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Resumo: Os biocombustíveis no cenário mundial


O autor vai iniciar o tópico falando que: embora a preocupação ambiental esteja ganhando
espaço na busca por fontes de energia renováveis, não é o principal motivo para a transição
da matriz energética. Questões como dependência energética, instabilidade política dos
países produtores de petróleo, temor de novas altas nos preços do barril do minério
(acrescentar os principais países produtores, são) e o receio de aumentos nos preços do
petróleo têm exercido uma influência maior. Eventos passados, como a guerra árabe-
israelense em 1973 e a revolução política no Irã em 1979, que ameaçaram o fluxo de energia,
ainda têm um impacto significativo.

Isso é evidenciado pelo fato de que, sete anos após a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto,
a meta de redução de emissões de CO2 em 5,2% em relação a 1990 ainda não foi totalmente
alcançada. Além disso, a ausência dos Estados Unidos, maior potência geopolítica, no acordo
ressalta a complexidade da implementação de medidas de mitigação e transição para uma
matriz energética mais sustentável.

A partir de dados de 2007, observou-se que a União Europeia (UE) era responsável por quase
70% da produção de biodiesel, enquanto alguns países enfrentavam dificuldades nesse
sentido, como a Itália, que reduziu sua produção. Os Estados Unidos atingiram a marca de
1,5 milhão de toneladas de biodiesel nesse período, exportando a maior

para a UE união europeia, que enfrentava problemas de abastecimento de óleo diesel e


buscava alternativas. Atualmente, os óleos vegetais importados se destacam como principal
matéria-prima para a produção de biodiesel na Europa, juntamente com a canola.

De acordo com Medeiros (2008), dois dos principais desafios enfrentados pelos países
europeus na redução da dependência de fontes de energia fósseis são o acesso a matéria-
prima e a coordenação. Rodrigues (2008) ressalta que as fronteiras agrícolas da Europa
estão quase totalmente exploradas, com apenas 3% das terras disponíveis destinadas às
culturas energéticas. Para atingir a meta estabelecida na Eco 92 (explicar oq é eco 92) de
incluir 10% de biodiesel, seria necessário utilizar 16% das terras agrícolas, o que seria
praticamente impossível para os europeus, levando-os a rever suas políticas.

: Além disso, o autor destaca que a incapacidade de produzir biocombustíveis em território


europeu tem gerado argumentos em favor da sustentabilidade ambiental e intensificado o
debate internacional. Isso tem levado ao questionamento e exposição dos interesses
concretos de cada bloco de países, assim como à implementação de políticas que visam
impor barreiras técnicas aos biocombustíveis

No início de 2007, organizações ecologistas pediram à União Europeia (UE) que


abandonasse as políticas de biocombustíveis devido a preocupações ambientais de longo
prazo. Essas demandas levantaram dúvidas sobre a eficácia dos biocombustíveis na redução
das emissões de gases de efeito estufa e questionaram a capacidade da UE de alcançar sua
meta de inclusão de 10% de biodiesel na matriz de combustíveis até 2020. O debate também
envolve interesses divergentes entre os blocos de países e a imposição de barreiras técnicas
aos biocombustíveis tem sido discutida como uma possível solução.

A energia de biomassa, especialmente os biocombustíveis, tem gerado controvérsias em todo


o mundo, não apenas na União Europeia. Enquanto alguns a veem como uma solução para
os desafios energéticos e ambientais, promovendo a autonomia energética sustentável,
outros questionam seu impacto real na redução de emissões de gases de efeito estufa. As
opiniões divergentes refletem a interconexão entre os problemas e a necessidade de
encontrar soluções que abordem múltiplos aspectos relacionados à energia.

No século XXI, é crucial para as nações desenvolver estratégias de autonomia energética


baseadas em sistemas sustentáveis. Isso significa construir economias menos expostas a
conflitos geopolíticos e mais competitivas. Os riscos de curto prazo no fornecimento de
energia decorrentes de conflitos e tensões em regiões produtoras de matérias-primas
destacam a necessidade de investimentos e diversificação das fontes de energia. É
fundamental reduzir a dependência dessas regiões e promover a sustentabilidade na busca
por soluções energéticas.: Há uma corrente de pensamento que questiona a sustentabilidade
dos biocombustíveis devido a uma série de preocupações complexas e interconectadas.
Essas preocupações incluem a disponibilidade de áreas agricultáveis, o impacto do
monocultivo, as questões relacionadas ao agronegócio, os direitos dos trabalhadores, a
segurança alimentar e o monopólio, entre outras. Essas questões levantam preocupações
legítimas sobre os potenciais impactos negativos dos biocombustíveis, embora seja
importante reconhecer a complexidade desses problemas e sua inter-relação.
Resumindo, a produção de energia renovável, especialmente a derivada da biomassa, ainda
é pouco expressiva em comparação com as fontes fósseis. Segundo Bressan Filho (2008),
as fontes fósseis representam aproximadamente 87% do consumo mundial de energia,
enquanto as fontes não fósseis contribuem com apenas 13%. Dentre as fontes não fósseis,
a biomassa representa 3,2% do total. Esses números destacam a necessidade de aumentar
a participação das energias renováveis para reduzir a dependência das fontes fósseis e
promover uma transição energética mais sustentável.

Nos últimos anos, tem-se observado um adiamento da curva de inflexão do petróleo,


estimando-se seu esgotamento daqui a 20 a 30 anos. Esse adiamento pode estar relacionado
à elevação do preço do petróleo ao longo da última década. Essa situação tem impulsionado
a busca por fontes de energia renovável como alternativas, visando reduzir a dependência
do petróleo e suas flutuações da alta dos preços do petróleo entre 2003 e 2008 foi
impulsionada pelo crescimento do consumo global, a limitação da produção, a redução da
capacidade ociosa e o aumento dos investimentos financeiros. Apesar disso, as fontes não
renováveis ainda desempenham um papel importante na geopolítica energética mundial,
enquanto as nações gradualmente buscam alternativas ao petróleo

: Há uma tendência global em busca de alternativas energéticas mais sustentáveis, como


evidenciado pela legislação dos Estados Unidos que propõe a participação de 20% de fontes
renováveis até 2017 e pelos países do Mercosul que tornaram obrigatória a mistura de
biocombustíveis. A Ásia também está adotando políticas semelhantes, com o Japão
buscando utilizar 3% de etanol e países do sudeste asiático desenvolvendo programas para
consumo interno e aspirando a se tornarem exportadores de etanol e biodiesel. Essas
medidas refletem a busca por reduzir a dependência de fontes não renováveis de energia e
promover a sustentabilidade.

O Programa para Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) foi lançado oficialmente no Brasil em
2004. Ele busca atender às metas estabelecidas no Tratado de Kyoto, mesmo o país não
sendo obrigado a cumpri-las. O programa visa facilitar o acesso a financiamentos
internacionais e tem como metas principais garantir o suprimento de matéria-prima para os
produtores, principalmente na região Nordeste, além de promover a geração de emprego e
renda, reduzir a emissão de poluentes, mitigar os custos na área de saúde e diminuir as
disparidades regionais.

A geração de energia a partir da biomassa não pode ser considerada a alternativa mais viável
para todos os países diante do panorama da questão energética global. No entanto, parece
ser a principal substituta do petróleo no mercado energético até que estudos apontem uma
matriz mais limpa e eficiente. A bioenergia, especialmente derivada de compostos vegetais,
levanta questões importantes no contexto da geopolítica energética e incentiva a reflexão
sobre seus impactos.

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