Conteúdo
1. HISTÓRICO DA FITOTERAPIA
1.1. O princípio da fitoterapia
1.2. Para quê servem as ervas?
1.3. Fitoterapia como medicina alternativa
1.4. O que é Fitoterapia?
1.5. Fitoterapia X Remédios Convencionais
1.6. A origem das plantas medicinais
1.6.1. Plantas de origem européia.
1.6.2. Plantas de origem africana.
1.6.3. Plantas de origem indígena.
1.6.4. Plantas de origem oriental.
1.6.5. Plantas com origem na Amazônia.
1.6.6. Plantas com origem no Nordeste.
1.6.7. Plantas de origem desconhecida.
1.6.8. Ervas mencionadas na Bíblia
1.7. Imunologia e Fitoterapia
REFERÊNCIAS
1. HISTÓRICO DA FITOTERAPIA
A sabedoria popular no uso das plantas impulsionou o seu consumo por todos os grupos
sociais durante séculos. Foram encontrados indícios da utilização das plantas em todas
as civilizações estudadas. O princípio de todo conhecimento está espalhado pelos vários
berços da civilização tais como europeu de onde surgiu a melissa (Melissa officinalis),
da África apareceu a arruda (Ruta graveolens), dos índios brasileiros surgiu a caapeba
(Piper umbellatum) e da Ásia o gengibre (Zingiber officinale).
Talvez pelo fato das ervas têrem um papel importante histórico e tradição de cura, às
vezes elas são tratadas como uma categoria especial de plantas, ou seja, são avaliadas
particularmente pelas suas qualidades medicinais, saborosas ou aromáticas.
Há várias perguntas sobre o uso medicinal. O que é medicina alternativa? Por que uma
pessoa pode escolher tomar ervas em vez de medicamentos farmacêuticos? As pessoas
deveriam usar ervas para prevenir ou para curar uma doença? Onde as pessoas podem
encontrar ervas para uso medicinal? Como fazem as pessoas para saber que dosagem
pode ser usada e a melhor maneira para tomar?
Ervas Medicinais têm sido utilizadas por milhares de anos. Os Sumérios, civilização já
extinta, guardaram registros de seus usos de plantas medicinais que data
aproximadamente 6000 anos atrás. Quando os primeiros peregrinos vieram ao Novo
Mundo, eles trouxeram suas ervas medicinais para cultivar em seus jardins e usar para
sua saúde. Com o passar do tempo, eles aprenderam a utilizar ervas nativas, através de
experiências e erros puderam continuar usando ervas medicinais da terra por centenas
de anos (Feinstein et al., 1997).
Ainda que o uso de ervas medicinais seja comum, não é massivamente utilizada pela
população, nem é aceito pela comunidade científica. Isto é, entretanto, comum em
muitos outros países de culturas diferentes (Clayton & McCullough, 1995). Muitas
pessoas estão se voltando para remédios de ervas para evitar o lado nocivo dos remédios
farmacêuticos, quando elas caem vítimas da falha da medicina moderna, ou quando a
indústria médica não tem tratamento para sua doença (Feinstein et al., 1997). Em um
estudo feito pelo Centro Nacional de Estatísticas da Saúde (Estados Unidos), mortes em
decorrência do uso de drogas farmacêuticas, ervas, e vitaminas foram comparadas entre
os anos 1981-1993. O estudo mostrou que apenas uma pessoa morria como um
resultado direto de tomar suplementos de vitaminas, entretanto, aproximadamente
100.000 pessoas morreram como um resultado direto de tomar os remédios
farmacêuticos.
Nenhuma fatalidade ocorreu pelo uso de ervas. O estudo foi baseado em incidentes
onde em todos os três produtos mencionados, os pacientes seguiram sua dosagem
recomendada (Feinstein et al., 1997).
Geralmente, as pessoas são encorajadas a usar ervas como um suplemento que ajuda na
saúde, em vez de utilizar quando ficam doentes. Quando alguém é atacado por uma
doença geralmente usam os remédios farmacêuticos, que trata apenas o sintoma em vez
de atacar a raiz da doença. Muitas ervas podem ser utilizadas juntas com os remédios
prescritos (Elias & Masline, 1995). Uma erva geralmente pode atuar no corpo em três
caminhos: pode limpar o corpo de impurezas ou de uma doença, pode reconstruir o
sistema imunológico, ou pode fortalecer um órgão afetado, assim este curará a si
mesmo. Ervas individuais podem combater um ou mais destes problemas, e ervas
específicas são utilizadas para doenças específicas embora exista freqüentemente mais
que uma erva que pode auxiliar no tratamento de uma doença (Clayton & McCullough,
1995).
Algumas ervas são utilizadas na formulação de loções, shampus, e cremes. Outras ervas
são recomendadas internamente na formulação de pílulas, tinturas, infusões, decocção,
ou crus (Clayton & McCullough, 1995). Uma infusão, ou chá, é uma fórmula em que a
parte medicinal de uma erva é mergulhada em água quente por dois a cinco minutos.
Uma decocção é parecida com uma infusão, entretanto, as raízes, caules, e outros
materiais fibrosos são fervidos por um período mais longo de tempo.
Nos rótulos da maioria dos produtos a base de ervas há uma dosagem sugerida. O ideal
seria você procurar um especialista para obter uma recomendação eficiente.
A palavra fitoterapia é formada de dois radicais gregos: fito vem de phyton, que
significa planta, e terapia vem de therapia, que significa tratamento. Ou seja, tratamento
utilizando plantas medicinais.
A palavra fitoterapia foi criada para designar tradições populares de tratamento, nas
quais as plantas medicinais são usadas como medicamento. O uso terapêutico de plantas
medicinais ficou restrito à abordagem leiga desde o salto tecnológico da industria
farmacêutica ocorrido nas décadas de 50 e 60.
Hoje o cientista sabe que um vírus da gripe, por exemplo, pode desaparecer na mesma
rapidez com que surgiu, mesmo assim insiste em recomendar uma bateria de
comprimidos e cápsulas que dificilmente vão surtir algum efeito contra a causa da
doença.
Que lógica existe nos tratamentos de câncer e AIDS, onde as próprias células do
organismo infectadas devem ser eliminadas, por isso grande parte das pessoas não
resistem aos tratamentos.
Apareceu junto com o tráfico de escravos para o Brasil, nos séculos XVI e XVII. As
plantas eram de uso em rituais religiosos. São mais encontradas na Bahia. Pelo intenso
uso pelos escravos, conhecemos e começamos a utilizar plantas como a Arruda (Ruta
graveolens), e o Jambolão (Syzigium jambolanum).
O conhecimento dessas plantas provém do seu extenso uso pelos indígenas brasileiros.
Essas plantas são conhecidas em todas as regiões do Brasil. Dentre as plantas mais
utilizadas pelos índios estão a Caapeba (Piper umbellatum), o Abajerú (Chrisobalanus
icaco) e o Urucum (Bixa orellana).
Foram trazidas pelos imigrantes chineses e japoneses para o Brasil. É mais comum no
estado de São Paulo. Os orientais trouxeram para o Brasil espécies como o Gengibre
(Zingiber officinale), a Lichi (Litchi chinensis) e a Raiz Forte (Wassabia japonica).
Outras plantas medicinais de origem oriental foram trazidas pelos portugueses durante
suas navegações até a Ásia, e são mais utilizadas pelo seu valor culinário, como a
Canela (Cinnamomum cassia) e o Cravo (Eugenia caryophyllata).
As suas plantas possuem grande influência dos índios e dos escravos africanos. Devido
ao seu clima peculiar e os aspectos de condições sociais e econômicas desfavoráveis da
região o uso das plantas medicinais se tornou corriqueiro e necessário. Dentre as plantas
mais conhecidas estão a Aroeira (Schinus molle), a Catinga de Mulata (Tanacetum
vulgare) e o Bamburral (Hyptis suaveolens).
Alguns peritos da Bíblia dizem que a menta estava entre “as ervas amargas”
mencionadas no Exodus 12:8, Números 9:11, junto com as folhas da endivia, da
chicória, da alface, do agrião da água, do espinafre, e do dente-de-leão. Todas essas
ervas eram comidas como salada. A menta era ingerida após as refeições para ajudar o
sistema digestivo. A salsinha embora não mencionado na Biblia era abundante e foi
usado no passado como um símbolo de uma nova era porque era uma das primeiras
ervas a surgir acima do solo.
As flores mencionadas na Bíblia: salgueiro, lírio da água, violeta, tulipa, sálvia, rosa,
ranúnculo, peoni, nigela, narciso, açafrão da pradaria, malva, lupina, litrium, lírio,
consolida, narciso, hiacinto, galium, açafrão, mostarda, menta, melancia, mandrágora,
malva, hissopo, alho, alho porró, cebola, coriandro, anis, cominho, linho, abóbora e
cerefólio.
Árvores: canela, salgueiro, pinho, bálsamo, carvalho, amora, mirto, junipero, elmo,
castanha, cipestre e cedro.
Duas ervas estão entre as favoritas: o incenso chamado também olibanum foi usado em
rituais religiosos por séculos. Mencionado frequentemente nos primeiros 5 livros. Foi
usado para tratar dores internas e externas. É usada uma resina gomosa encontrada nas
árvores espinhosas pequenas chamadas Boswellia thurifera, crescendo na África, no
Yêmen, e nos países do mar vermelho.
Mirra era usada para fazer lavagem para infecções, foi usada pelos egípcios e pelos
hebreus como incenso, em cosméticos, em perfumes e como medicinal. Foi usado
também naquele tempo para embalsamar os corpos. O incenso era considerado um
tesouro raro e foi dado como um grande presente para o bebê Jesus!
Existem basicamente dois tipos de células que efetuam este trabalho: as células que
reconhecem os agentes estranhos e as que efetuam o trabalho de
eliminação.
Um sistema imunológico funcional apresenta equilíbrio nas relações entre os seus vários
componentes de modo que, um desarranjo nessas interações torna-o incapaz de agir
eficazmente contra aqueles agentes infecciosos.
De maneira geral, esses instrumentos de ação são utilizados para casos específicos e,
invariavelmente, com a geração de efeitos colaterais muitas vezes intensamente
danosos.
Diversas plantas utilizadas para esse fim não afetam aquela capacidade de memória das
células do sistema imunológico, mas atuam como um estimulante geral desse sistema e,
por isso, são consideradas imunoestimulantes. Elas incrementam a atividade do sistema
sem, no entanto, apresentarem ação específica.
A mídia tem noticiado todos os dias matérias relacionadas ao uso das plantas
medicinais, pesquisas em Universidades, notícias sobre curas alcançadas através da
utilização de ervas, enfim fatos e estatísticas que demonstram como o uso de plantas
com fins terapêuticos vem se expandindo em quase todo o mundo.
Embora o uso já esteja enraizado na cultura popular, podemos perceber que a utilização
não se dá de uma forma adequada, ou seja, além de existir um fundamento científico é
necessária também uma abordagem holística do problema que causou o aparecimento
da doença.
A utilização das ervas, tanto quando se faz uso, e ainda mais quando se recomenda o
uso, precisa estar alicerçada no conhecimento e na experiência. Não se deve brincar de
médico, pois sem querer uma recomendação sem o conhecimento pode levar a uma
piora do doente e até levar a morte. A formação de quem recomenda deve ser baseada
em todas as fontes disponíveis. A verdade não tem morada exclusiva, e a confirmação
de dados de que se dispõe precisa ser buscada sempre. A cada dia novas pesquisas
apontam plantas que podem ser utilizadas e também plantas que podem ser tóxicas ao
organismo. Muitas bibliografias encontradas em bancas de revistas são produzidas por
pessoas sem nenhuma condição de recomendar a utilização das plantas, algumas
publicações nem ao menos tomam o cuidado de consultar um especialista e em
conseqüência ocorrem erros grosseiros como a troca do nome científico e a fotografia
de uma planta por outra.
Quando uma pessoa opta por um tratamento a base de ervas, deve-se estar consciente da
visão holística que lhe acompanha. Isto significa que não se elege uma ou mais plantas
em função de um sintoma. Mas significa também que não se abordam os indivíduos de
uma mesma maneira.
Um exemplo simples dessa abordagem pode ser visto no tratamento de uma infecção
que, quase sempre, conduz o indivíduo a um estado febril e, às vezes, de mal-estar
generalizado. O sistema imunológico deveria ser reforçado. Além do tratamento
adequado ao estado infeccioso daquele paciente, seria indispensável verificar se as
condições em que se encontra no momento o impedem de dormir adequadamente; se o
fato de estar com aquela infecção o abala a ponto de preocupar-se demasiadamente
consigo mesmo ou com o seu trabalho, etc. Grande parte dos problemas de saúde são
causados pelo ambiente, ou seja, a condição de vida que a pessoa atravessa naquele
momento pode ser o causador do problema. O bom sono é fundamental para o equilíbrio
do sistema imunológico e, de acordo com as características daquela pessoa, talvez fosse
necessário um complemento no tratamento visando permitir-lhe o repouso e o sono
adequados.
2.1. Equilíbrio
A cura pelas plantas medicinais está tão limitada quanto a medicina convencional se tão
somente usar termos como “linfócitos T e B” sem os benefícios de um amplo contexto
holístico.
O ser humano necessita de um ambiente em equilíbrio para que seu organismo possa
“trabalhar” normalmente. O corpo precisa de água, comida, descanso e lazer, para que o
metabolismo seja eficiente.
2.2. Stress
Existe um velho ditado que diz: “Se colocarmos um sapo sobre uma frigideira quente,
este pulará para fora devido ao calor, mas se colocarmos o sapo sobre uma frigideira fria
e aquecermos lentamente, o sapo poderá gostar daquele ”calorzinho” inicial sem se
preocupar com o aumento da temperatura que vai fritá-lo”.
Quando uma pessoa diz “a situação está ruim, e o governo não faz nada para melhorar a
situação”, ele está querendo dizer que ele não tem capacidade para fazer nada e que irá
esperar que alguém, algum dia faça alguma coisa por ele.
Como podemos nos queixar tanto dos percalços da vida, às vezes tão insignificantes,
que até esquecemos que milhares de pessoas na África morrem de fome e doenças em
decorrência de guerras civis, ou que no nosso próprio país uma parte da população só
pode fazer uma refeição a cada dois dias e não tem um lar para morar.
Estas pessoas provavelmente não vão conseguir superar os obstáculos da vida e poderão
sofrer muito com isto.
Nós podemos comparar o ser humano ao próprio planeta Terra, ou seja, nós somos as
células que mantém a saúde do organismo, mas quando existe um desequilíbrio causado
por um patógeno chamado “homem”, percebemos que a Terra pode ficar “doente” e até
morrer.
As plantas possuem uma ação harmonizadora sobre todos os seres vivos do Planeta.
Elas são responsáveis pela fertilidade e reciclagem, junto com os microorganismos, pela
produção do oxigênio, junto com as algas do mar, por ser a base da alimentação dos
seres vivos e pela cura.
É incrível que cada planta do nosso planeta tenha uma cura para cada tipo de doença
existente, existem plantas que possuem a cura para vários tipos de problemas.
Mas, será que as plantas atuam apenas pelos seus princípios ativos? Será que não existe
uma relação maior entre as plantas e os outros seres?
O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos
últimos tempos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de
80% da população mundial fez o uso de algum tipo de erva na busca de alívio de
alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se
por indicação médica.
O uso das plantas medicinais tem que ser feito cuidadosamente, com muito critério, pois
as mesmas não fazem milagres e podem levar à intoxicação daqueles indivíduos que
desconhecem precauções e contra-indicações destas plantas. Às vezes se imagina que o
produto, por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância do conhecimento sobre os
efeitos desejados ou não, pode ser desastrosa.
A maioria dos compostos presentes nas plantas fazem parte do metabolismo primário.
Além desses metabólitos as plantas produzem uma grande variedade de metabólitos
secundários, os quais estão envolvidos na resistência contra pragas e doenças, na atração
de polinizadores, na interação com microganismos simbióticos entre outros (Verpoorte
et al, 2000).
Os óleos essenciais são misturas complexas que podem conter 100 ou mais compostos
orgânicos. Seus constituintes podem pertencer às mais diversas classes de compostos,
porém os terpenos e os fenilpropenos são as classes de compostos mais comumente
encontradas. Os terpenos encontrados com maior freqüência nos óleos essenciais são os
monoterpenos e sesquiterpenos, bem como os diterpenos, constituintes minoritários dos
óleos essenciais (Castro et al., 2004).
REFERÊNCIAS
BALANDRIN, M.J.; KLOCKE, J.A. 1988. Medicinal, aromatic and industrial materials
from plants. In Y.P.S. Bajaj (ed.), Biotechnology in Agriculture and Forestry. Medicinal
and Aromatic Plant, vol. 4. Springer-Verlag, Berlin, Heidelberg, pp. 1-36.
ELIAS, J.; MASLINE, S. The A-Z Guide to Healing Herbal Remedies : Over 100 Herbs
and Common Ailments. Dell Publishing Company, Seattle, WA, U.S.A, 1995. 320 p.
FEINSTEIN, A.; DUKE J.A.; CASTLEMAN, M. The Green Pharmacy. Rodale Pr.,
1997. 615 p.
MARQUES, K.B., SANTOS, P.B.; ALVES, P.K.; LIMA, A.B.; ARAÙJO, G.T.; SILVA,
A.M.A.; RODRIGUES, O.G. Avaliação da atividade analgésica do extrato alcoólico de
Calotropis procera. V Congresso Pernambucano de Medicina Veterinária e VI
Seminário Nordestino de Caprino-ovinocultura. 29 de julho a 01 de agosto, CAMPUS
UFRPE, ANAIS, 2002, p. 283-285.
SHELDON, J.W.; BALICK, M.J. & LAIRD, S.A. 1997. Medicinal Plants: can
utilization and conservation coexist?. New York Botanica Garden, New York. 104p.
VERPOORTE, R.; VAN DER HEIJDEN, R.; MEMELINK , J. 2000. Engeneering The
Plant Cell Factory For Secondary Metabolite Production. Transgenic Res., 9:323-343.
http://curaplantas.br.tripod.com/
GLOSSÁRIO
Abcesso - Inchação causada por formação de pus ou acúmulo de pus numa cavidade.
Ácido Úrico- Ácido geralmente eliminado pela urina, mas que, em casos patológicos,
forma grandes depósitos nas articulações (gota) ou nas vias urinárias (cálculos).
Afecção- Doença.
Antibiótico - São substâncias químicas produzidas por seres vivos, geralmente vegetais,
capazes de destruir ou impedir o crescimento de outros seres vivos tais como bactérias,
vírus e outros microorganismos.
Antihelmíntico- Vermífugo.
Antitérmico- Febrífugo.
Espécie - Agrupa indivíduos que têm a maior parte de suas características em comum.
Espasmolítico- Antiespasmódico.
Fitoterapia- Tratamento das doenças com utilização de remédios de origem vegetal, isto
é, por meio de drogas vegetais secas ou partes vegetais recém colhidas e seus extratos
naturais.
Hipocondria- Estado mental caracterizado por depressão e por doentia preocupação com
o funcionamento dos órgãos.
Princípio ativo- Composto químico encontrado na planta medicinal, responsável por seu
poder terapêutico.
Uremia- Intoxicação provocada pela retenção das substâncias que deviam ser
eliminadas na urina.
DOENÇAS E INDICAÇÕES
ABSCESSOS E FURÚNCULOS
Linhaça, Cebola, Repolho, Malva, Camomila, Arruda, Alecrim, Orégano, Inhame,
Bardana, Insulina, Ipê-Roxo, Maria-Preta, Melão-De-São-Caetano, Pariparoba,
Sabugueiro, Guiné, Minosa, Assa-Peixe, Fortuna, Tanchagem, Beldroega, Gervão.
ACIDEZ DO ESTÔMAGO
Bardana, Boldo, Melissa ou Capim Limão, Endro, Poejo, Funcho, Fortelã, Losna,
Pariparoba, Picão (Folha e Flor), Quebra Pedra, Tanchagem e Mamica de Cadela. (a
Casca é Muito Eficaz).
ÁCIDO ÚRICO
Chapéu de Couro, Couro, Manjerona, Sabugueiro, Cascas de Maçã Secas ao Sal,
Bardana.
AEROFAGIA
Quássia, Funcho, Anis-Estrelado, Erva-Doce, Cominho, Tília, Hortelã
AFECÇÕES DE GARGANTA
Flor de Laranjeira, Alho, Limão
AFTA
Cavalinha, Cenoura, Limão, Tanchagem, Babosa, Malva
ALERGIA
Tomar Chá de Calêndulas. Lavar a parte afetada com chá de Camomila
AMIDALITE
Sálvia, Rosa-Branca, Malva, Alfavaca, Cebola, Tanchagem, Eucalipto
ANEMIA
Couve, Espinafre, Rabanete, Tomate, Morango, Amora, Urtiga, Repolho, Limão,
Funcho, Carqueja, Quina, Alfafa, Bucha, Abóbora.
ANGINA
Altéia, Malva, Tomilho, Guaco
ANSIEDADE
Melissa, Tília, Capim-Limão, Maracujá
ARTERIOSCLEROSE
Limão, Malva, Raiz de Salsa, Alho, Cebola, Alcachofra, Repolho, Tomate, Acelga,
Cana-de-Macaco, Guaco, Gengibre, Fortuna, Fedegoso.
ARTRITE E REUMATISMO
Bardana, Cebola, Alho, Sabugueiro, Genciana, Malva, Tília, Limão, Dente-de-Leão,
Cavalinha, Melancia, Banana, Mamão, Uva, Alecrim, Camomila, Insulina, Ipê-Roxo,
Poejo, Lágrima-de-Nossa-Senhora, Lírio-do-Brejo, Melhoral, Mentrasto, Pariparoba,
Rubim, Sabugueiro, Arnica-do-Campo, Erva-Cidreira, Mimosa, Tanchagem, Urtiga,
Arnica-do-Mato, Boldo, Calêndula, Cana-de-Macaco, Capim-Cidreira, Arnica,
Esqueleto.
ASMA E BRONQUITE
Alecrim, Guaco, Anis-Estrelado, Orégano, Sálvia, Maria-Preta, Rubim, Sabugueiro,
Assa-Peixe, Erva-Botão, Urucum, Esqueleto, Boldo-Cidreira, Gervão, Melhoral,
Pariparoba, Desmódio, Rubim, Erva-Botão.
BERNE
Paina-de-Sapo, Rubin.
CABELO
Mentrasto, Capuchinha (Caspa), Urtiga (Queda), Babosa, Bardana e Calendula
(Seborréia)
CALMANTE
Capim-Limão, Tília, Folhas de Maracujá, Melissa, Anis-Estrelado
CATARRO
Broto de Pinheiro, Tomilho, Orégano, Eucalipto, Limão, Alho,
CICATRIZANTE
Melão-de-São-Caetano, Confrei, Barbatimão, Mil folhas, Arnica brasileira, Serralha,
Alecrim, Sabugueiro, Melhoral, Mentrasto, Tanchagem, Urucum, Bardana, Beldroega,
Arnica-do-Campo, Babosa, Calendula, Fortuna, Guaco, Algodão.
CISTITE
Pata-de-Vaca, Cavalinha, Alfavaca de Cheiro, Malva, Serralha, Altéia, Cabelo de Milho
COLESTEROL
Gervão, Folha de Limeira, Erva-de-Bugre, Guaçatonga, Cafezeiro do Mato, Cavalhinha,
Folha de Batata Doce, Picão-Preto, Urucum.
CÓLICA DE RIM
Quebra-Pedra, Cabelo de Milho, Cavalinha, Pata-de-Vaca, Raiz de Salsa, Manjerona,
Melão-de-São-Caetano, Mentrasto (Menstruais), Picão-Preto, Rubin, Erva-Cidreira
CONTUSÕES
Mentrasto, Arnica, Pariparoba, Quebra-Pedra, Arnica-do-Mato, Arnica-do-Campo,
Canfrinho, Fortuna, Gengibre, Erva-de-santa-maria, Catinga-de-mulata.
CORAÇÃO - PALPITAÇÕES
Sete-Sangrias, Tília, Valeriana
CORIZA
Tomar Chá e Pingar Narinas: Alcaçuz, Sabugueiro, Malva, Poejo, Limão
DESCALCIFICAÇÃO
Repolho, Berinjela, Cenoura
DIABETE
Picão Preto, Dente de Leão, Bardana, Pata-de-Vaca, Quebra-Pedra, Urtiga, Urucum,
Arnica-do-Campo, Cana-de-Macaco, Fortuna.
DIARRÉIA
Broto de Goiabeira, Casca de Carvalho, Casca de Romã, Tília, Carvão Vegetal,
Camomila, Cenoura, Abóbora, Maçã, Banana-Maçã
DOR DE CABEÇA
Alfazema, Alecrim, Girassol, Tília, Melissa, Hipérico, Limão, Pulsátila
ENJÔO
Hortelã, Alecrim, Camomila, Boldo, Erva Doce, Salsa, Canela.
ESCABIOSE
Melão-de-São-Caetano, Urucum, Arruda
ESGOTAMENTO E STRESS
Salvia, Tomilho, Alecrim
ESTIMULANTES
Salsinha, Rabanete, Tomilho, Sálvia
ESTÔMAGO
Sálvia, Artemísia, Camomila, Capim Limão, Losna, Macela, Poejo, Flor do Amazonas.
ESTOMATITE
Carvalho, Mirtilo, Romã, Rosa-Branca, Sálvia
FALTA DE APETITE
Alecrim, Anis-Estrelado, Angélica, Genciana, Erva-Doce, Hortelã
FERIDAS E ÚLCERAS
Alecrim, Rubim, Guaçatonga, Mentruz, Agrião, Tanchagem, Tomilho, Quebra-Pedra,
Maria-Preta, Mentrasto, Manjerona, Tanchagem, Calêndula.
FÍGADO
Losna, Boldo, Alecrim, Caferana, Pariparoba, Desmódio, Quebra-Pedra, Picão-Preto,
Arnica-do-Campo, Jambu, Flor-Do-Amazonas, Melão-de-São-Caetano, Melhoral.
FRIEIRA
Calêndula, Casca de Carvalho, Cebola, Alho, Arruda, Alecrim, Rubim, Guaçatonga,
Mentruz, Óleo de Rícino
GARGANTA
Chá de Folha de Mamomeiro, Camomila, Canela, Hortelã, Malva e Sálvia
GASES
Sálvia, Erva-Doce, Cominho, Hortelã
GASTRITE
Pata-de-Vaca, Cavalinha, Alfavaca de Cheiro, Malva, Serralha, Altéia, Cabelo de Milho
GENGIVITE
Sálvia, Erva-Doce, Cominho, Hortelã
GRIPES E RESFRIADOS
Raiz de Erva-Doce, Anis-Estrelado, Camomila, Eucalipto, Menta, Limão, Poejo,
Tomilho, Sabugueiro, Melão-de-São-Caetano, Rubim, Assa-Peixe.
HEMORRÓIDA
Tanchagem, Arruda, Urtiga, Assa-Peixe, Babosa, Bardana, Beldroega, Gervão, Insulina,
Mastruço, Melão-de-São-Caetano, Sabugueiro, Erva-Cidreira
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Hipérico, Saleriana, Camomila, Menta, Tília
INSÔNIA
Maracujá, Lúpulo, Valeriana, Cidreira, Meliss, Tília, Manjerona, Alho, Tanaceto,
Capuchinha, Poejo, Melhoral, Hibisco.
LARINGITE E FARINGITE
Malva, Tanchagem, Limão, Eucalipto, Broto de Pinheiro, Malva, Tomilho, Alho,
Cebola,
MAU HÁLITO
Alfavaca, Hortelã, Melissa, Tomilho, Sálvia, Anis-Estrelado
MENSTRUAÇÃO EXCESSIVA
Cavalinha, Casca de Carvalho, Tília
NARINAS CONGESTIONADAS
Sálvia
NÁUSEAS
Quássia, Dente-De-Leão
NEVRALGIAS
Camomila, Tília, Maracujá, Limoeiro, Orégano, Pulsátila, Alfazema
NERVOSISMO, IRRITABILIDADE
Valeriana, Tília, Melissa, Folhas de Laranjeiras, Rosa-Branca, Gatária, Maracujá,
Manjerona, Maria-Preta, Melhoral, Arnica-do-Campo, Arruda, Boldo, Calêndula,
Capim-Cidreira, Erva-Tostão, Esqueleto.
OBESIDADE
Malva, Sabugueiro, Alcachofra, Agrião, Guaco, Brócoli, Caferana, Carqueja.
OTITE
Cebola, Picão, Rubim, Alecrim, Camomila, Malva
PRESSÃO ALTA
Limão, Laranja, Pêra, Alho, Sabugueiro, Maracujá, Quebra-Pedra, Rubin, Gervão,
Urucum, Capim-Cidreira, Guaco, Capim Limão
PRESSÃO BAIXA
Urtiga, Alecrim, Manjericão, Rabanete, Uva, Salsa, Chá de Agrião, Alfavaca, Aveia,
Canela,
PRISÃO DE VENTRE
Sene, Malva, Dente-de-Leão, Chicória, Brócoli, Quiabo, Laranja, Mamão, Milho Verde
cru em salada, Tamarindo, Cáscara-Sagrada, Beldroega, Esqueleto, Gervão, Mimosa,
Urucum, Babosa, Melão-de-São-Caetano, Sabugueiro.
PRÓSTATA
Quebra-Pedra, Figo-da-Índia (Opuntia)
QUEIMADURAS
Babosa, Aboboreira, Esqueleto, Pariparoba.
RINS/PEDRA
Alfavaca, Quebra-Pedra, Cabelo de Milho, Sálvia, Insulina, Lágrima-de-Nossa-Senhora,
Desmódio, Picão-Preto, Assa-Peixe, Sabugueiro, Bardana.
ROUQUIDÃO
Couve, Cenoura, Limão, Broto de Pinheiro, Guaco, Tomilho, Tília, Mel, Gengibre,
Boldo-Cidreira.
SARNA
Melão-de-São-Caetano, Urucum, Arruda, Bardana
SINUSITE
Hipérico, Valeriana, Camomila, Menta, Tília
SISTEMA URINÁRIO
Ipê-Roxo, Jambu (Cálculos Bexiga), Mastruço, Pariparoba, Pata-de-Vaca, Desmódio,
Quebra-Pedra, Sabugueiro, Tanchagem, Beldroega, Cana-de-Macaco, Capim-Cidreira
TRANSTORNOS DA MENOPAUSA
Valeriana, Menta, Camomila, Tília
TOSSES
Tília, Alho, Cebola, Agrião, Tomilho, Orégano, Guaco, Eucalipto, Broto de Pinheiro,
Hortelã, Poejo
ULCERAS DO ESTÔMAGO
Couve, Banana, Maçã, Sálvia, Tília, Mamão, Alecrim, Casca De Carvalho, Espinheira-
Santa, Calêndula, Fortuna, Guaco, Ipê-Roxo, Maria-Preta, Pariparoba, Desmódio,
Picão-Preto.
VARIZES
Broto de Pinheiro, Rosa-Branca, Carqueja, Tanchagem, Arruda, Arnica
VESÍCULA BILIAR
Erva-Tostão, Figo-da-Índia.
VERMINOSES
Alho, Hortelã, Cebola, Mentruz, Losna, Tomilho, Semente De Abóbora, Quássia,
Abacaxi, Ameixa, Manga, Poejo, Coco, Broto De Samambaia, Romã (Casca), Tomilho,
Beldroega, Gervão, Babosa, Mastruço, Melão-de-São-Caetano, Rubin, Arruda.
PLANTAS MEDICINAIS
Toxicidade: a casca, que não deve ser usada junto com o gel é tóxica.
Ecologia: devido a utilização das raízes esta planta corre perigo de extinção, apenas as
folhas devem ser usadas.
Toxicologia: deve ser evitado o seu uso continuado pois é rica em oxalato de cálcio e
pode causar pedras nos rins e bexiga.
FARMACIA VIVA
Chás compostos
Anti-diabétes
melão-de-são-caetano, carqueja, abacate, jambolão, cajueiro e pata-de-vaca
Anti-celulite e varizes
centelha, cavalinha, alcachofra e ginco-biloba
Anti-reumático
chapéu-de-couro, alfafa, alecrim, salsaparrilha e taiuiá
Anti-hemorróidas
alecrim, sene, cana-da-índia e cáscara sagrada
Calmante
macela, erva-cidreira, camomila, melissa, maracujá, capim limão e valeriana.
Depurativo
chapéu-de-couro, cavalinha, alfafa e carobinha
Diurético
bardana, dente-de-leão, abacateiro, chapéu-de-couro, cavalinha e cipó-cabeludo
Digestivo
macela, erva-cidreira, capim limão, carqueja, boldo e alcachofra
Gastrite
zedoária, espinheira-santa, camomila e guaçatonga
Hepático
boldo, espinheira-santa, carqueja, hortelã e dente-de-leão.
Laxante
dente-de-leão, carqueja, sene, erva-doce e jalapa
* Os chás devem ser feitos na forma de infusão, ou seja, despeja-se a água a uma
temperatura de mais ou menos 90ºC sobre as partes da planta.
* As medidas são variáveis de uma planta para outra geralmente usa-se 5 g de planta
seca para uma xícara de água ou 15 g da planta verde para a mesma medidade de água.
Como desidratar as plantas
Como desidratar
* A planta deve ser lavada em água corrente.
* A planta deve ser colocada sobre papel limpo ou papelão para ser desidratada, o local
deve ser protegido da insolação e da poluição.
* A planta estará completamente desidratada quando estiver quebradiça e com a
coloração esverdeada.
Como transformar em pó
* Após desidratada a planta pode ser moída em liquidificador ou em pilão, até virar pó.
* Então pode-se passar em uma peneira para retirar partículas maiores.
Farmacia MST.
Armazenamento e uso
* Colocar a mistura em vidros grandes de cor âmbar ou cobrir com papel de pão.
* Colocar rótulo informando a data da mistura e as ervas que foram utilizadas.
* Deixar o vidro em local escuro e com temperatura ambiente por um período de 8 a 15
dias, agitando de uma a duas vezes ao dia.
* Depois de curtir em álcool, deve-se filtrar a solução e colocá-la em vidros menores,de
preferência em conta gotas.
* Usar 45 gotas dividido em três vezes ao dia em um copo de água.
Matéria prima
Colheita e seleção
* A colheita das plantas deve ser realizada nas horas menos quentes do dia.
* Retira-se as partes que serão utilizadas com tesoura ou faca de inox.
* Deve-se selecionar, retirando-se as partes danificadas por insetos, ou doenças, ou com
sintomas de deficiência.
* Deve-se retirar todos os contaminantes, como: larvas e ovos de insetos, pedras, restos
de outras plantas,etc.
Lavagem
* Coloca-se uma colher de sopa de água sanitária (ou vinagre) para cada litro de
água,deixando as partes da planta nesta soluçãopordez minutos.
* Em seguida lava-se as partes das plantas em água corrente.
Secagem e armazenamento
* As plantas devem ser desidratadas sobre panos limpos, guardanapos de papel ou
papelão para que a umidade seja absorvida.
* Também podem ser desidratadas em forno de microondas ou em desidratador próprio
para vegetais.
* Podem ser secas também, amarradas em feixes e penduradas em varal, à sombra.
* As plantas não devem ser secas sob o sol, pois a ação dos raios solares destroem o
princípio ativo dos vegetais.
* Ao armazenar as plantas desidratadas em sacos de polietileno ou vidros, deve-se
adicionar uma ou duas gotas de clorofórmio para eliminar possíveis contaminações por
insetos.
Sabonete de enxofre
* 200g de sabão de côco, 10 g de enxofre em pó.
* Derreter o sabão em banho maria, acresecentar o enxofre em pó, mexer bem até
misturar.
* Colocar na forma e esperar esfriar.
Sabonete de glicerina
* 200 g de sabão base de glicerina, 10 gotas de própolis.
* Derreter o sabão em banho maria, acresecentar o própolis em gotas, mexer bem até
misturar.
* Colocar na forma e esperar esfriar.
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