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Exame

XXX
de Ordem
DIREITO TRIBUTÁRIO
TRIBUTO

Livro Eletrônico
© 07/2019

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

Francineide Fontana, Jéssica Souza, Kamilla Fernandes, Larissa Carvalho


ASSISTENTES PEDAGÓGICAS:
e Yasmim Magno

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro, Laís Rodrigues e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR(A): Equipe Gran Online

DIAGRAMADOR: Washington Nunes Chaves

CAPA: Equipe Gran Cursos Online

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
THIAGO RÖSLER

Thiago Rösler é formado em Direito (UFRGS/


UNIC) e Ciências Militares pela Academia Militar
das Agulhas Negras (AMAN). É professor de Direito
Tributário e Legislação Tributária, especialista
em concursos da área fiscal. É mestrando em
Direito Constitucional (IDP) e Especialista (pós-
graduação) em Direito e Controle Externo (FGV),
Direito Tributário (Anhanguera) e Contabilidade
Pública (Unisul). Já exerceu os cargos de Tenente
do Exército e Analista Tributário da Receita
Federal. É Auditor do Tribunal de Contas do
Mato Grosso desde 2013, ocupando a função de
Supervisor de Controle Externo de Contratações
Públicas.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Tributo
Prof. Thiago Rösler

Tributo.......................................................................................................5
1. Apresentação..........................................................................................5
2. Tributo................................................................................................. 11
2.1. Entendendo o que é Direito Tributário: a Relação Jurídico-Tributária........... 11
2.2. Tributo e Imposto e Classificação Pentapartida........................................ 12
2.3. Tributo: Conceito................................................................................ 17
2.4. Tributo: Natureza Jurídica.................................................................... 26
2.5. Tributo: Espécies................................................................................ 28
Resumo.................................................................................................... 62
Questões Comentadas em Aula................................................................... 69
Questões de Concurso................................................................................ 83
Gabarito................................................................................................. 100
Gabarito Comentado................................................................................ 101

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Tributo
Prof. Thiago Rösler

TRIBUTO
1. Apresentação
Bom dia, boa tarde, boa noite e boa madrugada, caro(a) aluno(a)!

Seja bem-vindo(a) ao nosso Curso de Direito Tributário para o Exame da Ordem

dos Advogados do Brasil! Vamos atrás dela  !

Aqui quem vos fala (escreve) é o professor Thiago Rösler!

Neste curso você terá acesso a TODO o conteúdo de direito tributário da prova

do exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Eu já fiz esse exame, quando estava

no quinto semestre, para treinar, e depois no décimo, sei o que você está passan-

do e o que precisa! Passei nas duas vezes que fiz... Na primeira com um pouco de

sorte e na segunda já foi para detonar mesmo, com uma pontuação alta. Em am-

bos, escolhi a área de direito tributário por ser uma das que mais me identifico no

mundo jurídico.

Veja no índice que dividi nossa aula em poucos capítulos e neste primeiro quero

contar para você, caro(a) aluno(a), como trabalharemos.

Nosso curso funcionará da seguinte forma: apresentaremos brevemente o con-

teúdo, explicando os principais conceitos e nuances da matéria de forma direta e

objetiva, como deve ser para o exame da ordem. Utilizaremos mapinhas mentais

(e ao longo do curso utilizaremos mapas e tabelinhas em branco para você preen-

cher e para te ensinar COMO estudar) e completaremos o exame da parte teórica

(que compreende doutrina, leis e entendimentos judiciais) com questões, MUITAS

QUESTÕES da Fundação Getúlio Vargas.

Resolveremos TODAS as questões das provas passadas da OAB!

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As que não resolvermos é porque não estão atualizadas ou por algum motivo

não se aplica mais ao nosso estudo.

Você deve estar atento(a) também às revisões, para que não caia na “curva do

esquecimento”.

Desenvolvida, em 1885, por um psicólogo alemão, Herman Ebbinghaus,

a curva do esquecimento (Forgetting Curve) ilustra a capacidade cerebral que

temos para armazenar as informações recém-adquiridas. Ebbinghaus conseguiu,

por meio de várias experiências, mensurar o efeito do tempo na memória. Obser-

ve o gráfico a seguir:

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Para você ter uma ideia, 24h após uma aula, esquecemos entre 60%-80% do
que foi ensinado. Em outras palavras, lembramos somente entre 20%-40%. Após
30 dias, sem revisões programadas, esquecemos 97% do conteúdo daquela aula.
Note que, na curva, a recomendação é de que você revise horas depois. Mas,
baseado em estudos mais modernos, recomendamos que você revise a matéria
antes de passar uma noite de sono. No nosso caso também revisaremos a matéria
antes de iniciar a aula seguinte!
Voltando ao nosso curso! Se você não sabe, a OAB costuma ter um padrão a
cada prova e, na disciplina de direito tributário, são 4 questões que perseguiremos
aqui. Recomendo fortemente que você escolha tributário para a segunda fase, pois
é uma das matérias com menos peças a serem estudadas! Só para você ter uma
ideia, veja como estão distribuídas as questões (arredondei para demonstrar ape-
nas as questões aproveitáveis) e veja que a cada aula teremos um grande avanço
rumo aos 10% da pontuação que você precisa (4 das 40!) para a segunda fase (e
com este material que você está lendo, a Aula 00, já atacamos logo a quinta maté-
ria mais importante de tributário).

Questões OAB por matéria


Crédito Tributário 24
Impostos 10
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar (matéria de hoje) 12
Legislação Tributária 10
Conceito e Classificação de Tributos 5
Obrigação Tributária 5
Responsabilidade Tributária 5
Competência 4
Repartição da Receita Tributária 3
Administração Tributária 3
Simples 1
Execução Fiscal 1

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Tributo
Prof. Thiago Rösler

Apresentação

Prazer, é uma honra poder contribuir com sua trajetória de concurseiro, com sua

trajetória profissional. Sou Thiago Rösler, leciono Direito Tributário e Legislação

Tributária Municipal e Estadual há aproximadamente 4 anos.

Sou um entusiasta do tema, fiz pós-graduação na

área e constantemente me atualizo sobre o assunto

– neste ano publiquei artigo no livro Processo Ad-

ministrativo Tributário no Mato Grosso (https://

lumenjuris.com.br/direito-financeiro-e-tributario/

processo-administrativo-tributario-no-mato-gros-

so-2018/).

Atualmente estou finalizando o Mestrado em Direito Constitucional, no IDP, em

Brasília, e exerço o cargo de Auditor do Tribunal de Contas do Mato Grosso, atuando

no dia a dia com a Supervisão e fiscalização de licitações e contratos que a Admi-

nistração Pública firma com particulares.

Já fui concurseiro e sei das dificuldades de cada um e, na base da dor, apren-

di os atalhos da legislação tributária – fui aprovado para o ISS Porto Alegre,

ICMS Paraná e ICMS Rio Grande do Sul. Antes disso... Bem, antes disso eu fui

REPROVADO em vários (sim, até perdi as contas, mas tipo uns 10, ou seja, eu, uma

pessoa normal, consegui e para alcançar o sucesso tive que ser resiliente e perse-

verante – e desde já quero contar e fomentar com essas valores aí dentro dessa

sua cabecinha – que vai ficar uma cabeçona de fiscal de tanto estudar.

Acabei optando pela minha atual carreira , na minha cidade de coração, Cuia-

bá-MT. Sou gaúcho de Porto Alegre, já morei em algumas cidades do Brasilzão

(Campinas, Resende, Jaguarão e até Salvador)!

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Ah, também sou pai da Maria Júlia , de 3 meses, uma inspiração diária para

que você tenha uma excelente aula!!!! Então estaremos juntos na ansiedade e na

caminhada para a prova, virando noites juntos (todas as noites eu acordo... rs),

cada um com suas atividades hehehe!

Bom, a ideia não é falar de mim, mas apenas quero te deixar tranquilo(a): você

estará bem preparado com o professor que aqui vai virar noites para lhe entregar

uma boa aula para que no dia da prova você se sinta e esteja preparado!

Ah, muito importante: responderei suas dúvidas em até 24h. Para isso, uti-

lize o canal da área do aluno! Geralmente responderei no horário do almoço e após

as 18h – pois você sabe que sou servidor público e durante a jornada de trabalho

não misturo as coisas.

Estou com a nobre missão de conduzir você, futuro(a) advogado(a), ao GRAU

MÁXIMO em Direito Tributário! Com isso, vamos escrever nossa missão:

GABARITAR DIREITO TRIBUTÁRIO!

Você entendeu, querido(a)?! Vamos repetir e, para que fique bem claro, agora

você grita em voz bem alta aí na sua casa, para que sua mãe/pai/esposa/marido

venha perguntar se você está passando bem mesmo:

“VOU GABARITAR AS QUESTÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO!!”

Certo. Nossa primeira missão ficou clara. E você sabe... Missão dada, “parceiro”,

é missão cumprida! Nossa prova será feita PELA INIMIGA FGV.

Nosso curso será escrito em pdf (teoria e questões), com todas as expli-

cações necessárias para você gabaritar as questões!

Também utilizaremos esquemas com mapas mentais e fichas de aula ! Va-

mos ver nosso conteúdo programático, já organizado na ordem em que as aulas

serão apresentadas:

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Tributo
Prof. Thiago Rösler

5 Tributo (definição e classificação). 5.1 Impostos. 5.2 Taxas. 5.3 Contribuição de Melhoria 5.4
Contribuições especiais 5.5 Empréstimos Compulsórios
2 Princípios tributários 2.1 Princípio da legalidade tributária. 2.2 Princípio da anterioridade tribu-
tária (anual e nonagesimal). 2.3 Princípio do non olet. 2.4 Princípio da capacidade contributiva.
2.5 Princípio da isonomia 2.6 Princípio da irretroatividade tributária. 2.7 Princípio da vedação ao
confisco. 2.8 Princípio da não limitação ao tráfego de pessoas e bens e a ressalva do pedágio. 3
Limitações ao poder de tributar.
7 Benefícios fiscais 7.1 Imunidade 7.1.1 Imunidade geral e recíproca 7.1.2 Imunidade dos templos
religiosos 7.1.3 Imunidade não autoaplicável. 7.1.4 Imunidade de imprensa. 7.1.5 Imunidade dos
fonogramas e videogramas.
6 Competência Tributária
1 Fontes do Direito Tributário 1.1 Constituição da República 1.2 Lei Complementar 1.3 Lei Ordiná-
ria 1.4 Tratados e Convenções internacionais 1.5 Decretos 1.6 Atos normativos administrativos 1.7
Decisões normativas 1.8 Práticas reiteradas 1.9 Convênios 4 Vigência, aplicação, interpretação e
integração da lei tributária. 10. Obrigação Tributária. 10.1 Fato Gerador e hipótese de incidência.
10.2 Sujeição ativa e passiva. 10.3 Solidariedade. 10.4 Capacidade tributária. 10.5 Domicílio tri-
butário.
11 Crédito Tributário. 11.1 Constituição do crédito Tributário (lançamento). 11.2 Suspensão do
crédito tributário. 11.3 Extinção do crédito tributário. 12 Prescrição e decadência. 11.4 Exclusão do
crédito tributário. 7.2 Isenção. 7.3 Anistia. 7.4 Remissão.7.5 Outros benefícios fiscais.
8. Distribuição das Receitas Tributárias. 9 Responsabilidade Tributária. 9.1 Responsabilidade e
solidariedade. 9.2 Responsabilidade dos sucessores. 9.3 Responsabilidade de terceiros. 9.4 Subs-
tituição Tributária. 9.5 Responsabilidade por infrações. 9.6 Denúncia espontânea. 9.7 Multas tri-
butárias. 14 Processo Administrativo Tributário. 11.5 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.
13 Administração Tributária. 13.1 Fiscalização. 13.2 Dívida Ativa. 13.3 Certidões Negativas. 14.1
Estrutura do processo administrativo tributário. 14.2 Contencioso administrativo. 14.3 Processo de
Consulta.
15 Processo Judicial Tributário. 15.1 Controle concentrado de constitucionalidade - Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF). 15.2 Ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária. 15.3 Ação anulatória
de débito fiscal. 15.4 Mandado de segurança. 15.5 Ação de repetição de indébito. 15.6 Ação de
consignação em pagamento. 15.7. Ação de Execução Fiscal. 15.7.1 Embargos à execução fiscal.
15.7.2 Exceção de Pré Executividade. 15.8 Medida Cautelar Fiscal. 15.9. Recursos.

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Tributo
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Pegue o seu e a sua Foi dada a largada para GABARITAR DIREI-

TO TRIBUTÁRIO! Para a aula de hoje, temos o seguinte roteiro: Tributo. Conceito.

Natureza Jurídica e Espécies.

2. Tributo
A partir de agora, sangue nos olhos !

A proposta (e missão!) de hoje é entendermos o que se passa no direito tribu-

tário. Qual o motivo de se cobrar imposto... Quem integra a relação de cobrança e

quais tipos (espécies) de tributos existem?

2.1. Entendendo o que é Direito Tributário: a Relação Jurídico-


Tributária

A primeira coisa que você deve saber sobre o direito tributário é que ele foi de-

finido, doutrinariamente falando, como um ramo do direto público, ao lado, por

exemplo, do direito administrativo e constitucional. Essa divisão é apenas didática,

pois o direito é uno, indivisível, ok?

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No direito tributário, assim como lá no direito administrativo, temos uma re-


lação vertical, em que o Estado (União, Estados e Distrito Federal e Municípios)
aparece com uma situação de supremacia perante o particular.
De um lado temos o Estado (não pagamos tributos para o governo do PT ou do
PSDB, mas sim para o Estado1, ok?) e de outro temos as pessoas que vivem nele.
No direito tributário, vamos chamar o Estado de sujeito ativo e as pessoas que pa-
gam tributo de sujeito passivo (ou contribuinte!).

Relação Jurídico-Tributária
Sujeito Ativo (Estado = U, E, DF e M) Sujeito Passivo = Contribuinte (Eu, você, derp, as empresas etc.)

Não precisa decorar este conceito mas entenda que na relação jurídico-tributá-
ria, há um sujeito passivo que normalmente tem uma obrigação tributária (tributo
ou multa) a ser prestada (paga) a um sujeito ativo! Ela não é uma relação de poder,
mas sim uma relação jurídica, estando sujeitas a limitações – que chamamos de
limitações ao poder de tributar, tema das próximas aulas.
Entendida esta relação, precisamos estudar o objeto dela: os tributos!

2.2. Tributo e Imposto e Classificação Pentapartida

Primeiramente, saiba que tributo não é sinônimo de imposto. Vamos repetir,


ao longo do curso, as coisas importantes...
1
Sempre entenda Estado como um dos entes políticos: União na esfera federal, Estados e DF na esfera esta-
dual e Municípios na esfera municipal. Lembre-se que o DF é um ente misto, tendo natureza estadual e
municipal ao mesmo tempo.

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Saiba, ainda, que IMPOSTO não é sinônimo de tributo, mas apenas uma ESPÉ-

CIE do gênero. Assim, o imposto é um tributo, mas não podemos afirmar que

tudo que pagamos é imposto, ok? Cotidianamente vemos exemplos errados

disso.

Nos jornais, é comum os apresentadores ou os repórteres comentarem sobre o

“aumento de impostos”, quando na verdade querem falar de tributos! Isso acon-

tece para que se tenha uma linguagem mais simplificada com o público – se você

perguntar na rua, vão saber o que é imposto, mas não necessariamente o que é

uma contribuição de melhoria! Outro exemplo é o impostômetro, que geralmente

engloba todos os tributos (como contribuições sobre o lucro, taxas etc.).

Gênero é algo (um grupo maior) que tem vários subgrupos, ok? É uma pala-

vrinha muito usada para definirmos conceitos. Precisamos saber algumas coisas a

respeito da classificação doutrinária dos tributos:

i) o CTN prevê apenas 3 tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria),

trata-se de uma classificação ternária ou tripartite.

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Código Tributário Nacional


Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

ii) já a CF/1988 prevê 5 tributos, conforme entendimento do STF (pentapartite

ou quinquipartida). O texto da CF/1988 prevê 3 tributos no art. 145 e em diversos

outros dispositivos há outras menções a tributos.

CF/1988
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou po-
tencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Vou te apresentar no mapinha a seguir todas as ESPÉCIES do gênero tributo:

Veja que já destaquei a classificação ternária (de 3!), do CTN (saiba que

o CTN é de 1966... Por isso que ele não previu todas as espécies de tributos exis-

tentes hoje, muitas décadas depois). Também ressaltei que a posição do Supre-

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mo Tribunal Federal, que se posicionou pela classificação pentapartida ou

quinquipartida (de 5, né, cabeça!).

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) já cobrou isso em prova:

Questão 1    (FGV/PROCURADOR/2014) Em um precedente específico, o STF deta-

lhou as espécies tributárias à luz do Sistema Tributário implantado pela Constitui-

ção de 1988. Isso se deu no julgamento do Recurso Extraordinário n. 138.284-CE,

do qual foi Relator o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi acompanhado pela una-

nimidade dos demais Ministros.

Em tal precedente, o STF concluiu que as espécies tributárias são

a) impostos e taxas.

b) impostos, taxas e contribuições de melhoria.

c) impostos, taxas e empréstimos compulsórios.

d) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios.

e) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria e pa-

rafiscais.

Letra e.

Fácil a resposta, né? Letra “e”, pois o posicionamento do STF é pela classificação

com 5 espécies de tributos. Agora que sintetizamos as espécies, quero que você

preencha nossa primeira ficha (pode parecer fácil para alguns, mas esse nível vai

subir e muito, pode esperar!):

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Ficha 1.1

ESPÉCIES DE TRIBUTOS
1.
Classificação
2.
Classificação Tripartida
3.
Quinquipartida
4.
5.

Vamos conhecer o quadro completo:

Depois estudaremos uma a uma, começando pelo conceito de TRIBUTO e desmiti-

ficando cada uma de suas espécies.

Sabedores do que é um imposto, seremos os chatos da casa ao corrigirmos nos-

sos parentes, amigos, colegas etc., quando eles falarem errado “to pagando muito

imposto!!!”... aí você manda um #VEJA BEM... Você paga muito tributo... Dentro

dos tributos, existem os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, que são

da classificação ternária original da década de 60... Posteriormente, com o advento

da CF/1988 (seja bem chato e fale “constituição cidadã”), o STF entende que há 5

tributos, além dos três primeiros, temos as contribuições sociais e os empréstimos

compulsórios.

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Que papinho !

Você já deve imaginar que no direito tributário estudaremos ALGO (um tribu-

to ou multa) que alguém (nós, contribuintes) paga para outro alguém (o Estado,

o governo, podendo ser o Estado Federal (a união), o Estado (o ente estadual),

o Distrito Federal ou o Município.

Vamos colocar a cachola para funcionar (para pensar!) e entender esta relação

de pagamento, à qual damos o nome de relação jurídico-tributária (como bons

futuros fiscais, vamos utilizar a nomenclatura correta)!

2.3. Tributo: Conceito

O conceito e tributo é dado pelo Código Tributário Nacional:

Conceito de Tributo
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Reparou nos elementos do conceito?

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Tributo
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Daqui tiramos o porquê de a multa não ser tributo: multa é sanção. Logo, multa

não pode ser tributo!

Professor... mas este mimimi de conceito cai em prova?

Sim! O examinador adora mimimis... E nós? Bem, nós AMAMOS mimimis, pois

amamos o que o examinador adora.

Questão 2    (FGV/AUDITOR/2014) Assinale a opção que apresenta elemento estra-

nho ao conceito legal de tributo.

a) Prestação compulsória.

b) Prestação pecuniária.

c) Prestação com natureza de sanção.

d) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada.

e) Prestação instituída em lei.

Letra c.

Veja que são questões recentes e de concursos de cargos tops! No enunciado

da questão, pede-se o elemento ESTRANHO ao conceito legal de tributo... Bem,

o conceito legal de tributo prevê que ele deve ser compulsório (ok na letra “a”),

deve ser pecuniário (ok na letra “b”), que ele não pode ser punição (OPA VIZINHO!

Letra “c” incorreta), que ele tem que ser cobrado mediante atividade administrati-

va vinculada (ok na letra “d”) e que deve ser previsto em lei (letra “e”, ok). Assim,

o gabarito é a letra c”, pois é a única alternativa que não atende ao enunciado.

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O elemento apresentado é característico, inclusive, da multa, que é quaaase um

tributo – mas não é!

Isto também caiu já neste ano, agorinha, em janeiro de 2018!

Você aí que já se achava nível hard em tributário... E você aí que está começan-

do a caminhar pela matéria... Conceito de tributo ainda cai, viu? Foi na prova para

auditor-fiscal de Rondônia:

Questão 3    (FGV/AUDITOR-FISCAL/2018) De acordo com a definição de tributo,

segundo o Código Tributário Nacional, assinale a afirmativa incorreta.

a) A compensação financeira pela exploração de recursos minerais não é tributo,

por ausência do caráter compulsório.

b) A concessão de desconto ao contribuinte do IPVA, que não tenha cometido in-

frações de trânsito, viola o conceito de tributo, pois o tributo não é sanção por ato

ilícito.

c) O serviço militar obrigatório não é tributo, por ser uma obrigação compulsória

não pecuniária.

d) O acréscimo no valor do IPTU, a título de multa administrativa por ausência de

inscrição imobiliária, viola o conceito de tributo, por se tratar de sanção por ato

ilícito.

e) Os agentes públicos envolvidos na cobrança do tributo não podem agir moti-

vados por pressupostos de conveniência e oportunidade, devendo cumprir o que

determina a lei, pois a cobrança do tributo é atividade administrativa plenamente

vinculada.

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Letra b.

Na letra “a”, se não há caráter compulsório, então não estamos falando de tributos

– essa compensação é um outro tipo de receita; na “c”, não temos pecúnia (dinhei-

ro!) envolvido no serviço militar obrigatório, então não há que se falar em tributo;

na letra e”, um dos elementos do tributo, o último de nossa figura do conceito de

tributo.

As alternativas que poderiam deixar o candidato em pane eram a “b” e a “d”. Na

“d”, se aumentarmos o valor de um imposto, como o IPTU, por meio de uma multa,

estaremos diante de uma violação ao conceito de tributo. Não é que não possamos

ter multa: podemos, porém, a multa é algo isolado – ela vai aumentar o valor total

a pagar, mas isso será a título de multa – o valor do imposto permanece o mesmo!

Na letra “b”, não temos uma sanção envolvida – pelo contrário, quer se motivar o

bom comportamento no trânsito – esse é o nosso gabarito, pois a alternativa está

errada. Vejamos uma ficha dos conceitos do tributo e, em seguida, vamos tratar

das espécies. Vimos 5 elementos... Você consegue lembrar deles (tente completar

a ficha sem olhar a figura do início da página):

Ficha 1.2

CONCEITO DE TRIBUTO (elementos)


1
2
3
4
5

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Agora que sabemos cada partezinha do conceito, vamos conversar um pouco

sobre elas. Vou montar um esquema para que você possa ver o todo e as observa-

ções (que serão bem objetivas, dentro da ideia de enxugarmos páginas sem perder

qualidade):

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir:

• pecúnia significa dinheiro, ou seja, o tributo deve ser pago em moeda corrente

(o que engloba, logicamente, pagamentos mediante boletos, darf, guias...);

• cujo valor nela se possa exprimir significa que há outras hipóteses de paga-

mento que não em moeda (que é a regra geral); o CTN, no art. 162, deter-

mina que o pagamento é efetuado:

I – em moeda corrente, cheque ou vale postal;


II – nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo me-
cânico.

Repare que o cheque, o vale, o selo e a estampilha (que é um selo fiscal) repre-

sentam valores que podem representar a moeda. Assim, não é permitido o paga-

mento de tributo que não em dinheiro ou os casos que o CTN traz.

• Não posso trabalhar em troca do pagamento de tributo, por exemplo (o que

seria uma prestação in labora);

• Não posso entregar bens em troca do pagamento de tributo (prestação in

natura).

Porém, existe uma exceção trazida pela lei: a dação em pagamento em bens

imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. A dação em pagamento em

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bens imóveis é uma forma de extinção do crédito tributário, ou seja, é uma exceção

à pecúnia – mas veja que o valor de um imóvel pode ser exprimida em dinheiro.

Essa exceção surgiu via Lei Complementar, sendo plenamente válida.

Daí tentaram fazer isso com bens móveis... seria possível nós pagarmos tributos

pela entrega de bens, se houvesse uma lei prevendo isso?

Teeeeêmpo... [tic tac tic tac tic tac]

Não, caro(a) aluno(a)! O Distrito Federal tentou fazer isso e o STF decidiu que

isso seria “Ofensa ao princípio da licitação na aquisição de materiais pela adminis-

tração pública.”

Prestação compulsória:

O pagamento de tributo não pode ser ignorado, sendo obrigatório. O tributo é

uma receita derivada, pois provém do patrimônio do particular.

Não pode ser sanção para ato ilícito:

Essa é a principal diferença do tributo para a multa: a sanção. Assim, jamais

pode o Estado (U, E, DF, M) instituir um tributo para penalizar alguém.

Até existe uma função extrafiscal em algumas alíquotas: por exemplo, o cigarro

tem altíssimas alíquotas de IPI e de ICMS, sendo mais caro que um gênero básico

de alimentação como o leite.

Essa função extrafiscal não é sanção (parece, né? Mas não é!).

Já a multa sim, essa é sanção!

Ex.: multa se você sonegar imposto de renda.

Instituída em lei:

Somente por Lei pode ser instituído um tributo – e aí também valem as Medidas

Provisórias, ok?

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Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada:

Quando falamos em atividade administrativa vinculada, precisamos diferenciá-la

da atividade discricionária.

Uma atividade vinculada significa obrigatoriedade: o servidor que cobra tributos

não pode optar por não cobrar, ele deve realizar a cobrança, sob pena de responsa-

bilidade funcional. Já na atividade discricionária haveria uma série de opções den-

tre as quais o servidor poderia escolher, optando por realizar ou não a atividade.

Vamos ver o que a FCC acha disso tudo?

Questão 4    (FCC/SEFAZ-MA/2016) De acordo com a definição do Código Tributário

Nacional, tributo é toda prestação

a) compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor

nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela

legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plena-

mente vinculada.

b) pecuniária compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos,

cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, ins-

tituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente

vinculada.

c) compulsória, preferencialmente em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,

que não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobra-

da mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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d) pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que

não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada.

e) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou

não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante

atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada.

Letra d.

Sem maiores necessidades de comentários aprofundados – já que a banca cobrou

conhecimento literal do art. 3º do CTN:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

2.3.1. Tributo x Multa

Tributo não é multa!


Imposto não é sinônimo de tributo, apesar de ser um tributo.

A multa é uma sanção dada ao particular pelo fato de ele ter descumprido uma

obrigação prevista na legislação tributária. O CTN utiliza o nome de “penalidade

pecuniária” para multa.

Tributo não é multa e estou aqui pensando se você já sabe o porquê... Olha

como caiu:

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Questão 5    (FCC/ISS-SP/2012) Um contribuinte deixou de emitir o documento fis-

cal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de competên-

cia municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo

descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea “a” do

Decreto Municipal n. 52.703/11)

Essa penalidade pecuniária

a) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo des-

cumprimento de uma obrigação acessória.

b) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.

c) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza compulsória.

d) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme estabe-

lece o Código Tributário Nacional.

e) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser definida

como tributo.

Letra e.

Assim, a multa, apesar de ser uma obrigação tributária principal (veremos este

conceito nas aulas seguintes), não é tributo, pois ele não pode ser sanção por ato

ilícito!

Sua multa de trânsito, por exemplo, não é um tributo! Logo, apenas a última aten-

de ao nosso enunciado. A multa que o descumprimento da obrigação de emitir nota

fiscal gera não é tributo!

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2.4. Tributo: Natureza Jurídica

O CTN determina que:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Assim, temos que o fato gerador (calma, calma, caro(a) aluno(a), nós apren-

deremos o que é fato gerador neste curso!), [que é aquilo que o sujeito passivo

pratica no mundo real e dá ensejo à cobrança de tributo (falando aqui a grosso

modo, mas tecnicamente falando, o fato gerador está previsto em lei como uma

conduta abstrata e, quando alguém incide nesta conduta, há subsunção do fato (no

mundo real) à norma (mundo das leis), o que gera a obrigação tributário e, após

o lançamento do tributo, gera o crédito tributário)] que determina a natureza

jurídica específica do tributo.

Para aprendermos cada uma das espécies do mapinha que vimos, precisamos

saber as características de cada um desses tributos. Somente depois disso é que

podemos “classificá-lo”.

É importante saber, ainda, aquilo que NÃO é levado em conta para se de-

terminar a natureza jurídica (classificação!) do tributo:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Quanto ao fato gerador da obrigação principal, calma, veremos o que é isso

nas aulas seguintes. Atenha-se aos incisos I e II do art. 4º do CTN (aliás, abra seu

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CTN e grife esse art. 4º agora mesmo!). Não interessa para sabermos se o tributo

é imposto ou taxa o NOME dele, as características formais nem a destinação legal

da arrecadação! Agora é imprescindível a gente fragmentar as espécies e estudar

cada uma separadamente.

É o fato gerador, portanto, que vai determinar em qual das 5 espécies será en-

quadrado o tributo! Olha como o tema é recorrente em prova:

Questão 6    (FCC/SEFAZ-SC/2018) Conforme estabelece o Código Tributário Nacio-

nal, a natureza específica do tributo é determinada

a) pelo legislador, ao elaborar a norma legal, pois ao estabelecer sua denominação,

a destinação do valor arrecadado e a progressividade da base de cálculo, é que se

especifica a natureza do tributo.

b) pela autoridade fazendária, pois, ao interpretar e aplicar a norma legal, sobre

os fatos ocorridos, faz surgir o débito tributário e se revela a natureza jurídica da

exação.

c) pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a

denominação dada pelo legislador e a destinação legal do produto da arrecadação.

d) pela alíquota, sendo irrelevantes a base de cálculo e o fato gerador, pois se a alí-

quota é crescente, a natureza do tributo é progressiva, se é decrescente, o tributo

é regressivo.

e) pelo Poder Judiciário, pois ao julgar os processos que lhe são apresentados,

a autoridade judiciária desvenda a natureza do tributo, sua progressividade e a

justa destinação dos recursos arrecadados.

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Letra c.

Veja, caro(a) aluno(a), foi uma questão bem literal e até meio “viajada”. Bastava o

conhecimento do quarto artigo do CTN, ou seja, conceitos iniciais, para acertá-la:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Gabarito é a terceira 😉!

2.5. Tributo: Espécies

Vejamos as 5 espécies de tributos que a Constituição Federal (conforme enten-

dimento do STF!) nos traz.

2.5.1. Impostos

Comecemos pelo conceito do CTN (e você grife com o marca texto amarela):

Conceito de Imposto
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação inde-
pendente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Isso quer dizer que o imposto não depende de uma atividade do Estado. O im-

posto tem como norteadora uma ideia de solidariedade social. Não há um caráter

retribuído: eu não pago imposto em troca de algo específico, mas sim em troca de

um bem-estar geral.

Aqui surge o conceito de tributos VINCULADOS e NÃO VINCULADOS. Repare

que o tributo é não vinculado a qualquer atividade estatal específica! Guarde muito

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bem esta ideia: o imposto é aquilo que pagamos para o “bolo geral das receitas”...

Esse bolo geral é de onde saem os recursos que custeiam os serviços públicos e que

pagam o funcionamento da máquina pública.

Para provar que eu não estamos loucos nem mentindo, olha que fácil :

Questão 7    (FCC/TRT20/2016) De acordo com o Código Tributário Nacional, a exa-

ção cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se

a) empréstimo compulsório, quando sua ocorrência for eventual.

b) imposto, tanto quando a competência for da União, como quando for dos Esta-

dos ou dos Municípios.

c) expectativa de benefício, decorrente de pagamento de contribuição social.

d) taxa, pelo uso potencial de serviço público específico e divisível.

e) preço público, por serviço a ser prestado em exercício futuro.

Letra b.

Resposta: os impostos. São eles os tributos que independem de uma ação do esta-

do – o Estado não precisa lhe prestar qualquer serviço nem lhe entregar nada em

troca para lhe cobrar imposto!

Os existentes hoje são os seguintes (arts. 153, 155 e 156 da CF/1988 para os im-

postos federais, estaduais e municipais!):

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Dessa forma, guarde que impostos são:

• não contraprestacionais, não retributivos;

• utilizados para os serviços universais, uti universi.

Questão 8    (FCC/PGE-BA/2013) O art. 16, do Código Tributário Nacional, define o

imposto como sendo a obrigação que tem por fato gerador uma situação indepen-

dente de qualquer atividade estatal específica, relacionada ao contribuinte. Sobre

o imposto, é correto afirmar que

a) é classificado como tributo não vinculado, pois no aspecto material de sua hipó-

tese de incidência não há qualquer atividade estatal específica.

b) é classificado como tributo não vinculado, pois não pode, de forma absoluta e sem

qualquer exceção, ter sua receita vinculada a qualquer órgão, fundo ou despesa.

c) o fato gerador não se presta a indicar a capacidade contributiva do contribuinte,

por ser tributo não vinculado.

d) se submete à regra da legalidade, não se admitindo sua instituição ou majora-

ção por ato do Poder Executivo.

e) a competência para instituição e majoração de imposto é classificada constitu-

cionalmente como comum, pois todos os entes federados a possuem.

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Letra a.

Como os impostos são o grande bolo de onde o Estado tira recursos para financiar

suas atividades (políticas públicas, serviços, pagar os servidores, entre outros),

dizemos que seu fato gerador não é vinculado a qualquer atividade estatal.

Quando a banca fala em aspecto material de hipótese de incidência, ela está se

referindo ao próprio fato gerador, por isso a primeira é o nosso gabarito.

Temos um esclarecimento em relação à segunda assertiva: os impostos, em regra,

não podem ter sua receita vinculada a qualquer atividade. Porém, existem exce-

ções para a vinculação da receita de impostos para saúde e educação! Daí o erro

da alternativa “b”. Repare que a banca mistura a vinculação do fato gerador do

imposto a uma atividade estação (que não existe) com a vinculação da RECEITA

do imposto a alguma destinação específica, que é outra coisa – e também, como

regra, não pode ser feita.

Questão 9    (FCC/PGM DE JOÃO PESSOA/2012) Um tributo que tenha por caracte-

rísticas ser não vinculado a uma atividade estatal, admita, por expressa e excepcio-

nal previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não

admita previsão de restituição ao final de determinado período classifica-se como

a) taxa.

b) contribuição de intervenção no domínio econômico.

c) imposto.

d) empréstimo compulsório.

e) contribuição social.

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Letra c.

Aluno(a), olha o conceito de tributo: o seu fato gerador (responsável pela natureza

jurídica!) não é vinculado a uma atividade estatal específica e em regra não pode

ter sua receita vinculada. Nosso gabarito é a letra c”.

2.5.2. Taxas

Começamos com o texto constitucional das taxas:

Taxas na CF/1988
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Questão 10    (FCC/PGM DE RECIFE/2014) A Prefeitura do Recife, por meio de sua

Secretaria de Finanças, resolveu enviar proposta ao legislativo municipal para a

instituição de novas taxas aplicáveis aos munícipes recifenses. É prescrição norma-

tiva constitucional que deve ser observada por esta proposta legislativa:

a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que possa

ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista as neces-

sidades deste serviço nos bairros carentes do Recife.

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b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de obras

públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas instituí das ba-

ses de cálculo própria de imposto.

c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos es-

pecíficos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham base

de cálculo própria de impostos.

d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia ou pela

utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao contribuinte.

e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que sejam

graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes.

Letra c.

Vimos que a CF/1988 exige que a instituição de taxas seja pela utilização efetiva

ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte,

desde que elas não tenham base de cálculo própria de impostos.

O CTN vai nos adicionar mais conhecimento. Vejamos:

Taxas no CTN
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pe-
los Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

Portanto, a taxa pode ter duas razões para ocorrer (no direito tributário chamamos

isso de “Fato gerador”, será melhor explicado futuramente):

1) Exercício regular do poder de polícia;

2) utilização, efetiva ou potencial (EOUP), de serviço público específico e divisível

(EED), prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

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Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Cai em prova: a taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas!

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limi-
tando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abs-
tenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à or-
dem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempe-
nhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua dis-
posição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de interven-
ção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um
dos seus usuários.

#tenso né?

Mas te ajudamos. Saiba que a taxa é RETRIBUTIVA, ou seja, ela é paga em TRO-

CA de alguma coisa (o imposto não, lembra?). Essa alguma coisa pode ser:

i) o poder de polícia;

ii) o serviço público;

Daí o legislador se preocupou em definir o que é poder de polícia e qual serviço

público que está abrangido para que se dê a ocorrência da taxa.

Questão 11    (FGV/ISS-NITERÓI/2015) A Constituição Federal prevê várias espé-

cies tributárias, entre as quais a modalidade cujo fato gerador pode ser o exercício

do poder do Estado de limitar as liberdades individuais em prol do bem da coletivi-

dade. Esse tributo é:

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a) empréstimo compulsório;

b) contribuição de melhoria;

c) imposto;

d) taxa;

e) contribuição parafiscal.

Letra d.

Nosso gabarito é a letra “d” (TAXA), pois essa limitação do poder é inerente ao po-

der de polícia. É taxa decorrente do poder de polícia!

Deve-se ressaltar que há prescindibilidade (isso é igual a dizer que não precisa) de

comprovação do efetivo exercício do poder de polícia, ou seja, não precisa haver

efetiva fiscalização no estabelecimento para que se cobre essa taxa, bastando

haver um órgão constituído de fiscalização.

O primeiro ponto, portanto, é saber que existem dois tipos de taxas: de serviços

públicos e de polícia. A taxa é um tributo vinculado a uma atividade estatal especí-

fica, portanto. Feita esse esclarecimento, vejamos a confusão existente entre taxa

e preço público:

Precisamos discernir “taxas x tarifas públicas” (ou preços públicos). Existe uma

grande controvérsia sobre o que é taxa (tributo, que é pago ao Estado) e sobre o

que é tarifa ou preço público (que pode ser pago ao particular, e que não é tributo).

Veja a súmula do STF que despensa em prova:

Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

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Questão 12    (FGV/TJ-PA/2009) A taxa e o preço público se caracterizam por:

a) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa ser receita originária.

b) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da proporcionalidade do uso e a do

preço público não.

c) o preço público poder ser cobrado pela utilização potencial do serviço, enquanto

e a taxa não poder.

d) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público

poder ser exigido por pessoa jurídica de direito privado.

e) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços públicos ser, sobretudo,

contratual.

Letra d.

Nosso gabarito é a letra “d”. Os serviços públicos podem, além de serem taxados,

serem remunerados de outra forma – não haverá taxa, mas tarifa ou preços públi-

cos. Nas taxas, o único sujeito ativo que pode existir é o Estado – na condição de

pessoa jurídica de direito público. No preço público, um ente privado poderá exigir

do contribuinte uma prestação pecuniária – que não será tributo!

Aluno(a)... Custas judiciais são taxas! Vamos destacar?

 As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de


taxa de serviço.

Questão 13    (FGV/OAB-XVII/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Es-

tado X da Federação instituiu, por meio de Provimento da Corregedoria Geral da

Justiça, as custas judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a partir da data

da publicação. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

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a) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de preço

público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao poder de

tributar.

b) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa

de serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da

legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

c) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de contri-

buição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios

da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

d) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa

de poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os prin-

cípios da legalidade e da anterioridade de exercício.

Letra b.

Sobre os princípios envolvidos, peço paciência, estudaremos nas próximas aulas,

apenas fique atento(a) à natureza jurídica das custas judiciais e dos emolumentos

cartorários, que são taxas!

Questão 14    (FGV/SEFAZ-RJ/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado

por empresa privada, concessionária, para os usuários de determinada rodovia que

passa pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer via

alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale a alter-

nativa correta.

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a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoria-

mente a característica da compulsoriedade.

b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com

o princípio da indelegabilidade da competência tributária.

c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobra-

do pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade.

d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança

de pedágio.

e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por

meio de pedágio, por imposição constitucional.

Letra b.

Essa foi mais uma questão para diferenciar taxa de preço público... E a aplicabili-

dade disso nos pedágios, já cobrada anteriormente pela banca FGV. Nosso gabarito

é a letra “b”... A tarifa pública, quando cobrada por particular, não ofende o princí-

pio da Indelegabilidade, pois não se trata de delegação de competência tributária

(trataremos da competência mais à frente... Guarde agora que no caso hipotético

acima, o pedágio seria uma TARIFA (ou preço público) e não uma taxa)!

A FGV adora inventar casinhos hipotéticos na prova e te pedir um posicionamento

sobre eles! Na letra “a” fala-se em Compulsoriedade, o que não existe para tarifa,

apenas para taxa. Na letra “c”, não podemos ter uma taxa cobrada por empresa

privada. A letra “d”, está errada, pois na lei que disciplina o regime de concessão de

serviços públicos (Lei n. 8.987/1995) não se exige obrigatoriedade de outro serviço

gratuito, em que pese haver diversos entendimentos de que quando não há outra

via gratuita disponível para o usuário, ele tem direito ao ressarcimento do pedágio.

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O tema é polêmico, mas foque no objetivo da questão, que destacou o fato de o

preço público não ser delegação! Na letra “e”, totalmente descabida, algo que sa-

bemos até na prática, por vivenciar pedágios em nosso cotidiano.

Para um fechamento de taxas x tarifas:

Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

 Obs.: não existe mais esse princípio da anualidade, mas permanece a questão da

previsão orçamentária.

TAXA x TARIFA ou Preço Público


TAXA PREÇO PÚBLICO
É tributo, precisa de lei Não é tributo, origina-se em contrato
É compulsória, porque é tributo Facultativa
Regime de Direito Público Regime de Direito Privado ou Híbrido
Receita Derivada Receita Originária
Exemplos: Exemplos:
– Taxa de Serviços Diversos (comum nos municípios) – Tarifa de Energia Elétrica
– Taxa Judiciária (existe nos Estados e União) – Tarifa de Água

Aluno(a), agora vamos listar algumas súmulas... Elas são meio autoexplicativas,

não tem motivo para ficar “inventando moda” em cima delas, pois é literalmente

que elas podem e vão aparecer nas provas:

Súmulas Vinculantes do STF:


Súmulas Vinculante n. 12 – Taxa de matrícula – A cobrança de taxa de matrícula nas
universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.
Súmulas Vinculante n. 19 – Taxa de coleta de lixo – A taxa cobrada exclusivamente
em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo
ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Súmulas Vinculante n. 29 – Um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos
– É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade
entre uma base e outra.

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Súmulas Vinculante n. 41 – Taxa de iluminação pública – O serviço de iluminação


pública não pode ser remunerado mediante taxa. [o correto é por contribuição de
iluminação pública]
Súmulas do STF:
Súmula n. 595 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do Imposto Territorial Rural.
Súmula n. 667 – Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária
calculada sem limite sobre o valor da causa.
Súmula n. 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado median-
te taxa.
Súmula n. 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e va-
lores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940/1989.
Súmulas STJ:
Súmula n. 80 – A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo
do ICMS.

Questão 15    (FCC/ANALISTA/2018) O valor pago em pedágio, por usuários de es-


trada pública cuja exploração tenha sido concedida à iniciativa privada, é
a) contribuição de melhoria.
b) taxa de serviço.
c) preço público.
d) empréstimo compulsório.
e) imposto inominado.

Letra c.

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O pedágio pago nas rodovias, se há um particular envolvido na cobrança (o conces-

sionário), é um preço público, ok? Caso não haja esse particular, ou seja, seja co-

brada diretamente pelo Estado (o que dificilmente vemos acontecer hoje em dia),

aí seria uma taxa. Guarde essa informação!

2.5.3. Contribuições de Melhoria

Aluno(a), vamos pensar. Às vezes, o governo realiza obras públicas que benefi-

ciam determinada região. Assim, os imóveis dela ficam valorizados.

Por exemplo, a construção de uma Arena de futebol moderna, com um lago, local

para prática de skate, caminhada, brincadeiras para criançada... Os imóveis dos

arredores que valiam R$ 100.000,00 passaram a valer R$ 200.000,00.

Não é justo para quem não teve obra perto de casa nem é justo para o Estado,

pois é um “enriquecimento sem causa” daqueles que têm imóveis por ali. Dessa for-

ma, foi criada a contribuição de melhoria (que tem origem na Inglaterra, quando

foram realizadas obras nas margens do Rio Tâmisa, o que possibilitou uma série de

benefícios para os proprietários dos imóveis locais). Veja o texto da CF/1988:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

O STF entende que “Sem valorização imobiliária decorrente de obra pública não

há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização

e a sua base de cálculo é a diferença entre os dois momentos: o anterior e o poste-

rior à obra pública, vale dizer o quantum da valorização imobiliária”. Isso quer dizer

que precisa haver incremento do valor de mercado dos imóveis!

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Aluno(a), entenda, isso não é automático... Precisa haver um edital prevendo

o total do investimento da obra, pois o Estado não pode cobrar dos imóveis mais

do que gastou. Outro ponto importante é que o mero recapeamento asfáltico, sem

incremento de valor dos imóveis, não é suficiente para gerar contribuição de me-

lhoria! Se for um novo asfalta, do qual provenha valorização imobiliária, aí sim!

Encerrando aqui os ensinamentos da contribuição de melhoria, vejamos o texto

do CTN:

Contribuição de Melhoria no Código Tributário Nacional


Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliá-
ria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Veja, o limite total é o valor da obra; o limite individual é o valor acrescido a

cada imóvel.

Já caiu uma questão bobinha da (ESAF) querendo saber se esses limites esta-

vam previstos na CF... E não estão!

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mí-
nimos:
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou
para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados,
de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impug-
nação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

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§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da par-


cela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na
zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do
montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos
que integram o respectivo cálculo.

Aluno(a), leia tudo acima e foque no destacado!

Sobre a Contribuição de Melhoria, você deve saber que há um Decreto-lei

n. 195/1967, recepcionado pela CF/1988 como Lei Complementar, que também

regula este tributo! Não apenas o CTN!

Conforme o referido decreto-lei, a Contribuição de Melhoria “tem como fato ge-

rador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou

indiretamente por obras públicas”. É o decreto (status de Lei Complementar, ple-

namente válido!) que explicita quais obras podem dar origem a uma cobrança da

contribuição de melhoria (não se preocupe em gravar os casos, citei apenas para

conhecimento geral, não vão lhe cobrar quais casos são ou não de contribuição de

melhoria):

Art. 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de


propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:
I – abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e
outros melhoramentos de praças e vias públicas;
II – construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadu-
tos;
III – construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive todas as obras e
edificações necessárias ao funcionamento do sistema;
IV – serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes
elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás,
funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;
V – proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drena-
gem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regu-
larização de cursos d’água e irrigação;
VI – construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de
estradas de rodagem;

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VII – construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;


VIII – aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em
desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

Questão 16    (FCC/SEFAZ-GO/2018) A contribuição de melhoria é uma espécie de

tributo expressamente mencionada na Constituição Federal e no Código Tributário

Nacional. De acordo com as normas do CTN, esta contribuição pode ser cobrada

pelo Estado, para fazer face

a) a despesas referentes à limpeza de um campo de futebol de propriedade do clu-

be da região, que conseguiu, com isso, melhorar a qualidade de vida das crianças

que residiam nas suas redondezas.

b) ao custo de obras públicas referentes à edificação, pelo poder público estadual,

de uma escola e de um parque públicos, os quais acabaram valorizando a região

como um todo, inclusive os imóveis circunvizinhos.

c) ao custo extraordinário incorrido pelo poder público, referente à alteração de

destinação dos prédios históricos da região, ocasionando a valorização do acervo

histórico mobiliário que neles se contra.

d) ao custo dos reparos promovidos em uma pista elevada para bicicletas, que,

embora tenha ocasionado a depreciação dos imóveis circunvizinhos a ela, solucio-

nou os problemas de tráfego da região.

e) ao custo extraordinário incorrido pelo poder público, referente à contratação de

professores estrangeiros, contratados para lecionar na faculdade estadual local,

tornando-a uma faculdade de ponta no Brasil.

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Letra b.

Aluno(a), o custo de obras públicas, ou seja, feitas pelo poder público, de qualquer

dos entes da federação, das quais decorram valorização imobiliária é o que pode

ensejar a cobrança de contribuição de melhoria (gabarito é a segunda!). Deve ha-

ver, portanto, valorização em $$$$ dos imóveis, não bastando que se melhore a

qualidade de vida, como foi exposto na primeira alternativa.

Questão 17    (FCC/SEFAZ-SC/2018) A Constituição Federal estabelece que a “União,

os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tribu-

tos: (...) contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”. O Código Tribu-

tário Nacional, porém, é mais específico e estabelece que este tributo é

a) de competência exclusiva da União, arrecadado mediante rateio em nível na-

cional e tem por finalidade fazer face ao custo de obras públicas que sejam ne-

cessárias, mas onerosas demais para serem custeadas pelo poder público federal,

isoladamente.

b) instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização

imobiliária.

c) instituído para fazer face ao custo de obras em prédios públicos, das quais de-

corra a valorização destes.

d) de competência privativa da União, tem como fato gerador obras públicas reali-

zadas por ela e que beneficiam mais de um Estado, tem como contribuinte apenas

pessoas jurídicas de direito público, e tem como limite de arrecadação o custo da

obra realizada em cada uma destas unidades federadas.

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e) de competência exclusiva dos Municípios e tem como limite de arrecadação a

soma dos limites individuais de valorização imobiliária, representada pelo acrésci-

mo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Letra b.

A FCC gosta de uma contribuição de melhoria, cobrada novamente nesta questão

– até o gabarito foi o mesmo! É a segunda a correta, pois fala de obra pública que

traz valorização imobiliária a imóveis do seu entorno.

Questão 18    (FCC/ISS-TERESINA/2016) Um Município brasileiro foi beneficiado

com as seguintes obras, no exercício de 2015:

I – Construção de uma fábrica de laticínios, por grupo econômico privado, cuja

produção será destinada à exportação, e que acabou por gerar centenas de

empregos para os munícipes, aumentando sensivelmente sua renda e valo-

rizando os imóveis próximos à fábrica.

II – Implantação de uma escola e de um posto de saúde em bairro da periferia,

por iniciativa do governo estadual, as quais implicaram valorização dos imó-

veis localizados em sua proximidade.

III – Construção de um porto fluvial pelo governo municipal, para escoar a produ-

ção de laticínios que serão produzidos no Município, o que acabou por valo-

rizar os imóveis que circundam esse porto, em um raio de dois quilômetros.

IV – Construção de uma balança rodoviária de cargas, em rodovia municipal, para

evitar o trânsito de veículos com excesso de peso nos limites do Município.

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Em razão dos benefícios trazidos pela realização dessas obras, o referido Município,

observada a disciplina legal estabelecida pelo Código Tributário Nacional a respeito

da contribuição de melhoria, poderá lançar e cobrar esse tributo em relação a

a) II e III, apenas.

b) III, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) II, apenas.

e) I e IV, apenas.

Letra b.

Somente o item III está correto dos IV. Vejamos: no item I se fala em construção

privada, descarte-a, pois ela não pode ensejar cobrança de CM; no item II fala de

uma obra do Estado – primeiro ponto para se destacar, ou seja, não poderia o mu-

nicípio cobrar a CM. O outro ponto é que não há escola nem posto de saúde pre-

vistos no Decreto-lei n. 195/1967 como obras aptas a ensejar a cobrança da CM.

São obras de infraestrutura, geralmente, que não é o caso da questão. No item IV,

a mesma coisa: a construção de uma balança de carga rodoviária não está prevista

no decreto, que no art. 2º, IV, traz a previsão de construção de porto como uma

das obras da CM (por isso o item III está certo).

Questão 19    (FCC/SEFAZ-MA/2016) Um Município brasileiro criou, por meio de lei,

uma determinada exação, a ser paga pelos habitantes daquele Município, em de-

corrência da realização de obra pública que culminou com o incremento do turismo

na cidade e que também aumentou o faturamento do comércio da região. À luz

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das normas do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal, interpretadas

sistematicamente, essa exação

a) denomina-se taxa e esse Município tem competência para instituí-lo.

b) é inconstitucional.

c) denomina-se contribuição social e esse Município tem competência para insti-

tuí-lo.

d) denomina-se contribuição de melhoria e esse Município tem competência para

instituí-lo.

e) denomina-se imposto e esse Município tem competência para instituí-lo.

Letra b.

Aluno(a), esse tributo inventado pelo município não existe! Incremento de turismo

não é valorização imobiliária, logo, não há contribuição de melhoria envolvida.

2.5.4. Empréstimos Compulsórios

Os empréstimos compulsórios estão no art. 148 da CTN. A ideia deles é a se-

guinte: em determinados casos, a União (e somente a União!) poderia instituir

empréstimos obrigatórios para se capitalizar. Veja os casos:

Empréstimos Compulsórios na CF/1988


Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos com-
pulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

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Pontos importantes:

• somente a União pode instituir;

• deve ser feito por LEI COMPLEMENTAR;

• no caso de guerra, não precisa respeitar anterioridade;

• se for para investimento público, precisa respeitar anterioridade (veremos na

próxima aula o que é anterioridade);

• os empréstimos compulsórios DEVEM OBRIGATORIAMENTE ser devolvidos

(restituídos!) aos contribuintes; essa restituição, conforme o STF, deve ser

feita na mesma espécie em que foi paga o tributo;

• o prazo de devolução deve ser definido na lei que instituir o empréstimo com-

pulsório;

• a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vin-

culada à despesa que fundamentou sua instituição.

O empréstimo compulsório é um tributo! Existe uma súmula antiga do STF

que dizia que não era, mas ela já foi superada.

Na sua prova haverá questões bizarras, mal feitas, com duas respostas... Sem

resposta... Dizem que há casos em que o examinador até faz isso de propósito, mas

não de desespere, sempre marque aquela que achar que traz mais atendimento ao

enunciado da questão. O enunciado é o patrão. Veja mais uma, que deu confusão

na época (a banca trouxe o gabarito errado mas depois o retificou).

Questão 20    (ESAF/AFRF/2009) Em relação aos empréstimos compulsórios, é cor-

reto afirmar que:

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a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código Tribu-

tário Nacional.

b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos a

vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado

“Plano Collor” (Lei n. 8.024/1990).

c) o conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da Cons-

tituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido

esgotados todos os fundos públicos de contingência.

d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da obri-

gatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação.

e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o hou-

ver instituído.

Letra a.

De cara, você deve marcar que é um tributo, gabarito “a”.

O CESPE considerou errada a seguinte:

(CESPE/PROCURADOR FEDERAL/2004) Os empréstimos compulsórios não têm

natureza tributária, uma vez que não transferem definitivamente recursos dos

particulares para o Estado, devendo ser restituídos nos termos da lei.

Tem natureza tributária sim! Sobre os EC, o Código Tributário Nacional traz o se-

guinte texto:

Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir emprésti-
mos compulsórios:
I – guerra externa, ou sua iminência;

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II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III – conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. [esse aqui não
foi recepcionado pela CF/1988]
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de
seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei.

Questão 21    (FCC/SEFAZ-RJ/2014) Na iminência ou no caso de guerra


a) civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir emprésti-
mos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias, dela decorrentes.
b) civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir, por
meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua
competência tributária, para atender a despesas extraordinárias, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
c) externa, a União, os Estados e o Distrito Federal, mediante lei ordinária, poderão
instituir empréstimos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias, dela
decorrentes.
d) externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por
meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua
competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as
causas de sua criação.
e) externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos com-
pulsórios, para atender a despesas extraordinárias, dela decorrentes.

Letra e.
É questão literal, sendo o gabarito a última letra:

Empréstimos Compulsórios na CF/1988


Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos com-
pulsórios:

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I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,


de guerra externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

2.5.5. Contribuições Especiais

Lembra-se do nosso mapinha das espécies? Quero que você realize o preenchi-

mento dele agora:

Ficha 1.3 – Espécies Tributárias

Já estudamos 4 das espécies tributárias, falta apenas esta ! As contribuições

especiais se subdividem em contribuições sociais e outras 3. Deixei ali em cima

para você não perder o raciocínio.

Vamos estudar as contribuições sociais, pois elas custeiam a nossa SEGURIDA-

DE SOCIAL. A seguridade social engloba a saúde, a previdência social e a assistên-

cia social, temas que estão bem na moda, não é mesmo? A reforma previdenciária

é um dos temas que mais tem preocupado os brasileiros.

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Questão 22    (FCC/TJ-SC/2017) As contribuições sociais para a seguridade social

a) estão entre as competências comuns da União, Estados, Distrito Federal e Mu-

nicípios.

b) incidem exclusivamente sobre os valores pagos a segurados empregados e avul-

sos.

c) não podem, em hipótese alguma, se desvincular do orçamento da previdência

social.

d) não incidem sobre gorjetas pagas ao segurado.

e) só incidem sobre o lucro líquido apurado conforme a legislação do Imposto de

Renda.

Letra a.

As contribuições sociais para o Regime Geral de Previdência Social são de compe-

tência da União, mas há possibilidade de os entes políticos terem seus regimes pró-

prios – assim, todos os entes têm competência para instituir contribuições sociais

para a seguridade social.

De seguridade social
Contribuições Sociais Sociais gerais
Contribuições
outras
Parafiscais
CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
(ou especiais)
CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais
CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública

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As contribuições sociais são divididas nas 3 espécies do quadro acima por entendi-

mento do STF. Atenha-se em entender apenas a síntese do quadro, pois isso basta

para acertar as questões da prova:

Contribuições de Seguridade Social e outras contribuições sociais

• Precisam ser criadas por lei complementar;


• Caso já estejam previstas na CF/1988, podem ser criadas por lei ordinária.
Contribuições sociais gerais
Exemplo: destinadas a custear o salário-educação;
Exemplo: contribuições para o Sistema S (Sesi, SESC, SENAI).
Saiba que “As contribuições sociais, previstas no art. 240, da Constituição Federal, têm
natureza de ‘contribuição social geral’ e não contribuição especial de interesses de cate-
gorias profissionais”, conforme entendimento do STF. Já já veremos essa contribuição especial
no interesse de categorias profissionais.

As contribuições sociais precisam respeitar a noventena, ou seja, somente podem

ser cobradas ou majoradas após 90 dias! Assim, elas não respeitam à anteriorida-

de, mas sim à noventena.

Mais uma coisinha sobre as CS: os Estados, o DF e os Municípios podem instituir as

contribuições sociais do art. 149. Veja:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de interven-


ção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos
arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente
às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição
dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o
caput deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II – incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;

Então, em regra, é competência exclusiva da União. Mas tem exceção: para custeio

do regime de previdência próprio dos servidores estaduais e municipais.

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Questão 23    (CESPE/OAB-I/2010) Contribuição cobrada de servidor público esta-

dual e destinada ao custeio de seu plano de aposentadoria público deve ser reco-

lhida

a) à União, independentemente de qualquer situação e do ente com o qual o ser-

vidor mantenha o vínculo empregatício.

b) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo efetivo estadual e se o es-

tado não tiver regime previdenciário próprio.

c) à União, se o servidor for mero detentor de cargo em comissão estadual (decla-

rado em lei de livre nomeação e exoneração), independentemente de o estado ter,

ou não, regime previdenciário próprio.

d) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo temporário estadual, no

caso de o estado possuir regime previdenciário próprio.

Letra c.

Questão difícil. Explico: o servidor estadual e municipal, se pertencente ao regime

estatutário, cairá na regra do § 1º do art. 149: pagará contribuição ao estado ou

município.

Porém, no caso do exercício, temos uma regra diferente exposta na letra “c”, o ser-

vidor é mero detentor de cargo em comissão estadual (declarado em lei de livre

nomeação e exoneração. Neste caso, ele é filiado ao Regime Geral de Previdência

Geral (o famoso RGPS)... Assim, ele contribuirá para a União, que é a “dona” deste

regime, ok?

Aluno(a), basicamente é isso que precisamos saber sobre as CS. Agora vejamos as

outras 3: CIDE, CICP e CIP.

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CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico


É de competência exclusiva da União.
São tributos extrafiscais, que servem para “influenciar” o mercado ou intervir em uma situação
socioeconômica.
Um exemplo é a Cide-Combustíveis, que já caiu na segunda fase!
CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais
São os tributos destinados a custear as corporações. O exemplo maior é a contribuição sindical.
CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública
Haja vista o STF entender que o custeio da iluminação pública não pode ser realizado por taxa,
criou-se a contribuição para custeio da iluminação pública, no art. 149-A da CF/1988. Veja:
“Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas
leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica.”

Questão 24    (ESAF/PGFN/2015) A contribuição para o custeio do serviço de ilumi-

nação pública pode ser instituída

a) por Estados, Municípios e Distrito Federal.

b) como imposto adicional na fatura de consumo de energia elétrica.

c) mediante a utilização de elemento próprio da mesma base de cálculo de imposto.

d) somente por Lei Complementar.

e) para cobrir despesas de iluminação dos edifícios públicos próprios.

Letra c.

Aluno(a), a COSIP é de competência dos municípios e do DF! Então a letra “a” está

errada. Na letra “b”, fala-se em imposto, errada! Na letra “d”, fala-se em LC, er-

rada, basta uma lei ordinária! Na letra “e”, fala-se em cobrir despesas de prédios

próprios, errada!

E por que a letra “c” está certa, sendo o nosso gabarito?

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É comum que a COSIP venha cobrada na sua conta de energia elétrica (pode olhar

aí) com base no seu gasto mensal da conta de luz, assim, seria uma base de calcula

“própria de imposto”, geralmente imitando o ICMS.

Alguns Municípios também utilizam o IPTU como um mensurador para calcular a

COSIP. Não tem problema, porque ela não é uma taxa!

Lembre-se de que a COSIP está no art. 149-A e não no art. 149 da CF/1988. Você

sabe o que isso significa?

Nada... Ela foi inserida lá após a proibição do uso da taxa como tributo para cobrar

o custeio da iluminação pública. A saída foi achar uma contribuição, que não teria

as vedações das taxas. Saída jurídica tipicamente brasileira...

Questão 25    (FCC/TCE-PI/2005) Nos termos do § 3º do art. 155 da CF, à exceção

do ICMS, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas à ener-

gia elétrica. Tendo em vista a possibilidade de instituição da Contribuição para o

Custeio de Iluminação Pública – CIP pelos Municípios, prevista pelo EC n. 39/2002,

deve-se admitir que sua cobrança é

a) constitucional, pois por sua natureza, as contribuições não se confundem com

os impostos.

b) constitucional, pois os serviços de iluminação pública não configuram “opera-

ções relativas à energia elétrica”.

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c) constitucional, pois a CIP tem natureza jurídica de taxa por serviços prestados.

d) inconstitucional, por ofensa ao texto da Constituição originária.

e) inconstitucional, por configurar bitributação.

Letra a.

Praticamente fechando nossas espécies tributárias, temos uma questão da FCC

sobre COSIP – o gabarito é a letra “a”, pois ela não é imposto, podendo incidir nor-

malmente sobre energia elétrica.

Questão 26    (FCC/TCE-PI/2005) A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pú-

blica, recém-introduzida em nosso sistema tributário,

a) tem natureza extrafiscal.

b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou Dis-

trito Federal.

c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios.

d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos.

e) equipara-se às taxas.

Letra b.

A doutrina refere-se à COSIP como uma contribuição sui generis, isto é, “di-

ferente”, que não se enquadra muito bem em nenhum outro tributo, mas que foi

colocada como uma contribuição especial.

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Depois de estudar todas as 5 espécies da nossa classificação pentapartida ou


quinquipartida dos tributos, você merece um cafézão bem forte. Após ele, volte
para cá que eu tenho mais alguns pontos para te contar sobre espécies tributá-
rias... Alguns detalhes que podem aparecer em prova. Combinado?

2.5.6. Pontos Importantes sobre as Espécies Tributárias

Vamos fechar a aula de hoje destacando algumas coisinhas, após todo o estudo

das espécies.

2.5.6.1. O Fim da Contribuição Sindical: Ela Não é Mais Tributo

Saiba desde já que a contribuição sindical não é mais tributo desde junho de

2018, quando o STF declarou a constitucionalidade da Lei n. 13.467/2017 (Reforma

Trabalhista), colocando fim à obrigatoriedade da contribuição sindical.

Ora, se o tributo é prestação pecuniária COMPULSÓRIA, obrigatório, perdemos

um elemento importante do conceito de tributo, que tem um núcleo com 5 elemen-

tos.

Antes dessa lei, tínhamos a chamada contribuição sindical, extraída do art. 8º,

IV da CF/1988:

IV – a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria


profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da repre-
sentação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

Na primeira parte do inciso há a contribuição confederativa, que se cobra ape-

nas de quem é filiado, com entendimento pacificado pelo STF (essa contribuição

confederativa não é e nunca foi tributo, portanto!):

Súmula Vinculante n. 40 – A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da


Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

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Na segunda parte do inciso era tributo: a contribuição sindical. O STF já havia

reconhecido a contribuição sindical como tributo!

Agora, com a desobrigatoriedade, a contribuição sindical não é mais tribu-

to. Veja como ficou a CLT:

Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas en-
tidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas
na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autoriza-
das. (Redação dada pela Lei n. 13.467, de 2017)
Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização pré-
via e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou
profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mes-
ma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591
desta Consolidação. (Redação dada pela Lei n. 13.467, de 2017)

2.5.6.2. CICP x Anuidade OAB

Aluno(a), a contribuição corporativa, aquela que se paga aos conselhos profis-

sionais, como o Conselho de Administração, por exemplo, é um tributo.

Ocorre que há um conselho profissional sui generis no Brasli: a Ordem dos Ad-

vogados do Brasil.

A OAB é tida como uma autarquia sui generis que não presta contas e a contri-

buição para dos afiliados da OAB não é um tributo, guarde essa informação,

ok?! É a exceção das CICP!

2.5.6.3. Polêmica na Classificação das Contribuições do Sistema S

A doutrina é controversa sobre a classificação das Contribuições do Sistema S.

Vimos na aula essas espécies como contribuições sociais gerais – Sabbag enten-

de que são CICP mas o CEPSE já fez questão firmando entendimento que não são

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CICP. Assim, saiba que não há um consenso sobre elas, mas há sobre uma delas: o

STF já firmou entendimento que a contribuição para o SEBRAE é uma Contribuição

de Intervenção no Domínio Econômico.

Separei algumas questões a mais (diferente das tratadas/citadas ao longo desta

aula) para trabalharmos a pegada da FCC – sobre essa pegada, é importante ter

em mente que, historicamente, a FCC é conhecida como “fundação copia e cola”,

tamanha era a pegada literal que suas questões tinham.

De alguns anos para cá (não dá para dizer exatamente quantos, mas em torno

de 3 ou 4), a FCC começou a apresentar algumas provas com questões de bem

mais alto nível, exigindo análises que envolvem a doutrina e a jurisprudência, ex-

trapolando, portanto, o entendimento (decoreba) literal da legislação.

No entanto, é muito comum (e existe uma estatística: 71% das questões de

concurso são copiadas de leis e da CF/1988) que as bancas SEMPRE tragam ques-

tões literais. Assim, vá se acostumando, pois treinaremos os dois tipos – as ques-

tões mais rebuscadas e também as que precisamos saber a literalidade pura.

Veremos aqui questões da FCC mas, eventualmente, podem ser inseridas ques-

tões de outras bancas por questões metodológicas – seja porque a referida banca

já cobrou um entendimento mais recente, seja para ressaltar determinado ponto

da matéria.

Aqui vem primeiro as questões – no próximo item elas aparecem com os co-

mentários e o gabarito.

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RESUMO
Ficha 1 – Aula 00

ESPÉCIES DE TRIBUTOS
1.
Classificação
2.
Classificação Tripartida
3.
Quinquipartida
4.
5.

Ficha 2 – Aula 00

CONCEITO DE TRIBUTO (elementos)


1
2
3
4
5

Ficha 3 – Aula 00 – Espécies Tributárias

Tributo não é multa!


Imposto não é sinônimo de tributo, apesar de ser um tributo.

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Conceito de Tributo
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Conceito de Imposto
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação inde-
pendente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Taxas na CF/1988

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Taxas no CTN
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pe-
los Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

Portanto, a taxa pode ter duas razões para ocorrer (no direito tributário chama-

mos isso de “Fato gerador”... Será melhor explicado futuramente):

1) Exercício regular do poder de polícia;

2) utilização, efetiva ou potencial (EOUP), de serviço público específico e divisí-

vel (EED), prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

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Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Cai em prova: a taxa não pode ser calculada em função do capital das empre-

sas!

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limi-
tando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abs-
tenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à or-
dem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempe-
nhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua dis-
posição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de interven-
ção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um
dos seus usuários.
Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de


taxa de serviço.

Súmulas Vinculantes do STF:


Súmulas Vinculante n. 12 – Taxa de matrícula – A cobrança de taxa de matrícula nas
universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.
Súmulas Vinculante n. 19 – Taxa de coleta de lixo – A taxa cobrada exclusivamente
em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo
ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

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Súmulas Vinculante n. 29 – Um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos


– É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade
entre uma base e outra.
Súmulas Vinculante n. 41 – Taxa de iluminação pública – O serviço de iluminação
pública não pode ser remunerado mediante taxa. [o correto é por contribuição de
iluminação pública]
Súmulas do STF:
Súmula n. 595 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do Imposto Territorial Rural.
Súmula n. 667 – Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária
calculada sem limite sobre o valor da causa.
Súmula n. 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado median-
te taxa.
Súmula n. 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e va-
lores mobiliários instituída pela Lei n. 7940/1989.
Súmulas STJ:
Súmula n. 80 – A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo
do ICMS.
Contribuição de Melhoria no Código Tributário Nacional
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliá-
ria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Veja, o limite total é o valor da obra; o limite individual é o valor acrescido a

cada imóvel.

Já caiu uma questão bobinha da (ESAF) querendo saber se esses limites esta-

vam previstos na CF... E não estão!

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mí-
nimos:
I – publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;

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e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou


para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados,
de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impug-
nação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da par-
cela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na
zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do
montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos
que integram o respectivo cálculo.
Empréstimos Compulsórios na CF/1988
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos com-
pulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Pontos importantes:

• somente a União pode instituir;

• deve ser feito por LEI COMPLEMENTAR;

• no caso de guerra, não precisa respeitar anterioridade;

• se for para investimento público, precisa respeitar anterioridade (veremos na

próxima aula o que é anterioridade);

• os empréstimos compulsórios DEVEM OBRIGATORIAMENTE ser devolvidos

(restituídos!) aos contribuintes, essa restituição, conforme o STF, deve ser

feita na mesma espécie em que foi paga o tributo;

• o prazo de devolução deve ser definido na lei que instituir o empréstimo com-

pulsório;

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• a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vin-

culada à despesa que fundamentou sua instituição.

De seguridade social
Contribuições Sociais Sociais gerais
Contribuições
outras
Parafiscais
CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
(ou especiais)
CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais
CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública

Contribuições de Seguridade Social e outras contribuições sociais

• Precisam ser criadas por lei complementar;


• Caso já estejam previstas na CF/1988, podem ser criadas por lei ordinária.
Contribuições sociais gerais
Exemplo: destinadas a custear o salário-educação;
Exemplo: contribuições para o Sistema S (Sesi, SESC, SENAI).
Saiba que “As contribuições sociais, previstas no art. 240, da Constituição Federal, têm
natureza de ‘contribuição social geral’ e não contribuição especial de interesses de cate-
gorias profissionais”, conforme entendimento do STF. Já já veremos essa contribuição especial
no interesse de categorias profissionais.

Palavras Finais

Caro(a)aluno(a)! Foi um prazer partilhar essa primeira aula com você! Te espe-

ro em nossa próxima aula. Peço que releia esta aula, refaça todos os exercícios. Eu

lhe garanto que, com o andamento do nosso curso, você conseguirá, em uma revi-

são futura, absorver muito mais conteúdo e consolidar os entendimen-

tos de maneira a acertar todas as questões da prova de Direito Tributá-

rio da OAB.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1    (FGV/PROCURADOR/2014) Em um precedente específico, o STF deta-

lhou as espécies tributárias à luz do Sistema Tributário implantado pela Constitui-

ção de 1988. Isso se deu no julgamento do Recurso Extraordinário n. 138.284-CE,

do qual foi Relator o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi acompanhado pela una-

nimidade dos demais Ministros.

Em tal precedente, o STF concluiu que as espécies tributárias são

a) impostos e taxas.

b) impostos, taxas e contribuições de melhoria.

c) impostos, taxas e empréstimos compulsórios.

d) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios.

e) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria e pa-

rafiscais.

Questão 2    (FGV/AUDITOR/2014) Assinale a opção que apresenta elemento estra-

nho ao conceito legal de tributo.

a) Prestação compulsória.

b) Prestação pecuniária.

c) Prestação com natureza de sanção.

d) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada.

e) Prestação instituída em lei.

Questão 3    (FGV/AUDITOR-FISCAL/2018) De acordo com a definição de tributo,

segundo o Código Tributário Nacional, assinale a afirmativa incorreta.

a) A compensação financeira pela exploração de recursos minerais não é tributo,

por ausência do caráter compulsório.

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b) A concessão de desconto ao contribuinte do IPVA, que não tenha cometido in-

frações de trânsito, viola o conceito de tributo, pois o tributo não é sanção por ato

ilícito.

c) O serviço militar obrigatório não é tributo, por ser uma obrigação compulsória

não pecuniária.

d) O acréscimo no valor do IPTU, a título de multa administrativa por ausência de

inscrição imobiliária, viola o conceito de tributo, por se tratar de sanção por ato

ilícito.

e) Os agentes públicos envolvidos na cobrança do tributo não podem agir moti-

vados por pressupostos de conveniência e oportunidade, devendo cumprir o que

determina a lei, pois a cobrança do tributo é atividade administrativa plenamente

vinculada.

Questão 4    (FCC/SEFAZ-MA/2016) De acordo com a definição do Código Tributário

Nacional, tributo é toda prestação

a) compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor

nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela

legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plena-

mente vinculada.

b) pecuniária compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos,

cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, ins-

tituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente

vinculada.

c) compulsória, preferencialmente em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,

que não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobra-

da mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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d) pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que

não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada.

e) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou

não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante

atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada.

Questão 5    (FCC/ISS-SP/2012) Um contribuinte deixou de emitir o documento fis-

cal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de competên-

cia municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo

descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea “a” do

Decreto Municipal n. 52.703/11)

Essa penalidade pecuniária

a) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo des-

cumprimento de uma obrigação acessória.

b) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.

c) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza compulsória.

d) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme estabe-

lece o Código Tributário Nacional.

e) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser definida

como tributo.

Questão 6    (FCC/SEFAZ-SC/2018) Conforme estabelece o Código Tributário Nacio-

nal, a natureza específica do tributo é determinada

a) pelo legislador, ao elaborar a norma legal, pois ao estabelecer sua denominação,

a destinação do valor arrecadado e a progressividade da base de cálculo, é que se

especifica a natureza do tributo.

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b) pela autoridade fazendária, pois, ao interpretar e aplicar a norma legal, sobre

os fatos ocorridos, faz surgir o débito tributário e se revela a natureza jurídica da

exação.

c) pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a

denominação dada pelo legislador e a destinação legal do produto da arrecadação.

d) pela alíquota, sendo irrelevantes a base de cálculo e o fato gerador, pois se a alí-

quota é crescente, a natureza do tributo é progressiva, se é decrescente, o tributo

é regressivo.

e) pelo Poder Judiciário, pois ao julgar os processos que lhe são apresentados,

a autoridade judiciária desvenda a natureza do tributo, sua progressividade e a

justa destinação dos recursos arrecadados.

Questão 7    (FCC/TRT20/2016) De acordo com o Código Tributário Nacional, a exa-

ção cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se

a) empréstimo compulsório, quando sua ocorrência for eventual.

b) imposto, tanto quando a competência for da União, como quando for dos Esta-

dos ou dos Municípios.

c) expectativa de benefício, decorrente de pagamento de contribuição social.

d) taxa, pelo uso potencial de serviço público específico e divisível.

e) preço público, por serviço a ser prestado em exercício futuro.

Questão 8    (FCC/PGE-BA/2013) O art. 16, do Código Tributário Nacional, define o

imposto como sendo a obrigação que tem por fato gerador uma situação indepen-

dente de qualquer atividade estatal específica, relacionada ao contribuinte. Sobre

o imposto, é correto afirmar que

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a) é classificado como tributo não vinculado, pois no aspecto material de sua hipó-

tese de incidência não há qualquer atividade estatal específica.

b) é classificado como tributo não vinculado, pois não pode, de forma absoluta e

sem qualquer exceção, ter sua receita vinculada a qualquer órgão, fundo ou des-

pesa.

c) o fato gerador não se presta a indicar a capacidade contributiva do contribuinte,

por ser tributo não vinculado.

d) se submete à regra da legalidade, não se admitindo sua instituição ou majora-

ção por ato do Poder Executivo.

e) a competência para instituição e majoração de imposto é classificada constitu-

cionalmente como comum, pois todos os entes federados a possuem.

Questão 9    (FCC/PGM DE JOÃO PESSOA/2012) Um tributo que tenha por caracte-

rísticas ser não vinculado a uma atividade estatal, admita, por expressa e excepcio-

nal previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não

admita previsão de restituição ao final de determinado período classifica-se como

a) taxa.

b) contribuição de intervenção no domínio econômico.

c) imposto.

d) empréstimo compulsório.

e) contribuição social.

Questão 10    (FCC/PGM DE RECIFE/2014) A Prefeitura do Recife, por meio de sua

Secretaria de Finanças, resolveu enviar proposta ao legislativo municipal para a

instituição de novas taxas aplicáveis aos munícipes recifenses. É prescrição norma-

tiva constitucional que deve ser observada por esta proposta legislativa:

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a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que possa

ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista as neces-

sidades deste serviço nos bairros carentes do Recife.

b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de obras

públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas instituí das ba-

ses de cálculo própria de imposto.

c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos es-

pecíficos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham base

de cálculo própria de impostos.

d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia ou

pela utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao contri-

buinte.

e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que sejam

graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes.

Questão 11    (FGV/ISS-NITERÓI/2015) A Constituição Federal prevê várias espé-

cies tributárias, entre as quais a modalidade cujo fato gerador pode ser o exercício

do poder do Estado de limitar as liberdades individuais em prol do bem da coletivi-

dade. Esse tributo é:

a) empréstimo compulsório;

b) contribuição de melhoria;

c) imposto;

d) taxa;

e) contribuição parafiscal.

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Questão 12    (FGV/TJ-PA/2009) A taxa e o preço público se caracterizam por:

a) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa ser receita originária.

b) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da proporcionalidade do uso e a do

preço público não.

c) o preço público poder ser cobrado pela utilização potencial do serviço, enquanto

e a taxa não poder.

d) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público

poder ser exigido por pessoa jurídica de direito privado.

e) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços públicos ser, sobretudo,

contratual.

Questão 13    (FGV/OAB-XVII/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Es-

tado X da Federação instituiu, por meio de Provimento da Corregedoria Geral da

Justiça, as custas judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a partir da data

da publicação. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.

a) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de preço pú-

blico e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao poder de tributar.

b) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa

de serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da

legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

c) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de contri-

buição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios

da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.

d) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa

de poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os prin-

cípios da legalidade e da anterioridade de exercício.

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Questão 14    (FGV/SEFAZ-RJ/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado

por empresa privada, concessionária, para os usuários de determinada rodovia que

passa pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer via

alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale a alter-

nativa correta.

a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoria-

mente a característica da compulsoriedade.

b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com

o princípio da indelegabilidade da competência tributária.

c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobra-

do pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade.

d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança

de pedágio.

e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por

meio de pedágio, por imposição constitucional.

Questão 15    (FCC/ANALISTA/2018) O valor pago em pedágio, por usuários de es-

trada pública cuja exploração tenha sido concedida à iniciativa privada, é

a) contribuição de melhoria.

b) taxa de serviço.

c) preço público.

d) empréstimo compulsório.

e) imposto inominado.

Questão 16    (FCC/SEFAZ-GO/2018) A contribuição de melhoria é uma espécie de

tributo expressamente mencionada na Constituição Federal e no Código Tributário

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Nacional. De acordo com as normas do CTN, esta contribuição pode ser cobrada

pelo Estado, para fazer face

a) a despesas referentes à limpeza de um campo de futebol de propriedade do clu-

be da região, que conseguiu, com isso, melhorar a qualidade de vida das crianças

que residiam nas suas redondezas.

b) ao custo de obras públicas referentes à edificação, pelo poder público estadual,

de uma escola e de um parque públicos, os quais acabaram valorizando a região

como um todo, inclusive os imóveis circunvizinhos.

c) ao custo extraordinário incorrido pelo poder público, referente à alteração de

destinação dos prédios históricos da região, ocasionando a valorização do acervo

histórico mobiliário que neles se contra.

d) ao custo dos reparos promovidos em uma pista elevada para bicicletas, que,

embora tenha ocasionado a depreciação dos imóveis circunvizinhos a ela, solucio-

nou os problemas de tráfego da região.

e) ao custo extraordinário incorrido pelo poder público, referente à contratação de

professores estrangeiros, contratados para lecionar na faculdade estadual local,

tornando-a uma faculdade de ponta no Brasil.

Questão 17    (FCC/SEFAZ-SC/2018) A Constituição Federal estabelece que a “União,

os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tribu-

tos: (...) contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”. O Código Tribu-

tário Nacional, porém, é mais específico e estabelece que este tributo é

a) de competência exclusiva da União, arrecadado mediante rateio em nível na-

cional e tem por finalidade fazer face ao custo de obras públicas que sejam ne-

cessárias, mas onerosas demais para serem custeadas pelo poder público federal,

isoladamente.

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b) instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização

imobiliária.

c) instituído para fazer face ao custo de obras em prédios públicos, das quais de-

corra a valorização destes.

d) de competência privativa da União, tem como fato gerador obras públicas reali-

zadas por ela e que beneficiam mais de um Estado, tem como contribuinte apenas

pessoas jurídicas de direito público, e tem como limite de arrecadação o custo da

obra realizada em cada uma destas unidades federadas.

e) de competência exclusiva dos Municípios e tem como limite de arrecadação a

soma dos limites individuais de valorização imobiliária, representada pelo acrésci-

mo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Questão 18    (FCC/ISS-TERESINA/2016) Um Município brasileiro foi beneficiado

com as seguintes obras, no exercício de 2015:

I – Construção de uma fábrica de laticínios, por grupo econômico privado, cuja

produção será destinada à exportação, e que acabou por gerar centenas de

empregos para os munícipes, aumentando sensivelmente sua renda e valo-

rizando os imóveis próximos à fábrica.

II – Implantação de uma escola e de um posto de saúde em bairro da periferia,

por iniciativa do governo estadual, as quais implicaram valorização dos imó-

veis localizados em sua proximidade.

III – Construção de um porto fluvial pelo governo municipal, para escoar a produ-

ção de laticínios que serão produzidos no Município, o que acabou por valo-

rizar os imóveis que circundam esse porto, em um raio de dois quilômetros.

IV – Construção de uma balança rodoviária de cargas, em rodovia municipal, para

evitar o trânsito de veículos com excesso de peso nos limites do Município.

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Em razão dos benefícios trazidos pela realização dessas obras, o referido Município,

observada a disciplina legal estabelecida pelo Código Tributário Nacional a respeito

da contribuição de melhoria, poderá lançar e cobrar esse tributo em relação a

a) II e III, apenas.

b) III, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) II, apenas.

e) I e IV, apenas.

Questão 19    (FCC/SEFAZ-MA/2016) Um Município brasileiro criou, por meio de lei,

uma determinada exação, a ser paga pelos habitantes daquele Município, em de-

corrência da realização de obra pública que culminou com o incremento do turismo

na cidade e que também aumentou o faturamento do comércio da região. À luz

das normas do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal, interpretadas

sistematicamente, essa exação

a) denomina-se taxa e esse Município tem competência para instituí-lo.

b) é inconstitucional.

c) denomina-se contribuição social e esse Município tem competência para instituí-lo.

d) denomina-se contribuição de melhoria e esse Município tem competência para

instituí-lo.

e) denomina-se imposto e esse Município tem competência para instituí-lo.

Questão 20    (ESAF/AFRF/2009) Em relação aos empréstimos compulsórios, é cor-

reto afirmar que:

a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código Tribu-

tário Nacional.

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b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos a

vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado

“Plano Collor” (Lei n. 8.024/1990).

c) o conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da Cons-

tituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido

esgotados todos os fundos públicos de contingência.

d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da obri-

gatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação.

e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o hou-

ver instituído.

Questão 21    (FCC/SEFAZ-RJ/2014) Na iminência ou no caso de guerra

a) civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir emprésti-

mos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias, dela decorrentes.

b) civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir, por

meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua

competência tributária, para atender a despesas extraordinárias, os quais serão


suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

c) externa, a União, os Estados e o Distrito Federal, mediante lei ordinária, poderão

instituir empréstimos compulsórios, para atender a despesas extraordinárias, dela

decorrentes.

d) externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por

meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em sua

competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as

causas de sua criação.

e) externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos com-

pulsórios, para atender a despesas extraordinárias, dela decorrentes.

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Questão 22    (FCC/TJ-SC/2017) As contribuições sociais para a seguridade social

a) estão entre as competências comuns da União, Estados, Distrito Federal e Mu-

nicípios.

b) incidem exclusivamente sobre os valores pagos a segurados empregados e avulsos.

c) não podem, em hipótese alguma, se desvincular do orçamento da previdência social.

d) não incidem sobre gorjetas pagas ao segurado.

e) só incidem sobre o lucro líquido apurado conforme a legislação do Imposto de

Renda.

Questão 23    (CESPE/OAB-I/2010) Contribuição cobrada de servidor público esta-

dual e destinada ao custeio de seu plano de aposentadoria público deve ser reco-

lhida

a) à União, independentemente de qualquer situação e do ente com o qual o ser-

vidor mantenha o vínculo empregatício.

b) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo efetivo estadual e se o es-

tado não tiver regime previdenciário próprio.

c) à União, se o servidor for mero detentor de cargo em comissão estadual (decla-

rado em lei de livre nomeação e exoneração), independentemente de o estado ter,

ou não, regime previdenciário próprio.

d) ao estado, se o servidor for mero detentor de cargo temporário estadual, no

caso de o estado possuir regime previdenciário próprio.

Questão 24    (ESAF/PGFN/2015) A contribuição para o custeio do serviço de ilumi-

nação pública pode ser instituída

a) por Estados, Municípios e Distrito Federal.

b) como imposto adicional na fatura de consumo de energia elétrica.

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c) mediante a utilização de elemento próprio da mesma base de cálculo de imposto.

d) somente por Lei Complementar.

e) para cobrir despesas de iluminação dos edifícios públicos próprios.

Questão 25    (FCC/TCE-PI/2005) Nos termos do § 3º do art. 155 da CF, à exceção

do ICMS, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas à ener-

gia elétrica. Tendo em vista a possibilidade de instituição da Contribuição para o

Custeio de Iluminação Pública – CIP pelos Municípios, prevista pelo EC n. 39/2002,

deve-se admitir que sua cobrança é

a) constitucional, pois por sua natureza, as contribuições não se confundem com

os impostos.

b) constitucional, pois os serviços de iluminação pública não configuram “opera-

ções relativas à energia elétrica”.

c) constitucional, pois a CIP tem natureza jurídica de taxa por serviços prestados.

d) inconstitucional, por ofensa ao texto da Constituição originária.

e) inconstitucional, por configurar bitributação.

Questão 26    (FCC/TCE-PI/2005) A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pú-

blica, recém-introduzida em nosso sistema tributário,

a) tem natureza extrafiscal.

b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou Dis-

trito Federal.

c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios.

d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos.

e) equipara-se às taxas.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FCC/PGM DE TERESINA/2010) A partir do conceito legal de tributo,

é possível afirmar que a multa NÃO é espécie de tributo porque o tributo

a) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa, que

só pode ser objeto de anistia.

b) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste desta

obrigatoriedade.

c) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa pode

ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.

d) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato

ilícito.

e) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não é

compulsória, dependendo de condenação administrativa.

Questão 2    (FCC/ISS-SP/2007) Para que uma prestação pecuniária compulsória

possa ser conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto

a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não sanção

de ato ilícito e esteja instituída em lei.

b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja institu-

ída em lei.

c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de

ato ilícito e esteja instituída em lei.

d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja ins-

tituída em lei.

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e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de

ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

Questão 3    (FCC/AL-SE/2018) Por expressa determinação constitucional, cabe à

lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,

especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies. O Código Tributário

Nacional atende à determinação constitucional e disciplina esta matéria. Com base

neste Código,

a) tributo e imposto são espécies de taxa.

b) taxa é uma das espécies de imposto.

c) tributo é uma das espécies de taxa.

d) imposto é uma das espécies de contribuição de melhoria.

e) contribuição de melhoria é uma das espécies de tributo.

Questão 4    (FCC/CL-DF/2018) De acordo com a Constituição Federal e com o Có-

digo Tributário Nacional, o tributo

a) que pode ser cobrado pelo Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas atri-

buições, que é instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decor-

ra valorização imobiliária benéfica para toda a sociedade, independentemente de

acréscimo de valor que possa resultar dessa obra para cada imóvel, denomina-se

contribuição social.

b) cuja obrigação tem por fato gerador uma situação dependente de atividade es-

tatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se imposto.

c) que pode ser cobrado pelo Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas atri-

buições, e que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, de-

nomina-se taxa.

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d) que pode ser cobrado apenas pelo Distrito Federal, no âmbito de suas respecti-

vas atribuições, que é instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que

decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como

limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel bene-

ficiado, denomina-se taxa de valoração imobiliária.

e) cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se taxa compulsória

pelo uso potencial de serviço público.

Questão 5    (FCC/TCE-GO/2009) Os tributos classificam-se em vinculados e não

vinculados. É exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de re-

munerar serviço público:

a) o imposto.

b) a taxa.

c) a contribuição de melhoria.

d) a contribuição social.

e) o empréstimo compulsório.

Questão 6    (FCC/SEFAZ-SC/2018) Um determinado Estado instituiu uma taxa de-

nominada “Taxa sobre Transmissão Gratuita de Bens e Direitos”, que tem como fato

gerador a transmissão gratuita de bens e direitos, e cuja base de cálculo é idêntica

à do ITCMD instituído por aquele Estado. A referida taxa foi instituída em razão de

notória necessidade de o Estado “reforçar seu caixa”, e tem como destinação espe-

cífica o pagamento dos credores do Estado, pessoas naturais e jurídicas. De acordo

com a Constituição Federal e com o Código Tributário Nacional, esta exação

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a) é conhecida como taxa imprópria, tem natureza temporária, e sua instituição e

cobrança são contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos ca-

sos de ocorrência de necessidade extrema e urgente, reconhecida e declarada por

ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.

b) é taxa, mas sua base de cálculo é imprópria.

c) é taxa, na medida em que foi assim denominada na lei estadual que a instituiu,

sendo essa denominação elemento essencial na determinação de sua natureza ju-

rídica específica.

d) é conhecida como taxa imprópria e tem natureza jurídica específica de taxa,

sendo sua instituição e cobrança contempladas pela Constituição Federal, mas res-

trita, porém, aos casos de ocorrência de calamidade pública, reconhecida e decla-

rada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.

e) não é taxa, ainda que tenha sido assim denominada, pois seu fato gerador não

é o exercício regular do poder de polícia, nem a utilização, efetiva ou potencial, de

serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua dis-

posição.

Questão 7    (FCC/TCM-RJ/2015) Considerando a natureza jurídica específica dos

tributos, é correto afirmar que

a) a destinação do produto da arrecadação é essencial para definir todas as espé-

cies de tributos.

b) a vinculação de receitas tributárias é inerente a algumas espécies tributárias,

como acontece com as contribuições de interesse de categorias profissionais ou

econômicas.

c) as taxas e as contribuições de melhoria têm receita vinculada, necessariamente.

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d) é possível diferenciar um imposto de uma contribuição pela vinculação ou não

de receitas tributárias, pois os impostos nunca podem ter receita vinculada.

e) a contribuição de melhoria é um tributo que tem receita vinculada, ou seja,

o produto arrecadado tem que necessariamente ser revertido para custear a obra

pública que gerou a valorização imobiliária.

Questão 8    (FCC/SEFIN-RO/2010) Para se identificar a natureza jurídica específica

de um tributo considera-se, em regra,

a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.

b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.

c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.

d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.

e) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Questão 9    (ESAF/AFRFB/2000) Assinale a opção que corresponda, na mesma or-

dem, às expressões respectivas.

– Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa expri-

mir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada.

– Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal

específica, relativa ao contribuinte.

– Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana.

a) preço público, tributo, taxa

b) tributo, imposto, taxa

c) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal

d) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público

e) contribuição de melhoria, imposto, preço público

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Questão 10    (FCC/CREMESP/2016) Diferem os impostos das taxas


a) pois os impostos devem ser obrigatoriamente instituídos por lei de caráter abs-
trato e geral, enquanto as taxas admitem instituição por atos normativos infrale-
gais, privativos do Chefe do Executivo, e devem ter incidência específica.
b) porque os impostos são tributos vinculados a atividade estatal, e cuja cobran-
ça se submete ao princípio da capacidade contributiva, este que não incide para a
cobrança das taxas, que são instituídas com valores específicos e preestabelecidos
para cada prestação estatal.
c) pois devem obrigatoriamente possuir fatos geradores distintos, cabendo aos
impostos a qualidade de tributos não vinculados a atividades estatais, enquanto as
taxas não podem ter bases de cálculo próprias de impostos, devendo se basear na
prestação de serviços públicos ou exercício do poder de polícia.
d) porque as taxas dependem da ocorrência de fatos geradores próprios, como
exercício do poder de polícia e prestação de serviços públicos de caráter geral, cuja
base de cálculo e valores de cobrança devem ser previamente fixados, enquanto os
tributos decorrem da prática de atos pelo próprio contribuinte e do valor dos negó-
cios por estes realizados.
e) em razão da competência para instituição, na medida que os impostos devem
obrigatoriamente serem instituídos por iniciativa do Chefe do Executivo, enquanto
as taxas podem ser criadas por iniciativa emanada do próprio Legislativo, indepen-
dentemente da concordância do Executivo.

Questão 11    (FCC/TCE-RS/2018) A Súmula Vinculante n. 19 do Supremo Tribunal


Federal prevê que “a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis
não viola o artigo 145, inciso II, da Constituição Federal.” Levando-se em conside-
ração o regime constitucional das taxas, é correto afirmar que as taxas poderão

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a) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contri-

buinte ou postos a sua disposição.

b) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao con-

tribuinte ou postos a sua disposição.

c) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços públicos genéricos e divisíveis, prestados ao contri-

buinte ou postos a sua disposição.

d) ter a base de cálculo própria de impostos.

e) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços privados específicos e divisíveis, prestados pelo con-

tribuinte ou postos a sua disposição.

Questão 12    (FCC/SEFAZ-MA/2016) Siglas utilizadas:

CSLL: Contribuição social sobre o lucro líquido.

CTN: Código Tributário Nacional.

ICMS: Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações

de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

IE: Imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou naciona-

lizados.

II: Imposto sobre importação de produtos estrangeiros.

IOF: Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou

valores mobiliários.

IPI: Imposto sobre produtos industrializados.

IPTU: Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.

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IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

IR: Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

IRPJ: Imposto de renda das pessoas jurídicas.

ISS ou ISSQN: Imposto sobre serviços de qualquer natureza.

I – TBI: Imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso,

de bens imóveis.

I – TCMD ou ITCD ou ICD ou ITC: Imposto sobre transmissão causa mortis e doa-

ção.

ITR: Imposto sobre propriedade territorial rural.

Um determinado Estado brasileiro criou, por meio de decreto, uma taxa semestral,

cobrada de todos os seus habitantes que fossem proprietários de aparelhos tele-

fônicos celulares, pela simples razão de serem proprietários deles, nos dias 1º de

janeiro e 1º de julho de cada ano, respectivamente. Essa exação, de acordo com o

CTN e com a Constituição Federal,

a) pode ser cobrada deles, porque os Estados têm competência para instituir taxas.

b) não pode ser cobrada, não é taxa, e foi instituída sem previsão constitucional.

c) só pode ser cobrada com autorização do Senado Federal, por meio de resolução.

d) só pode ser instituída, se for por meio de lei ordinária.

e) pode ser instituída, mas apenas pela União.

Questão 13    (FCC/TRT3/2015) As custas processuais devidas ao Poder Judiciário

quando do processamento de ações

a) tarifa.

b) taxa pela prestação efetiva de serviço público específico e divisível efetivamente

prestado ao contribuinte.

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c) taxa pela prestação efetiva ou compulsória de serviço público indivisível coloca-

do à disposição do contribuinte.

d) taxa pelo exercício regular do poder de polícia.

e) contribuição especial de interesse de categoria profissional ou econômica.

Questão 14    (FCC/TRT3/2015) A Constituição Federal traz como regra-matriz de

incidência a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natu-

ral e seus derivados e álcool combustível e que pode ter alíquota diferenciada por

produto ou uso; reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, além de re-

ceitas destinadas, dentre outros, “ao financiamento de programas de infraestrutura

de transportes”. Essa assertiva se refere

a) a uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência ex-

clusiva da União.

b) ao imposto de importação incidente sobre combustíveis.

c) ao imposto sobre circulação de mercadorias, quando tem por objeto combustí-

veis, ainda que provenientes do exterior.

d) aos impostos de importação e de circulação de mercadorias, respectivamente,

ambos de competência da União.

e) à COFINS incidente sobre as operações com combustível, que é uma contribui-

ção de interesse de categorias profissionais ou econômicas.

Questão 15    (FCC/PGE-RN/2014) De acordo com a Constituição Federal, é INCOR-

RETO afirmar:

a) É possível a instituição de contribuição de melhoria relativa à valorização imo-

biliária decorrente de obra pública realizada pela União, Estados, Distrito Federal e

Municípios.

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b) A instituição de taxas por parte dos Estados pressupõe o exercício efetivo do

poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos

e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.

c) A cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas

e por prestadores de serviços não contribuintes habituais do ICMS passou a ser

possível em tese com a promulgação da Emenda Constitucional n. 33/2001, mas

o exercício efetivo da respectiva competência permaneceu condicionado à prévia

edição de lei complementar e leis estaduais aplicáveis.

d) Embora seja inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por

não se tratar de serviço específico e divisível, a Emenda Constitucional n. 39/2002,

outorgou à União, Estados e Municípios a competência para a instituição de contri-

buição destinada ao custeio do serviço de iluminação pública.

e) As exigências aplicáveis à instituição de impostos não compreendidos na com-

petência tributária da União também são aplicáveis à instituição de outras contri-

buições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social além das previstas nos

incisos I a IV do art. 195 da Constituição Federal.

Questão 16    (ESAF/TCU/2010) Uma taxa de iluminação pública, instituída por lei

municipal, é inconstitucional

a) por invasão da competência tributária estadual

b) por ter o mesmo fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza

c) porque o serviço de iluminação pública não é divisível

d) em razão da impossibilidade de se utilizar potencialmente o serviço de ilumina-

ção pública

e) porque o serviço de iluminação pública é uma unidade autônoma de interven-

ção, de utilidade ou de necessidade pública

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Questão 17    (ESAF/AFRFB/2003) As contribuições sociais, de intervenção no do-

mínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, obe-

decem a algumas exigências e princípios constitucionais. Aponte qual contribuição

tem como fato gerador o faturamento operacional das empresas privadas com ou

sem fins lucrativos e a utilização do trabalho assalariado ou de quaisquer outros

que caracterizem a relação de trabalho.

a) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

b) Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).

c) Contribuição Social s/ o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (CSLL).

d) Contribuição Provisória s/ a Movimentação Financeira (CPMF).

e) Contribuição para o Programa de Integração Nacional (PIN).

Questão 18    (ESAF/PGFN/2007) Contribuição previdenciária classifica-se como

a) contribuição de intervenção no domínio econômico.

b) taxa vinculada à prestação de benefícios previdenciários de natureza continua-

da.

c) contribuição corporativa.

d) contribuição social.

e) contribuição de seguridade vinculada ao tesouro da União, em razão da univer-

salidade de cobertura e de atendimento.

Questão 19    (ESAF/MDIC/2012) Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo

art. 145, inciso II da Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale

a opção correta.

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I – O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder

de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultan-

do apenas a estas a prestação potencial do serviço público.

II – O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e passí-

veis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta, remoção

e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis,

desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros ser-

viços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti

universi) e de forma indivisível.

III – Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, dife-

rentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à

prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

IV – A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não

pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o

custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado

pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elemen-

tos pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.

a) Apenas I, II e IV estão corretos.

b) Apenas I, III e IV estão corretos.

c) Apenas II e IV estão corretos.

d) Apenas III e IV estão corretos.

e) Todos os itens estão corretos.

Questão 20    (ESAF/PGFN/1998)

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 (  ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a

contribuição de melhoria.

 (  ) Os impostos são chamados de ‘tributos não vinculados’ porque sua cobrança

independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte.

(  )
 A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de

melhoria seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa.

Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa, Em segui-

da, escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contém a sequência correta.

a) V, V, V

b) V, V, F

c) V, F, F

d) F, F, F

e) F, V, V

Questão 21    (ESAF/AFRFB/2002) Assinale a opção correta.

a) Compete supletivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção

no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,

como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

b) A instituição das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico

e de interesse das categorias profissionais ou econômicas depende de lei comple-

mentar de caráter geral que defina o fato gerador e a base de cálculo.

c) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão reter a contribuição fede-

ral, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício desses, de sistemas

de previdência e assistência social.

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d) Os rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa físi-

ca que preste serviços à empresa não pode ser objeto da contribuição para a segu-

ridade social por constituírem base de cálculo de outra exação, o imposto de renda.

e) As contribuições para a seguridade podem ser exigidas imediatamente, por não

se lhe aplicar a anterioridade da data da publicação da lei que as houver instituído

ou modificado em relação ao exercício financeiro da cobrança.

Questão 22    (ESAF/AFRFB/2009) Segundo o art. 195, caput, da Constituição Fe-

deral, a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta

e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais

que enumera. Sobre estas, é incorreto afirmar que:

a) ao afirmar que o financiamento da seguridade social se dará por toda a socie-

dade, revela-se o caráter solidário de tal financiamento. Todavia, as pessoas físicas

e jurídicas somente podem ser chamadas ao custeio em razão da relevância social

da seguridade se tiverem relação direta com os segurados ou se forem, necessa-

riamente, destinatárias de benefícios.

b) a solidariedade não autoriza a cobrança de tributo sem lei, não autoriza exigên-

cia de quem não tenha sido indicado por lei como sujeito passivo de obrigação tri-

butária, e não autoriza que seja desconsiderada a legalidade estrita que condiciona

o exercício válido da competência relativamente a quaisquer tributos.

c) as contribuições de seguridade social, sendo tributos, submetem-se às normas

referentes às limitações do poder de tributar, contidas no art. 150 da Constituição

Federal, com exceção da anterioridade geral, em face da norma especial contida no

art. 195, § 6º (anterioridade nonagesimal), especialmente concebida para o condi-

cionamento da instituição de contribuições de seguridade social.

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d) para a instituição de contribuições ordinárias (nominadas) de seguridade social,

quais sejam, as já previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição, basta a

via legislativa da lei ordinária, consoante o entendimento pacificado do Supremo

Tribunal Federal.

e) as entidades beneficentes de assistência social gozam de imunidade das contri-

buições para a seguridade social.

Questão 23    (FCC/SEFAZ-SC/2018) No que se refere à contribuição para o cus-

teio da iluminação pública e à contribuição de intervenção no domínio econômico,

a Constituição Federal dispõe que

a) compete à União e aos Estados instituir a contribuição de intervenção e compe-

te aos Municípios instituir a contribuição de iluminação, garantido assim os meios

necessários para prover segurança pública, com polícia e iluminação.

b) a contribuição de intervenção no domínio econômico pode incidir nas importa-

ções e nas exportações.

c) compete aos Municípios instituir a contribuição referente à iluminação pública e com-

pete à União instituir a contribuição referente a intervenção no domínio econômico.

d) compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir a contribuição da iluminação

pública nas estradas e rodovias iluminadas que cortam seus territórios.

e) a contribuição para o custeio da iluminação pública não pode incidir sobre recei-

tas de exportação ou de importação, nem sobre templos ou arenas de esportes, e a

contribuição de intervenção precisa ser aprovada pelo Senado e pela Assembleia

Legislativa do Estado.

Questão 24    (FCC/TJ-SC/2017) Município X cobra taxa por coleta de lixo urbano,

feita por empresa contratada pela Administração municipal. O tributo é calculado

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sobre o valor, atribuído por lei municipal, da frente para a via pública do imóvel em

que se dará a coleta, medida em metros lineares. O tributo é julgado inconstitucio-

nal. A taxa não pode ser cobrada porque

a) a base de cálculo é semelhante ao valor venal do imóvel, base de cálculo do IPTU.

b) a base de cálculo não é apropriada para prestação de serviços, prestando-se,

somente, para o caso de taxa por exercício de poder de polícia.

c) o serviço público é prestado por particular contratado, sendo, portanto, caso de

cobrança de preço público diretamente pelo contratado.

d) o serviço é, por natureza, indivisível, tendo em vista a impossibilidade de pesar

o lixo no momento da coleta.

e) a base de cálculo não tem pertinência com o serviço prestado ou posto à dispo-

sição.

Questão 25    (FGV/OAB-VII/2012) No que se refere aos empréstimos compulsó-

rios, NÃO é correto afirmar que

a) são restituíveis.

b) podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e ur-

gência.

c) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal.

d) podem ser instituídos em caso de guerra externa ou sua iminência e, neste caso,

não respeitam o princípio da anterioridade.

Questão 26    (FGV/OAB-XIII/2014) José recebeu auto de infração pelo inadimple-

mento de determinado tributo instituído por lei ordinária. José contesta a exigência

fiscal sob o argumento, correto, de que o tributo em questão deveria ter sido insti-

tuído por lei complementar. A partir da hipótese apresentada, assinale a opção que

indica o tributo exigido no referido auto de infração.

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a) Contribuição de Interesse de Categoria Profissional.

b) Contribuição de Melhoria.

c) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

d) Empréstimo Compulsório.

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GABARITO
1. d 24. e

2. c 25. b

3. e 26. d

4. c

5. b

6. e

7. b

8. d

9. b

10. c

11. a

12. b

13. b

14. a

15. d

16. c

17. a

18. d

19. e

20. a

21. b

22. a

23. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FCC/PGM DE TERESINA/2010) A partir do conceito legal de tributo,
é possível afirmar que a multa NÃO é espécie de tributo porque o tributo
a) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa, que
só pode ser objeto de anistia.
b) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste desta
obrigatoriedade.
c) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa pode
ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
d) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito.
e) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não é
compulsória, dependendo de condenação administrativa.

Letra d.
Caro(a) aluno(a), nós vimos que tributo não é multa, porque a multa tem um as-
pecto peculiar – e eu te falei que no CTN, ela é chamada de penalidade pecuniária.
Assim, sendo uma PENALIDADE, uma sanção, ela deixa de atender um dos 5 ele-
mentos do conceito de tributo!

Tributo não é multa, pois tributo não é sanção por ato ilícito!
Imposto não é sinônimo de tributo, apesar de ser um tributo.

Em que pese não ser tributo, a multa é uma obrigação tributária principal – e

veremos isso em aula futura, mas já guarde essa informação: pagar tributo ou

multa = obrigação tributária principal.

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Questão 2    (FCC/ISS-SP/2007) Para que uma prestação pecuniária compulsória

possa ser conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto

a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não sanção

de ato ilícito e esteja instituída em lei.

b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja institu-

ída em lei.

c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de

ato ilícito e esteja instituída em lei.

d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja ins-

tituída em lei.

e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de

ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

Letra c.

A banca iniciou o conceito de tributo e cabe ao(a) aluno(a) continuá-lo, conforme

disposto no art. 3º do CTN!

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Questão 3    (FCC/AL-SE/2018) Por expressa determinação constitucional, cabe à

lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,

especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies. O Código Tributário

Nacional atende à determinação constitucional e disciplina esta matéria. Com base

neste Código,

a) tributo e imposto são espécies de taxa.

b) taxa é uma das espécies de imposto.

c) tributo é uma das espécies de taxa.

d) imposto é uma das espécies de contribuição de melhoria.

e) contribuição de melhoria é uma das espécies de tributo.

Letra e.

Conforme mapa mental e ficha de aula que você preencheu, a contribuição de me-

lhoria é uma das espécies tributárias. Veja que o”básico do básico” (talvez você não

ache as espécies básicas agora, mas verás que com o tempo isso fica automática e

familiar) ainda cai em prova em pleno 2018!

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Questão 4    (FCC/CL-DF/2018) De acordo com a Constituição Federal e com o Có-

digo Tributário Nacional, o tributo

a) que pode ser cobrado pelo Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas atri-

buições, que é instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decor-

ra valorização imobiliária benéfica para toda a sociedade, independentemente de

acréscimo de valor que possa resultar dessa obra para cada imóvel, denomina-se

contribuição social.

b) cuja obrigação tem por fato gerador uma situação dependente de atividade es-

tatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se imposto.

c) que pode ser cobrado pelo Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas atri-

buições, e que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, de-

nomina-se taxa.

d) que pode ser cobrado apenas pelo Distrito Federal, no âmbito de suas respecti-

vas atribuições, que é instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que

decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como

limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel bene-

ficiado, denomina-se taxa de valoração imobiliária.

e) cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se taxa compulsória

pelo uso potencial de serviço público.

Letra c.

A CF/1988 e o CTN trazem praticamente as mesmas disposições acerca das taxas:

elas devem ter como fato gerador o poder de polícia ou a prestação de serviço pú-

blico – a cobrança delas está vinculada a uma dessas duas atividades pelo estado.

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A questão cobrou, ainda, conhecimento importante sobre a competência das ta-

xas, ou seja, quem pode instituí-las: todos podem, ou seja, a União, os Esta-

dos, os Municípios e o Distrito Federal, dentro das suas respectivas atribuições.

Questão 5    (FCC/TCE-GO/2009) Os tributos classificam-se em vinculados e não

vinculados. É exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de re-

munerar serviço público:

a) o imposto.

b) a taxa.

c) a contribuição de melhoria.

d) a contribuição social.

e) o empréstimo compulsório.

Letra b.

Na questão anterior vimos que temos um tributo vinculado à prestação de serviço

público – a taxa!

Questão 6    (FCC/SEFAZ-SC/2018) Um determinado Estado instituiu uma taxa de-

nominada “Taxa sobre Transmissão Gratuita de Bens e Direitos”, que tem como fato

gerador a transmissão gratuita de bens e direitos, e cuja base de cálculo é idêntica

à do ITCMD instituído por aquele Estado. A referida taxa foi instituída em razão de

notória necessidade de o Estado “reforçar seu caixa”, e tem como destinação espe-

cífica o pagamento dos credores do Estado, pessoas naturais e jurídicas. De acordo

com a Constituição Federal e com o Código Tributário Nacional, esta exação

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a) é conhecida como taxa imprópria, tem natureza temporária, e sua instituição e

cobrança são contempladas pela Constituição Federal, mas restrita, porém, aos ca-

sos de ocorrência de necessidade extrema e urgente, reconhecida e declarada por

ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.

b) é taxa, mas sua base de cálculo é imprópria.

c) é taxa, na medida em que foi assim denominada na lei estadual que a instituiu,

sendo essa denominação elemento essencial na determinação de sua natureza ju-

rídica específica.

d) é conhecida como taxa imprópria e tem natureza jurídica específica de taxa,

sendo sua instituição e cobrança contempladas pela Constituição Federal, mas res-

trita, porém, aos casos de ocorrência de calamidade pública, reconhecida e decla-

rada por ato do Poder Executivo do ente público que a instituiu.

e) não é taxa, ainda que tenha sido assim denominada, pois seu fato gerador não

é o exercício regular do poder de polícia, nem a utilização, efetiva ou potencial, de

serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua dis-

posição.

Letra e.

Seguindo a sequência das taxas, para massificar na sua cabeçona de fiscal, vimos

que há dois tipos: poder de polícia ou serviço público. Repare que esta questão já

não é mais literal, fazendo uma análise sobre a natureza jurídica do tributo, ela

é determinada pelo fato gerador, se lembra? Está lá no art. 4º do CTN:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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Assim, na historinha exposta, nós verificamos que, na prática, não está havendo a

prestação de um serviço público – o que a “suposta” taxa que o Estado do enun-

ciado da questão criou é, na verdade, a tributação pela transferência (doação) de

um bem. Isso já existe na Constituição Federal: é o ITCMD, é um imposto! Assim,

nosso gabarito é a letra “e”.

Questão 7    (FCC/TCM-RJ/2015) Considerando a natureza jurídica específica dos

tributos, é correto afirmar que

a) a destinação do produto da arrecadação é essencial para definir todas as espé-

cies de tributos.

b) a vinculação de receitas tributárias é inerente a algumas espécies tributárias,

como acontece com as contribuições de interesse de categorias profissionais ou

econômicas.

c) as taxas e as contribuições de melhoria têm receita vinculada, necessariamente.

d) é possível diferenciar um imposto de uma contribuição pela vinculação ou não

de receitas tributárias, pois os impostos nunca podem ter receita vinculada.

e) a contribuição de melhoria é um tributo que tem receita vinculada, ou seja,

o produto arrecadado tem que necessariamente ser revertido para custear a obra

pública que gerou a valorização imobiliária.

Letra b.

Correto, aluno(a), as CICP (contribuições de interesse de categorias profissionais

ou econômicas) tem sua receita destinada ao órgão que as arrecada, por exemplo,

as contribuições do Conselho Regional de Medicina vão para o respectivo conselho!

A letra “a” está errada por contrariar o inciso II do art. 4º, já que é irrelevante para

qualificar um tributo a “destinação legal do produto da sua arrecadação”.

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Questão 8    (FCC/SEFIN-RO/2010) Para se identificar a natureza jurídica específica

de um tributo considera-se, em regra,

a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.

b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.

c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.

d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.

e) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Letra d.

Curta e direta, firme no art. 4º do CTN:

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Questão 9    (ESAF/AFRFB/2000) Assinale a opção que corresponda, na mesma or-

dem, às expressões respectivas.

– Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa expri-

mir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada.

– Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal

específica, relativa ao contribuinte.

– Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana.

a) preço público, tributo, taxa

b) tributo, imposto, taxa

c) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal

d) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público

e) contribuição de melhoria, imposto, preço público

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Letra b.

Uma questão um pouco mais antiga mas bem conceitual, traz o conceito de tributo,

do art. 3º, na primeira assertiva. Depois, o conceito do imposto, o “bolo geral de

receitas”, que não é vinculado a qualquer ação estatal, nem pode ter, como regra,

vinculação de suas receitas (lembre-se de que existem exceções).

Só aí já acertaríamos a questão, não é mesmo? Ela encerra, no terceiro conceito,

com uma taxa, comum no Brasil à fora: a taxa pelo serviço de limpeza pública ur-

bana. Ela é uma taxa pelo serviço de limpeza pública urbana, ou seja, um serviço

público. Fique atento(a) também a uma Súmula do STF:

Súmula Vinculante 19 – A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públi-


cos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Questão 10    (FCC/CREMESP/2016) Diferem os impostos das taxas

a) pois os impostos devem ser obrigatoriamente instituídos por lei de caráter abs-

trato e geral, enquanto as taxas admitem instituição por atos normativos infrale-

gais, privativos do Chefe do Executivo, e devem ter incidência específica.

b) porque os impostos são tributos vinculados a atividade estatal, e cuja cobran-

ça se submete ao princípio da capacidade contributiva, este que não incide para a

cobrança das taxas, que são instituídas com valores específicos e preestabelecidos

para cada prestação estatal.

c) pois devem obrigatoriamente possuir fatos geradores distintos, cabendo aos

impostos a qualidade de tributos não vinculados a atividades estatais, enquanto as

taxas não podem ter bases de cálculo próprias de impostos, devendo se basear na

prestação de serviços públicos ou exercício do poder de polícia.

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d) porque as taxas dependem da ocorrência de fatos geradores próprios, como

exercício do poder de polícia e prestação de serviços públicos de caráter geral, cuja

base de cálculo e valores de cobrança devem ser previamente fixados, enquanto os

tributos decorrem da prática de atos pelo próprio contribuinte e do valor dos negó-

cios por estes realizados.

e) em razão da competência para instituição, na medida que os impostos devem

obrigatoriamente serem instituídos por iniciativa do Chefe do Executivo, enquanto

as taxas podem ser criadas por iniciativa emanada do próprio Legislativo, indepen-

dentemente da concordância do Executivo.

Letra c.

O § único do art. 77 determina que:

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Assim, a questão cobrou esse entendimento, cumulado com a não vinculação dos

impostos.

Questão 11    (FCC/TCE-RS/2018) A Súmula Vinculante n. 19 do Supremo Tribunal

Federal prevê que “a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços de coleta,

remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis

não viola o artigo 145, inciso II, da Constituição Federal.” Levando-se em conside-

ração o regime constitucional das taxas, é correto afirmar que as taxas poderão

a) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contri-

buinte ou postos a sua disposição.

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b) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao con-

tribuinte ou postos a sua disposição.

c) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços públicos genéricos e divisíveis, prestados ao contri-

buinte ou postos a sua disposição.

d) ter a base de cálculo própria de impostos.

e) ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efe-

tiva ou potencial, de serviços privados específicos e divisíveis, prestados pelo con-

tribuinte ou postos a sua disposição.

Letra a.

No enunciado, a banca trouxe a Súmula Vinculante n. 19:

Súmula Vinculante 19 – A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públi-


cos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

Após a banca lhe trazer este conhecimento – que poderia ter sido cobrado, mas não

era essa a ideia da questão – ela lhe pergunta qual regime constitucional da taxa,

isso nada mais é do que saber que os dispositivos da CF/1988:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Questão 12    (FCC/SEFAZ-MA/2016) Siglas utilizadas:

CSLL: Contribuição social sobre o lucro líquido.

CTN: Código Tributário Nacional.

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ICMS: Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações

de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

IE: Imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou naciona-

lizados.

II: Imposto sobre importação de produtos estrangeiros.

IOF: Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou

valores mobiliários.

IPI: Imposto sobre produtos industrializados.

IPTU: Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.

IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

IR: Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.

IRPJ: Imposto de renda das pessoas jurídicas.

ISS ou ISSQN: Imposto sobre serviços de qualquer natureza.

I – TBI: Imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso,

de bens imóveis.

I – TCMD ou ITCD ou ICD ou ITC: Imposto sobre transmissão causa mortis e doa-

ção.

ITR: Imposto sobre propriedade territorial rural.

Um determinado Estado brasileiro criou, por meio de decreto, uma taxa semestral,

cobrada de todos os seus habitantes que fossem proprietários de aparelhos tele-

fônicos celulares, pela simples razão de serem proprietários deles, nos dias 1º de

janeiro e 1º de julho de cada ano, respectivamente. Essa exação, de acordo com o

CTN e com a Constituição Federal,

a) pode ser cobrada deles, porque os Estados têm competência para instituir taxas.

b) não pode ser cobrada, não é taxa, e foi instituída sem previsão constitucional.

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c) só pode ser cobrada com autorização do Senado Federal, por meio de resolução.

d) só pode ser instituída, se for por meio de lei ordinária.

e) pode ser instituída, mas apenas pela União.

Letra b.

Muito “enrolation” esta questão, trouxe uma penca de siglas mas nem cobrou o co-

nhecimento delas. Na verdade a banca traz uma boa questão com um caso teórico,

muito comum em prova, de um Estado criar uma taxa de quem fosse detentor de

aparelhos celulares.

Ora, isso não é uma taxa, pois não há poder de polícia nem serviço público envolvi-

do. O fato de Tício ser detentor de aparelho celular não está relacionado a nenhuma

atividade estatal específica de serviço público ou de poder de polícia.

Assim, como a natureza jurídica do tributo é dada pelo fato gerador (ser

detentor de telefone), temos que a suposta taxa criada não pode ser taxa, sendo

inconstitucional.

Questão 13    (FCC/TRT3/2015) As custas processuais devidas ao Poder Judiciário

quando do processamento de ações

a) tarifa.

b) taxa pela prestação efetiva de serviço público específico e divisível efetivamente

prestado ao contribuinte.

c) taxa pela prestação efetiva ou compulsória de serviço público indivisível coloca-

do à disposição do contribuinte.

d) taxa pelo exercício regular do poder de polícia.

e) contribuição especial de interesse de categoria profissional ou econômica.

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Letra b.

As custas processuais, que pagamos quando processamos alguém, são as taxas

judiciárias, sendo uma “prestação efetiva de serviço público específico e divisível

efetivamente prestado ao contribuinte”.

Questão 14    (FCC/TRT3/2015) A Constituição Federal traz como regra-matriz de

incidência a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natu-

ral e seus derivados e álcool combustível e que pode ter alíquota diferenciada por

produto ou uso; reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, além de re-

ceitas destinadas, dentre outros, “ao financiamento de programas de infraestrutura

de transportes”. Essa assertiva se refere

a) a uma contribuição de intervenção no domínio econômico, de competência ex-

clusiva da União.

b) ao imposto de importação incidente sobre combustíveis.

c) ao imposto sobre circulação de mercadorias, quando tem por objeto combustí-

veis, ainda que provenientes do exterior.

d) aos impostos de importação e de circulação de mercadorias, respectivamente,

ambos de competência da União.

e) à COFINS incidente sobre as operações com combustível, que é uma contribui-

ção de interesse de categorias profissionais ou econômicas.

Letra a.

A importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus

derivados e álcool combustível pode parecer, a primeira vista, um imposto de im-

portação, mas se trata, na verdade, da contribuição de intervenção no domí-

nio econômico (CIDE), de competência exclusiva da União. Isso está lá no

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art. 177 da CF/1988, um pouquinho separado dos demais dispositivos do Sistema

Tributário Nacional:

Art. 177. Constituem monopólio da União:


(...)
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural
e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
I – a alíquota da contribuição poderá ser:
a) diferenciada por produto ou uso;
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto
no art. 150,III, b;
II – os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural
e seus derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e
do gás;
c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.

Questão 15    (FCC/PGE-RN/2014) De acordo com a Constituição Federal, é INCOR-

RETO afirmar:

a) É possível a instituição de contribuição de melhoria relativa à valorização imo-

biliária decorrente de obra pública realizada pela União, Estados, Distrito Federal e

Municípios.

b) A instituição de taxas por parte dos Estados pressupõe o exercício efetivo do

poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos

e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.

c) A cobrança de ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas

e por prestadores de serviços não contribuintes habituais do ICMS passou a ser

possível em tese com a promulgação da Emenda Constitucional n. 33/2001, mas

o exercício efetivo da respectiva competência permaneceu condicionado à prévia

edição de lei complementar e leis estaduais aplicáveis.

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d) Embora seja inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por

não se tratar de serviço específico e divisível, a Emenda Constitucional n. 39/2002,

outorgou à União, Estados e Municípios a competência para a instituição de contri-

buição destinada ao custeio do serviço de iluminação pública.

e) As exigências aplicáveis à instituição de impostos não compreendidos na com-

petência tributária da União também são aplicáveis à instituição de outras contri-

buições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social além das previstas nos

incisos I a IV do art. 195 da Constituição Federal.

Letra d.

A COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública é de com-

petência municipal – daí o erro da letra “d” em colocar todos os entes. É importante

destacar que o Distrito Federal também é um ente político que detém a competên-

cia para instituir a COSIP.

Outro ponto que está no art. 149-A da CF/1988 é a faculdade para cobrança da con-

tribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Veja:

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma


das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o dis-
posto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fa-
tura de consumo de energia elétrica.

Questão 16    (ESAF/TCU/2010) Uma taxa de iluminação pública, instituída por lei

municipal, é inconstitucional

a) por invasão da competência tributária estadual

b) por ter o mesmo fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza

c) porque o serviço de iluminação pública não é divisível

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d) em razão da impossibilidade de se utilizar potencialmente o serviço de ilumina-

ção pública

e) porque o serviço de iluminação pública é uma unidade autônoma de interven-

ção, de utilidade ou de necessidade pública

Letra c.

A justificativa para a “taxa de iluminação pública”, que chegou a existir,

ser declarada inconstitucional é a indivisibilidade do serviço. Daí houve

um “jeitinho brasileiro” para transformá-la em Contribuição – assim, não

sendo uma taxa, o seu fato gerador pode estar vinculado a um serviço

que não é divisível. Há críticas na doutrina sobre esse tributo, mas ele está aí, exis-

te, é constitucional e cai em prova!

Questão 17    (ESAF/AFRFB/2003) As contribuições sociais, de intervenção no do-

mínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, obe-

decem a algumas exigências e princípios constitucionais. Aponte qual contribuição

tem como fato gerador o faturamento operacional das empresas privadas com ou

sem fins lucrativos e a utilização do trabalho assalariado ou de quaisquer outros

que caracterizem a relação de trabalho.

a) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

b) Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).

c) Contribuição Social s/ o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (CSLL).

d) Contribuição Provisória s/ a Movimentação Financeira (CPMF).

e) Contribuição para o Programa de Integração Nacional (PIN).

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Letra a.

A contribuição social que tem como fato gerador o faturamento operacional das

empresas privadas com ou sem fins lucrativos e a utilização do trabalho assalariado

ou de quaisquer outros que caracterizem a relação de trabalho é a COFINS – Con-

tribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

Questão 18    (ESAF/PGFN/2007) Contribuição previdenciária classifica-se como

a) contribuição de intervenção no domínio econômico.

b) taxa vinculada à prestação de benefícios previdenciários de natureza continuada.

c) contribuição corporativa.

d) contribuição social.

e) contribuição de seguridade vinculada ao tesouro da União, em razão da univer-

salidade de cobertura e de atendimento.

Letra d.

Esta é fácil, a contribuição previdenciária é uma espécie do gênero contribuições

sociais (e as contribuições sociais, conforme o STF, estão dentro do grupo maior

chamado contribuições especiais):

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Questão 19    (ESAF/MDIC/2012) Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo

art. 145, inciso II da Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale

a opção correta.

I – O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder

de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultan-

do apenas a estas a prestação potencial do serviço público.

II – O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e passí-

veis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta, remoção

e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis,

desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outros ser-

viços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti

universi) e de forma indivisível.

III – Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, dife-

rentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à

prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

IV – A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não

pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o

custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado

pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elemen-

tos pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.

a) Apenas I, II e IV estão corretos.

b) Apenas I, III e IV estão corretos.

c) Apenas II e IV estão corretos.

d) Apenas III e IV estão corretos.

e) Todos os itens estão corretos.

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Letra e.

Temos que analisar uma por uma aqui para depois responder.

No item I temos a cobrança do inciso II do art. 145 da CF/1988:

Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,


de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição.

Assim, é correta a questão ao dizer que a parte do “utilização, efetiva ou potencial”

foi direcionada apenas aos serviços públicos.

No item II temos um entendimento correto do STF. Vamos destacá-lo?

O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e passíveis de tri-


butação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou
destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades
sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em
benefício da população em geral (uti universi) e de forma indivisível.

O item III está errado, pois não temos mais esse princípio de prévia inclusão em lei

orçamentária, isso não existe mais, ok?

O item IV está certíssimo, a taxa deve ser proporcional ao serviço. Por isso, inclu-

sive, que há o seguinte entendimento na Súmula n. 667 do STF:

Súmula n. 667 – STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa ju-
diciária calculada sem limite sobre o valor da causa.

Questão 20    (ESAF/PGFN/1998)

 (  ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a

contribuição de melhoria.

 (  ) Os impostos são chamados de ‘tributos não vinculados’ porque sua cobrança

independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte.

(  )
 A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de

melhoria seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa.

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Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa, Em segui-

da, escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contém a sequência correta.

a) V, V, V

b) V, V, F

c) V, F, F

d) F, F, F

e) F, V, V

Letra a.

Todas estão corretas, caro(a) aluno(a)! Na primeira, a classificação tripartida do

CTN, que nos traz apenas 3 tributos (depois a CF/1988 evoluiu para 5, a partir do

entendimento do STF interpretando-a). A segunda fala da não vinculação do im-

posto e a última fala da Contribuição de Melhoria – não há um limite colocado pela

CF/1988, mas sim pelo CTN:

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Questão 21    (ESAF/AFRFB/2002) Assinale a opção correta.

a) Compete supletivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção

no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,

como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

b) A instituição das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico

e de interesse das categorias profissionais ou econômicas depende de lei comple-

mentar de caráter geral que defina o fato gerador e a base de cálculo.

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c) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão reter a contribuição fede-

ral, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício desses, de sistemas

de previdência e assistência social.

d) Os rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa físi-

ca que preste serviços à empresa não pode ser objeto da contribuição para a segu-

ridade social por constituírem base de cálculo de outra exação, o imposto de renda.

e) As contribuições para a seguridade podem ser exigidas imediatamente, por não

se lhe aplicar a anterioridade da data da publicação da lei que as houver instituído

ou modificado em relação ao exercício financeiro da cobrança.

Letra b.

Na verdade, a letra “b” nos traz o entendimento não sobre os tributos ali descritos

mas sim sobre o FATO GERADOR e BASE DE CÁLCULO, que demandam lei comple-

mentar, conforme art. 146, III, a.

Art. 146. Cabe à lei complementar:


III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente so-
bre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discri-
minados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes;

Adicione ainda “contribuintes” para deixar ainda mais completo o nosso entendi-

mento sobre o que precisa ser regulado por lei complementar (e lembrando

que alíquotas não precisam de lei complementar, apenas BC/FG/Contribuintes).

Questão 22    (ESAF/AFRFB/2009) Segundo o art. 195, caput, da Constituição Fe-

deral, a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta

e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da

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União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais

que enumera. Sobre estas, é incorreto afirmar que:

a) ao afirmar que o financiamento da seguridade social se dará por toda a socie-

dade, revela-se o caráter solidário de tal financiamento. Todavia, as pessoas físicas

e jurídicas somente podem ser chamadas ao custeio em razão da relevância social

da seguridade se tiverem relação direta com os segurados ou se forem, necessa-

riamente, destinatárias de benefícios.

b) a solidariedade não autoriza a cobrança de tributo sem lei, não autoriza exigên-

cia de quem não tenha sido indicado por lei como sujeito passivo de obrigação tri-

butária, e não autoriza que seja desconsiderada a legalidade estrita que condiciona

o exercício válido da competência relativamente a quaisquer tributos.

c) as contribuições de seguridade social, sendo tributos, submetem-se às normas

referentes às limitações do poder de tributar, contidas no art. 150 da Constituição

Federal, com exceção da anterioridade geral, em face da norma especial contida no

art. 195, § 6º (anterioridade nonagesimal), especialmente concebida para o condi-

cionamento da instituição de contribuições de seguridade social.

d) para a instituição de contribuições ordinárias (nominadas) de seguridade social,

quais sejam, as já previstas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição, basta a

via legislativa da lei ordinária, consoante o entendimento pacificado do Supremo

Tribunal Federal.

e) as entidades beneficentes de assistência social gozam de imunidade das contri-

buições para a seguridade social.

Letra a.

A letra “a” tem um problema ao afirmar que “as pessoas físicas e jurídicas somente

podem ser chamadas ao custeio em razão da relevância social da seguridade se

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tiverem relação direta com os segurados ou se forem, necessariamente, destinatá-

rias de benefícios”, já que estaria vinculando as receitas das contribuições sociais

de pessoas físicas e jurídicas a benefícios dados a elas próprias. Porém, o que

ocorre no sistema de seguridade social é uma solidariedade, de forma que todos

financiam mas nem todos são beneficiários.

Questão 23    (FCC/SEFAZ-SC/2018) No que se refere à contribuição para o cus-

teio da iluminação pública e à contribuição de intervenção no domínio econômico,

a Constituição Federal dispõe que

a) compete à União e aos Estados instituir a contribuição de intervenção e compe-

te aos Municípios instituir a contribuição de iluminação, garantido assim os meios

necessários para prover segurança pública, com polícia e iluminação.

b) a contribuição de intervenção no domínio econômico pode incidir nas importa-

ções e nas exportações.

c) compete aos Municípios instituir a contribuição referente à iluminação pública e com-

pete à União instituir a contribuição referente a intervenção no domínio econômico.

d) compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir a contribuição da iluminação

pública nas estradas e rodovias iluminadas que cortam seus territórios.

e) a contribuição para o custeio da iluminação pública não pode incidir sobre recei-

tas de exportação ou de importação, nem sobre templos ou arenas de esportes, e a

contribuição de intervenção precisa ser aprovada pelo Senado e pela Assembleia

Legislativa do Estado.

Letra c.

Competência da COSIP é municipal (e DF) e da CIDE é da União! Simples assim.

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Questão 24    (FCC/TJ-SC/2017) Município X cobra taxa por coleta de lixo urbano,

feita por empresa contratada pela Administração municipal. O tributo é calculado

sobre o valor, atribuído por lei municipal, da frente para a via pública do imóvel em

que se dará a coleta, medida em metros lineares. O tributo é julgado inconstitucio-

nal. A taxa não pode ser cobrada porque

a) a base de cálculo é semelhante ao valor venal do imóvel, base de cálculo do IPTU.

b) a base de cálculo não é apropriada para prestação de serviços, prestando-se,

somente, para o caso de taxa por exercício de poder de polícia.

c) o serviço público é prestado por particular contratado, sendo, portanto, caso de

cobrança de preço público diretamente pelo contratado.

d) o serviço é, por natureza, indivisível, tendo em vista a impossibilidade de pesar

o lixo no momento da coleta.

e) a base de cálculo não tem pertinência com o serviço prestado ou posto à dispo-

sição.

Letra e.

A coleta de lixo urbano pode ser realizada por taxa, mas, em sua base de cálculo,

não pode haver um elemento do imóvel do contribuinte, já que o lixo urbano não

tem relação com o tamanho do imóvel. Se fosse “coleta de lixo domiciliar”, teríamos

a possibilidade de fazer essa vinculação.

Questão 25    (FGV/OAB-VII/2012) No que se refere aos empréstimos compulsó-

rios, NÃO é correto afirmar que

a) são restituíveis.

b) podem ser instituídos por medida provisória, desde que haja relevância e ur-

gência.

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c) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal.

d) podem ser instituídos em caso de guerra externa ou sua iminência e, neste caso,

não respeitam o princípio da anterioridade.

Letra b.

Os empréstimos compulsórios exigem lei complementar para sua instituição, por

isso medida provisória não pode neste caso!

Questão 26    (FGV/OAB-XIII/2014) José recebeu auto de infração pelo inadimple-

mento de determinado tributo instituído por lei ordinária. José contesta a exigência

fiscal sob o argumento, correto, de que o tributo em questão deveria ter sido insti-

tuído por lei complementar. A partir da hipótese apresentada, assinale a opção que

indica o tributo exigido no referido auto de infração.

a) Contribuição de Interesse de Categoria Profissional.

b) Contribuição de Melhoria.

c) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

d) Empréstimo Compulsório.

Letra d.

O empréstimo compulsório precisa de lei complementar!

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