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Introdução A Tecnologia LoRa
Introdução A Tecnologia LoRa
Com a ascensão do IoT que veio para conectar os mais diversos dispositivos a rede de internet, algumas situações impõem
desafios à tecnologias de transmissão mais populares como WiFi e Ethernet. Um exemplo disso seria conectar sensores em áreas
remotas e sem acesso à rede elétrica. A tecnologia LoRa é uma solução para situações assim. Nesse post farei uma breve
explanação sobre a tecnologia LoRa e alguns pontos relevantes da rede LoRaWAN.
O LPWAN (Low Power Wide Area Network) é um modelo de rede sem fio muito utilizada em IoT e que tem como fundamentos
3 aspectos:
Longo alcance e baixo taxa de dados – Para alcançar longas distâncias abre se mão do volume de informação.
Baixo consumo de energia – Em áreas onde não há fontes contínuas de energia, muitas vezes o dispositivo será
mantido por baterias e tentar reduzir ao máximo o consumo delas é um dos focos desse modelo.
Baixa frequência de transmissão – A troca de informação entre dispositivos e o gateway só ocorrerá limitadas vezes
em um dia.
LoRa é uma sigla para Long Range e se trata de uma tecnologia de radiotransmissão de longo alcance e baixo consumo criada
pela Semtech™. Essa tecnologia pode criar links entre dispositivos na escala de quilômetros (3-4 Km para regiões urbanas, e em
áreas rurais, 12 Km ou mais para regiões rurais).Dispositivos LoRa funcionam com frequências de 433, 868 e 915 MHz que estão
dentro da banda ISM (Industrial Sientific and Medical) reservada internacionalmente para aplicações Industriais, científicas e
médicas.
Já o LoRaWAN é um protocolo de rede LPWAN (Low Power, Wide Area) que usa a tecnologia LoRa como camada física e que
define diversos outros parâmetros como arquitetura da rede, segurança , potência de sinal e etc.
Nessa configuração os dispositivos end-points trocam dados com Gateways, estes por sua vez enviam a informação via conexão
IP para servidores de rede que por sua vez trocam dados com servidores de aplicação onde normalmente estão rodando aplicações
onde o usuário final vai acessar esses dados.
Os dispositivos end-points ou end-devices estão na ponta do sistema, podem ser sensores de temperatura, sensores de umidade,
medidores de consumo de energia, motores, lâmpadas e etc.
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Figura 2 – Sensor de temperatura LoRa.
Os gateways tem a função de prover interface entre os end-points se conectam por meio de LoRa e um servidor de rede que
gerencia os dados recebidos. A rede LoRaWAN implementa a topologia em estrela do modelo LPWAN, ou seja, todos os
dispositivos estão diretamente conectados ao gateway.
Vale destacar que a troca de informações nesse protocolo é duplamente criptografada usando o algoritmo AES de 128 bits com
duas chaves, uma para o servidor de rede (Network Session Key) e uma para o servidor de aplicação(Application Session Key).
Algumas aplicações onde LoRaWAN pode ser utilizada são monitoramento remoto de gás, prevenção de desastres, segurança
pública, agricultura, monitoramento de animais.
End-devices LoRa
Se for necessário mandar alguma informação ou comando a partir da camada de aplicação, essa informação deve ser armazenada e
só poderá ser enviada em resposta a uma transmissão iniciada pelo end-device, caracterizando uma forma de comunicação
bidirecional.
Essa classe permite menor consumo de energia comparado com as outras duas classes.
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Classe B – Dispositivos dessa classe além receberem dados em resposta a uma transmissão partindo deles como na classe A,
também podem receber dados em janelas tempos agendadas.
A comunicação começa quando end-device detecta uma mensagem do tipo beacon enviada pelo módulo gateway. Essas
mensagens de sincronia são configuradas no servidor de rede conectado a outra ponta do gateway.
Nessa classe o consumo de bateria é intermediário entre as outras duas.
Classe C – Dispositivos funcionando nessa classe estão praticamente todo o tempo com a janela de recepção aberta, estando
fechada somente no momento da transmissão.
Essa classe permite que a aplicação tenha do controle do dispositivo quase que a qualquer momento. Recomendada para
dispositivos que tenham acesso a rede elétrica pois é a classe que apresenta maior consumo das três.
Módulos LoRa
Para estudos e desenvolvimento de protótipos de end-devices, temos no mercado algumas opções de módulos LoRa que valem a
pena serem citados.
É um módulo básico que possui o chip SX1276 da Semtech™. Esse módulo pode operar com qualquer microcontrolador
(Arduino, Raspberry, ESP) que possua interface SPI.
RN2903A
É um modulo LoRa desenvolvido pela Microchip que também precisa de um microcontrolador externo para operar. Usa
comunicação serial para troca de dados com o microcontrolador seja um Arduino, Raspberry ou ESP.
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Figura 5 – Módulo RN2903A.
ESP32 LoRa
O ESP32 LoRa é uma placa que combina um ESP32 que já sabemos que possui WiFi/Bluetooth com o um chip SX1276 ou
SX1278 que é um chip LoRa. Além disso conta com display OLED de 0,96” embutido e entrada para bateria de lítio 3.7V a 4.2V.
Atualmente existem duas empresas fabricantes desse tipo de ESP LoRa, TTGO e a Heltec.
Faixas de frequência
No Brasil temos uma peculiaridade porque temos uma restrição de 40 canais que vão de 907.5 MHz a 915 MHz (usado por uma
operadora de telefonia), deixando duas partes que somadas agrupam 24 canais.
A resolução da Anatel que trata dessas faixas de frequência está disponível neste link.
Gostou? Deixe seu comentário logo abaixo, aguardo você no próximo post. Confira também a nossa loja virtual encontre alguns
módulos citados no post.
Yure Albuquerque
Graduando em Tecnologia Mecatrônica Industrial. Tenho experiência com Arduino e Raspberry Pi. Atualmente experimentando
novas tecnologias como ESP32 e compartilhando no blog da Smart Kits.
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