrado ao servidor


público municipal.

Art. 260 - O Prefeito Municipal baixará por Decreto os regulamentos


necessários à execução da presente Lei Complementar.

60

108
Art. 261 - A presente Lei Complementar aplicar-se-á aos servidores da
Câmara Municipal, cabendo ao Presidente desta as atribuições reservadas ao Prefeito
Municipal, quando for o caso.

Art. 262 - Ficam submetidos ao regime desta Lei Complementar os


servidores da Prefeitura, da Câmara Municipal, das Autarquias e das Fundações
Públicas Municipais.

Art. 263 - O órgão de gestão de servidores tomará, no âmbito de suas


atribuições, as medidas necessárias para facilitar os procedimentos decorrentes do
disposto nesta Lei Complementar.

Art. 264 - Em caso de falecimento de servidor na ativa, fica assegurada


aos herdeiros legalmente constituídos, a percepção da remuneração do saldo de dias
trabalhados no mês do evento, bem como da quantia correspondente a férias e
gratificação de natal, integral ou proporcionalmente, cujo direito já tenha sido adquirido
até a data do falecimento.

Art. 265 - Lei Municipal fixará as diretrizes dos planos de carreira para
a administração direta, as Autarquias e as Fundações Públicas Municipais, de acordo
com suas peculiaridades.

Art. 266 - Poderão ser instituídos, no âmbito da Administração Direta e


Indireta, conforme se dispuser em regulamento, os seguintes incentivos funcionais:
I – prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que
favoreçam o aumento de produtividade e a redução de custos operacionais;
II – concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração
e elogio ao servidor;

Art. 267 - Fica assegurada a manutenção das concessões e benefícios já


adquiridos e pagos aos servidores.

Art. 268 - Fica assegurado aos servidores nomeados para cargos


efetivos até a data da publicação desta Lei, o pagamento de qüinqüênios já concedidos.

Art. 269 - Fica revogada a Lei Complementar nº. 36 de 06 de fevereiro


de 2006.

Art. 270 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua


publicação.

Patrocínio-MG, 1º de outubro de 2009.


61

109
Lucas Campos de Siqueira
Prefeito Municipal

62

110
LEI COMPLEMENTAR Nº 061 DE 1º DE OUTUBRO DE 2009.

INSTITUI O PLANO DE CARGOS,


CARREIRAS E VENCIMENTOS PARA OS
SERVIDORES PÚBLICOS DO
DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE
PATROCÍNIO – DAEPA, DO INSTITUTO DE
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES
MUNICIPAIS – IPSEM E DOS QUADROS
SETORIAIS DA ADMINISTRAÇÃO E DA
SAÚDE DO PODER EXECUTIVO DO
MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO.

A Câmara Municipal de Patrocínio, Estado de Minas Gerais, aprovou o


Prefeito, sanciona a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I
Da Abrangência da Lei Complementar

Art. 1º. Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos


servidores públicos do Poder Executivo de Patrocínio.

Art. 2º. Esta Lei Complementar abrange os servidores públicos


municipais da Administração Direta do Município de Patrocínio, dos Quadros Setoriais
da Administração e da Saúde, e da Administração Indireta, do Departamento de Água e
Esgoto de Patrocínio – DAEPA e do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais
– IPSEM.

111
§ 1º. Os servidores ocupantes de cargos, de provimento efetivo ou em
comissão, voltados para a manutenção e desenvolvimento do ensino terão um plano de
carreira específico e observarão, no que couber, as regras desta Lei Complementar.

§ 2º. Aplicam-se a todos servidores estáveis amparados pelo artigo 19


dos ADCT – Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal
as regras contidas nesta Lei Complementar, inclusive as relativas às progressões e
promoção.

Seção II
Das Diretrizes

Art. 3º. O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos seguirá as seguintes


diretrizes:
I- distribuição das atividades administrativas permanentes do
Executivo Municipal por cargos públicos;
II - tratamento isonômico dos cargos iguais ou assemelhados,
relativamente aos direitos, vantagens e deveres de seus ocupantes;
III - o ingresso do servidor na carreira se dará sempre mediante
concurso público de provas ou de provas e títulos;
IV - exigência de qualificação mínima para cada cargo, para ingresso
no serviço público;
V- melhoria da qualificação dos servidores através de programas
permanentes e regulares de aperfeiçoamento profissional;
VI - valorização dos servidores;
VII - melhoria da qualidade de vida no trabalho;
VIII - promoção da integração entre os servidores e destes com os
usuários dos serviços públicos;
IX - melhoria da imagem dos servidores e do serviço público;

112
X- busca do envolvimento e comprometimento dos servidores com
os objetivos da Administração Municipal;
XI - gestão descentralizada de pessoal;
XII - eficiência na prestação dos serviços;
XIII - participação dos servidores na gestão do Plano, assegurada a
transparência e publicidade dos atos.
Seção III
Dos Conceitos
Art. 4º. Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se:
I - Servidor público: pessoa legalmente investida em cargo público, em
caráter efetivo, admitida em concurso público ou em comissão e os servidores estáveis
amparados pelo artigo 19 dos ADCT da CF/88;
II - Nomeação: ato inicial do procedimento de investidura do servidor
que designa a pessoa para prover o cargo público;
III - Emprego: volume de trabalho de cada cargo, cuja execução é
necessária uma pessoa;
IV - Cargo público: conjunto de objetivos, requisitos e
responsabilidades previstos na estrutura organizacional que devem ser cometidos a um
servidor, criado por lei em número limitado;
V - Cargo efetivo: o que é provido em caráter permanente por pessoa
aprovada e classificada em concurso público;
VI - Cargo em comissão: o que é provido em caráter transitório, para
desempenho de atividades de direção superior, gerenciamento, supervisão e
assessoramento, expressamente previsto em lei, de livre nomeação e exoneração;
VII - Função pública: conjunto de atribuições e responsabilidades não
integrantes de carreira, provida em caráter transitório;
VIII - Tarefas: compõem as atividades executadas por uma pessoa que
ocupa determinado cargo;
IX - Atividades ou Função: ações de mesma natureza e finalidade em
relação ao conjunto de atribuições de um profissional;

113
X - Atribuições do cargo: são tarefas, atividades e conhecimentos
técnicos que devem ser cumpridos visando atingir ao objetivo de um cargo;
XI - Objetivo do cargo: conjunto de ações direcionadas e articuladas
visando o cumprimento do objetivo organizacional e dos interesses sociais;
XII - Especificação do cargo: conjunto dos requisitos físicos e mentais,
responsabilidades e condições de trabalho exigidos dos ocupantes do cargo;
XIII - Formação: conjunto de requisitos profissionais adquiridos pela
escolaridade, ao qual correspondem designações profissionais reconhecidas
publicamente;
XIV - Qualificação: conjunto de aptidões, profissionais ou não, advindas
da experiência profissional ou pela vivência;
XV - Classe de cargos: conjunto de cargos de mesma denominação e
natureza, dividido em agrupamentos de cargos de igual nível de vencimentos, aos quais
se dá referências numéricas;
XVI - Série-de-Classe: seqüência de níveis de uma classe, em carreiras,
superpostos segundo o grau de dificuldade e responsabilidade, sendo que a cada nível
corresponderá uma faixa de vencimento;
XVII - Carreira: organização das classes de cargos em níveis
hierárquicos, tendo em vista a escolaridade, os níveis de responsabilidade, a
complexidade das tarefas, a experiência e a iniciativa requerida para o desempenho do
cargo, bem como o incentivo pela formação adquirida além do pré-requisito e pelo
desempenho favorável no cargo;
XVIII - Nível: símbolo alfa-numérico correspondente a cada
classe;
XIX - Padrão: parcela da escala de vencimento da carreira na qual se
posiciona o servidor, dentro de cada classe;
XX - Vencimento: retribuição pecuniária ao servidor pelo exercício
efetivo ou legalmente presumido do cargo, correspondente a nível fixado nesta Lei
Complementar;

114
XXI - Vantagem: acréscimo pecuniário ao vencimento, a título de
adicional ou gratificação;
XXII - Vencimentos ou Remuneração: retribuição pecuniária ao
servidor pelo exercício efetivo, vencimento, acrescida de suas vantagens pessoais;
XXIII - Promoção: passagem do servidor de um nível para outro
imediatamente superior, no mesmo cargo efetivo, com objetivos mais complexos,
atribuições e tarefas que impliquem em maior responsabilidade na execução;
XXIV - Progressão: passagem do servidor de um padrão para outro
imediatamente superior, no mesmo cargo efetivo;
XXV - Quadro: conjunto que contém, em seus aspectos
quantitativos e qualitativos, a força de trabalho necessária ao desempenho das atividades
normais e específicas do Executivo Municipal, indicando as classes, os títulos dos
cargos, o grupo, o nível e as quantidades de vagas;
XXVI - Quadro setorial: conjunto que contém, em seus aspectos
quantitativos e qualitativos, a força de trabalho necessária ao desempenho das atividades
normais e específicas de seu setor de atuação, indicando as classes, os títulos dos cargos,
o grupo, o nível e as quantidades de vagas.

Seção IV

Da Jornada de Trabalho

Art. 5º. A duração normal do trabalho de cada servidor será aquela fixada
para a classe a que pertença seu cargo, em razão das atribuições respectivas e da
necessidade do serviço.
§ 1º. A duração máxima do trabalho será de 42,5 hs. (quarenta e duas
horas e trinta minutos) semanais.
§ 2º. O ocupante de cargo em comissão ou função gratificada submete-se
ao regime de dedicação integral ao serviço, que compreende 42,5 hs. (quarenta e duas
horas e trinta minutos) semanais como jornada normal de trabalho, podendo ser
convocado sempre que houver interesse do Executivo.

115
§ 3º. O disposto neste artigo não se aplica à duração do trabalho
estabelecida em leis especiais editadas pela União e acatadas pelo Município.

Art. 6º. A duração normal do trabalho, a ser cumprida por todos os


servidores da mesma classe, qualquer que seja o Quadro Setorial de lotação dos cargos,
será como indicada no Anexo II, e corresponderá:
I - ao limite máximo estabelecido no § 1º do artigo 5º;
II - ou a de 40,0 hs. (quarenta horas) semanais;
III - ou a de 37,5 hs. (trinta e sete horas e 30 minutos) semanais;
IV - ou a de 30,0 hs. (trinta horas) semanais;
V - ou de 24,0 hs. (vinte e quatro horas) semanais;
VI - ou a de 22,5 hs. (vinte e duas horas e trinta minutos) semanais.
VII - ou a de 20,0 hs. (vinte horas) semanais.

§ 1º. O servidor poderá exercer suas atividades em jornadas reduzidas ou


ampliadas para atender à demanda, observando o mínimo de 50% (cinqüenta por cento)
da jornada normal, e o máximo de 6,7%, 33,3%, 77,8% e 100% para os ocupantes de
cargos com jornadas de 37,5 (trinta e sete e meia), 30,0 (trinta), 22,5 (vinte e duas e
meia) e 20,0 (vinte) horas semanais, respectivamente, recebendo o seu vencimento
proporcionalmente às horas trabalhadas.

§ 2º. As jornadas reduzidas ou ampliadas só poderão ser aplicadas em


situações superiores a 30 (trinta) dias.

Art. 7º. Os valores dos níveis de vencimento indicados nos Anexos


corresponderão à duração normal do trabalho pertinente aos cargos da classe.

§ 1º. O acréscimo ao período de duração normal do trabalho será


remunerado proporcionalmente, observado o regime jurídico do serviço extraordinário.

116
§ 2º. Somente será autorizado serviço extraordinário para atender à
situação excepcional e temporária, respeitado o limite máximo, por mês, de 60
(sessenta) horas.

§ 3º. Havendo interesse da Administração Pública e do servidor, poderá


este prestar serviços com jornada reduzida ou ampliada.

§ 4º. Na hipótese de ocorrer o disposto neste artigo, o servidor receberá


remuneração proporcional à nova jornada, e não será permitido o exercício de serviços
extraordinários para os servidores com jornada reduzida.

§ 5º. Havendo necessidade por serviços a serem exercidos com jornada


ampliada, esses deverão ser prestados preferencialmente por aqueles que estiverem
obtendo os melhores desempenhos, conforme regulamento.

§ 6º. Havendo necessidade por serviços extraordinários de servidores,


esses deverão ser prestados preferencialmente por aqueles que estiverem cumprindo
jornada ampliada.
Seção V
Da Estrutura do Plano
Art. 8º. Para os efeitos desta Lei Complementar, os cargos públicos do
Executivo distribuem-se por Quadros Setoriais, segundo a natureza, a competência e a
finalidade precípua dos órgãos abrangidos pelo Quadro.

Parágrafo único. Os Quadros Setoriais de que trata esta Lei


Complementar são:
I - Quadro Setorial da Administração;
II - Quadro Setorial da Saúde;
III - Quadro Setorial do DAEPA – Departamento de Água e Esgoto de
Patrocínio;

117
IV - Quadro Setorial do IPSEM – Instituto de Previdência dos Servidores
Municipais de Patrocínio.

Art. 9º. Cada Quadro Setorial está estruturado em:


I- cargos, descritos segundo a natureza geral e objetivo do trabalho,
as tarefas típicas e a complexidade e responsabilidade a elas inerentes, a escolaridade e,
ainda, se for o caso, a experiência exigida para seu desempenho;
II - classes, agrupamento de cargos idênticos, a que correspondem
níveis remuneratórios compatíveis com os recursos financeiros disponíveis, o mercado
de trabalho local e regional e os valores relativos do cargo;
III - séries-de-classes, formadas por classes de cargos devidamente
hierarquizadas, em níveis, segundo a complexidade e responsabilidade dos cargos nelas
agrupadas.

Parágrafo único. As Classes de Cargos em Comissão são compostas dos


seguintes grupos:
I- Grupo de Direção, composto pelos Secretários Municipais,
Procurador Geral do Município e Superintendentes, compreendendo funções de
planejamento, organização e direção dos órgãos diretamente ligados ao Prefeito;
II - Grupo de Gerenciamento, composto pelos Coordenadores,
compreendendo as funções de controle e de coordenação de equipes, seguindo os
objetivos organizacionais;
III - Grupo de Supervisão, composto pelos Supervisores de Setores e
Encarregados de Serviços, compreendendo a função de coordenação e supervisão de
equipes de servidores;
IV - Grupo de Assessoramento, composto por todos os Assessores,
Controlador Interno, Ouvidor e Assistente de Gabinete compreendendo as atividades de
assessoria direta ao Prefeito e aos ocupantes dos cargos em comissão.

118
CAPÍTULO II
DOS QUADROS SETORIAIS
Seção I
Do Quadro Setorial de Administração

Art. 10. O Quadro Setorial de Administração abrange:


I- os cargos comuns, por suas atribuições, aos órgãos do Poder
Executivo;
II - os cargos específicos, por suas atribuições, aos órgãos abrangidos
pelo Quadro Setorial de Administração;
III - os cargos em comissão, pertinentes aos órgãos abrangidos pelo
Quadro Setorial de Administração.

Parágrafo único. Os órgãos abrangidos pelo Quadro Setorial de


Administração são todos aqueles pertencentes à Administração Municipal, exceto os de
finalidade de manutenção e desenvolvimento do ensino, de ações de Saúde, de
assistência previdenciária e de saneamento no fornecimento e tratamento da água e
esgoto.
Art. 11. Compete ao Secretário Municipal de Administração:
I- dirigir o Quadro Setorial de Administração;
II - colaborar na elaboração da proposta do regulamento, referido no
artigo 12 e, uma vez editado, zelar por sua observância, qualquer que seja o Quadro
Setorial, e recomendar ao Prefeito que o aperfeiçoe ou assegure a correção de eventuais
distorções;
III - realizar os concursos públicos ou promovê-los, para provimento em
caráter efetivo, de todos cargos dos Quadros Setoriais;
IV - executar os programas de desenvolvimento de gestão de pessoas ou
promovê-los, em benefício dos servidores ocupantes dos cargos específicos do quadro
Setorial de Administração e dos cargos comuns a todos os Quadros;

119
V - implantar as regras de progressão e promoção dos servidores
ocupantes dos cargos específicos do Quadro Setorial de Administração e dos cargos
comuns lotados nos Quadros Setoriais;
VI - colaborar com os dirigentes dos demais Quadros Setoriais, segundo
o regulamento do Plano.

Art. 12. Em cada Quadro Setorial serão observadas as diretrizes e regras


previstas nesta Lei Complementar e em regulamento.

Art. 13. Compete ao Prefeito Municipal:


I - baixar o regulamento a que se refere ao artigo 12, com base em estudo
elaborado conjuntamente pelos dirigentes dos Quadros Setoriais;
II - aprovar todo edital de promoção e de concurso público, previamente
visado, sob pena de nulidade, pela Procuradoria Geral do Município;
III - homologar os resultados dos concursos incluídos os internos, de
promoção;
IV - baixar os atos de progressão e promoção.

Seção II
Do Quadro Setorial de Saúde

Art. 14. Integram o Quadro Setorial de Saúde os cargos específicos, de


provimento efetivo e de provimento em comissão, voltados para as ações de promoção,
prevenção e atenção a saúde.

Art. 15. Compete ao Secretário Municipal de Saúde:


I - dirigir o Quadro Setorial de Saúde;
II - colaborar na realização dos concursos públicos para provimento em
caráter efetivo, dos cargos específicos do Quadro Setorial de Saúde;

10

120
III - executar os programas de desenvolvimento de pessoal ou promovê-
lo, em benefício dos servidores ocupantes dos cargos específicos, de provimento efetivo,
do Quadro Setorial de Saúde;
IV - implantar as regras de progressão e promoção dos servidores
ocupantes dos cargos específicos do Quadro Setorial de Saúde, bem como acompanhar a
implantação das regras relativas aos cargos comuns neste lotados.

Seção III
Do Quadro Setorial do DAEPA

Art. 16. Integram o Quadro Setorial do DAEPA os cargos, de provimento


efetivo e de provimento em comissão, pertinentes aos órgãos do Departamento de Água
e Esgoto de Patrocínio.

Parágrafo único – A transformação de cargos, os números de Vagas, a


jornada, o provimento, a classificação, a tabela de padrões para efeitos de obtenção de
nova progressão por titulação ou qualificação, a tabela de séries-de-classes e a
especificações de classes de cargos do DAEPA estão contidos nos Anexos I ao VI,
sendo distinguidos pelo Quadro Setorial.

Art. 17. Compete ao DAEPA:


I - dirigir o Quadro Setorial do DAEPA;
II - colaborar na realização dos concursos públicos para provimento, em
caráter efetivo, dos cargos específicos do Quadro Setorial do DAEPA;
III - executar os programas de desenvolvimento de gestão de pessoas ou
promovê-los, em benefício dos servidores ocupantes dos cargos específicos, de
provimento efetivo, do Quadro Setorial do DAEPA;
IV - implantar as regras de progressão e promoção dos servidores
ocupantes dos cargos específicos do Quadro Setorial do DAEPA, bem como
acompanhar a implantação das regras relativas aos cargos comuns neste lotados.

11

121
Art. 18. Compete ao Superintendente do DAEPA:
I - encaminhar ao Prefeito a proposta de regulamento referido nesta Lei
Complementar, com base em estudo do Quadro Setorial do DAEPA;
II - zelar pela observância do disposto no regulamento e apresentar nova
proposta ao Prefeito, visando o seu aperfeiçoamento e a correção de eventuais
distorções;
III - aprovar todo edital de promoção e de concurso público, previamente
visado, sob pena de nulidade, pela Assessoria Jurídica;
IV - homologar os resultados dos concursos, incluídos os de promoção;
V - baixar os atos de progressão e promoção.

Seção IV
Do Quadro Setorial do IPSEM

Art. 19. Integram o Quadro Setorial do IPSEM os cargos, de provimento


efetivo e de provimento em comissão, pertinentes aos órgãos do Instituto de Previdência
dos Servidores Municipais.

Parágrafo único. A transformação de cargos, os números de Vagas, a


jornada, o provimento, a classificação, a tabela de padrões para efeitos de obtenção de
nova progressão por titulação ou qualificação, a tabela de séries-de-classes e a
especificações de classes de cargos do IPSEM estão contidos nos Anexos I ao VI, sendo
distinguidos pelo Quadro Setorial.

Art. 20. Compete ao IPSEM:


I - dirigir o Quadro Setorial do IPSEM;
II - colaborar na realização dos concursos públicos para provimento, em
caráter efetivo, dos cargos específicos do Quadro Setorial do IPSEM;

12

122
III - executar os programas de desenvolvimento de gestão de pessoas ou
promovê-los, em benefício dos servidores ocupantes dos cargos específicos, de
provimento efetivo, do Quadro Setorial do IPSEM;
IV - implantar as regras de progressão e promoção dos servidores
ocupantes dos cargos específicos do Quadro Setorial do IPSEM, bem como acompanhar
a implantação das regras relativas aos cargos comuns neste lotados.

Art. 21. Compete ao Superintendente Geral do IPSEM:


I - encaminhar ao Prefeito a proposta de regulamento referido nesta Lei
Complementar, com base em estudo do Quadro Setorial do IPSEM;
II - zelar pela observância do disposto no regulamento e apresentar nova
proposta ao Prefeito, visando o seu aperfeiçoamento e a correção de eventuais
distorções;
III - aprovar todo edital de promoção e de concurso público, previamente
visado, sob pena de nulidade, pela Assessoria Jurídica;
IV - homologar os resultados dos concursos, incluídos os de promoção;
V - baixar os atos de progressão e promoção.

CAPÍTULO III
DOS CARGOS
Seção I
Dos Objetivos dos Cargos

Art. 22. Os cargos têm os objetivos de:


I- orientar as atividades a serem executadas pelos servidores;
II - atender os interesses sociais e da Administração Municipal;
III - fornecer as informações, através de sua descrição, as quais
servirão para o desenvolvimento do sistema de gestão de pessoas e, em especial, ao
subsistema de avaliação de cargos.

13

123
Parágrafo único. As descrições de cargos, definidas em regulamento,
devem enfatizar os seus objetivos.

Art. 23. Os cargos em comissão são de recrutamento amplo ou limitado,


observadas, em qualquer caso, as exigências na respectiva especificação de classe.

§ 1º. São considerados cargos de recrutamento amplo os de livre escolha


do dirigente de cada órgão do Executivo Municipal, de livre nomeação e exoneração
pelo Prefeito.

§ 2º. São considerados cargos de recrutamento limitado, aqueles


destinados a servidores de carreiras, de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito ou
por eleição, de acordo com as diretrizes estabelecidas em regulamento.

Seção II
Da Especificação dos Cargos

Art. 24. A natureza dos cargos ou das classes de cargos e a escolaridade


exigida para seu desempenho são definidas em lei.

§ 1º. O requisito mínimo de escolaridade exigido nos anexos desta Lei


Complementar será exigido aos futuros servidores por ocasião da nomeação, sendo
dispensado para os atuais ocupantes de cargos.

§ 2º. O requisito considerado desejável na especificação dos cargos, que


só se aplica aos cargos comissionados, não é obrigatório para o provimento, sendo
apenas recomendável.

Art. 25. As especificações dos cargos devem determinar o padrão de


exigência dos vários requisitos para o melhor desempenho das atividades.

14

124
§ 1º. A especificação das atribuições típicas de cada cargo ou classe de
cargos é aprovada em regulamento.

§ 2º. As especificações devem conter os requisitos físicos e mentais,


responsabilidades e condições de trabalho exigidos do ocupante do cargo.

§ 3º. A Classe de Cargo, cujo objetivo não estiver atendendo mais os


interesses sociais, ou que contrariar às novas diretrizes legais, ou que se encontrar com
práticas de trabalho desatualizadas em relação às modernas técnicas administrativas
tornar-se-á em ‘Extinção’.

§ 4º. Não poderá haver concurso público para ocupar vagas na Classe de
Cargo em Extinção, sendo que o número de vagas se limitará aos atuais ocupantes,
extinguindo-se progressivamente na sua vacância.

Seção III
Da Avaliação dos Cargos

Art. 26. A avaliação deve estabelecer o valor relativo de um cargo em


relação aos demais.

§ 1º. A avaliação de cargos deve ser revista sempre através de comissão


composta por membros do Conselho de Políticas de Administração e Remuneração de
Pessoal, que deve ser instituído e composto por representantes do Executivo Municipal
e dos servidores.

§ 2º. A avaliação deve mensurar o valor do cargo no Quadro e de cada


fator definido na sua especificação.

15

125
Seção IV
Da Classificação dos Cargos

Art. 27. A classificação e o enquadramento dos servidores obedecem a


critérios de formação e qualificação inerentes à atividade específica, função ou cargo.

Art. 28. A classificação dos cargos seguirá ordem hierárquica, de acordo


com os valores atribuídos na avaliação.

CAPÍTULO IV
DAS CARREIRAS
Seção I
Do Sistema de Carreiras

Art. 29. Toda classe de cargos se organizará em carreira.

§ 1º. A organização em carreira visa assegurar ao servidor público,


ocupante de cargo em caráter efetivo ou estável, movimentação em classes, dispostas
hierarquicamente segundo a complexidade e a responsabilidade das atribuições dos
respectivos cargos.

§ 2º. Não se integram ao sistema de carreira, os cargos de livre


provimento, sejam eles de recrutamento amplo ou limitado.

Art. 30. A investidura em cargo de carreira dar-se-á por concurso público


de provas ou de provas e títulos, sempre no primeiro padrão da respectiva carreira.

Art. 31. O desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á pela


movimentação ascendente de um para outro padrão, quando se tratar de progressão, e de
um nível para outro, no mesmo cargo, quando se tratar de promoção.

16

126
Art. 32. A movimentação do servidor na carreira é condicionada à
comprovação de desenvolvimento pessoal e de desempenho favorável do cargo,
segundo fatores pré-estabelecidos, conjugados com o tempo de serviço, sob a inspiração
de profissionalizar-se no exercício da função pública.

§ 1º. Presumir-se-á favorável, para o efeito de progressão, o desempenho


de servidor, titular de cargo de provimento efetivo, enquanto este permanecer no
exercício de cargo em comissão.

§ 2º. Não se contará, para o efeito de progressão e promoção, o período


de licença para tratar de interesse particular, observado o Estatuto dos Servidores.

§ 3º. Será comprovado o desenvolvimento pessoal do servidor, com base


no crescimento profissional, titulação e formação.

§ 4º. O número de níveis em cada classe, formando uma série-de-classe


em carreira, e o número de cargos, ocupados e vagos, em cada classe, serão definidos
segundo critério de proporção deduzido da organização e complexidade da carreira.

§ 5º. A passagem do servidor ao nível subsequente, na série-de-classe da


carreira, observará as regras de promoção, e a passagem do servidor a outro padrão, nas
escalas de padrões de vencimento da classe, se sujeitará às regras de progressão.

Seção II
Da Progressão

Art. 33. Progressão é a passagem do servidor de um padrão para outro da


mesma classe, tendo por origem:

I- mérito;

17

127
II - titulação ou qualificação.

§ 1º. A progressão por mérito dar-se-á para o padrão de vencimento


imediatamente superior àquele em que se encontra o servidor, mediante avaliação de
desempenho.

§ 2º. Para adquirir direito à progressão por mérito deverá o servidor:


I- cumprir o interstício de 02 (dois) anos de efetivo exercício,
contados do ingresso na classe, e a cada igual período para uma nova progressão;
II - obter o conceito favorável, na avaliação de desempenho de seu
cargo, durante o interstício a que se refere o inciso anterior.

§ 3º. A progressão por titulação e qualificação dar-se-á para o padrão


superior àquele em que se encontra o servidor, mediante apresentação de certificados de
conclusão de cursos, com aproveitamento e de interesse de sua área de atuação, dentro
de critérios a serem estabelecidos pela Administração Municipal em regulamento.

§ 4º. O direito à progressão por titulação ou qualificação poderá ser


pleiteado a cada 02 (dois) anos de efetivo exercício na classe, em intervalos anuais
alternados ao da progressão por mérito.

§ 5º. Sujeitar-se-á o servidor à avaliação de desempenho de seu cargo,


relativo a cada ano do interstício referido no inciso I do § 2º deste artigo, na forma do
regulamento.

§ 6º. Enquanto o servidor estiver respondendo a inquérito ou processo


administrativo disciplinar, interrompe-se o decurso do interstício de progressão; no caso
de absolvição, contar-se-á em favor do servidor o tempo de interrupção.

18

128
Art. 34. O acréscimo de vencimento em decorrência de progressão por
mérito será devido a partir do deferimento, que se dará no mês próprio dos anos pares,
condicionado a obtenção de conceito favorável de desempenho, referente ao interstício
requerido.

Art. 35. A direção do Quadro Setorial cuidará, sob regra inserida no


regulamento, que o término do interstício coincida com a avaliação de desempenho do
cargo.
Art. 36. Ao atual servidor efetivo ou estável pela Constituição assiste o
direito, ainda, na forma do regulamento e do Anexo IV, a acréscimo de padrão ou
padrões de vencimento, por efeito de nova titulação ou qualificação obtida em cada
biênio, a partir de 2009.

§ 1º. O direito à vantagem financeira terá vigência a partir do deferimento


do processo administrativo.

§ 2º. A concessão do benefício será deferida, se for o caso, com base em


requerimento do servidor, devidamente instruído, protocolado no órgão competente na
Prefeitura, IPSEM ou DAEPA, nos anos ímpares.

§ 3º. No caso de obtenção de mais de um título ou qualificação no biênio,


somente um deles será considerado para a vantagem prevista nesta Lei Complementar,
cabendo ao servidor o direito de opção.

§ 4º. As horas excedentes de qualificação, bem como os cursos


desconsiderados para progressão por nova titulação ou qualificação não poderão ser
contadas para os biênios seguintes.

19

129
§ 5º. Fica limitado a 15 (quinze) o número total de padrões de
vencimento concedidos ou que venham a ser concedidos ao servidor, na carreira, por
efeito de nova qualificação ou titulação.

§ 6º. Somente terão validade, para efeito de acréscimo de padrões, na


progressão, os cursos de treinamento ou aperfeiçoamento que tiverem sido previamente
credenciados pela direção do Quadro Setorial, sob a condição, ainda, de que guardem
afinidade com a classe de cargos a que pertencer o servidor.

Seção III
Da Promoção

Art. 37. Promoção é a passagem do servidor ocupante de cargo efetivo


para padrão do nível subseqüente da classe.

§ 1º. A toda classe de cargos será atribuído número de níveis de


vencimento, no máximo de três, formando a série-de-classe.

§ 2º. Por efeito de promoção o servidor será posicionado no padrão


inicial ou no padrão subseqüente mais próximo, do novo nível da classe, que lhe
assegure o acréscimo de, no mínimo 10% (dez por cento) e no máximo 11% (onze por
cento), no vencimento do cargo.

§ 3º. Para o servidor, a ser promovido, que se encontrar em padrão de


nível da tabela de vencimento, cuja amplitude em relação aos padrões do nível seguinte
for superior a 11% (onze por cento), a promoção poderá se dar no mesmo nível,
garantindo o número de padrões que lhe assegure o percentual referido no parágrafo
anterior.

20

130
Art. 38. Para candidatar-se à promoção, deverá o servidor efetivo
satisfazer cumulativamente os seguintes requisitos:

I - encontrar-se no efetivo exercício das atribuições de seu cargo;


II - ter cumprido o interstício de cinco anos (sessenta meses) de efetivo
exercício, no nível em que estiver posicionado na classe;
III - ter obtido conceito favorável nas avaliações de desempenho no
interstício;
IV - possuir habilitação exigida pela respectiva especificação de classe;
V - ter-se classificado, na forma do edital, em seleção interna, de provas
ou de provas e títulos, com aproveitamento mínimo previamente definido.

§ 1º. As provas a que se refere o inciso IV poderão ser práticas, prático-


orais ou escritas, no caso dos servidores ocupantes de cargos de nível elementar, de
ensino fundamental ou de ensino médio.

§ 2º. Serão promovidos os servidores que obtiverem a melhor


classificação na seleção interna, na proporção de 10% (dez por cento) do número de
cargos, garantindo-se pelo menos uma vaga e na fração acima de 0,5 (meio), arredonda-
se para cima.

§ 3º. Concorrerão à promoção os servidores que se localizarem no


mesmo nível.

§ 4º. Os editais de seleção interna abrangente das carreiras selecionadas


pela Administração, para o efeito de promoção, deverão ser amplamente divulgados.

§ 5º. O servidor terá que manter-se com desempenho satisfatório para


permanecer promovido, caso contrário, retornará ao nível anterior da série-de-classe do
seu cargo.

21

131
Art. 39. Efetivada a promoção prosseguirá, para efeito de progressão no
novo nível, a contagem do tempo de serviço a partir da obtenção do último padrão, no
nível anterior.

Art. 40. Não poderá concorrer à promoção o servidor que, no período


aquisitivo:
I - houver faltado a mais de 5 (cinco) dias;
II - ter sofrido punição disciplinar;
III - esteve afastado do exercício do cargo, exceto os casos admitidos no
Estatuto como de efetivo exercício.

Art. 41. Ocorrendo empate na classificação de candidatos à promoção,


esta recairá, nesta ordem, no servidor:
I - com mais tempo de serviço público municipal de Patrocínio;
II - de melhor nível de escolaridade;
III - com maior idade.

Art. 42. Para o efeito de promoção no cargo de que seja titular em caráter
efetivo, o ocupante de cargo em comissão se sujeitará aos requisitos do artigo 38, sendo
que o efetivo exercício será dado no cargo em comissão.

Parágrafo único. Em regulamento, será disciplinada a forma da


concessão de progressão e promoção aos servidores à disposição de outro órgão ou
entidade.

Art. 43. O procedimento de promoção será autorizado, em cada caso,


pelo Prefeito, que determinará a publicação do respectivo edital para habilitação dos
interessados.

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132
Art. 44. O servidor promovido reiniciará a contagem de tempo na classe
superior, para o efeito de nova promoção.

Seção IV
Da Avaliação de Desempenho e Análise de Potencial

Art. 45. A avaliação de desempenho visa, fundamentalmente, apurar a


eficiência do servidor e a qualidade de seu trabalho, em função dos objetivos específicos
de seu cargo, bem como analisar seu potencial.

Parágrafo único - O servidor terá seu desempenho permanentemente


avaliado com o objetivo de se apurar pelo menos os seguintes fatores:

I – relacionamento interpessoal;
II – satisfação;
III – adaptação;
IV – assimilação;
V – desempenho / produtividade;
VI – ambiente de trabalho;
VII – características comportamentais;
VIII – comprometimento;
IX – motivação;
X - comunicação.

Art. 46. O servidor terá seu desempenho avaliado pela Administração


Municipal, na forma do regulamento, reservando-lhe o direito de recurso ao dirigente
superior do órgão ao qual estiver lotado.

Parágrafo Único – A comissão de avaliação deverá ser formada e


subdividida nos setores de: saúde, educação, obras e serviços e administração geral. Será

23

133
obrigatória a participação de um representante do Sindicato dos Trabalhadores no
Serviço Público Municipal de Patrocínio.

Art. 47. A avaliação de desempenho será feita, pelo menos, uma vez a
cada ano.

§ 1º. Não haverá progressão ou promoção sem a devida avaliação de


desempenho do servidor no interstício.

§ 2º. Será imputada responsabilidade pessoal a quem causar, direta ou


indiretamente, a omissão da Administração Pública na avaliação de desempenho do
servidor no exercício de seu cargo.

CAPÍTULO V
DOS VENCIMENTOS
Seção I
Da Formação da Remuneração

Art. 48. O servidor ocupante de cargo efetivo faz jus ao vencimento


mensal correspondente ao nível da respectiva classe, conforme estabelecido nos Anexos
II e III desta Lei Complementar.

Art. 49. O valor atribuído a cada nível de vencimento refere-se à jornada


semanal estabelecida no Anexo II.

Art. 50. Além do vencimento, vantagens e benefícios previstos no


Estatuto do Servidor, o servidor poderá ainda fazer jus às gratificações previstas nesta
Lei Complementar.

24

134
Art. 51. Será atribuída Gratificação de Instrução ao servidor que atuar
como instrutor em programas de capacitação devidamente reconhecidos e autorizados
pelo órgão de Gestão de Pessoas.

§ 1º. A gratificação corresponderá ao número de horas de treinamento


realizado multiplicado pelo dobro do valor do vencimento/hora do cargo ocupado pelo
servidor, se a atividade realizar-se em horário diverso ao do serviço.

§ 2º. A gratificação corresponderá ao número de horas de treinamento


realizado multiplicado pelo valor do vencimento/hora do cargo ocupado pelo servidor,
se a atividade coincidir com o horário de trabalho.

Art. 52. O servidor nomeado para cargo em comissão pode optar pelo
vencimento deste ou pelo vencimento de seu cargo efetivo acrescido do percentual de
20% (vinte por cento) a título de Gratificação de Função.

Parágrafo único. Tem direito aos vencimentos do cargo comissionado o


servidor designado para exercer, em substituição, cargo em comissão dos grupos de
direção, gerenciamento e supervisão.

Art. 53. As gratificações de que tratam esta Lei Complementar não serão
incorporadas ao vencimento dos profissionais beneficiados.

Seção II
Da Estrutura dos Vencimentos

Art. 54. Por suas diversas classes, sob critérios de proporção compatíveis
com a complexidade e abrangência da carreira, a movimentação do servidor se dará,
com o respectivo cargo, nos níveis de vencimento atribuídos à classe, observados os
parágrafos seguintes.

25

135
§ 1º. A tabela de Vencimentos, Anexo III, será composta de níveis.

§ 2º. Cada nível de vencimento será formado por 30 (trinta) padrões.

§ 3º. A cada nível de vencimento corresponderá um padrão inicial, que se


desenvolverá em outros padrões, cada valor de padrão guardando, com o subseqüente,
na escala do nível, a mesma relação percentual.

§ 4º. Os objetivos e atribuições de cada classe guardarão compatibilidade


com os respectivos níveis de vencimento, em termos de complexidade e
responsabilidade.
Seção III
Da Política de Remuneração

Art. 55. A remuneração dos cargos deverá obedecer aos seguintes


preceitos:
I- a amplitude horizontal, correspondendo o percentual do quociente
entre o vencimento do último padrão de cada nível com o primeiro, será de 150% (cento
e cinqüenta por cento);
II - a amplitude vertical, correspondendo o percentual do quociente
entre o vencimento do primeiro padrão do último nível com o primeiro padrão do
primeiro nível.
Parágrafo único. A política de remuneração adotará o percentual de
50% como amplitude horizontal.

CAPÍTULO VI
DA DATA-BASE DE REVISÃO GERAL DA REMUNERAÇÃO

Art. 56. Os subsídios dos agentes políticos e a remuneração dos


servidores do Poder Executivo do Município de Patrocínio serão revistos, na forma do

26

136
inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, no mês de Maio de cada ano, sem
distinção de índices, extensivos aos proventos da inatividade e às pensões.

Art. 57. A revisão geral observará as seguintes condições:


I- autorização na lei de diretrizes orçamentárias;
II - definição do índice em lei específica;
III - previsão do montante da respectiva despesa e correspondentes
fontes de custeio na lei orçamentária anual;
IV - atendimento aos limites para despesa com pessoal de que tratam o
artigo 169 da Constituição e a Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000.

Art. 58. Serão deduzidos da revisão geral os percentuais concedidos em


decorrência de reorganização ou reestruturação de cargos e carreiras, criação e
majoração de gratificações ou adicionais de qualquer natureza e espécie, adiantamentos
ou outras vantagens inerentes aos cargos ou empregos públicos.

CAPÍTULO VII
DO ENQUADRAMENTO

Art. 59. A transposição dos servidores dos quadros de origem para o


presente Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dar-se-á mediante enquadramento
direto.

Parágrafo único. Na implantação do Plano valorizar-se-á, de modo


especial, a negociação com os servidores.

Art. 60. Observada a correlação dos cargos, no confronto do quadro atual


com o proposto, proceder-se-á, dentro de 120 (cento e vinte) dias, a contar da publicação
desta Lei Complementar, ao enquadramento direto dos atuais servidores, nos padrões

27

137
dos níveis de vencimento das classes, com dispensa do requisito de escolaridade
previsto na descrição dos cargos, salvo exigência legal.

§ 1º. Para o efeito de enquadramento direto, de que trata este artigo, será
o servidor posicionado no padrão correspondente ao seu vencimento atual ou, não
havendo coincidência, no padrão imediatamente superior da mesma classe ou na classe
subseqüente.

§ 2º. Na verificação da correlação de cargos, o órgão responsável pela


implantação do Plano submeterá à análise as atribuições exercidas pelo servidor, tendo
em vista corrigir distorções.

§ 3º. O servidor afastado do exercício de seu cargo, em razão de licença


para tratar de interesse particular, somente será enquadrado quando do retorno às
atividades, observada, se for o caso, a correlação de cargos, com base no último
exercido no Poder Executivo Municipal de Patrocínio.

Art. 61. Efetivado o enquadramento direto, prosseguirá, no padrão dele


resultante, a contagem de interstício, para o efeito de progressão.

Art. 62. O servidor ocupante de cargo do Executivo Municipal de


Patrocínio que, por ocasião do enquadramento estiver à disposição de outro órgão não
integrante da Administração Municipal, terá que se apresentar ao dirigente do Quadro
Setorial da Administração para que se proceda ao seu enquadramento.

Art. 63. O enquadramento direto será realizado por uma comissão


constituída para este fim.

Parágrafo único. A Comissão de Enquadramento tem como


competência o estudo e a avaliação da vida funcional do servidor, realizando:

28

138
I - a transposição dos servidores dos Quadros e Planos vigentes para este
Plano;
II - o enquadramento, após avaliação, no sentido de se corrigir os desvios
de função existentes;
III - a avaliação em primeira instância, dos recursos impetrados por
servidores.

Art. 64. O servidor que se julgar prejudicado em seu enquadramento terá


o prazo de 90 (noventa) dias para apresentar recurso junto ao órgão de Gestão de
Pessoas do seu Quadro Setorial, que o encaminhará ao Prefeito para julgamento em
segunda instância.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 65. O concurso público somente poderá ser aberto, sob pena de
nulidade, para o provimento de cargos especificamente definidos, constantes de Quadro
Setorial.

Art. 66. Os acréscimos de padrões de que trata o Anexo IV serão objeto


de requerimento do servidor, a ser protocolado no órgão competente na Prefeitura,
IPSEM ou DAEPA, devidamente instruído, dentro de 90 (noventa) dias, a contar da
publicação desta Lei Complementar.

§ 1º. Se a presente Lei Complementar não entrar em vigor em 2009,


então a referida progressão só poderá ser pleiteada em 2011.

§ 2º. Considera-se novo título ou qualificação, para o efeito deste artigo,


o que o servidor obteve, em acréscimo ao nível de escolaridade ou à qualificação, depois
de seu ingresso no cargo efetivo ou estável no Executivo Municipal de Patrocínio.

29

139
§ 3º. No caso de obtenção de mais de um título ou qualificação no
período mencionado no § 2º deste artigo, somente um deles, o mais vantajoso para o
servidor, lhe dará direito à vantagem de progressões.

Art. 67. Ficam transformados, nos termos do Anexo I, os cargos nele


arrolados.

Parágrafo único. Ficam extintos todos cargos não contidos na Tabela de


Transformação.

Art. 68. Integram esta Lei Complementar os seguintes Anexos:


I- Tabela de Transformação de Cargos;
II - Cargos (Número de Vagas, Provimento, Jornada de Trabalho,
Quadro Setorial e Nível de Vencimento);
III - Tabela de Vencimento – Jornada Normal;
IV - Tabela de Padrões para Efeito de Nova Titulação ou Qualificação;
V- Tabela de Séries de Classes;
VI - Especificação de Cargos.

§ 1º. Fica garantido para os atuais servidores efetivos e estáveis, o


acréscimo de 0,83% (zero vírgula oitenta e três por cento) por cada ano de efetivo
exercício, após sua nomeação em decorrência do concurso público no caso dos efetivos,
e após a homologação do primeiro concurso público no caso dos estáveis.

§ 2º. O acréscimo referido no §1º deste artigo deve ser aplicado antes do
enquadramento desses servidores neste plano.

§ 3º. O inciso III deste artigo refere-se à Tabela de Vencimento (Anexo


III – JN) relativa à jornada normal de trabalho.

30

140
§ 4º. Os servidores que optarem por cumprir jornada ampliada conforme
disposto no § 1° do artigo 6º receberão seus vencimentos de acordo com os Anexos:
I- Anexo III – 6,7%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 6,7% sobre a jornada normal;
II - Anexo III – 25,0%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 25,0% sobre a jornada normal;
III - Anexo III – 33,3%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 33,3% sobre a jornada normal;
IV - Anexo III – 50%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 50% sobre a jornada normal;
V- Anexo III – 66,7%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 66,7% sobre a jornada normal;
VI - Anexo III – 77,8%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 77,8% sobre a jornada normal;
VII - Anexo III – 100%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 100% sobre a jornada normal.

Art. 69. Dentro de 150 (cento e cinqüenta) dias, a contar da publicação


desta Lei Complementar, será revista, para se ajustar às diretrizes do Plano, e publicada
em decreto, a lotação dos cargos de provimento efetivo e em comissão de cada Quadro
Setorial.
Art. 70. O servidor cuja escolaridade não corresponda ao enquadramento
no cargo requerido terá prazo de 8 (oito) anos para regularizar sua situação funcional.

§ 1º. O servidor que após o prazo referido no caput não regularizar sua
situação funcional não terá mais acesso às progressões e à promoção.

§ 2º - A exigência contida neste artigo não se aplica aos servidores


estáveis e efetivos, antes da vigência desta lei.

31

141
Art. 71. Ficam substituídas todas as gratificações dos Planos de Origem,
bem como as dos Cargos em Comissão existentes, passando a vigorar as gratificações
definidas por este Plano.

Art. 72. O servidor poderá optar pelo enquadramento no presente Plano


de Cargos, Carreiras e Vencimentos ou pela aplicação da legislação vigente em 2008 e
2009.
§ 1°. O servidor terá 90 (noventa) dias para fazer a opção referida neste
artigo, que deverá ser feita em requerimento devidamente assinado.

§ 2°. Uma vez feita a opção referida neste artigo, e após esgotado o prazo
de 90 (noventa) dias, o servidor não poderá mais pleitear qualquer mudança de plano.

§ 3°. Aplicam-se aos servidores que não optarem pelo enquadramento no


presente Plano todas as leis municipais vigentes até a data da aprovação desta Lei
Complementar.

§ 4°. As leis referidas no parágrafo anterior não produzirão efeitos sobre


os servidores que se enquadrarem no presente Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos.

§ 5°. As gratificações, progressões, promoções e demais vantagens


criadas por esta Lei Complementar não se aplicarão ao servidor que fizer a opção
referida no caput deste artigo.

§ 6°. Aos servidores apostilados que optarem pelo presente Plano de


Cargos, Carreiras e Vencimentos serão assegurados a atualização de sua remuneração na
proporção da redefinição dos vencimentos do cargo transformado no qual foi apostilado,
e, se o cargo foi extinto, então lhes serão garantidos o índice da revisão geral dos demais
servidores.

32

142
Art. 73. Para ocorrer as despesas decorrentes desta Lei Complementar,
utilizar-se-ão dotações do orçamento do Executivo, da Administração Direta, do IPSEM
e do DAEPA.

Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua


publicação.

Patrocínio-MG, 1º de outubro de 2009.

Lucas Campos de Siqueira


Prefeito Municipal

33

143
LEI COMPLEMENTAR Nº 062 DE 1º DE OUTUBRO DE 2009.

INSTITUI O PLANO DE CARGOS,


CARREIRAS E VENCIMENTOS PARA
OS SERVIDORES PÚBLICOS DO
QUADRO SETORIAL DA EDUCAÇÃO
DO PODER EXECUTIVO DO
MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO.

A Câmara Municipal de Patrocínio, Estado de Minas Gerais, APROVOU


e o Prefeito, sanciona a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos


servidores públicos do Quadro Setorial da Educação do Executivo Municipal de
Patrocínio.

Art. 2º. Compete ao Secretário Municipal de Educação:


I - dirigir o Quadro Setorial da Educação;
II - colaborar na realização dos concursos públicos para provimento em
caráter efetivo, dos cargos específicos do Quadro Setorial da Educação;
III - executar os programas de desenvolvimento de pessoal ou promovê-
lo, em benefício dos servidores ocupantes dos cargos específicos, de provimento efetivo,
do Quadro Setorial da Educação;
IV - implantar as regras de progressão e promoção dos servidores
ocupantes dos cargos específicos do Quadro Setorial da Educação, bem como
acompanhar a implantação das regras relativas aos cargos comuns neste lotados.
1

144
Art. 3º. O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Educação, adota
os conceitos e segue as diretrizes e, no que couber, os demais dispositivos da Lei
Complementar que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos para os
servidores dos quadros setoriais da administração e saúde, servidores do DAEPA e
IPSEM, especialmente o Capítulo IV - Das Carreiras, bem como ao Estatuto dos
Servidores Públicos Municipais.

Art. 4º. Para efeito desta Lei Complementar considera-se:


I - Sistema - o conjunto de entidade e órgãos que integram a
administração do ensino e a rede de escolas mantidas pelo poder público municipal;
II - Turno - o período correspondente a cada uma das divisões do horário
diário de funcionamento da escola;
III - Turma - o conjunto de alunos sob a regência de um professor;
IV - Regência de Atividades - a exercida nos anos iniciais do ensino
fundamental e infantil;
V - Regência de Áreas de Estudo - a exercida nos anos finais do ensino
fundamental;
VI - Regência de Disciplina - a exercida no ensino médio em um só
conteúdo das matérias do núcleo comum;
VII - remuneração - o total de pagamentos devidos aos profissionais do
magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou
função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Município, inclusive
os encargos sociais incidentes;
VIII - profissionais do magistério da educação - docentes, profissionais
que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção ou
administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e
coordenação pedagógica;
IX - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de
magistério previstas no inciso VIII deste artigo, não sendo descaracterizado por
eventuais afastamentos temporários previstos no estatuto dos servidores, com ônus
2

145
para o Município.

CAPÍTULO II
DO QUADRO SETORIAL DA EDUCAÇÃO

Art. 5º. Quadro Setorial da Educação é o conjunto que contém, em seus


aspectos quantitativos e qualitativos, a força de trabalho necessário ao desempenho das
atividades normais e específica da área da Educação.

Art. 6º. Integram ao Quadro Setorial da Educação todos servidores


ocupantes de cargos específicos, de provimento efetivo ou em comissão, voltados para a
manutenção e desenvolvimento do ensino, os quais observarão esta Lei Complementar.

Seção I
Da Lotação dos Servidores da Educação

Art. 7º. A definição da lotação dos servidores do Quadro Setorial da


Educação e a sua movimentação, mudança de lotação, serão da seguinte forma:
I - o servidor, no ato de sua posse, poderá optar pela sua lotação em
unidade de ensino em que exerceu atividades como contratado no exercício anterior;
II - o servidor, no ato de sua posse, poderá optar pela sua lotação em
unidade de ensino, seguindo a ordem de sua classificação no concurso público;
III - a mudança de lotação poderá ocorrer com a permuta de servidores
que ocupam cargos da mesma classe;
IV - se a permuta de servidores referida no inciso III for de ocupantes de
cargos de professores, deverá ocorrer após o término do ano letivo e antes do início do
seguinte;
V - para mudança de lotação, o professor deverá pleiteá-la dentro do mês
de outubro de cada ano, através de requerimento dirigido à Secretaria Municipal de
Educação;
VI - em casos excepcionais, devidamente justificados, que atendam
3

146
aos interesses da comunidade escolar ou com sua anuência e da Secretaria Municipal de
Educação, poderá ocorrer mudança da lotação de professores no período não
compreendido no inciso V.

Art. 8º. A prioridade na mudança de lotação obedecerá a seguinte ordem:


I - ao servidor que seja detentor de dois cargos e que pleiteia exercê–los
numa só unidade de ensino;
II - ao servidor com residência na mesma região da unidade de ensino;
III - ao servidor que tiver melhor freqüência, assiduidade e menor
número de licenças;
IV - ao servidor com maior tempo de serviço na função, na rede
municipal de ensino;
V - ao servidor com maior tempo de serviço público municipal;
VI - ao servidor mais idoso.

§ 1º. Somente se procederá à movimentação de servidor em período de


estágio probatório em casos de fusão de turmas, nucleação de escolas ou ausência de
vagas em decorrência de retorno de servidor efetivo ocupante de cargo comissionado ou
de reintegração judicial.

§ 2º. Na hipótese de ocorrer a mudança de lotação de servidor em período


de estágio probatório, mesmo nos casos citados no § 1º ou em situações excepcionais,
obrigatoriamente deverá realizar avaliação de seu desempenho relativo à sua atuação no
setor em que estava lotado.
Seção II
Dos Deveres

Art. 9º. Constituem deveres dos servidores do Quadro Setorial da


Educação:
I - elaborar e executar integralmente os projetos, programas e planos no
que for de sua competência;
4

147
II - cumprir e fazer cumprir os horários e calendários escolares;
III - ocupar-se com zelo, durante o horário de trabalho, do desempenho
das atribuições de seu cargo;
IV - contribuir para a manutenção do bom funcionamento da escola;
V - comparecer às reuniões previstas no calendário escolar, definidas pela
Secretaria Municipal de Educação;
VI - assegurar a gestão democrática da escola;
VII - respeitar a instituição escolar;
VIII - zelar pelo cumprimento deste plano.

Art. 10. O profissional do magistério pertencente ao Quadro Setorial da


Educação, em exercício na escola, gozará o seu período de férias regulamentares durante
as férias escolares, por 30 (trinta) dias consecutivos, durante o mês de janeiro.

§ 1º. Sem prejuízo do mínimo legal fixado para o ano letivo, além das
férias regulamentares poderão ser fixados períodos de recesso escolar, exclusivamente
para os servidores lotados em estabelecimentos de ensino.

§ 2º. A Secretaria Municipal de Educação deverá assegurar que uma


equipe mínima nas escolas no período de férias escolares no mês de janeiro e no recesso
escolar, para manter o funcionamento necessário e a manutenção das unidades de
ensino.
CAPÍTULO III
DA REMUNERAÇÃO

Art. 11. Fica assegurado a todos profissionais do magistério público da


educação básica o piso salarial profissional nacional definido na legislação federal.

§ 1º. O vencimento inicial para o ingresso na carreira do magistério, para


jornada de 40 (quarenta) horas semanais, não poderá ser menor que o piso salarial
profissional nacional.
5

148
§ 2º. Os vencimentos base para jornada menor que a definida no § 1º
serão, no mínimo, proporcionais ao piso salarial profissional nacional do magistério
público.
Art. 12. As fontes de recursos para o pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério são aquelas descritas no artigo 212 da Constituição Federal e
no artigo 60 do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, além de recursos
provenientes de outras fontes vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino.

Art. 13. O servidor nomeado para cargo em comissão pode optar pelo
vencimento deste ou pelo vencimento de seu cargo efetivo acrescido do percentual de
20% (vinte por cento) a título de Gratificação de Função.

Parágrafo único. Tem direito aos vencimentos do cargo comissionado o


servidor designado para exercer, em substituição, cargo em comissão dos grupos de
direção, gerenciamento e supervisão.

Art. 14. O profissional da educação no exercício das suas atividades na


educação básica terá direito, conforme o caso, às seguintes gratificações:
I - Gratificação do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, aplicável aos
profissionais do magistério o ensino fundamental e infantil;
II - Gratificação de Produtividade na Educação.

Parágrafo único. As gratificações de que tratam esta Lei Complementar,


sob nenhuma alegação, serão incorporadas ao vencimento dos profissionais
beneficiados.
Seção I
Da Gratificação do FUNDEB

Art. 15. Fica o Poder Executivo autorizado a conceder gratificação aos


profissionais do magistério em efetivo exercício de suas atividades em educação básica,
6

149
nos termos estabelecidos por esta Lei Complementar.

Art. 16. O valor da gratificação de que trata esta Lei Complementar será
calculado periodicamente, dividindo-se os resíduos financeiros eventuais provenientes
do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação, pelo número de profissionais do magistério
em efetivo exercício de suas atividades em educação básica, proporcionalmente à sua
jornada de trabalho.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei Complementar,


consideram-se resíduos os valores remanescentes do montante de 60% (sessenta por
cento) do referido Fundo não utilizados para o pagamento de profissionais do magistério
em efetivo exercício de suas atividades em educação básica, conforme dispõe o inciso
XII do Artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, alterado pela
Emenda Constitucional n° 53 de 20 de dezembro de 2006.

Art. 17. Verificada, periodicamente, a disponibilidade de recursos na


forma do artigo 16, a concessão da gratificação será efetuada junto à folha de
vencimentos do Município.

Art. 18. Não terá direito à gratificação os profissionais do magistério


municipal que não estiverem em efetivo exercício de suas atividades na Educação
Básica.

§ 1º. No cálculo do valor individual será considerado o número de meses


trabalhados, bem como as faltas e afastamentos de qualquer natureza, exceto o
afastamento para gozo das férias regulamentares, férias-prêmio, licença maternidade e
licença paternidade.

§ 2º. As ausências previstas no § 1º serão computadas para fins de


redução ou perda da gratificação, observada a seguinte proporção: 7

150
I - de 03 (três) até 15 (quinze) dias - redução de 25% (vinte cinco por
cento) do valor da gratificação;
II - de 16 (dezesseis) a 30 (trinta) dias - redução de 50% (cinqüenta por
cento) do valor da gratificação;
III - de 31 (trinta e um) a 60 (sessenta) dias - redução de 75% (setenta e
cinco por cento) do valor da gratificação.

§ 3º. Não se concederá a Gratificação ao servidor cujos afastamentos


forem superiores a 60 (sessenta) dias.

§ 4º. Os profissionais do magistério que forem admitidos no curso do ano


letivo terão a gratificação calculada à razão de 1/12 (um doze avos), submetendo-se
esses profissionais às mesmas reduções previstas no § 2º.

§ 5º. Considera-se efetivo exercício o assim definido no Estatuto dos


Servidores Públicos do Município de Patrocínio.

Seção II
Da Gratificação de Produtividade na Educação

Art. 19. Os Professores, Pedagogos, Diretores Escolares, Coordenadores,


Vice-Diretores, Monitores, Serventes Escolares, Bibliotecário, Secretários e Agentes de
Serviços Escolares que prestam serviço nas escolas terão direito à Gratificação de
Produtividade na Educação.

Art. 20. A Gratificação de Produtividade na Educação será concedida em


montante fixado periodicamente em Decreto pelo Prefeito Municipal, conforme
disponibilidade de caixa, observados os limites definidos pelo artigo 212 da Emenda
Constitucional N° 14/1996, Lei N° 9394/1996, Emenda Constitucional N°53/2006 e Lei
Complementar N° 101/2000.

Parágrafo único. A Gratificação por Produtividade na Educação será


8

151
concedida aos professores, pedagogos, diretores e demais profissionais de apoio à
educação, devendo ser disponibilizados 80% (oitenta por cento) dos recursos aos
professores, e a sua concessão será objeto de regulamentação.
I - no caso dos professores:
a) proporcional ao número de alunos em sala de aula aferidos no censo
escolar;
b) dedução proporcional às transferências expedidas, evasão escolar e
faltas ao trabalho;
c) acréscimo proporcional às transferências recebidas e índice de
aprovação;
d) proporcional ao desempenho da turma aferido em avaliação externa à
unidade de ensino na qual o professor está lotado;
II - no caso dos pedagogos, diretores e demais profissionais de apoio à
educação:
a) proporcional ao número de alunos cadastrados no censo escolar na
unidade de ensino na qual o servidor está lotado;
b) proporcional ao estado de conservação da unidade de ensino aferida
por uma comissão especial em laudo de vistoria;
c) inversamente proporcional ao custo por aluno do transporte escolar.

Seção III
Da Jornada de Trabalho

Art. 21. A duração normal do trabalho de cada servidor será aquela


fixada para a classe a que pertença seu cargo, em razão das atribuições respectivas e da
necessidade do serviço.

§ 1º. A duração máxima do trabalho será de 40 (quarenta) horas


semanais.

§ 2º. O ocupante de cargo em comissão ou função gratificada submete-se


ao regime de dedicação integral ao serviço, podendo ser convocado sempre que
9

152
houver interesse da Secretaria Municipal de Educação.

Art. 22. A duração normal do trabalho, a ser cumprida por todos os


servidores da mesma classe, qualquer que seja o Quadro Setorial de lotação dos cargos
será, como indicado no Anexo II, e corresponderá:
I - ao limite máximo estabelecido no § 1º do artigo 21;
II - ou a de 30 (trinta) horas semanais;
III - ou a de 22 (vinte e duas) horas semanais.

§ 1º. O servidor poderá exercer suas atividades em jornadas reduzidas ou


ampliadas para atender a demanda, observando o mínimo de 50% (cinqüenta por cento)
da jornada normal, e o máximo de 10,0%, 33,3%, 36,4%, 81,8% e 100% para os
ocupantes de cargos com jornadas de 40 (quarenta), 30 (trinta) ou 22 (vinte e duas)
horas semanais, recebendo o seu vencimento proporcionalmente às horas trabalhadas.

§ 2º. As jornadas reduzidas ou ampliadas só poderão ser aplicadas em


situações superiores a 30 (trinta) dias.

§ 3º - Nas escolas ou centros educacionais em que forem atendidos mais


de 500 (quinhentos) alunos por dia, é obrigatória a presença de pelo menos 2 (dois)
pedagogos, com carga horária máxima de 22 (vinte e duas) horas de trabalho semanais.

§ 4º - Do total da jornada de trabalho do professor, observar-se-á o limite


máximo de 2/3 (dois terços) para as atividades que envolvam a interação direta com os
alunos.(§ inserido pela Lei Complementar nº 93/2011)

Art. 23. Os valores dos níveis de vencimento indicados nos Anexos


corresponderão à duração normal do trabalho pertinente aos cargos da classe.

§ 1º. O acréscimo ao período de duração normal do trabalho será


remunerado proporcionalmente, observado o regime jurídico do serviço extraordinário.

10

153
§ 2º. Havendo interesse da Administração Pública e do servidor, poderá
este prestar serviços com jornada reduzida ou ampliada.

§ 3º. Na hipótese de ocorrer o disposto neste artigo, o servidor receberá


remuneração proporcional à nova jornada, e não lhe será permitido o exercício de
serviços extraordinários para os servidores com jornada reduzida.

§ 4º. Havendo necessidade por serviços extraordinários de servidores,


esses deverão ser prestados preferencialmente por aqueles que tiverem cumprindo
jornada ampliada.

§ 5º. Havendo interesse de mais de um servidor pela jornada ampliada, a


prioridade na escolha do servidor obedecerá o seguinte critério:
I - ao servidor que tiver melhor freqüência, assiduidade e menor número
de licenças;
II - ao servidor que obtiver o melhor desempenho na sua função;
III - ao servidor que tiver a maior titulação;
IV - ao servidor com maior tempo de serviço na função, na rede
municipal de ensino;
V - ao servidor com maior tempo de serviço público municipal.

§ 6º. Só será mantida a jornada ampliada do servidor que tiver bom


desempenho em suas atividades, se esse for insuficiente o servidor deverá retornar ao
exercício da jornada normal de trabalho.

§ 7º. Somente será autorizado serviço extraordinário para atender à


situação excepcional e temporária, respeitado o limite máximo, por mês, de 60
(sessenta) horas.

Art. 24. A jornada normal de trabalho dos professores corresponde a 20


(vinte) horas de aulas e 2 (duas) horas em atividades extra-classe.

11

154
§ 1°. As horas de atividades extra-classe deverão ser destinadas à
preparação e avaliação do trabalho didático, às reuniões pedagógicas, à articulação com
a proposta pedagógica adotada no sistema de ensino municipal e à colaboração com a
direção da escola.
§ 2°. Para cumprir a jornada semanal de trabalho referida neste artigo, o
Professor P2 e o Professor P3 deverão ministrar 24 (vinte e quatro) aulas de 50
(cinqüenta) minutos.

§ 3°. Excedido o limite de aulas ou ministrando menos que o número de


aulas referidas no § 2º deste artigo, o Professor P2 e o Professor P3 farão jus ao
pagamento proporcional ao trabalho adicional como prorrogação de jornada ou como
jornada reduzida conforme número de aulas dadas, nos limites do decreto.

§ 4º. A remuneração do Professor P2 e do Professor P3 serão calculada


dividindo sua remuneração mensal por 24 (vinte e quatro) e vezes o número de aulas
ministradas pelo mesmo.

§ 5º. Conforme exigência curricular ou administrativa, o Professor P2 e o


Professor P3 deverão cumprir até 25 (vinte e cinco) aulas em um mesmo turno,
recebendo proporcional às aulas ministradas.

“Art. 24. Na composição da jornada semanal de trabalho docente serão


observados os seguintes limites:

I - Professor P1 e Professor de Educação Infantil: 29 (vinte e nove)


horas semanais, sendo: 20 (vinte) de trabalho diretamente com aluno, 02 (duas)
horas cumpridas em reuniões pedagógicas; 02 (duas) horas cumpridas em
atividades extra-classe e 05 (cinco) horas para elaboração de projetos, correção
de provas e outros trabalhos em casa.

II - Professores P2 e P3: 22 (vinte e duas) horas semanais


distribuídos em 24 (vinte e quatro) aulas de 50 (cinqüenta) minutos, sendo 18
12

155
(dezoito) horas aulas de trabalho diretamente com aluno, 06 (seis) horas aulas
de atividades extra-classe que deverão ser destinadas à preparação e avaliação
do trabalho didático, às reuniões pedagógicas, à articulação com a proposta
pedagógica adotada no sistema de ensino municipal e à colaboração com a
direção da escola.

§ 1°. Excedido o limite de aulas ou ministrando menos que o


número de aulas referidas no inciso II deste artigo, os Professores P2 e P3 farão
jus ao pagamento proporcional ao trabalho adicional como prorrogação de
jornada ou como jornada reduzida, conforme número de aulas dadas, nos limites
da lei.

§ 2º. A remuneração dos Professores P2 e P3 será calculada


dividindo sua remuneração mensal por 24 (vinte e quatro) vezes o número de
aulas ministradas pelo mesmo.
§ 3º. Conforme exigência curricular ou administrativa, os
Professores P2 e P3 deverão cumprir até 25 (vinte e cinco) aulas em um mesmo
turno, recebendo proporcional às aulas ministradas.”
(redação da Lei Complementar nº 122/2014)

Art. 25. Os ocupantes de cargos em comissão, inclusive o Diretor de


Escola e o Vice-Diretor de Escola, submetem-se ao regime de dedicação integral ao
serviço, que compreende 40 (quarenta) horas semanais como jornada normal de
trabalho, podendo ser convocado sempre que houver interesse do Executivo.

Art. 26. Não é permitida ao ocupante de dois cargos públicos a adoção de


jornada ampliada de trabalho, ressalvada a hipótese de licenciar-se, sem vencimento, de
um deles.

Art. 27. A jornada ampliada de trabalho deverá ser aprovada anualmente


para os profissionais do magistério, mediante apreciação dos quadros próprios da13

156
escola e da Secretaria Municipal de Educação.

CAPÍTULO IV
DAS PROGRESSÕES E PROMOÇÃO

Art. 28. Os servidores do Quadro Setorial da Educação seguirão as


mesmas regras para as progressões horizontal e vertical e promoção contidas na Lei
Complementar que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos para os
servidores dos quadros setoriais da administração e saúde, servidores do DAEPA e
IPSEM.

CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Art. 29. Pelo menos uma vez em cada ano será feita a avaliação do
desempenho dos servidores do Quadro Setorial da Educação.

Art. 30. A avaliação de desempenho visa, fundamentalmente, apurar a


eficiência do servidor e a qualidade de seu trabalho, em função dos objetivos específicos
de seu cargo, bem como analisar seu potencial.

§ 1º. O servidor terá seu desempenho permanentemente avaliado com o


objetivo de se apurar pelo menos os seguintes fatores:
I - relacionamento interpessoal;
II - satisfação;
III - adaptação;
IV - assimilação;
V - desempenho / produtividade;
VI - ambiente de trabalho;
14

157
VII - características comportamentais;
VIII - comprometimento;
IX - motivação;
X - comunicação.

§ 2º. Os fatores relacionados no § 1º poderão ser desdobrados em


subfatores e ou somarem-se a outros para comporem o sistema de avaliação individual
ou coletivo, o qual deve ser objeto de regulamento e amplamente divulgado aos
servidores.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 31. Integram esta Lei Complementar os seguintes Anexos:


I- Tabela de Transformação de Cargos;
II - Cargos (Número de Vagas, Provimento, Jornada de Trabalho,
Quadro Setorial e Nível de Vencimento);
III - Tabela de Vencimento - Jornada Normal;
IV - Tabela de Padrões para Efeito de Nova Titulação ou Qualificação;
V- Tabela de Séries de Classes;
VI - Especificação de Cargos.

§ 1º. Fica garantido para os atuais servidores efetivos e estáveis, o


acréscimo de 0,83% (zero vírgula oitenta e três por cento) por cada ano de efetivo
exercício, após sua nomeação em decorrência do concurso público no caso dos efetivos,
e após a homologação do primeiro concurso público no caso dos estáveis.

§ 2º. O acréscimo referido no § 1º deste artigo deve ser aplicado antes do


enquadramento desses servidores neste plano.

§ 3º. O inciso III deste artigo refere-se à Tabela de Vencimento (Anexo


15

158
III – JN) relativa à jornada normal de trabalho.

§ 4º. Os servidores que optarem por cumprir jornada ampliada conforme


disposto no § 1° do artigo 22 receberão seus vencimentos de acordo com os Anexos:
I- Anexo III – 10,0%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 10,0% sobre a jornada normal;
II - Anexo III – 33,3%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 33,3% sobre a jornada normal;
III - Anexo III – 36,4%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 36,4% sobre a jornada normal;
IV - Anexo III – 81,8%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 81,8% sobre a jornada normal;
V- Anexo III – 100%, para os servidores que exercerem suas
atividades em jornadas ampliadas em 100% sobre a jornada normal.

Art. 32. A transposição dos servidores para o presente Plano de Cargos,


Carreiras e Vencimentos dar-se-á mediante enquadramento direto.

Parágrafo único. Para o efeito de enquadramento direto, de que trata


este artigo, será o servidor posicionado no padrão correspondente ao seu vencimento
atual ou, não havendo coincidência, no padrão imediatamente superior da mesma classe
ou na classe subseqüente.

Art. 33. O servidor poderá optar pelo enquadramento no presente Plano


de Cargos, Carreiras e Vencimentos ou pela aplicação da legislação vigente em 2008 e
2009.

§ 1°. O servidor terá 90 (noventa) dias para fazer a opção referida neste
artigo, que deverá ser feita em requerimento devidamente assinado.

§ 2°. Uma vez feita a opção referida neste artigo, e após esgotado o prazo
de 90 (noventa) dias, o servidor não poderá mais pleitear qualquer mudança de plano.
16

159
§ 3°. Aplicam-se aos servidores que não optarem pelo enquadramento no
presente Plano todas as leis municipais vigentes até a data da aprovação desta Lei
Complementar.
§ 4°. As leis referidas no parágrafo anterior não produzirão efeitos sobre
os servidores que se enquadrarem no presente Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos.

§ 5°. As gratificações, progressões, promoções e demais vantagens


criadas por esta Lei Complementar não se aplicarão ao servidor que fizer a opção
referida no caput deste artigo.

§ 6°. Aos servidores apostilados que optarem pelo presente Plano de


Cargos, Carreiras e Vencimentos serão assegurados a atualização de sua remuneração na
proporção da redefinição dos vencimentos do cargo transformado no qual foi apostilado,
e, se o cargo foi extinto, então lhes serão garantidos o índice da revisão geral dos demais
servidores.

Art. 33-A – As turmas, aulas e funções serão atribuídas aos


servidores efetivos, observando-se o cargo, a titulação e a data de lotação na
escola.

§ 1º - Ocorrendo empate na aplicação do disposto no caput deste


artigo, será dada preferência, sucessivamente, ao servidor com:

I – maior tempo de serviço na escola;

II – maior tempo de serviço público municipal e;


III – idade maior.
(art. inserido pela Lei Complementar nº 122/2014)

Art. 34. Fica o poder executivo autorizado a regulamentar, por decreto,


os atos necessários à aplicação desta Lei Complementar, inclusive a atualização do
Catálogo de Cargos.
17

160
Art. 35. Para ocorrer as despesas decorrentes desta Lei Complementar,
utilizar-se-ão dotações do orçamento do Executivo.

Art. 36. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua


publicação.

Patrocínio-MG, 1º de outubro de 2009.

Lucas Campos de Siqueira


Prefeito Municipal

18

161
ANEXO I

CARGOS

(Número de Vagas, Provimento, Jornada de Trabalho, Quadro Setorial e Nível de Vencimento)

– EDUCAÇÃO.

QUADRO PROVI- JORNADA


QT. CLASSE DE CARGO Nº CARGOS NÍVEL
SETORIAL MENTO NORMAL

Q. S. da 40,0 horas
8 Pedagogo – Supervisor 24 XII Efetivo
Educação semanais

Professor do Ensino Q. S. da 29,0 horas


9 240 VIII Efetivo
Infantil Educação semanais

Q. S. da 29,0 horas
10 Professor P1 340 VIII Efetivo
Educação semanais

19

162
ANEXO II

TABELA DE SÉRIES DE CLASSES – EDUCAÇÃO

QUADRO
SÉRIE CLASSE DE CARGO SETORIAL NÍVEL

I Pedagogo - Supervisor Q. S. da Educação XII

II Pedagogo - Supervisor Q. S. da Educação XIII

III Pedagogo - Supervisor Q. S. da Educação XIV

I Professor do Ensino Infantil Q. S. da Educação VIII

II Professor do Ensino Infantil Q. S. da Educação IX

III Professor do Ensino Infantil Q. S. da Educação X

I Professor P1 Q. S. da Educação VIII

II Professor P1 Q. S. da Educação IX

III Professor P1 Q. S. da Educação X

20

163
ANEXO III

ESPECIFICAÇÕES DAS CLASSES DE CARGOS - EDUCAÇÃO

CLASSE QUADRO REQUISITO


QT. DE SETO- OBJETIVO E NATUREZA DO CARGO MÍNIMO DE
CARGO RIAL ESCOLARIDADE

21

164
Objetivo Geral: desenvolver atividades pedagógicas em geral
visando melhorar a qualidade do ensino oferecido pelo
Município e a integração da escola com a comunidade.

Desenvolver projetos e atividades pedagógicas em geral,


visando melhorar a qualidade do ensino oferecido pelo
Município e a integração da escola com a comunidade;
Subsidiar a elaboração do P.P.P. (Projeto Político

Formação Escolar: ensino superior completo em Pedagogia


Pedagógico); Assessorar o professor na identificação e
planejamento para atender as dificuldades de aprendizagem;
Participar da organização e atualização do acervo de livros e

com especialização em supervisão


recursos didáticos; Pesquisar e elaborar projetos de formação
Pedagogo – Supervisor

Q. S. da Educação

continuada; Realizar o acompanhamento do processo de


aprendizagem dos educandos, verificando o comportamento
8 emocional, intelectual e a sociabilidade dos mesmos,
objetivando melhorias e/ou adaptações nas condições de
ensino; Promover a prestação de serviços de assistência
pedagógica ao corpo docente e aos educandos; Cumprir e
fazer cumprir as disposições legais pertinentes aos atos e
orientações da Secretaria Municipal de Educação e/ou dos
órgãos superiores do sistema de ensino; Coordenar,
supervisionar e avaliar as atividades docentes nas escolas;
Orientar e acompanhar a elaboração dos currículos escolares;
Executar estudos e pesquisas visando constante atualização e
melhoria da qualidade da educação oferecida pelo Município;
Propor o desenvolvimento e a elaboração de programas e
projetos que visem à melhoria das condições de
aprendizagem do educando; Controlar, coordenar

22

165
, supervisionar e avaliar a operacionalização de planos,
programas e projetos municipais, estaduais e federais; Manter
articulação com instituições federais, estaduais, municipais e
particulares que possam colaborar na prestação de assistência
ao educando; Planejar, executar e avaliar projetos
pedagógicos; Sistematizar o processo de acompanhamento
dos alunos encaminhando a outros especialistas aqueles que
exigirem assistência especial; Orientar a execução das
atividades de recreação e lazer junto às unidades escolares;
Coordenar as atividades de desenvolvimento de técnicas e
metodologias do ensino e da didática, objetivando melhor
aproveitamento e capacitação educacional, como criação e
desenvolvimento de monitorias, realização de ciclos de pais,
Pedagogo – Supervisor

dentre outros; Coordenar a execução dos programas de


Q. S. da Educação

educação especial e de iniciação profissional; Viabilizar a


instalação de laboratórios e a aquisição de materiais
necessários à educação especial; Aplicar testes e avaliação
aos educandos indicados pelo corpo docente e realizar o
acompanhamento e avaliação dos alunos com necessidades
educacionais especiais, visando a inclusão dos mesmos;
Coordenar reuniões pedagógicas com pais, professores e
profissionais de outros segmentos; Executar atividades
administrativas em sua área de atuação; Elaborar relatórios e
laudos técnicos em sua área de especialidade; Participar,
conforme a política interna da Administração, de projetos,
cursos, treinamento, eventos, convênios e programas de
ensino, pesquisa e extensão; Manter o local de trabalho
organizado; Zelar pelo Patrimônio que está sob sua guarda;
Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se
de equipamentos e programas de informática; Executar outras
tarefas compatíveis com as exigências para o exercício do
cargo.

23

166
24
Objetivo Geral: ministrar aulas para alunos de escolas
municipais de ensino infantil, com o objetivo de transmitir

167
conhecimento, propiciar a formação integral como cidadãos
críticos, conscientes e participativos.
Objetivo Geral: ministrar aulas para alunos de escolas
municipais do ensino fundamental de 1º a 5º ano, com o
objetivo de transmitir conhecimento, propiciar a formação
integral como cidadãos críticos, conscientes e participativos.

Ministrar aulas e gerenciar atividades pedagógicas com


alunos do ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano);
Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
Possibilitar a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que

Formação Escolar: curso superior de


se fundamenta a sociedade; Desenvolver a capacidade de

Normal Superior ou Pedagogia


aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e
habilidades e a formação de atitudes e valores; Verificar e
Q. S. da Educação
Professor P1

acompanhar as tarefas escolares; Observar e atender às


10 diferenças individuais, sem causar constrangimentos;
Fortalecer os laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se fundamenta a vida social; Formar para a
cidadania, a integração e a participação na convivência
humana; Promover a consciência de si mesmo como ser
social, exercitando-se no respeito aos outros, na superação de
preconceitos e de qualquer tipo de discriminação social;
Participar de reuniões administrativo-pedagógicas e eventos
escolares; Participar na organização e execução dos desfiles
civis de 07/04 e 07/09, promovidos pela Secretaria Municipal
de Educação; Manter em dia a escrituração dos diários
escolares e outros relatórios solicitados pela administração
pedagógica; Cumprir as determinações administrativas
relativas às matrículas; Manter registro de frequência diária

25

168
dos alunos; Zelar e manter a disciplina no tempo em que
permanecer com os alunos em sala de aula e nas atividades
extraclasse; Planejar, executar e avaliar sistematicamente a
ação pedagógica; Participar dos projetos e programas de
âmbito municipal, estadual e federal; Executar o trabalho
docente, colaborando na elaboração de instrumentos e sua
aplicação, fazendo o estudo e o registro dos resultados; Fazer
e executar os planejamentos diários em consonância com o
Projeto político-pedagógico do Plano de trabalho; Participar
Professor do Ensino Infantil

de cursos, oficinas e palestras quando convocado e/ou


autorizado pela Direção; Relacionar-se bem com os pais,
Q. S. da Educação

alunos e colegas; Organizar e dinamizar o cantinho de leitura


e/ou Biblioteca como: jornais, revistas, periódicos, livros de
literatura, e outros, promovendo um lugar prazeroso para os
alunos; Zelar pela aprendizagem dos alunos; Participar do
processo de verificação e análise do desempenho do aluno;
Analisar com a família, os resultados e desempenho do aluno,
orientando-os, se necessário, através de uma Ficha de
Acompanhamento bimestral entregue para os pais e/ou
responsáveis; Utilizar os resultados do desempenho e
aproveitamento dos alunos, como diagnóstico para o
replanejamento das diversas atividades de planejamento do
trabalho escolar; Manter o local de trabalho organizado;
Zelar pelo Patrimônio que está sob sua guarda; Realizar as
demais atividades correlatas ao cargo.

26

169
27

170
LEI COMPLEMENTAR Nº 34 DE 10 DE NOVEMBRO DE 2005.

“Reestrutura e organiza o INSTITUTO DE


PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES
MUNICIPAIS DE PATROCÍNIO – IPSEM.
Dispõe sobre o Regime Próprio de Previdência
Social do Município de Patrocínio, estabelecendo
critérios, procedimentos e requisitos para o gozo
e custeio dos benefícios previdenciários
conferidos aos servidores da Administração
Direta do Município, de suas Autarquias e
Fundações, e da Câmara Municipal, e seus
dependentes, e dá outras providências”.

O povo de Patrocínio APROVOU e o, em seu nome, sanciono a seguinte Lei


complementar:
TÍTULO I

DA INSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA


DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO – IPSEM

CAPÍTULO I

DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL, DA FINALIDADE E SEDE

Art. 1º Fica reorganizado o INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS


SERVIDORES MUNICIPAIS DE PATROCÍNIO - IPSEM, com personalidade
jurídica própria, de natureza autárquica, com patrimônio e administração autônomos,
que atuará, na forma e nos limites estabelecidos na lei federal que trata das normas
gerais dos regimes próprios dos servidores públicos, com sede no Município de
Patrocínio, passando a responsabilizar-se pela manutenção do Regime Próprio de
Previdência Social dos Servidores Municipais de Patrocínio, em cuja filiação implica na
imediata submissão ao regime efetivo, dando suporte às seguintes finalidades:

I - captação e formação de um patrimônio de ativos financeiros de co-


participação entre os patrocinadores e os participantes;

II - administração de recursos e sua aplicação, visando ao incremento e à


elevação das reservas técnicas;

III - gerenciamento dos recursos repassados para o custeio das folhas de


pagamento dos servidores municipais que passarem à inatividade;

IV - análise e decisão dos requerimentos de benefícios previdenciários;

171
V - pagamento da folha dos pensionistas e inativos abrangidos por esta Lei
complementar, assim como dos demais benefícios previdenciários previstos em lei.

Art. 2º Constituem receita do Instituto de Previdência dos Servidores


Municipais de Patrocínio – IPSEM:

I – as contribuições previdenciárias compulsórias da Prefeitura, Câmara,


autarquias e fundações públicas municipais, dos servidores ativos, inativos e
pensionistas, conforme disposto, respectivamente, nos Arts. 35 e 36 desta Lei
Complementar;

II – o produto de rendimentos, acréscimos ou correções provenientes das


aplicações de seus recursos;

III – as compensações financeiras obtidas pela transferência de entidades


públicas de previdência federal, estadual ou municipal e do Regime Geral de
Previdência Social;

IV – as subvenções recebidas dos governos federal, estadual e municipal;

V – as doações e os legados;

VI – contribuições esporádicas e voluntárias da Prefeitura, Câmara, autarquias e


fundações públicas municipais;

VII – os recursos e créditos a título de aporte financeiro;

VIII - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Município que lhe forem
destinados como forma de integralização;

IX - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que vierem a
ser vinculados por força de lei;

X – outras receitas.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 3º Compõem a estrutura administrativa do IPSEM, os seguintes órgãos:

I - Conselho Municipal de Previdência;


II - Diretoria Executiva, com sua estrutura organizacional;

172
III - Conselho Fiscal.

SEÇÃO I

DO CONSELHO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA

Art. 4º O Conselho Municipal de Previdência de Patrocínio será composto


por 05 (cinco) membros titulares, sendo:

I - 02 (dois) membros eleitos pelos servidores entre os seus pares, de modo a 01


(um) destes representarem os ativos e 01 (um), os inativos e pensionistas;

II - 2 (dois) membros indicados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal;

III - 1 (um) membro indicado pelo Poder Legislativo Municipal.

§1º O presidente e seu vice serão escolhidos entre seus pares para presidir o
Conselho.

§ 2º Os mandatos dos membros do Conselho Municipal de Previdência terão a


duração de 02 (dois) anos, permitida a sua recondução por uma única vez.

§ 3º Cada titular deverá contar com um suplente, que será escolhido no mesmo
critério que o seu titular, exceto o suplente dos representantes dos servidores ativos e
inativos que serão os imediatamente mais votados no processo eleitoral que elegeu os
membros titulares.

Art. 5º Compete ao Conselho Municipal de Previdência:

I - aprovar a política de investimentos, alienação de bens e a proposta


orçamentária anual, bem como suas respectivas alterações, elaboradas pela Diretoria do
IPSEM;
II - aprovar a contratação de instituição financeira privada ou pública que se
encarregará da administração da carteira de investimentos do IPSEM por proposta da
Diretoria, respeitando os princípios da qualidade e da fiel observância dos
procedimentos internos, assegurando total transparência na alocação e administração
dos Recursos Garantidores das Reservas Técnicas da Entidade, respeitada a legislação
pertinente a licitações e contratos administrativos;

III - aprovar a contratação de consultoria externa técnica para desenvolvimento


de serviços técnicos especializados necessários ao IPSEM, com indicação da Diretoria,
respeitada a legislação pertinente a licitações e contratos administrativos;

173
IV - funcionar como órgão de aconselhamento à Diretoria do IPSEM nas
questões por ela suscitadas;

V - aprovar a celebração de convênios para prestação de serviços, quando


integrados ao elenco de atividades a serem desenvolvidas pelo IPSEM;

VI - proceder à aprovação das avaliações atuariais e auditorias contábeis anuais


encaminhadas pela Diretoria do IPSEM;

VII - apreciar a prestação de contas a ser remetida ao Tribunal de Contas do


Estado de Minas Gerais;

VIII - aprovar seu regimento interno;

IX - resolver os casos omissos ou que lhes for encaminhados pelo Presidente.

§ 1º As reuniões do Conselho Municipal de Previdência realizar-se-ão:

I - ordinariamente, uma vez por mês; ou

II - extraordinariamente, desde que haja convocação prévia pelo Presidente do


Conselho do IPSEM, ou mediante solicitação do Presidente do IPSEM;

§ 2º O conselheiro perderá o mandato, assumindo o conselheiro suplente, nas


seguintes condições:

I - faltar a mais de 3 (três) reuniões consecutivas ou 5 (cinco) alternadas, sem


justa causa;

II - deixar de declarar os impedimentos previstos no Regimento Interno;

III - tiver a decisão de perda de mandato decretada em processo administrativo;

IV- outras hipóteses previstas no Regimento Interno.

SEÇÃO II

DA DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 6º A Diretoria Executiva, órgão responsável pela direção, gerenciamento e


administração do IPSEM, compõe-se de:

I - 1 (um) Diretor Presidente;

II - 1 (um) Diretor Financeiro;

174
III - 1 (um) Diretor Previdenciário.

§ 1º Os integrantes da Diretoria Executiva serão de livre nomeação e exoneração


pelo Prefeito Municipal.

§ 2º Compete ao IPSEM o pagamento da remuneração da sua Diretoria e de seus


servidores.

§ 3º No caso de férias, licença ou impedimento do Presidente, assumirá interina


e cumulativamente, o Diretor Previdenciário, percebendo exclusivamente os
vencimentos do cargo de origem.

§ 4º Quando o afastamento do titular do cargo ultrapassar 60 dias, o Prefeito


Municipal indicará um substituto.

Art. 7º O IPSEM contará com uma assessoria e consultoria jurídica, responsável


por sua advocacia contenciosa e administrativa, subordinado à Presidência.

Art. 8º Compete ao Diretor Presidente:

I - a administração geral do IPSEM;

II - cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Municipal de


Previdência e do Conselho Fiscal;

III - encaminhar ao Conselho Municipal de Previdência a proposta orçamentária


anual do IPSEM, bem como suas alterações e as propostas de sua política de
investimentos;

IV - encaminhar as avaliações atuariais e as auditorias contábeis de balanço,


após devidamente aprovadas pelo Conselho Municipal de Previdência, ao Ministério de
Previdência Social, conforme disposto na legislação vigente;

V - decidir, após o devido trâmite do processo administrativo, o pedido de


concessão de beneficio previdenciário, nos casos de aposentadoria, auxílio doença,
salário maternidade, auxílio reclusão e abono familiar;

VI - encaminhar, após o devido trâmite do processo administrativo, o pedido de


concessão de beneficio previdenciário;

VII - organizar os serviços de prestação previdenciária do IPSEM;

VIII - assinar e responder pelos atos, fatos e interesses do IPSEM, em juízo e


fora dele, ressalvada a competência prevista no art. 7º desta Lei Complementar;

175
IX - assinar, em conjunto com o Diretor Financeiro, os cheques e demais
documentos do IPSEM, movimentando os fundos existentes;

X - submeter ao Conselho Municipal de Previdência e ao Conselho Fiscal os


assuntos a eles pertinentes e facilitar o acesso de seus membros aos órgãos, informações
e documentos do IPSEM, para o desempenho de suas atribuições;

XI - assinar os instrumentos contratuais e ordenar as despesas deles decorrentes;

XII - promover as avaliações atuariais anuais, determinada pela legislação;

XIII - propor ao Conselho Municipal de Previdência, a contratação de gestores


de carteiras de investimentos do IPSEM, de consultores técnicos especializados e outros
serviços de interesse do órgão previdenciário.

Art. 9º Compete ao Diretor Financeiro:

I - providenciar, até o quinto dia útil de cada mês, o fornecimento dos informes
necessários à elaboração do balancete do mês anterior;

II - manter a contabilidade financeira, econômica e patrimonial em sistemas


adequados e sempre atualizados, elaborando balancetes e balanços, além de
demonstrativos das atividades econômicas desta autarquia;

III - promover arrecadação, registro e guarda de rendas e quaisquer valores


devidos ao IPSEM, bem como a publicidade da movimentação financeira;

IV - processar e liquidar as despesas e seus respectivos pagamentos, inclusive


dos proventos, dos benefícios e da folha de pagamento;

V - efetuar a elaboração do orçamento anual e plurianual de investimentos, bem


como todas as resoluções atinentes à matéria orçamentária ou financeira e o
acompanhamento da respectiva execução;

VI - apresentar e publicar no Diário Oficial do Município ou similar,


bimestralmente os quadros, dados estatísticos e balancetes, a fim de que se permita o
acompanhamento das tendências orçamentárias;

VII - providenciar a abertura de créditos adicionais, quando houver necessidade,


em conjunto com o Presidente do IPSEM e autorizado pelo Conselho Municipal de
Previdência;

VIII - efetuar tomada de caixa, em conjunto com os demais membros da


Diretoria e Conselhos;

176
IX - assinar, juntamente com o Diretor Presidente, os cheques e requisições junto
às entidades financeiras;

X - propor ao Presidente a política de investimentos do IPSEM, respeitados os


princípios da qualidade e da fiel observância dos procedimentos internos, assegurando
total transparência na alocação e administração dos Recursos Garantidores das Reservas
Técnicas da entidade, zelando pela promoção de elevados padrões éticos nas operações
e controle dos recursos do IPSEM;

XI - submeter ao Presidente as propostas de investimentos dos recursos do


IPSEM;

XII - adotar todas as medidas necessárias para que as aplicações financeiras do


IPSEM tenham a melhor rentabilidade, com liquidez e segurança;

XIII - acompanhar e controlar as aplicações financeiras do IPSEM,


encaminhando relatórios periódicos à Presidência sobre a situação dos investimentos;

XIV - responder pelos aspectos contábeis e financeiros da administração do


IPSEM;

XV - outras atribuições conferidas em lei, bem como as necessárias ou correlatas


ao fiel cumprimento de suas funções, ainda que não mencionadas, observando-se os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
administrativa.

Art. 10 Compete ao Diretor de Previdência:

I - baixar ordens de serviços relacionadas aos assuntos administrativos;

II - manter os serviços de protocolo, expediente e arquivo;

III - administrar os serviços relacionados com o pessoal do IPSEM, inclusive os


pertinentes ao concurso público, ao aperfeiçoamento, ao treinamento e à assistência;

IV - manter os serviços relacionados com a aquisição, recebimento, guarda e


controle de materiais;

V - fiscalizar o consumo de material, primando pela economia;

VI - manter arquivo cronológico das licitações, dos contratos e de seus


aditamentos, observada a legislação própria;

VII - supervisionar o serviço de relações públicas e os de natureza interna;

177
VIII - supervisionar o setor de documentação de segurados e pensionistas;

IX - baixar ordens de serviços relacionadas aos assuntos previdenciários;

X - supervisionar e gerenciar as atividades de concessão, atualização e


cancelamento de benefícios;

XI - propor ao Presidente a política de seguridade do IPSEM;

XII - planejar, coordenar e controlar os assuntos administrativos ligados ao


segurados do IPSEM;

XIII - promover o relacionamento entre o IPSEM e seus segurados;

XIV - administrar e operacionalizar o passivo do IPSEM;

XV - fornecer os dados necessários às avaliações atuariais anuais, determinada


pela legislação;

XVI – promover a elaboração bimestral dos demonstrativos previdenciários e


financeiros
destinados ao Ministério da Previdência Social;

XVII - criar e manter atualizado o banco de dados dos participantes,


beneficiários e dos dependentes;

XVIII - emitir o extrato anual individualizado, de prestação de contas; e

XIX - outras atribuições conferidas em lei, bem como as necessárias ou


correlatas ao fiel cumprimento de suas funções, ainda que não mencionadas,
observando-se os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência administrativa.

Seção III

DO CONSELHO FISCAL

Art. 11 O Conselho Fiscal do IPSEM será composto por 3 (três) membros


titulares, sendo:

I - 1 (um) membro titular eleito pelos servidores ativos;

II - 1 (um) membro titular indicado pelo Poder Executivo;

178
III - 1 (um) membro titular indicado pelo Poder Legislativo.

Parágrafo Único - Os membros titulares do Conselho Fiscal escolherão entre si


o seu Presidente e o Vice- Presidente, cabendo ao Presidente o voto de qualidade.

Art. 12 O Presidente será substituído pelo Vice-Presidente durante seus


afastamentos.

Art. 13 Os membros integrantes do Conselho Fiscal terão mandato de 2 (dois)


anos, permitida a recondução por uma única vez.

§ 1º O conselheiro perderá o mandato, assumindo o conselheiro suplente, nas


seguintes condições:

I - faltar a mais de 3 (três) reuniões consecutivas ou 5 (cinco) alternadas, sem


justa causa;

II - deixar de declarar os impedimentos previstos no Regimento Interno;

III - tiver a perda de mandato decidida em processo administrativo;

IV - nas condições previstas no At. 139 desta Lei Complementar;

V - outras hipóteses previstas no Regimento Interno.

§ 2º Os suplentes, indicados pelas parte, assumirão, imediatamente, no


impedimento dos titulares.

Art. 14 Compete ao Conselho Fiscal:

I - acompanhar e analisar a organização dos serviços técnicos e o ingresso de


pessoal;

II - acompanhar e analisar a execução orçamentária do IPSEM, conferindo a


classificação dos fatos e examinando a sua procedência e exatidão;

III - examinar as prestações dos serviços previdenciários efetivados pelo IPSEM


aos servidores e dependentes e a respectiva tomada de contas dos responsáveis;

IV - proceder, face aos documentos comprobatórios de realização de receita e


despesa, à verificação dos balancetes mensais, os quais deverão estar instruídos com
devidos esclarecimentos e parecer, para posterior encaminhamento ao Conselho
Municipal de Previdência;

179
V - encaminhar ao Prefeito Municipal, anualmente, até o dia 28 de fevereiro,
acrescido de parecer técnico, o relatório do exercício anterior da Diretoria Executiva, o
processo de tomada de contas, o balanço anual e o inventário a ele referente, e o
relatório dos benefícios prestados;

VI - requisitar ao Presidente e ao Presidente do Conselho Municipal de


Previdência as informações e providenciar as diligências que julgar convenientes e
necessárias ao desempenho de suas atribuições, bem como notificá-los para correção de
irregularidades verificadas, informando ao Prefeito Municipal os fatos ocorridos;

VII - propor ao Presidente do IPSEM as medidas que julgar de interesse para


resguardar a lisura, transparência e eficiência da administração do órgão;

VIII - acompanhar e analisar o recolhimento mensal das contribuições para que


sejam efetuadas no prazo legal, notificar e interceder junto ao Prefeito Municipal e
demais titulares de órgãos filiados da esfera municipal, na ocorrência de irregularidades,
alertando-os para os riscos envolvidos;

IX - proceder à verificação dos valores em depósito na tesouraria, nos bancos,


nas administradoras de carteira de investimentos e atestar sua correção ou denunciar
irregularidades constatadas;

X - examinar e dar parecer prévio nos contratos, acordos e convênios a serem


celebrados pelo IPSEM, por solicitação da Diretoria;

XI - pronunciar-se sobre a alienação de bens imóveis do IPSEM;

XII - acompanhar e analisar a aplicação das reservas, fundos e provisões


garantidores dos benefícios previstos nesta lei complementar, notadamente no que
concerne à observância dos critérios de segurança, rentabilidade e liquidez, e de limites
máximos de concentração de recursos;

XIII - rever as suas próprias decisões, fundamentando qualquer possível


alteração;

XIV - emitir parecer sobre as Avaliações Contábeis.

§ 1º Compete, ainda, a todos os membros do Conselho Fiscal, o direito de


exercer fiscalização dos serviços do IPSEM, não lhes sendo permitido envolver-se na
direção e administração desta autarquia.

§ 2º As reuniões do Conselho Fiscal realizar-se-ão:

I - ordinariamente, uma vez por mês; ou

10

180
II - extraordinariamente, desde que haja convocação prévia pelo Presidente do
Conselho ou mediante solicitação do Presidente do IPSEM.

TITULO II

DAS FINALIDADES, DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS DO REGIME PRÓPRIO


DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO.

CAPÍTULO I

DAS FINALIDADES

Art. 15 O IPSEM visa dar cobertura previdenciária, incluindo os riscos a que


estão sujeitos os segurados e compreende um conjunto de benefícios previstos nesta Lei
complementar, a serem custeados pelos patrocinadores, participantes e beneficiários, na
forma dos instrumentos normativos correspondentes e que atendam às seguintes
finalidades:

I - garantir meios de subsistência nos casos de aposentadoria, invalidez, doença,


acidente em serviço, idade avançada para os participantes e reclusão e morte para os
beneficiários;

II - proteção à maternidade e à família.

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 16 Para os efeitos desta Lei Complementar, definem-se como:

I - participante:
a) o servidor público efetivo e o aposentado do Poder Legislativo ou do
Executivo e de suas autarquias e fundações;
b) o servidor considerado estável por força do art. 19 do Ato das disposições
constitucionais transitórias – ADCT;

II - beneficiário: a pessoa que, na qualidade de dependente do participante, pode


exigir o gozo dos benefícios especificados nesta Lei;

III - segurados: o conjunto de participantes e beneficiários do IPSEM;

11

181
IV - plano de benefícios: especificação dos benefícios atribuídos por esta Lei
Complementar aos seus participantes e beneficiários;

V - plano de custeio: regulamento e especificação das regras relativas às fontes


de receita do Regime Próprio de Previdência Social necessárias ao custeio dos seus
benefícios;
VI - hipóteses atuariais: conjunto de parâmetros técnicos adotados para a
elaboração da avaliação atuarial necessária à quantificação das reservas técnicas e
elaboração do plano de custeio do Regime Próprio de Previdência Social;

VII - reserva técnica: corresponde às reservas matemáticas totais acrescidas do


superávit ou déficit no valor equivalente ao ativo líquido do plano, ou seja, parcela do
ativo do Regime Próprio de Previdência Social destinada à cobertura dos benefícios
previdenciários;

VIII - reserva matemática: expressão dos valores atuais das obrigações do


Regime Próprio de Previdência Social relativas a benefícios concedidos, no caso de
participantes que recebam ou possam exercer direitos perante o Regime, e a benefícios a
conceder, no caso dos que não implementaram os requisitos para solicitar benefícios
especificados nesta Lei Complementar;

IX - recursos garantidores integralizados: conjunto de bens e direitos


integralizados ao Regime Próprio de Previdência Social para o pagamento de suas
obrigações previdenciárias;

X - reservas por amortizar: parcela das reservas técnicas a integralizar através de


um plano suplementar de amortização do Regime Próprio de Previdência Social,
podendo ser por contribuição suplementar temporária;

XI - remuneração de contribuição: estipêndio correspondente ao vencimento, ao


provento ou aos benefícios de salário maternidade e auxílio-doença, recebidos pelo
participante ou beneficiário, acrescido, quando for o caso, das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei, dos adicionais de caráter individual, ou demais
vantagens de qualquer natureza, incorporadas ou incorporáveis, sobre o qual incide o
percentual de contribuição ordinária para o plano de custeio;

XII - percentual de remuneração de contribuição: expressão percentual,


calculada atuarialmente, considerada necessária e suficiente ao custeio ordinário do
plano de benefícios mediante a sua incidência sobre a remuneração de contribuição;

XIII - contribuições ordinárias: montante de recursos devidos pelos entes


patrocinadores, pelos participantes e beneficiários do Regime Próprio de Previdência
Social para o custeio do respectivo plano de benefícios, resultante da aplicação dos
percentuais de contribuição ordinária sobre a respectiva remuneração de contribuição;

12

182
XIV - contribuição definida: contribuição condizente com um plano ou um
benefício estruturado no modelo técnico-atuarial que atribui ao participante e
beneficiário um benefício atuarialmente calculado resultante das contribuições
realizadas durante o período de diferimento do referido benefício;

XV - índice atuarial: indicador econômico adotado na definição e elaboração do


plano de custeio para atualização monetária das suas exigibilidades;

XVI - taxa de juros técnico atuarial: taxa de juros real adotada como premissa na
elaboração do plano de custeio, definida como taxa de remuneração real presumida dos
bens e direitos acumulados e por acumular do Regime Próprio de Previdência Social;

XVII - equilíbrio atuarial: correspondência técnica entre as exigibilidades


decorrentes dos planos de benefícios e as reservas matemáticas resultantes do plano de
custeio;

XVIII - patrocinadores: o Poder Executivo Municipal de Patrocínio, suas


autarquias e fundações públicas, e o Poder Legislativo Municipal; e

XIX - benefício definido: modelo de custeio previdenciário onde as alíquotas de


contribuição são definidas em função dos benefícios previstos.

XX - folha líquida de benefícios: total da despesa previdenciária, deduzidas as


contribuições dos participantes.

CAPÍTULO III

DOS PRINCÍPIOS

Art. 17 Os recursos garantidores integralizados ao Regime Próprio de


Previdência Social têm a natureza de direito coletivo dos participantes.

§ 1º O gozo individual pelo participante, ou por seus beneficiários, do direito de


que trata o caput deste artigo fica condicionado ao implemento de condição suspensiva
correspondente à satisfação dos requisitos necessários à percepção dos benefícios
estabelecidos nesta Lei Complementar, na legislação supletiva e no regulamento do
Regime Próprio de Previdência Social.

§ 2º A retirada, voluntária ou normativa, do participante do Regime Próprio de


Previdência Social não atribui direito a parcela ideal dos recursos garantidores.

Art. 18 É vedado alterar o equilíbrio atuarial do Regime Próprio de Previdência


Social mediante:

13

183
I - a criação ou assunção de benefícios sem o anterior ajuste do plano de custeio
e a prévia integralização de reservas para benefícios concedidos;

II - a alteração do regime de pagamento de recursos garantidores por amortizar:


ou

III - a desafetação, total ou parcial, dos recursos garantidores, integralizados ou


por amortizar.
Art. 19 É vedado o pagamento de benefícios mediante convênios e consórcios
com outros entes da federação e regimes próprios de previdência social.

Art. 20 O plano de custeio do Regime Próprio de Previdência Social,


compreendendo o regime de constituição de reservas por amortizar e de contribuições
ordinárias, será estabelecido observando-se o equilíbrio atuarial com o plano de
benefícios, de acordo com análise técnica que deverá ser realizada anualmente.

Art. 21 A gestão econômico-financeira dos recursos garantidores será realizada


mediante atos e critérios que prestigiem a máxima segurança, rentabilidade, solvência e
liquidez dos recursos, garantindo-se a permanente correspondência entre as
disponibilidades e exigibilidades do Regime Próprio de Previdência Social.

§ 1º Será assegurado pleno acesso do participante às informações relativas à


gestão do IPSEM.

§ 2º Deverá ser realizado registro contábil individualizado por participante das


contribuições.

§ 3º O participante será cientificado das informações constantes do seu registro


individualizado, mediante extrato anual de prestação de contas.

TÍTULO III

DOS REGIMES DE ATRIBUIÇÃO DE BENEFÍCIOS

CAPÍTULO I

DOS PARTICIPANTES E BENEFICIÁRIOS

Seção I

DOS PARTICIPANTES

Art. 22 São participantes do Regime Próprio de Previdência Social do


Município de Patrocínio, os titulares de cargo de provimento efetivo e os estáveis

14

184
constitucionalmente da Administração Pública Direta, das Fundações Públicas
Municipais, das Autarquias e da Câmara Municipal.

Parágrafo único. Na hipótese da acumulação remunerada, prevista no Inciso XVI


do Art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, o servidor mencionado
neste artigo será participante obrigatório em relação a cada um dos cargos ocupados.

Art. 23 O Regime instituído por esta Lei Complementar não abrange:

I - o Prefeito Municipal, o Vice Prefeito e os Vereadores da Câmara Municipal


de Patrocínio, salvo se servidores públicos efetivos do Município de Patrocínio,
obedecidos os critérios, as remunerações e os requisitos vinculados à condição de
servidor;

II - o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei


de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou emprego
público, ainda que aposentado pelo Regime Próprio de Previdência Social do Município
de Patrocínio.

Art. 24 Permanece filiado ao Regime Próprio de Previdência Social do


Município de Patrocínio, na qualidade de participante, o servidor ativo que estiver:

I - cedido, com ou sem ônus para o cessionário, para outro órgão ou entidade da
Administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios;
II - afastado ou licenciado temporariamente do cargo, sem recebimento de
subsídio, vencimento ou remuneração do Município;

III - afastado para cumprimento de mandato eletivo.

Art. 25 O servidor requisitado junto a União, aos Estados, ao Distrito Federal ou


a outros Municípios permanece filiado ao regime previdenciário de origem.

Seção II

DOS BENEFICIÁRIOS

Art. 26 São beneficiários do Regime Próprio de Previdência Social do


Município de Patrocínio como segurados e dependentes:

I - na condição de segurado:

a) o servidor efetivo;

b) o servidor estável por força do art. 19 da ADCT;

15

185
II - na condição de dependente:

a) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de


qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos de idade;

b) os pais;

c) o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)


anos de idade ou inválido;

§ 1º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso é presumida e


das demais deverão ser comprovadas.

§ 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, os enteados e os tutelados


equiparam-se aos filhos.

§ 3º Considera-se companheiro ou companheira a pessoa que, sem ser casada,


mantém união estável com o participante não casado, de acordo com a legislação em
vigor.

§ 4º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo, exclui o


direito às prestações aos demais classes seguintes.

§ 5º A legislação civil, para os fins deste Capítulo, será considerada fonte de


interpretação quando não houver prescrição própria no corpo desta Lei Complementar.

CAPÍTULO II

DA INSCRIÇÃO DO PARTICIPANTE E DOS SEUS DEPENDENTES

Art. 27 A filiação do participante ao Regime Próprio de Previdência Social é


automática a partir do exercício das funções próprias do servidor e a dos seus
dependentes será feita mediante inscrição.

Art. 28 Incumbe ao participante, no momento em que ocorrer o fato que justifica


a pretensão, e sem prejuízo do disposto no art. 29 desta Lei Complementar, inscrever
seus dependentes mediante o fornecimento dos dados e cópias autenticadas dos
documentos necessários.

§ 1º Constituem documentos necessários à inscrição de dependente:

16

186
I - cônjuge e filhos: respectivamente, certidões de casamento e de nascimento;

II - companheira ou companheiro: documento de identidade e certidão de


casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos
companheiros, ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito do ex-cônjuge;

III - ex-cônjuge: certidão de casamento com o participante, com averbação da


separação ou divórcio e certidão de objeto e pé do processo que culminou na sentença
de separação ou divórcio e estabelecimento de pensão alimentícia;

IV - ex-companheiro ou ex-companheira: certidão de objeto e pé do processo


que culminou na sentença que estabeleceu a pensão alimentícia;

V - enteado: certidão de casamento do participante e de nascimento do


dependente;

VI - menores: documento de outorga de guarda ou tutela ao participante e


certidão de nascimento do dependente;

VII - pais: certidão de nascimento do participante e documentos de identidade de


seus progenitores;

VIII - irmãos inválidos: certidão de nascimento e laudo médico;

§ 2º Para comprovação do vínculo e da dependência econômica e financeira,


conforme o estabelecido no § 7º deste artigo, poderão ser apresentados os seguintes
documentos:
I - declaração do imposto de renda do participante em que conste o interessado
como seu dependente;

II - disposições testamentárias;

III - anotação constante na Carteira Profissional ou na Carteira de Trabalho e


Previdência Social, feita pelo órgão competente;

IV - declaração específica feita perante tabelião;

V - prova de mesmo domicílio;

VI - registro em associação de qualquer natureza em que conste o interessado


como dependente do participante;

VII - apólice de seguro da qual conste o participante como instituidor do seguro


e a pessoa interessada como sua beneficiária;

17

187
VIII - ficha de tratamento em instituição de assistência médica em que conste o
participante como responsável e a pessoa interessada como dependente;

IX - escritura de compra e venda de imóvel pelo participante em nome de


dependente; ou

X - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.

§ 3º Qualquer fato superveniente à filiação do participante que implique


exclusão ou inclusão de dependente deverá ser comunicado de imediato ao IPSEM,
mediante requerimento escrito acompanhado dos documentos exigíveis em cada caso.

§ 4º O participante casado não poderá realizar a inscrição de convivente ou de


companheira.

§ 5º Somente será exigida a certidão judicial de adoção quando esta for anterior
a 14 de outubro de 1990, data do início de vigência da Lei Federal nº 8.069, de 1990.

§ 6º Sem prejuízo do disposto no inciso II do § 1º deste artigo, os documentos


enumerados nos incisos I, II, IV e VII do § 2º constituem prova suficiente ao
deferimento da inscrição.

§ 7º Observado o disposto no parágrafo anterior, a prova da dependência


econômica e financeira far-se-á com a entrega de, no mínimo, dois dos documentos
enumerados no § 2º deste artigo, a serem corroborados, quando necessário, por
justificação administrativa processada na forma desta Lei Complementar.

§ 8º No caso de dependente inválido, para fins de inscrição e concessão de


benefício, a invalidez será comprovada mediante exame médico-pericial a cargo do
Município.

§ 9º Os dependentes, excluídos desta qualidade em razão de lei, terão suas


inscrições canceladas automaticamente.

Art. 29 Ocorrendo o falecimento do participante sem que tenha sido feita a


inscrição de dependente, cabe a este promovê-la, por si ou por representantes, para
recebimento de parcelas futuras, satisfazendo as exigências dispostas no artigo 28 desta
Lei Complementar.

Art. 30 Os pais ou os menores que estavam sob tutela do participante, estes


últimos por seu novo representante legal, no caso de habilitação tardia deverão declarar
a inexistência de dependentes presumidos perante o IPSEM, sob as penas da lei.

CAPÍTULO III

18

188
DA PERDA DA QUALIDADE DE PARTICIPANTE, DEPENDENTE E DE

BENEFICIÁRIO

Seção I

DO PARTICIPANTE

Art. 31 Perde a qualidade de participante do IPSEM o servidor efetivo, que tiver


extinto, voluntária ou normativamente, seu vínculo jurídico de trabalho subordinado
com o Poder Legislativo ou Executivo Municipal e suas Autarquias e Fundações, o que
se dará na ocorrência de uma das seguintes hipóteses:

I - Morte;

II - Exoneração ou demissão;

III - Cassação de aposentadoria, quando esta ensejar a demissão do servidor.

§ 1º Na hipótese dos incisos II e III do art. 24 desta Lei Complementar, o


servidor mantém a qualidade de participante do Regime Próprio de Previdência Social
do Município de Patrocínio, responsabilizando-se pelas contribuições previdenciárias
próprias, contribuindo como se no exercício estivesse, e pelas relativas ao órgão ou
entidade de vinculação.

§ 2º A perda da condição de participante prevista nos incisos II e III do caput


deste artigo, implica o automático cancelamento da inscrição de seus dependentes.

§ 3º A perda da condição de participante não ensejará a devolução das


contribuições recolhidas ao Regime Próprio de Previdência Social do Município de
Patrocínio, assegurada a contagem de tempo de contribuição.

Seção II

DO DEPENDENTE E DO BENEFICIÁRIO

Art. 32 A perda da qualidade de dependente ou beneficiário, para os fins do


Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio, ocorre:

I - para o cônjuge:

a) pela separação judicial ou divórcio, quando não lhe for assegurada a prestação
de alimentos;

19

189
b) pela anulação judicial do casamento;

c) pelo óbito; e

d) por decisão judicial transitada em julgado;

II - para o companheiro ou companheira, por requerimento do participante, pela


cessação da união estável com o participante, quando não lhe for assegurada a prestação
de alimentos;

III - para o cônjuge, companheira ou companheiro de participante falecido, por


outro casamento ou pelo estabelecimento de outra união estável;

IV - Para o filho ao atingir a maioridade, nos termos da legislação civil, salvo se


inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação
for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior;

V - para os dependentes e beneficiários, em geral:

a) pela cessação da invalidez;

b) pela cessação da guarda ou tutela;

c) pela cessação da dependência econômica e financeira ou mediante


requerimento do participante;

d) pelo seu falecimento;

e) por decisão judicial transitada em julgado; e

f) no caso de terem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso,


ou tentativa deste, contra o participante, ou, se o caso, contra seu cônjuge, companheiro
ou companheira, filhos ou convivente na forma definida nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO IV

DOS BENEFÍCIOS, BASE DE CÁLCULO E ATUALIZAÇÃO

Seção I

DOS BENEFÍCIOS

Art. 33 O Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio


compreende os seguintes benefícios:

20

190
I - quanto ao participante:

a) aposentadoria por invalidez;

b) aposentadoria compulsória;

c) aposentadoria por tempo de contribuição e idade;

d) aposentadoria por idade;

e) aposentadoria especial, nos casos admitidos na Constituição da República


Federativa do Brasil;

f) auxílio-doença;

g) abono familiar;
h) salário-maternidade; e

i) auxílio acidente.

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte; e

b) auxílio-reclusão.

Art. 34 É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a


concessão de aposentadoria aos abrangidos por esta Lei Complementar, ressalvados, nos
termos definidos em lei complementar federal, os casos de servidores:
a) portadores de deficiência;
b) que exerçam atividades de risco;
c) cujas atividades sejam exercidas sob condições que prejudiquem a saúde ou
a integridade física.

Seção II

DA BASE DE CÁLCULO

Art. 35 Para o cálculo dos benefícios será considerada a remuneração de


contribuição de que trata o Art. 16, inciso XI, da presente Lei Complementar.

Art. 36 Para o cálculo dos proventos de aposentadoria serão consideradas as


remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor a Regimes
Próprios de Previdência Social e ao Regime Geral de Previdência Social, na forma da
Lei Complementar.

21

191
Parágrafo único. Os valores de remuneração considerados no caput serão
devidamente atualizados, na forma da Lei Complementar.

Seção III

DA ATUALIZAÇÃO

Art. 37 É assegurado o reajustamento dos benefícios previdenciários, conforme


critérios estabelecidos em Lei Complementar, respeitando-se, no que couber, a data base
e o índice de reajuste geral dos servidores ativos.

CAPÍTULO V

DA ESPECIFICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS

Seção I

Da Aposentadoria por Invalidez Permanente

Art. 38 A aposentadoria por invalidez será devida ao participante que for


considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício das funções
essenciais a que está obrigado por Lei Complementar, ensejando o pagamento de
proventos a este título enquanto o participante permanecer neste estado.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será ordinariamente precedida de auxílio


doença.

§ 2º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da


situação de incapacidade mediante perícia de Junta Médica e a sua manutenção
dependerá de reavaliação da perícia a cada 02 (dois) anos, podendo o servidor, às suas
expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

§ 3º Em caso de doença que impuser afastamento compulsório, com base em


laudo conclusivo de medicina especializada, ratificado pela Junta Médica Oficial do
Município, a aposentadoria por invalidez independerá de auxílio doença e será devida a
partir da publicação do ato de sua concessão.

§ 4º A doença ou lesão de que o participante já era portador ao filiar-se ao


Regime Próprio de Previdência Social não lhe conferirá direito a aposentadoria por
invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento dessa doença ou lesão.

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192
Art. 39 A aposentadoria por invalidez, quando não decorrente de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas
nesta Lei Complementar, terá proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
respeitado o valor mínimo estabelecido no Art. 87, II, desta Lei Complementar.

Art. 40 A aposentadoria decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional


ou doença grave, contagiosa ou incurável terá proventos integrais.

§1º Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo ou que se


relaciona, direta ou indiretamente com as atribuições deste, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.

§2º Equiparam-se ao acidente em serviço para os efeitos desta Lei


Complementar:

I - o acidente ligado ao serviço que embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a redução ou perda de sua capacidade para o trabalho ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou


companheiro de serviço;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa


relacionada ao serviço;

c) ato de imprudência, negligência ou de imperícia de terceiro ou de


companheiro de serviço;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de


força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do segurado no exercício


do cargo;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
serviço:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;

23

193
b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao município para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem de serviço ou no interesse do serviço, inclusive para estudo,


quando financiada ou autorizada pelo Município dentro de seus planos para capacitação
de mão de obra ou para atendimento de interesse público,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade
do participante;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,


qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
participante.

§ 3º Nos períodos destinados a refeição e descanso ou por ocasião da satisfação


de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o servidor é
considerado no exercício do cargo.

§ 4º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis aquelas definidas


pelo regime geral de Previdência Social contidas no CID da AMB (Associação Médica
Brasileira) portaria interministerial nº 2.998 de 23 de agosto de 2001 ou qualquer outra
legislação pertinente que venha a ser, posteriormente, adotada.

Art. 41 Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por


invalidez, o beneficio cessará de imediato para o participante que tiver direito a retornar
à atividade que desempenhava ao se aposentar, valendo como documento, para tal fim, o
certificado de capacidade laboral fornecido pelo Município.

Art. 42 O participante que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer


tempo, novo benefício, tendo este processamento normal.

Seção II

Da Aposentadoria Compulsória

Art. 43 O participante será automaticamente aposentado ao completar a idade


limite definida no inciso II, do § 1º, do artigo 40 da Constituição da República
Federativa do Brasil, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, respeitado
o valor mínimo estabelecido no Art. 87, II, desta Lei Complementar.

Parágrafo Único A aposentadoria será declarada por ato, com vigência a partir
do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no
serviço.
Seção III

Da Aposentadoria por Tempo de Contribuição e por Idade

24

194
Art. 44 A aposentadoria voluntária por tempo de contribuição e por idade, será
devida ao participante, desde que cumprido o tempo mínimo de dez anos de efetivo
exercício no serviço público e cinco anos no cargo em que se dará a aposentadoria, com
proventos calculados na forma do Art. 36 e seu parágrafo único desta Lei
Complementar, quando implementado os seguintes requisitos: sessenta anos de idade e
trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos
de idade e trinta de contribuição, se mulher.

Art. 45 Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em


cinco anos, em relação ao disposto no caput do artigo anterior, para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Parágrafo único – Para fins do disposto no caput deste artigo, considera-se


função de magistério a atividade docente do professor exercida exclusivamente em sala
de aula.

Seção IV

Da Aposentadoria por Idade

Art. 46 A aposentadoria voluntária por idade, será devida ao participante, desde


que cumprido o tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e
cinco anos no cargo em que se dará a aposentadoria, com proventos calculados na forma
do Art. 36 e seu parágrafo único desta Lei Complementar, assim que implementados
sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher.

Seção V

Do Auxílio-doença e Auxílio-acidente

Art. 47 O auxílio-doença e o auxílio-acidente serão devidos ao participante que


ficar incapacitado para a atividade de seu cargo por mais de quinze dias consecutivos.

Parágrafo único. Não serão devidos auxílio-doença e o auxílio acidente ao


participante que se filiar ao Regime Próprio de Previdência Social do Município de
Patrocínio já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do
benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento dessa doença ou lesão.

Art. 48 O auxílio-doença e o auxílio acidente consistem em renda mensal


correspondente à integralidade da remuneração do participante, sendo devido a contar
do décimo sexto dia do afastamento a este título.

25

195
Art. 49 Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da
atividade por motivo de doença, incumbe ao Município, às suas autarquias e fundações
e à Câmara Municipal pagar ao participante os seus vencimentos.

§ 1º Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o participante


será encaminhado à perícia médica do IPSEM.

§ 2º Se o participante afastar-se do trabalho durante quinze dias por motivo de


doença, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar pela
mesma doença, dentro de sessenta dias desse retorno, fará jus ao auxílio-doença a partir
da data do novo afastamento.

§ 3º Os afastamentos que não se enquadrarem no previsto no parágrafo anterior


serão custeados pelo órgão ou entidade a que se vincule o participante.

Art. 50 O IPSEM deverá processar de ofício o benefício, quando tiver ciência da


incapacidade do participante, ainda que este não tenha requerido auxílio-doença ou o
auxílio acidente

Art. 51 O participante em gozo de auxílio-doença ou o auxílio acidente está


obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a
submeter-se a exame médico a cargo do IPSEM.

Art. 52 O auxílio-doença e o auxílio acidente cessam pela recuperação da


capacidade para o trabalho ou pela transformação em aposentadoria por invalidez
permanente.

Art. 53 O participante, em gozo de auxílio-doença e o auxílio acidente


insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo
de reabilitação profissional, a cargo do Município, para exercício mitigado de sua
funções essenciais, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o
desempenho desta nova atividade mitigada.

Parágrafo único. Quando o participante for considerado não-recuperável será


aposentado por invalidez.

Seção VI

Do Abono familiar

Art. 54 O abono familiar será devido, mensalmente, aos participantes, nas


mesmas bases e nos exatos valores estabelecidos para o Regime Geral de Previdência
Social, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, menores de
quatorze anos ou inválidos, não sendo incorporável aos vencimentos ou a qualquer outro
benefício.

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196
Parágrafo único - Quando o pai e a mãe forem participantes, ambos perceberão
o benefício.

Art. 55 O abono familiar será dividido proporcionalmente ao número de filhos


sob guarda, em caso de participantes separados de fato ou judicialmente.

Art. 56 O pagamento do abono familiar será devido a partir da data da


apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao
equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação
obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola
do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade.

§ 1º Se o participante não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a


comprovação de freqüência escolar do filho ou equiparado nas datas definidas pelo
IPSEM, o benefício do abono familiar será suspenso, até que a documentação seja
apresentada.

§ 2º Não é devido o abono familiar no período entre a suspensão do benefício


motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar e o seu reativamento, salvo se
provada a freqüência escolar regular no período.

§ 3º A comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação de


documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, em
que conste o registro de freqüência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino
comprovando a regularidade da matrícula e a freqüência escolar do aluno.

Art. 57 A invalidez do filho ou equiparado, maior de quatorze anos de idade,


deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo do Município.

Art. 58 Ocorrendo divórcio, separação judicial, separação de fato dos pais ou em


caso de abandono legalmente caracterizado ou, ainda, perda do pátrio poder, o abono
familiar passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor ou
à pessoa indicada em decisão judicial específica.

Art. 59 O direito ao abono familiar cessa automaticamente:

I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;

II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se


inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; ou

III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do


mês seguinte ao da cessação da incapacidade.

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197
Art. 60 Para efeito de concessão e manutenção do abono familiar, o participante
deve firmar termo de responsabilidade em que se comprometa a comunicar ao IPSEM
qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando
sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e administrativas conseqüentes.

Art. 61 A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do


abono familiar, bem como a prática, pelo participante, de fraude de qualquer natureza
para o seu recebimento, autoriza o Município a descontar dos pagamentos de cotas
devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, dos vencimentos do participante
ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas.

Seção VII

Do Salário-Maternidade

Art. 62 O salário-maternidade, que será pago diretamente pelo Município, é


devido à participante durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e
término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado na forma prevista
neste artigo.

§ 1º À participante que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de


criança, devidamente comprovada através da apresentação do termo judicial de guarda à
adotante ou guardiã, será concedido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e
vinte) dias, se a criança tiver até 7 (sete) anos de idade.

§ 2º Para a participante observar-se-ão, no que couber, as situações e condições


previstas no Estatuto do Servidor Público Municipal ou em legislação municipal
ordinária, quanto à proteção a maternidade.

§ 3º Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto


podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado fornecido pelo
Município.

§ 4º Também no caso de parto antecipado, a participante tem direito aos cento e


vinte dias previstos neste artigo.

§ 5º Para fins de concessão de salário-maternidade, considera-se parto o evento


ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto.

§ 6º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a


participante terá direito ao salário maternidade correspondente a 30 (trinta) dias.

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198
§ 7º Será devido, juntamente com a última parcela paga em cada exercício, a
Gratificação Natalina correspondente ao salário-maternidade, proporcional ao período
de duração do benefício.

Art. 63 O salário-maternidade consistirá em renda mensal correspondente a


remuneração integral da participante.

Art. 64 Compete ao serviço médico do Município ou a profissional por ele


credenciado fornecer os atestados médicos necessários para o gozo de salário-
maternidade.

Parágrafo único. Quando o parto ocorrer sem acompanhamento médico, o


atestado será fornecido pela perícia médica do Município.

Art. 65 No caso de acumulação permitida de cargos públicos, a participante fará


jus ao salário-maternidade relativo a cada cargo ou emprego, se ambos forem
remunerados pelos patrocinadores.

Art. 66 Nos meses de início e término, o salário-maternidade da participante


será proporcional aos dias de afastamento do trabalho.

Art. 67 O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por


incapacidade.

Parágrafo único. Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o


período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o
caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de
início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias.

Art. 68 A participante aposentada que retornar à atividade fará jus ao


recebimento de salário-maternidade, na forma do disposto nesta Seção.

Seção VIII

Da Pensão Por Morte

Art. 69 - A concessão do benefício de pensão por morte será igual ao valor da


totalidade da remuneração ou dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo
estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, acrescido de
70% (setenta) por cento da parcela estipendiária excedente deste limite que, porventura,
fosse percebida pelo servidor falecido.

Art. 70 A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de
habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior

29

199
que implique inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou
habilitação, quando estas forem deferidas.

Art. 71 A pensão por morte, havendo pluralidade de pensionistas, será rateada


em partes iguais.

Parágrafo ùnico- Observado o disposto no caput deste artigo, a quota daquele


cujo direito à pensão cessar, reverterá proporcionalmente em favor dos demais.

Art. 72 Extingue-se a pensão quando extinta a parte devida ao último


pensionista.

Art. 73 Será concedida pensão provisória por morte presumida do participante,


quando esta for declarada em decisão judicial.

§ 1º Verificado o reaparecimento do participante, o pagamento da pensão cessará


imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, exceto
em caso de má-fé.

§ 2º A pensão provisória transformar-se-á em definitiva decorridos 10 (dez) anos


de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do participante, hipótese em que
o benefício será automaticamente cancelado.

Art. 74 O benefício, cujo fato gerador venha a ocorrer ao tempo em que o


participante cumprir mandato eletivo, terá como base de cálculo a remuneração de
contribuição do cargo, função ou emprego através do qual estava vinculado o
participante ao IPSEM, como se no exercício estivesse.

Seção IX

Do Auxílio-reclusão

Art. 75 O auxílio-reclusão será devido ao conjunto dos dependentes,


enumerados no Art. 36 desta Lei Complementar, do participante recolhido à prisão que
não receber remuneração ou subsídio nem estiver em gozo de auxílio-doença ou
aposentadoria, desde que a sua última remuneração tenha sido inferior ou igual às
mesmas bases estabelecidas para a concessão do benefício no Regime Geral de
Previdência Social.

§ 1º O pedido de auxílio-reclusão deve ser instruído com certidão do efetivo


recolhimento do participante à prisão, firmada pela autoridade competente.

§ 2º No caso de qualificação de dependentes após a prisão, reclusão ou detenção


do participante, aplicam-se as normas referentes à pensão por morte, sendo necessária a
preexistência da dependência econômica e financeira.

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200
§ 3º O termo inicial da percepção do benefício corresponderá à data do efetivo
recolhimento do participante ao estabelecimento penitenciário, quando requerido até
trinta dias após seu encarceramento.

§ 4º Se o requerimento a que se reporta o parágrafo anterior se der após trinta


dias do encarceramento do participante, o termo inicial da percepção do benefício
corresponderá à data de protocolização do pedido.

Art. 76 O auxílio-reclusão será mantido enquanto o participante permanecer


preso, detento ou recluso, exceto nas hipóteses de trânsito em julgado de condenação
que implique a perda do cargo público e de perda da qualidade de participante.

Art. 77 O beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o


participante continua preso, detido ou recluso, firmado pela autoridade competente.

Parágrafo único - No caso de fuga, o benefício será suspenso,somente sendo


restabelecido se houver recaptura do participante, a partir da data em que esta ocorrer,
desde que esteja ainda mantida a qualidade de participante.

Art. 78 Falecendo o participante preso, detido ou recluso, o auxílio-reclusão que


estiver sendo pago será automaticamente convertido em pensão por morte.
Seção X

Da Gratificação Natalina

Art. 79 Será devida Gratificação Natalina ao participante ou ao beneficiário que,


durante o ano, recebeu auxílio-doença, aposentadoria, pensão por morte, salário-
maternidade ou auxílio-reclusão.

Art. 80 A Gratificação Natalina será calculada, no que couber, da mesma forma


que a Gratificação Natalina dos servidores, tendo por base o valor dos benefícios a que
faz jus o participante ou dependente no mês de dezembro de cada ano.

CAPÍTULO VI

DAS REGRAS GERAIS APLICÁVEIS À CONCESSÃO DE


APOSENTADORIAS, PENSÕES E AO CÁLCULO DOS RESPECTIVOS
PROVENTOS

Art. 81 Concedida a aposentadoria ou pensão, será o ato publicado no Órgão


Oficial do Município, “O Executivo”.

Art. 82 A aposentadoria vigorará a partir da data da concessão do referido


benefício, exceto no caso de aposentadoria compulsória.

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201
Art. 83 Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo em que
se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

Art. 84 O Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio


observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de
Previdência Social.

Art. 85 Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na


forma da Constituição da República Federativa do Brasil, é vedada a percepção de mais
de uma aposentadoria à conta do IPSEM.

Art. 86 No cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião de sua


concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as
contribuições do servidor aos regimes de previdência, próprio ou geral, a que esteve
vinculado.

§ 1º Para os fins do disposto no caput, será considerada a média aritmética


simples das maiores remunerações, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo
período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da
contribuição, se posterior àquela competência.

§ 2º As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos


terão os seus valores atualizados, mês a mês, de acordo com a variação integral do
índice fixado para a atualização dos salários-de-contribuição considerados no cálculo
dos benefícios do regime geral de previdência social.

§ 3º Nas competências a partir de julho de 1994 em que não tenha havido


contribuição para regime próprio, a base de cálculo dos proventos será a remuneração do
servidor no cargo efetivo, inclusive nos períodos em que houve isenção de contribuição
ou afastamento do cargo, desde que o respectivo afastamento seja considerado como de
efetivo exercício.

§ 4º Os valores das remunerações a serem utilizadas no cálculo dos proventos de


aposentadoria serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e
entidades gestoras dos Regimes de Previdência aos quais o servidor esteve vinculado ou
por outro documento público.

Art. 87 Os proventos, pensões ou outros benefícios a serem custeados pelo


Instituto de Previdência Social do Município de Patrocínio, percebidos cumulativamente
ou não, com a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos, incluídas
todas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, terão como limite:

32

202
I – máximo, o subsídio mensal recebido, em espécie, pelo Chefe do Poder
Executivo Municipal;

II – mínimo, 100% (cem por cento) do menor vencimento padrão pago pela
Administração Direta da Prefeitura Municipal de Patrocínio.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DO


REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 88 Nenhum benefício do IPSEM poderá ser criado, majorado ou estendido,


sem a correspondente fonte de custeio total.

Art. 89 O IPSEM efetuará, sobre o valor mensal dos proventos e demais


benefícios previdenciários, os seguintes descontos:

I - contribuições devidas pelos participantes e beneficiários ao Regime Próprio


de Previdência Social;

II - pagamentos de benefícios além dos devidos, observado o disposto nesta Lei


Complementar;

III - imposto de renda retido na fonte;

IV - pensões alimentícias decorrentes de sentença judicial; e

V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente


reconhecidas, desde que autorizadas.

§ 1º O desconto a que se refere o inciso V deste artigo, dependerá da


conveniência administrativa do setor de benefícios do IPSEM.

§ 2º A restituição de importância recebida indevidamente por segurado do


Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio, nos casos
comprovados de dolo, fraude ou má-fé, deverá ser feita de uma só vez, devidamente
atualizada, independentemente da aplicação de quaisquer apenamentos previstos em lei.

§ 3º Caso o débito seja originário de erro do IPSEM, o segurado, usufruindo de


benefício regularmente concedido, poderá devolver o valor de forma parcelada,
monetariamente atualizado pelos índices de correção da caderneta de poupança,
devendo cada parcela corresponder a no máximo 10% (dez por cento) do valor do

33

203
benefício em manutenção e ser descontado em número de meses necessários à
liquidação do débito.

Art. 90 No caso de revisão de benefícios de que resultar valor superior ao que


vinha sendo pago, em razão de erro do IPSEM, o valor resultante da diferença verificada
entre o pago e o devido será objeto de atualização, nos mesmos moldes do parágrafo
anterior.

Art. 91 Salvo no caso das aposentadorias decorrentes de cargos acumuláveis na


forma da Constituição da República Federativa do Brasil, não é permitido o recebimento
conjunto, a custo do Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio
ou do Tesouro Municipal, dos seguintes benefícios, inclusive quando decorrentes de
acidente de trabalho:

I - aposentadoria com auxílio-doença;

II - mais de uma aposentadoria;

III - salário-maternidade com auxílio-doença;

IV - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

V - mais de uma pensão deixada por companheiro, companheira ou convivente;

VI - aposentadoria com abono de permanência em serviço;

VII - mais de um auxílio-doença;

VIII - auxílio-doença com qualquer aposentadoria

Parágrafo único. No caso dos incs. IV e V deste artigo, é facultado ao


dependente optar pela pensão mais vantajosa.

Art. 92 O IPSEM manterá programa permanente de revisão da concessão e da


manutenção dos benefícios, a fim de apurar irregularidades e falhas eventualmente
existentes.

Art. 93 Havendo indício de irregularidade na concessão ou na manutenção de


benefício, o IPSEM notificará o segurado para apresentar no prazo de trinta dias defesa,
provas ou documentos de que dispuser.

§ 1º A notificação a que se refere o caput deste artigo far-se-á por via postal com
aviso de recebimento, sem prejuízo da publicação no Diário Oficial do Município ou
similar.

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204
§ 2º Decorrido o prazo concedido pela notificação postal ou pelo edital, sem que
tenha havido resposta, ou caso seja esta considerada pelo IPSEM como insuficiente ou
improcedente, o benefício será corrigido, dando-se conhecimento da decisão ao
segurado.

Art. 94 A perda da qualidade de participante importa a caducidade dos direitos


inerentes a essa qualidade.

§ 1º A perda da qualidade de participante não prejudica o direito à


aposentadoria, desde que tenham sido preenchidos todos os requisitos para a obtenção
do referido benefício, segundo a legislação então vigente.

§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do participante que
falecer após a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção de
aposentadoria.

Art. 95 Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido
pagas, todo e qualquer direito de revisão administrativa para haver prestações vencidas
ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pelo Regime Próprio de Previdência
Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma da legislação civil.
Parágrafo único – O prazo de prescrição acima estabelecido não se aplica aos
atos administrativos inexistentes ou nulos de pleno direito.

Art. 96 Os pedidos de aposentadoria, exoneração e licença para tratar de


interesses particulares ou afastamento sem remuneração, a qualquer título, e suas
prorrogações, de servidores públicos da administração direta, das autarquias, das
fundações e do Poder Legislativo do Município de Patrocínio, serão obrigatoriamente
instruídos com certificado de regularidade de situação perante o IPSEM.

Parágrafo único. No caso de exoneração, o certificado referido neste artigo será


expedido no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis e nos demais casos no prazo
máximo de 15 dias úteis, contados da data do protocolo.

Art. 97 Serão submetidos a periódico recadastramento e concomitante


comprovação de vida:

I - os servidores inativos, a cada 12 (doze) meses; e

II - os beneficiários, a cada 6 (seis) meses.

§ 1º O não cumprimento do disposto neste artigo, nos prazos estabelecidos nos


seus incisos, importará a suspensão dos benefícios até a regularização por parte do
interessado, sem prejuízo da prescrição estabelecida no Art. 97 desta Lei Complementar.

35

205
§ 2º A documentação necessária para promoção do recadastramento, será
estabelecida através de Ordem de Serviço.

CAPÍTULO VIII

DA CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Art. 98 O participante terá direito de computar, para fins de concessão e revisão


dos benefícios do Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio, o
tempo de contribuição em qualquer dos Poderes da Administração Pública Federal,
Estadual, Distrital ou Municipal, bem como ao Regime Geral de Previdência Social.

§ 1º O tempo de serviço prestado até que a lei discipline a matéria será


considerado tempo de contribuição, exigível, em qualquer caso, a apresentação da
respectiva certidão original expedida por instituição de previdência social oficial ou por
órgão responsável da administração direta e indireta da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios.

§ 2º No caso do trabalhador que tenha se vinculado a órgão da administração


direta e indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, submetendo-se ao
Regime da Consolidação das Leis do Trabalho, somente será aceita a certidão de tempo
de serviço original que for expedida pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

Art. 99 O tempo de serviço considerado pela legislação vigente até 15 de


dezembro de 1998 para efeito de aposentadoria será contado como tempo de
contribuição, sendo vedado o cômputo de qualquer tempo fictício adquirido após aquela
data.

Parágrafo único. Considera-se tempo de contribuição fictício, para os efeitos do


§ 10 do art. 40 da Constituição Federal, todo aquele expressamente considerado em lei
municipal específica ou em estatuto de servidores como tempo de serviço público para
fins de concessão de aposentadoria sem que haja, por parte do servidor, a prestação de
serviço e a correspondente contribuição social, cumulativamente, dentre outros, os
seguintes casos:

I - tempo contado em dobro da licença-prêmio não gozada;

II - tempo contado em dobro de férias não gozadas;

III - tempo contado em dobro do serviço prestado às Forças Armadas em


operações de guerra.

Art. 100 O tempo de contribuição será contado de acordo com a legislação


pertinente, observadas as seguintes normas:

36

206
I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais ou
fictícias;

II - é vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com


tempo de contribuição na atividade privada, quando concomitantes;

III - somente será aceita a certidão de tempo de contribuição original.

Art. 101 A certidão de tempo de contribuição, para fins de averbação do tempo


em outros regimes de previdência, somente será expedida pelo Município após a
comprovação da quitação de todos os valores devidos, inclusive de eventuais
parcelamentos de débito.

§ 1º O Município deverá promover o levantamento do tempo de contribuição


para o Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio, à vista dos
assentamentos internos ou, quando for o caso, de outros meios de prova admitidos em
direito.

§ 2º A expedição de certidão de tempo de contribuição pelo Município importará


a baixa do referido tempo nos assentamentos individuais do servidor.

§ 3º Deverá constar em prontuário próprio o registro da expedição da certidão de


tempo de contribuição, mencionada no parágrafo anterior, constando o período averbado
e a finalidade para a qual foi expedida.

§ 4º O interessado dará recibo da certidão de tempo de contribuição expedida


pelo Município, o qual implicará sua concordância quanto ao tempo certificado.

Art. 102 Considera-se tempo de contribuição, o contado de data a data, desde o


início do exercício de cargo até a data do requerimento de aposentadoria ou do
desligamento, conforme o caso, descontados os períodos legalmente estabelecidos como
de suspensão de exercício e de desligamento da atividade.

Art. 103 Não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de
comprovação de tempo de contribuição ou de serviço, quando for o caso, salvo na
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto nesta Lei
Complementar.

Art. 104 A comprovação das funções de magistério, far-se-á mediante a


apresentação:

I - do respectivo diploma registrado nos órgãos competentes federais e estaduais


ou de qualquer outro documento que comprove a habilitação para o exercício do
magistério, na forma de lei específica; e

37

207
II - dos registros em Carteira Profissional ou Carteira de Trabalho e Previdência
Social, complementados, quando for o caso, por declaração do Estabelecimento de
Ensino em que foi exercida a atividade, devendo na extinção deste ser atestado pela
Diretoria de Ensino.

TÍTULO IV

DA CONTABILIDADE E FINANÇAS DO IPSEM

Art. 105 O IPSEM deverá manter os seus registros contábeis próprios, criando o
seu plano de contas, que espelhe com fidedignidade a sua situação econômica e
financeira de cada exercício, evidenciando, ainda, as despesas e receitas previdenciárias,
patrimoniais, financeiras e administrativas, além de sua situação ativa e passiva,
observando as seguintes normas gerais de contabilidade, aplicando-se, no que couber, a
legislação pertinente:

I - a escrituração deverá incluir todas as operações que envolvam direta ou


indiretamente a responsabilidade do Regime Próprio de Previdência Social do
Município de Patrocínio e que modifiquem ou possam vir a modificar seu patrimônio;
II - as receitas e as despesas operacionais e administrativas serão escrituradas em
regime de competência;

III - a escrituração será feita de forma autônoma em relação às contas do ente


público;

IV - o exercício contábil tem a duração de um ano civil, com término no último


dia útil de cada ano;

V - o IPSEM deverá elaborar, com base em sua escrituração contábil, 4 (quatro)


demonstrações financeiras que expressem com clareza a situação do patrimônio durante
o exercício contábil e as variações ocorridas no exercício, a saber:

a) balanço patrimonial;

b) demonstração do resultado do exercício;

c) demonstração financeira das origens das aplicações dos recursos;

d) demonstração analítica dos investimentos.

38

208
VI - os investimentos em imobilizações para o uso ou renda devem ser corrigidos e
depreciados pelos critérios adotados pelo Banco Central do Brasil.

Art. 106 O IPSEM na condição de autarquia municipal autônoma, prestará contas


anualmente ao Tribunal de Contas do Estado do Minas Gerais, respondendo seus
gestores pelo fiel desempenho de suas atribuições e mandatos, na forma da lei.

Art. 107 O IPSEM deverá implementar o registro individualizado das contribuições


dos servidores da Prefeitura, de suas autarquias e fundações e da Câmara Municipal,
conforme previsto nesta Lei Complementar, onde deverão constar, do servidor, os
seguintes dados:

I - nome;

II - matrícula;

III - remuneração;

IV - valores mensais e acumulados no período, da contribuição previdenciária;

V - valores mensais e acumulados do recolhimento previdenciário do respectivo ente


estatal referente ao servidor.

Parágrafo Único. O segurado será cientificado das informações constantes de


seu registro individualizado mediante extrato anual de prestação de contas.

Art. 108 Na Avaliação Atuarial prevista no § 1º, do Art. 111 desta Lei
Complementar serão observadas as normas gerais de atuária e os parâmetros da
legislação pertinente.

§ 1º A Prefeitura Municipal, a Câmara Municipal, as autarquias e fundações,


conforme previsto nesta Lei Complementar, deverão acatar as orientações contidas no
parecer técnico atuarial anual, tomando as medidas necessárias, em conjunto com a
Diretoria do IPSEM, para implantação imediata das recomendações dele constantes,
contando, ainda, com todo o apoio e empenho dos Conselhos Municipal de Previdência
e do Conselho Fiscal.

§ 2º A Avaliação Atuarial descrita no caput deste artigo deverá estar disponível


para conhecimento e acompanhamento do Ministério da Previdência Social, até 31 de
março do ano subseqüente.

Art. 109 O regime de financiamento dos benefícios previdenciários abrangidos


pelo IPSEM, será o de:

39

209
I - repartição simples, para os participantes e seus beneficiários, segurados do
IPSEM, até a data de publicação desta Lei Complementar;

II - capitalização, para os participantes segurados do IPSEM, que ingressarem a


partir da data de publicação desta Lei Complementar e seus beneficiários.

Art. 110 O IPSEM poderá utilizar até 2% (dois por cento) do valor total da
remuneração dos servidores ativos e inativos, dos proventos e pensões pagos aos
segurados e beneficiários do Regime Próprio de Previdência Social, no exercício
anterior, para as suas despesas administrativas, previsto no § 3º do art. 17 da Portaria
4.992 de 05 de fevereiro de 1999, do Ministério da Previdência e Assistência Social –
MPAS, com exceção na recuperação de créditos para o Instituto, ficando o repasse sob
responsabilidade dos patrocinadores.
TÍTULO V

DO CUSTEIO DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO


MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO

Art. 111 A alíquota de contribuição dos participantes em atividade para o


custeio do Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio
corresponderá a 11% (onze por cento) incidentes sobre a remuneração de contribuição
de que trata o Art. 16, inciso XI desta Lei Complementar, a ser descontada e recolhida
pelo órgão ou entidade a que se vincule o servidor.

§ 1º A cada ano, atendendo ao disposto na legislação federal, depois de aprovado


pelo Conselho Municipal de Previdência, o estudo atuarial que indique a necessidade de
revisão da alíquota de que trata o caput, o Poder Executivo encaminhará à Câmara
Municipal proposta de lei ordinária para a sua revisão, com o objetivo de adequá-la a
percentual que assegure o equilíbrio atuarial e financeiro do Regime Próprio de
Previdência Social do Município de Patrocínio.

§ 2º A avaliação financeira e atuarial do sistema deverá ser realizada por


profissional ou empresa de atuária, regularmente inscritos no Instituto Brasileiro de
Atuária.

§ 3º A avaliação atuarial e as reavaliações subseqüentes serão encaminhadas ao


Ministério de Previdência Social no prazo previsto na Legislação Federal pertinente,
devendo ainda ser enviada cópia para o Poder Legislativo, Poder Executivo e para o
sindicato da categoria.

§ 4º Até que possa ser regularmente exigida a contribuição de que trata o caput,
permanece a alíquota previdenciária de 11 % (onze por cento).

Art. 112 As contribuições dos participantes em atividade são devidas mesmo


que se encontrem sob o regime de disponibilidade ou gozo de benefícios.

40

210
Parágrafo único. A contribuição previdenciária, sem prejuízo das regras gerais
desta Lei Complementar, observará, ainda, os seguintes preceitos:

I – em caso de cessão, com prejuízo de seus vencimentos, o respectivo termo


deverá estabelecer o regime de transferência dos valores atinentes ao participante e ao
órgão ou entidade cessionária, sendo o repasse destes valores de responsabilidade do
órgão cessionário, devendo a contribuição previdenciária ter como base a remuneração
de contribuição do participante junto ao órgão cedente, como se na ativa estivesse;

II – em caso de afastamento para cumprimento de mandato eletivo, a respectiva


portaria deverá designar os valores de contribuição do servidor e do órgão, devendo a
contribuição previdenciária ter como base a remuneração de contribuição do
participante, como se na ativa estivesse;

III – em caso de afastamento, com prejuízo de seus vencimentos, incumbe ao


participante promover o recolhimento tempestivo das contribuições previdenciárias
próprias e das relativas ao órgão ou entidade de vinculação, até a data do término de seu
afastamento, devendo a contribuição previdenciária ter como base a remuneração de
contribuição do participante, como se na ativa estivesse.

Art. 113 Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias, de auxílio-


doença, de auxílio-acidente e pensões concedidas pelo Instituto de Previdência Social do
Município de Patrocínio, com percentual igual ao estabelecido para os servidores
titulares em atividade, qual seja no percentual de 11% (onze por cento) sobre a parcela
dos proventos de aposentadorias e pensões de que trata o Art. 4º, parágrafo único, I, da
Emenda Constitucional 41/03, que supere o limite máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Parágrafo Único A contribuição prevista no caput deste artigo incidirá apenas
sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensões que supere o dobro do
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, de
que trata o art. 201, da Constituição Federal, quando o beneficiário, nos termos desta Lei
Complementar, for portador de doença incapacitante.

Art. 114 - A alíquota de contribuição do Poder Executivo Municipal de


Patrocínio, suas autarquias e fundações públicas e do Poder Legislativo Municipal de
Patrocínio corresponderá a 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da remuneração de
contribuição dos servidores ativos, e será determinada através de Avaliação Atuarial,
atualizado anualmente, nos termos da legislação federal pertinente.

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

41

211
CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Seção I

Das disposições para os servidores inativos e pensionistas em gozo de benefício em


30 de dezembro de 2003:

Art. 115 Os participantes inativos e pensionistas do Poder Executivo Municipal,


suas autarquias, fundações e Poder Legislativo Municipal, em gozo de benefícios na
data de publicação da Emenda Constitucional nº 41/03, contribuirão para o custeio do
Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio com percentual igual
ao estabelecido para os servidores públicos efetivos em atividade.

§1º. A contribuição previdenciária a que se refere o caput incidirá apenas sobre a


parcela dos proventos e das pensões que supere o limite máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

§2º. A contribuição prevista no caput deste artigo incidirá apenas sobre as


parcelas de proventos de aposentadoria e de pensões que supere o dobro do limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, de que
trata o art. 201, da Constituição Federal, quando o beneficiário, nos termos desta Lei
Complementar, for portador de doença incapacitante.

Art. 116 Os proventos de aposentadoria e as pensões dos dependentes referidos


no artigo anterior serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se
modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendido aos
aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação
ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

Seção II

Das disposições para quem cumpriu os critérios para a concessão dos benefícios de
aposentadoria e pensão por morte até 30 de dezembro de 2003:

Art. 117 É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos


servidores públicos participantes, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a
data de publicação da Emenda Constitucional nº 41/03, tenham cumprido todos os

42

212
requisitos para a obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então
vigente.

§ 1º Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos servidores públicos


referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de contribuição já
exercido até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 41/03, bem como as
pensões de seus dependentes, serão calculados de acordo com a legislação em vigor à
época em que foram atendidos os requisitos nela estabelecidos para a concessão desses
benefícios ou nas condições da legislação vigente.

§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões dos dependentes referidos no


caput serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a
remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e
pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

Art. 118 O servidor de que trata esta Seção que opte por permanecer em
atividade tendo completado as exigências para aposentadoria voluntária e que conte
com, no mínimo, vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos de
contribuição, se homem, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da
sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria
compulsória.

Seção III

Das disposições para quem ingressou no serviço público como titular de cargo
efetivo até 15 de dezembro de 1998:

Art. 119 Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas


estabelecidas no Capítulo V do Título III desta Lei Complementar, é assegurado o
direito à aposentadoria voluntária com proventos calculados na forma do Art. 36 e seu
parágrafo único desta Lei Complementar, àquele que tenha ingressado regularmente em
cargo efetivo no Poder Executivo Municipal, suas autarquias, fundações ou Poder
Legislativo Municipal até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15
de dezembro de 1998, e ainda não cumpriu os requisitos de elegibilidade de que trata a
Seção anterior, quando o servidor, cumulativamente:

I - tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de


idade, se mulher;

II - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria;

III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:

43

213
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e

b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo


que, na data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998,
faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.

§ 1º O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigências para


aposentadoria na forma do caput terá os seus proventos de inatividade reduzidos para
cada ano antecipado em relação aos limites de idade estabelecidos pelos Arts. 44 e 45
desta Lei Complementar, na seguinte proporção:

I - três inteiros e cinco décimos por cento, para aquele que completar as
exigências para aposentadoria na forma do caput até 31 de dezembro de 2005;

II - cinco por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria
na forma do caput a partir de 1º de janeiro de 2006.

§ 2º O professor, servidor do Município, incluídas suas autarquias e fundações,


que, até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de
1998, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo de magistério e que opte por
aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de serviço exercido até a
publicação da Emenda Constitucional n.º 20, de 15 de dezembro de 1998, contado com
o acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde
que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício das funções de
magistério, observado o disposto no § 1º deste artigo

§ 3º Para fins do disposto no parágrafo anterior, considera-se função de


magistério a atividade docente do professor exercida exclusivamente em sala de aula.

Art. 120 Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas


estabelecidas pelo art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras estabelecidas pelos
arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o servidor público municipal, que
tenha ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1998 poderá aposentar-se
com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições:

I – ter trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de


contribuição, se mulher;

II – ter vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze


anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria;

III – ter idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do


art. 40, § 1º, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, de um ano de idade para cada
ano de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput deste artigo.

44

214
Parágrafo único. Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias
concedidas com base neste artigo o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41,
de 2003, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos proventos de
servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo.

Art. 121 É assegurado o reajustamento das aposentadorias concedidas de acordo


com o Art. 119 desta Lei Complementar, conforme critérios estabelecidos em lei,
respeitando-se, no que couber, a data base e o índice de reajuste geral dos servidores
ativos.

Seção IV

Das disposições para quem ingressou no serviço público como titular de cargo
efetivo até 30 de dezembro de 2003:

Art. 122 Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas


estabelecidas no Capítulo V do Título III ou pelas regras da Seção anterior, é assegurado
o direito à aposentadoria voluntária com proventos integrais, que corresponderão à
totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria,
na forma da lei, àquele que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo no Poder
Executivo Municipal, suas autarquias, fundações e no Poder Legislativo Municipal, até
a data de publicação da Emenda Constitucional nº 41/03, e ainda não cumpriu os
requisitos de elegibilidade de que trata a Seção II, desde que preencha,
cumulativamente, as seguintes condições:

I - sessenta anos de idade, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade, se


mulher;

II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição,


se mulher;

III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público; e

IV - dez anos de carreira e cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se


der a aposentadoria.

Art. 123 - Os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em


cinco anos, em relação ao disposto nos incisos I e II respectivamente, do artigo anterior,
para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

45

215
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, considera-se
função de magistério a atividade docente do professor exercida exclusivamente em sala
de aula.

Art. 124 - Os proventos das aposentadorias concedidas conforme os Arts. 122 e


123 serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a
remuneração dos servidores em atividade, na forma da lei.

CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 125 Lei própria disporá sobre o quadro de pessoal do IPSEM.

Art. 126 As despesas decorrentes da aplicação da presente lei correrão por conta
de verbas próprias consignadas nos orçamentos da Prefeitura Municipal, da Câmara
Municipal, das Autarquias e Fundações instituídas pelo Município, para o exercício
financeiro de 2005, a serem suplementadas, se necessário.

Art. 127 No caso de extinção do Regime Próprio de Previdência Social,


estabelecido nesta Lei Complementar, ou cessação, interrupção, supressão ou redução
de benefícios, o Município, Autarquias, Fundações Públicas e Câmara Municipal
assumirão integralmente a responsabilidade pelo pagamento dos benefícios já
concedidos aos seus respectivos servidores, bem como aqueles benefícios cujos
requisitos necessários à sua concessão tenham sido implementados anteriormente à
extinção do IPSEM.

Art. 128 Em caso de insuficiência da capacidade financeira do IPSEM para


liquidação dos benefícios previstos nesta Lei Complementar, a responsabilidade pelo
adimplemento da complementação do custeio será das respectivas entidades
patrocinadoras, na proporção de suas participações.

Art. 129 O Município responderá subsidiariamente pelo pagamento das


aposentadorias e pensões concedidas na forma desta Lei Complementar, na hipótese de
extinção ou insolvência do Regime Próprio de Previdência Social do Município de
Patrocínio - IPSEM.

Art. 130 Os atos de ordem normativa e o expediente do IPSEM serão


obrigatoriamente publicados no órgão de imprensa oficial do município, com as mesmas

46

216
prerrogativas e vantagens dispensadas à administração direta, sendo expressamente
vedada a divulgação ou publicidade de caráter personalístico.

Art. 131 O Regime Próprio de Previdência Social do Município de Patrocínio


somente poderá ser extinto através de Lei Complementar.

Art. 132 Nenhum servidor do IPSEM será colocado à disposição de outro órgão,
com ônus para o referido Instituto.

Art. 133 É vedado ao IPSEM prestar empréstimo, fiança, aval, aceite ou


coobrigar-se a qualquer título.

Art. 134 As entidades patrocinadoras do IPSEM serão responsáveis por efetuar


o aporte financeiro necessário à cobertura do passivo atuarial relativo aos benefícios
previdenciários concedidos e a conceder, aos segurados vinculados ao Regime Próprio
de Previdência Social do Município de Patrocínio, admitidos no Poder Executivo
Municipal, suas autarquias, fundações e Poder Legislativo Municipal até a data da
publicação desta Lei Complementar.

§ 1º Fica igualmente autorizadas as entidades patrocinadoras a transferir para o


IPSEM os recursos, bens e direitos indispensáveis à composição das reservas técnicas
necessárias ao custeio, total ou parcial, dos planos de benefícios do Regime Próprio de
Previdência Social do Município de Patrocínio.

§ 2º Poderão ser aportados em regime progressivo, a critério dos patrocinadores,


os recursos referentes ao tempo passado, assegurada a viabilidade técnico-atuarial do
plano.

Art. 135 - Fica autorizado o Diretor Presidente do Instituto de Previdência


Municipal, solicitar que o repasse mensal devido ao Instituto, seja feito em 48 (quarenta
e oito) horas. Quando não efetuado pelas autarquias, fundações e Câmara Municipal,
cabendo ao Presidente tomar as medidas judiciais cabíveis, inclusive a retenção.

Art. 136 Os créditos do Instituto constituem dívida ativa, considerada líquida e


certa quando estejam devidamente inscritos em livro próprio, com observância dos
requisitos exigidos na legislação adotada pelo Estado, para o fim de execução judicial.

Art. 137 Os pedidos de benefícios a que os segurados têm direito, serão


requeridos diretamente ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de
Patrocínio - IPSEM.
§ 1º. O requerimento somente será aceito e protocolado se acompanhado da
documentação necessária à análise do cabimento e concessão do benefício.
§ 2°. Da decisão, o Instituto de Previdência Municipal dará ciência, por escrito,
ao segurado e ao órgão ao qual estiver vinculado, ou ao beneficiário.
§ 3°. O segurado ativo aguardará a decisão do requerido em serviço.

47

217
Art. 138 Na apreciação dos pedidos de aposentadoria serão observados, no que
couber, os dispositivos previstos na Constituição Federal, em especial os do artigo 40,
com as alterações dadas pelas Emendas Constitucionais n.º 20, de 18 de dezembro de
1998, nº 41, de 19 de dezembro de 2003, n.º 47, de 05 de julho de 2005, e pela Lei
Complementar nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

Art. 139 É vedado ao IPSEM assumir atribuições, responsabilidades e


obrigações estranhas às suas finalidades.

Art. 140 Não poderão ser designados como membros do Conselho Municipal de
Previdência, do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva do IPSEM as pessoas que
tenham sido definitivamente condenadas por crime contra o patrimônio, administração
pública e tenham sido definitivamente responsabilizadas por ato de improbidade
administrativa, enquanto perdurar o cumprimento da pena.

Art. 141 Fica revogada a Lei Municipal nº 2.336 de 27 de dezembro de 1991 e


suas alterações.

Art. 142 A cobrança do acréscimo nas alíquotas de contribuição dos servidores


ativos e inativos do Município de Patrocínio somente entrarão em vigor 90 (noventa)
dias após a publicação desta Lei, vigorando os demais dispositivos na data de
publicação desta Lei Complementar.

Patrocínio/MG, 10 de novembro de 2005.

Dr. Júlio César Elias Cardoso


Prefeito Municipal

48

218
49

219
PREFEITUR.A MUNU:IPAL

DE PATROcíNU)
ESTADO DE MINAS GERAIS

DECRETO N° 2.813 DE 05 DE DEZEMJBRO DE 2011.

REGULAMENT A DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO


DE DESEMPENHO DO SERVIDOR PÚBUCO MUNICIPAL
EM ESTÁGIO PROBATÓRIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

LUCAS CAMPOS DE SIQUEIRA, Prefeito Municipal de Patrocínio, usando


das atribuições que lhe são conferidas por lei,
DECRETA

Art. 1°. Fica aprovado o Regulamento dos Procedimentos de Avaliação de


Desempenho do Servidor Público Municipal em Estágio Probatório, que faz parte integrante
deste Decreto.
Art. 2°. Este decreto entra em vigor na data da publicação.

REGULAMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE


DESEMPENHO DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL
EM ESTÁGIO PROBA TÓRIO.

Art. JO. Este Regulamento disciplina os procedimentos para a avaliação de


desempenho do servidor público municipal em estágio probatório, com vista à aquisição de
estabilidade, observados os seguintes fatores:

I - assiduidade e pontualidade;
II - disciplina e subordinação;
III - capacidade de iniciativa;
IV - eficiência;
V - responsabilidade;
VI - dedicação ao serviço;
VII - probidade e conduta;
VIII - qualidade, quantidade e método de trabalho;
IX - produtividade;
X - participação em cursos e habilitação e/ou qualificação profissional, oferecidos
pdo munidpio. ~

~l
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PATROelNIO
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Art. 2°. Para os efeitos deste Regulamento, os fatores enumerados no artigo


anterior assim se definem:

I - assiduidade e pontualidade: comparecim<:nto diário ao trabalho e o


cumprimento dos horários estabelecidos e/ou determinados;

11 - disciplina e subordinação: observância de preceitos e normas legais,


submissão aos regulamentos e diligência na utilização de equipamentos e materiais, visando à
sua conservação e economia; uso de trajes convenientes em serviço e de uniforme, quando for
o caso; respeito à hierarquia e acatamento das requisições de tarefas ainda que não rotineiras,
• mas correlatas às funções do seu cargo;

111- capacidade de iniciativa: capacidade do servidor de tomar providências por


conta própria dentro de sua competência;

IV - eficiência: desenvolvimento das atividades do cargo, de forma planejada e


organizada, dentro dos padrões estabelecidos e desempenho com zelo, presteza e qualidade,
das tarefas que lhe forem cometidas;

V - responsabilidade: como o servidor assume as tarefas que lhe são propostas,


dentro dos prazos e condições estabelecidas, a conduta moral e a ética profissional;

VI - dedicação ao serviço: iniciativa, proposiçiio de soluções adequadas às


questões ou dúvidas surgidas no trabalho, atualização profissional, contribuição com novas
idéias tendo em vista as necessidades da unidade; cooperação com os colegas de trabalho,
objetivando resultados conjuntos satisfatórios;

VII - probidade e conduta: correto procedimento do servidor no que se refere,


dentre outras hipóteses correlatas à probidade, cortesia, urbanidade, lealdade, sigilo
profissional, decoro, respeito aos colegas e comportamento adequado tanto nas relações
pessoais quanto nas de trabalho;

VIII - qualidade, quantidade e método de trabalho: resultado do trabalho em


relação ao capricho, precisão, clareza, ausência de erros, rendimento e cumprimento dos
prazos estabelecidos;

IX - produtividade: rendimento compatível com as condições de trabalho


produzido pelo servidor e o atendimento aos prazos estabelecidos;

X - participação em cursos e habilitação e/ou qualificação profissional,


oferecidos pelo município: a busca pelo aprendizado, o comprometimento, a iniciativa ao
conhecimento, a capacidade.

~ 1°. Serão levados em consideração, ainda, na avaliação do servidor em estágio


probatório, os deveres e as proibições contidas nos artigos 175 e 176, respectivamente,
constantes da LC nO 60, de O 1 de outubro de 2009 - do Estatuto dos Servidores Públicos
Municipais de Patrocínio.

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~ 2°. O período do estágio probatório será obrigatoriamente cumprido no exercício


das atribuições do cargo efetivo para o qual o servidor foi nomeado.

Art. 3°. A contar do primeiro dia do exercício no cargo efetivo, o desempenho do


servidor será objeto de avaliações periódicas, durante os três anos de duração do estágio
probatório, observado o seguinte cronograma:

a) Primeira avaliação: até o último dia do sexto mês de exercício;

b) Segunda avaliação: até o último dia do décimo quarto mês de exercício;

c) Terceira avaliação: até o último dia do vigésimo segundo mês de exercício;



d) Quarta avaliação: até o último dia do trigésimo mês de exercício;

Parágrafo único. Ultimada a quarta avaliação, será apurado e homologado o


resultado final, garantido ao servidor estagiário o direito de ampla defesa.

Art. 4°. Fica constituída a Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio


Probatório, formada por cinco servidores, os quais serão escolhidos dentre os servidores
efetivos da Administração Pública Municipal Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas
ao q.ual estiver vinculado.

~ 1°. A Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório, será de


caráter permanente, tendo sua vigência pelo período de 03 (três) anos, podendo ser prorrogado
por igual período.

~ 2°. Os membros, bem como o Presidente da Comissão serão designados pelo


Prefeito Municipal.

~ 3°. Caso surja motivo justificado para substituição de qualquer um dos


membros, este será indicado pelo Secretário Municipal de Administração.

Art. 5°. Compete à Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio


Probatório:

I - acompanhamento do desempenho do servidor estagiário desde o momento da


posse;
II - reunir-se sempre que necessário para discussões, orientações, planejamentos e
distribuições de trabalhos e entrevistas, avaliações de históricos funcionais;

III - orientar chefias sobre todo o processo de avaliação do estágio probatório, por
meio de questionários e/ou outros pareceres, informações ou mesmo intervir em qualquer fase
sempre que ocorrer divergências avaliatórias;

II - solicitar perícias médicas a qualquer órgão técnico da Prefeitura Municipal,


sempre que necessária ao bom termo do processo de avaliação,

III - analisar e julgar os recursos recebidos, podendo requisitar quaisquer peças,


documentos ou processos e entrevistar o servidor, seus colegas- de trabalho, as ch ks ou os

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servjdores por ela designados para a avaliação periódica, se assIm for necessário para a
melhor instrução do relatório final;

IV - propor justificadamente ao Prefeito Municipal, com base nos relatórios e


documentos do processo bem assim nas suas próprias diligências e convicções, a declaração
de estabilidade ou a exoneração do servidor avaliado.

Art. 6°. Para as avaliações periódicas previstas no artigo 3° deste Regulamento


serão distribuídos pela Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório,
aval1ações, também chamadas questionários específicos a avaliação do servidor estagiário,
atendendo os requisitos previstos no artigo la. deste Regulamento, às Chefias imediatas,
Coordenadores, Diretores, Secretários a quem estiverem subordinados os servidores
avaliados.

~ 1°. O servidor estagiário também receberá uma ficha na qual terá direito de se
autoavaliar, sendo após confrontada pela Comissão de Avaliaçào de Desempenho do Estágio
Probatório, que passará aos procedimentos cabíveis.

~ 2". As avaliações deverão ser devolvidas, a Comissão de Avaliação de


Desempenho do Estágio Probatório, no prazo máximo de I O (dez) dias corridos, sob pena de
responsabilidade administrativa das Chefias em questão.

Art. 70• A responsabilidade administrativa refere-se às penalidades que serão


aplicadas por desrespeito a esse Regulamento, bem como a LC no. 60, de O I de outubro de
2009.

~ 10. Ocorrida denúncia de falsidade ideológica, falso testemunho, perseguição de


chefia e/ou política, o não cumprimento dos prazos legais, bem como prejuízos que possam
acarretar na avaliação do servidor por negligência e/ou má-fé, serão apurados por meio de
Processo Sindicante.

~ 20• Comprovada autoria da irregularidade e/ou crime, sejam as Chefias, os


colegas de trabalho, bem como o próprio servidor avaliado, esses serão punidos, conforme
Regime Disciplinar estabelecido pela LC no. 60, de O I de outubro de 2009.

Art. 80• Não poderá fazer parte da Comissão de Avaliação de Desempenho do


Estágio Probatório o servidor em estágio probatório nomeado para exercer Chefia de
Departamento, estendendo-se esta proibição à hipótese do exercício de Função de Confiança.

~ 1°. Caso o servidor em estágio probatório tenha exercido suas funções em mais
de uma unidade, seu desempenho será submetido a avaliação de tantos quantos forem os
locajs onde o trabalho tenha sido desenvolvido, prevalecendo, em caso de empate, o
desempenho da última unidade.

~ 2". Compete às chefias imediatas dos servidores em estágio probatório o


cumprimento dos prazos e formalidades estabelecidos neste Regulamento, sob pena de
responsabilidade administrativa.

~ 30• Licenças médicas serão acompanhadas pelas Comissões de Avalia ão de


Des~mpenho do Estágio Probatório, as quais farão o controle de todos os afastam tos do

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servidor em estágio probatório, podendo ser solicitado através de uma Junta Médica,
obrigatoriamente composta por um psiquiatra, perícias médicas sempre que se fizerem
necessárias.

S 4°. Concluída cada avaliação, a Comissão dará ciência ao servidor estagiário,


onde sendo considerado insuficiente, terá direito a prazo recursal, em cumprimento ao seu
direito a ampla defesa.

S 5°. Na hipótese de o servidor não concordar com as conclusões da avaliação,


manifestará suas razões no prazo de 10 (dez) dias contados da data de sua notificação, ao fim
do qual, com ou sem esclarecimentos, será avaliado pela Comissão de Avaliação de
Desempenho do Estágio Probatório, para decisão e encaminhamento a Autoridade competente
para nova homologação.

Art. 9°. Observados os fatores e critérios estabelecidos neste Regulamento, os


servidores em estágio probatório integrantes do Quadro do Magistério serão avaliados pelos
Diretores das unidades de ensino a que estiver subordinado, encaminhando-se as avaliações,
dentro do prazo estabelecido, à Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio
Probatório.

Art. 10. Os grupos avaliadores deverão programar com razoável antecipação as


datas em que serão feitas as avaliações periódicas, a fim de que possam ser escalonadas as
férias dos servidores em estágio probatório, ficando proibido concedê-las no trimestre que
anteceder a data da última avaliação.

Art. 11. Fica estabelecido o limite maxlmo de 100 (cem) pontos para cada
avaliação, distribuídos entre os fatores definidos no artigo 2° deste Regulamento, nas
seguintes proporções:

I - Assiduidade e pontualidade, 1O (dez) pontos;


"
II - Disciplina e subordinação, 10 (dez) pontos;
III - Capacidade de iniciativa, 10 (dez) pontos;
IV - Eficiência, 10 (dez) pontos;
V - Responsabilidade, 1O (dez);
VI -Dedicação ao serviço, 10 (dez) pontos;
VII - Probidade e conduta, 10 (dez) pontos;
VIII - qualidade, quantidade e método de trabalho, 10 (dez) pontos;
IX - produtividade, 10 (dez) pontos;
X - participação em cursos e habilitação e/ou qualificação profissional, oferecidos
pelo município, 10 (dez) pontos.

Art. 12. Será aprovado no estágio probatório e considerado apto para obter a
estabilidade no serviço público municipal e confirmação no cargo, o servidor que
mínimo, 70 (setenta) pontos na média aritmética de suas avaliaçôes.

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ANEXO IV
RESUMO DO CONJUNTO DAS A V ALIAÇÕES DO EST f~GIO PROBATÓRIO

ETIQUETA DADOS DO SERVIDOR

O SERVIDOR FOI

APROV ADO O REPROV ADO O


OBSERVAÇÕES DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

Homologado em __ 1__ 1__ Autoridade:

Visto do servidor em ------


1 1 Servidor:

r Concorda com o resultado:


SIM O NÃO O
Segue(m) em anexo, o pedido de reconsideração contendo Servidor:
( ) folha(s)

Recebido pela Comissão em __ 1


__ 1__ Por:

Diretor de R.H.

Presidente da Comissão

Membro da Comissão - I

Membro da Comissão - 2

Membro da Comissão - 3

Membro da Comissão - 4
l?.ub~Cada(O)-Jomat.1.0.~ ..~ ...
y'c~.~ ..em>?:.U,ºn2012
pág.O.HI.1.~! e afixada(o) no plac.a~
da Prefeitura Municipal de PatroclnlC
de-?:9.../Qt/2012 a :'E!.. .I.Q.l..I2012.

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~ 1°. As penalidades previstas nos incisos I e lI, do artigo 187, da LC no. 60 de 01


de outubro de 2009, aplicadas ao servidor estagiário, durante cada período de avaliação, serão
consideradas de forma negativa, nas seguintes proporções:

I - Advertência, menos 03 (três) pontos, cada;


II - Suspensão, menos I O (dez) pontos, cada.

~ 2". Será considerado inapto e desde logo exonerado o servidor que, ao término
de 02 (duas) avaliações, for considerado insuficiente, por não ter alcançado 140 (cento e
quarenta) pontos na somatória total.

Art. 13. Na avaliação do servidor deficiente tlsico ~;erão levadas em consideração


as limitações e restrições médicas constantes de seu laudo pré-admissional.

Parágrafo único. As limitações e restrições médicas suportadas pelo servidor


deficiente físico não poderão interferir na avaliação de seu desempenho, sendo vedado
considerá-Ias como elementos redutores de pontos.

Art.14. A avaliação do servidor em estágio probatório não prejudica a apuração


de sua responsabilidade por faltas disciplinares nem a aplicação das penalidades previstas na
LC n° 60, de O1 de outubro de 2009 - Estatuto dos Servidores Municipais de Patrocínio,
assegurado o direito de ampla defesa.

Art. 15. Não se concederá ao servidor em estágio probatório:

1 - transferência de local de trabalho a próprio pedido;


II - autorização para prestar serviços a Poder ou órgão diverso daquele ao qual se
acha vinculado, inclusive da administração pública indireta;
III - licença por motivo de interesse particular;
IV - readaptação;
V - disponibilidade;
VI - aposentadoria por invalidez.

Art. 16. Ao servidor em estágio probatório somente poderá ser concedida as


segl.lintes licenças e afastamentos, suspendendo-se o período de estágio probatório, voltando a
correr no dia estabelecido para o retorno do servidor ao exercício do cargo ou do dia seguinte
ao de sua liberação, nas hipóteses de:

I - licença para tratamento de saúde;


II - licença à gestante, à adotante e à paternidade;
III - licença por acidente de trabalho, conforme defina laudo pericial específico;
IV - licença para serviço militar;
V - afastamento para exercício de mandato eletivo;
VI - licença para atividade política;
VII - nomeação para função comissionada.

6---
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Parágrafo único. No caso de condenação criminal, que acarrete perda de cargo


público, o servidor será exonerado.

Art. 17. O servidor em estágio probatório será submetido a exames médicos


periódicos, sempre que necessário à avaliação e a pedido da Comissão de Avaliação de
Desempenho do Estágio Probatório.

Parágrafo único. Se em qualquer dos exames for constatada a ausência ou déficit


da capacidade física ou mental do servidor, de modo a comprometer o desempenho adequado
das .funções do seu cargo, ou a segurança do trabalho e dos colegas, será o respectivo laudo
médico encaminhado à Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório, que
decidirá sobre a exoneração.

Art. 18. Fica o servidor estagiário sujeito, a qualquer tempo, a inspeção e perícia
médica.

~ 1°. Nos casos que envolvam doenças, considerado:, através de laudo pericial, por
uma junta médica, inaptos para o cargo ocupante, será o servidor estagiário exonerado.

~ 2°. Após 02 (dois) anos de licença médica ininterrupta, o servidor estagiário será
obrigatoriamente submetido a inspeção e perícia médica, onde sendo considerado inapto ao
cargo, através de laudo pericial, será exonerado.

Art. 19. O servidor em estágio probatório que vier a ser designado para exercer
Função de Confiança, integrante do quadro do Poder ou órgão ao qual se acha vinculado, com
atribuições correlatas ás de seu cargo efetivo, não terá seu estágio probatório suspenso.

Parágrafo único. Nos termos do caput deste artigo, nas hipóteses de nomeação
para o exercicio de Função de Confiança, caberá ao Secretário Municipal da unidade na qual
esteja inserido o cargo a ser exercido, no primeiro caso, e ao Chefe de Departamento onde o
•• servidor irá exercê-la, no segundo, atestar a compatibilidade e a similaridade entre as funções
a serem exercidas pelo mesmo e as atribuições do seu cargo efetivo.

Art. 20. Indicada a exoneração do servidor avaliado, a Comissão de Avaliação de


Desempenho do Estágio Probatório redigirá o seu relatório circunstanciado, cópia do qual será
entregue ao mesmo, mediante recibo, junto com a notificação dos resultados da avaliação.

Art. 21. Recebida a notificação e o relatório da Comissão de Avaliação de


Desempenho do Estágio Probatório, o servidor avaliado terá 15 (quinze) dias para a
apresentação de defesa, junto à própria Comissão, fazendo-se representar por advogado, se
assim desejar.

Art. 22. Produzida a defesa e vindo a Comissão de Avaliação de Desempenho do


Estágio Probatório a decidir pelo acolhimento de suas razões, proporá a confirmação do
servidor no cargo, se encerrado o período do estágio probatório ou a continuação do estágio,
se for o caso.

Art. 23. Se a Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório


decidir pela improcedência da defesa, relatará seus motivos e dará ciência ao servidor
a"liado, abrindo-,e a e"e, a parti, da data da dênda, "<azo de 15 (quinze);}:p",; _

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apresentação de recurso junto à Comissão, que remeterá a Procuradoria do Município para


manifestar-se através de parecer, cuja decisão encerrará o processo, mantendo o servidor ou
recomendando a sua exoneração.

Art. 24. Na contagem dos prazos para prestação de esclarecimentos, apresentação


de defesa e interposição de recurso referidos neste Regulamento, exclui-se o dia do começo e
inclui o dia do vencimento.

Art. 25. Nos procedimentos de avaliação do servidor em estágio probatório, a


Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório deverá:

I - emitir instrumentos de avaliação para cada serv:ldor estagiário, distribuindo-os


às chefias imediatas dos mesmos;
II - instruir a Secretaria de Educação sobre procedimentos para a avaliação dos
servídores do Quadro de Magistério;
III - receber os instrumentos de avaliação devidamente preenchidos;
IV - comunicar as situações de suspensão do estágio probatório previstas neste
regulamento;
V - calcular os pontos previstos em cada instrumento de avaliação, observando e
comunicando a ocorrência da hipótese do artigo 12, parágrafo único, deste Regulamento;
VI - encaminhar pedidos de pareceres aos órgãos competentes, sobre as situações
ambíguas enfrentadas durante os procedimentos avaliatórios;
VII - calcular a média aritmética das pontuações obtidas pelo servidor estagiário
nas avaliações periódicas;
VIII - encaminhar o resultado final das avaliações aos servidores;
XI - receber sob protocolo peças contendo esclarecimentos prestados pelo

servidor, defesas e recursos, para encaminhamento aos órgãos competentes, ainda que
intempestivos.

Art. 26. O servidor estagiário que comprovadamente cometer falta grave e/ou
crime contra a administração pública, independente de avaliação satisfatória de desempenho,
será exonerado.

Parágrafo único. Ocorrida a denúncia, será instaurado Processo Sindicante, onde


após todos os procedimentos pertinentes, bem como a concessão de ampla defesa ao mesmo,
ficar comprovada a falta grave e/ou crime contra a administração pública, será este
encaminhado ao Processo de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório, onde o
servidor será exonerado.

Art. 27. O servidor será considerado estável no serviço público municipal


somente após a prática do ato de declaração de estabilidade pela autoridade competente,
cumpridas as formalidades de avaliação e obtido o parecer favorável de sua permanência no
exercício do cargo.

Art. 28. O ato de exoneração do servidor não aprovado no estágio probat Irio é de
competência do Prefeito Municipal, por meio de portaria, que será publicada.

8--
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Art. 29. Aplicam-se as disposições deste Regulamento, no que couber, a todos os


servidores públicos municipais que, na data da publicação, estiverem em estágio probatório,
dispensada a avaliação do período de exercício já ocorrido.

Art. 30. Os casos omissos serão decididos em conjunto pela Secretaria Municipal
de Administração e Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório, com a
assi~tência jurídica da Procuradoria Geral do Município, se necessária.

Art. 31. Ficam autorizadas as Autarquias, Fundações e Câmara Municipal do


Município de Patrocínio, a constituir as comissões próprias para avaliação do estágio
probatório de seus servidores, podendo basear-se neste Regulamento, se assim preferirem,
inovando tão só, que respeitar a aspectos relativos à estrutura organizacional de cada entidade.

Art. 32. Os anexos I, lI, III e IV são partes integrantes do presente Regulamento.

Art. 33. As Comissões de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório


poderão se reportar a qualquer órgão dentro da Administração Direta, Indireta e Fundacional
para colheita de documentações que se fizerem necessárias a avaliação do servidor estagiário.

Art. 34. O servidor público quando convocado, deverá comparecer perante a


Comissão de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório, sob pena de ser
responsabilizado administrativamente.

Art. 35. As Comissões de Avaliação de Desempenho do Estágio Probatório


poderão adotar e/ou adaptar termos e atos que melhor auxiliem na avaliação do servidor
estagiário.

Art. 36. Este Regulamento entra em vigor na data de sua publicação .


Patrocínio, 05 de Dezembro de 201 r.

,
1 1
f~
Lucas mpos d si~ueira
Pro(bito Municipal
1(

,j

ANEXO I
9--
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FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO/ CHEFIAS

Nome do Servidor Estagiário: .

Cargo: Matrícula: .
Chefe Im edia to: .
Ca rgo: .

Avaliação correspondente aos meses de / 20 à /20 .


Lotação e há quanto tempo: .

Fatores a serem avaliados (assinale com um "X" a alternativa e sua pontuação, justifique):

I - Assiduidade e pontualidade: avaliar o comparecimento diário ao trabalho e o cumprimento dos horários


estabelecidos ou determinados:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

li - Disciplina e subordinação: observância de preceitos e normas legais, submissâo aos regulamentos e


diligência na utilização de equipamentos e materiais, visando à sua com;ervação e economia; uso de trajes
convenientes em serviço e de uniforme, quando for o caso; respeito à hierarquia e acatamento das requisições de
tarefas ainda que não rotineiras, mas correlatas às funções do seu cargo:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07

3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI

J usti ficati va: .

111 - Capacidade de iniciativa: avaliar a capacidade do servidor de tomar providências por conta própria dentro
de sua competência:
I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( .) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI

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J usti flcati va: .

IV - Eficiência: avaliar o desenvolvimento das atividades do cargo, de forma planejada e organizada, dentro dos
padrões estabelecidos e desempenho com zelo, presteza e qualidade, das tarefas que lhe forem cometidas:

1. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04

4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

V Responsabilidade: avaliar como o servidor assume as tarefas que lhe


são propostas, dentro dos prazos e condições estabelecidas, a conduta moral e a ética profissional:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficativa: .

••
VI - Dedicação ao serviço: avaliar a iniciativa, proposição de soluçõe~ adequadas às questões ou dúvidas
surgidas no trabalho, atualização profissional, contribuição com novas idéias, tendo em vista as necessidades da
unidade; cooperação com os colegas de trabalho, objetivando resultados conjuntos satisfatórios:
I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07

3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI

J usti ficati va: .

VII - Probidade e conduta: avaliar o correto procedimento do servidor no que se refere, dentre outras hipóteses
correlatas à probidade, cortesia, urbanidade, lealdade, sigilo profissional, decoro, respeito aos colegas e
comportamento adequado tanto nas relações pessoais quanto nas de trabalho:

1. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07

11 _
Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - CEP 38740-000
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PREFE'TURA~~
DE PAl'ROcíNIC)
PATROelNIO
Desenvolvimento para todos. ESTADO DE MINAS GERAIS

3.( )Regular=( )06ou( )050u( )04

4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) 01
J usti ficati va: .

VIII - Qualidade, quantidade e método de trabalho: avaliar o resultado do trabalho em relação ao capricho,
precisão, clareza, ausência de erros, rendimento e cumprimento dos prazos estabelecidos:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

IX -'Produtividade: avaliar o rendimento compatível com as condições de trabalho produzido pelo servidor e o
atendimento aos prazos estabelecidos:
I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficativa: .

X - participação em cursos e habilitação e/ou qualificação profissional, oferecidos pelo município: avaliar a
busca pelo aprendizado, o comprometimento, a iniciativa ao conhecimento, a capacidade de aprendizagem:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( .) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) 01
J usti ficati va: .

1..2=. _

Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - CEP 38740-000
232
I
PREFEITURA MUNI~:IPAL
DE PATROCíNI()
Desenvolvimento para todos. ESTADO DE MINAS GERAIS

Área para anotações:

I - Apresente as principais qualidades (pontos positivos) que se destacam no avaliado, tendo em vista os fatores
de avaliação de desempenho .

....... ~ .

2 - Apresente as principais deficiências (pontos a serem aprimorados) que interferem no desempenho do


avaliado e o que você sugere para superá-las, tendo em vista os fatores de avaliação de desempenho.

3 - Indique sugestões para melhor adaptação e/ou melhorias do desempenho do servidor.

....... ~ .

4 - As deficiências relatadas são repetições das apresentadas desde sua admissão/lotação no setor?


DSim DNão
5 - Se em caso positivo, a que se atribui o fato das mesmas ainda não terem sido aprimoradas?

6 - Considerando o desempenho do servidor, de maneira geral, ele nesta avaliação está:

D Aprovado O ReprovadD

Patrocínio-MG, de de 2012

Servidor avaliado Chefia imediata

Chefia superior

233
PREFEITURA MUNIC:IPAL
DE PATROcíNIC)
ESTADO DE MINAS GERAIS

ANEXO II
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO/ SERVIDOR

Nome do Servidor Estagiário: .

Cargo: Matrícula: .
Chefe Im ed ia to: .
Ca rgo: .
Avaliação correspondente aos meses de / 20 à / 20 .

Lotação e há quanto tempo:

Fatores a serem avaliados (assinale com um "X" a alternativa e sua pontuação, justifique):

I - Assiduidade e pontualidade: avalie o seu comparecimento diário ao trabalho e o cumprimento dos horários
estabelecidos ou determinados:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .
.....................................................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................................................


11 - Disciplina e subordinação: avalie a sua observância de preceitcs e normas legais, submissão aos
regulamentos e diligência na utilização de equipamentos e materiais, visando à sua conservação e economia; uso
de trajes convenientes em serviço e de uniforme, quando for o caso; respeito à hierarquia e acatamento das
requisições de tarefas ainda que não rotineiras, mas cOlTelatas às funções do seu cargo:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( .) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

III - Capacidade de iníciativa: avalie a sua capacidade de tomar providências por conta própria dentro de sua
comlletência:
1. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04

14

2343831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - CEP 38740-000


Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Te/efax: (34)
PREFEITURA MUNIC:IPAL
DE PAT'ROcíNIC)
ESTADO DE MINAS GERAIS

4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

IV - Eficiência: avalie o seu desenvolvimento dentro das atividades do seu cargo, de forma planejada e
organizada, dentro dos padrões estabelecidos e desempenho com zelo, presteza e qualidade, das tarefas que lhe
forem cometidas

I. ( ') Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04

4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

••••••• v •••••.••.•.....••.•..•.••.••••••••••••••••••..••..••.•.•..•....•..•.••••••••••••••.••••••.•..•.•..•.......•....•••••••••••••••••..•••.••.••................•••••••••••••••••

V - Responsabilidade: avalie como você assume as tarefas que lhe são propostas, dentro dos prazos e condições
estabelecidas, a conduta moral e a ética profissional:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ') Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .

VI - Dedicação ao serviço: avalie sua iniciativa, proposição de soluçõe:, adequadas às questões ou dúvidas
surgidas no trabalho, atualização profissional, contribuição com novas idéias, tendo em vista as necessidades da
unidade; cooperação com os colegas de trabalho, objetivando resultados conjuntos satisfatórios:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J usti ficati va: .
....... ~ .

VII- Probidade e conduta: avalie seu correto procedimento no que se refere, dentre outras hipóteses correlatas
à probidade, cortesia, urbanidade, lealdade, sigilo profissional, decoro, re,peito aos colegas e comportamento
adequado tanto nas relações pessoais quanto nas de trabalho:

I. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

l~---
Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - CEP 38740-000
235
PREFEITURA MUNI~:IPAL

DE PATROCíNI()
Desenvolvimento para todos. ESTADO DE MINAS GERAIS

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3.( )Regular=( )060u( )050u( )04

4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) 01
J usti ficati va: .

VIII - Qualidade, quantidade e método de trabalho: avalie o result2.do do seu trabalho em relação ao
capricho, precisão, clareza, ausência de erros, rendimento e cumprimento do:; prazos estabelecidos:

1. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( .) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04

4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) 01
J usti ficativa: .

IX - Produtividade: avalie se o seu rendimento é compatível com as condições de trabalho produzido e o


atendimento aos prazos estabelecidos:

1. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09

2. ( ) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) 01
J usti ficati va: .

X - participação em cursos e habilitação elou qualificação profissional, oferecidos pelo município: avalie
sua busca pelo aprendizado, seu comprometimento, sua iniciativa ao conhecimento, sua capacidade de
aprendizagem:
1. ( ) Excelente = ( ) 10 ou ( ) 09
2. ( .) Bom = ( ) 08 ou ( ) 07
3. ( ) Regular = ( ) 06 ou ( ) 05 ou ( ) 04
4. ( ) Insuficiente = ( ) 03 ou ( ) 02 ou ( ) OI
J ustificati va: .

••

16---
Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - CEP 38740-000
236
PREFEITUR.A MUNI(:IPAL
DE PAT'ROCíNI()
Desenvolvimento para todos. ESTADO DE MINAS GERAIS

Área para anotações:


I - Descreva, em linhas gerais, sua atuação no Municipio.

2 - Enumere aspectos que você considera positivos em seu desempenho .

••••••• y ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

3 - Cite fatores que você considera facilitadores para o desempenho de seu trabalho.

4 - Enumere aspectos que você considera que devam ser aprimorados em seu desempenho.

5 - Espaço destinado às observações gerais, a critério do servidor cujo desempenho està sendo avaliado.

Patrocínio, de de 2012

Servidor avaliado Chefie. imediata

Chefia superior

J. _
Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - CEP 38740-000
237
PREFEITURA MUNIC:IPAL
DE PAT'ROCíNIC)
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ANEXO III
INFORMAÇÕES FUNCIONAIS
ÁREA A SER INFORMADA PELO DEPARTAMENTO PESSOAL

ldon~idade Moral: Considera a existência de registro objetivo, relativo a fato, devidamente apurado, de
forma CONCLUSIVA, que constitua ato que configure o descumprimen to das normas e padrões morais,
-
vigentes e aceitos socialmente.

Informação:
~

"

- Assiduidade: Considera o registro objetivo de faltas injustificadas.

Informação:

Disciplina: Considera o registro objetivo de atos irregulares, devidamente apurados e comprovados em


regular processo sindicante/ administrativo.
-
Informação:
-


. Afastamentos em virtude de LTS .

Informação:

SERVIDOR AVALIADO DIRETOR RH COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

-
"Data: /
------ / Data: / / Data: /
""
/L
~
-
í"'-,
\
l 18
Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone: (34) 3839-1800 - Of;P 38740-000
238
PREFEITURA MUNICIPAL
I
DE PATROcíNIO
~ ~ ESTADO DE MINAS GERAIS

ANEXO IV
RESUMO DO CONJUNTO DAS AVALIAÇÕES DO ESTÁGIO PROBA TÓRIO

- ETIQUETA DADOS DO SERVIDOR

- O SERVIDOR FOI :

APROVADO O I
REPROVADO o
OBSERVAÇÕES DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

I Homologado em ___ /__ /__ Autoridade:

-
Visto do servidor em -_/ __ /_- Servidor:

- Concorda com o resultado:

I Segue(m) em anexo, o pedido de reconsideração contendo


SIM
Servidor:
O NÃO o
( ) folha(s)

Recebido pela Comissão em -_/ __ /_- Por:

-
Diretor de R.H,

Presidente da Comissão

Membro da Comissão - I

Membro da Comissão - 2
-
Membro da Comissão - 3

Membro da Com issão - 4

-
-
1"9
Praça Olímpio Garcia Brandão, 1452 - Telefax: (34) 3831-2063 - Fone': (34) 3839.1 800 - CEP 38740-000
239
Prefeitura Municipal de Patrocínio
, PATROcíNIO
UNIÃO E TRABALHO
Estado de Minas Gerais

DECRETO n°. 3.397, de 19 de julho de 2017

Dispõe sobre a responsabilidade dos


servidores públicos quanto aos bens móveis
que compõem o acervo patrimonial da
Administração Pública Municipal e dá outras
providências.

DEIRO MOREIRA MARRA, Prefeito Municipal de Patrocínio, Estado de


Minas Gerais, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei,

DECRETA

Art. 10 - Fica o servidor público responsável pelo dano que causar ou para o
qual concorrer, por ação ou omissão, a qualquer bem de propriedade da
Administração Pública Municipal que esteja ou não sob sua guarda.
Parágrafo único. Considera-se servidor público, para os efeitos deste
Decreto, a pessoa legalmente investida em cargo público, em caráter efetivo ou em
comissão, bem como aquela designada para o exercicio de função pública.

0
Art. 2 - Caberá às chefias dos órgãos da Administração Pública Municipal,
obrigatoriamente, designar um servidor como responsável pela guarda do acervo
patrimonial de sua repartição, preferencialmente, detentor de cargo de provimento
efetivo.

~1°. No caso de impedimento ou afastamento do responsável pelo acervo


patrimonial, a chefia do órgão deverá designar novo servidor, indicando se a
substituição é temporária ou permanente.
I - ~2°. Caso o chefe do órgão não adote as medidas estabelecidas no caput e
no S1° deste artigo, sobre si recairá a responsabilidade pelo acervo patrimonial da \ .
repartição. \

240
PREFEITURA. DE ••
Prefeitura Municipal de Patrocínio
PATROCINIO
UNIÃO E TRABALHO
Estado de Minas Gerais

~3°. Nos estabelecimentos municipais de ensino, a responsabilidade pela


guarda do acervo patrimonial recairá, automaticamente, sob os respectivos Diretores
e Coordenadores Escolares, independentemente da assinatura de Termo de
Responsabilidade.

Art. 3° - O servidor poderá ser responsabilizado pelo desaparecimento de


bem que lhe tenha sido confiado para guarda ou uso, ainda que não seja o
responsável pelo acervo patrimonial de sua repartição.

Art. 4° - É obrigatória a comunicação à autoridade hierárquica superior de


qualquer irregularidade que tiver ciência no tocante ao bem público pelo servidor
responsável pelo acervo patrimonial ou por aquele a quem tiver sido confiada a
guarda ou o uso do mesmo.

Parágrafo único. A comunicação de que trata o caput deste artigo deverá ser
realizada no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, mediante relatório
contendo, no mínimo, a descrição do bem, o seu número no registro patrimonial, a
quem competia a sua guarda, o horário provável do fato, os nomes dos servidores
que possam colaborar na elucidação dos fatos, o último local onde o mesmo se
encontrava e sob a guarda ou uso de qual servidor.

Art. 5° - É vedada a utilização de qualquer bem da Administração Pública


Municipal para fins particulares.

Art. 6° - Deverá ser objeto de Procedimento Sindicante para apuração de


prejuízos e de responsabilidades, o desaparecimento de bem público, total ou
parcial, por furto, roubo, depredação ou sinistro.

~1°. Ao término do Procedimento Sindicante, constatada a responsabilidade


de servidor público pela perda ou dano de bem pertencente à Administração Pública,
.. será exigido deste o devido ressarcimento ao erário .
~2°. Para o efetivo ressarcimento ao erário, a Corregedoria Municipal deverá
encaminhar cópia do Relatório Final que concluir pela responsabilidade do servidor,
juntamente com o Termo de Autorização de Desconto em Folha de Pagamento
constante do Anexo Único deste Decreto, devidamente assinado, ao respectivo

241
\
\
Prefeitura Municipal de Patrocínio
PATRocíNIO
UNIÃO E TRABALHO
Estado de Minas Gerais

órgão responsável pela gestão de pessoas do ente da Administração Pública a que


pertence, para que se proceda ao desconto do valor devido, em folha de pagamento,
em estrita obediência ao que dispõe os artigos 79 e 80 da Lei Municipal
Complementar nO.060/2009.

~3°. O ressarcimento do prejuízo ao erário, não isenta o servidor das demais


responsabilidades administrativas, civis e criminais.
~4°. A Corregedoria Municipal deverá encaminhar cópia de suas decisões aos
respectivos órgãos responsáveis pelo controle e gerenciamento do Patrimônio
Público Municipal para as providências relativas ao bem público, objeto das
apurações.

~5°. Não será instaurado Processo Sindicante quando, antes da sua


deflagração, o bem perdido, furtado ou danificado for devidamente restabelecido ou,
ainda, substituído por outro de mesmas características e valor, acompanhado da
respectiva nota fiscal, hipóteses em que o dirigente do órgão determinará o seu
registro no acervo patrimonial.

Art. 7° - Constatada a responsabilidade de servidor público quanto ao


desaparecimento de bem público em virtude de perda, furto ou roubo, o valor do
ressarcimento será arbitrado, observando-se o tempo decorrido desde a aquisição
do bem, segundo os seguintes critérios:
I - até um 1 ano: 100% do valor do bem novo;
11 - entre 1 e 2 anos: 90% do valor do bem novo;
111 - entre 2 e 3 anos: 80% do valor do bem novo;
IV - entre 3 e 4 anos: 70% do valor do bem novo;
V - entre 4 e 5 anos: 60% do valor do bem novo;
VI - entre 5 e 6 anos: 50% do valor do bem novo;
VII - entre 6 e 7 anos: 40% do valor do bem novo;
VIII - entre 7 e 8 anos: 30% do valor do bem novo;
IX - entre 8 e 9 anos: 20% do valor do bem novo; e
X - acima de 9 anos: 10% do valor do bem novo.

Art. 8° - As providências adotadas nas baixas de bens pertencentes ao


acervo patrimonial oriundas de perdas deverão ser mencionadas na Tomada de

242
.• • # PREFEITURA DE •••
Prefeitura Municipal de Patrocínio
PATROCINIO
UNIÃO E TRABALHO
Estado de Minas Gerais

Contas de Final de Exercício, a ser enviada ao Tribunal de Contas do Estado de


Minas Gerais.

Art. 9° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

/
DEIRO MOREIRA MARRA
P~efeitdMunicipal
/
,

I . 243

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