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CONSELHO TUTELAR

CONSELHO TUTELAR
• ARTS. 131 AO 140, DA LEI 8.069/1990

• CONCEITO:

• ART. 131: O conselho tutelar é o órgão permanente e autônomo, não


jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento
dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.
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• CANDIDATURA DE MEMBRO:

• ART. 133: I – reconhecida idoneidade moral;

II – idade superior a vinte e um anos;

III – residir no município.


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• COMPOSIÇÃO DO CONSELHO TUTELAR

• ART. 132: Em cada Município e em cada Região Administrativa do


Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como
órgão integrante da administração pública local, composto de 5
(cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de
4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de
escolha. (Redação dada pela Lei nº 13.824, de 2019)
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• DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO – ART. 136

• I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts.


98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII

Obs.: não inclui:

• VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;

• IX - colocação em família substituta.


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• DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO – ART. 136

• II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art.


129, I a VII;

Obs.: não inclui:

• VIII - perda da guarda;

• IX - destituição da tutela;

• X - suspensão ou destituição do poder familiar


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• DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO – ART. 136

• III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a) requisitar serviços púbicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;

b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de


suas deliberações.

• IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração


administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente.
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• DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO – ART. 136

• V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

• VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no


art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; (não inclui: VII -
acolhimento institucional; VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; IX -
colocação em família substituta.)

• VII – expedir notificações;

• VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando


necessário;
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• DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO – ART. 136

• IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária


para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do
adolescente;

• X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos


previstos no art. 220, §3º, inciso II da Constituição Federal;

• XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou


suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção
da criança ou do adolescente junto à família natural.
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• DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO – ART. 136

• XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos


profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes. (Incluído pela lei 13.046 de 2014)
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• Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes
públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de
cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

• I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído


pela Lei nº 13.010, de 2014)

• II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº


13.010, de 2014)
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• III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela
Lei nº 13.010, de 2014)

• IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;


(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

• V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

• Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo


Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído
pela Lei nº 13.010, de 2014)
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• XIII - adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas direcionadas à identificação da agressão, à agilidade no atendimento da
criança e do adolescente vítima de violência doméstica e familiar e à responsabilização do agressor; (Incluído pela Lei nº 14.344, de
2022) Vigência
• XIV - atender à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência doméstica e familiar, ou submetido a tratamento cruel ou degradante
ou a formas violentas de educação, correção ou disciplina, a seus familiares e a testemunhas, de forma a prover orientação e aconselhamento
acerca de seus direitos e dos encaminhamentos necessários; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
• XV - representar à autoridade judicial ou policial para requerer o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de convivência com a
vítima nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
• XVI - representar à autoridade judicial para requerer a concessão de medida protetiva de urgência à criança ou ao adolescente vítima ou
testemunha de violência doméstica e familiar, bem como a revisão daquelas já concedidas; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
• XVII - representar ao Ministério Público para requerer a propositura de ação cautelar de antecipação de produção de prova nas causas que
envolvam violência contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
• XVIII - tomar as providências cabíveis, na esfera de sua competência, ao receber comunicação da ocorrência de ação ou omissão, praticada em
local público ou privado, que constitua violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de
2022) Vigência
• XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes ou denunciantes relativas à prática de violência, ao uso
de tratamento cruel ou degradante ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a criança e o adolescente; (Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
• XX - representar à autoridade judicial ou ao Ministério Público para requerer a concessão de medidas cautelares direta ou indiretamente
relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou denunciante de informações de crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a
criança e o adolescente. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
• Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará
incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a
orientação, o apoio e a promoção social da família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
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• DOS IMPEDIMENTOS

• ART. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher,


ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados,
durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.

• Parágrafo único. Entende-se o impedimento do conselheiro, na forma


deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do
Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em
exercício na comarca, foro regional ou distrital.
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• DOS IMPEDIMENTOS

• ART. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher,


ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados,
durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.

• Parágrafo único. Entende-se o impedimento do conselheiro, na forma


deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do
Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em
exercício na comarca, foro regional ou distrital.
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• PARA FINALIZAR:
Augusto, que atua como Promotor de Justiça com atribuição na área de Justiça da Infância e da Juventude do Município Sigma, é casado com
a filha de Isabela, cujo outro filho, Ramiro, pretende se candidatar à função de conselheiro tutelar no mesmo município. Considerando o caso
hipotético narrado e de acordo com as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.

A - O impedimento legal para que Ramiro desempenhe a função de conselheiro tutelar no Município Sigma não se extingue com a dissolução
do casamento de sua irmã.

B - O parentesco por afinidade entre Augusto e Ramiro configura impedimento legal para que Ramiro desempenhe a função de conselheiro
tutelar no município da comarca em que Augusto atua.

C - A situação não impede que Ramiro sirva na função de conselheiro tutelar no município sob a atuação de Augusto, mas o impede de atuar
nos atendimentos em que Augusto figure como promotor.

D - A situação não impede que Ramiro atue na função de conselheiro tutelar, porque o ECA veda apenas que parentes, consanguíneos ou
por adoção, do representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude sirvam no mesmo conselho tutelar.
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• OUTRAS CARACTERÍSTICAS:

• - Eleição unificada em todo país no primeiro domingo de outubro do ano seguinte à


eleição presidencial; posse dos conselheiros em 10 de janeiro do ano seguinte;

• - Remuneração: obrigatória, com direitos assegurados no art. 134;

• - Os recursos para seu funcionamento devem constar de lei orçamentária municipal (ou
distrital);

• - Suas decisões podem ser revistas pela autoridade judiciária, sendo cabível o recurso
de apelação

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