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Belo Horizonte

Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais. Sua


população é de 2 315 560 habitantes,[4] segundo o censo de 2022, sendo o sexto município
mais populoso do país, o terceiro da Região Sudeste e o primeiro de seu estado.[8] Com
uma área de aproximadamente 331 km², possui uma geografia diversificada, com morros e
baixadas. Com uma distância de 716 quilômetros de Brasília, é a segunda capital de
estado mais próxima da capital federal, depois de Goiânia.
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi
planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob
influência das ideias do positivismo, num momento de forte apelo
da ideologia republicana no país.[9] Sofreu um inesperado crescimento populacional
acelerado, chegando a mais de um milhão de habitantes com quase setenta anos de
fundação. Entre as décadas de 1930 e 1940, ocorreu também o avanço da
industrialização, além de muitas construções de inspiração modernista, notadamente as
casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.
A capital mineira é sede da terceira concentração urbana mais populosa do país.[10][11] Belo
Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com
melhor qualidade de vida na América Latina e a 45.ª entre as 100 melhores cidades do
mundo (dados de 2008).[12] Em 2010, a cidade gerou 1,4% do PIB do país,[13] e, em 2013,
era o quarto maior PIB entre os municípios brasileiros, responsável por 1,53% do total das
riquezas produzidas no país. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos
tempos é a classificação da revista América Economía, na qual, já em 2009, Belo
Horizonte aparecia como uma das dez melhores cidades latino-americanas para fazer
negócios, segunda do Brasil (atrás de São Paulo) e à frente de cidades como Rio de
Janeiro, Brasília e Curitiba.[14]
Belo Horizonte é classificada como uma metrópole e exerce significativa influência
nacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político.[15] Conta com
importantes monumentos, parques e museus, como o Museu de Arte da Pampulha,
o Museu de Artes e Ofícios, o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o Circuito
Cultural Praça da Liberdade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central e
a Savassi, e eventos de grande repercussão, como o Festival Internacional de Teatro,
Palco e Rua (FIT-BH), o Verão Arte Contemporânea (VAC), o Festival Internacional de
Curtas e o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa. É também
nacionalmente conhecida como a "capital nacional dos botecos", por existirem mais
bares per capita do que em qualquer outra grande cidade do Brasil.

Nome
Logo após a proclamação da república, em 1889, os republicanos de Curral del Rei
decidiram mudar o nome da vila. Em reunião numa casa próxima de onde fica a Igreja de
Boa Viagem, sugeriram o nome Novo Horizonte. Por sugestão de Luiz Daniel Cornélio da
Cerqueira, professor de português e responsável pela alfabetização de crianças da vila, foi
considerado também o nome Belo Horizonte. Descartado pela maioria, o nome só foi
adotado após escolha pessoal do então governador, João Pinheiro. Após a transferência
da capital, Belo Horizonte passa a se chamar Cidade Minas, até que o nome sugerido por
Luiz Daniel voltou a ser oficial em 1901.[16]

História
Povos nativos
O reconhecimento da presença dos povos originários na região foi observado pelo padre
João Aspicuelta Navarro, em 1555, por meio de uma carta que este redigiu sobre os
nativos nos campos e nas florestas.[17] A população originária que habitou o atual estado de
Minas Gerais está relacionada com o tronco linguístico macro-jê, os povos conhecidos
como tapuias, alcunha concedida pelos seus inimigos tupis. As ocupações indígenas no
território mineiro, nos séculos XVI e XVII foram esparsas e comunidades com a mesma
identificação ocupavam áreas distintas. Os povos que viveram mais próximos da atual
cidade de Belo Horizonte foram os cataguás, goianás, guarachués e botocudos.[18] Os
cataguás ou cataguases eram tapuias,[19] e foram um povo extremamente relevante para
Minas Gerais, que marcavam presença no território desde o início do período colonial,
visto que o estado era conhecido como Campos Gerais dos Cataguases e Minas Gerais
dos Cataguases.[20]
Acerca da população dos goianás e guarachués não há muita informação escrita, pois
foram menos documentados pelas fontes portuguesas e nacionais e sofreram a
descontinuidade de seus saberes ancestrais, dado seu extermínio. Os goianás viviam nas
áreas da comarca do Rio das Velhas, mais especificamente próximos ao rio. Por serem
mais pacíficos e acessíveis ao convívio com o homem branco, lutaram ao lado dos
bandeirantes nas batalhas travadas em Minas no século XVII.[21][22] Os guarachués
habitavam a região da comarca de Vila Rica e foram vítimas dos bandeirantes na busca
pelo ouro.[23] O termo significa guará vagaroso, pois estes andavam com os lobos guará.[24]

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