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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE FAMÍLIA DA IEADPE


Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro, CEP. 500040-000 – Fone: 3084 1532

TEMA CENTRAL: A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA PARA A FAMÍLIA

A DISCIPLINA NA VIDA SEXUAL DO CASAL – PALESTRA VII


(Hb 13.14)

INTRODUÇÃO
Atualmente vivemos numa decadência desenfreada da decência e da moral. Este é o tempo da
idolatria do corpo, do endeusamento da beleza física, da supervalorização da estética. O cuidado com
o exterior é infinnitamente maior do que o cuidado com o interior, com a vida espiritual. A reviravolta
da mentalidade contemporânea transformou a atividade sexual um produto barato que é
comercializado sem nenhum pudor. A pornografina é hoje uma indústria cujo lucro atinge bilhões de
dólares por ano. O sexo antes do casamento está deixando de ser exceção para se tornar uma regra
nesta sociedade decadente. Bombardeadas por orientações sexuais ilícitas e estímulos a práticas
sexuais antibíblicas, principalmente através da mídia. Por isso, faz-se necessário estudarmos sobre a
disciplina da sexualidade à luz da Bíblia.
I – O SEXO FOI CRIADO POR DEUS
Quaando criou o Ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados: “homem e mulher os
criou” (Gn 1.27). A benção do Senhor estava sobre o primeiro casal (Adão e Eva), e Deus lhes deu a
seguinte ordem: “Frutifincai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28).
1.1 – O sexo dentro do casamento não se constitui pecado.
Vários textos da Bíblia revelam que quando Deus criou homem e mulher dotou-os de uma
estrutura de reprodução sexuada, o que indica que a prática da sexualidade é contemplada no plano
de Deus para a humanidade (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a prática sexual não é em si mesma
pecaminosa, nem má, como acreditam e defendem alguns de forma equivocada (1 Tm 4.1-3).
1.2 – O sexo faz parte da constituição física e emocional do ser humano.
A luz da Sagrada Escritura, não é correto ver a atividade sexual do casal, como coisa imoral,
feia ou suja, pois Deus não fez nada ruim: “e viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito
bom” (Gn 1.31). O problema não reside na prática sexual, mas na atividade sexual fora do padrão
divino, fora daquilo que Deus estabeleceu como modelo.
1.3 – O sexo no casamento é uma ordem de Deus.
O sexo não é resultado da queda. O sexo preexistiu à Quaeda. Ele foi ordenado por Deus antes
da Quaeda (Gn 1.28) e depois da Quaeda (1Co 7.5). A mesma Bíblia que proíbe o sexo antes do
casamento (1Ts 4.3-8) e fora do casamento (Êx 20.17,17), ordena-o no casamento (Gn 1.28; 2.24; 1Co
7.5). Em outras palavras, a prática do sexo antes e fora do casamento é pecado, mas dentro do
casamento constituísse uma benção. Toda vez que a Bíblia fala positivamente sobre sexo, refere-se a
pessoas casadas. Citando Gênesis, Jesus falou favoravelmente sobre a natureza de “uma só carne” no
casamento. Paulo mencionou que o matrimônio – e não um intercurso fora dele – é a resposta
desejável para quem esteja lutando para alcançar o autocontrole sexual (1Co 7.9).
II – O SEXO NO CASAMENTO DEVE SER PURO E DIGNO DE HONRA
O leito conjugal deve ser sem mácula. A palavra “leito” na língua grega denota coito, relação
sexual. A relação sexual entre o marido e mulher deve ser digna de honra entre todos (Hb 13.4). Todo
e qualquer ato de perversão (atividade fora do natural) deve ser evitado, sob pena de tornar a relação
impura diante de Deus. Em 1Co 10.31, lemos: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer

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outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.” Tudo o que fazemos, inclusive os atos de intimidade do
casal, deve glorifincar a Deus.
2.1. Não se pode trazer para o leito práticas impuras e degradantes.
Quaando o casal entra por esse caminho está tornando vil o casamento e destruindo a beleza do
sexo. Há alguns, que se intitulam terapeutas de casais e erroneamente ensinam que: “entre quatro
paredes o casal pode tudo”. Mas, isso é um ensino antibíblico. Há práticas sexuais nocivas, que não
glorifincam ao Criador, mas são degradantes, e, portanto, jamais devem ocorrer entre o casal que teme
ao Senhor. Deus não apenas criou o sexo, mas também o regulamentou (1Co 10.31).
2.2. O casal que conhece a Deus, se inspira no modelo da palavra e não em práticas mundanas.
O servo de Deus que almeja um dia morar no céu, não deve buscar inspiração em finlmes
pornográfincos, repleto de práticas pervertidas, com a desculpa de tentar aquecer o relacionamento
sexual do casal. Isso é pecado à luz da palavra. Em (Salmos 101.3), lemos: “Não porei coisa má diante
dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim.” E ainda (Efésios
5.11,12): “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o
que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.” Finalmente, escrevendo aos gálatas Paulo exorta:
“Digo, porém: andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16).
2.3. O jugo desigual no leito.
Em nossos dias, devido ao crescimento da promiscuidade na sociedade, muitos casais convivem
em um jugo desigual. Situação que se dá quando um dos cônjuges ainda não serve ao Senhor, e
muitas vezes, quer trazer práticas sexuais antibíblicas para o leito conjugal. Isso acontece com
frequência, principalmente quando se trata de esposa crente e esposo descrente. Como agir diante de
uma situação assim? A Bíblia nos ensina que não podemos ceder ao pecado (Sl 4.4; 1Co 15.34). É
necessário que a mulher crente tenha sabedoria para lidar com a situação, sem no entanto, destruir o
seu casamento (Pv 14.1 Tg 1.5 Pv 15.1). Com oração e um bom diálogo, ela poderá resolver a
situação, sem ceder a práticas pecaminosas. Nenhum marido pode obrigar a esposa a uma prática
sexual, sem o seu consentimento.
III – VIVENDO UMA VIDA SEXUAL EQUILIBRADA
Quaando falamos de uma vida sexual equilibrada, estamos nos referindo a uma vida sexual em
que o casal desfruta de satisfação sexual sem desagradar a Deus. Ou seja, nem se deixando dominar
pela carne, nem em constante abstinência, privando o cônjuge de algo que lhe é devido. Os finlhos de
Deus devem fazer tudo com equilíbrio.
3.1 Abstinência sexual no casamento.
O apóstolo Paulo quando escreveu a Igreja em Corinto, falou a respeito da abstinência sexual
dentro do casamento com o propósito de consagrar-se mais a Deus. Disso não decorre que o sexo
dentro do casamento é algo impuro ou pecaminoso, mas, que a abstinência é uma forma de dedicar-
se a Deus, privando, por um período, a carne de seus desejos. Entretanto, Paulo orienta que deve ser
“por consentimento mútuo”, ou seja, de comum acordo com o cônjuge. Nenhum cônjuge cristão deve
decidir unilateralmente privar o seu marido ou esposa do ato sexual, sob a alegação que está se
consagrando. Tem que haver a concordância de ambos. E não deve ser por muito tempo, para se
evitar a tentação (1Co 7.5).
3.2 A vida sexual equilibrada e a sua manutenção.
Para que o casal tenha uma vida sexual equilibrada, é necessário entender que a atividade
sexual do casal é um processo. Se o casal não se relaciona bem durante no dia-a-dia, não pratica o
diálogo sadio, amoroso, com palavras de carinho, expressões de amor conjugal que as vezes falam
mais do que as palavras, difincilmente esse casal terá uma vida sexual de plena satisfação (Cl 4.6; 2Ts
3.16)
3.3 O sexo no casamento para ser equilibrado exige findelidade
O marido deve conceder à mulher o que lhe é devido, e, semelhantemente, a mulher ao marido

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(1 Co 7.3), sem que jamais haja a intromissão de uma terceira pessoa no relacionamento (Pv 23.7; Mt
5.28; Is 59.7; At 8.22). é de bom alvitre lembrar que a infindelidade conjugal não acontece de repente,
portanto, faz-se necessário vigilância constante, para não ser apanhado(a) pelas ciladas do inimigo.
Eis algumas realidades sobre essa questão:
(a) A infindelidade começa na mente, como um fascinante passa tempo, chamado fantasia;
(b) Pensamentos lascivos podem surgir na mente de qualquer pessoa, por meio de finlmes, novelas etc.
(Tg 1.13-15; Mt 5.28);
(c) Cuidado com conversas em redes sociais com pessoas do sexo oposto, isso pode ser uma porta
aberta para infindelidade no casamento.
4. Conclusão
Tudo que Deus faz é bom e perfeito. Não é diferente em relação a sexualidade do ser humano.
No entanto, como tudo, a atividade sexual deve se dá dentro dos padrões estabelecidos pela palavra
de Deus.

IEADPE – Set/2021

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