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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000855-55.2013.5.12.0004
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Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 05/07/2013


Valor da causa: R$ 30.000,00

Partes:
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
ADVOGADO: Luciano Brittes
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY
ADVOGADO: GIAN MARCO DEL PINTOR
ADVOGADO: LAURINDA NUNES DA SILVA
ADVOGADO: EVERSON SOUZA SAURA SILVA
ADVOGADO: ANTONIO SAURA SILVA
RECLAMADO: BANCO DO BRASIL SA
ADVOGADO: RICARDO LOPES GODOY
ADVOGADO: RICARDO JUSTUS BARRETO
ADVOGADO: LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS
ADVOGADO: MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS
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Fls.: 2

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DA ____ VARA DO TRABALHO
DE JOINVILLE – SANTA CATARINA

LUANA ROBERTA RABELO, brasileira, solteira, portadora da Carteira de Identidade nº 5950927/SC,


inscrita no CPF sob nº 077.851.479-06 e no PIS sob nº 200.80691.29-8, CTPS nº 6921330-0030/SC,
residente e domiciliada na Rua Oscar Schneider, nº 205, Casa nº 2, Bairro Atiradores, CEP 89203-040,
em Joinville/SC, por seu procurador e advogado infra-assinado, com endereço profissional no endereço
abaixo epigrafado, foro de intimações e notificações vem, respeitosamente perante a presença de Vossa
Excelência, propor

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, c/c EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS em face de

SAURA SILVA E RICOLDY, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
11.360.036/0001-61, com sede na Av. Duque de Caxias, nº 882, Zona VII, Centro, Maringá - PR – CEP
87020-025; e,

BANCO do BRASIL S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
00.000.000/5474-76, com endereço comercial na Rua Albano Schmidt, nº 3365, Bairro boa Vista, em
Joinville – SC, CEP 89206-001, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos:

1. DO CONTRATO DE TRABALHO

A reclamante foi admitida pela primeira ré, em 01/09/2011 para a função de Agente Operacional,
conforme contrato de trabalho em anexo.

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Foi dispensada com desligamento imediato em 20/11/2012. Recebendo como último salário para fins
rescisórios o importe de R$ 850,00 (oitocentos e cinquenta reais).

2. DAS ATIVIDADES DA RECLAMANTE

Em suas obrigações diárias a reclamante atendia aos clientes do Banco do Brasil S/A, na agencia 4464-4
localizada na empresa Tupy S/A.

No exercício da sua função administrativa dentro do próprio Banco réu, a reclamante realizava a
contratação de empréstimos consignados via INSS ou com convênios com as empresas disponíveis no
sistema com o maior foco no consignado com os funcionários da Tupy.

Tinha por obrigação também a venda de outros produtos do banco réu, como o financiamentos de
veículos próprios através do consórcio, financiamentos de casa própria, compra de divida de outras
instituições financeiras, venda de seguros residências, e títulos de capitalizações (Ourocap).

Para alcançar as metas estabelecidas pelo banco réu, que eram cobradas de todos os funcionários, a
reclamante além da venda de empréstimo vendia também o OUROCAP.

Ao realizar a venda do empréstimo, a reclamante era obrigada a empurrar para o cliente um seguro
denominado de “SEGURO PRESTAMISTA”, pois, sem a aquisição do indicado seguro o financiamento
não poderia ser liberado.

Era cobrada também, sobre a venda de seguro de vida para os clientes que estavam em um nível mais
elevado no sistema do banco.

3. DA TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA e ISONOMIA SALARIAL

Excelência, em que pese a reclamante tenha plena convicção de que seu vínculo empregatício deveria ser
reconhecido diretamente com o 2º reclamando, o que é impossível diante das restrições previstas em
nossa Carta Maior, há que ser declarada a ocorrência de TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.

A SAURA SILVA E RICOLDY foi contratada para dar suporte às operações bancárias específicas
(venda de financiamentos, consórcios, seguros, etc.), cuja atuação direta seria mais onerosa para a 2ª
reclamada, BANCO DO BRASIL S/A, representando, pois, uma descentralização das atividades
financeiras deste, funcionando, contudo, como uma longa manus do banco.

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Resta evidente que o objetivo da 1ª reclamada era realizar atividade-fim do Banco réu, pois atuava, nesse
caso, com exclusividade para o BANCO DO BRASIL demonstrando o intuito claro de burlar da
legislação trabalhista com o não enquadramento dos empregados na condição de bancários.

As atividades realizadas pela reclamante para o segundo réu, estão previstas No regulamento de Pessoal
do Banco do Brasil, que dispões sobre o Plano de Carreira e as atividades realizadas pelos trabalhadores
que ingressam na carreira de funcionários do Banco do Brasil mediante concurso público, indicando,
inclusive, o salário inicial da carreira para a área administrativa.

A função realizada pela reclamante é idêntica a função realizada por um funcionário concursado, com a
diferença de ser muito mais barato para o segundo réu terceirizar tais atividades que estão ligadas a sua
atividade-fim.

Para corroborar a tese da reclamante sobre o direito a isonomia salarial, por conta do exercício de
idêntica função dos trabalhadores concursados, indicamos a OJ n° 383 da SDI-1o do C. TST, nos
seguintes termos:

“OJ 383 SDI1 TST

TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA


TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974 (mantida) - Res. 175
/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com
ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos
empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles
contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica
do art. 12, “a”, da Lei nº 6.019, de 03.01.1974.
Histórico:
Redação original - DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010”

Na mesma linha destacamos a jurisprudências do C. TST e dos Regionais Especializados.

RECURSO DE REVISTA. CEF. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Empregados da empresa prestadora


de serviços e da tomadora. Identidade de funções. Isonomia salarial (orientação jurisprudencial 383 da
sbdi-1 do TST). O acórdão do tribunal regional está em perfeita sintonia com o entendimento cristalizado
na orientação jurisprudencial 383 da sbdi-1 do TST, segundo a qual a contratação irregular de
trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da administração
pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às
mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos
serviços, desde que presente a igualdade de funções. Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 71800-

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79.2009.5.13.0004; Sétima Turma; Relª Min. Delaíde Miranda Arantes; DEJT 03/04/2012; Pág.
2307)

RECURSO DE REVISTA. CEF. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Empregados da empresa prestadora


de serviços e da tomadora. Identidade de funções. Isonomia salarial. O acórdão do Tribunal Regional está
em perfeita sintonia com o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial 383 da SBDI-1 do
TST, segundo a qual a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera
vínculo de emprego com ente da administração pública, não afastando, contudo, pelo princípio da
isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas
asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções.
Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 62200-81.2007.5.03.0004; Sétima Turma; Relª Minª
Delaíde Miranda Arantes; DEJT 09/03/2012; Pág. 1597)

EMPRESA PÚBLICA. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. IDENTIDADE DE FUNÇÕES.


ISONOMIA SALARIAL. POSSIBILIDADE. A equiparação salarial por semelhança de atividade ou
por equivalência encontra guarida no ordenamento jurídico pátrio nos princípios da isonomia, não
discriminação, valor social do trabalho e dignidade da pessoa do trabalhador, dispostos na Constituição
Federal (art. 7º, inciso xxxii, art. 5º, caput e inciso I), na consolidação das Leis do Trabalho (art. 5º e art.
460), art. 12 da Lei n. 6.019/74. Dessa forma, não se pode admitir que a contratação mediante
terceirização crie padrão de inferior àquele que caracteriza o trabalhador submetido a contrato
empregatício típico, principalmente se a terceirização restou ilícita. Em tal situação, se não houver
possibilidade de equiparação salarial por identidade de função (Súmula n. 6 do TST), a equiparação por
equivalência ou semelhança de atividade é perfeitamente possível, sob pena de se estar fomentando uma
prática flagrantemente discriminatória, afinal, não é justo que um trabalhador receba uma paga por um
labor e outro receba muito aquém pelo mesmo labor, ou mesmo por exercê-lo em condições muito
próximas. (TRT 16ª R.; ROSPS 148100-02.2008.5.16.0015; Rel. Des. James Magno Araújo Farias;
DEJTMA 30/09/2011; Pág. 9)

Pelo exposto, pelo princípio da isonomia, requer-se a condenação dos réus ao pagamento de diferenças
salariais, para a função administrativa do quadro de funcionários do Banco do Brasil, segundo réu, cujos
valores serão apurados após a juntada do indigitado Regulamento de Pessoal do Banco Réu.

Os julgados seguem a diretriz sumular destacada anteriormente:

ISONOMIA SALARIAL. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. BANCO POPULAR DO BRASIL. O


empregado contratado por empresa interposta faz jus aos mesmos direitos daqueles contratados
diretamente pela tomadora de serviços, ainda quando se trate de ente da administração pública. (TRT 5ª
R.; RecOrd 1352-32.2011.5.05.0005; Ac. 150567/2013; Primeira Turma; Relª Desª Ivana Mércia

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 4
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Nilo de Magaldi; DEJTBA 14/06/2013) Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº
67/2008 e do TST nº 35/2009.

ISONOMIA SALARIAL. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Comprovado nos autos que a reclamante


exercia função tipicamente bancária, relacionada à atividade-fim do Banco do Brasil, não há como
lhe negar o direito aos benefícios conquistados pela categoria profissional respectiva, não constituindo
fato obstativo à isonomia a contratação através de empresa terceirizada. (TRT 3ª R.; RO 1944-
60.2011.5.03.0093; Rel. Des. Rogério Valle Ferreira; DJEMG 20/08/2012; Pág. 222) Repositório
autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.

TERCEIRIZAÇÃO. CORRESPONDENTE BANCÁRIO. CAPTAÇÃO DE CLIENTES PARA


REALIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS. SERVIÇOS LIGADOS À ATIVIDADE-
FIM DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. FRAUDE
TRABALHISTA. VÍNCULO DE EMPREGO DIRETO COM TOMADOR. 1. A resolução 3.110
/03, do Banco Central do Brasil, que autoriza a contratação dos chamados "correspondentes bancários", à
luz dos princípios basilares que informam o direito do trabalho, não conduz à conclusão de que as
instituições financeiras estejam autorizadas a contratar trabalhadores mediante empresa interposta de
forma irrestrita, mormente para o desempenho de atividades essenciais e nucleares ao seu
empreendimento econômico. 2. A atividade de prospecção de cliente mediante a oferta de empréstimos
consignados. No caso, realizada dentro da própria sede da agência do banco. Constitui atividade
finalística bancária, cuja terceirização é ilícita, por desvirtuar, impedir e fraudar a aplicação de direitos
trabalhistas próprios da categoria dos bancários. 3. Reconhecimento do vínculo direto com o tomador
(empregador dissimulado), a teor do art. 9º da CLT e Súmula nº 331, I, do TST que se confirma. (TRT 4ª
R.; RO 0000060-52.2012.5.04.0733; Primeira Turma; Rel. Des. Marcelo José Ferlin D'Ambroso;
DEJTRS 01/07/2013; Pág. 7) Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008 e
do TST nº 35/2009.

4. DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA

Excelência, em que pese a reclamante tenha plena convicção de que seu vínculo empregatício deva ser
reconhecido diretamente com o 2º reclamando, o que é legalmente impossível diante as regras
constitucionais, há que se alegar a responsabilidade subsidiária do mesmo, devendo arcar com as verbas
ora postuladas.

Indeclinável, porém, destacar as vantagens obtidas pela 2ª reclamada, no caso o Banco do Brasil S/A, que
foi o tomador de serviços. Situação que independe do vínculo de emprego, pois, tem sua causa na
responsabilidade por fato de terceiro, fundada na presunção de culpa in eligendo ou in vigilando. Isto
porque, sendo o trabalho feito em benefício do tomador, no caso o citado Banco, a ele se impõe o dever
de zelar pelo fiel cumprimento das obrigações decorrentes do contrato firmado.

Diante disso, a idoneidade da primeira ré é de extrema relevância. Se o tomador se abstém de vigiar, deve
responder pelos prejuízos, pois se beneficiou do trabalho prestado. A responsabilidade do tomador é
objetiva, ou seja, independe de demonstração da sua culpa in eligendo e in vigilando, que se presume.

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A Súmula 331 do TST é taxativa quanto a responsabilidade subsidiária do tomador do serviço:

SÚMULA Nº 331 - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE

[...]

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a


responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto
aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do
título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). (Grifamos).

Os julgados seguem a diretriz sumular:

RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. A decisão do regional está em


sintonia com a redação da Súmula nº 331, item IV, do TST, alterada pela Res. 96/2000, publicada no DJ
18/9/2000, que consagra a responsabilidade subsidiária do tomador de serviço quanto ao inadimplemento
das obrigações trabalhistas por parte do empregador, incluindo órgãos da administração direta, das
autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que
tenham participado da relação processual e constem também do título executivo judicial. Incidência da
Súmula nº 333 do TST e do art. 896, § 4º, da CLT. Recurso de revista não conhecido. Responsabilidade
subsidiária. Verbas rescisórias. Multas dos arts. 467 e 477, § 8º, da CLT e de 40% sobre o FGTS. É
pacífico o entendimento desta corte superior de que a condenação subsidiária do tomador de serviços,
preconizada na Súmula nº 331, IV, do TST, abrange todas as verbas inadimplidas pelo devedor principal,
até mesmo as multas previstas nos artigos 467 e 477, § 8º, da CLT e a multa de 40% sobre o FGTS. Há
precedentes. Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 793/2007-126-15-00.0; Sexta Turma; Rel. Min.
Augusto César Leite de Carvalho; DEJT 12/03/2010; Pág. 1158)

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇO. SÚMULA Nº 331 DO C.


TST. Em caso de contrato de prestação de serviços (terceirização na forma legal), havendo
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador, o tomador responderá
subsidiariamente quanto às mencionadas parcelas (Súmula nº 331, IV, do c. TST), responsabilidade esta
que envolve todas as verbas e direitos decorrentes da relação de emprego, inclusive os danos morais.
Recurso da reclamada parcialmente conhecido e não-provido. (TRT 10ª R.; RO 10100-
32.2008.5.10.0001; Relª Desª Maria Piedade Bueno Teixeira; DEJTDF 12/03/2010; Pág. 65)

Assim, comprovada a prestação de serviços da autora em prol dos interesses do 2º reclamado, aplica-se
na espécie o que orienta o TST, por meio da Súmula nº 331, IV, devendo responder subsidiariamente
pelas verbas que forem deferidas no presente feito.

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1. 5. DO ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIA

O BANCO DO BRASIL S/A, 2º reclamado, têm por objeto a prática de operações ativas, passivas e
acessórias inerentes às respectivas carteiras autorizadas comercial, de investimentos e de crédito, financia
mento e investimento, o que é comum em instituições bancárias.

A 1ª reclamada foi contratada pelo 2º reclamado para realização de serviços de encaminhamento de


pedidos de financiamento e posterior liberação de recursos, análise de crédito e cadastro, venda de
seguros, crédito imobiliários, consórcios, etc., sendo que os serviços prestados beneficiavam diretamente
a segunda reclamada. As atividades realizadas pela 1ª reclamada demonstram que se trata de atividades
próprias dos bancários, sendo a atividade-fim deste.

Ressaltamos que a análise de crédito e cadastro, assim como, a venda de seguro de vida vinculada a
liberação de crédito, etc., não podem ser tido como meras atividades complementares de um
correspondente bancário ou empresa financeira, mas parte do próprio negócio do BANCO.

Importante destacar que todos os serviços prestados eram realizados nas dependências do banco réu.

Sendo assim, podemos considerar que as tarefas e atividades desenvolvidas por seus empregados são
similares à dos bancários.

A Lei nº 4.595/64, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias,
estabelece em seu art. 17, o seguinte:

Art. 17 - Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas


jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação
ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a
custódia de valor de propriedade de terceiros.

Parágrafo único - para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições
financeiras as pessoas físicas que exerçam quaisquer atividades referidas neste, de forma permanente ou
eventual.”(GN).

Da mesma norma no § 1º do art. 18, tem-se que:

“Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades de crédito, financiamento e
investimentos, das caixas econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e disciplina desta lei no que for
aplicável, as bolsas de valores, companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de títulos de sua emissão

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ou por qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados
financeiros e de capitais operações ou serviços de natureza dos executados pelas instituições financeiras.”

Situações idênticas, envolvendo serviços bancários terceirizados, têm gerado entendimento na


jurisprudência no sentido de equiparar o empregado de empresa intitulada de correspondente bancário ou
financeira com o empregado de instituição bancária, tendo em vista a realização de atividade-fim do
próprio banco.

O v. Acórdão da 6ª C RO 07093-2008-004-12-00-9, relatado pelo Ilustre Desembargador Dr. JOSÉ


ERNESTO MANZI, em 16 de agosto de 2010 (cópia em anexo), aborda a atividade de abertura de conta
corrente, como atividade específica de bancário. Senão vejamos:

“MÉRITO

1. ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS BANCÁRIOS

O Unibanco postula a reforma da sentença que reconheceu vínculo de emprego com a autora, haja vista
que o Provar Negócios de Varejo Ltda. era seu correspondente bancário, o qual prestava serviços através
de um contrato de natureza civil, nos termos da Resolução nº 3.110 do Banco Central, não tendo, assim,
nada relacionado com as atividades prestadas pelos bancários.

Não lhe assiste razão.

A autora afirmou na peça inicial à fl. 03 que atende clientes, digita propostas para cartão de
crédito e empréstimos, autorização para compras, saques em dinheiro, emissão de carnês de
financiamentos, faturas de cartão, ativação de clientes, telemarketing, através do sistema
Hipercard, com contratos em nome do Unibanco.

Disse, ainda, que o cartão BIG passou a ser administrado pelo Hipercard Banco Múltiplo, uma empresa
do conglomerado Unibanco, quando passou a desempenhar as funções de cadastramento de clientes para
cartão Hipercard, emissão de cartões, ativação, aumento de limite, inclusão de dependentes e seguros
contra perda e roubo, bem como a partir de novembro de 2007, quando foi promovida a operadora de
vendas, passou a vender empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS, cartões Fininvest
Especial para saques, empréstimos consignados Wal Mart, emissão de faturas e cadastramento de clientes
até 07-11-2008, quando novamente for remanejada para agente de vendas, fazendo inclusive abordagem
e venda de conta corrente do Unibanco.

A primeira testemunha da autora disse às fls. 441-442 que “[...] a autora trabalhava no início no mesmo
local, porém com uniforme da Fininvest, em mesa próxima à da depoente e depois de algum tempo
passaram a executar os mesmos serviços. A depoente abria contacorrente para o 2º demandado,
recebendo os clientes cujo cadastro havia sido previamente aprovado e formalizado todo o procedimento
de abertura de conta, entregando para o cliente um cartão provisório, pelo qual o cliente por um prazo de
pelo menos 15 dias poderia fazer depósitos em sua conta-corrente. O cartão definitivo o cliente recebia
em casa, via correio e encaminhado pelo 2º demandado. A depoente tinha metas de aberturas de
contas a cumprir, havendo cobrança pelo seu supervisor e por gerentes do UNIBANCO [...]”. (sem
grifo no original)

Já a segunda testemunha da obreira disse à fl. 442 que “[...] sempre pagou contas (luz, telefone etc.) com
o cartão HIPERCARD e onde a autora trabalhava. O depoente entregava o cartão e as contas para a
autora, que fazia o procedimento no computador,

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 05/07/2013 09:53:48 - 360827


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 8
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auxiliando o depoente[...]”.

[...];

Ora, diante desses fatos, não restam sombras de dúvidas de que a autora, a bem da verdade, executava
serviços essenciais da atividade-fim do segundo demandado, Unibanco, além de outros voltados para o
lucro do Unibanco, “embora não caracterizadores por si só do trabalho típico bancário”, conforme bem
caminhou a decisão primeira, o que se conclui que a obreira, ao contrário do que afirma a recorrente,
excedeu os limites da Resolução nº 3.110 do Banco Central do Brasil, referente as atividades de
correspondente bancário, estando, assim, caracterizado o serviço bancário disfarçado, com o intuito de
fraudar a legislação trabalhista, o que implica na responsabilidade solidária entre as rés.

[...];

Por isso, nego provimento ao recurso, no particular.”.

Neste sentido é a jurisprudência do C. Tribunal Superior do Trabalho e de outros Regionais


Especializados:

RECURSO DE REVISTA. ENQUADRAMENTO DO EMPREGADO COMO BANCÁRIO.


APLICAÇÃO DAS NORMAS COLETIVAS DOS BANCÁRIOS. PROCESSAMENTO DE
DOCUMENTOS. Em princípio, demonstrado o desempenho de atividades-fim do tomador de serviços,
seria a hipótese de se aplicar os efeitos jurídicos decorrentes da terceirização ilícita (Súmula nº 331, I
/TST), situação que autoriza o reconhecimento do vínculo justrabalhista do trabalhador diretamente com
o banco tomador de serviços. Contudo, em face dos limites do pleito contidos na petição inicial, no caso
concreto, reconhece-se o direito da empregada à incidência, sobre o contrato de trabalho, de todas as
normas pertinentes à efetiva categoria obreira, corrigindo-se a eventual defasagem de parcelas ocorrida
em face do artifício terceirizante. Ressalte-se que a terceirização - Mesmo lícita - Implica a comunicação
do padrão remuneratório da empresa tomadora com o padrão remuneratório dos trabalhadores
terceirizados. Esse entendimento encontra respaldo na garantia da observância da isonomia remuneratória
no núcleo da relação jurídica terceirizada, prevista, sobretudo, no art. 12, a, da Lei nº 6.019/74 - Que
assegura ao trabalhador temporário o salário equitativo -, sendo cabível, por analogia, a aplicação do
critério isonômico remuneratório à terceirização de mais longo curso ou permanente. Tal garantia é
decorrente também da aplicação do preceito contido no art. 5º, caput e inciso I, da CF, bem assim de
inúmeros outros princípios e dispositivos da Constituição Federal altamente valorizadores do trabalho
humano. Cite-se, nessa linha, a idéia de prevalência na ordem jurídica dos direitos sociotrabalhistas (art.
1º, III e IV; art. 3º, I, in fine, e III, ab initio, e IV, ab initio ; art. 4º, II,; art. 6º; art. 7º, caput, in fine ; art.
7º, VI, VII, X; art. 100, ab initio ; art. 170, III). Acentuem-se, ainda, diversos preceitos constitucionais
relativos à proteção ampla do salário (art. 7º, VI, VII e X, CR/88), a par do fundamental preceito lançado
no art. 7º, xxxii, da Carta Magna, que proíbe a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou
entre os profissionais respectivos, norma que, isoladamente, já é frontal instrumento vedatório da
discriminação sociotrabalhista produzida pela terceirização e que, aliada aos demais dispositivos
constitucionais citados, torna imperativa a retificação isonômica a ser realizada pelo mecanismo do
salário equitativo. Recurso de revista conhecido por divergência jurisprudencial e, no mérito, desprovido.
(TST; RR 774/2008-006-18-00.6; Sexta Turma; Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga; DEJT 30/07/2010;
Pág. 364

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13070509534804100000000356765
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 9
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 11

EMPREGADO TERCEIRIZADO. ATIVIDADE FIM BANCÁRIA. VÍNCULO DIRETO COM


BANCO. SOLIDARIEDADE. Provado que o empregado terceirizado intermediava empréstimo
bancário, ainda que com pré-aprovação do tomador(Banco) a pedido dos clientes, evidencia-se o labor
em atividade fim bancária, configurando a intermediação ilícita de mão-de- obra, impondo-se o
reconhecimento: Da nulidade do contrato de trabalho havido, do vínculo de emprego direto com o
tomador, do enquadramento como bancário e da responsabilidade solidária entre as empresas envolvidas.
(TRT 2ª R.; RO 0212900-57.2009.5.02.0447; Ac. 2011/1237682; Quinta Turma; Rel. Des. Fed.
Maurílio de Paiva Dias; DJESP 29/09/2011)

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. FRAUDE CONFIGURADA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


RELACIONADOS À ATIVIDADE-FIM DO BANCO. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO.
Evidenciado pela prova produzida que o autor, embora contratado pela segunda reclamada, prestou
serviços típicos de bancário, em benefício do primeiro demandado, configurando-se fraude na
contratação, motivo pelo qual o vínculo de emprego deve ser formado diretamente com o tomador dos
serviços. (TRT 3ª R.; RO 449-46.2010.5.03.0018; Quinta Turma; Relª Desª Lucilde D'Ajuda Lyra
de Almeida; DJEMG 26/09/2011; Pág. 156)

TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADE-FIM DE BANCO. IRREGULARIDADE. VÍNCULO COM


O TOMADOR DOS SERVIÇOS. É cabível o reconhecimento de vínculo de emprego diretamente com
o banco tomador dos serviços, quando os elementos dos autos indicam que as atividades exercidas pela
trabalhadora nas empresas fornecedoras de mão-de-obra são típicas dos empregados bancários, tratando-
se de tarefas essenciais à execução da atividade-fim do banco (Súmula nº 331 do TST). (TRT 3ª R.; RO
161/2010-005-03-00.9; Segunda Turma; Rel. Des. Sebastião Geraldo de Oliveira; DJEMG 04/08/2010)

Por todo o exposto, faz jus a reclamante ao enquadramento como bancária, do Banco do Brasil, com a
aplicação das normas coletivas da referida categoria, inclusive a jornada prevista no artigo 224 CLT, em
consonância com o entendimento da Súmula 55 do TST, razão pela qual requeremos a juntada do
indicado REGULAMENTO DE PESSOAL, do banco réu para apuração dos valores ora requeridos.

5. DAS DIFERENÇAS SALARIAIS DECORRENTES DO ENQUADRAMENTO


SINDICAL

Em decorrência do enquadramento sindical, a norma aplicável ao caso da reclamante, em seu contrato de


trabalho deve ser da categoria dos bancários do Banco do Brasil, conforme amplamente demonstrado nos
itens anteriores, razão pela qual solicitamos a exibição dos documentos internos do banco réu, para
comprovar que a reclamada pagou salários inferiores aos devidos, bem como não observou os reajustes
salariais devidos, além dos demais direitos inerentes ao contrato de trabalho, contrariando as regras
previstas no indicado regulamento de pessoal.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 10
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 12

As diferenças salariais se projetam ao longo do contrato de trabalho donde, deverá a reclamada, ser
condenada ao pagamento dessas diferenças com base no piso salarial do quadro de pessoal do Banco do
Brasil, promovendo-se os reajustes salariais com reflexos em DSR; férias integrais e proporcionais
acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário integrais e proporcionais, FGTS e INSS.

6. DAS HORAS EXTRAS APÓS A 6ª DIÁRIA

Comprovado que a reclamante cumpria jornada diária de 08h000min de segunda a sexta-feira, com uma
hora de intervalo, faz jus ao pagamento como extras, das horas excedentes da 6ª diária com acréscimo de
percentual previsto nas norms internas do banco réu, com divisor 180 (Súmula 124 do TST), com
reflexos em: DSR; 13º salário e férias com 1/3, integrais e proporcionais; FGTS e INSS

1. 7. DO FGTS

A Reclamada deverá ser condenada ao pagamento dos valores relativos ao FGTS sobre diferenças
salariais com integração das horas extras habitualmente prestadas.

1. 9. DO AUXÍLIO REFEIÇÃO

Para os funcionários do Banco réu, estão previstos o pagamento do auxílio refeição, por dia de trabalho,
sem desconto, cujo valor deve ser pago destacadamente.

10. DO AUXÍLIO CESTA ALIMENTAÇÃO

O mesmo ocorre com o direito ao recebimento cumulativo do auxílio cesta alimentação, pagos
mensalmente, cujos valores devem ser acrescidos ao salário da reclamante

11. DO SEGURO-DESEMPREGO

A reclamante pugna pela a indenização equivalente as parcelas que receberia a título de seguro-
desemprego calculadas[1] com reflexos nos valores correspondentes as diferenças salariais e horas
extras, nos termos do art. 7º, inciso II da Constituição Federal de 1988 e das Leis 7.998/90 e 8.900/94.

12. DA NECESSIDADE DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 11
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 13

A reclamante através da presente ação trabalhista, objetiva pleitear diferenças de salário, horas extras e
outros direitos indicados no mérito, que entende lhe serem devidas pela reclamada.

Ocorre que a reclamada estabelece os valores e as condições do cargo administrativo dos funcionários do
banco através de um documento denominado de REGULAMENTO DE PESSOAL, que é inacessível
para a reclamante.

A existência do citado documento está comprovada através do texto do ACT 2011/2012 assinado entre o
Banco do Brasil e a CONTEC. Além do ACT, a existência do REGULAMENTO DE PESSOAL, está
indicada no documento denominado de “Informações aos Funcionários Oriundos do BESC Sobre a
Opção pelo Regulamento de Pessoal”, em anexo.

Diante do exposto a reclamante estaria enquadrada no cargo de Escriturária, categoria E - 1, conforme


tabela abaixo.

Cargos Carreira BB Cargo BB Categoria BB

Assistente Administrativo I

Administrativa Escriturário E-1 Administrativa


Escriturário E-1

Assistente Administrativo II

Técnico de Serviços Bancários I

Técnico de Serviços Bancários II

Técnico de Serviços Bancários III

Técnico de Nível Superior II nos Advogado, Nível Inicial

cargos de advogado, arquiteto, Técnico-Cientifica arquiteto, (equivalência com

engenheiro engenheiro o nível E-4 da

carreira

administrativa)

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 12
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 14

Auxiliar de Serviços Gerais I Serviços Auxiliares (em


extinção)
SACContínuo Nível C – AC1

Nesse contexto, para que a reclamante possa provar todos os seus pedidos indicados na presente
demanda, é imprescindível a verificação do indicado documento REGULAMENTO DE PESSOAL.

Em razão do exposto, requer seja a segunda ré notificada, para que, nos termos do artigo 357 e 359 do
CPC, proceda a imediata exibição do regulamento de Pessoal da segunda ré, assim como, todas as
normas internas envolvendo evolução de cargos e salários no período de toda a contratualidade da
reclamante.

13. Assistência Judiciária

A reclamante requer lhe seja concedido o benefício da assistência judiciária gratuita, eis que não tem
condições de demandar em juízo e arcar com eventuais custas e despesas processuais, sob pena de
sacrificar o sustento próprio e de seus familiares, estando preenchidos os requisitos para a concessão de
tal benefício, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50.

14.. DOS PEDIDOS

Diante do exposto REQUER-SE:

1) Seja declarada por sentença, a responsabilidade subsidiária da 2ª reclamada, nos termos do item
IV da Súmula 331 do TST, que consagra a responsabilidade subsidiária do tomador de serviço quanto ao
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador, devendo assim, responder por sua c
ulpa in eligendo e culpa in vigilando;

2) O Enquadramento da atividade da reclamante na categoria de bancário, aplicando-se assim, ao


contrato de trabalho da reclamante as disposições das CCT’s dos Bancários (em anexo), deferindo-lhe em
seu favor todos os direitos inerentes a categoria, especialmente a jornada de trabalho prevista no art. 224
da CLT, em consonância com o entendimento da Súmula 55 do TST;

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 13
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 15

3) Seja declarada a terceirização ilícita cominada com a condenação ao pagamento de diferenças


salariais, com reflexos sobre Repouso Semanal Remunerado; horas extras e adicional; férias acrescidas
de 1/3, integrais e proporcionais; 13º salário, integrais e proporcionais; FGTS e INSS, para a função
administrativa do cargo de Escriturária E-1, prevista no EGULAMENTO DE PESSOAL da segunda ré,
cujos valores serão apurados após a juntada do indigitado Regulamento de Pessoal do Banco Réu;

4) Pagamento de das horas extras excedentes da 6ª diária (art. 224 da CLT), divisor 180 (Súmula
124 do TST), com adicional de 50% (cinqüenta por cento) de segunda a sábado e 100% aos domingos,
calculadas com base no piso estabelecido aos bancários, nos termos do art. 224 da CLT, com divisor 180
(Súmula 124 do TST), com reflexos em: DSR;

5) Pagamento de diferenças de horas extras sobre 13º salário e férias com 1/3, integrais e
proporcionais; FGTS e INSS;

6) Pagamento de diferenças salariais e de horas extras sobre as verbas rescisórias;

7) Pagamento do FGTS sobre todas as verbas pleiteadas acrescidas da multa constitucional de 40%;

8) Pagamento dos valores correspondentes ao Auxílio Refeição, e Auxilio Cesta Alimentação;

9) Pagamento dos valores correspondentes às diferenças das parcelas do benefício do seguro-


desemprego com base nas diferenças de horas extras, nos termos do art. 7º, inciso II da Constituição
Federal de 1988 e das Leis 7.998/90 e 8.900/94;

10) Seja a segunda ré notificada, para que, nos termos do artigo 357 e 359 do CPC, proceda a
imediata exibição do regulamento de Pessoal da segunda ré, assim como, todas as normas internas
envolvendo evolução de cargos e salários no período de toda a contratualidade da reclamante, sob pena
de confesso quanto aos fatos que o reclamante quer provar, nos termos do art. 359, do CPC;

Requer ainda:

a) A citação das reclamadas para, querendo, responder aos termos da presente, sob pena de revelia e
confissão;

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 14
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 16

b) Que as reclamadas juntem aos autos os comprovantes de pagamento de salário, FGTS, INSS, o
regulamento de Pessoal do Banco réu, e cartões-ponto, sob pena do artigo 359 do CPC;

c) A produção de provas, por todos os meios em Direito admitidos, especialmente o depoimento


pessoal do representante legal das reclamadas, sob pena de confesso; oitiva de testemunhas; juntada
ulterior de documentos e, perícia, se necessário for;

Atribui-se à causa o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Joinville, 5 de julho de 2013.

Luciano Brittes

OAB/SC nº 17.712

[1]Soma dos 03 últimos salários dividido por três, resultado inferior a R$ R$ 627,29 basta multiplicar por
80% que se chega ao valor do Seguro-Desemprego. 05 parcelas, pois a prestação de serviços fora
superior a 24 meses. (Fonte: http://www.mte.gov.br/seg_desemp/beneficio.asp - Ministério Trabalho e
Emprego, acesso em 19/10/2007).

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 05/07/2013 09:53:48 - 360827


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360827 - Pág. 15
Número do documento: 13070509534804100000000356765
Fls.: 17

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 360828 - Pág. 1
Número do documento: 13070509534842800000000356766
Fls.: 18

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO TRABALHO DE


JOINVILLE – SANTA CATARINA.

RT 0000855-55.2013.5.12.0004

Reclamante: LUANA ROBERTA RABELO

Reclamadas: SAURA SILVA E RICOLDY e OUTRO.

A Reclamante, devidamente qualificado nos autos em epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência, por
intermédio do advogado, abaixo assinado, requerer a juntada de documentos complementares.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Joinville, 16 de julho de 2013.

Luciano Brittes

OAB-SC 17712

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391756 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532483700000000387542
Fls.: 19

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391769 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532712900000000387555
Fls.: 20

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391778 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532760200000000387564
Fls.: 21

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391778 - Pág. 2
Número do documento: 13071617532760200000000387564
Fls.: 22

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391778 - Pág. 3
Número do documento: 13071617532760200000000387564
Fls.: 23

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391778 - Pág. 4
Número do documento: 13071617532760200000000387564
Fls.: 24

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391790 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532809200000000387576
Fls.: 25

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617532856500000000387601
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391815 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532856500000000387601
Fls.: 26

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617532906000000000387646
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391860 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532906000000000387646
Fls.: 27

> Date: Sun, 7 Oct 2012 22:58:51 -0300


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>
>
> Vários temas serão abordados, entre eles treinamento de consórcio e
> MPO.
>
>
> Terá a presença do Gerente Geral Banco do Brasil da ag 0038 e outras
> autoridades envolvidas.
>

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391873 - Pág. 1
Número do documento: 13071617532959200000000387659
Fls.: 28

>
> O deslocamento (despesas) de cada um será por conta própria.
>
>
> E a presença de todos é indispensável e no horário pontual.
>
>
> Dicas, reclamações, idéias, podem mandar para anexar na pauta.
>
>
>
> Att,
>
>
>
> Paulo Brill
>

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617532959200000000387659
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391873 - Pág. 2
Número do documento: 13071617532959200000000387659
 Fls.: 29

     



       


 

                  
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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617533008500000000387667
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 391881 - Pág. 1
Número do documento: 13071617533008500000000387667
Fls.: 30

> Date: Tue, 2 Oct 2012 10:51:09 -0300


> From: paulobrill@saura.com.br
> To: alinecorrea_9@hotmail.com; hbalisson@hotmail.com; a-aimi@hotmail.com;
alineandressa_maia@hotmail.com; angel._oliveira@hotmail.com;
2006.bruna@gmail.com; cristopherhasse@hotmail.com; daniahhh@hotmail.com;
davidlucas83@hotmail.com; zama_freitas@hotmail.com; jr_schi@hotmail.com;
gabriela.garuva@hotmail.com; gisa.flad@hotmail.com; vando_heloisa@hotmail.com;
janieli_caetano@hotmail.com; joaomtd4@hotmail.com; juan.trindade@tjsc.jus.br;
li_lianeh@hotmail.com; luhlopes07@hotmail.com; lucas_jacinto@hotmail.com;
fernando_pfeffer@hotmail.com; mayrinhacnhs@hotmail.com;
nidysafanelli@hotmail.com; patricia.dossantosgn88@hotmail.com;
rubia.schmidt@hotmail.com; sheilajsbs@hotmail.com; siuviu@hotmail.com;
stefanie.delling@hotmail.com; tais_neiser@hotmail.com; valeria.avieira@yahoo.com.br;
yarareginah@yahoo.com.br
> Subject: Fwd: trabalho com o SISTEMA PLATAFORMA DO BB
>
>
>
>
>
> PREZADOS GERENTES
>
> Solicitamos-lhes AGENTES que possuem acesso ao
> SISTEMA PLATAFORMA que ao entrarem em contato com o CLIENTE não lhes
> informe à simulação que está no PLATAFORMA.
> a simulação no sistema plataforma está com a
> taxa de juros diferenciada - TEMOS que saber quem é o cliente, mas
> temos que simular no nosso portal e informar às condições que
> aparecem para nós.
>

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617533054200000000387805
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392021 - Pág. 1
Número do documento: 13071617533054200000000387805
Fls.: 31

> Date: Tue, 9 Oct 2012 15:57:05 -0300


> From: paulobrill@saura.com.br
> To: alinecorrea_9@hotmail.com; hbalisson@hotmail.com; a-aimi@hotmail.com;
alineandressa_maia@hotmail.com; angel._oliveira@hotmail.com;
2006.bruna@gmail.com; cristopherhasse@hotmail.com; daniahhh@hotmail.com;
davidlucas83@hotmail.com; zama_freitas@hotmail.com; jr_schi@hotmail.com;
gabriela.garuva@hotmail.com; gisa.flad@hotmail.com; vando_heloisa@hotmail.com;
janieli_caetano@hotmail.com; joaomtd4@hotmail.com; juan.o.trindade@gmail.com;
li_lianeh@hotmail.com; luhlopes07@hotmail.com; lucas_jacinto@hotmail.com;
fernando_pfeffer@hotmail.com; mayrinhacnhs@hotmail.com;
nidysafanelli@hotmail.com; patricia.dossantosgn88@hotmail.com;
rubia.schmidt@hotmail.com; sheilajsbs@hotmail.com; siuviu@hotmail.com;
stefanie.delling@hotmail.com; tais_neiser@hotmail.com; valeria.avieira@yahoo.com.br;
yarareginah@yahoo.com.br
> Subject: Fwd: Novo Plano de Vendas BB CONSÓRCIO
>
>
>
>
>
> Prezados,
>
> Segue anexo, planilha com os "planos de vendas" do BB Consórcio para
> atualização da ferramenta utilizada para geração das propostas.
>
> Obs: substituir o arquivo em C://BBCONSORCIOS ( não alterar o nome do
> arquivo ) e clicar no link "atualização planos de vendas" na
> ferramenta.
>
> Façam imediatamente, para não corrermos o risco de comercializar
> propostas em condições diferentes das que efetivamente serão
> contratadas quando da adesão ao grupo.
>
> Qualquer dúvida, favor entrar em contato com esta UCP ou com a BB
> Consórcio.
>

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392031 - Pág. 1
Número do documento: 13071617533103300000000387815
Fls.: 32

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Fls.: 35

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Número do documento: 13071617532963400000000388202
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392419 - Pág. 9
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392419 - Pág. 10
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Fls.: 47

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392428 - Pág. 3
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392428 - Pág. 12
Número do documento: 13071617533211400000000388211
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392428 - Pág. 13
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Fls.: 60

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392428 - Pág. 14
Número do documento: 13071617533211400000000388211
Fls.: 61

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Fls.: 62

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Fls.: 67

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Fls.: 70

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392454 - Pág. 8
Número do documento: 13071617533272200000000388237
Fls.: 71

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392454 - Pág. 9
Número do documento: 13071617533272200000000388237
Fls.: 72

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Fls.: 73

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392454 - Pág. 11
Número do documento: 13071617533272200000000388237
Fls.: 74

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392454


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392454 - Pág. 12
Número do documento: 13071617533272200000000388237
Fls.: 75

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 1
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 76

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 2
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 77

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 3
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 78

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 4
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 79

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 5
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 80

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 6
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 81

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 7
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 82

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 8
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 83

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 9
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 84

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617533333700000000388251
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 10
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 85

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617533333700000000388251
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 11
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 86

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 16/07/2013 17:53:33 - 392468


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13071617533333700000000388251
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 392468 - Pág. 12
Número do documento: 13071617533333700000000388251
Fls.: 87

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região


1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900

CHAVES DE ACESSO - Processo PJe-JT

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

Chaves para acesso à inicial e aos documentos que a acompanham.

Para ver o inteiro teor, digite a chave correspondente no endereço: http://pje.trt12.jus.br/documentos

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


IN IMÓVEL PRÓPRIO BB 2 Documento Diverso 13071617533333700000000388251
IN IMÓVEL PRÓPRIO BB 1 Documento Diverso 13071617533272200000000388237
ACT CONTEC BB 2 Documento Diverso 13071617533211400000000388211
ACT CONEC BB 1 Documento Diverso 13071617532963400000000388202
e-mail venda consórcio Documento Diverso 13071617533103300000000387815
e-mail trab plataforma BB Documento Diverso 13071617533054200000000387805
Rel doc financiamento Documento Diverso 13071617533008500000000387667
Reunião Ag BB Documento Diverso 13071617532959200000000387659
Cracha Documento Diverso 13071617532906000000000387646
CPF Documento Diverso 13071617532856500000000387601
RG Documento Diverso 13071617532809200000000387576
CTPS CTPS 13071617532760200000000387564
Declaração Hiposs Declaração de Hipossuficiência 13071617532712900000000387555
petição Manifestação 13071617532483700000000387542
procuração Procuração 13070509534842800000000356766
Petição Inicial Petição Inicial 13070509534804100000000356765

Em 22 de julho de 2013.

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 22/07/2013 18:07:12 - 407617


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072218071264000000000403325
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 407617 - Pág. 1
Número do documento: 13072218071264000000000403325
Fls.: 88

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região - 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE


Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900
-

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo Judicial Eletrônico


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

NOTIFICAÇÃO INICIAL AO RECLAMADO - Processo PJe-JT

Destinatário:
SAURA SILVA E RICOLDY
AVENIDA DUQUE DE CAXIAS, 882, ZONA 07, MARINGA - PR - CEP: 87020-025

Audiência: 15/10/2013 08:50:00

Fica V. S.ª notificado(a) de que tramita eletronicamente reclamação trabalhista, cuja petição
inicial e documentos poderão ser acessados via internet (http://pje.trt12.jus.br/documentos),
digitando a chave abaixo:

Chave de acesso: 13072218071264000000000403325

Caso V. S.ª não consiga consultá-los/visualizá-los via internet, deverá comparecer à Unidade
Judiciária – Central de Atendimento (endereço acima indicado) para receber orientações.
V. S.ª deverá comparecer à audiência pessoalmente ou representado(a) por preposto
habilitado (art. 843, parágrafo 1º, da CLT) para prestar depoimento, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial (art. 844 da CLT).

A defesa e eventuais documentos deverão ser encaminhados eletronicamente por meio do


sistema PJe, antes da realização da audiência, nos termos do art. 22 da Resolução nº 94/2012
do CSJT.

Se V. S.ª não possuir equipamento para conversão ou escaneamento de documentos em


formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária - Central de Atendimento, com a
necessária antecedência em relação à audiência, para proceder à adequação dos documentos
por meio dos equipamentos disponíveis na Central de Atendimento.

Fica V. Sª. ciente de que eventuais testemunhas serão ouvidas, se necessário, em audiência
de instrução a ser oportunamente designada.

Em 22 de julho de 2013.

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 22/07/2013 18:10:26 - 407640


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072218102604600000000403348
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 407640 - Pág. 1
Número do documento: 13072218102604600000000403348
Fls.: 89

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região - 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE


Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900
-

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo Judicial Eletrônico


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

NOTIFICAÇÃO INICIAL AO RECLAMADO - Processo PJe-JT

Destinatário:
BANCO DO BRASIL SA
RUA ALBANO SCHMIDT, 3365, BOA VISTA, JOINVILLE - SC - CEP: 89206-001

Audiência: 15/10/2013 08:50:00

Fica V. S.ª notificado(a) de que tramita eletronicamente reclamação trabalhista, cuja petição
inicial e documentos poderão ser acessados via internet (http://pje.trt12.jus.br/documentos),
digitando a chave abaixo:

Chave de acesso: 13072218071264000000000403325

Caso V. S.ª não consiga consultá-los/visualizá-los via internet, deverá comparecer à Unidade
Judiciária – Central de Atendimento (endereço acima indicado) para receber orientações.
V. S.ª deverá comparecer à audiência pessoalmente ou representado(a) por preposto
habilitado (art. 843, parágrafo 1º, da CLT) para prestar depoimento, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial (art. 844 da CLT).

A defesa e eventuais documentos deverão ser encaminhados eletronicamente por meio do


sistema PJe, antes da realização da audiência, nos termos do art. 22 da Resolução nº 94/2012
do CSJT.

Se V. S.ª não possuir equipamento para conversão ou escaneamento de documentos em


formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária - Central de Atendimento, com a
necessária antecedência em relação à audiência, para proceder à adequação dos documentos
por meio dos equipamentos disponíveis na Central de Atendimento.

Fica V. Sª. ciente de que eventuais testemunhas serão ouvidas, se necessário, em audiência
de instrução a ser oportunamente designada.

Em 22 de julho de 2013.

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 22/07/2013 18:10:26 - 407641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072218102610100000000403349
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 407641 - Pág. 1
Número do documento: 13072218102610100000000403349
Fls.: 90

RECIBO DE ENVIO DE SPE

RI984212766BR Banco do Brasil


RI984212783BR SAURA SILVA E RICOLDY

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 22/07/2013 18:16:54 - 407624


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072218165467600000000403332
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 407624 - Pág. 1
Número do documento: 13072218165467600000000403332
Fls.: 91

1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE


Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900

Destinatário:
Luciano Brittes

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

Audiência: 19/09/2013 08:50:00

CONSIDERAR-SE CIENTE QUE A AUDIÊNCIA, ANTERIORMENTE, DESIGNADA PARA 15/10/2013, FOI


ANTECIPADA PARA A DATA ACIMA.

Fica V. Sa. intimado de que a audiência INICIAL foi designada para a data e hora acima indicadas. Deverá comparecer
pessoalmente, sob pena de arquivamento, na forma da lei.

Em 29 de julho de 2013.

ANA LUCIA DA ROSA

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 29/07/2013 14:52:21 - 425578


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072914522187700000000421239
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 425578 - Pág. 1
Número do documento: 13072914522187700000000421239
Fls.: 92

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região - 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE


Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900
-

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo Judicial Eletrônico


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

NOTIFICAÇÃO INICIAL AO RECLAMADO - Processo PJe-JT

Destinatário:
BANCO DO BRASIL SA
RUA ALBANO SCHMIDT, 3365, BOA VISTA, JOINVILLE - SC - CEP: 89206-001

Audiência: 19/09/2013 08:50:00

CONSIDERAR-SE CIENTE QUE A AUDIÊNCIA, ANTERIORMENTE, DESIGNADA PARA 15/10/2013, FOI


ANTECIPADA PARA A DATA ACIMA.

Fica V. S.ª notificado(a) de que tramita eletronicamente reclamação trabalhista, cuja petição
inicial e documentos poderão ser acessados via internet (http://pje.trt12.jus.br/documentos),
digitando a chave abaixo:

Chave de acesso: 13072218071264000000000403325

Caso V. S.ª não consiga consultá-los/visualizá-los via internet, deverá comparecer à Unidade
Judiciária – Central de Atendimento (endereço acima indicado) para receber orientações.
V. S.ª deverá comparecer à audiência pessoalmente ou representado(a) por preposto
habilitado (art. 843, parágrafo 1º, da CLT) para prestar depoimento, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial (art. 844 da CLT).

A defesa e eventuais documentos deverão ser encaminhados eletronicamente por meio do


sistema PJe, antes da realização da audiência, nos termos do art. 22 da Resolução nº 94/2012
do CSJT.

Se V. S.ª não possuir equipamento para conversão ou escaneamento de documentos em


formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária - Central de Atendimento, com a
necessária antecedência em relação à audiência, para proceder à adequação dos documentos
por meio dos equipamentos disponíveis na Central de Atendimento.

Fica V. Sª. ciente de que eventuais testemunhas serão ouvidas, se necessário, em audiência
de instrução a ser oportunamente designada.

Em 29 de julho de 2013.

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 29/07/2013 14:52:21 - 425579


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072914522193700000000421240
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 425579 - Pág. 1
Número do documento: 13072914522193700000000421240
Fls.: 93

Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região - 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE


Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900
-

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo Judicial Eletrônico


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

NOTIFICAÇÃO INICIAL AO RECLAMADO - Processo PJe-JT

Destinatário:
SAURA SILVA E RICOLDY
AVENIDA DUQUE DE CAXIAS, 882, ZONA 07, MARINGA - PR - CEP: 87020-025

Audiência: 19/09/2013 08:50:00

ONSIDERAR-SE CIENTE QUE A AUDIÊNCIA, ANTERIORMENTE, DESIGNADA PARA 15/10/2013, FOI


ANTECIPADA PARA A DATA ACIMA.

Fica V. S.ª notificado(a) de que tramita eletronicamente reclamação trabalhista, cuja petição
inicial e documentos poderão ser acessados via internet (http://pje.trt12.jus.br/documentos),
digitando a chave abaixo:

Chave de acesso: 13072218071264000000000403325

Caso V. S.ª não consiga consultá-los/visualizá-los via internet, deverá comparecer à Unidade
Judiciária – Central de Atendimento (endereço acima indicado) para receber orientações.
V. S.ª deverá comparecer à audiência pessoalmente ou representado(a) por preposto
habilitado (art. 843, parágrafo 1º, da CLT) para prestar depoimento, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial (art. 844 da CLT).

A defesa e eventuais documentos deverão ser encaminhados eletronicamente por meio do


sistema PJe, antes da realização da audiência, nos termos do art. 22 da Resolução nº 94/2012
do CSJT.

Se V. S.ª não possuir equipamento para conversão ou escaneamento de documentos em


formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária - Central de Atendimento, com a
necessária antecedência em relação à audiência, para proceder à adequação dos documentos
por meio dos equipamentos disponíveis na Central de Atendimento.

Fica V. Sª. ciente de que eventuais testemunhas serão ouvidas, se necessário, em audiência
de instrução a ser oportunamente designada.

Em 29 de julho de 2013.

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 29/07/2013 14:52:21 - 425580


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072914522197100000000421241
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 425580 - Pág. 1
Número do documento: 13072914522197100000000421241
Fls.: 94

RECIBO DE ENVIO DE SPE

RI984470323BR Banco do Brasil


RI984470337BR SAURA SILVA E RICOLDY

Assinado eletronicamente por: ANA LUCIA DA ROSA - 29/07/2013 15:02:27 - 425654


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13072915022739700000000421315
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 425654 - Pág. 1
Número do documento: 13072915022739700000000421315
Fls.: 95

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA DO


TRABALHO DE JOINVILLE/SC

Autos n.º 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., sociedade de economia mista, sob controle da União Federal, com sede no
Setor Bancário Sul, Quadra 04, Bloco C, Lote 32, Edifício Sede III, Brasília-DF, inscrito no CNPJ nº
00.000.000/0001-91, por seus advogados, instrumento de mandato incluso, com escritório na Rua David
Carneiro, 270, Curitiba - PR, CEP 80.530-070, onde recebem intimações e notificações, nos autos da
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em epígrafe, proposta por LUANA ROBERTA RABELO,
respeitosamente vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar DEFESA aos termos da presente ação,
pelos
fundamentos de fato e de direito a seguir.

Nestes termos,

Pede deferimento.

RICARDO JUSTUS BARRETO

OAB/PR 32862

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:19 - 558027


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13090916581910000000000553086
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558027 - Pág. 1
Número do documento: 13090916581910000000000553086
Fls.: 96

PJ 277174
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA DO
TRABALHO DE JOINVILLE/SC

Autos n.º 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., sociedade de economia


mista, sob controle da União Federal, com sede no Setor Bancário Sul,
Quadra 04, Bloco C, Lote 32, Edifício Sede III, Brasília-DF, inscrito no
CNPJ nº 00.000.000/0001-91, por seus advogados, instrumento de
mandato incluso, com escritório na Rua David Carneiro, 270, Curitiba - PR,
CEP 80.530-070, onde recebem intimações e notificações, nos autos da
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em epígrafe, proposta por LUANA
ROBERTA RABELO, respeitosamente vem, à presença de Vossa
Excelência, apresentar DEFESA aos termos da presente ação, pelos
fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos:

CARÊNCIA DE AÇÃO – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA


CONTESTANTE

Preliminarmente, há que se ressaltar que a


Segunda Reclamada, BANCO DO BRASIL S.A., é parte manifestamente
ilegítima para figurar no pólo passivo da presente demanda.

Destaca a Segunda Reclamada que o


Reclamante jamais foi sua empregada, sequer reconhece sua
prestação de serviço.

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435 1
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
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Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:19 - 558028


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13090916581936800000000553087
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558028 - Pág. 1
Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 97

Com efeito, o BANCO DO BRASIL S.A. celebrou


contrato de prestação de serviço com a Primeira Reclamada, cujo objeto
era prestação de serviços terceirizados.

A Primeira Reclamada era quem determinava,


neste período, segundo seus próprios interesses, qual ou quais, de seus
funcionários seriam designados para prestar os serviços contratados junto
ao BANCO DO BRASIL S.A., não existindo qualquer exigência deste
último, quanto às pessoas dos empregados daquela, que realizariam a
prestação de serviços.

Desse modo, afigura-se inexistente qualquer


pessoalidade na relação mantida entre o BANCO DO BRASIL S.A. e o
Reclamante.

Conclui-se, então, que a obreira jamais possuiu


laços de subordinação, pessoalidade ou onerosidade com a Segunda
Reclamada, fato este de seu pleno conhecimento, na medida em que, sua
relação de emprego foi com a Primeira Reclamada, sua empregadora,
que a contratou, assalariou e dirigiu sua prestação de serviços neste
período.

Assim, forçoso reconhecer que a Segunda


Reclamada, BANCO DO BRASIL S.A., na relação jurídica de direito
material trazida a Juízo, revela-se, por conseqüência, como parte ilegítima
para figurar na presente ação no período acima mencionado.

Pelo exposto, fica clara a ilegitimidade passiva do


BANCO DO BRASIL S.A., impondo-se a extinção do feito sem resolução
do mérito, nos termos do artigo 267, VI, do Código de Processo Civil, de
aplicação subsidiária ao processo do trabalho.

Tratando-se, a Primeira Reclamada, de empresa


prestadora de serviços especializados, foi ela contratada, pela Segunda

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435 2
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Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:19 - 558028


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13090916581936800000000553087
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558028 - Pág. 2
Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 98

Reclamada, através de processo licitatório e legal contrato, para que, sem


exclusividade e com pessoal próprio, exercesse os serviços solicitados,
com sua direção e controle, bem como com responsabilidade acerca dos
encargos trabalhistas e sociais advindos de seus empregados. Ou seja, a
remuneração, a pessoalidade e a subordinação, eram aspectos que
existiam apenas entre o Reclamante e a Primeira Reclamada, sem
interferência alguma da Segunda Reclamada.

Neste sentido é a doutrina do jurista AMAURI


MASCARO NASCIMENTO1, no sentido de que:

“ ...a subordinação jurídica é o elemento mais


relevante para caracterização da relação de emprego.
Denota-se a sujeição do trabalhador aos ditames do
empregador. Este, por conta da subordinação
daquele, detém o poder de direção, que é a faculdade
atribuída ao empregador de determinar o modo como
a atividade do empregado, em decorrência do
contrato de trabalho deve ser exercida,
manifestando-se mediante três formas: poder de
organização, poder de controle sobre o trabalho e
poder de disciplinar sobre o empregado”.

Verifica-se que não havia nenhuma subordinação


do Reclamante em relação à Segunda Reclamada, seja a qualquer tempo.

Ainda, as Reclamadas ajustaram cláusula


contratual eximindo totalmente a Segunda Reclamada de quaisquer
encargos trabalhistas, fiscais e sociais, no que tange aos empregados da
Primeira Reclamada.

1
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho 7ª ed. São Paulo:
Saraiva, XIX, 1989, p 339.

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435 3
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
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Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:19 - 558028


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13090916581936800000000553087
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558028 - Pág. 3
Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 99

CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA2, sobre o


tópico de trabalho temporário entende que:

“ O contrato de trabalho do trabalhador será


mantido não com a empresa tomadora de serviços,
mas sim com a empresa de trabalho temporário,
devendo ser também obrigatoriamente escrito, no
qual constarão expressamente todos os direitos
conferidos.
Assim, a responsável por todos os encargos
trabalhistas decorrentes desta situação é a empresa
de trabalho temporário.
...Também a responsabilidade pelo cumprimento da
jornada é da empregadora (empresa de trabalho
temporário), sendo ela a responsável perante a
Fiscalização do Trabalho, conforme assim informa
expressamente o Precedente Administrativo nº 48”.

Deste modo, não é possível compreender que uma


empresa responderia pelas obrigações da outra. Tampouco que a
Segunda Reclamada teria qualquer poder de fiscalização e administração
sobre os funcionários da empregadora – a Primeira Reclamada.

Além do mais, a Segunda Reclamada compõe a


Administração Pública, pelo que deve observar todo o estabelecido na Lei
Federal n.º 8.666/93. Assim, todos os atos praticados pela contestante
estão sempre de acordo com os ditames legais, burocracias e
procedimentos especiais exigidos por lei.

Deste modo, vale destacar o art. 71 da Lei Federal


nº. 8.666/93:

2
VIANA, Cláudia Salles Vilela / Manual Prático das Relações Trabalhistas / 7. Ed.
São Paulo : Ltr, 2005.

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435 4
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
www.pereiragionedis.com.br – pereiragionedis@pereiragionedis.com.br

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:19 - 558028


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13090916581936800000000553087
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558028 - Pág. 4
Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 100

“ Art. 71. O contratado é responsável pelos


encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 1º A inadimplência do contratado, com
referência aos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais não transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá
onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o registro de imóveis.
§ 2º A Administração Pública responde
solidariamente com o contratado pelos encargos
previdenciários resultantes da execução do contrato,
nos termos do art. 31 da Lei n.8.212, de 24 de julho
de 1991.” – grifo nosso

Com fundamento no artigo acima mencionado, não


é possível manter a Segunda Reclamada no pólo passivo da demanda
com o objetivo de futuramente condená-la ao pagamento de verbas
trabalhistas, afinal, não tem responsabilidade alguma em relação ao
contrato de emprego firmado entre o Reclamante e a Primeira Reclamada.

Oportuno trazer à baila, neste momento, a


definição de empregador dada pelo caput do artigo 2º da CLT:

“ Art. 2º Considera-se empregador a empresa,


individual ou coletiva que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviços”.

Nota-se que a lei define empregador não como a


pessoa física ou jurídica, mas como a empresa que assume os riscos da
atividade econômica.

No que tange a admissão, vale destacar que este é


um ato exclusivo do empregador, pois efetuará a seleção dos candidatos à

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435 5
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
www.pereiragionedis.com.br – pereiragionedis@pereiragionedis.com.br

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:19 - 558028


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13090916581936800000000553087
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558028 - Pág. 5
Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 101

vaga oferecida e finalizará a contratação assumindo, a partir deste


momento, todas as obrigações contratuais contraídas pelo
empregador/contratante.

A CLT ao definir empregado, diz sê-lo toda pessoa


que presta serviço a empregador e sob a dependência deste. A expressão
dependência, por si só muito vaga, deve ser entendida em sua acepção
jurídica, ou seja, subordinação (considerado o mais importante dos
elementos do contrato de trabalho).

Somente a pessoa jurídica para quem o


demandante pactuou e prestou serviços mediante subordinação,
pessoalidade ou onerosidade, possui personalidade jurídica e capacidade
para estar em Juízo, sendo a única legitimada a figurar no pólo passivo do
processo cognitivo.

Sendo empregador aquele que contrata, remunera


e dirige a prestação de serviço dos empregados, então não há o que se
discutir a subsidiariedade com a Segunda Reclamada, tendo em vista que
este se deu exclusivamente entre o Reclamante e a Primeira Reclamada.

Neste sentido, o entendimento do Tribunal


Regional do Trabalho da 9ª Região, in verbis:

“ TRT-PR-13-05-2008 TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA.


ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADE
PREPONDERANTE DA PRESTADORA DE SERVIÇOS.
Restou incontroverso nos autos que o Autor foi
contratado pelo 1º Réu para prestar serviços de
vigilância em prol da 2ª Ré, constituindo em
terceirização lícita, nos moldes preconizados pelo
item III da Súmula 331 do C. TST, por se tratar de
serviços especializados ligados à atividade-meio do
tomador, devendo o enquadramento sindical ter em
conta a atividade preponderante da sua real

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empregadora, a empresa prestadora de serviços (art.


511, CLT).” (TRT-PR-00555-2007-242-09-00-5-ACO-
15494-2008 - 4A. TURMA. Relator: LUIZ CELSO NAPP.
Publicado no DJPR em 13-05-2008)

Outros Tribunais Regionais do Trabalho seguem o


mesmo entendimento:

“ TERCEIRIZAÇÃO. AUTARQUIA.
INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA. Considerando-se que a administração
pública fulcra-se no princípio da legalidade, o não
pagamento das obrigações trabalhistas, por empresa
fornecedora de mão-de-obra, não implica na
responsabilidade subsidiária do tomador de serviço,
quando este é entidade pública, por força do que
dispõe a Lei 8.666/93, em ser art. 71, parágrafo 1º, e
art. 37, inciso XXI, da atual Carta Política. Recursos
providos.” (TRIBUNAL: 13ª Região. ACÓRDÃO NUM:
054512. TIPO: REOR NUM: 1127. ANO: 1999) – grifo
nosso

Melhor esclarecendo, eis manifestação doutrinária:

“ A terceirização é o ato pelo qual a empresa


produtora, mediante contrato, entrega à outra
empresa certa tarefa (atividades ou serviços não
incluídos nos seus fins sociais) para que esta a
realize habitualmente com empregados desta;
transporte, limpeza e restaurante são exemplos
típicos”. (VALENTIM CARRION, in “Comentários à
Consolidação do Trabalho”, p.294, 1996).

Assim, improcede os pleitos da inicial requerendo a


subsidiariedade com a Segunda Reclamada, quanto ao contrato laboral
estabelecido com a Primeira Reclamada, posto que o Reclamante foi

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unicamente empregada desta com a qual a Segunda Reclamada mantinha


apenas contrato de prestação de serviços.

Pelo exposto, requer a exclusão da Segunda


Reclamada BANCO DO BRASIL S.A. da lide, nos precisos termos do
disposto nos artigos 267 e 301, incisos II e X do Código de Processo Civil,
julgando o Reclamante carecedora do direito de ação em relação àquela.

DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO DE CONDENAÇÃO


SUBSIDIÁRIA

O pedido de condenação subsidiária em face da


Segunda Reclamada deve ser extinto sem apreciação do mérito, ante a
inexistência de grupo econômico entre as Reclamadas, bem como a
inexistência de responsabilidade subsidiária da Segunda Reclamada.

Alega o Reclamante que foi contratada pela


Primeira Reclamada e que teria prestado serviço para Segunda
Reclamada.

Tendo em vista que a solidariedade e a


subsidiariedade, como previsto em lei, artigo 896 do Código Civil de 1916 e
artigo 265 do Código Civil de 2002, não podem ser presumidas, mas
devem resultar de lei ou da vontade das partes, e estas situações não
estão presentes na relação jurídica entre as Reclamadas, resta
caracterizada a impossibilidade do pedido em relação à Segunda
Reclamada.

Assim, a possibilidade jurídica do pedido, condição


da ação, ou seja, a admissibilidade da pretensão, verificada através da
previsão ou ausência de vedação do que se postula na causa, não se
encontra presente. Isto porquanto a lei estabelece a necessidade de
previsão legal que autorize a solidariedade e a subsidiariedade, o que,
efetivamente, não há no ordenamento jurídico vigente, razão pela qual a

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norma prevista no artigo 265 do Código Civil de 2002 constitui verdadeira


vedação legal à pretensão do Reclamante.

Nota-se que a lei 8.666/93, em seu artigo 71, trás


expressamente a responsabilidade da empresa contratada, sendo que os
encargos não poderão ser transferidos a administração pública, in verbis:

“ Art. 71. O contratado é responsável pelos


encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 1º A inadimplência do contratado, com
referência aos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais não transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá
onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis”

No processo do trabalho, a solidariedade e a


subsidiariedade só ocorrem no caso de grupo econômico, por expressa
disposição do artigo 2º, § 2º, da CLT, que não é o caso dos autos.

Também, in casu, não houve, e nem poderia


existir, intenção das partes em estabelecer solidariedade e/ou
subsidiariedade, o que deita por terra a pretensão do Reclamante em ver a
Segunda Reclamada condenada subsidiariamente nas parcelas
postuladas. Inexiste lei ou prova da vontade das partes e, assim, o pedido
de condenação subsidiária é juridicamente impossível, por faltar-lhes o
requisito principal.

Acerca da matéria, nos acórdãos do Egrégio


Tribunal do Trabalho do Paraná, assim foi decidido:

" SOLIDARIEDADE - PRESUNÇÃO -


IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO – Por força
da regra insculpida no art. 896, caput, do Código
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Civil, "A solidariedade não se presume, resulta da lei


ou da vontade das partes" (sublinhei). Inexistindo
norma legal estabelecendo a solidariedade
pretendida e não havendo prova de que tenha sido
instituída em virtude de manifestação volitiva dos
litigantes, declara-se a impossibilidade jurídica do
pedido de solidariedade". (TRT-PR-RO 6.032/94 - Ac.
1ª T – 7496/95, Rel. Juiz Manoel Antônio Teixeira Filho,
DJ/PR 31.03.95).

“ SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA DE
CONTROLE. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 2º,
PARÁGRAFO 2º, DA CLT. Impossível a aplicação do
§ 2º do art. 2º da CLT quando não se vislumbra
qualquer controle, direção ou administração na
relação havida entre os reclamados. O fato do Estado
ser o principal, mas não o único, mantenedor do
empregador não implica reconhecimento de controle
daquele sobre este”. (TRT-PR-RO 3.131-95 - Ac.4ª T
25.597-95 - Rel.Juiz Tobias de Macedo Filho - TRT 13-
10-1995).

Eis o entendimento do Tribunal Regional do


Trabalho de Santa Catarina:

“ GRUPO ECONÔMICO. SOLIDARIEDADE. A


solidariedade não se presume, mas resulta da lei ou
da vontade das partes. Mero vínculo familiar entre os
acionistas das empresas não pode atuar como
fundamento para a declaração de grupo econômico,
pois necessária a verificação de uma relação entre as
empresas, na qual uma exerça influência dominante
sobre a outra.” (Acórdão 10422/205- Juíza Sandra
Márcia Wambier - Publicado no DJ/SC em 26-08-2005)

A CLT, em seu art. 2º, § 2º, conceitua o grupo


econômico da seguinte forma:

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“ Sempre que uma ou mais empresas, tendo,


embora, cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de
emprego, solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas”.

A característica principal do grupo econômico é a


subordinação de várias empresas a um mesmo controle e administração.
Cada uma delas tem personalidade jurídica própria, independência
financeira e técnica. Uma não participa do controle técnico ou financeiro da
outra e vice-versa. Uma não tem o menor poder de gestão nas atividades
da outra e vice-versa. Além das atividades serem completamente distintas,
sendo que a Primeira Reclamada é empresa que terceiriza mão de obra
especializada e a Segunda Reclamada trata-se de empresa do ramo
bancário, não existindo nenhuma forma de coligação que possa justificar a
solidariedade e/ou subsidiariedade.

Nesse sentido:

“ SOLIDARIEDADE - CONCEITUAÇÃO. O
Condomínio Acionário dos Diários Associados não
revela o protótipo do grupo econômico, pois, na
hipótese, não há o domínio de uma empresa sobre as
demais, inexistindo, igualmente, a comunhão de
empresas. A solidariedade empresarial não resulta
da mera detenção de parte do capital de algumas
empresas, devendo haver, para tanto, a congregação
destas empresas sob uma mesma direção, controle
ou administração da empresa principal (holding ou
matriz). Revista das reclamadas conhecidas e
providas”. (TST-RR 5.413/90.7, Ac. 2ª T. – 2.479/91 -
Rel. Min. Francisco Leocádio, DJU de 08.11.91, pág.

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16.052, in “Julgados Trabalhistas Selecionados”, Irani


Ferrari, Ed. LTr, 1992, pág. 294).

O mesmo se diz quanto à postulação do


Reclamante, para que a ora Contestante venha a responder
subsidiariamente aos termos da presente ação, com base no preceituado
pela Súmula nº 331, IV, do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Neste sentido:

“ SOLIDARIEDADE. PRESUNÇÃO. Em matéria


de obrigações, tanto a solidariedade como a
subsidiariedade só podem ser acolhidas se previstas
na lei ou no contrato, o que implica em dizer, que não
podem ser admitidas por presunção ou pela
jurisprudência.” (TRT 10ª Região, Decisão: 12/08/1996,
Processo: RO n°:0003658 ANO: 95 Turma: 03, Juiz:
Oswaldo Florencio Neme, Fonte: DJU Data: 11/10/96)

Insta salientar o que preceitua o inciso III, do


Enunciado 331 do C. TST, que:

“ Não forma vínculo de emprego com o


tomador a contratação de serviços de vigilância (L.
7.102, 20.6.83), de conservação e limpeza, bem como
a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistentes a
pessoalidade e a subordinação direta.” – grifo nosso

Por todo o exposto, ante a inexistência de grupo


econômico, e ausência de lei ou contrato entre as empresas Reclamadas
em que haja previsão de solidariedade e subsidiariedade, requer-se a
extinção do feito em relação ao BANCO DO BRASIL S.A., uma vez que
não há a possibilidade de a empresa vir a ser responsabilizada por
eventuais débitos.

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Desta feita, verifica-se que não existe fundamento


para o pedido de responsabilidade subsidiária entre o BANCO DO
BRASIL S.A. e a Primeira Reclamada.

Neste sentido, têm decidido os Tribunais:

“ RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
INEXISTÊNCIA. Havendo contrato de natureza civil
entre as empresas, e se os serviços prestados pela
empresa contratada não se incluem entre aqueles
essenciais ao objeto social da empresa contratante,
não há como caracterizar o contrato firmado entre as
duas empresas como uma fraude aos direitos
laborais”. (TRT 2ª R. Ac. 20000381165. 4ª T. Data do
Edital de Acórdão: 04/08/2000. Relatora: Sônia Maria
Prince Franzini)

Por fim, cumpre frisar que a Primeira Reclamada é


a única responsável pelas reclamações trabalhistas que decorram das
relações de trabalho pertinentes aos seus empregados.

Assim sendo, restando evidente que não há que se


cogitar em responsabilidade solidária e/ou subsidiária, requer seja julgado
improcedente o pleito.

DA INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 331 DO TST EM VIRTUDE DE


SUA ILEGALIDADE/INCONSTITUCIONALIDADE E SUA NOVA
REDAÇÃO

Necessário se faz argumentar sobre a ilegalidade


e inconstitucionalidade da Súmula 331 do TST:

“ TST Enunciado nº 331 - Revisão da Súmula nº


256 - Res. 23/1993, DJ 21, 28.12.1993 e 04.01.1994 -
Alterada (Inciso IV) - Res. 96/2000, DJ 18, 19 e
20.09.2000 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
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21.11.2003. Contrato de Prestação de Serviços -


Legalidade
I - A contratação de trabalhadores por empresa
interposta é ilegal, formando-se o vínculo
diretamente com o tomador dos serviços, salvo no
caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de
03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador,
mediante empresa interposta, não gera vínculo de
emprego com os órgãos da administração pública
direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
(Revisão do Enunciado nº 256 - TST)
III - Não forma vínculo de emprego com o
tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei
nº 7.102, de 20-06-1983), de conservação e limpeza,
bem como a de serviços especializados ligados à
atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.
IV- O inadimplemento das obrigações
trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços
quanto àquelas obrigações, desde que haja
participado da relação processual e conste também
do título executivo judicial.
V- Os entes integrantes da administração
pública direta e indireta respondem
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
caso evidenciada a sua conduta culposa no
cumprimento das obrigações da Lei nº 8.666/93,
especialmente na fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador
de serviços abrange todas as verbas decorrentes da

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Fls.: 110

condenação referentes ao período da prestação


laboral

Embora a referida Súmula ainda afronte o artigo


71 da Lei 8666/93 no que tange a responsabilidade subsidiária, sua
nova redação deixa indene de dúvida que o mero inadimplemento da
empregadora não gera a responsabilização do ente da administração
pública, bem como que para responsabilização do ente público deve ficar
comprovada sua conduta culposa na fiscalização da execução do
contrato.

Imperioso destacar que o inciso IV da Súmula 331 é


claramente ilegal, e conseqüentemente inconstitucional, posto que afronta
o §1º do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, que se encontra vigente e regula os
contratos da Administração Pública direta e indireta, bem como afronta o
Princípio Constitucional da Reserva Legal.

O Tribunal Superior do Trabalho jamais poderia


aplicar seu verbete sumular 331, inciso V, sem a declaração de
inconstitucionalidade do §1º do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, observando a
cláusula da reserva de plenário (Súmula Vinculante nº 10 do STF).

Tem-se que o inciso V do enunciado sumular nº. 331


do TST é flagrantemente oposto ao artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, conforme
já demonstrado.

Somente por meio da declaração de


inconstitucionalidade do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, observado o artigo
97 da Constituição da República e a Súmula Vinculante nº. 10 do
Supremo Tribunal Federal, poderia o Tribunal Superior do Trabalho
reconhecer a responsabilidade subsidiaria do BANCO DO BRASIL S.A.
por débitos trabalhistas oriundos de empregados de empresas interpostas.

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Fls.: 111

Eis o texto da Súmula Vinculante nº. 10 do STF, in


verbis:

“ Viola a cláusula de reserva de plenário (CF,


artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal
que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder
público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”.

Desta forma, constata-se que o Tribunal Superior do


Trabalho criou para o ente da Administração Pública indireta uma
responsabilidade subsidiária não prevista em lei.

A interpretação dada pela referida Súmula 331


afronta expressamente o disposto do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, sob o
pretexto de violação, entre outros, ao artigo 37, §6º, da Carta Magna, o que
corresponde, efetivamente, à declaração (velada) de sua
inconstitucionalidade, sem a observância da cláusula de reserva de
plenário – violação ao artigo 97 da CF/88.

Verifica-se também a inconstitucionalidade da


mencionada Súmula, eis que afasta o disposto do artigo 71 da Lei nº.
8.666/93 (declaração velada de sua inconstitucionalidade), ferindo,
portanto, os artigos 5º, inciso II, 48 c/c 22, XXVII e 97, da CF, pois não
respeita a regra de reserva de plenário para declarar a
inconstitucionalidade da sua norma.

Conforme comprovado, o inciso V da Súmula 331


do TST, além de contrariar o contido nos demais itens do próprio verbete,
afronta o inciso II do artigo 5º, o inciso I do artigo 22, bem como o artigo
48, todos da Constituição Federal, invadindo seara própria do Congresso
Nacional, usurpando a função legislativa.

Configura-se, por conseguinte, desvio de finalidade


do verbete sumular, passando a inserir-se a atividade judicante de
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Fls.: 112

uniformização de jurisprudência na área própria do Legislativo, criando


obrigações não previstas em lei, afrontando, veementemente o Princípio
da Reserva Legal, insculpido no Texto Constitucional, artigo 5º, inciso II.

O Princípio acima citado juntamente com o artigo


170, §Único da Constituição Federal, assegura a livre atividade
econômica, levando a conclusão da inexistência de imposição legal ao
desempenho da atividade em apreço, sendo certo que qualquer ato do
Judiciário que venha dispor em contrário implicará em extrapolação de sua
competência constitucional.

Como se verifica, o Enunciado 331 conflita com


norma constante do inciso I do artigo 22, artigo 48 e do §Único do artigo
170, todos da Constituição Federal, os quais determinam a Competência
Privativa da União Federal para legislar sobre direito do trabalho, e
também a competência do Congresso Nacional para dispor sobre todas as
matérias de competência privativa da União Federal.

Outro aspecto, em questão, é que o legislador


federal no âmbito da competência prevista nos artigos 22, XXVII e 37, XXI,
da Constituição Federal, definiu claramente na Lei de Licitações que as
sociedades de economia mista não são responsáveis pelos débitos
trabalhistas das empresas contratadas, fazendo uma série de previsões e
requisitos a serem atendidos pelo interessado em contratar com estas
sociedades.

O BANCO DO BRASIL S.A., sociedade de


economia mista, portanto, não escolhe com quem contratar, já que o
administrador não detém a discricionariedade para escolher outrem
que não o vencedor do certame.

Tanto a Constituição Federal, na forma do seu


artigo 37, XXI, quanto a Lei nº. 8.666/93 estabelecem quais são os
requisitos necessários para se contratar com o ente público, os quais, uma

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Fls.: 113

vez atendidos, conferem à empresa vencedora da licitação o direito à


adjudicação do objeto do contrato, caso a Administração proceda,
efetivamente, a contratação.

Na prática, isso significa dizer que o BANCO DO


BRASIL S.A., toma todos os cuidados no momento da habilitação dos
interessados que com ele pretende contratar, bem como no momento da
contratação.

Logo, não há que se falar em culpa, seja in


eligendo ou in vigilando, por parte da Administração Pública, para justificar
a edição de uma Súmula contrária às previsões legais.

Oportuno destacar alguns trechos do voto da douta


Juíza Relatora Márcia Mazoni Curcio Ribeiro, do Tribunal Regional do
Trabalho da 10ª Região – Distrito Federal, no julgamento do Recurso
Ordinário nº. 01962/2002, em 08/11/2002:

“ ...A decisão recorrida declarou a ilegitimidade


do reclamado BANCO DO BRASIL S/A, julgando,
quanto a ele, extinto o processo sem julgamento do
mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC.
Fundamentou sua decisão no disposto no art. 71 da
Lei nº 8.666/93. A reclamante recorre ordinariamente,
buscando a condenação subsidiária do BANCO DO
BRASIL S/A, fulcrando seu pleito no inciso IV do En.
331 do TST. ...No meu entendimento, não assiste
razão à recorrente, pela flagrante contradição entre
os termos do En. 331/TST, parte final, e o teor do art.
71 da Lei nº 8.666/93. Com efeito, o Enunciado nº 331
da Súmula do C. TST, em sua nova redação
(Resolução nº 96/2000 do TST), prevê a
responsabilidade subsidiária do tomador de
serviços, inclusive em se tratando de sociedade de
economia mista, como no caso da recorrente, ante o

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Fls.: 114

inadimplemento das obrigações trabalhistas pelo


empregador...”

Mais contundente foi o voto do Excelentíssimo Juíz


Pedro Foltran, então integrante da 3ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 10ª Região – Distrito Federal, no julgamento do Recurso
Ordinário nº. 2560/2001, destacando-se seu entendimento quanto à
aplicabilidade do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93:

“ ...Referido dispositivo legal tem aplicação no


caso em tela, já que a recorrente é um ente do
Governo do Distrito Federal, isto é, um ente do
próprio Estado, cujas normas de licitação e
contratação são editadas privativamente pela União,
ex vi do artigo 22 da Carta Magna. Aliás, a própria
Constituição Federal exige, em seu artigo 175, a
licitação para que a Administração Pública possa
transferir a execução de qualquer serviço público. As
finalidades da licitação são evidentes: obter proposta
mais vantajosa em louvor ao erário e propiciar igual
oportunidade aos que desejam contratar. E para
alcançar seu objetivo, o processo licitatório deve
observar inúmeros critérios, todos em harmonia para
assegurar a defesa do patrimônio público. A própria
Lei n.º 8.666/93 prevê objetivamente os critérios que
devem ser observados pelo administrador na parte
que trata da gestão do contrato que firma com o
particular. Alongar tais critérios é o mesmo que
desrespeitar a lei, criando elementos para que a
Administração possa vir a ser responsabilizada pelo
inadimplemento das obrigações trabalhistas, fiscais
e comerciais assumidas contratualmente pela
empresa prestadora do serviço. Interpretação diversa
ensejaria uma curiosa situação: se o administrador
público contrata por meio de processo licitatório,
com observância dos rigores da lei, passa a
responder subsidiariamente por todas as obrigações

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Fls.: 115

trabalhistas não cumpridas pela empresa contratada.


Se, ao revés, burla a Constituição e contrata
diretamente o trabalhador, sem concurso público,
obtém a declaração de nulidade do contrato em Juízo
e nada paga a título de indenização. Vejo, pois,
flagrante contradição entre a parte final do
Enunciado 331 do C. TST e o que dispõe o art. 71 da
Lei n.º 8.666/93, de tal forma que, estando em vigor o
dispositivo legal, voto pelo provimento do recurso
ordinário, por deixar de reconhecer a
responsabilidade subsidiária da segunda reclamada,
que deverá ser excluída da lide, extinguindo-se a
reclamatória, no particular, sem julgamento de
mérito”. – grifo nosso

Ademais, vale destacar o recente julgado da Ação


Declaratória de Constitucionalidade n.º 16 do Supremo Tribunal Federal,
que declarou a constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/93:

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Fls.: 116

Tal entendimento, já resultou na manifestação do


entendimento pela não responsabilização do ente público por direitos
trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços
terceirizados:

Tal posicionamento já vem sendo adotado pelas


Varas do Trabalho do Estado do Paraná, conforme sentença prolatada

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Fls.: 117

pelo douto juiz da 10ª vara do trabalho, nos autos de reclamatória


trabalhista autuada sob o nº 32189-2009-010-009-00-4, como segue:

“ Quanto à terceira reclamada, por votação


majoritária, o Plenário do Supremo Tribunal Federal,
em sessão realizada no dia 24 de novembro de 2010,
com publicação no DJE e no DOU do dia 06/12/2010,
deferiu pedido na Ação Declaratória de
Constitucionalidade - ADC nº 16, declarando
constitucional o artigo 71, parágrafo 1º, da Lei
8.666/93 (Lei das Licitações).
Após o referido julgamento o Supremo Tribunal
Federal, vem sistematicamente cassando decisões
do TST baseadas no inciso IV da Súmula 331, nas
reclamações ajuizadas naquela Corte Suprema.
Antes dessas decisões do STF, a jurisprudência era
pacífica no sentido de que o tomador dos serviços
responde subsidiariamente pelos débitos
trabalhistas do serviço prestado, ainda que se trate
da administração pública direta ou indireta, e ainda
que a contratação tenha ocorrido por licitação
pública, nos moldes da Lei 8.666/1993 (Súmula 331
do TST).
Contudo, diante da declaração da
o
constitucionalidade do § 1 do artigo 71, da Lei
8.666/1993 (Lei das Licitações), não há como admitir
que o ente público deva responder, ainda que
subsidiariamente, pelo inadimplemento das
obrigações trabalhistas por parte do empregador.
Com efeito, tal dispositivo legal dispõe
expressamente nesse sentido:
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência
aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a responsabilidade

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por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do


contrato ou restringir a regularização e o uso das
obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis
Portanto, revendo entendimento anterior, na esteira
do E. STF, rejeito o pedido de responsabilização do
terceiro réu pelas verbas ora deferidas.”

É de grande valia citar o recentíssimo julgamento


proferido pelo Colendo Tribunal Superior do Trabalho que exclui a ora
Reclamada do pólo passivo da demanda, sob o fundamento de afronta
ao artigo 71, §1ª da lei 8.666/93, destaca-se:

“ (...) Nas razões de Revista, o segundo


Reclamado sustentou que não se pode presumir a
subsidiariedade, que resulta de lei ou da vontade das
partes. Ressaltou que não há previsão legal que lhe
imponha a responsabilidade subsidiária por verbas
não adimplidas pela empresa contratada.
Argumentou ainda que somente por declaração da
inconstitucionalidade do artigo 71, § 1.º, da Lei
8.666/93, observado o artigo 97 da Lei Magna poderia
esta Corte superior atribuir-lhe responsabilidade
subsidiária. Apontou violação dos artigos 5.º, II, 22, I
e XXVII, 37, XXI e § 6.º, 48, 97 e 170, parágrafo único,
da Constituição Federal, 2.º, § 2.º, da CLT e 71, § 1.º,
da Lei 8.666/93. Juntou arestos para o confronto de
teses. No presente Apelo, a segunda Reclamada
renova as razões lançadas na Revista. Ao exame. A
atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
público não se contrapõe aos termos do art. 71 da
Lei n.º 8.666/93, devendo ser considerada a
existência de culpa in vigilando, sendo certo que o
reconhecimento da referida responsabilidade termina
por afastar qualquer possibilidade de violação dos
termos do caput do referido artigo. Esse, aliás, foi o
entendimento esposado pelo Supremo Tribunal

23
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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 119

Federal que, em recente decisão na ADC n.º 16, de


24/11/2010, ao declarar a constitucionalidade do art.
71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, asseverou que a
constatação da culpa in vigilando, isto é, da omissão
culposa da Administração Pública em relação à
fiscalização quanto ao cumprimento dos encargos
sociais por empresas contratadas, gera a
responsabilidade do ente público. Há que se
considerar, entretanto, que a decisão do Regional
acerca da responsabilidade subsidiária não se
encontra em consonância com os termos da Súmula
n.º 331 do col. TST, que recebeu nova redação
quanto às questões relativas à responsabilidade
subsidiária, nos seguintes termos: -SÚMULA N.º 331.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
LEGALIDADE.
...........................................................................................
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas,
por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador de serviços, quanto àquelas
obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
administração direta, das autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas e das sociedades
de economia mista, desde que hajam participado da
relação processual e constem também do título
executivo judicial.
V - Os entes integrantes da administração pública
direta e indireta respondem subsidiariamente, nas
mesmas condições do item IV, caso evidenciada a
sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações
contratuais e legais da prestadora de serviço como
empregadora. A aludida responsabilidade não
decorre de mero inadimplemento das obrigações
trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
contratada.

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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 120

VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de


serviços abrange todas as verbas decorrentes da
condenação, referentes ao período da prestação
laboral.- Registre-se que o acréscimo do item V da
referida Súmula veio a confirmar o entendimento do
Supremo Tribunal Federal, que, como já referido
anteriormente, ao declarar a constitucionalidade do
artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, ressaltou a necessidade
de a Administração Pública efetivamente fiscalizar o
cumprimento das obrigações legais e contratuais por
parte da prestadora de serviços, devendo ser
considerada a existência de culpa in vigilando nos
casos em que se trata da responsabilidade
subsidiária de órgãos integrantes da Administração
Pública. Assim, não tendo o Regional identificado
expressamente que o Agravante foi omisso quanto
ao seu dever de fiscalizar o cumprimento do contrato
por parte da prestadora de serviços, incorrendo em
culpa in vigilando, não há de se falar em
responsabilidade subsidiária, sendo certo que o
reconhecimento de tal responsabilidade afronta o
disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93.
Portanto, razão assiste à Agravante, pois a decisão
proferida pelo Regional afronta o disposto no art. 71,
§ 1.º, da Lei n.º 8.666/93. Logo, dou provimento ao
Agravo de Instrumento para determinar o
processamento do Recurso de Revista. Conforme
previsão do art. 897, § 7.º, da CLT e da Resolução
Administrativa do TST n.º 928/2003, em seu art. 3.º, §
2.º, e dos arts. 236, caput, § 2.º e 237, caput, do
RITST, proceder-se-á, de imediato, à análise do
Recurso de Revista na primeira sessão ordinária
subsequente.
RECURSO DE REVISTA
I - ADMISSIBILIDADE
Presentes os pressupostos legais de admissibilidade
recursal, fica autorizada a incursão quanto aos
pressupostos específicos da Revista.
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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 121

II – CONHECIMENTO
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA
INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - NÃO
CONFIGURAÇÃO NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO
DO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO
Reportando-me às razões de decidir do Agravo de
Instrumento, conheço do Recurso de Revista por
afronta ao disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º
8.666/93.
III - MÉRITO
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA
INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - NÃO
CONFIGURAÇÃO - NECESSIDADE DE
FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS - CULPA IN
VIGILANDO
Conhecido o Apelo por violação do art. 71, § 1.º, da
Lei n.º 8.666/93, dou provimento ao Recurso de
Revista, como acima exposto, para excluir o Banco
do Brasil S.A. do polo passivo da demanda, ficando
prejudicada a análise dos demais temas ventilados
no Recurso de Revista.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Quarta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do
Agravo de Instrumento e, no mérito, dar-lhe
provimento para determinar o processamento do
Recurso de Revista. Conhecer do Recurso de Revista
por violação do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93 e, no
mérito, dar-lhe provimento a fim de excluir o Banco
do Brasil S.A., segundo Reclamado, do polo passivo
da demanda, ficando prejudicada a análise dos
demais temas ventilados no Recurso de Revista.
Brasília, 17 de agosto de 2011.
Maria de Assis Calsing - Ministra Relatora” (TST -
RR355900-63.2009.5.09.0660 – 4ª Turma – Ministra

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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 122

Relatora: Maria de Assis Calsing – Publicado em:


26/08/2011).

Ressalte-se que a inclusão do inciso V na Súmula


331 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho ressalvou a necessidade de
restar cabalmente comprovada a ausência de fiscalização e vigilância das
obrigações legais e contratuais para justificar a responsabilização do ente
público.

Nota-se, portanto, que o mero inadimplemento pela


empresa contratada não autoriza a responsabilização imediata da
Administração Pública, sendo imprescindível a comprovação de ausência
de fiscalização no cumprimento do contrato.

Diante do acima demonstrado, requer a Vossa


Excelência seja proferido julgado já considerando o entendimento exarado
pelo Supremo Tribunal Federal, visto a constitucionalidade do art. 71 da
Lei Federal n.º 8.666/93 e a não responsabilização direta do ente público
quanto aos direitos dos trabalhadores terceirizados, sendo necessária a
apreciação da culpa deste agente.

DA IMPOSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIA

A contratação de mão de obra terceirizada para o


exercício de atividade meio encontra-se amparada na legislação vigente, o
que ocorreu no presente caso, sendo completamente descabida a
alegação de enquadramento como bancário, posto que a Reclamante não
exercia atividades tipicamente bancárias.
No caso em tela embora alegue, a Reclamante não
comprova que a prestação de serviços se dava exclusivamente ao Banco
do Brasil, o que desde já se nega.

Há que se reconhecer que as atividades


desenvolvidas por um conferente sequer podem ser assemelhadas às

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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 123

atividades desenvolvidas pelo bancário, porquanto não se compara a


complexidade das funções de cada um.

Ante as razões anteriormente expendidas, impera a


improcedência do pedido de enquadramento como bancária e,
consequentemente, todos os pedidos correlatos da peça exordial.

Por não ser a Segunda Reclamada a empregadora


da Reclamante, reporta-se a defesa das Primeira Reclamada no que for
compatível.

DO REQUERIMENTO PRELIMINAR

Diante do exposto, requer preliminarmente, a


extinção do feito sem o julgamento do mérito face à ora Contestante, bem
como sua exclusão do pólo passivo da demanda.

DO MÉRITO

Pelo princípio da eventualidade, caso sejam


superadas as preliminares arguidas, o que se admite apenas a título de
argumentação, a ora Contestante passa a apresentar a sua defesa de
mérito com relação ao contrato de trabalho da Primeira Reclamada com a
Reclamante, sendo a Segunda Reclamada mera contratante de serviço da
Primeira, a qual sempre foi a empregadora da Reclamante.

A Segunda Reclamada nega a prestação de


serviços pela Reclamante em suas dependências.

O que se pode afirmar, desde logo, é que o


BANCO DO BRASIL S/A sempre honrou com os compromissos
contratuais que assumiu perante a Primeira Reclamada (contrato de
prestação de serviço terceirizado de natureza cível), incluindo-se os
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Fls.: 124

pagamentos das verbas que deveriam ser destinadas aos salários e


encargos trabalhistas do pessoal desta, sempre de forma pontual e
correta, não cabendo agora sua responsabilização, sob pena de configurar
um “duplo pagamento”, logo indevido e ilegal.

Especifica-se, que com relação às demais


pretensões da Reclamante referentes ao contrato de trabalho, o BANCO
DO BRASIL S.A., reporta-se, no que for compatível, às razões
apresentadas pela Primeira Reclamada.

DA JORNADA DE TRABALHO E HORAS EXTRAS

A Reclamante alega laborou de segunda a


sexta-feira, a jornada de 08h00min diária, com uma hora de
intervalo, pelo que pretende às horas excedentes às 6ª diária e 30ª
semanal, bem como o acréscimo de 50% sobre o valor da hora
normal e divisor de 180.

No que tange ao pleito de horas extras, a


Segunda Reclamada não tem como contestar as alegação, pois não
possui qualquer documentação referente a Reclamante, visto que
não foi sua empregadora.

Impugna também o pedido de horas extras


excedentes a 6ª diária e 30ª semanal, com base no artigo 224 da
CLT, posto que a Reclamante não foi bancário e sequer exerceu
atividades desta função, tendo sido empregada da Primeira
Reclamada não fazendo jus a jornada reduzida estabelecida no
referido artigo.

Por se tratar de fato constitutivo do seu direito,


cabe à Reclamante o ônus probatório, conforme previsão contida
nos arts. 818, da CLT e 333, I, do CPC, bem como as diferenças que
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Fls.: 125

entende devidas, diversas daquelas pagas nos recibos de


pagamento.
Pela improcedência do pedido.

DO FGTS, AUXÍLIO REFEIÇÃO E AUXÍLIO CESTA ALIMENTAÇÃO

A Reclamante pretende o pagamento do FGTS


acrescida da multa rescisória e o pagamento correspondente ao auxílio
refeição e auxílio cesta alimentação.

Tal pedido não pode ser considerado procedente


em relação à Segunda Reclamada, pois o BANCO DO BRASIL S.A. foi
mero contratante dos serviços prestados pela Primeira Reclamada.

Entretanto, o pedido da Reclamante não merece


prosperar, pois a Segunda Reclamada não pode ser responsabilizada por
contrato de trabalho onde sequer é parte. Destacando que, conforme dito
acima em sede de preliminar, o BANCO DO BRASIL S.A. é parte ilegítima
para figurar no pólo passivo da presente demanda, visto ser integrante da
Administração Pública, mera tomadora dos serviços prestados pela
Primeira Reclamada e estar amparada pelo art. 71 da Lei Federal
8.666/93.

Improcede o pedido.

DEDUÇÕES FISCAIS, PREVIDENCIÁRIAS, INCIDÊNCIA DA


CORREÇÃO MONETÁRIA, COMPENSAÇÃO E ABATIMENTO

Na remota e improvável hipótese de alguma verba


vir a ser deferida à Reclamante, o que se admite apenas para argumentar,
requer-se a dedução dos valores correspondentes aos recolhimentos
fiscais e previdenciários, conforme Orientações Jurisprudenciais da Seção
de Dissídios Individuais do Colendo Tribunal Superior do Trabalho de nºs

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Fls.: 126

32 (Descontos legais. Sentenças trabalhistas. Contribuição previdenciária


e imposto de renda. Devidos. Provimento CGJT 3/84. Lei 8.212/91) e 141
(Descontos previdenciários e fiscais - Competência da Justiça do Trabalho)
e 228 (Descontos Legais – Art. 46 da Lei 8.541/92).

Nesse contexto, observe-se que o recolhimento do


imposto de renda é preceito de ordem pública, sendo certo que a Lei n.º
8.541/91, no seu artigo 46, determina a retenção na fonte pela pessoa
obrigada ao pagamento, no momento em que o recebimento se torne
disponível ao beneficiário.

Com relação aos descontos previdenciários, o


artigo 30, “a”, da Lei n.º 8.212/91 é claro ao determinar o desconto de
contribuições da remuneração paga ao empregado, sem embargo da nova
redação do artigo 114 da Constituição Federal de 1988 dada pela Emenda
Constitucional de nº 20, que estendeu a competência da Justiça do
Trabalho para exigir o recolhimento da contribuição previdenciária, até
mesmo ex oficio, não havendo base legal a impor à Segunda Reclamada o
ônus de suportar integralmente os recolhimentos previdenciários.

Quanto aos descontos fiscais, na sua apuração


deve ser utilizado o regime de caixa, segundo os ditames da Lei nº
8.541/92, art. 46, e do Decreto nº 3.000/99, art. 640, aplicando-se ainda o
entendimento consubstanciado pela Orientação Jurisprudencial nº 228 da
SDI do Colendo TST.

Ainda, Excelência, tal matéria, já se encontra


pacificada pela Orientação Jurisprudencial da SBDI-1 do Tribunal Superior
do Trabalho de nº: 228, a saber:

" Descontos legais. Sentenças trabalhistas.


Lei nº : 8.541/92, art. 46. Provimento da CGJT nº 03/84
e alterações posteriores. O recolhimento dos
descontos legais, resultantes dos créditos do
trabalhador oriundos de condenação judicial, deve
31
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FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558028 - Pág. 31
Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 127

incidir sobre o valor total da condenação e calculado


ao final.”

Milita em socorro da Contestante, as seguintes


decisões:

" Ementa: DESCONTOS FISCAIS. De acordo


com a Orientação Jurisprudencial nº 228 da SDI do
TST, o recolhimento dos descontos legais
resultantes dos créditos do trabalhador oriundos de
condenação judicial deve incidir sobre o valor da
condenação e calculado ao final. " (Processo: 03216-
1998-031-12-00-2-Acórdão 5852/2003-Juiz Dilnei Ângelo
Biléssimo-Publicado no DJ/SC em 20-06-2003, página :
184)

" Ementa: DESCONTOS FISCAIS. " O


recolhimento dos descontos legais, resultante dos
créditos do trabalhador oriundos de condenação
judicial, deve incidir sobre o valor total da
condenação ao final " (Orientação Jurisprudencial nº :
228 da SDI-I do Colendo Tribunal Superior do Trabalho).
(Processo: 01348-1998-032-12-00-7- Acórdão
5783/2003- Juiz Marcos Vinicio Zanchetta-Publicado no
DJ/SC em 18-06-2003, página 153)

Em relação aos descontos previdenciários, o


Regulamento da Previdência Social, Decreto nº 3.048, de 06.05.1999,
prevê no seu art. 276, parágrafo 4º, que “ a contribuição do empregado no
caso de ações trabalhistas será calculada mês a mês, aplicando-se as
alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário-de-
contribuição.”

Milita em socorro da Segunda Reclamada, a


seguinte ementa:

32
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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 128

“ Ementa: DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS.


REGIME DE COMPETÊNCIA. A contribuição do
empregado no caso de ações trabalhistas será
calculado mês a mês, aplicando-se as alíquotas
previstas, observado o limite máximo do salário-de-
contribuição, conforme o Regulamento de
Previdência Social.” (Processo nº : 06471-2001-037-
12-00-1- Acórdão 7421/2004-Juíza Lourdes Dreyer-
Publicado no DJ/SC em 14-07-2004, página: 204) (grifo
nosso)

Os juros devem ser calculados, de forma simples,


1% ao mês, contados do ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata
die, conforme dispõe a Lei nº 8177 de 01 de março de 1991- Artigo 39, §
1º.

Finalmente, quanto à incidência da correção


monetária, deverá ter por base o mês subseqüente ao do fato gerador (que
no presente caso é o mês seguinte ao efetivo mês trabalhado), conforme
orientação da Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
Trabalho n.º 124.

Por fim, não há que se falar em indenização eis que


não há qualquer amparo para o pleito, bem como os descontos decorrem
de determinação legal.

Requer a Contestante, por derradeiro e apenas


argumentando, a compensação de todos os valores que foram pagos sob
verbas distintas e o abatimento de todos os valores quitados sob o mesmo
título, durante a relação empregatícia da Reclamante com a Primeira e
Segunda Reclamadas, nos termos do artigo 767 da Consolidação das Leis
do Trabalho.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, requer seja:


33
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Número do documento: 13090916581936800000000553087
Fls.: 129

1) acolhida a preliminar de carência da ação,


ilegitimidade passiva ad causam da Segunda Reclamada, nos termos da
fundamentação;

2) acolhida a preliminar de impossibilidade jurídica


do pedido de subsidiariedade;

3) caso não seja este o entendimento de Vossa


Excelência, o que se admite apenas a título de argumentação, requer-se,
em face a falta de amparo legal às razões expendidas pelo Reclamante, a
improcedência integral dos pedidos formulados na presente reclamação.

4) ainda, em caso de eventual condenação, requer


sejam as partes intimadas para apresentar os cálculos de liquidação de
sentença, nos moldes do §1º-B do artigo 879 da CLT, sob pena de negar
vigência ao mencionado dispositivo legal, bem como infração aos
princípios da reserva legal e da ampla defesa.

5) Ao final, em eventual condenação, requer seja


consignado em sentença que a fase de execução será norteada pelos
preceitos contidos exclusivamente na CLT, conforme artigo 889, e não
naqueles compreendidos no artigo 475 do CPC, em especial o artigo 475-
J, sendo que, entendimento contrário viola explicitamente o contido nos
artigos 769 e 889 da CLT, bem como o inciso II do artigo 5º da CF/88.
Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer a
aplicação do artigo 475-L do CPC, no que tange a impugnação ao
cumprimento de sentença.

6) Por derradeiro requer:

a) condenação do Reclamante ao pagamento das


cominações de estilo, incluindo custas processuais.

34
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Fls.: 130

b) a aplicação do artigo 818 da CLT c/c 333, I do


CPC, quanto aos fatos constitutivos dos direitos do Reclamante.

c) Protesta por todos os meios de prova em direito


admitidos, incluindo documental, testemunhal, pericial e depoimento
pessoal do Reclamante, ressaltando que a ausência desta ocasionará
confissão quanto a matéria de fato e o arquivamento da presente
Reclamatória Trabalhista.

d) A juntada da procuração e substabelecimentos


anexos para regularização da representação processual, bem como requer
que todas as intimações e notificações sejam realizadas em nome de
LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS – OAB/PR 8.123, sob pena de
nulidade.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 09 de setembro de 2013.

Ricardo Justus Barreto Thálye Salvador e Silva


OAB/PR 32.862 OAB/PR 67.466

35
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Fls.: 131

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558034 - Pág. 1
Número do documento: 13090916582022100000000553093
Fls.: 132

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558034 - Pág. 2
Número do documento: 13090916582022100000000553093
Fls.: 133

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 09/09/2013 16:58:20 - 558034


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 558034 - Pág. 3
Número do documento: 13090916582022100000000553093
Fls.: 134

PROCURAÇÃO

OUTORGANTE:Saura Consultoria Eireli EPP, pessoa jurídica de direito privado, com sede à
Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade de Maringá – Pr,
devidamente inscrita no CNPJ sob o n.º 11.860.036/0001-61, neste ato representado por Antonio
Saura Silva, brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº 211.320.389-87, domiciliado à
Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade e Comarca de
Maringá (PR),

OUTORGADO: EVERSON SOUZA SAURA SILVA, brasileiro, advogado, devidamente inscrito na


OAB/PR sob o nº 31.347, LAURINDA NUNES DA SILVA, brasileira, advogada, devidamente inscrita,
OAB/PR sob o nº 48.773, com escritório profissional localizado na Av. Duque de Caxias, 882, Sala 906,
em Maringá (PR), onde recebe avisos e intimações.

PODERES: Para o foro em geral com a cláusula “ad judicia”, em qualquer juízo, instância ou tribunal,
podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defender nas contrárias, seguindo-as até
final decisão, usando dos recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe, ainda, poderes especiais
para firmar Termo de Ajuste de Conduta perante o Ministério Público do Trabalho, podendo ainda
confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, agindo em
conjunto ou separadamente, podendo ainda substabelecer esta com ou sem reserva de iguais poderes,
tudo com o fim especial de representá-lo em juízo ou administrativamente, para representá-la nos autos
de Reclamatória Trabalhista nº RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004, movida por Luana Roberta
Rabelo.

Maringá (PR), 30 de Agosto de 2013.

Saura Consultoria Eireli EPP


CNPJ nº11.860.036/0001-61

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:33:44 - 589600


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816334410700000000584462
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589600 - Pág. 1
Número do documento: 13091816334410700000000584462
Fls.: 135

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:33:44 - 589600


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816334410700000000584462
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589600 - Pág. 2
Número do documento: 13091816334410700000000584462
Fls.: 136

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE ARARANGUÁ – SANTA


CATARINA.

a
tiç
us
ej
H
Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

od
SC
LIT
ed
DE
gr
N
SO
se
CK
Saura Consultoria Eireli EPP, pessoa jurídica de direito privado, com sede à Avenida Bento
ou
JA

Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade de Maringá – Pr, devidamente inscrita
no CNPJ sob o n.º 11.860.036/0001-61, neste ato representado por Antonio Saura Silva, brasileiro,
e:

casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº 211.320.389-87, domiciliado à Avenida Bento Munhoz da
ilo
ad

Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade e Comarca de Maringá (PR), por seus
lid

procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar


sig
ibi
vis
em
m

CONTESTAÇÃO
e
io
nto
r

Us

aos autos epigrafados de Reclamatória Trabalhista que lhe move Luana Roberta Rabelo, já
me

qualificada, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:


cu

1-Preliminarmente
Do

1.1 Da Inépcia da Petição Inicial – falta de interesse de agir

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:35:32 - 589578


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 1
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 137

Antes de adentrar ao mérito da causa, cumpre destacar que a inicial ora combatida não contém os
requisitos mínimos exigidos pelo ordenamento processual vigente.

a
Destaca-se que em matéria processual a petição inicial se revela como um veículo condutor que

tiç
deve levar ao Magistrado a providência jurisdicional pretendida pelo Autor, o que não se verifica através
da peça processual apresentada pela Reclamante.

us
ej
Ocorre que, contrariando norma estabelecida no art. 3º do CPC, onde “para propor ou contestar ação
é necessário ter interesse e legitimidade”, a Reclamante não faz nenhuma prova cabal do seu interesse de

H
agir, haja vista ausência de irregularidade no contrato celebrado entre as partes, bem como ausência de

od
SC
irregularidade quanto à rescisão do contrato de trabalho, e, por essa razão o conflito de interesse não se
delineou.

LIT
ed
DE
gr
Assim, a prosseguir o presente feito, a Reclamante estaria contestando e o Judiciário julgando

N
conflito de interesses hipotético, o que não se pode admitir.

SO
se
CK
Portanto, não restando demonstrada a necessidade de mobilização da Jurisdição, a Reclamante torna-
ou

se carente da ação.
JA
e:

Impõe-se, destarte, o reconhecimento, in casu, de inépcia, por falta de interesse de agir (CPC, art.
ilo
ad

267, VII), devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.


lid
sig
ibi

2 – Dos fatos alegados pela Reclamante


vis
em
m

A Reclamante interpõe reclamatória trabalhista, alegando que foi contratada pela Empresa Saura
e

Silva e Ricoldy – Primeira Reclamada, na função de agente operacional, atendendo aos clientes do Banco
io

do Brasil S/A – Segunda Reclamada, no período de 01/09/2011 à 20/11/2012, sendo despedida sem justa
nto
r

causa.

Us
me

Alega ainda que, realizava contratação de empréstimos consignados, e vendia outros produtos como
financiamento de veículos através e consórcio de casa própria.
cu
Do

Por fim, reclama seja declarada a terceirização ilícita, bem como, reclama os supostos direitos
rescisórios advindos de benefícios da categoria de bancária.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:35:32 - 589578


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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 138

Ocorre que tal pretensão não deve prosperar, pois, pelo que a seguir se expõem às alegações da
Reclamante não condizem com a realidade dos fatos resultante do liame empregatício havido entre a
Reclamante e as Reclamadas.

a
tiç
3 – Da realidade dos fatos

us
ej
Cumpre destacar primeiramente que houve em data de 18/04/2012 alteração da razão social da

H
empresa, passando de Saura Silva e Ricoldy para Saura Consultoria Eireli EPP.

od
SC
LIT
ed
No mais, a Reclamante firmou contrato de trabalho com a Primeira Reclamada, tendo como início

DE
de seu trabalho em 01/09/2011, para exercer a função de agente operacional, conforme cópia do contrato

gr
juntado à inicial, sendo que a todo o tempo a atividade exercida pela Reclamante foi de recepção de

N
proposta de abertura de contas, bem como recepcionando e encaminhando propostas referentes às

SO
se
operações de crédito consignado, e vendas de produtos. CK
ou
JA

Diferente do alegado pela Reclamante, seu desligamento ocorreu em data de 18/10/2012, sendo de
e:

fato dispensada sem justa causa, tendo sido as verbas rescisórias devidas pagas na data legalmente
ilo
ad

determinada.
lid
sig
ibi
vis

Ademais, em momento algum a Reclamante exerceu atividade de bancária, eis que foi contratada
em

exclusivamente pela Primeira Reclamada, na condição agente operacional, não exercendo atividade
m

privativa da Segunda Reclamada, sendo que a todo tempo foi subordinada exclusivamente à Primeira
e

Reclamada, obedecendo na íntegra o acordado entre as partes.


io
nto
r

Us

Desta forma, a Reclamante não faz jus aos valores pedido em sua inicial, eis que a rescisão do seu
me

contrato de trabalho se deu em perfeita consonância com as normas do direito trabalhista, restando
impugnadas, especificamente, as pretensões discriminadas nos termos articulados, senão vejamos:
cu
Do

3.1 – Da Terceirização Ilícita e Isonomia Salarial – improcedente

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 3
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 139

Antes de combater os pontos específicos formulados pela Reclamante, cumpre esclarecer que, a
Primeira Reclamada atua no mercado, de forma licita, como uma empresa correspondente bancária do
Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada, eis que amparada em contrato de prestação de serviços,
tendo suas atividades limitadas àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a
empresa contratada em instituição financeira.

a
tiç
us
Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não configura terceirização ilícita,
tampouco, conferem aos empregados contratados pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

ej
H
od
SC
Veja Excelência que, é totalmente licita a terceirização realizada nos moldes da Resolução do

LIT
Banco Central, não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda equiparação/enquadramento na

ed
categoria dos bancários de seus empregados, uma vez que a empresa atua como Correspondente

DE
Bancário, categoria esta que diferem daqueles dos bancos e seus respectivos empregados, pelo que não
há como enquadrar seus empregados como bancários, visando assegurar-lhes os mesmos direitos e

gr
N
obrigações.

SO
se
CK
ou

Por certo, a Primeira Reclamada ao exercer atividade que se desdobra em serviços, em


JA

decorrência de concessão delegada, a mesma fica sujeita as disposições legais constante da CLT, e da
e:

própria Resolução do Banco Central que rege o regime de trabalho da categoria de Correspondente
ilo
ad

Bancário, não se vinculando assim a Convenção Coletiva do Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada,
como alega a Reclamante.
lid
sig
ibi
vis
em

Ademais Excelência, nos termos do artigo 170 da Constituição da República, “a ordem econômica,
m

fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a
e

existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania
io

nacional; II -propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa
nto
r

do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o


impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução
Us
me

das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX -tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
pais ”.
cu
Do

Desta forma, como se verifica do referido texto constitucional, a República Federativa do Brasil
optou pelo regime da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de “promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade”, delimitou, no artigo 192

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816353209500000000584440
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 4
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 140

da Constituição da República, as diretrizes a serem observadas pelo sistema financeiro nacional,”em


todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua
regulamentação “por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.

a
tiç
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a

us
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses
da coletividade, em todas partes que o compõem, abrangendo as

ej
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares, que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas

H
od
SC
instituições que o integram”.

LIT
ed
Observa-se ainda que, desde a promulgação da Carta Magna, contudo, ainda não foram aprovadas

DE
as leis complementares a que alude à norma constitucional supra. Em consequência e também ante a

gr
recepção pela Constituição da República, permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº

N
SO
4.595, de 31 de dezembro de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e
se
creditícias. Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis: CK
ou
JA

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela


e:
ilo

presente Lei, será constituído:


ad

I – do Conselho Monetário Nacional;


lid
sig

II – do Banco Central do Brasil;


ibi
vis

III – do Banco do Brasil;


em

IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;


e m

V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”


io
nto
r

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho Monetário Nacional,
Us

merecendo destaque os seguintes incisos:


me
cu

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas


Do

modalidades e as operações creditícias em


todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras”;

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 5
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 141

“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que


exercerem atividades
subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação
das penalidades previstas”; e

a
“XXII - estatuir normas para as operações das instituições financeiras

tiç
públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos
objetivos desta Lei”.

us
ej
Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer cumpriras disposições

H
que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário

od
SC
Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe as seguintes competências privativas, dentre outras:

LIT
“exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e

ed
“conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar

DE
ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas,

gr
incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da

N
dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de

SO
se
crédito ou mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus
estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.“ (inciso X)
CK
ou
JA
e:

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei nº 4.595/64, o
ilo
ad

Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública dotada de competência exclusiva
para emissão da moeda e de comando integral sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por
lid
sig

meio das quais explicita e difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado
ibi

financeiro e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.


vis
em
e m

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados pelo artigos 17 e 18 da
io

Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:


nto
r

Us
me

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da


legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que
cu

tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou


aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
Do

nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.


Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da

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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 142

legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas


físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de
forma permanente ou eventual.”

a
“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País

tiç
mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou
decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

us
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das

ej
sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas
econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das

H
od
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e

SC
disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores,

LIT
companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam

ed
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante

DE
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas

gr
físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,

N
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer

SO
se
títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou
CK
serviços de natureza dos executados pela
ou

instituições financeiras.”
JA
e:
ilo

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra o sistema financeiro
ad

nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições financeiras, refere-se a elas da seguinte
lid
sig

forma:
ibi
vis
em
m

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a


e

pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade


io

principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação,


nto
r

intermediação ou aplicação de recursos financeiros (Vetado) de


terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão,


Us

distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores


me

mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
cu

I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,


capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
Do

II - a pessoa natural que exerça quaisquer das


atividades referidas neste artigo, ainda que de

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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 143

forma eventual.”

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar os
resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192 da Constituição da República,

a
atualmente é facultada a terceirização de algumas atividades pelas instituições financeiras, por meio da

tiç
contração de empresas integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

us
A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003 (com as alterações

ej
feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que assim dispõe:

H
od
SC
LIT
“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as normas que

ed
dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e

DE
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, de

gr
N
empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o

SO
desempenho das funções de
se
correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes serviços:
CK
I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
ou
JA

depósito à vista, a prazo e de poupança;


e:

II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a


ilo
ad

prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de


investimento;
lid
sig
ibi

III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de


vis

convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma


em

da regulamentação em vigor;
m

IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do


e

contratante;
io
nto
r

V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de


financiamentos;
Us
me

VI- análise de crédito e cadastro;


VII- execução de serviços de cobrança;
cu

VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de


crédito;
Do

IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das


operações pactuadas;
X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 8
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 144

§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser exercida no


que se refere a serviços relacionados às atividades desenvolvidas pelas
instituições referidas no caput, permitidas nos termos da legislação e
regulamentação em vigor.

a
§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços referidos no

tiç
caput, incisos I e II, depende de prévia autorização do Banco Central do
Brasil, devendo, nos demais casos, ser objeto de comunicação àquela

us
Autarquia.
§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas por

ej
serviços notariais e de

H
registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

od
SC
LIT
Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a contratação, para a

ed
prestação dos serviços mencionados nos incisos I e II daquele artigo, de

DE
empresa cuja atividade principal ou única seja a prestação de serviços de

gr
N
correspondente.

SO
se
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à hipótese
de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
CK
Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a
ou
JA

contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para a


prestação de qualquer dos serviços mencionados naquele artigo, de
e:
ilo

empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional que utilizem o


ad

termo “banco” em sua denominação social ou no respectivo nome


lid
sig

fantasia.
ibi

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de


vis

substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.


em
m

(...)
e

Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de


io
nto

correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades


r

previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar
Us

por sua própria conta e ordem, operações privativas das instituições


me

referidas no art. 1º.”


cu

Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos; Bancos Comerciais; Bancos de investimento;
Do

Bancos Cooperativos; Caixas Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de


Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades de Crédito
Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai do sítio do Banco Central na

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 9
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 145

internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o


§ 7º do artigo 44 da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

a
tiç
“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição
financeira, sem estar devidamente autorizados pelo Banco Central da

us
República do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e
detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica,

ej
seus diretores e administradores.”

H
od
SC
Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas contratadas em estrita

LIT
observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias,

ed
na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas bancárias ou empresas

DE
financiárias. Senão vejamos:

gr
N
SO
se
Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes
CK
atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços
ou
JA

de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:


I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
e:
ilo

depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição


ad

contratante;
lid
sig

(...)
ibi

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de


vis

crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;


em

(...)
e m
io
nto
r

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Reclamada, tem por objeto todas

aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de prestação de serviços de correspondente,


Us

visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus


me

clientes e usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.
cu
Do

Assim, fica evidente Excelência que, a simples atividade de agente operacional, prestando auxilio e
vendendo produtos, ou recepcionando e encaminhando propostas de aberturas de contas bancárias, não se
confundem com a atividade de instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a

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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 146

coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional


ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

a
Ademais, como pode ser observada Excelência, através da cópia do contrato social da Reclamada,

tiç
ela tem por objeto, dentre outros, o de correspondente bancário.

us
E ainda, o fato de a Reclamada desempenhar serviços de correspondente, na prestação dos serviços

ej
relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que seus

H
mantenham contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de

od
SC
prestação de serviços como correspondente, como pode ser observado através da cópia de contrato anexa.

LIT
ed
DE
No mais Excelência, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a Resolução do

gr
Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se

N
SO
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
se
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de
CK
correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido,
ou

todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no direito, tampouco na
JA

justiça.
e:
ilo
ad

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o condão de torná-los
lid
sig

instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários
ibi

aos empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.


vis
em
m

Em recentes julgados assim decidiu o TST:


e
io
nto
r

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS


Us

TERCEIRIZADOS LTDA. - ME. CORRESPONDENTE


me

BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA


CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A
cu

reclamada, embora na condição de correspondente bancária,


não exerce as atividades peculiares das instituições
Do

financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de


uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis

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Fls.: 147

à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista


conhecido e provido. B) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso
de revista da reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. -

a
ME que julgou improcedente a reclamação trabalhista.

tiç
(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09
/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT

us
06/09/2013).

ej
BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA

H
DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.

od
SC
EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE

LIT
1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco

ed
Postal), presta, a par de sua atividade preponderante e

DE
monopolista -- os serviços postais --, apenas os serviços
bancários básicos de uma agência, e não as atividades

gr
N
típicas e privativas de uma instituição financeira.

SO
se
2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo
empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224
CK
da CLT. Precedentes.
ou
JA

3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.


(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento: 21
e:
ilo

/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT


ad

06/09/2013).
lid
sig
ibi

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


vis

ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.


em

JORNADA DE SEIS HORAS. BANCO POSTAL. EMPRESA


m

BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. A Empresa


e

Brasileira de Correios e Telégrafos, embora na condição de


io

correspondente bancário, não exerce as atividades


nto
r

peculiares das instituições financeiras, razão pela qual os


empregados que prestam serviços em agência do Banco
Us
me

Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à


categoria dos trabalhadores bancários, pois permanecem
inseridos na categoria dos postalistas, atividade preponderante
cu

da ECT. Precedentes. Aresto inservível diante do que dispõe o


art. 896, -a-, da CLT. Agravo de instrumento conhecido e não
Do

provido." (TST-AIRR-1481-39.2011.5.23.0004, 8ª Turma,


Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, DEJT 15/03/2013)

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 12
Número do documento: 13091816353209500000000584440
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Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter acessório e


complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à empresa não integrante do
sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza instituição financeira, tão menos seus

a
empregados devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada

tiç
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

us
Excelência, não há dúvida que da análise dos fatos narrados nos autos, bem como do conjunto

ej
probatório apresentado, resta comprovado que a empresa Reclamada, bem como a Reclamante no
exercício de suas funções, correspondente bancário e agente operacional, respectivamente, jamais

H
od
SC
exerceram qualquer atividade, seja ela principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de

LIT
propriedade de terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil.

ed
DE
gr
N
Por essa razão, improcede a pretensão da Reclamante de terceirização ilícita ou isonomia salarial, e,

SO
se
em consequência seu enquadramento na categoria de financiaria, reclamando assim que a aplicação das
normas coletivas inerentes aos bancários, inclusive, a adoção da jornada de trabalho de 06 horas diárias e
CK
o pagamento de auxílio refeição, ajuda alimentação, indenização adicional, e piso salarial, motivo pelo
ou
JA

qual resta impugnado todos os pedidos.


e:
ilo
ad

3.2 – Do reconhecimento da condição de bancária – improcedente


lid
sig
ibi
vis

Alega a Reclamante que, muito embora contratada pela Primeira Reclamada, desempenhava a
em

atividade de bancária, requerendo assim seja determinada a aplicação das normas coletivas a que tem
m

direito a categoria de bancário, sem, contudo fazer qualquer menção quanto a descaracterização do
e

contrato de prestação de trabalho entre Reclamante e Primeira Reclamada. Lamentável equívoco!


io
nto
r

Us
me

Veja Excelência que, Correspondente Bancário, natureza de que se reveste a Primeira Reclamada, é
uma pessoa jurídica, uma empresa que, entre outras atividades, atua como auxiliares de entre bancos e
seus clientes finais e são devidamente autorizadas a funcionarem como tais pelo Banco Central.
cu
Do

Cabe salientar, que pelas normas do Banco Central, os correspondentes bancários são autorizados
a prestarem serviços aos bancos e financeiras. Vejamos o que dispõe o Art. 8º da Resolução Bacen nº
3954/2011, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País:

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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 149

Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de


atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da

a
instituição contratante a seus clientes e usuários:

tiç
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,

us
a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;

ej
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela

H
od
instituição contratante;

SC
LIT
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes

ed
da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição

DE
contratante com terceiros;

gr
N
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da

SO
se
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
CK
ou

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de


JA

arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;


e:
ilo

VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição


ad

contratante;
lid
sig
ibi

VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade


vis

da instituição contratante ou de seus clientes; (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31


em

/3/2011.)
e m

VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito


io
nto

de responsabilidade da instituição contratante; e


r

Us

IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante,


me

observado o disposto no art. 9º.


Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares
de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e
cu

processamento de dados.
Do

Destaca-se que, o Banco Central não confere às empresas que atuam nesse ramo o status de bancos
ou instituições financeiras, eis que para tal há outras regulamentações a serem seguidas.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:35:32 - 589578


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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 150

Por conseguinte, os trabalhadores contratados pelo correspondente, como é o caso em apreço, não
podem em hipótese alguma ser considerados bancários e, assim, não recebem a mesma remuneração
desses e nem gozam dos demais benefícios previstos em lei ou negociação coletiva, como requer a

a
Reclamante. Corroborando com esse entendimento temos os seguintes julgados do TST:

tiç
us
RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED SERVIÇOS E TELEFONIA

ej
LTDA. CONTRATAÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO. ATIVIDADES

H
OPERACIONAIS .Considerando que os serviços prestados pela empresa contratada,

od
SC
como correspondente bancário, estão inseridos entre os permitidos na regulamentação
editada pelo Banco Central do Brasil e não se confundem, no seu caráter adicional,

LIT
complementar e acessório, com as atividades privativas das instituições financeiras; e,

ed
enquadrando-se as atividades desempenhadas pela Reclamante entre as contratadas,

DE
não há se falar em exercício de atividades tipicamente bancárias, em ilicitude da

gr
N
pactuação havida entre as partes demandadas, tampouco em isonomia da Autora com

SO
os empregados do tomador dos serviços. MULTA POR INTERPOSIÇÃO DE
se
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REPUTADOS PROTELATÓRIOS. A multa por
CK
Embargos de Declaração protelatórios insere-se no poder discricionário do julgador,
ou

que, no caso em debate, entendeu pela inexistência dos pressupostos do art. 535 do
JA

CPC. Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido. RECURSO DE


e:

REVISTA DO BANCO DO BRASIL . Prejudicada a análise do apelo em face do


ilo
ad

provimento do Recurso de Revista da primeira Reclamada Potencial Cred Serviços e


Telefonia Ltda.535CPC
lid
sig

(TST - 14596320115030092 1459-63.2011.5.03.0092, Relator: Maria de Assis


ibi

Calsing, Data de Julgamento: 29/05/2013, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/06


vis

/2013)
em
m

RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL. CORRESPONDENTE


e
io

BANCÁRIO. ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS


nto
r

BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE .A 1ª reclamada, embora na condição de


correspondente bancária, não exerce as atividades peculiares das instituições


Us

financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de uma agência, razão pela
me

qual os empregados que trabalham nessa atividade não são beneficiários das normas
aplicáveis à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e
cu

provido . B) RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED. Prejudicada a


análise do apelo em face do provimento do recurso de revista do reclamado Banco do
Do

Brasil .
(TST - 16012320115030139 1601-23.2011.5.03.0139, Relator: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 22/05/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/05/2013)

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 15
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 151

RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - ECT. BANCO POSTAL.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
RECONHECIMENTO DA JORNADA DE SEIS HORAS . IMPOSSIBILIDADE . A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao prestar serviços na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas das instituições

a
financeiras, razão pela qual os empregados que prestam serviços em agência do

tiç
Banco Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários, pois permanecem inseridos na categoria dos postalistas,

us
atividade preponderante da ECT. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e não
provido.

ej
(TST - 13107320115230007 1310-73.2011.5.23.0007, Relator: Márcio Eurico Vitral

H
Amaro, Data de Julgamento: 24/04/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/04

od
SC
/2013)

LIT
ed
DE
Veja Excelência que, o contrato de prestação de serviços firmado entre a Reclamada e a

gr
Reclamante, é claro e inequívoco quanto à permanência do vínculo jurídico-contratual havido entre as

N
partes, sendo indiscutível que a Primeira Reclamada foi a real empregadora da Reclamante.

SO
se
CK
ou

Ademais, há de se observar, que as atividades desempenhadas pela Reclamante ao longo de todo o


JA

contrato de trabalho, inclusive confessada por ela em sua inicial, não excederam em hipótese alguma aos
e:

limites de atuação da Primeira Reclamada como correspondente bancário, pois a promoção dos produtos
ilo
ad

oferecidos pelos bancos não se confundem com os serviços por eles prestados.
lid
sig
ibi
vis

Veja ainda Excelência, que a Reclamante nem mesmo aventa a nulidade do contrato firmado com a
em

Primeira Reclamada, motivo pelo qual deve ser julgado improcedente o pedido de equiparação com a
m

categoria dos bancários pretendida pela Reclamante.


e
io
nto
r

Note-se que o contrato de trabalho firmado com a Reclamante, declara expressamente a função da
Us

mesma como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL, na condição de


me

Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de instituição bancária, razão pela
qual resta afastada a configuração da responsabilidade das Reclamadas quanto a suposta atividade de
cu

bancária.
Do

O contrato de trabalho dispunha expressamente em suas cláusulas 15ª e 25ª:

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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 152

15ª- Ao EMPREGADO(A), quando em visita a um cliente ou potencial comprador, é


obrigatória uma boa apresentação pessoal e a pronta atenção em identificar-se com
clareza como sendo um funcionário da EMPREGADORA atuando como agenciador
de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL S.A., e ou outras empresas que

a
mantenha ou venha a manter relações comerciais.

tiç
25ª- Por este contrato ainda, o EMPREGADO(A) reconhece que, dentre as condições
de trabalho que lhe foram expostas ao ser contratado pela EMPREGADORA, é do seu

us
pleno conhecimento, reconhecimento e acordo, que a EMPREGADORA mantém
contrato de prestação de serviços como COBAN – CORRESPONDENTE

ej
BANCÁRIO com o Banco do Brasil S.A. Portanto, os agenciamentos e prestação de
serviços ao Banco do Brasil S.A., são uma atribuição normal do seu contrato de

H
trabalho, não podendo por isto pleitear quaisquer complementos ou responsabilidade

od
SC
solidária da empresa em questão.

LIT
Por certo, mediante os argumentos sustentados pela Reclamante, bem como através dos

ed
documentos anexado em sua inicial, resta evidenciado nos autos a ausência dos requisitos

DE
caracterizadores da relação de emprego com o Segundo Reclamado, não havendo que se falar no

gr
reconhecimento do vínculo empregatício pretendido e o consequente enquadramento da Reclamante na

N
categoria dos bancários.

SO
se
CK
ou
JA

Conforme já narrado acima, o Segundo Reclamado jamais foi empregador da Reclamante, sendo
que, o que de fato existe é um contrato de natureza civil firmado com a Primeira Reclamada para a
e:

prestação de serviços de correspondente bancário e esta, por sua vez, contratou os serviços da
ilo
ad

Reclamante, como agente operacional, sendo as atividades desempenhadas pela Reclamante estranhas à
lid

atividade privativa do Segundo Reclamado.


sig
ibi
vis
em

Desta forma, e nos termos do disposto no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, não há como
m

se deferir a subsidiariedade requerida na inicial, vez que não há dispositivo legal prevendo tal
e

condenação - ao contrário, existe dispositivo proibindo a declaração da responsabilidade subsidiária dos


io
nto

entes públicos (o caso do Banco do Brasil S/A) para responder por eventuais débitos trabalhistas das
r

empresas contratadas.
Us
me

Assim, improcede o pleiteado a título de reconhecimento da condição de bancária da Reclamante,


cu

bem como a solidariedade do Segundo Reclamado para os fins pretendidos, e todos os direitos atinentes à
categoria dos bancários, não merecendo acolhimento referido pleito.
Do

3.3- Das diferenças de salário - improcedente

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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 153

Como não há se falar em reconhecimento da condição de bancaria decorrente da relação de


emprego havida na presente demanda, resta impugnado o valor do salário reclamado, e ainda, como a
Primeira Reclamada providenciou o pagamento integral das verbas rescisórias à Reclamante, não
havendo diferenças a serem complementadas, assim, mais estes pedidos são improcedentes.

a
tiç
3.4- Das Horas extras - improcedente

us
Alega a Reclamante que trabalhava 08 (oito) horas por dia e que consoante os termos da
Convenção Coletiva faria jus ao pagamento de adicional pelas as 02 (duas) horas extras laboradas

ej
diariamente, fazendo menção ao total de horas do bancário.

H
od
SC
LIT
Por óbvio, deve ser reconhecida a legalidade do que se apresenta o contrato de trabalho celebrado

ed
entre as partes, constante de 44 horas semanais de trabalho, pelo que não gerou qualquer direito ao

DE
pagamento a titulo de hora extra, às 08 (oito) horas diárias trabalhadas.

gr
N
SO
se
Todavia, deve-se novamente ressaltar que a Reclamante não se enquadra na condição de bancária,
CK
pelo que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.
ou
JA
e:
ilo
ad

3.5- Do auxílio-refeição e cesta alimentação – improcedente


lid
sig
ibi

Conforme anteriormente repisado, a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo


que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.
vis
em
e m

3.6 – Do FGTS – improcedente


io
nto
r

Us

Como o salário da Reclamante foi integralmente pago durante todo o contrato de trabalho, e, o
me

valor das verbas rescisórias já foram depositadas em conta corrente da Reclamante, e ainda, os demais
recolhimentos foram feitos no momento da despedida da mesma, não há diferença de FGTS a serem
cu

complementadas.
Do

Diante disso, indevido o pagamento FGTS e muito menos a multa de 40% sobre o deposito
fundiário.

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Fls.: 154

3.7 – Do Seguro Desemprego – improcedente

a
tiç
Indevida a pretensão da Reclamante descrita a título de seguro desemprego, por absoluta falta de
respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente da relação de trabalho existente entre as

us
partes, já foram entregues no momento da rescisão.

ej
H
3.8 – Da necessidade de exibição de documentos – improcedente

od
SC
LIT
ed
Indevida a pretensão da Reclamante descrita a esse, por absoluta falta de respaldo legal, pois como

DE
já acima citado a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo que não merece prosperar tal

gr
pleito, restando assim impugnado.

N
SO
se
4 – Da litigância de má-fé
CK
ou
JA
e:

Por certo, o que busca a Reclamante é o enriquecimento ilícito, ao se socorrer do Poder Judiciário
ilo
ad

para tentar obter através de fatos inverídicos e fantasiosos, com o nítido objetivo de locupletamento.
lid
sig
ibi
vis

Por certo Excelência, tal pretensão revela-se apenas como uma atitude de má-fé da Reclamante,
em

pretendendo auferir vantagem manifestamente indevida.


e m
io

Considerando a tentativa de distorção dos fatos, e, considerando ainda que entre os deveres que as
nto
r

partes possuem dentro do processo, sem dúvida alguma, o da boa-fé ocupa posição de destaque, fez que

traz o Código de Processo Civil diversos dispositivos relacionados ao dever de lealdade, deve a
Us

Reclamante ser condenada ao pagamento de valor a ser determinado por Vossa Excelência, a título de
me

indenização ante a conduta de má-fé da Reclamante ao intentar a presente ação.


cu

Sobre isso, dispõe o art. 14, do CPC, vejamos:


Do

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Fls.: 155

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam
do processo:

a
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

tiç
II - proceder com lealdade e boa-fé;

us
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento;

ej
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou

H
defesa do direito.

od
SC
(...)

LIT
ed
DE
Na instauração de uma lide, inevitável que as partes tentem, de todas as formas possíveis, fazer
valer os direitos que julgam possuir. Porém, apesar disso, é de fundamental importância que os litigantes

gr
N
respeitem padrões mínimos de urbanidade, visando o correto julgamento da lide. Ou seja, é necessário

SO
que todos os entes processuais observem regras preestabelecidas, objetivando uma “luta” leal e
se
isonômica, visando conservar os princípios éticos que levam à boa-fé processual e, consequentemente, a
CK
eficaz prestação jurisdicional o que não foi observado pela Reclamante.
ou
JA
e:

Nesse prisma, diz o art. 17, do CPC, in verbis:


ilo
ad
lid
sig

Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:


ibi

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;


vis

(...) (grifo nosso)


em
m

Ainda, de acordo com o mesmo diploma processual acima mencionado, temos que:
e
io
nto
r

Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu
Us

o interveniente. (grifo nosso).


me

Conclui-se, portanto, ante o acima narrado, que a Reclamante, agiu com má-fé quando da
cu

distribuição da presente Ação, devendo suportar o ônus pelos seus atos.


Do

Para tanto requer, desde logo, digne-se Vossa Excelência em declarar a Reclamante como litigante
de má-fé, condenando-a ao pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:35:32 - 589578


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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 156

5 – Termo de autenticidade de cópias

Nos termos do artigo 830 da CLT, declaro sob minha responsabilidade pessoal, que todas as cópias

a
que acompanham esta contestação são autênticas.

tiç
us
6 - Dos Pedidos e Requerimentos

ej
Diante todo exposto e contestado, e outros mais ponderáveis que acudirem o excelso

H
entendimento de Vossa Excelência, a Reclamada requer o integral atendimento de suas razões e assim:

od
SC
LIT
a) sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela Reclamante, afastando assim a

ed
DE
configuração de terceirização ilícita e isonomia salarial, bem como a condição de bancária, eis que a
Reclamante foi contratada pela Reclamada como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO

gr
N
BRASIL, na condição de Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de

SO
instituição bancária;
se
CK
ou
JA

b) seja julgado improcedente o pedido de responsabilidade subsidiaria/solidaria, haja vista o contrato


de trabalho firmado entre as partes ser de prestação de serviços de correspondente bancário, onde a
e:
ilo
ad

Reclamante exerceu a função de agente operacional, sendo as atividades desempenhadas de acordo


com a Resolução do Banco Central, bem como de acordo também com seu contrato de trabalho;
lid
sig
ibi
vis

c) por consequência, inexistindo a condição de bancária, requer seja julgado improcedentes os


em
m

pedidos de juntada de documentos de funcionário do Banco do Brasil S/A, diferenças salariais, horas
e

extras, auxílio-refeição e auxílio cesta alimentação, formulados pela Reclamante;


io
nto
r

d) seja julgado improcedente o pedido a título de seguro desemprego, por


Us
me

absoluta falta de respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente
da relação de trabalho que existiu entre as partes, já foram entregues no
momento da rescisão contratual;
cu

e) seja declarada a Reclamante como litigante de má-fé, condenando-a ao


Do

pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:35:32 - 589578


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Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 157

f) seja a Reclamante condenada aos ônus da sucumbência, por ser medida da


mais lídima justiça e pelo bem da ordem processual vigente.

a
Por fim, a Reclamada requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas,

tiç
especialmente pela prova testemunhal e pelo depoimento pessoal da Reclamante sob pena de confissão,
bem como documental, e outras que se fizerem necessárias no decorrer do feito.

us
ej
Termos em que,

H
od
SC
Pede Deferimento.

LIT
Maringá (PR), 18 de Setembro de 2013.

ed
DE
gr
N
SO
se
CK
ou

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


JA

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773


e:
ilo
ad
lid
sig
ibi
vis
em
e m
io
nto
r

Us
me
cu
Do

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:35:32 - 589578


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589578 - Pág. 22
Número do documento: 13091816353209500000000584440
Fls.: 158

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE ARARANGUÁ – SANTA


CATARINA.

a
tiç
us
ej
H
Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

od
SC
LIT
ed
DE
gr
N
SO
se
CK
Saura Consultoria Eireli EPP, pessoa jurídica de direito privado, com sede à Avenida Bento
ou
JA

Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade de Maringá – Pr, devidamente inscrita
no CNPJ sob o n.º 11.860.036/0001-61, neste ato representado por Antonio Saura Silva, brasileiro,
e:

casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº 211.320.389-87, domiciliado à Avenida Bento Munhoz da
ilo
ad

Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade e Comarca de Maringá (PR), por seus
lid

procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar


sig
ibi
vis
em
m

CONTESTAÇÃO
e
io
nto
r

Us

aos autos epigrafados de Reclamatória Trabalhista que lhe move Luana Roberta Rabelo, já
me

qualificada, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:


cu

1-Preliminarmente
Do

1.1 Da Inépcia da Petição Inicial – falta de interesse de agir

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 1
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 159

Antes de adentrar ao mérito da causa, cumpre destacar que a inicial ora combatida não contém os
requisitos mínimos exigidos pelo ordenamento processual vigente.

a
Destaca-se que em matéria processual a petição inicial se revela como um veículo condutor que

tiç
deve levar ao Magistrado a providência jurisdicional pretendida pelo Autor, o que não se verifica através
da peça processual apresentada pela Reclamante.

us
ej
Ocorre que, contrariando norma estabelecida no art. 3º do CPC, onde “para propor ou contestar ação
é necessário ter interesse e legitimidade”, a Reclamante não faz nenhuma prova cabal do seu interesse de

H
agir, haja vista ausência de irregularidade no contrato celebrado entre as partes, bem como ausência de

od
SC
irregularidade quanto à rescisão do contrato de trabalho, e, por essa razão o conflito de interesse não se
delineou.

LIT
ed
DE
gr
Assim, a prosseguir o presente feito, a Reclamante estaria contestando e o Judiciário julgando

N
conflito de interesses hipotético, o que não se pode admitir.

SO
se
CK
Portanto, não restando demonstrada a necessidade de mobilização da Jurisdição, a Reclamante torna-
ou

se carente da ação.
JA
e:

Impõe-se, destarte, o reconhecimento, in casu, de inépcia, por falta de interesse de agir (CPC, art.
ilo
ad

267, VII), devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.


lid
sig
ibi

2 – Dos fatos alegados pela Reclamante


vis
em
m

A Reclamante interpõe reclamatória trabalhista, alegando que foi contratada pela Empresa Saura
e

Silva e Ricoldy – Primeira Reclamada, na função de agente operacional, atendendo aos clientes do Banco
io

do Brasil S/A – Segunda Reclamada, no período de 01/09/2011 à 20/11/2012, sendo despedida sem justa
nto
r

causa.

Us
me

Alega ainda que, realizava contratação de empréstimos consignados, e vendia outros produtos como
financiamento de veículos através e consórcio de casa própria.
cu
Do

Por fim, reclama seja declarada a terceirização ilícita, bem como, reclama os supostos direitos
rescisórios advindos de benefícios da categoria de bancária.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 2
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 160

Ocorre que tal pretensão não deve prosperar, pois, pelo que a seguir se expõem às alegações da
Reclamante não condizem com a realidade dos fatos resultante do liame empregatício havido entre a
Reclamante e as Reclamadas.

a
tiç
3 – Da realidade dos fatos

us
ej
Cumpre destacar primeiramente que houve em data de 18/04/2012 alteração da razão social da

H
empresa, passando de Saura Silva e Ricoldy para Saura Consultoria Eireli EPP.

od
SC
LIT
ed
No mais, a Reclamante firmou contrato de trabalho com a Primeira Reclamada, tendo como início

DE
de seu trabalho em 01/09/2011, para exercer a função de agente operacional, conforme cópia do contrato

gr
juntado à inicial, sendo que a todo o tempo a atividade exercida pela Reclamante foi de recepção de

N
proposta de abertura de contas, bem como recepcionando e encaminhando propostas referentes às

SO
se
operações de crédito consignado, e vendas de produtos. CK
ou
JA

Diferente do alegado pela Reclamante, seu desligamento ocorreu em data de 18/10/2012, sendo de
e:

fato dispensada sem justa causa, tendo sido as verbas rescisórias devidas pagas na data legalmente
ilo
ad

determinada.
lid
sig
ibi
vis

Ademais, em momento algum a Reclamante exerceu atividade de bancária, eis que foi contratada
em

exclusivamente pela Primeira Reclamada, na condição agente operacional, não exercendo atividade
m

privativa da Segunda Reclamada, sendo que a todo tempo foi subordinada exclusivamente à Primeira
e

Reclamada, obedecendo na íntegra o acordado entre as partes.


io
nto
r

Us

Desta forma, a Reclamante não faz jus aos valores pedido em sua inicial, eis que a rescisão do seu
me

contrato de trabalho se deu em perfeita consonância com as normas do direito trabalhista, restando
impugnadas, especificamente, as pretensões discriminadas nos termos articulados, senão vejamos:
cu
Do

3.1 – Da Terceirização Ilícita e Isonomia Salarial – improcedente

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 3
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 161

Antes de combater os pontos específicos formulados pela Reclamante, cumpre esclarecer que, a
Primeira Reclamada atua no mercado, de forma licita, como uma empresa correspondente bancária do
Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada, eis que amparada em contrato de prestação de serviços,
tendo suas atividades limitadas àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a
empresa contratada em instituição financeira.

a
tiç
us
Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não configura terceirização ilícita,
tampouco, conferem aos empregados contratados pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

ej
H
od
SC
Veja Excelência que, é totalmente licita a terceirização realizada nos moldes da Resolução do

LIT
Banco Central, não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda equiparação/enquadramento na

ed
categoria dos bancários de seus empregados, uma vez que a empresa atua como Correspondente

DE
Bancário, categoria esta que diferem daqueles dos bancos e seus respectivos empregados, pelo que não
há como enquadrar seus empregados como bancários, visando assegurar-lhes os mesmos direitos e

gr
N
obrigações.

SO
se
CK
ou

Por certo, a Primeira Reclamada ao exercer atividade que se desdobra em serviços, em


JA

decorrência de concessão delegada, a mesma fica sujeita as disposições legais constante da CLT, e da
e:

própria Resolução do Banco Central que rege o regime de trabalho da categoria de Correspondente
ilo
ad

Bancário, não se vinculando assim a Convenção Coletiva do Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada,
como alega a Reclamante.
lid
sig
ibi
vis
em

Ademais Excelência, nos termos do artigo 170 da Constituição da República, “a ordem econômica,
m

fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a
e

existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania
io

nacional; II -propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa
nto
r

do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o


impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução
Us
me

das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX -tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
pais ”.
cu
Do

Desta forma, como se verifica do referido texto constitucional, a República Federativa do Brasil
optou pelo regime da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de “promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade”, delimitou, no artigo 192

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 4
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 162

da Constituição da República, as diretrizes a serem observadas pelo sistema financeiro nacional,”em


todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua
regulamentação “por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.

a
tiç
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a

us
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses
da coletividade, em todas partes que o compõem, abrangendo as

ej
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares, que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas

H
od
SC
instituições que o integram”.

LIT
ed
Observa-se ainda que, desde a promulgação da Carta Magna, contudo, ainda não foram aprovadas

DE
as leis complementares a que alude à norma constitucional supra. Em consequência e também ante a

gr
recepção pela Constituição da República, permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº

N
SO
4.595, de 31 de dezembro de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e
se
creditícias. Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis: CK
ou
JA

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela


e:
ilo

presente Lei, será constituído:


ad

I – do Conselho Monetário Nacional;


lid
sig

II – do Banco Central do Brasil;


ibi
vis

III – do Banco do Brasil;


em

IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;


e m

V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”


io
nto
r

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho Monetário Nacional,
Us

merecendo destaque os seguintes incisos:


me
cu

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas


Do

modalidades e as operações creditícias em


todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras”;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 5
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 163

“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que


exercerem atividades
subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação
das penalidades previstas”; e

a
“XXII - estatuir normas para as operações das instituições financeiras

tiç
públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos
objetivos desta Lei”.

us
ej
Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer cumpriras disposições

H
que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário

od
SC
Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe as seguintes competências privativas, dentre outras:

LIT
“exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e

ed
“conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar

DE
ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas,

gr
incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da

N
dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de

SO
se
crédito ou mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus
estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.“ (inciso X)
CK
ou
JA
e:

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei nº 4.595/64, o
ilo
ad

Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública dotada de competência exclusiva
para emissão da moeda e de comando integral sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por
lid
sig

meio das quais explicita e difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado
ibi

financeiro e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.


vis
em
e m

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados pelo artigos 17 e 18 da
io

Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:


nto
r

Us
me

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da


legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que
cu

tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou


aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
Do

nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.


Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 6
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 164

legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas


físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de
forma permanente ou eventual.”

a
“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País

tiç
mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou
decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

us
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das

ej
sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas
econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das

H
od
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e

SC
disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores,

LIT
companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam

ed
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante

DE
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas

gr
físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,

N
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer

SO
se
títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou
CK
serviços de natureza dos executados pela
ou

instituições financeiras.”
JA
e:
ilo

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra o sistema financeiro
ad

nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições financeiras, refere-se a elas da seguinte
lid
sig

forma:
ibi
vis
em
m

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a


e

pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade


io

principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação,


nto
r

intermediação ou aplicação de recursos financeiros (Vetado) de


terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão,


Us

distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores


me

mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
cu

I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,


capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
Do

II - a pessoa natural que exerça quaisquer das


atividades referidas neste artigo, ainda que de

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 7
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 165

forma eventual.”

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar os
resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192 da Constituição da República,

a
atualmente é facultada a terceirização de algumas atividades pelas instituições financeiras, por meio da

tiç
contração de empresas integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

us
A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003 (com as alterações

ej
feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que assim dispõe:

H
od
SC
LIT
“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as normas que

ed
dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e

DE
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, de

gr
N
empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o

SO
desempenho das funções de
se
correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes serviços:
CK
I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
ou
JA

depósito à vista, a prazo e de poupança;


e:

II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a


ilo
ad

prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de


investimento;
lid
sig
ibi

III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de


vis

convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma


em

da regulamentação em vigor;
m

IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do


e

contratante;
io
nto
r

V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de


financiamentos;
Us
me

VI- análise de crédito e cadastro;


VII- execução de serviços de cobrança;
cu

VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de


crédito;
Do

IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das


operações pactuadas;
X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 8
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 166

§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser exercida no


que se refere a serviços relacionados às atividades desenvolvidas pelas
instituições referidas no caput, permitidas nos termos da legislação e
regulamentação em vigor.

a
§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços referidos no

tiç
caput, incisos I e II, depende de prévia autorização do Banco Central do
Brasil, devendo, nos demais casos, ser objeto de comunicação àquela

us
Autarquia.
§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas por

ej
serviços notariais e de

H
registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

od
SC
LIT
Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a contratação, para a

ed
prestação dos serviços mencionados nos incisos I e II daquele artigo, de

DE
empresa cuja atividade principal ou única seja a prestação de serviços de

gr
N
correspondente.

SO
se
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à hipótese
de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
CK
Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a
ou
JA

contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para a


prestação de qualquer dos serviços mencionados naquele artigo, de
e:
ilo

empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional que utilizem o


ad

termo “banco” em sua denominação social ou no respectivo nome


lid
sig

fantasia.
ibi

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de


vis

substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.


em
m

(...)
e

Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de


io
nto

correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades


r

previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar
Us

por sua própria conta e ordem, operações privativas das instituições


me

referidas no art. 1º.”


cu

Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos; Bancos Comerciais; Bancos de investimento;
Do

Bancos Cooperativos; Caixas Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de


Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades de Crédito
Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai do sítio do Banco Central na

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 9
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 167

internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o


§ 7º do artigo 44 da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

a
tiç
“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição
financeira, sem estar devidamente autorizados pelo Banco Central da

us
República do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e
detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica,

ej
seus diretores e administradores.”

H
od
SC
Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas contratadas em estrita

LIT
observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias,

ed
na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas bancárias ou empresas

DE
financiárias. Senão vejamos:

gr
N
SO
se
Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes
CK
atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços
ou
JA

de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:


I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
e:
ilo

depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição


ad

contratante;
lid
sig

(...)
ibi

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de


vis

crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;


em

(...)
e m
io
nto
r

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Reclamada, tem por objeto todas

aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de prestação de serviços de correspondente,


Us

visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus


me

clientes e usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.
cu
Do

Assim, fica evidente Excelência que, a simples atividade de agente operacional, prestando auxilio e
vendendo produtos, ou recepcionando e encaminhando propostas de aberturas de contas bancárias, não se
confundem com a atividade de instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a

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Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 168

coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional


ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

a
Ademais, como pode ser observada Excelência, através da cópia do contrato social da Reclamada,

tiç
ela tem por objeto, dentre outros, o de correspondente bancário.

us
E ainda, o fato de a Reclamada desempenhar serviços de correspondente, na prestação dos serviços

ej
relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que seus

H
mantenham contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de

od
SC
prestação de serviços como correspondente, como pode ser observado através da cópia de contrato anexa.

LIT
ed
DE
No mais Excelência, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a Resolução do

gr
Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se

N
SO
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
se
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de
CK
correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido,
ou

todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no direito, tampouco na
JA

justiça.
e:
ilo
ad

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o condão de torná-los
lid
sig

instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários
ibi

aos empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.


vis
em
m

Em recentes julgados assim decidiu o TST:


e
io
nto
r

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS


Us

TERCEIRIZADOS LTDA. - ME. CORRESPONDENTE


me

BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA


CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A
cu

reclamada, embora na condição de correspondente bancária,


não exerce as atividades peculiares das instituições
Do

financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de


uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis

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Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 169

à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista


conhecido e provido. B) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso
de revista da reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. -

a
ME que julgou improcedente a reclamação trabalhista.

tiç
(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09
/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT

us
06/09/2013).

ej
BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA

H
DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.

od
SC
EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE

LIT
1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco

ed
Postal), presta, a par de sua atividade preponderante e

DE
monopolista -- os serviços postais --, apenas os serviços
bancários básicos de uma agência, e não as atividades

gr
N
típicas e privativas de uma instituição financeira.

SO
se
2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo
empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224
CK
da CLT. Precedentes.
ou
JA

3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.


(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento: 21
e:
ilo

/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT


ad

06/09/2013).
lid
sig
ibi

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


vis

ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.


em

JORNADA DE SEIS HORAS. BANCO POSTAL. EMPRESA


m

BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. A Empresa


e

Brasileira de Correios e Telégrafos, embora na condição de


io

correspondente bancário, não exerce as atividades


nto
r

peculiares das instituições financeiras, razão pela qual os


empregados que prestam serviços em agência do Banco
Us
me

Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à


categoria dos trabalhadores bancários, pois permanecem
inseridos na categoria dos postalistas, atividade preponderante
cu

da ECT. Precedentes. Aresto inservível diante do que dispõe o


art. 896, -a-, da CLT. Agravo de instrumento conhecido e não
Do

provido." (TST-AIRR-1481-39.2011.5.23.0004, 8ª Turma,


Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, DEJT 15/03/2013)

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Fls.: 170

Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter acessório e


complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à empresa não integrante do
sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza instituição financeira, tão menos seus

a
empregados devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada

tiç
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

us
Excelência, não há dúvida que da análise dos fatos narrados nos autos, bem como do conjunto

ej
probatório apresentado, resta comprovado que a empresa Reclamada, bem como a Reclamante no
exercício de suas funções, correspondente bancário e agente operacional, respectivamente, jamais

H
od
SC
exerceram qualquer atividade, seja ela principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de

LIT
propriedade de terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil.

ed
DE
gr
N
Por essa razão, improcede a pretensão da Reclamante de terceirização ilícita ou isonomia salarial, e,

SO
se
em consequência seu enquadramento na categoria de financiaria, reclamando assim que a aplicação das
normas coletivas inerentes aos bancários, inclusive, a adoção da jornada de trabalho de 06 horas diárias e
CK
o pagamento de auxílio refeição, ajuda alimentação, indenização adicional, e piso salarial, motivo pelo
ou
JA

qual resta impugnado todos os pedidos.


e:
ilo
ad

3.2 – Do reconhecimento da condição de bancária – improcedente


lid
sig
ibi
vis

Alega a Reclamante que, muito embora contratada pela Primeira Reclamada, desempenhava a
em

atividade de bancária, requerendo assim seja determinada a aplicação das normas coletivas a que tem
m

direito a categoria de bancário, sem, contudo fazer qualquer menção quanto a descaracterização do
e

contrato de prestação de trabalho entre Reclamante e Primeira Reclamada. Lamentável equívoco!


io
nto
r

Us
me

Veja Excelência que, Correspondente Bancário, natureza de que se reveste a Primeira Reclamada, é
uma pessoa jurídica, uma empresa que, entre outras atividades, atua como auxiliares de entre bancos e
seus clientes finais e são devidamente autorizadas a funcionarem como tais pelo Banco Central.
cu
Do

Cabe salientar, que pelas normas do Banco Central, os correspondentes bancários são autorizados
a prestarem serviços aos bancos e financeiras. Vejamos o que dispõe o Art. 8º da Resolução Bacen nº
3954/2011, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País:

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Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 171

Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de


atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da

a
instituição contratante a seus clientes e usuários:

tiç
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,

us
a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;

ej
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela

H
od
instituição contratante;

SC
LIT
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes

ed
da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição

DE
contratante com terceiros;

gr
N
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da

SO
se
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
CK
ou

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de


JA

arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;


e:
ilo

VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição


ad

contratante;
lid
sig
ibi

VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade


vis

da instituição contratante ou de seus clientes; (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31


em

/3/2011.)
e m

VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito


io
nto

de responsabilidade da instituição contratante; e


r

Us

IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante,


me

observado o disposto no art. 9º.


Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares
de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e
cu

processamento de dados.
Do

Destaca-se que, o Banco Central não confere às empresas que atuam nesse ramo o status de bancos
ou instituições financeiras, eis que para tal há outras regulamentações a serem seguidas.

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Fls.: 172

Por conseguinte, os trabalhadores contratados pelo correspondente, como é o caso em apreço, não
podem em hipótese alguma ser considerados bancários e, assim, não recebem a mesma remuneração
desses e nem gozam dos demais benefícios previstos em lei ou negociação coletiva, como requer a

a
Reclamante. Corroborando com esse entendimento temos os seguintes julgados do TST:

tiç
us
RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED SERVIÇOS E TELEFONIA

ej
LTDA. CONTRATAÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO. ATIVIDADES

H
OPERACIONAIS .Considerando que os serviços prestados pela empresa contratada,

od
SC
como correspondente bancário, estão inseridos entre os permitidos na regulamentação
editada pelo Banco Central do Brasil e não se confundem, no seu caráter adicional,

LIT
complementar e acessório, com as atividades privativas das instituições financeiras; e,

ed
enquadrando-se as atividades desempenhadas pela Reclamante entre as contratadas,

DE
não há se falar em exercício de atividades tipicamente bancárias, em ilicitude da

gr
N
pactuação havida entre as partes demandadas, tampouco em isonomia da Autora com

SO
os empregados do tomador dos serviços. MULTA POR INTERPOSIÇÃO DE
se
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REPUTADOS PROTELATÓRIOS. A multa por
CK
Embargos de Declaração protelatórios insere-se no poder discricionário do julgador,
ou

que, no caso em debate, entendeu pela inexistência dos pressupostos do art. 535 do
JA

CPC. Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido. RECURSO DE


e:

REVISTA DO BANCO DO BRASIL . Prejudicada a análise do apelo em face do


ilo
ad

provimento do Recurso de Revista da primeira Reclamada Potencial Cred Serviços e


Telefonia Ltda.535CPC
lid
sig

(TST - 14596320115030092 1459-63.2011.5.03.0092, Relator: Maria de Assis


ibi

Calsing, Data de Julgamento: 29/05/2013, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/06


vis

/2013)
em
m

RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL. CORRESPONDENTE


e
io

BANCÁRIO. ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS


nto
r

BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE .A 1ª reclamada, embora na condição de


correspondente bancária, não exerce as atividades peculiares das instituições


Us

financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de uma agência, razão pela
me

qual os empregados que trabalham nessa atividade não são beneficiários das normas
aplicáveis à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e
cu

provido . B) RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED. Prejudicada a


análise do apelo em face do provimento do recurso de revista do reclamado Banco do
Do

Brasil .
(TST - 16012320115030139 1601-23.2011.5.03.0139, Relator: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 22/05/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/05/2013)

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 15
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 173

RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - ECT. BANCO POSTAL.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
RECONHECIMENTO DA JORNADA DE SEIS HORAS . IMPOSSIBILIDADE . A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao prestar serviços na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas das instituições

a
financeiras, razão pela qual os empregados que prestam serviços em agência do

tiç
Banco Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários, pois permanecem inseridos na categoria dos postalistas,

us
atividade preponderante da ECT. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e não
provido.

ej
(TST - 13107320115230007 1310-73.2011.5.23.0007, Relator: Márcio Eurico Vitral

H
Amaro, Data de Julgamento: 24/04/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/04

od
SC
/2013)

LIT
ed
DE
Veja Excelência que, o contrato de prestação de serviços firmado entre a Reclamada e a

gr
Reclamante, é claro e inequívoco quanto à permanência do vínculo jurídico-contratual havido entre as

N
partes, sendo indiscutível que a Primeira Reclamada foi a real empregadora da Reclamante.

SO
se
CK
ou

Ademais, há de se observar, que as atividades desempenhadas pela Reclamante ao longo de todo o


JA

contrato de trabalho, inclusive confessada por ela em sua inicial, não excederam em hipótese alguma aos
e:

limites de atuação da Primeira Reclamada como correspondente bancário, pois a promoção dos produtos
ilo
ad

oferecidos pelos bancos não se confundem com os serviços por eles prestados.
lid
sig
ibi
vis

Veja ainda Excelência, que a Reclamante nem mesmo aventa a nulidade do contrato firmado com a
em

Primeira Reclamada, motivo pelo qual deve ser julgado improcedente o pedido de equiparação com a
m

categoria dos bancários pretendida pela Reclamante.


e
io
nto
r

Note-se que o contrato de trabalho firmado com a Reclamante, declara expressamente a função da
Us

mesma como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL, na condição de


me

Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de instituição bancária, razão pela
qual resta afastada a configuração da responsabilidade das Reclamadas quanto a suposta atividade de
cu

bancária.
Do

O contrato de trabalho dispunha expressamente em suas cláusulas 15ª e 25ª:

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Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 174

15ª- Ao EMPREGADO(A), quando em visita a um cliente ou potencial comprador, é


obrigatória uma boa apresentação pessoal e a pronta atenção em identificar-se com
clareza como sendo um funcionário da EMPREGADORA atuando como agenciador
de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL S.A., e ou outras empresas que

a
mantenha ou venha a manter relações comerciais.

tiç
25ª- Por este contrato ainda, o EMPREGADO(A) reconhece que, dentre as condições
de trabalho que lhe foram expostas ao ser contratado pela EMPREGADORA, é do seu

us
pleno conhecimento, reconhecimento e acordo, que a EMPREGADORA mantém
contrato de prestação de serviços como COBAN – CORRESPONDENTE

ej
BANCÁRIO com o Banco do Brasil S.A. Portanto, os agenciamentos e prestação de
serviços ao Banco do Brasil S.A., são uma atribuição normal do seu contrato de

H
trabalho, não podendo por isto pleitear quaisquer complementos ou responsabilidade

od
SC
solidária da empresa em questão.

LIT
Por certo, mediante os argumentos sustentados pela Reclamante, bem como através dos

ed
documentos anexado em sua inicial, resta evidenciado nos autos a ausência dos requisitos

DE
caracterizadores da relação de emprego com o Segundo Reclamado, não havendo que se falar no

gr
reconhecimento do vínculo empregatício pretendido e o consequente enquadramento da Reclamante na

N
categoria dos bancários.

SO
se
CK
ou
JA

Conforme já narrado acima, o Segundo Reclamado jamais foi empregador da Reclamante, sendo
que, o que de fato existe é um contrato de natureza civil firmado com a Primeira Reclamada para a
e:

prestação de serviços de correspondente bancário e esta, por sua vez, contratou os serviços da
ilo
ad

Reclamante, como agente operacional, sendo as atividades desempenhadas pela Reclamante estranhas à
lid

atividade privativa do Segundo Reclamado.


sig
ibi
vis
em

Desta forma, e nos termos do disposto no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, não há como
m

se deferir a subsidiariedade requerida na inicial, vez que não há dispositivo legal prevendo tal
e

condenação - ao contrário, existe dispositivo proibindo a declaração da responsabilidade subsidiária dos


io
nto

entes públicos (o caso do Banco do Brasil S/A) para responder por eventuais débitos trabalhistas das
r

empresas contratadas.
Us
me

Assim, improcede o pleiteado a título de reconhecimento da condição de bancária da Reclamante,


cu

bem como a solidariedade do Segundo Reclamado para os fins pretendidos, e todos os direitos atinentes à
categoria dos bancários, não merecendo acolhimento referido pleito.
Do

3.3- Das diferenças de salário - improcedente

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 17
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 175

Como não há se falar em reconhecimento da condição de bancaria decorrente da relação de


emprego havida na presente demanda, resta impugnado o valor do salário reclamado, e ainda, como a
Primeira Reclamada providenciou o pagamento integral das verbas rescisórias à Reclamante, não
havendo diferenças a serem complementadas, assim, mais estes pedidos são improcedentes.

a
tiç
3.4- Das Horas extras - improcedente

us
Alega a Reclamante que trabalhava 08 (oito) horas por dia e que consoante os termos da
Convenção Coletiva faria jus ao pagamento de adicional pelas as 02 (duas) horas extras laboradas

ej
diariamente, fazendo menção ao total de horas do bancário.

H
od
SC
LIT
Por óbvio, deve ser reconhecida a legalidade do que se apresenta o contrato de trabalho celebrado

ed
entre as partes, constante de 44 horas semanais de trabalho, pelo que não gerou qualquer direito ao

DE
pagamento a titulo de hora extra, às 08 (oito) horas diárias trabalhadas.

gr
N
SO
se
Todavia, deve-se novamente ressaltar que a Reclamante não se enquadra na condição de bancária,
CK
pelo que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.
ou
JA
e:
ilo
ad

3.5- Do auxílio-refeição e cesta alimentação – improcedente


lid
sig
ibi

Conforme anteriormente repisado, a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo


que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.
vis
em
e m

3.6 – Do FGTS – improcedente


io
nto
r

Us

Como o salário da Reclamante foi integralmente pago durante todo o contrato de trabalho, e, o
me

valor das verbas rescisórias já foram depositadas em conta corrente da Reclamante, e ainda, os demais
recolhimentos foram feitos no momento da despedida da mesma, não há diferença de FGTS a serem
cu

complementadas.
Do

Diante disso, indevido o pagamento FGTS e muito menos a multa de 40% sobre o deposito
fundiário.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 18
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Fls.: 176

3.7 – Do Seguro Desemprego – improcedente

a
tiç
Indevida a pretensão da Reclamante descrita a título de seguro desemprego, por absoluta falta de
respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente da relação de trabalho existente entre as

us
partes, já foram entregues no momento da rescisão.

ej
H
3.8 – Da necessidade de exibição de documentos – improcedente

od
SC
LIT
ed
Indevida a pretensão da Reclamante descrita a esse, por absoluta falta de respaldo legal, pois como

DE
já acima citado a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo que não merece prosperar tal

gr
pleito, restando assim impugnado.

N
SO
se
4 – Da litigância de má-fé
CK
ou
JA
e:

Por certo, o que busca a Reclamante é o enriquecimento ilícito, ao se socorrer do Poder Judiciário
ilo
ad

para tentar obter através de fatos inverídicos e fantasiosos, com o nítido objetivo de locupletamento.
lid
sig
ibi
vis

Por certo Excelência, tal pretensão revela-se apenas como uma atitude de má-fé da Reclamante,
em

pretendendo auferir vantagem manifestamente indevida.


e m
io

Considerando a tentativa de distorção dos fatos, e, considerando ainda que entre os deveres que as
nto
r

partes possuem dentro do processo, sem dúvida alguma, o da boa-fé ocupa posição de destaque, fez que

traz o Código de Processo Civil diversos dispositivos relacionados ao dever de lealdade, deve a
Us

Reclamante ser condenada ao pagamento de valor a ser determinado por Vossa Excelência, a título de
me

indenização ante a conduta de má-fé da Reclamante ao intentar a presente ação.


cu

Sobre isso, dispõe o art. 14, do CPC, vejamos:


Do

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 19
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 177

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam
do processo:

a
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

tiç
II - proceder com lealdade e boa-fé;

us
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento;

ej
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou

H
defesa do direito.

od
SC
(...)

LIT
ed
DE
Na instauração de uma lide, inevitável que as partes tentem, de todas as formas possíveis, fazer
valer os direitos que julgam possuir. Porém, apesar disso, é de fundamental importância que os litigantes

gr
N
respeitem padrões mínimos de urbanidade, visando o correto julgamento da lide. Ou seja, é necessário

SO
que todos os entes processuais observem regras preestabelecidas, objetivando uma “luta” leal e
se
isonômica, visando conservar os princípios éticos que levam à boa-fé processual e, consequentemente, a
CK
eficaz prestação jurisdicional o que não foi observado pela Reclamante.
ou
JA
e:

Nesse prisma, diz o art. 17, do CPC, in verbis:


ilo
ad
lid
sig

Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:


ibi

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;


vis

(...) (grifo nosso)


em
m

Ainda, de acordo com o mesmo diploma processual acima mencionado, temos que:
e
io
nto
r

Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu
Us

o interveniente. (grifo nosso).


me

Conclui-se, portanto, ante o acima narrado, que a Reclamante, agiu com má-fé quando da
cu

distribuição da presente Ação, devendo suportar o ônus pelos seus atos.


Do

Para tanto requer, desde logo, digne-se Vossa Excelência em declarar a Reclamante como litigante
de má-fé, condenando-a ao pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 20
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 178

5 – Termo de autenticidade de cópias

Nos termos do artigo 830 da CLT, declaro sob minha responsabilidade pessoal, que todas as cópias

a
que acompanham esta contestação são autênticas.

tiç
us
6 - Dos Pedidos e Requerimentos

ej
Diante todo exposto e contestado, e outros mais ponderáveis que acudirem o excelso

H
entendimento de Vossa Excelência, a Reclamada requer o integral atendimento de suas razões e assim:

od
SC
LIT
a) sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela Reclamante, afastando assim a

ed
DE
configuração de terceirização ilícita e isonomia salarial, bem como a condição de bancária, eis que a
Reclamante foi contratada pela Reclamada como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO

gr
N
BRASIL, na condição de Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de

SO
instituição bancária;
se
CK
ou
JA

b) seja julgado improcedente o pedido de responsabilidade subsidiaria/solidaria, haja vista o contrato


de trabalho firmado entre as partes ser de prestação de serviços de correspondente bancário, onde a
e:
ilo
ad

Reclamante exerceu a função de agente operacional, sendo as atividades desempenhadas de acordo


com a Resolução do Banco Central, bem como de acordo também com seu contrato de trabalho;
lid
sig
ibi
vis

c) por consequência, inexistindo a condição de bancária, requer seja julgado improcedentes os


em
m

pedidos de juntada de documentos de funcionário do Banco do Brasil S/A, diferenças salariais, horas
e

extras, auxílio-refeição e auxílio cesta alimentação, formulados pela Reclamante;


io
nto
r

d) seja julgado improcedente o pedido a título de seguro desemprego, por


Us
me

absoluta falta de respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente
da relação de trabalho que existiu entre as partes, já foram entregues no
momento da rescisão contratual;
cu

e) seja declarada a Reclamante como litigante de má-fé, condenando-a ao


Do

pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 21
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 179

f) seja a Reclamante condenada aos ônus da sucumbência, por ser medida da


mais lídima justiça e pelo bem da ordem processual vigente.

a
Por fim, a Reclamada requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas,

tiç
especialmente pela prova testemunhal e pelo depoimento pessoal da Reclamante sob pena de confissão,
bem como documental, e outras que se fizerem necessárias no decorrer do feito.

us
ej
Termos em que,

H
od
SC
Pede Deferimento.

LIT
Maringá (PR), 18 de Setembro de 2013.

ed
DE
gr
N
SO
se
CK
ou

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


JA

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773


e:
ilo
ad
lid
sig
ibi
vis
em
e m
io
nto
r

Us
me
cu
Do

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:41:34 - 589641


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816413424600000000584503
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589641 - Pág. 22
Número do documento: 13091816413424600000000584503
Fls.: 180

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE ARARANGUÁ – SANTA


CATARINA.

a
tiç
us
ej
H
Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

od
SC
LIT
ed
DE
gr
N
SO
se
CK
Saura Consultoria Eireli EPP, pessoa jurídica de direito privado, com sede à Avenida Bento
ou
JA

Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade de Maringá – Pr, devidamente inscrita
no CNPJ sob o n.º 11.860.036/0001-61, neste ato representado por Antonio Saura Silva, brasileiro,
e:

casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº 211.320.389-87, domiciliado à Avenida Bento Munhoz da
ilo
ad

Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade e Comarca de Maringá (PR), por seus
lid

procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar


sig
ibi
vis
em
m

CONTESTAÇÃO
e
io
nto
r

Us

aos autos epigrafados de Reclamatória Trabalhista que lhe move Luana Roberta Rabelo, já
me

qualificada, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:


cu

1-Preliminarmente
Do

1.1 Da Inépcia da Petição Inicial – falta de interesse de agir

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 1
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 181

Antes de adentrar ao mérito da causa, cumpre destacar que a inicial ora combatida não contém os
requisitos mínimos exigidos pelo ordenamento processual vigente.

a
Destaca-se que em matéria processual a petição inicial se revela como um veículo condutor que

tiç
deve levar ao Magistrado a providência jurisdicional pretendida pelo Autor, o que não se verifica através
da peça processual apresentada pela Reclamante.

us
ej
Ocorre que, contrariando norma estabelecida no art. 3º do CPC, onde “para propor ou contestar ação
é necessário ter interesse e legitimidade”, a Reclamante não faz nenhuma prova cabal do seu interesse de

H
agir, haja vista ausência de irregularidade no contrato celebrado entre as partes, bem como ausência de

od
SC
irregularidade quanto à rescisão do contrato de trabalho, e, por essa razão o conflito de interesse não se
delineou.

LIT
ed
DE
gr
Assim, a prosseguir o presente feito, a Reclamante estaria contestando e o Judiciário julgando

N
conflito de interesses hipotético, o que não se pode admitir.

SO
se
CK
Portanto, não restando demonstrada a necessidade de mobilização da Jurisdição, a Reclamante torna-
ou

se carente da ação.
JA
e:

Impõe-se, destarte, o reconhecimento, in casu, de inépcia, por falta de interesse de agir (CPC, art.
ilo
ad

267, VII), devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.


lid
sig
ibi

2 – Dos fatos alegados pela Reclamante


vis
em
m

A Reclamante interpõe reclamatória trabalhista, alegando que foi contratada pela Empresa Saura
e

Silva e Ricoldy – Primeira Reclamada, na função de agente operacional, atendendo aos clientes do Banco
io

do Brasil S/A – Segunda Reclamada, no período de 01/09/2011 à 20/11/2012, sendo despedida sem justa
nto
r

causa.

Us
me

Alega ainda que, realizava contratação de empréstimos consignados, e vendia outros produtos como
financiamento de veículos através e consórcio de casa própria.
cu
Do

Por fim, reclama seja declarada a terceirização ilícita, bem como, reclama os supostos direitos
rescisórios advindos de benefícios da categoria de bancária.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 2
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 182

Ocorre que tal pretensão não deve prosperar, pois, pelo que a seguir se expõem às alegações da
Reclamante não condizem com a realidade dos fatos resultante do liame empregatício havido entre a
Reclamante e as Reclamadas.

a
tiç
3 – Da realidade dos fatos

us
ej
Cumpre destacar primeiramente que houve em data de 18/04/2012 alteração da razão social da

H
empresa, passando de Saura Silva e Ricoldy para Saura Consultoria Eireli EPP.

od
SC
LIT
ed
No mais, a Reclamante firmou contrato de trabalho com a Primeira Reclamada, tendo como início

DE
de seu trabalho em 01/09/2011, para exercer a função de agente operacional, conforme cópia do contrato

gr
juntado à inicial, sendo que a todo o tempo a atividade exercida pela Reclamante foi de recepção de

N
proposta de abertura de contas, bem como recepcionando e encaminhando propostas referentes às

SO
se
operações de crédito consignado, e vendas de produtos. CK
ou
JA

Diferente do alegado pela Reclamante, seu desligamento ocorreu em data de 18/10/2012, sendo de
e:

fato dispensada sem justa causa, tendo sido as verbas rescisórias devidas pagas na data legalmente
ilo
ad

determinada.
lid
sig
ibi
vis

Ademais, em momento algum a Reclamante exerceu atividade de bancária, eis que foi contratada
em

exclusivamente pela Primeira Reclamada, na condição agente operacional, não exercendo atividade
m

privativa da Segunda Reclamada, sendo que a todo tempo foi subordinada exclusivamente à Primeira
e

Reclamada, obedecendo na íntegra o acordado entre as partes.


io
nto
r

Us

Desta forma, a Reclamante não faz jus aos valores pedido em sua inicial, eis que a rescisão do seu
me

contrato de trabalho se deu em perfeita consonância com as normas do direito trabalhista, restando
impugnadas, especificamente, as pretensões discriminadas nos termos articulados, senão vejamos:
cu
Do

3.1 – Da Terceirização Ilícita e Isonomia Salarial – improcedente

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 3
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 183

Antes de combater os pontos específicos formulados pela Reclamante, cumpre esclarecer que, a
Primeira Reclamada atua no mercado, de forma licita, como uma empresa correspondente bancária do
Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada, eis que amparada em contrato de prestação de serviços,
tendo suas atividades limitadas àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a
empresa contratada em instituição financeira.

a
tiç
us
Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não configura terceirização ilícita,
tampouco, conferem aos empregados contratados pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

ej
H
od
SC
Veja Excelência que, é totalmente licita a terceirização realizada nos moldes da Resolução do

LIT
Banco Central, não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda equiparação/enquadramento na

ed
categoria dos bancários de seus empregados, uma vez que a empresa atua como Correspondente

DE
Bancário, categoria esta que diferem daqueles dos bancos e seus respectivos empregados, pelo que não
há como enquadrar seus empregados como bancários, visando assegurar-lhes os mesmos direitos e

gr
N
obrigações.

SO
se
CK
ou

Por certo, a Primeira Reclamada ao exercer atividade que se desdobra em serviços, em


JA

decorrência de concessão delegada, a mesma fica sujeita as disposições legais constante da CLT, e da
e:

própria Resolução do Banco Central que rege o regime de trabalho da categoria de Correspondente
ilo
ad

Bancário, não se vinculando assim a Convenção Coletiva do Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada,
como alega a Reclamante.
lid
sig
ibi
vis
em

Ademais Excelência, nos termos do artigo 170 da Constituição da República, “a ordem econômica,
m

fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a
e

existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania
io

nacional; II -propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa
nto
r

do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o


impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução
Us
me

das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX -tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
pais ”.
cu
Do

Desta forma, como se verifica do referido texto constitucional, a República Federativa do Brasil
optou pelo regime da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de “promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade”, delimitou, no artigo 192

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 4
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 184

da Constituição da República, as diretrizes a serem observadas pelo sistema financeiro nacional,”em


todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua
regulamentação “por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.

a
tiç
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a

us
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses
da coletividade, em todas partes que o compõem, abrangendo as

ej
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares, que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas

H
od
SC
instituições que o integram”.

LIT
ed
Observa-se ainda que, desde a promulgação da Carta Magna, contudo, ainda não foram aprovadas

DE
as leis complementares a que alude à norma constitucional supra. Em consequência e também ante a

gr
recepção pela Constituição da República, permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº

N
SO
4.595, de 31 de dezembro de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e
se
creditícias. Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis: CK
ou
JA

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela


e:
ilo

presente Lei, será constituído:


ad

I – do Conselho Monetário Nacional;


lid
sig

II – do Banco Central do Brasil;


ibi
vis

III – do Banco do Brasil;


em

IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;


e m

V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”


io
nto
r

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho Monetário Nacional,
Us

merecendo destaque os seguintes incisos:


me
cu

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas


Do

modalidades e as operações creditícias em


todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras”;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 5
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 185

“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que


exercerem atividades
subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação
das penalidades previstas”; e

a
“XXII - estatuir normas para as operações das instituições financeiras

tiç
públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos
objetivos desta Lei”.

us
ej
Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer cumpriras disposições

H
que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário

od
SC
Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe as seguintes competências privativas, dentre outras:

LIT
“exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e

ed
“conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar

DE
ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas,

gr
incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da

N
dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de

SO
se
crédito ou mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus
estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.“ (inciso X)
CK
ou
JA
e:

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei nº 4.595/64, o
ilo
ad

Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública dotada de competência exclusiva
para emissão da moeda e de comando integral sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por
lid
sig

meio das quais explicita e difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado
ibi

financeiro e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.


vis
em
e m

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados pelo artigos 17 e 18 da
io

Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:


nto
r

Us
me

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da


legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que
cu

tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou


aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
Do

nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.


Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 6
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 186

legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas


físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de
forma permanente ou eventual.”

a
“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País

tiç
mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou
decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

us
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das

ej
sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas
econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das

H
od
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e

SC
disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores,

LIT
companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam

ed
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante

DE
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas

gr
físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,

N
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer

SO
se
títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou
CK
serviços de natureza dos executados pela
ou

instituições financeiras.”
JA
e:
ilo

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra o sistema financeiro
ad

nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições financeiras, refere-se a elas da seguinte
lid
sig

forma:
ibi
vis
em
m

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a


e

pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade


io

principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação,


nto
r

intermediação ou aplicação de recursos financeiros (Vetado) de


terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão,


Us

distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores


me

mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
cu

I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,


capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
Do

II - a pessoa natural que exerça quaisquer das


atividades referidas neste artigo, ainda que de

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 7
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 187

forma eventual.”

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar os
resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192 da Constituição da República,

a
atualmente é facultada a terceirização de algumas atividades pelas instituições financeiras, por meio da

tiç
contração de empresas integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

us
A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003 (com as alterações

ej
feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que assim dispõe:

H
od
SC
LIT
“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as normas que

ed
dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e

DE
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, de

gr
N
empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o

SO
desempenho das funções de
se
correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes serviços:
CK
I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
ou
JA

depósito à vista, a prazo e de poupança;


e:

II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a


ilo
ad

prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de


investimento;
lid
sig
ibi

III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de


vis

convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma


em

da regulamentação em vigor;
m

IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do


e

contratante;
io
nto
r

V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de


financiamentos;
Us
me

VI- análise de crédito e cadastro;


VII- execução de serviços de cobrança;
cu

VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de


crédito;
Do

IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das


operações pactuadas;
X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

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Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 188

§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser exercida no


que se refere a serviços relacionados às atividades desenvolvidas pelas
instituições referidas no caput, permitidas nos termos da legislação e
regulamentação em vigor.

a
§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços referidos no

tiç
caput, incisos I e II, depende de prévia autorização do Banco Central do
Brasil, devendo, nos demais casos, ser objeto de comunicação àquela

us
Autarquia.
§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas por

ej
serviços notariais e de

H
registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

od
SC
LIT
Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a contratação, para a

ed
prestação dos serviços mencionados nos incisos I e II daquele artigo, de

DE
empresa cuja atividade principal ou única seja a prestação de serviços de

gr
N
correspondente.

SO
se
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à hipótese
de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
CK
Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a
ou
JA

contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para a


prestação de qualquer dos serviços mencionados naquele artigo, de
e:
ilo

empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional que utilizem o


ad

termo “banco” em sua denominação social ou no respectivo nome


lid
sig

fantasia.
ibi

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de


vis

substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.


em
m

(...)
e

Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de


io
nto

correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades


r

previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar
Us

por sua própria conta e ordem, operações privativas das instituições


me

referidas no art. 1º.”


cu

Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos; Bancos Comerciais; Bancos de investimento;
Do

Bancos Cooperativos; Caixas Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de


Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades de Crédito
Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai do sítio do Banco Central na

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Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 189

internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o


§ 7º do artigo 44 da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

a
tiç
“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição
financeira, sem estar devidamente autorizados pelo Banco Central da

us
República do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e
detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica,

ej
seus diretores e administradores.”

H
od
SC
Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas contratadas em estrita

LIT
observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias,

ed
na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas bancárias ou empresas

DE
financiárias. Senão vejamos:

gr
N
SO
se
Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes
CK
atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços
ou
JA

de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:


I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
e:
ilo

depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição


ad

contratante;
lid
sig

(...)
ibi

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de


vis

crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;


em

(...)
e m
io
nto
r

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Reclamada, tem por objeto todas

aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de prestação de serviços de correspondente,


Us

visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus


me

clientes e usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.
cu
Do

Assim, fica evidente Excelência que, a simples atividade de agente operacional, prestando auxilio e
vendendo produtos, ou recepcionando e encaminhando propostas de aberturas de contas bancárias, não se
confundem com a atividade de instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a

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Fls.: 190

coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional


ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

a
Ademais, como pode ser observada Excelência, através da cópia do contrato social da Reclamada,

tiç
ela tem por objeto, dentre outros, o de correspondente bancário.

us
E ainda, o fato de a Reclamada desempenhar serviços de correspondente, na prestação dos serviços

ej
relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que seus

H
mantenham contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de

od
SC
prestação de serviços como correspondente, como pode ser observado através da cópia de contrato anexa.

LIT
ed
DE
No mais Excelência, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a Resolução do

gr
Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se

N
SO
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
se
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de
CK
correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido,
ou

todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no direito, tampouco na
JA

justiça.
e:
ilo
ad

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o condão de torná-los
lid
sig

instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários
ibi

aos empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.


vis
em
m

Em recentes julgados assim decidiu o TST:


e
io
nto
r

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS


Us

TERCEIRIZADOS LTDA. - ME. CORRESPONDENTE


me

BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA


CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A
cu

reclamada, embora na condição de correspondente bancária,


não exerce as atividades peculiares das instituições
Do

financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de


uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis

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Fls.: 191

à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista


conhecido e provido. B) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso
de revista da reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. -

a
ME que julgou improcedente a reclamação trabalhista.

tiç
(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09
/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT

us
06/09/2013).

ej
BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA

H
DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.

od
SC
EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE

LIT
1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco

ed
Postal), presta, a par de sua atividade preponderante e

DE
monopolista -- os serviços postais --, apenas os serviços
bancários básicos de uma agência, e não as atividades

gr
N
típicas e privativas de uma instituição financeira.

SO
se
2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo
empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224
CK
da CLT. Precedentes.
ou
JA

3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.


(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento: 21
e:
ilo

/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT


ad

06/09/2013).
lid
sig
ibi

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


vis

ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.


em

JORNADA DE SEIS HORAS. BANCO POSTAL. EMPRESA


m

BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. A Empresa


e

Brasileira de Correios e Telégrafos, embora na condição de


io

correspondente bancário, não exerce as atividades


nto
r

peculiares das instituições financeiras, razão pela qual os


empregados que prestam serviços em agência do Banco
Us
me

Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à


categoria dos trabalhadores bancários, pois permanecem
inseridos na categoria dos postalistas, atividade preponderante
cu

da ECT. Precedentes. Aresto inservível diante do que dispõe o


art. 896, -a-, da CLT. Agravo de instrumento conhecido e não
Do

provido." (TST-AIRR-1481-39.2011.5.23.0004, 8ª Turma,


Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, DEJT 15/03/2013)

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Fls.: 192

Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter acessório e


complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à empresa não integrante do
sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza instituição financeira, tão menos seus

a
empregados devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada

tiç
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

us
Excelência, não há dúvida que da análise dos fatos narrados nos autos, bem como do conjunto

ej
probatório apresentado, resta comprovado que a empresa Reclamada, bem como a Reclamante no
exercício de suas funções, correspondente bancário e agente operacional, respectivamente, jamais

H
od
SC
exerceram qualquer atividade, seja ela principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de

LIT
propriedade de terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil.

ed
DE
gr
N
Por essa razão, improcede a pretensão da Reclamante de terceirização ilícita ou isonomia salarial, e,

SO
se
em consequência seu enquadramento na categoria de financiaria, reclamando assim que a aplicação das
normas coletivas inerentes aos bancários, inclusive, a adoção da jornada de trabalho de 06 horas diárias e
CK
o pagamento de auxílio refeição, ajuda alimentação, indenização adicional, e piso salarial, motivo pelo
ou
JA

qual resta impugnado todos os pedidos.


e:
ilo
ad

3.2 – Do reconhecimento da condição de bancária – improcedente


lid
sig
ibi
vis

Alega a Reclamante que, muito embora contratada pela Primeira Reclamada, desempenhava a
em

atividade de bancária, requerendo assim seja determinada a aplicação das normas coletivas a que tem
m

direito a categoria de bancário, sem, contudo fazer qualquer menção quanto a descaracterização do
e

contrato de prestação de trabalho entre Reclamante e Primeira Reclamada. Lamentável equívoco!


io
nto
r

Us
me

Veja Excelência que, Correspondente Bancário, natureza de que se reveste a Primeira Reclamada, é
uma pessoa jurídica, uma empresa que, entre outras atividades, atua como auxiliares de entre bancos e
seus clientes finais e são devidamente autorizadas a funcionarem como tais pelo Banco Central.
cu
Do

Cabe salientar, que pelas normas do Banco Central, os correspondentes bancários são autorizados
a prestarem serviços aos bancos e financeiras. Vejamos o que dispõe o Art. 8º da Resolução Bacen nº
3954/2011, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País:

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Fls.: 193

Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de


atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da

a
instituição contratante a seus clientes e usuários:

tiç
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,

us
a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;

ej
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela

H
od
instituição contratante;

SC
LIT
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes

ed
da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição

DE
contratante com terceiros;

gr
N
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da

SO
se
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
CK
ou

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de


JA

arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;


e:
ilo

VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição


ad

contratante;
lid
sig
ibi

VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade


vis

da instituição contratante ou de seus clientes; (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31


em

/3/2011.)
e m

VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito


io
nto

de responsabilidade da instituição contratante; e


r

Us

IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante,


me

observado o disposto no art. 9º.


Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares
de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e
cu

processamento de dados.
Do

Destaca-se que, o Banco Central não confere às empresas que atuam nesse ramo o status de bancos
ou instituições financeiras, eis que para tal há outras regulamentações a serem seguidas.

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Fls.: 194

Por conseguinte, os trabalhadores contratados pelo correspondente, como é o caso em apreço, não
podem em hipótese alguma ser considerados bancários e, assim, não recebem a mesma remuneração
desses e nem gozam dos demais benefícios previstos em lei ou negociação coletiva, como requer a

a
Reclamante. Corroborando com esse entendimento temos os seguintes julgados do TST:

tiç
us
RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED SERVIÇOS E TELEFONIA

ej
LTDA. CONTRATAÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO. ATIVIDADES

H
OPERACIONAIS .Considerando que os serviços prestados pela empresa contratada,

od
SC
como correspondente bancário, estão inseridos entre os permitidos na regulamentação
editada pelo Banco Central do Brasil e não se confundem, no seu caráter adicional,

LIT
complementar e acessório, com as atividades privativas das instituições financeiras; e,

ed
enquadrando-se as atividades desempenhadas pela Reclamante entre as contratadas,

DE
não há se falar em exercício de atividades tipicamente bancárias, em ilicitude da

gr
N
pactuação havida entre as partes demandadas, tampouco em isonomia da Autora com

SO
os empregados do tomador dos serviços. MULTA POR INTERPOSIÇÃO DE
se
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REPUTADOS PROTELATÓRIOS. A multa por
CK
Embargos de Declaração protelatórios insere-se no poder discricionário do julgador,
ou

que, no caso em debate, entendeu pela inexistência dos pressupostos do art. 535 do
JA

CPC. Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido. RECURSO DE


e:

REVISTA DO BANCO DO BRASIL . Prejudicada a análise do apelo em face do


ilo
ad

provimento do Recurso de Revista da primeira Reclamada Potencial Cred Serviços e


Telefonia Ltda.535CPC
lid
sig

(TST - 14596320115030092 1459-63.2011.5.03.0092, Relator: Maria de Assis


ibi

Calsing, Data de Julgamento: 29/05/2013, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/06


vis

/2013)
em
m

RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL. CORRESPONDENTE


e
io

BANCÁRIO. ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS


nto
r

BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE .A 1ª reclamada, embora na condição de


correspondente bancária, não exerce as atividades peculiares das instituições


Us

financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de uma agência, razão pela
me

qual os empregados que trabalham nessa atividade não são beneficiários das normas
aplicáveis à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e
cu

provido . B) RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED. Prejudicada a


análise do apelo em face do provimento do recurso de revista do reclamado Banco do
Do

Brasil .
(TST - 16012320115030139 1601-23.2011.5.03.0139, Relator: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 22/05/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/05/2013)

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Fls.: 195

RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - ECT. BANCO POSTAL.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
RECONHECIMENTO DA JORNADA DE SEIS HORAS . IMPOSSIBILIDADE . A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao prestar serviços na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas das instituições

a
financeiras, razão pela qual os empregados que prestam serviços em agência do

tiç
Banco Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários, pois permanecem inseridos na categoria dos postalistas,

us
atividade preponderante da ECT. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e não
provido.

ej
(TST - 13107320115230007 1310-73.2011.5.23.0007, Relator: Márcio Eurico Vitral

H
Amaro, Data de Julgamento: 24/04/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/04

od
SC
/2013)

LIT
ed
DE
Veja Excelência que, o contrato de prestação de serviços firmado entre a Reclamada e a

gr
Reclamante, é claro e inequívoco quanto à permanência do vínculo jurídico-contratual havido entre as

N
partes, sendo indiscutível que a Primeira Reclamada foi a real empregadora da Reclamante.

SO
se
CK
ou

Ademais, há de se observar, que as atividades desempenhadas pela Reclamante ao longo de todo o


JA

contrato de trabalho, inclusive confessada por ela em sua inicial, não excederam em hipótese alguma aos
e:

limites de atuação da Primeira Reclamada como correspondente bancário, pois a promoção dos produtos
ilo
ad

oferecidos pelos bancos não se confundem com os serviços por eles prestados.
lid
sig
ibi
vis

Veja ainda Excelência, que a Reclamante nem mesmo aventa a nulidade do contrato firmado com a
em

Primeira Reclamada, motivo pelo qual deve ser julgado improcedente o pedido de equiparação com a
m

categoria dos bancários pretendida pela Reclamante.


e
io
nto
r

Note-se que o contrato de trabalho firmado com a Reclamante, declara expressamente a função da
Us

mesma como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL, na condição de


me

Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de instituição bancária, razão pela
qual resta afastada a configuração da responsabilidade das Reclamadas quanto a suposta atividade de
cu

bancária.
Do

O contrato de trabalho dispunha expressamente em suas cláusulas 15ª e 25ª:

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Fls.: 196

15ª- Ao EMPREGADO(A), quando em visita a um cliente ou potencial comprador, é


obrigatória uma boa apresentação pessoal e a pronta atenção em identificar-se com
clareza como sendo um funcionário da EMPREGADORA atuando como agenciador
de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL S.A., e ou outras empresas que

a
mantenha ou venha a manter relações comerciais.

tiç
25ª- Por este contrato ainda, o EMPREGADO(A) reconhece que, dentre as condições
de trabalho que lhe foram expostas ao ser contratado pela EMPREGADORA, é do seu

us
pleno conhecimento, reconhecimento e acordo, que a EMPREGADORA mantém
contrato de prestação de serviços como COBAN – CORRESPONDENTE

ej
BANCÁRIO com o Banco do Brasil S.A. Portanto, os agenciamentos e prestação de
serviços ao Banco do Brasil S.A., são uma atribuição normal do seu contrato de

H
trabalho, não podendo por isto pleitear quaisquer complementos ou responsabilidade

od
SC
solidária da empresa em questão.

LIT
Por certo, mediante os argumentos sustentados pela Reclamante, bem como através dos

ed
documentos anexado em sua inicial, resta evidenciado nos autos a ausência dos requisitos

DE
caracterizadores da relação de emprego com o Segundo Reclamado, não havendo que se falar no

gr
reconhecimento do vínculo empregatício pretendido e o consequente enquadramento da Reclamante na

N
categoria dos bancários.

SO
se
CK
ou
JA

Conforme já narrado acima, o Segundo Reclamado jamais foi empregador da Reclamante, sendo
que, o que de fato existe é um contrato de natureza civil firmado com a Primeira Reclamada para a
e:

prestação de serviços de correspondente bancário e esta, por sua vez, contratou os serviços da
ilo
ad

Reclamante, como agente operacional, sendo as atividades desempenhadas pela Reclamante estranhas à
lid

atividade privativa do Segundo Reclamado.


sig
ibi
vis
em

Desta forma, e nos termos do disposto no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, não há como
m

se deferir a subsidiariedade requerida na inicial, vez que não há dispositivo legal prevendo tal
e

condenação - ao contrário, existe dispositivo proibindo a declaração da responsabilidade subsidiária dos


io
nto

entes públicos (o caso do Banco do Brasil S/A) para responder por eventuais débitos trabalhistas das
r

empresas contratadas.
Us
me

Assim, improcede o pleiteado a título de reconhecimento da condição de bancária da Reclamante,


cu

bem como a solidariedade do Segundo Reclamado para os fins pretendidos, e todos os direitos atinentes à
categoria dos bancários, não merecendo acolhimento referido pleito.
Do

3.3- Das diferenças de salário - improcedente

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 17
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 197

Como não há se falar em reconhecimento da condição de bancaria decorrente da relação de


emprego havida na presente demanda, resta impugnado o valor do salário reclamado, e ainda, como a
Primeira Reclamada providenciou o pagamento integral das verbas rescisórias à Reclamante, não
havendo diferenças a serem complementadas, assim, mais estes pedidos são improcedentes.

a
tiç
3.4- Das Horas extras - improcedente

us
Alega a Reclamante que trabalhava 08 (oito) horas por dia e que consoante os termos da
Convenção Coletiva faria jus ao pagamento de adicional pelas as 02 (duas) horas extras laboradas

ej
diariamente, fazendo menção ao total de horas do bancário.

H
od
SC
LIT
Por óbvio, deve ser reconhecida a legalidade do que se apresenta o contrato de trabalho celebrado

ed
entre as partes, constante de 44 horas semanais de trabalho, pelo que não gerou qualquer direito ao

DE
pagamento a titulo de hora extra, às 08 (oito) horas diárias trabalhadas.

gr
N
SO
se
Todavia, deve-se novamente ressaltar que a Reclamante não se enquadra na condição de bancária,
CK
pelo que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.
ou
JA
e:
ilo
ad

3.5- Do auxílio-refeição e cesta alimentação – improcedente


lid
sig
ibi

Conforme anteriormente repisado, a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo


que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.
vis
em
e m

3.6 – Do FGTS – improcedente


io
nto
r

Us

Como o salário da Reclamante foi integralmente pago durante todo o contrato de trabalho, e, o
me

valor das verbas rescisórias já foram depositadas em conta corrente da Reclamante, e ainda, os demais
recolhimentos foram feitos no momento da despedida da mesma, não há diferença de FGTS a serem
cu

complementadas.
Do

Diante disso, indevido o pagamento FGTS e muito menos a multa de 40% sobre o deposito
fundiário.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 18
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 198

3.7 – Do Seguro Desemprego – improcedente

a
tiç
Indevida a pretensão da Reclamante descrita a título de seguro desemprego, por absoluta falta de
respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente da relação de trabalho existente entre as

us
partes, já foram entregues no momento da rescisão.

ej
H
3.8 – Da necessidade de exibição de documentos – improcedente

od
SC
LIT
ed
Indevida a pretensão da Reclamante descrita a esse, por absoluta falta de respaldo legal, pois como

DE
já acima citado a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo que não merece prosperar tal

gr
pleito, restando assim impugnado.

N
SO
se
4 – Da litigância de má-fé
CK
ou
JA
e:

Por certo, o que busca a Reclamante é o enriquecimento ilícito, ao se socorrer do Poder Judiciário
ilo
ad

para tentar obter através de fatos inverídicos e fantasiosos, com o nítido objetivo de locupletamento.
lid
sig
ibi
vis

Por certo Excelência, tal pretensão revela-se apenas como uma atitude de má-fé da Reclamante,
em

pretendendo auferir vantagem manifestamente indevida.


e m
io

Considerando a tentativa de distorção dos fatos, e, considerando ainda que entre os deveres que as
nto
r

partes possuem dentro do processo, sem dúvida alguma, o da boa-fé ocupa posição de destaque, fez que

traz o Código de Processo Civil diversos dispositivos relacionados ao dever de lealdade, deve a
Us

Reclamante ser condenada ao pagamento de valor a ser determinado por Vossa Excelência, a título de
me

indenização ante a conduta de má-fé da Reclamante ao intentar a presente ação.


cu

Sobre isso, dispõe o art. 14, do CPC, vejamos:


Do

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 19
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 199

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam
do processo:

a
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

tiç
II - proceder com lealdade e boa-fé;

us
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento;

ej
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou

H
defesa do direito.

od
SC
(...)

LIT
ed
DE
Na instauração de uma lide, inevitável que as partes tentem, de todas as formas possíveis, fazer
valer os direitos que julgam possuir. Porém, apesar disso, é de fundamental importância que os litigantes

gr
N
respeitem padrões mínimos de urbanidade, visando o correto julgamento da lide. Ou seja, é necessário

SO
que todos os entes processuais observem regras preestabelecidas, objetivando uma “luta” leal e
se
isonômica, visando conservar os princípios éticos que levam à boa-fé processual e, consequentemente, a
CK
eficaz prestação jurisdicional o que não foi observado pela Reclamante.
ou
JA
e:

Nesse prisma, diz o art. 17, do CPC, in verbis:


ilo
ad
lid
sig

Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:


ibi

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;


vis

(...) (grifo nosso)


em
m

Ainda, de acordo com o mesmo diploma processual acima mencionado, temos que:
e
io
nto
r

Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu
Us

o interveniente. (grifo nosso).


me

Conclui-se, portanto, ante o acima narrado, que a Reclamante, agiu com má-fé quando da
cu

distribuição da presente Ação, devendo suportar o ônus pelos seus atos.


Do

Para tanto requer, desde logo, digne-se Vossa Excelência em declarar a Reclamante como litigante
de má-fé, condenando-a ao pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 20
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 200

5 – Termo de autenticidade de cópias

Nos termos do artigo 830 da CLT, declaro sob minha responsabilidade pessoal, que todas as cópias

a
que acompanham esta contestação são autênticas.

tiç
us
6 - Dos Pedidos e Requerimentos

ej
Diante todo exposto e contestado, e outros mais ponderáveis que acudirem o excelso

H
entendimento de Vossa Excelência, a Reclamada requer o integral atendimento de suas razões e assim:

od
SC
LIT
a) sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela Reclamante, afastando assim a

ed
DE
configuração de terceirização ilícita e isonomia salarial, bem como a condição de bancária, eis que a
Reclamante foi contratada pela Reclamada como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO

gr
N
BRASIL, na condição de Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de

SO
instituição bancária;
se
CK
ou
JA

b) seja julgado improcedente o pedido de responsabilidade subsidiaria/solidaria, haja vista o contrato


de trabalho firmado entre as partes ser de prestação de serviços de correspondente bancário, onde a
e:
ilo
ad

Reclamante exerceu a função de agente operacional, sendo as atividades desempenhadas de acordo


com a Resolução do Banco Central, bem como de acordo também com seu contrato de trabalho;
lid
sig
ibi
vis

c) por consequência, inexistindo a condição de bancária, requer seja julgado improcedentes os


em
m

pedidos de juntada de documentos de funcionário do Banco do Brasil S/A, diferenças salariais, horas
e

extras, auxílio-refeição e auxílio cesta alimentação, formulados pela Reclamante;


io
nto
r

d) seja julgado improcedente o pedido a título de seguro desemprego, por


Us
me

absoluta falta de respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente
da relação de trabalho que existiu entre as partes, já foram entregues no
momento da rescisão contratual;
cu

e) seja declarada a Reclamante como litigante de má-fé, condenando-a ao


Do

pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 21
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 201

f) seja a Reclamante condenada aos ônus da sucumbência, por ser medida da


mais lídima justiça e pelo bem da ordem processual vigente.

a
Por fim, a Reclamada requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas,

tiç
especialmente pela prova testemunhal e pelo depoimento pessoal da Reclamante sob pena de confissão,
bem como documental, e outras que se fizerem necessárias no decorrer do feito.

us
ej
Termos em que,

H
od
SC
Pede Deferimento.

LIT
Maringá (PR), 18 de Setembro de 2013.

ed
DE
gr
N
SO
se
CK
ou

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


JA

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773


e:
ilo
ad
lid
sig
ibi
vis
em
e m
io
nto
r

Us
me
cu
Do

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 16:42:59 - 589553


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091816425979800000000584415
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 589553 - Pág. 22
Número do documento: 13091816425979800000000584415
Fls.: 202

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE ARARANGUÁ – SANTA


CATARINA.

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

Saura Consultoria Eireli EPP, pessoa jurídica de direito privado, com sede à Avenida Bento
Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade de Maringá – Pr, devidamente inscrita
no CNPJ sob o n.º 11.860.036/0001-61, neste ato representado por Antonio Saura Silva, brasileiro,
casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº 211.320.389-87, domiciliado à Avenida Bento Munhoz da
Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade e Comarca de Maringá (PR), por seus
procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar

CONTESTAÇÃO

aos autos epigrafados de Reclamatória Trabalhista que lhe move Luana Roberta Rabelo, já
qualificada, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

1-Preliminarmente

1.1 Da Inépcia da Petição Inicial – falta de interesse de agir

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091817452494300000000584911
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 1
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 203

Antes de adentrar ao mérito da causa, cumpre destacar que a inicial ora combatida não contém os
requisitos mínimos exigidos pelo ordenamento processual vigente.

Destaca-se que em matéria processual a petição inicial se revela como um veículo condutor que
deve levar ao Magistrado a providência jurisdicional pretendida pelo Autor, o que não se verifica através
da peça processual apresentada pela Reclamante.

Ocorre que, contrariando norma estabelecida no art. 3º do CPC, onde “para propor ou contestar ação
é necessário ter interesse e legitimidade”, a Reclamante não faz nenhuma prova cabal do seu interesse de
agir, haja vista ausência de irregularidade no contrato celebrado entre as partes, bem como ausência de
irregularidade quanto à rescisão do contrato de trabalho, e, por essa razão o conflito de interesse não se
delineou.

Assim, a prosseguir o presente feito, a Reclamante estaria contestando e o Judiciário julgando


conflito de interesses hipotético, o que não se pode admitir.

Portanto, não restando demonstrada a necessidade de mobilização da Jurisdição, a Reclamante torna-


se carente da ação.

Impõe-se, destarte, o reconhecimento, in casu, de inépcia, por falta de interesse de agir (CPC, art.
267, VII), devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.

2 – Dos fatos alegados pela Reclamante

A Reclamante interpõe reclamatória trabalhista, alegando que foi contratada pela Empresa Saura
Silva e Ricoldy – Primeira Reclamada, na função de agente operacional, atendendo aos clientes do Banco
do Brasil S/A – Segunda Reclamada, no período de 01/09/2011 à 20/11/2012, sendo despedida sem justa
causa.

Alega ainda que, realizava contratação de empréstimos consignados, e vendia outros produtos como
financiamento de veículos através e consórcio de casa própria.

Por fim, reclama seja declarada a terceirização ilícita, bem como, reclama os supostos direitos
rescisórios advindos de benefícios da categoria de bancária.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091817452494300000000584911
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 2
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 204

Ocorre que tal pretensão não deve prosperar, pois, pelo que a seguir se expõem às alegações da
Reclamante não condizem com a realidade dos fatos resultante do liame empregatício havido entre a
Reclamante e as Reclamadas.

3 – Da realidade dos fatos

Cumpre destacar primeiramente que houve em data de 18/04/2012 alteração da razão social da
empresa, passando de Saura Silva e Ricoldy para Saura Consultoria Eireli EPP.

No mais, a Reclamante firmou contrato de trabalho com a Primeira Reclamada, tendo como início
de seu trabalho em 01/09/2011, para exercer a função de agente operacional, conforme cópia do contrato
juntado à inicial, sendo que a todo o tempo a atividade exercida pela Reclamante foi de recepção de
proposta de abertura de contas, bem como recepcionando e encaminhando propostas referentes às
operações de crédito consignado, e vendas de produtos.

Diferente do alegado pela Reclamante, seu desligamento ocorreu em data de 18/10/2012, sendo de
fato dispensada sem justa causa, tendo sido as verbas rescisórias devidas pagas na data legalmente
determinada.

Ademais, em momento algum a Reclamante exerceu atividade de bancária, eis que foi contratada
exclusivamente pela Primeira Reclamada, na condição agente operacional, não exercendo atividade
privativa da Segunda Reclamada, sendo que a todo tempo foi subordinada exclusivamente à Primeira
Reclamada, obedecendo na íntegra o acordado entre as partes.

Desta forma, a Reclamante não faz jus aos valores pedido em sua inicial, eis que a rescisão do seu
contrato de trabalho se deu em perfeita consonância com as normas do direito trabalhista, restando
impugnadas, especificamente, as pretensões discriminadas nos termos articulados, senão vejamos:

3.1 – Da Terceirização Ilícita e Isonomia Salarial – improcedente

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091817452494300000000584911
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 3
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 205

Antes de combater os pontos específicos formulados pela Reclamante, cumpre esclarecer que, a
Primeira Reclamada atua no mercado, de forma licita, como uma empresa correspondente bancária do
Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada, eis que amparada em contrato de prestação de serviços,
tendo suas atividades limitadas àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a
empresa contratada em instituição financeira.

Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não configura terceirização ilícita,


tampouco, conferem aos empregados contratados pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

Veja Excelência que, é totalmente licita a terceirização realizada nos moldes da Resolução do
Banco Central, não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda equiparação/enquadramento na
categoria dos bancários de seus empregados, uma vez que a empresa atua como Correspondente
Bancário, categoria esta que diferem daqueles dos bancos e seus respectivos empregados, pelo que não
há como enquadrar seus empregados como bancários, visando assegurar-lhes os mesmos direitos e
obrigações.

Por certo, a Primeira Reclamada ao exercer atividade que se desdobra em serviços, em


decorrência de concessão delegada, a mesma fica sujeita as disposições legais constante da CLT, e da
própria Resolução do Banco Central que rege o regime de trabalho da categoria de Correspondente
Bancário, não se vinculando assim a Convenção Coletiva do Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada,
como alega a Reclamante.

Ademais Excelência, nos termos do artigo 170 da Constituição da República, “a ordem econômica,
fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania
nacional; II -propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa
do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução
das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX -tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
pais ”.

Desta forma, como se verifica do referido texto constitucional, a República Federativa do Brasil
optou pelo regime da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de “promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade”, delimitou, no artigo 192

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091817452494300000000584911
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 4
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 206

da Constituição da República, as diretrizes a serem observadas pelo sistema financeiro nacional,”em


todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua
regulamentação “por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a


promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses
da coletividade, em todas partes que o compõem, abrangendo as
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares, que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas
instituições que o integram”.

Observa-se ainda que, desde a promulgação da Carta Magna, contudo, ainda não foram aprovadas
as leis complementares a que alude à norma constitucional supra. Em consequência e também ante a
recepção pela Constituição da República, permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº
4.595, de 31 de dezembro de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e
creditícias. Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis:

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela


presente Lei, será constituído:
I – do Conselho Monetário Nacional;

II – do Banco Central do Brasil;


III – do Banco do Brasil;

IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;


V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho Monetário Nacional,
merecendo destaque os seguintes incisos:

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas


modalidades e as operações creditícias em
todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras”;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


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Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 207

“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que


exercerem atividades
subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação
das penalidades previstas”; e

“XXII - estatuir normas para as operações das instituições financeiras


públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos
objetivos desta Lei”.

Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer cumpriras disposições
que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe as seguintes competências privativas, dentre outras:
“exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e
“conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar
ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas,
incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da
dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de
crédito ou mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus
estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.“ (inciso X)

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei nº 4.595/64, o
Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública dotada de competência exclusiva
para emissão da moeda e de comando integral sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por
meio das quais explicita e difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado
financeiro e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados pelo artigos 17 e 18 da
Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da


legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que
tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 6
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 208

legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas


físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de
forma permanente ou eventual.”

“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País


mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou
decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das
sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas
econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e
disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores,
companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas
físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer
títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou
serviços de natureza dos executados pela
instituições financeiras.”

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra o sistema financeiro
nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições financeiras, refere-se a elas da seguinte
forma:

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a


pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade
principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros (Vetado) de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão,
distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores
mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,
capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
II - a pessoa natural que exerça quaisquer das
atividades referidas neste artigo, ainda que de

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Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 209

forma eventual.”

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar os
resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192 da Constituição da República,
atualmente é facultada a terceirização de algumas atividades pelas instituições financeiras, por meio da
contração de empresas integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003 (com as alterações


feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que assim dispõe:

“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as normas que


dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, de
empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o
desempenho das funções de

correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes serviços:


I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósito à vista, a prazo e de poupança;
II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a
prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de
investimento;
III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de
convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma
da regulamentação em vigor;
IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do
contratante;

V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de


financiamentos;
VI- análise de crédito e cadastro;
VII- execução de serviços de cobrança;
VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de
crédito;
IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das
operações pactuadas;
X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

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§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser exercida no


que se refere a serviços relacionados às atividades desenvolvidas pelas
instituições referidas no caput, permitidas nos termos da legislação e
regulamentação em vigor.
§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços referidos no
caput, incisos I e II, depende de prévia autorização do Banco Central do
Brasil, devendo, nos demais casos, ser objeto de comunicação àquela
Autarquia.
§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas por
serviços notariais e de

registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a contratação, para a


prestação dos serviços mencionados nos incisos I e II daquele artigo, de
empresa cuja atividade principal ou única seja a prestação de serviços de
correspondente.
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à hipótese
de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a
contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para a
prestação de qualquer dos serviços mencionados naquele artigo, de
empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional que utilizem o
termo “banco” em sua denominação social ou no respectivo nome
fantasia.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de


substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
(...)
Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de
correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades
previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar
por sua própria conta e ordem, operações privativas das instituições
referidas no art. 1º.”

Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos; Bancos Comerciais; Bancos de investimento;
Bancos Cooperativos; Caixas Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de
Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades de Crédito
Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai do sítio do Banco Central na

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Fls.: 211

internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o


§ 7º do artigo 44 da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição


financeira, sem estar devidamente autorizados pelo Banco Central da
República do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e
detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica,
seus diretores e administradores.”

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas contratadas em estrita
observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias,
na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas bancárias ou empresas
financiárias. Senão vejamos:

Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes


atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços
de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição
contratante;
(...)
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de
crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
(...)

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Reclamada, tem por objeto todas
aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de prestação de serviços de correspondente,
visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus
clientes e usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.

Assim, fica evidente Excelência que, a simples atividade de agente operacional, prestando auxilio e
vendendo produtos, ou recepcionando e encaminhando propostas de aberturas de contas bancárias, não se
confundem com a atividade de instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a

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coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional


ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Ademais, como pode ser observada Excelência, através da cópia do contrato social da Reclamada,
ela tem por objeto, dentre outros, o de correspondente bancário.

E ainda, o fato de a Reclamada desempenhar serviços de correspondente, na prestação dos serviços


relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que seus
mantenham contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de
prestação de serviços como correspondente, como pode ser observado através da cópia de contrato anexa.

No mais Excelência, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a Resolução do


Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de
correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido,
todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no direito, tampouco na
justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o condão de torná-los
instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários
aos empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.

Em recentes julgados assim decidiu o TST:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS


TERCEIRIZADOS LTDA. - ME. CORRESPONDENTE
BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA
CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A
reclamada, embora na condição de correspondente bancária,
não exerce as atividades peculiares das instituições
financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de
uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis

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Número do documento: 13091817452494300000000584911
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à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista


conhecido e provido. B) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso
de revista da reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. -
ME que julgou improcedente a reclamação trabalhista.
(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09
/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT
06/09/2013).

BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA


DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.
EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco
Postal), presta, a par de sua atividade preponderante e
monopolista -- os serviços postais --, apenas os serviços
bancários básicos de uma agência, e não as atividades
típicas e privativas de uma instituição financeira.
2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo
empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224
da CLT. Precedentes.
3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento: 21
/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT
06/09/2013).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
JORNADA DE SEIS HORAS. BANCO POSTAL. EMPRESA
BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. A Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos, embora na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades
peculiares das instituições financeiras, razão pela qual os
empregados que prestam serviços em agência do Banco
Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à
categoria dos trabalhadores bancários, pois permanecem
inseridos na categoria dos postalistas, atividade preponderante
da ECT. Precedentes. Aresto inservível diante do que dispõe o
art. 896, -a-, da CLT. Agravo de instrumento conhecido e não
provido." (TST-AIRR-1481-39.2011.5.23.0004, 8ª Turma,
Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, DEJT 15/03/2013)

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Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter acessório e


complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à empresa não integrante do
sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza instituição financeira, tão menos seus
empregados devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

Excelência, não há dúvida que da análise dos fatos narrados nos autos, bem como do conjunto
probatório apresentado, resta comprovado que a empresa Reclamada, bem como a Reclamante no
exercício de suas funções, correspondente bancário e agente operacional, respectivamente, jamais
exerceram qualquer atividade, seja ela principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil.

Por essa razão, improcede a pretensão da Reclamante de terceirização ilícita ou isonomia salarial, e,
em consequência seu enquadramento na categoria de financiaria, reclamando assim que a aplicação das
normas coletivas inerentes aos bancários, inclusive, a adoção da jornada de trabalho de 06 horas diárias e
o pagamento de auxílio refeição, ajuda alimentação, indenização adicional, e piso salarial, motivo pelo
qual resta impugnado todos os pedidos.

3.2 – Do reconhecimento da condição de bancária – improcedente

Alega a Reclamante que, muito embora contratada pela Primeira Reclamada, desempenhava a
atividade de bancária, requerendo assim seja determinada a aplicação das normas coletivas a que tem
direito a categoria de bancário, sem, contudo fazer qualquer menção quanto a descaracterização do
contrato de prestação de trabalho entre Reclamante e Primeira Reclamada. Lamentável equívoco!

Veja Excelência que, Correspondente Bancário, natureza de que se reveste a Primeira Reclamada, é
uma pessoa jurídica, uma empresa que, entre outras atividades, atua como auxiliares de entre bancos e
seus clientes finais e são devidamente autorizadas a funcionarem como tais pelo Banco Central.

Cabe salientar, que pelas normas do Banco Central, os correspondentes bancários são autorizados
a prestarem serviços aos bancos e financeiras. Vejamos o que dispõe o Art. 8º da Resolução Bacen nº
3954/2011, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País:

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 13
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Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de


atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da
instituição contratante a seus clientes e usuários:

I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,


a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;

II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à


movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela
instituição contratante;

III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes


da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição
contratante com terceiros;

IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da


instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de


arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;

VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição


contratante;

VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade


da instituição contratante ou de seus clientes; (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31
/3/2011.)

VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito


de responsabilidade da instituição contratante; e

IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante,


observado o disposto no art. 9º.
Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares
de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e
processamento de dados.

Destaca-se que, o Banco Central não confere às empresas que atuam nesse ramo o status de bancos
ou instituições financeiras, eis que para tal há outras regulamentações a serem seguidas.

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Fls.: 216

Por conseguinte, os trabalhadores contratados pelo correspondente, como é o caso em apreço, não
podem em hipótese alguma ser considerados bancários e, assim, não recebem a mesma remuneração
desses e nem gozam dos demais benefícios previstos em lei ou negociação coletiva, como requer a
Reclamante. Corroborando com esse entendimento temos os seguintes julgados do TST:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED SERVIÇOS E TELEFONIA


LTDA. CONTRATAÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO. ATIVIDADES
OPERACIONAIS .Considerando que os serviços prestados pela empresa contratada,
como correspondente bancário, estão inseridos entre os permitidos na regulamentação
editada pelo Banco Central do Brasil e não se confundem, no seu caráter adicional,
complementar e acessório, com as atividades privativas das instituições financeiras; e,
enquadrando-se as atividades desempenhadas pela Reclamante entre as contratadas,
não há se falar em exercício de atividades tipicamente bancárias, em ilicitude da
pactuação havida entre as partes demandadas, tampouco em isonomia da Autora com
os empregados do tomador dos serviços. MULTA POR INTERPOSIÇÃO DE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REPUTADOS PROTELATÓRIOS. A multa por
Embargos de Declaração protelatórios insere-se no poder discricionário do julgador,
que, no caso em debate, entendeu pela inexistência dos pressupostos do art. 535 do
CPC. Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido. RECURSO DE
REVISTA DO BANCO DO BRASIL . Prejudicada a análise do apelo em face do
provimento do Recurso de Revista da primeira Reclamada Potencial Cred Serviços e
Telefonia Ltda.535CPC
(TST - 14596320115030092 1459-63.2011.5.03.0092, Relator: Maria de Assis
Calsing, Data de Julgamento: 29/05/2013, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/06
/2013)

RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL. CORRESPONDENTE


BANCÁRIO. ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS
BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE .A 1ª reclamada, embora na condição de
correspondente bancária, não exerce as atividades peculiares das instituições
financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de uma agência, razão pela
qual os empregados que trabalham nessa atividade não são beneficiários das normas
aplicáveis à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e
provido . B) RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED. Prejudicada a
análise do apelo em face do provimento do recurso de revista do reclamado Banco do
Brasil .
(TST - 16012320115030139 1601-23.2011.5.03.0139, Relator: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 22/05/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/05/2013)

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Fls.: 217

RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - ECT. BANCO POSTAL.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
RECONHECIMENTO DA JORNADA DE SEIS HORAS . IMPOSSIBILIDADE . A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao prestar serviços na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas das instituições
financeiras, razão pela qual os empregados que prestam serviços em agência do
Banco Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários, pois permanecem inseridos na categoria dos postalistas,
atividade preponderante da ECT. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e não
provido.
(TST - 13107320115230007 1310-73.2011.5.23.0007, Relator: Márcio Eurico Vitral
Amaro, Data de Julgamento: 24/04/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/04
/2013)

Veja Excelência que, o contrato de prestação de serviços firmado entre a Reclamada e a


Reclamante, é claro e inequívoco quanto à permanência do vínculo jurídico-contratual havido entre as
partes, sendo indiscutível que a Primeira Reclamada foi a real empregadora da Reclamante.

Ademais, há de se observar, que as atividades desempenhadas pela Reclamante ao longo de todo o


contrato de trabalho, inclusive confessada por ela em sua inicial, não excederam em hipótese alguma aos
limites de atuação da Primeira Reclamada como correspondente bancário, pois a promoção dos produtos
oferecidos pelos bancos não se confundem com os serviços por eles prestados.

Veja ainda Excelência, que a Reclamante nem mesmo aventa a nulidade do contrato firmado com a
Primeira Reclamada, motivo pelo qual deve ser julgado improcedente o pedido de equiparação com a
categoria dos bancários pretendida pela Reclamante.

Note-se que o contrato de trabalho firmado com a Reclamante, declara expressamente a função da
mesma como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL, na condição de
Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de instituição bancária, razão pela
qual resta afastada a configuração da responsabilidade das Reclamadas quanto a suposta atividade de
bancária.

O contrato de trabalho dispunha expressamente em suas cláusulas 15ª e 25ª:

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Fls.: 218

15ª- Ao EMPREGADO(A), quando em visita a um cliente ou potencial comprador, é


obrigatória uma boa apresentação pessoal e a pronta atenção em identificar-se com
clareza como sendo um funcionário da EMPREGADORA atuando como agenciador
de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL S.A., e ou outras empresas que
mantenha ou venha a manter relações comerciais.

25ª- Por este contrato ainda, o EMPREGADO(A) reconhece que, dentre as condições
de trabalho que lhe foram expostas ao ser contratado pela EMPREGADORA, é do seu
pleno conhecimento, reconhecimento e acordo, que a EMPREGADORA mantém
contrato de prestação de serviços como COBAN – CORRESPONDENTE
BANCÁRIO com o Banco do Brasil S.A. Portanto, os agenciamentos e prestação de
serviços ao Banco do Brasil S.A., são uma atribuição normal do seu contrato de
trabalho, não podendo por isto pleitear quaisquer complementos ou responsabilidade
solidária da empresa em questão.

Por certo, mediante os argumentos sustentados pela Reclamante, bem como através dos
documentos anexado em sua inicial, resta evidenciado nos autos a ausência dos requisitos
caracterizadores da relação de emprego com o Segundo Reclamado, não havendo que se falar no
reconhecimento do vínculo empregatício pretendido e o consequente enquadramento da Reclamante na
categoria dos bancários.

Conforme já narrado acima, o Segundo Reclamado jamais foi empregador da Reclamante, sendo
que, o que de fato existe é um contrato de natureza civil firmado com a Primeira Reclamada para a
prestação de serviços de correspondente bancário e esta, por sua vez, contratou os serviços da
Reclamante, como agente operacional, sendo as atividades desempenhadas pela Reclamante estranhas à
atividade privativa do Segundo Reclamado.

Desta forma, e nos termos do disposto no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, não há como
se deferir a subsidiariedade requerida na inicial, vez que não há dispositivo legal prevendo tal
condenação - ao contrário, existe dispositivo proibindo a declaração da responsabilidade subsidiária dos
entes públicos (o caso do Banco do Brasil S/A) para responder por eventuais débitos trabalhistas das
empresas contratadas.

Assim, improcede o pleiteado a título de reconhecimento da condição de bancária da Reclamante,


bem como a solidariedade do Segundo Reclamado para os fins pretendidos, e todos os direitos atinentes à
categoria dos bancários, não merecendo acolhimento referido pleito.

3.3- Das diferenças de salário - improcedente

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 17
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 219

Como não há se falar em reconhecimento da condição de bancaria decorrente da relação de


emprego havida na presente demanda, resta impugnado o valor do salário reclamado, e ainda, como a
Primeira Reclamada providenciou o pagamento integral das verbas rescisórias à Reclamante, não
havendo diferenças a serem complementadas, assim, mais estes pedidos são improcedentes.

3.4- Das Horas extras - improcedente

Alega a Reclamante que trabalhava 08 (oito) horas por dia e que consoante os termos da
Convenção Coletiva faria jus ao pagamento de adicional pelas as 02 (duas) horas extras laboradas
diariamente, fazendo menção ao total de horas do bancário.

Por óbvio, deve ser reconhecida a legalidade do que se apresenta o contrato de trabalho celebrado
entre as partes, constante de 44 horas semanais de trabalho, pelo que não gerou qualquer direito ao
pagamento a titulo de hora extra, às 08 (oito) horas diárias trabalhadas.

Todavia, deve-se novamente ressaltar que a Reclamante não se enquadra na condição de bancária,
pelo que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.

3.5- Do auxílio-refeição e cesta alimentação – improcedente

Conforme anteriormente repisado, a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo


que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.

3.6 – Do FGTS – improcedente

Como o salário da Reclamante foi integralmente pago durante todo o contrato de trabalho, e, o
valor das verbas rescisórias já foram depositadas em conta corrente da Reclamante, e ainda, os demais
recolhimentos foram feitos no momento da despedida da mesma, não há diferença de FGTS a serem
complementadas.

Diante disso, indevido o pagamento FGTS e muito menos a multa de 40% sobre o deposito
fundiário.

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091817452494300000000584911
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 18
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 220

3.7 – Do Seguro Desemprego – improcedente

Indevida a pretensão da Reclamante descrita a título de seguro desemprego, por absoluta falta de
respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente da relação de trabalho existente entre as
partes, já foram entregues no momento da rescisão.

3.8 – Da necessidade de exibição de documentos – improcedente

Indevida a pretensão da Reclamante descrita a esse, por absoluta falta de respaldo legal, pois como
já acima citado a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo que não merece prosperar tal
pleito, restando assim impugnado.

4 – Da litigância de má-fé

Por certo, o que busca a Reclamante é o enriquecimento ilícito, ao se socorrer do Poder Judiciário
para tentar obter através de fatos inverídicos e fantasiosos, com o nítido objetivo de locupletamento.

Por certo Excelência, tal pretensão revela-se apenas como uma atitude de má-fé da Reclamante,
pretendendo auferir vantagem manifestamente indevida.

Considerando a tentativa de distorção dos fatos, e, considerando ainda que entre os deveres que as
partes possuem dentro do processo, sem dúvida alguma, o da boa-fé ocupa posição de destaque, fez que
traz o Código de Processo Civil diversos dispositivos relacionados ao dever de lealdade, deve a
Reclamante ser condenada ao pagamento de valor a ser determinado por Vossa Excelência, a título de
indenização ante a conduta de má-fé da Reclamante ao intentar a presente ação.

Sobre isso, dispõe o art. 14, do CPC, vejamos:

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091817452494300000000584911
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 19
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 221

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam
do processo:

I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - proceder com lealdade e boa-fé;

III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento;

IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou


defesa do direito.

(...)

Na instauração de uma lide, inevitável que as partes tentem, de todas as formas possíveis, fazer
valer os direitos que julgam possuir. Porém, apesar disso, é de fundamental importância que os litigantes
respeitem padrões mínimos de urbanidade, visando o correto julgamento da lide. Ou seja, é necessário
que todos os entes processuais observem regras preestabelecidas, objetivando uma “luta” leal e
isonômica, visando conservar os princípios éticos que levam à boa-fé processual e, consequentemente, a
eficaz prestação jurisdicional o que não foi observado pela Reclamante.

Nesse prisma, diz o art. 17, do CPC, in verbis:

Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
(...) (grifo nosso)

Ainda, de acordo com o mesmo diploma processual acima mencionado, temos que:

Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu
o interveniente. (grifo nosso).

Conclui-se, portanto, ante o acima narrado, que a Reclamante, agiu com má-fé quando da
distribuição da presente Ação, devendo suportar o ônus pelos seus atos.

Para tanto requer, desde logo, digne-se Vossa Excelência em declarar a Reclamante como litigante
de má-fé, condenando-a ao pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 20
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 222

5 – Termo de autenticidade de cópias

Nos termos do artigo 830 da CLT, declaro sob minha responsabilidade pessoal, que todas as cópias
que acompanham esta contestação são autênticas.

6 - Dos Pedidos e Requerimentos

Diante todo exposto e contestado, e outros mais ponderáveis que acudirem o excelso
entendimento de Vossa Excelência, a Reclamada requer o integral atendimento de suas razões e assim:

a) sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela Reclamante, afastando assim a


configuração de terceirização ilícita e isonomia salarial, bem como a condição de bancária, eis que a
Reclamante foi contratada pela Reclamada como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO
BRASIL, na condição de Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de
instituição bancária;

b) seja julgado improcedente o pedido de responsabilidade subsidiaria/solidaria, haja vista o contrato


de trabalho firmado entre as partes ser de prestação de serviços de correspondente bancário, onde a
Reclamante exerceu a função de agente operacional, sendo as atividades desempenhadas de acordo
com a Resolução do Banco Central, bem como de acordo também com seu contrato de trabalho;

c) por consequência, inexistindo a condição de bancária, requer seja julgado improcedentes os


pedidos de juntada de documentos de funcionário do Banco do Brasil S/A, diferenças salariais, horas
extras, auxílio-refeição e auxílio cesta alimentação, formulados pela Reclamante;

d) seja julgado improcedente o pedido a título de seguro desemprego, por


absoluta falta de respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente
da relação de trabalho que existiu entre as partes, já foram entregues no
momento da rescisão contratual;

e) seja declarada a Reclamante como litigante de má-fé, condenando-a ao


pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 21
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 223

f) seja a Reclamante condenada aos ônus da sucumbência, por ser medida da


mais lídima justiça e pelo bem da ordem processual vigente.

Por fim, a Reclamada requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas,
especialmente pela prova testemunhal e pelo depoimento pessoal da Reclamante sob pena de confissão,
bem como documental, e outras que se fizerem necessárias no decorrer do feito.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 18 de Setembro de 2013.

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 17:45:24 - 590053


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590053 - Pág. 22
Número do documento: 13091817452494300000000584911
Fls.: 224

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE ARARANGUÁ – SANTA


CATARINA.

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

Saura Consultoria Eireli EPP, pessoa jurídica de direito privado, com sede à Avenida Bento
Munhoz da Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade de Maringá – Pr, devidamente inscrita
no CNPJ sob o n.º 11.860.036/0001-61, neste ato representado por Antonio Saura Silva, brasileiro,
casado, empresário, inscrito no CPF sob o nº 211.320.389-87, domiciliado à Avenida Bento Munhoz da
Rocha Neto, 632, Loja Térreo 19, Zona 07, na cidade e Comarca de Maringá (PR), por seus
procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar

CONTESTAÇÃO

aos autos epigrafados de Reclamatória Trabalhista que lhe move Luana Roberta Rabelo, já
qualificada, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

1-Preliminarmente

1.1 Da Inépcia da Petição Inicial – falta de interesse de agir

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590116 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040522100000000584974
Fls.: 225

Antes de adentrar ao mérito da causa, cumpre destacar que a inicial ora combatida não contém os
requisitos mínimos exigidos pelo ordenamento processual vigente.

Destaca-se que em matéria processual a petição inicial se revela como um veículo condutor que
deve levar ao Magistrado a providência jurisdicional pretendida pelo Autor, o que não se verifica através
da peça processual apresentada pela Reclamante.

Ocorre que, contrariando norma estabelecida no art. 3º do CPC, onde “para propor ou contestar ação
é necessário ter interesse e legitimidade”, a Reclamante não faz nenhuma prova cabal do seu interesse de
agir, haja vista ausência de irregularidade no contrato celebrado entre as partes, bem como ausência de
irregularidade quanto à rescisão do contrato de trabalho, e, por essa razão o conflito de interesse não se
delineou.

Assim, a prosseguir o presente feito, a Reclamante estaria contestando e o Judiciário julgando


conflito de interesses hipotético, o que não se pode admitir.

Portanto, não restando demonstrada a necessidade de mobilização da Jurisdição, a Reclamante torna-


se carente da ação.

Impõe-se, destarte, o reconhecimento, in casu, de inépcia, por falta de interesse de agir (CPC, art.
267, VII), devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito.

2 – Dos fatos alegados pela Reclamante

A Reclamante interpõe reclamatória trabalhista, alegando que foi contratada pela Empresa Saura
Silva e Ricoldy – Primeira Reclamada, na função de agente operacional, atendendo aos clientes do Banco
do Brasil S/A – Segunda Reclamada, no período de 01/09/2011 à 20/11/2012, sendo despedida sem justa
causa.

Alega ainda que, realizava contratação de empréstimos consignados, e vendia outros produtos como
financiamento de veículos através e consórcio de casa própria.

Por fim, reclama seja declarada a terceirização ilícita, bem como, reclama os supostos direitos
rescisórios advindos de benefícios da categoria de bancária.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Número do documento: 13091818040522100000000584974
Fls.: 226

Ocorre que tal pretensão não deve prosperar, pois, pelo que a seguir se expõem às alegações da
Reclamante não condizem com a realidade dos fatos resultante do liame empregatício havido entre a
Reclamante e as Reclamadas.

3 – Da realidade dos fatos

Cumpre destacar primeiramente que houve em data de 18/04/2012 alteração da razão social da
empresa, passando de Saura Silva e Ricoldy para Saura Consultoria Eireli EPP.

No mais, a Reclamante firmou contrato de trabalho com a Primeira Reclamada, tendo como início
de seu trabalho em 01/09/2011, para exercer a função de agente operacional, conforme cópia do contrato
juntado à inicial, sendo que a todo o tempo a atividade exercida pela Reclamante foi de recepção de
proposta de abertura de contas, bem como recepcionando e encaminhando propostas referentes às
operações de crédito consignado, e vendas de produtos.

Diferente do alegado pela Reclamante, seu desligamento ocorreu em data de 18/10/2012, sendo de
fato dispensada sem justa causa, tendo sido as verbas rescisórias devidas pagas na data legalmente
determinada.

Ademais, em momento algum a Reclamante exerceu atividade de bancária, eis que foi contratada
exclusivamente pela Primeira Reclamada, na condição agente operacional, não exercendo atividade
privativa da Segunda Reclamada, sendo que a todo tempo foi subordinada exclusivamente à Primeira
Reclamada, obedecendo na íntegra o acordado entre as partes.

Desta forma, a Reclamante não faz jus aos valores pedido em sua inicial, eis que a rescisão do seu
contrato de trabalho se deu em perfeita consonância com as normas do direito trabalhista, restando
impugnadas, especificamente, as pretensões discriminadas nos termos articulados, senão vejamos:

3.1 – Da Terceirização Ilícita e Isonomia Salarial – improcedente

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Fls.: 227

Antes de combater os pontos específicos formulados pela Reclamante, cumpre esclarecer que, a
Primeira Reclamada atua no mercado, de forma licita, como uma empresa correspondente bancária do
Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada, eis que amparada em contrato de prestação de serviços,
tendo suas atividades limitadas àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a
empresa contratada em instituição financeira.

Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não configura terceirização ilícita,


tampouco, conferem aos empregados contratados pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

Veja Excelência que, é totalmente licita a terceirização realizada nos moldes da Resolução do
Banco Central, não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda equiparação/enquadramento na
categoria dos bancários de seus empregados, uma vez que a empresa atua como Correspondente
Bancário, categoria esta que diferem daqueles dos bancos e seus respectivos empregados, pelo que não
há como enquadrar seus empregados como bancários, visando assegurar-lhes os mesmos direitos e
obrigações.

Por certo, a Primeira Reclamada ao exercer atividade que se desdobra em serviços, em


decorrência de concessão delegada, a mesma fica sujeita as disposições legais constante da CLT, e da
própria Resolução do Banco Central que rege o regime de trabalho da categoria de Correspondente
Bancário, não se vinculando assim a Convenção Coletiva do Banco do Brasil S/A – Segunda Reclamada,
como alega a Reclamante.

Ademais Excelência, nos termos do artigo 170 da Constituição da República, “a ordem econômica,
fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania
nacional; II -propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa
do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução
das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX -tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
pais ”.

Desta forma, como se verifica do referido texto constitucional, a República Federativa do Brasil
optou pelo regime da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de “promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade”, delimitou, no artigo 192

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Número do documento: 13091818040522100000000584974
Fls.: 228

da Constituição da República, as diretrizes a serem observadas pelo sistema financeiro nacional,”em


todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua
regulamentação “por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a


promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses
da coletividade, em todas partes que o compõem, abrangendo as
cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares, que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas
instituições que o integram”.

Observa-se ainda que, desde a promulgação da Carta Magna, contudo, ainda não foram aprovadas
as leis complementares a que alude à norma constitucional supra. Em consequência e também ante a
recepção pela Constituição da República, permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº
4.595, de 31 de dezembro de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e
creditícias. Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis:

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela


presente Lei, será constituído:
I – do Conselho Monetário Nacional;

II – do Banco Central do Brasil;


III – do Banco do Brasil;

IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;


V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho Monetário Nacional,
merecendo destaque os seguintes incisos:

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas


modalidades e as operações creditícias em
todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras”;

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Fls.: 229

“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que


exercerem atividades
subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação
das penalidades previstas”; e

“XXII - estatuir normas para as operações das instituições financeiras


públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos
objetivos desta Lei”.

Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer cumpriras disposições
que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe as seguintes competências privativas, dentre outras:
“exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e
“conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar
ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas,
incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da
dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de
crédito ou mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus
estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.“ (inciso X)

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei nº 4.595/64, o
Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública dotada de competência exclusiva
para emissão da moeda e de comando integral sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por
meio das quais explicita e difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado
financeiro e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados pelo artigos 17 e 18 da
Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da


legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que
tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Fls.: 230

legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas


físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de
forma permanente ou eventual.”

“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País


mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou
decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das
sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas
econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e
disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores,
companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas
físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer
títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou
serviços de natureza dos executados pela
instituições financeiras.”

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra o sistema financeiro
nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições financeiras, refere-se a elas da seguinte
forma:

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a


pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade
principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros (Vetado) de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia, emissão,
distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores
mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,
capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
II - a pessoa natural que exerça quaisquer das
atividades referidas neste artigo, ainda que de

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forma eventual.”

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar os
resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192 da Constituição da República,
atualmente é facultada a terceirização de algumas atividades pelas instituições financeiras, por meio da
contração de empresas integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003 (com as alterações


feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que assim dispõe:

“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as normas que


dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, de
empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o
desempenho das funções de

correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes serviços:


I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósito à vista, a prazo e de poupança;
II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a
prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de
investimento;
III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de
convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma
da regulamentação em vigor;
IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do
contratante;

V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de


financiamentos;
VI- análise de crédito e cadastro;
VII- execução de serviços de cobrança;
VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de
crédito;
IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das
operações pactuadas;
X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

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§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser exercida no


que se refere a serviços relacionados às atividades desenvolvidas pelas
instituições referidas no caput, permitidas nos termos da legislação e
regulamentação em vigor.
§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços referidos no
caput, incisos I e II, depende de prévia autorização do Banco Central do
Brasil, devendo, nos demais casos, ser objeto de comunicação àquela
Autarquia.
§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas por
serviços notariais e de

registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a contratação, para a


prestação dos serviços mencionados nos incisos I e II daquele artigo, de
empresa cuja atividade principal ou única seja a prestação de serviços de
correspondente.
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à hipótese
de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a
contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para a
prestação de qualquer dos serviços mencionados naquele artigo, de
empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional que utilizem o
termo “banco” em sua denominação social ou no respectivo nome
fantasia.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de


substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
(...)
Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de
correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades
previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar
por sua própria conta e ordem, operações privativas das instituições
referidas no art. 1º.”

Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos; Bancos Comerciais; Bancos de investimento;
Bancos Cooperativos; Caixas Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de
Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades de Crédito
Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai do sítio do Banco Central na

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internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o


§ 7º do artigo 44 da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição


financeira, sem estar devidamente autorizados pelo Banco Central da
República do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e
detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica,
seus diretores e administradores.”

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas contratadas em estrita
observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias,
na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas bancárias ou empresas
financiárias. Senão vejamos:

Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes


atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços
de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição
contratante;
(...)
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de
crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
(...)

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Reclamada, tem por objeto todas
aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de prestação de serviços de correspondente,
visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus
clientes e usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.

Assim, fica evidente Excelência que, a simples atividade de agente operacional, prestando auxilio e
vendendo produtos, ou recepcionando e encaminhando propostas de aberturas de contas bancárias, não se
confundem com a atividade de instituição financeira que tem como atividade principal ou acessória a

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coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional


ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Ademais, como pode ser observada Excelência, através da cópia do contrato social da Reclamada,
ela tem por objeto, dentre outros, o de correspondente bancário.

E ainda, o fato de a Reclamada desempenhar serviços de correspondente, na prestação dos serviços


relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que seus
mantenham contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de
prestação de serviços como correspondente, como pode ser observado através da cópia de contrato anexa.

No mais Excelência, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a Resolução do


Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de
correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido,
todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no direito, tampouco na
justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o condão de torná-los
instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários
aos empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.

Em recentes julgados assim decidiu o TST:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS


TERCEIRIZADOS LTDA. - ME. CORRESPONDENTE
BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA
CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A
reclamada, embora na condição de correspondente bancária,
não exerce as atividades peculiares das instituições
financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de
uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis

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à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista


conhecido e provido. B) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso
de revista da reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. -
ME que julgou improcedente a reclamação trabalhista.
(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09
/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT
06/09/2013).

BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA


DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.
EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco
Postal), presta, a par de sua atividade preponderante e
monopolista -- os serviços postais --, apenas os serviços
bancários básicos de uma agência, e não as atividades
típicas e privativas de uma instituição financeira.
2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo
empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224
da CLT. Precedentes.
3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento: 21
/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT
06/09/2013).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
JORNADA DE SEIS HORAS. BANCO POSTAL. EMPRESA
BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. A Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos, embora na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades
peculiares das instituições financeiras, razão pela qual os
empregados que prestam serviços em agência do Banco
Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à
categoria dos trabalhadores bancários, pois permanecem
inseridos na categoria dos postalistas, atividade preponderante
da ECT. Precedentes. Aresto inservível diante do que dispõe o
art. 896, -a-, da CLT. Agravo de instrumento conhecido e não
provido." (TST-AIRR-1481-39.2011.5.23.0004, 8ª Turma,
Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, DEJT 15/03/2013)

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Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter acessório e


complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à empresa não integrante do
sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza instituição financeira, tão menos seus
empregados devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

Excelência, não há dúvida que da análise dos fatos narrados nos autos, bem como do conjunto
probatório apresentado, resta comprovado que a empresa Reclamada, bem como a Reclamante no
exercício de suas funções, correspondente bancário e agente operacional, respectivamente, jamais
exerceram qualquer atividade, seja ela principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil.

Por essa razão, improcede a pretensão da Reclamante de terceirização ilícita ou isonomia salarial, e,
em consequência seu enquadramento na categoria de financiaria, reclamando assim que a aplicação das
normas coletivas inerentes aos bancários, inclusive, a adoção da jornada de trabalho de 06 horas diárias e
o pagamento de auxílio refeição, ajuda alimentação, indenização adicional, e piso salarial, motivo pelo
qual resta impugnado todos os pedidos.

3.2 – Do reconhecimento da condição de bancária – improcedente

Alega a Reclamante que, muito embora contratada pela Primeira Reclamada, desempenhava a
atividade de bancária, requerendo assim seja determinada a aplicação das normas coletivas a que tem
direito a categoria de bancário, sem, contudo fazer qualquer menção quanto a descaracterização do
contrato de prestação de trabalho entre Reclamante e Primeira Reclamada. Lamentável equívoco!

Veja Excelência que, Correspondente Bancário, natureza de que se reveste a Primeira Reclamada, é
uma pessoa jurídica, uma empresa que, entre outras atividades, atua como auxiliares de entre bancos e
seus clientes finais e são devidamente autorizadas a funcionarem como tais pelo Banco Central.

Cabe salientar, que pelas normas do Banco Central, os correspondentes bancários são autorizados
a prestarem serviços aos bancos e financeiras. Vejamos o que dispõe o Art. 8º da Resolução Bacen nº
3954/2011, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País:

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Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de


atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da
instituição contratante a seus clientes e usuários:

I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,


a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;

II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à


movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela
instituição contratante;

III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes


da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição
contratante com terceiros;

IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da


instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de


arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;

VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição


contratante;

VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade


da instituição contratante ou de seus clientes; (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31
/3/2011.)

VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito


de responsabilidade da instituição contratante; e

IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante,


observado o disposto no art. 9º.
Parágrafo único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços complementares
de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e
processamento de dados.

Destaca-se que, o Banco Central não confere às empresas que atuam nesse ramo o status de bancos
ou instituições financeiras, eis que para tal há outras regulamentações a serem seguidas.

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Por conseguinte, os trabalhadores contratados pelo correspondente, como é o caso em apreço, não
podem em hipótese alguma ser considerados bancários e, assim, não recebem a mesma remuneração
desses e nem gozam dos demais benefícios previstos em lei ou negociação coletiva, como requer a
Reclamante. Corroborando com esse entendimento temos os seguintes julgados do TST:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED SERVIÇOS E TELEFONIA


LTDA. CONTRATAÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO. ATIVIDADES
OPERACIONAIS .Considerando que os serviços prestados pela empresa contratada,
como correspondente bancário, estão inseridos entre os permitidos na regulamentação
editada pelo Banco Central do Brasil e não se confundem, no seu caráter adicional,
complementar e acessório, com as atividades privativas das instituições financeiras; e,
enquadrando-se as atividades desempenhadas pela Reclamante entre as contratadas,
não há se falar em exercício de atividades tipicamente bancárias, em ilicitude da
pactuação havida entre as partes demandadas, tampouco em isonomia da Autora com
os empregados do tomador dos serviços. MULTA POR INTERPOSIÇÃO DE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REPUTADOS PROTELATÓRIOS. A multa por
Embargos de Declaração protelatórios insere-se no poder discricionário do julgador,
que, no caso em debate, entendeu pela inexistência dos pressupostos do art. 535 do
CPC. Recurso de Revista parcialmente conhecido e provido. RECURSO DE
REVISTA DO BANCO DO BRASIL . Prejudicada a análise do apelo em face do
provimento do Recurso de Revista da primeira Reclamada Potencial Cred Serviços e
Telefonia Ltda.535CPC
(TST - 14596320115030092 1459-63.2011.5.03.0092, Relator: Maria de Assis
Calsing, Data de Julgamento: 29/05/2013, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/06
/2013)

RECURSO DE REVISTA DO BANCO DO BRASIL. CORRESPONDENTE


BANCÁRIO. ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS
BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE .A 1ª reclamada, embora na condição de
correspondente bancária, não exerce as atividades peculiares das instituições
financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de uma agência, razão pela
qual os empregados que trabalham nessa atividade não são beneficiários das normas
aplicáveis à categoria dos trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e
provido . B) RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL CRED. Prejudicada a
análise do apelo em face do provimento do recurso de revista do reclamado Banco do
Brasil .
(TST - 16012320115030139 1601-23.2011.5.03.0139, Relator: Dora Maria da Costa,
Data de Julgamento: 22/05/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/05/2013)

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Fls.: 239

RECURSO DE REVISTA. PROCESSO ELETRÔNICO - ECT. BANCO POSTAL.


ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
RECONHECIMENTO DA JORNADA DE SEIS HORAS . IMPOSSIBILIDADE . A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao prestar serviços na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas das instituições
financeiras, razão pela qual os empregados que prestam serviços em agência do
Banco Postal não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários, pois permanecem inseridos na categoria dos postalistas,
atividade preponderante da ECT. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e não
provido.
(TST - 13107320115230007 1310-73.2011.5.23.0007, Relator: Márcio Eurico Vitral
Amaro, Data de Julgamento: 24/04/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/04
/2013)

Veja Excelência que, o contrato de prestação de serviços firmado entre a Reclamada e a


Reclamante, é claro e inequívoco quanto à permanência do vínculo jurídico-contratual havido entre as
partes, sendo indiscutível que a Primeira Reclamada foi a real empregadora da Reclamante.

Ademais, há de se observar, que as atividades desempenhadas pela Reclamante ao longo de todo o


contrato de trabalho, inclusive confessada por ela em sua inicial, não excederam em hipótese alguma aos
limites de atuação da Primeira Reclamada como correspondente bancário, pois a promoção dos produtos
oferecidos pelos bancos não se confundem com os serviços por eles prestados.

Veja ainda Excelência, que a Reclamante nem mesmo aventa a nulidade do contrato firmado com a
Primeira Reclamada, motivo pelo qual deve ser julgado improcedente o pedido de equiparação com a
categoria dos bancários pretendida pela Reclamante.

Note-se que o contrato de trabalho firmado com a Reclamante, declara expressamente a função da
mesma como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL, na condição de
Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de instituição bancária, razão pela
qual resta afastada a configuração da responsabilidade das Reclamadas quanto a suposta atividade de
bancária.

O contrato de trabalho dispunha expressamente em suas cláusulas 15ª e 25ª:

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15ª- Ao EMPREGADO(A), quando em visita a um cliente ou potencial comprador, é


obrigatória uma boa apresentação pessoal e a pronta atenção em identificar-se com
clareza como sendo um funcionário da EMPREGADORA atuando como agenciador
de produtos e serviços do BANCO DO BRASIL S.A., e ou outras empresas que
mantenha ou venha a manter relações comerciais.

25ª- Por este contrato ainda, o EMPREGADO(A) reconhece que, dentre as condições
de trabalho que lhe foram expostas ao ser contratado pela EMPREGADORA, é do seu
pleno conhecimento, reconhecimento e acordo, que a EMPREGADORA mantém
contrato de prestação de serviços como COBAN – CORRESPONDENTE
BANCÁRIO com o Banco do Brasil S.A. Portanto, os agenciamentos e prestação de
serviços ao Banco do Brasil S.A., são uma atribuição normal do seu contrato de
trabalho, não podendo por isto pleitear quaisquer complementos ou responsabilidade
solidária da empresa em questão.

Por certo, mediante os argumentos sustentados pela Reclamante, bem como através dos
documentos anexado em sua inicial, resta evidenciado nos autos a ausência dos requisitos
caracterizadores da relação de emprego com o Segundo Reclamado, não havendo que se falar no
reconhecimento do vínculo empregatício pretendido e o consequente enquadramento da Reclamante na
categoria dos bancários.

Conforme já narrado acima, o Segundo Reclamado jamais foi empregador da Reclamante, sendo
que, o que de fato existe é um contrato de natureza civil firmado com a Primeira Reclamada para a
prestação de serviços de correspondente bancário e esta, por sua vez, contratou os serviços da
Reclamante, como agente operacional, sendo as atividades desempenhadas pela Reclamante estranhas à
atividade privativa do Segundo Reclamado.

Desta forma, e nos termos do disposto no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, não há como
se deferir a subsidiariedade requerida na inicial, vez que não há dispositivo legal prevendo tal
condenação - ao contrário, existe dispositivo proibindo a declaração da responsabilidade subsidiária dos
entes públicos (o caso do Banco do Brasil S/A) para responder por eventuais débitos trabalhistas das
empresas contratadas.

Assim, improcede o pleiteado a título de reconhecimento da condição de bancária da Reclamante,


bem como a solidariedade do Segundo Reclamado para os fins pretendidos, e todos os direitos atinentes à
categoria dos bancários, não merecendo acolhimento referido pleito.

3.3- Das diferenças de salário - improcedente

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Número do documento: 13091818040522100000000584974
Fls.: 241

Como não há se falar em reconhecimento da condição de bancaria decorrente da relação de


emprego havida na presente demanda, resta impugnado o valor do salário reclamado, e ainda, como a
Primeira Reclamada providenciou o pagamento integral das verbas rescisórias à Reclamante, não
havendo diferenças a serem complementadas, assim, mais estes pedidos são improcedentes.

3.4- Das Horas extras - improcedente

Alega a Reclamante que trabalhava 08 (oito) horas por dia e que consoante os termos da
Convenção Coletiva faria jus ao pagamento de adicional pelas as 02 (duas) horas extras laboradas
diariamente, fazendo menção ao total de horas do bancário.

Por óbvio, deve ser reconhecida a legalidade do que se apresenta o contrato de trabalho celebrado
entre as partes, constante de 44 horas semanais de trabalho, pelo que não gerou qualquer direito ao
pagamento a titulo de hora extra, às 08 (oito) horas diárias trabalhadas.

Todavia, deve-se novamente ressaltar que a Reclamante não se enquadra na condição de bancária,
pelo que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.

3.5- Do auxílio-refeição e cesta alimentação – improcedente

Conforme anteriormente repisado, a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo


que não merece prosperar tal pleito, restando assim impugnado.

3.6 – Do FGTS – improcedente

Como o salário da Reclamante foi integralmente pago durante todo o contrato de trabalho, e, o
valor das verbas rescisórias já foram depositadas em conta corrente da Reclamante, e ainda, os demais
recolhimentos foram feitos no momento da despedida da mesma, não há diferença de FGTS a serem
complementadas.

Diante disso, indevido o pagamento FGTS e muito menos a multa de 40% sobre o deposito
fundiário.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590116 - Pág. 18
Número do documento: 13091818040522100000000584974
Fls.: 242

3.7 – Do Seguro Desemprego – improcedente

Indevida a pretensão da Reclamante descrita a título de seguro desemprego, por absoluta falta de
respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente da relação de trabalho existente entre as
partes, já foram entregues no momento da rescisão.

3.8 – Da necessidade de exibição de documentos – improcedente

Indevida a pretensão da Reclamante descrita a esse, por absoluta falta de respaldo legal, pois como
já acima citado a Reclamante não se enquadra na condição de bancária, pelo que não merece prosperar tal
pleito, restando assim impugnado.

4 – Da litigância de má-fé

Por certo, o que busca a Reclamante é o enriquecimento ilícito, ao se socorrer do Poder Judiciário
para tentar obter através de fatos inverídicos e fantasiosos, com o nítido objetivo de locupletamento.

Por certo Excelência, tal pretensão revela-se apenas como uma atitude de má-fé da Reclamante,
pretendendo auferir vantagem manifestamente indevida.

Considerando a tentativa de distorção dos fatos, e, considerando ainda que entre os deveres que as
partes possuem dentro do processo, sem dúvida alguma, o da boa-fé ocupa posição de destaque, fez que
traz o Código de Processo Civil diversos dispositivos relacionados ao dever de lealdade, deve a
Reclamante ser condenada ao pagamento de valor a ser determinado por Vossa Excelência, a título de
indenização ante a conduta de má-fé da Reclamante ao intentar a presente ação.

Sobre isso, dispõe o art. 14, do CPC, vejamos:

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590116 - Pág. 19
Número do documento: 13091818040522100000000584974
Fls.: 243

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam
do processo:

I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - proceder com lealdade e boa-fé;

III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de
fundamento;

IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou


defesa do direito.

(...)

Na instauração de uma lide, inevitável que as partes tentem, de todas as formas possíveis, fazer
valer os direitos que julgam possuir. Porém, apesar disso, é de fundamental importância que os litigantes
respeitem padrões mínimos de urbanidade, visando o correto julgamento da lide. Ou seja, é necessário
que todos os entes processuais observem regras preestabelecidas, objetivando uma “luta” leal e
isonômica, visando conservar os princípios éticos que levam à boa-fé processual e, consequentemente, a
eficaz prestação jurisdicional o que não foi observado pela Reclamante.

Nesse prisma, diz o art. 17, do CPC, in verbis:

Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
(...) (grifo nosso)

Ainda, de acordo com o mesmo diploma processual acima mencionado, temos que:

Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu
o interveniente. (grifo nosso).

Conclui-se, portanto, ante o acima narrado, que a Reclamante, agiu com má-fé quando da
distribuição da presente Ação, devendo suportar o ônus pelos seus atos.

Para tanto requer, desde logo, digne-se Vossa Excelência em declarar a Reclamante como litigante
de má-fé, condenando-a ao pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:05 - 590116


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590116 - Pág. 20
Número do documento: 13091818040522100000000584974
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5 – Termo de autenticidade de cópias

Nos termos do artigo 830 da CLT, declaro sob minha responsabilidade pessoal, que todas as cópias
que acompanham esta contestação são autênticas.

6 - Dos Pedidos e Requerimentos

Diante todo exposto e contestado, e outros mais ponderáveis que acudirem o excelso
entendimento de Vossa Excelência, a Reclamada requer o integral atendimento de suas razões e assim:

a) sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela Reclamante, afastando assim a


configuração de terceirização ilícita e isonomia salarial, bem como a condição de bancária, eis que a
Reclamante foi contratada pela Reclamada como agenciadora de produtos e serviços do BANCO DO
BRASIL, na condição de Correspondente Bancário, não exercendo qualquer atividade privativa de
instituição bancária;

b) seja julgado improcedente o pedido de responsabilidade subsidiaria/solidaria, haja vista o contrato


de trabalho firmado entre as partes ser de prestação de serviços de correspondente bancário, onde a
Reclamante exerceu a função de agente operacional, sendo as atividades desempenhadas de acordo
com a Resolução do Banco Central, bem como de acordo também com seu contrato de trabalho;

c) por consequência, inexistindo a condição de bancária, requer seja julgado improcedentes os


pedidos de juntada de documentos de funcionário do Banco do Brasil S/A, diferenças salariais, horas
extras, auxílio-refeição e auxílio cesta alimentação, formulados pela Reclamante;

d) seja julgado improcedente o pedido a título de seguro desemprego, por


absoluta falta de respaldo legal, eis que as guias que tinha direito, decorrente
da relação de trabalho que existiu entre as partes, já foram entregues no
momento da rescisão contratual;

e) seja declarada a Reclamante como litigante de má-fé, condenando-a ao


pagamento dos valores descritos no art. 18, do CPC;

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Número do documento: 13091818040522100000000584974
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f) seja a Reclamante condenada aos ônus da sucumbência, por ser medida da


mais lídima justiça e pelo bem da ordem processual vigente.

Por fim, a Reclamada requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidas,
especialmente pela prova testemunhal e pelo depoimento pessoal da Reclamante sob pena de confissão,
bem como documental, e outras que se fizerem necessárias no decorrer do feito.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 18 de Setembro de 2013.

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR

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Número do documento: 13091818040522100000000584974
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590117 - Pág. 1
Número do documento: 13091818035708600000000584975
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590128 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040609100000000584986
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590130 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040646600000000584988
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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818035833300000000584997
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590139 - Pág. 1
Número do documento: 13091818035833300000000584997
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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818040715800000000585003
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590145 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040715800000000585003
Fls.: 251

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818040755400000000585011
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590153 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040755400000000585011
Fls.: 252

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818035943700000000585016
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590158 - Pág. 1
Número do documento: 13091818035943700000000585016
Fls.: 253

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:08 - 590160


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818040833300000000585018
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590160 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040833300000000585018
Fls.: 254

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:09 - 590161


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818040886900000000585019
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590161 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040886900000000585019
Fls.: 255

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:09 - 590165


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818040929700000000585023
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590165 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040929700000000585023
Fls.: 256

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:09 - 590168


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818040959900000000585026
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590168 - Pág. 1
Número do documento: 13091818040959900000000585026
Fls.: 257

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 18/09/2013 18:04:10 - 590174


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091818041003200000000585032
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 590174 - Pág. 1
Número do documento: 13091818041003200000000585032
Fls.: 258

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO(A): SAURA SILVA E RICOLDY

Em 19 de setembro de 2013, na sala de sessões da MM. 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE/SC, sob a


direção do Exmo(a). Juiz CESAR NADAL SOUZA, realizou-se audiência relativa ao processo identificado em
epígrafe.

Às 08h52min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas as partes.

COMPARECIMENTO : ausente a demandante e presente seu procurador, DR. LUCIANO BRITTES - OAB
/SC 17.712. A 1ª demandada, representada por JUAN ONILO TRINDADE, acompanhado de seu procurador, DR.
THIAGO NICKEL - OAB/SC 31.249. O 2º demandado, na pessoa de JANDERSON PRIMANN, acompanhado
de seu procurador, Dr. BRUNO GONÇALVES DA LUZ – OAB/SC 23.981, sendo deferido o prazo de cinco dias
para encaminhar carta de preposto e substabelecimento.

Com a concordância das demandadas, tendo o ilustre patrono da autora informado que sua cliente reside em
Curitiba/PR, considerando que a presente audiência foi remanejada quanto à data, foi designada nova audiência
inaugural para o dia 01/10/2013, às 09h05min, ficando cientes as partes, a autora de que deverá comparecer, sob
pena de arquivamento e facultada apenas nesta audiência a presença dos prepostos. Cientes, nada mais.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz do Trabalho

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 19/09/2013 12:58:38 - 591212


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13091912583818000000000586065
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 591212 - Pág. 1
Número do documento: 13091912583818000000000586065
Fls.: 259

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA 1ª VARA DO


TRABALHO DE JOINVILLE/SC

CNJ N°: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., devidamente qualificado nos autos de RECLAMATÓRIA TRABALHISTA,


sob nº 0000855-55.2013.5.12.0004, proposta por LUANA ROBERTA RABELLO, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, requerer a juntada dos documentos em anexo.

Termos em que,

Pede deferimento.

Curitiba, 25 de setembro de 2013

RICARDO JUSTUS BARRETO OAB/PR 32.862

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:25 - 612618


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13092515472563700000000607373
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612618 - Pág. 1
Número do documento: 13092515472563700000000607373
Fls.: 260

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13092515472606800000000607374
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 1
Número do documento: 13092515472606800000000607374
Fls.: 261

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 2
Número do documento: 13092515472606800000000607374
Fls.: 262

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 3
Número do documento: 13092515472606800000000607374
Fls.: 263

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 4
Número do documento: 13092515472606800000000607374
Fls.: 264

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13092515472606800000000607374
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 5
Número do documento: 13092515472606800000000607374
Fls.: 265

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 6
Número do documento: 13092515472606800000000607374
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 7
Número do documento: 13092515472606800000000607374
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Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 25/09/2013 15:47:26 - 612619


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 612619 - Pág. 8
Número do documento: 13092515472606800000000607374
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Número do documento: 13092515473817000000000607402
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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO


1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

Certidão

certifico que, em 24/09/2013, decorreu o prazo de 05(cinco) dias conferido em audiência sem que o
segundo reclamante apresentasse a carta de preposição e o substabelecimento.

Joinville, 26/09/2013.

Keila Cristina Ferreira

Assistente Chefe do Setor de Apoio Administrativo

DESPACHO

Intime-se o segundo reclamado para que cumpra a determinação da ata apresentando a carta de
preposição em favor de JANDERSON PRIMANN e o substabelecimento em nome do procurador
que compareceu na audiência até a próxima audiência.

Em 26 de setembro de 2013.

Assinado eletronicamente pelo Juiz

Assinado eletronicamente por: SERGIO MASSARONI - 26/09/2013 17:57:34 - 616043


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 616043 - Pág. 1
Número do documento: 13092613060757800000000610778
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PJ 277174

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA DO TRABALHO DE


JOINVILLE- SC

CNJ – 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., sociedade de economia mista sob controle da


União Federal, com sede no Setor Bancário Sul, Quadra 04, Bloco C, Lote 32, Edifício Sede III,
Brasília-DF, inscrito no CNPJ nº 00.000.000/0001-91, por seus advogados, instrumento de
mandato incluso, com escritório na Rua David Carneiro, 270, Curitiba - PR, CEP 80.530-070, onde
recebem intimações e notificações, nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em epígrafe,
proposta por LUANA ROBERTA RABELLO, respeitosamente vem, à presença de Vossa
Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO aos termos da presente ação, pelos fundamentos de fato
e de direito a seguir aduzidos:

PRELIMINARMENTE – DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO

A Reclamante ajuizou Reclamatória Trabalhista contra réus distintos que não


constituem grupo econômico, inexistindo razão para figurarem no mesmo pólo passivo,
salientando-se que a pretensa subsidiariedade entre as Reclamadas não tem o alcance imaginado
pelo autor, como a seguir se demonstrará.

De qualquer sorte, considerando a formação de litisconsórcio passivo no


presente feito (art. 46 do CPC), bem como em respeito ao princípio da eventualidade, admitindo-se
a hipótese da primeira Reclamada ser declarada revel ou deixar de comparecer à audiência a qual
deveria prestar depoimento pessoal sob pena de confissão (Enunciado 74 do TST), requer a ora
Contestante que seja aplicado o disposto no inciso I do art. 320 do CPC quanto à matéria.

Finalmente, destaca-se a imprescindível aplicação do artigo 48 e 506,


ambos do CPC entre os litisconsorciais.

Propugna-se, assim, pela aplicação dos referidos dispositivos legais,


aplicáveis ao processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 1
Número do documento: 13093015520785400000000621299
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CARÊNCIA DE AÇÃO – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA CONTESTANTE –


IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DE VÍNCULO TRABALHISTA

Destaca a Segunda Reclamada que a Reclamante jamais foi sua


empregada.

Com efeito, o BANCO DO BRASIL S.A. celebrou contrato de prestação de


serviço com a Primeira Reclamada, SAURA SILVA E RICOLDY., cuja função era agente
operacional.

A Primeira Reclamada, SAURA SILVA E RICOLDY., era quem determinava,


neste período, segundo seus próprios interesses, qual ou quais, de seus funcionários seriam
designados para prestar os serviços contratados junto ao BANCO DO BRASIL S.A., não existindo
qualquer exigência deste último, quanto às pessoas dos empregados daquela, que realizariam a
prestação de serviços.

Desse modo, afigura-se inexistente qualquer pessoalidade na relação


mantida entre o BANCO DO BRASIL S.A. e a Reclamante.

Conclui-se, então, que a obreira jamais possuiu laços de subordinação,


pessoalidade ou onerosidade com a Segunda Reclamada, fato este de seu pleno conhecimento,
na medida em que, sua relação de emprego foi com a Primeira Reclamada, sua empregadora,
que a contratou, assalariou e dirigiu sua prestação de serviços neste período.

Assim, forçoso reconhecer que a Segunda Reclamada, BANCO DO BRASIL S.A.,


na relação jurídica de direito material trazida a Juízo, revela-se, por conseqüência, como parte ilegítima para
figurar na presente ação no período acima mencionado.

Pelo exposto, fica clara a ilegitimidade passiva do BANCO DO BRASIL S.A.,


impondo-se a extinção do feito sem julgamento do mérito, nos termos do artigo 267, VI, do Código
de Processo Civil, de aplicação subsidiária ao processo do trabalho.

Tratando-se, a Primeira Reclamada, de empresa prestadora de serviços


especializados, foi ela contratada, pela Segunda Reclamada, através de processo licitatório e
contrato legal, para que, sem exclusividade e com pessoal próprio, exercesse os serviços
solicitados, com sua direção e controle, bem como com responsabilidade acerca dos encargos
trabalhistas e sociais advindos de seus empregados. Ou seja, a remuneração, a pessoalidade e a
subordinação, eram aspectos que existiam apenas entre a Reclamante e a Primeira Reclamada,
sem interferência alguma da Segunda Reclamada.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do documento: 13093015520785400000000621299
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Neste sentido é a doutrina do jurista AMAURI MASCARO NASCIMENTO[1],


no sentido de que:

“ ...a subordinação jurídica é o elemento mais relevante para caracterização da


relação de emprego. Denota-se a sujeição do trabalhador aos ditames do empregador.
Este, por conta da subordinação daquele, detém o poder de direção, que é a faculdade
atribuída ao empregador de determinar o modo como a atividade do empregado, em
decorrência do contrato de trabalho deve ser exercida, manifestando-se mediante três
formas: poder de organização, poder de controle sobre o trabalho e poder de
disciplinar sobre o empregado”.

Verifica-se que não havia nenhuma subordinação da Reclamante em relação


à Segunda Reclamada, seja a qualquer tempo.

Ainda, a Primeira e Segunda Reclamadas ajustaram cláusula contratual


eximindo totalmente a Segunda Reclamada de quaisquer encargos trabalhistas, fiscais e sociais,
no que tange aos empregados da Primeira Reclamada.

CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA[2], sobre o tópico de trabalho


temporário entende que:

“ O contrato de trabalho do trabalhador será mantido não com a empresa


tomadora de serviços, mas sim com a empresa de trabalho temporário, devendo ser
também obrigatoriamente escrito, no qual constarão expressamente todos os direitos
conferidos.

Assim, a responsável por todos os encargos trabalhistas decorrentes desta


situação é a empresa de trabalho temporário.

...Também a responsabilidade pelo cumprimento da jornada é da empregadora


(empresa de trabalho temporário), sendo ela a responsável perante a Fiscalização do
Trabalho, conforme assim informa expressamente o Precedente Administrativo nº 48”.

Deste modo, não é possível compreender que uma empresa responderia


pelas obrigações da outra. Tampouco que a Segunda Reclamada teria qualquer poder de
fiscalização e administração sobre os funcionários da empregadora – a Primeira Reclamada.

Além do mais, a Segunda Reclamada compõe a Administração Pública, pelo


que deve observar todo o estabelecido na Lei Federal n.º 8.666/93. Assim, todos os atos

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do documento: 13093015520785400000000621299
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praticados pela contestante estão sempre de acordo com os ditames legais, burocracias e
procedimentos especiais exigidos por lei.

Deste modo, vale destacar o art. 71 da Lei Federal nº. 8.666/93:

“ Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,


fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas,


fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o
uso das obras e edificações, inclusive perante o registro de imóveis.

§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos


encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31
da Lei n.8.212, de 24 de julho de 1991.” – grifo nosso

Com fundamento no artigo acima mencionado, não é possível manter a


Segunda Reclamada no pólo passivo da demanda com o objetivo de futuramente condená-la ao
pagamento de verbas trabalhistas, afinal, não tem responsabilidade alguma em relação ao contrato
de emprego firmado entre a Reclamante e a Primeira Reclamada.

A Constituição Federal estabelece em seu Art. 22, inciso XXVII, que é


competência exclusiva da União, legislar sobre normas gerais que visem definir as regras a serem
observadas pela Administração Pública quando da contratação de serviços de terceiros.

“ Art. 22. Compete privativamente a União legislar sobre:

XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para


a administração pública direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, nas diversas esferas do governo, e empresas sob seu controle;”

No mesmo sentido está o Art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal de


1988, determina a realização obrigatória, por parte da Administração Pública Direta e Indireta, de
procedimento licitatório, prévio à contratação de empresas prestadoras de serviços.

“ Art. 37. A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, o
seguinte:

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 4
Número do documento: 13093015520785400000000621299
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XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,


compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta,
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”.

Assim, por estrita observância aos mandamentos constitucionais, elencados


nos Arts. 22, XXVII e 37, XXI, - que revelam a obrigatoriedade do procedimento licitatório, prévio a
contratação por parte da Administração Pública - o legislador editou a Lei 8666/93 – Lei de
Licitações – a qual por decorrência lógica subordina-se, integralmente, a Administração Pública
Indireta, como é o caso do BANCO DO BRASIL S.A.

Oportuno trazer à baila, neste momento, a definição de empregador é dada


pelo caput do artigo 2º da CLT:

“ Art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que,


assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços”.

Nota-se que a lei define empregador não como a pessoa física ou jurídica, mas como
a empresa que assume os riscos da atividade econômica.

No que tange a admissão, vale destacar que este é um ato exclusivo do empregador,
pois efetuará a seleção dos candidatos à vaga oferecida e finalizará a contratação assumindo, a partir deste
momento, todas as obrigações contratuais foram contraídas pelo empregador/contratante.

A CLT ao definir empregado, diz sê-lo toda pessoa que presta serviço a
empregador e sob a dependência deste. A expressão dependência, por si só muito vaga, deve ser
entendida em sua acepção jurídica, ou seja, subordinação (considerando os mais importantes dos
elementos do contrato de trabalho).

Somente a pessoa jurídica para quem o demandante pactuou e prestou


serviços mediante subordinação, pessoalidade ou onerosidade, possui personalidade jurídica e
capacidade para estar em Juízo, sendo a única legitimada a figurar no pólo passivo do processo
cognitivo.

Sendo empregador aquele que contrata, remunera e dirige a prestação de


serviço dos empregados, então não há o que se discutir o pedido de vínculo de emprego com a
Segunda Reclamada, tendo em vista que este se deu exclusivamente entre a Reclamante e a
Primeira Reclamada.

Melhor esclarecendo, eis manifestação doutrinária:

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 5
Número do documento: 13093015520785400000000621299
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“ A terceirização é o ato pelo qual a empresa produtora, mediante contrato, entrega


à outra empresa certa tarefa (atividades ou serviços não incluídos nos seus fins
sociais) para que esta a realize habitualmente com empregados desta; transporte,
limpeza e restaurante são exemplos típicos”. (VALENTIM CARRION, in “Comentários à
Consolidação do Trabalho”, p.294, 1996).

Assim, improcede os pleitos da inicial requerendo o reconhecimento de


vínculo empregatício com a Segunda Reclamada, quanto ao contrato laboral estabelecido com a
Primeira Reclamada, posto que a Reclamante foi unicamente empregada desta com a qual o BAN
CO DO BRASIL S.A. mantinha apenas um contrato de prestação de serviços.

Pelo exposto, requer a exclusão da Segunda Reclamada, BANCO DO


BRASIL S.A., da lide, nos precisos termos do disposto nos artigos 267 e 301, incisos II e X do
Código de Processo Civil, julgando a Reclamante carecedor do direito de ação em relação àquela.

DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO DE CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA

O pedido de condenação subsidiária em face da Segunda Reclamada


deve ser extinto sem apreciação do mérito, ante a inexistência de grupo econômico entre as
Reclamadas, bem como a inexistência de relação jurídica entre Primeira e Segunda
Reclamadas e consequentemente de responsabilidade subsidiária entre estas.

Alega a Reclamante que foi contratada pela Primeira Reclamada em 01/09/2011


para exercer a função de Agente Operacional, contudo, teria prestado serviço para o BANCO DO
BRASIL S.A., requerendo, sucessivamente, a responsabilidade subsidiária da Segunda Reclamada no
caso de haver condenação na presente reclamação trabalhista.

Tendo em vista que a solidariedade e a subsidiariedade, como previsto


em lei, artigo 896 do Código Civil de 1916 e artigo 265 do Código Civil de 2002, não podem
ser presumidas, mas devem resultar de lei ou da vontade das partes, e estas situações não
estão presentes na relação jurídica entre as Reclamadas, resta caracterizada a impossibilidade
do pedido em relação à Segunda Reclamada.

Assim, a possibilidade jurídica do pedido, condição da ação, ou seja, a


admissibilidade da pretensão, verificada através da previsão ou ausência de vedação do que
se postula na causa, não se encontra presente. Isto porquanto a lei estabelece a necessidade
de previsão legal que autorize a solidariedade e a subsidiariedade, o que, efetivamente, não há
no ordenamento jurídico vigente, razão pela qual a norma prevista no artigo 265 do Código
Civil de 2002 constitui verdadeira vedação legal à pretensão da Reclamante.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 6
Número do documento: 13093015520785400000000621299
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Ainda, necessário se faz mencionar que a lei 8.666/93, em seu artigo 71,
trás expressamente a responsabilidade da empresa contratada, sendo que os encargos não
poderão ser transferidos a administração pública, in verbis:

“ Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos


trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato.

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos


encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem
poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o
uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis”

No processo do trabalho, a solidariedade e a subsidiariedade só ocorrem


no caso de grupo econômico, por expressa disposição do artigo 2º, § 2º, da CLT, que não é o
caso dos autos.

Também, in casu, não houve, e nem poderia existir, intenção das partes
em estabelecer solidariedade e/ou subsidiariedade, o que deita por terra a pretensão da
Reclamante em ver a Segunda Reclamada condenada solidariamente nas parcelas
postuladas. Inexiste lei ou prova da vontade das partes e, assim, o pedido de condenação
subsidiária é juridicamente impossível, por faltar-lhes o requisito principal.

Acerca da matéria, nos acórdãos do Egrégio Tribunal do Trabalho do


Paraná, assim foi decidido:

" SOLIDARIEDADE - PRESUNÇÃO - IMPOSSIBILIDADE


JURÍDICA DO PEDIDO – Por força da regra insculpida no art. 896,
caput, do Código Civil, "A solidariedade não se presume, resulta da
lei ou da vontade das partes" (sublinhei). Inexistindo norma legal
estabelecendo a solidariedade pretendida e não havendo prova de
que tenha sido instituída em virtude de manifestação volitiva dos
litigantes, declara-se a impossibilidade jurídica do pedido de
solidariedade". (TRT-PR-RO 6.032/94 - Ac. 1ª T – 7496/95, Rel. Juiz
Manoel Antônio Teixeira Filho, DJ/PR 31.03.95).

“ SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA DE CONTROLE.


INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 2º, PARÁGRAFO 2º, DA CLT.
Impossível a aplicação do § 2º do art. 2º da CLT quando não se
vislumbra qualquer controle, direção ou administração na relação

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do documento: 13093015520785400000000621299
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havida entre os reclamados. O fato do Estado ser o principal, mas


não o único, mantenedor do empregador não implica
reconhecimento de controle daquele sobre este”. (TRT-PR-RO 3.131-
95 - Ac.4ª T 25.597-95 - Rel.Juiz Tobias de Macedo Filho - TRT 13-10-
1995).

Eis o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina:

“ GRUPO ECONÔMICO. SOLIDARIEDADE. A solidariedade não


se presume, mas resulta da lei ou da vontade das partes. Mero
vínculo familiar entre os acionistas das empresas não pode atuar
como fundamento para a declaração de grupo econômico, pois
necessária a verificação de uma relação entre as empresas, na qual
uma exerça influência dominante sobre a outra.” (Acórdão 10422/205-
Juíza Sandra Márcia Wambier - Publicado no DJ/SC em 26-08-2005)

A CLT, art. 2º, § 2º, conceitua o grupo econômico da seguinte forma:

“ Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma


delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial,
comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os
efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das subordinadas”.

A característica principal do grupo econômico é a subordinação de várias


empresas a um mesmo controle e administração. Cada uma delas tem personalidade jurídica
própria, independência financeira e técnica. Uma não participa do controle técnico ou
financeiro da outra e vice-versa. Uma não tem o menor poder de gestão nas atividades da
outra e vice-versa. Além das atividades serem completamente distintas, sendo que a Primeira
Reclamada é empresa que terceiriza mão de obra especializada e a Segunda Reclamada trata-
se de empresa do ramo bancário, não existindo nenhuma forma de coligação que possa
justificar a solidariedade e/ou subsidiariedade.

Neste sentido:

“ SOLIDARIEDADE. PRESUNÇÃO. Em matéria de obrigações,


tanto a solidariedade como a subsidiariedade só podem ser
acolhidas se previstas na lei ou no contrato, o que implica em dizer,
que não podem ser admitidas por presunção ou pela jurisprudência.”
(TRT 10ª Região, Decisão: 12/08/1996, Processo: RO n°:0003658 ANO:
95 Turma: 03, Juiz: Oswaldo Florencio Neme, Fonte: DJU Data: 11/10/96)

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Por todo o exposto, ante a inexistência de grupo econômico, e ausência


de lei ou contrato entre as empresas Reclamadas, requer-se a extinção do feito em relação ao
BANCO DO BRASIL S.A., vez que não há a possibilidade da empresa vir a ser
responsabilizada por eventuais débitos.

Desta feita, verifica-se que não existe fundamento para o pedido de


responsabilidade subsidiária entre o BANCO DO BRASIL S.A. e a SAURA SILVA E RICOLDY.

Neste sentido, têm decidido os Tribunais:

“ RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - INEXISTÊNCIA. Havendo


contrato de natureza civil entre as empresas, e se os serviços
prestados pela empresa contratado não se incluem entre aqueles
essenciais ao objeto social da empresa contratante, não há como
caracterizar o contrato firmado entre as duas empresas como uma
fraude aos direitos laborais”. (TRT 2ª R. Ac. 20000381165. 4ª T. Data
do Edital de Acórdão: 04/08/2000. Relatora: Sônia Maria Prince Franzini)

Por fim, cumpre frisar que a Primeira Reclamada é a única responsável pelas
reclamações trabalhistas que decorram das relações de trabalho pertinentes aos seus empregados.

Assim sendo, restando evidente que não há que se cogitar em


responsabilidade subsidiária, requer seja julgado improcedente o pleito.

DA INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 331 DO TST EM FACE DA SUA ILEGALIDADE


/INCONSTITUCIONALIDADE

Necessário se faz argumentar acerca da ilegalidade e


inconstitucionalidade da súmula 331 do TST:

“ TST Enunciado nº 331- Revisão da Súmula nº 256 - Res. 23/1993, DJ 21,


28.12.1993 e 04.01.1994 - Alterada (Inciso IV) - Res. 96/2000, DJ 18, 19 e 20.09.2000
- Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Contrato de Prestação de
Serviços - Legalidade

I- A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-


se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho
temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II- A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não


gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta
ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). (Revisão do Enunciado nº 256 - TST)

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 9
Número do documento: 13093015520785400000000621299
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III- Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços


de vigilância (Lei nº 7.102, de 20-06-1983), de conservação e limpeza, bem como a
de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que
inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do


empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e
conste também do título executivo judicial.

V – Os entes integrantes da administração pública direta e indireta


respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666
/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e
legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade
não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços


abrange todas as verbas decorrentes da condenação."

Imperioso destacar que o inciso V da Súmula 331 é claramente ilegal, e


consequentemente inconstitucional, posto que afronta o §1º do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93,
que se encontra vigente e regula os contratos da Administração Pública direta e indireta, bem
como afronta o Princípio Constitucional da Reserva Legal.

O Tribunal Superior do Trabalho jamais poderia aplicar seu verbete


sumular 331, inciso V, sem a declaração de inconstitucionalidade do §1º do artigo 71 da Lei nº.
8.666/93, observando a cláusula da reserva de plenário (Súmula Vinculante nº 10 do STF).

Tem-se que o inciso V do enunciado sumular nº. 331 do TST é


flagrantemente oposto ao artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, conforme já demonstrado.

Somente por meio da declaração de inconstitucionalidade do artigo 71 da


Lei nº. 8.666/93, observado o artigo 97 da Constituição da República e a Súmula
Vinculante nº. 10 do Supremo Tribunal Federal, poderia o Tribunal Superior do Trabalho
reconhecer a responsabilidade subsidiária do BANCO DO BRASIL S.A. por débitos
trabalhistas oriundos de empregados de empresas interpostas.

Eis o texto da Súmula Vinculante nº10 do STF, in verbis:

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 10
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 321

“ Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a


decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”.

Desta forma, constata-se que o Tribunal Superior do Trabalho criou para o


ente da Administração Pública Indireta uma responsabilidade subsidiária não prevista em lei.

A interpretação dada pelo inciso V da Súmula 331 afronta


significativamente o disposto no artigo 71 da Lei nº. 8.666/93, inclusive em razão do
estabelecido no § 6º, do artigo 37, da Carta Magna, o que corresponde, efetivamente, à
declaração (velada) de sua inconstitucionalidade, sem a observância da cláusula de reserva de
plenário, infringindo também o artigo 97 da Constituição Federal.

Verifica-se também a inconstitucionalidade do inciso V da mencionada


Súmula, eis que afasta o disposto do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93 (declaração velada de sua
inconstitucionalidade), ferindo, portanto, os artigos 5º, inciso II, 48 c/c 22, XXVII e 97, da
Constituição Federal, pois não respeita a regra de reserva de plenário para declarar a
inconstitucionalidade da sua norma.

Conforme comprovado, o inciso V da Súmula 331 do TST, além de


contrariar o contido nos demais itens do próprio verbete, afronta o inciso II do artigo 5º, o inciso
I do artigo 22, bem como o artigo 48, todos da Constituição Federal, invadindo seara própria
do Congresso Nacional, usurpando a função legislativa.

Configura-se, por conseguinte, desvio de finalidade do verbete sumular,


passando a inserir-se a atividade judicante de uniformização de jurisprudência na área própria
do Legislativo, pois criou obrigações não previstas em lei, afrontando, veementemente o
Princípio da Reserva Legal, insculpido no Texto Constitucional, artigo 5º, inciso II.

O Princípio acima citado juntamente com o artigo 170, Parágrafo Único


da Constituição Federal, assegura a livre atividade econômica, levando a conclusão da
inexistência de imposição legal ao desempenho da atividade em apreço, sendo certo que
qualquer ato do Judiciário que venha dispor em contrário implicará em extrapolação de sua
competência constitucional.

Como se verifica, o inciso V do Enunciado 331 conflita com norma


constante do inciso I do artigo 22, artigo 48 e do Parágrafo Único do artigo 170, todos da
Constituição Federal, os quais determinam a Competência Privativa da União Federal para
legislar sobre Direito do Trabalho, e também a competência do Congresso Nacional para
dispor sobre todas as matérias de competência privativa da União Federal.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093015520785400000000621299
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 11
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 322

Outro aspecto, em questão, é que o legislador federal, no âmbito da


competência prevista nos artigos 22, XXVII e 37, XXI, da Constituição Federal, definiu
claramente na Lei de Licitações que as sociedades de economia mista não são responsáveis
pelos débitos trabalhistas das empresas contratadas, fazendo uma série de previsões e
requisitos a serem atendidos pelo interessado em contratar com estas sociedades.

O BANCO DO BRASIL S.A., sociedade de economia mista, portanto,


não escolhe com quem contratar, já que o administrador não detém a discricionariedade
para escolher outrem que não o vencedor do certame.

Tanto a Constituição Federal, na forma do seu artigo 37, XXI, quanto a


Lei nº. 8.666/93 estabelecem quais são os requisitos necessários para se contratar com o ente
público, os quais, uma vez atendidos, conferem à empresa vencedora da licitação o direito à
adjudicação do objeto do contrato, caso a Administração proceda, efetivamente, a contratação.

Na prática, isso significa dizer que o BANCO DO BRASIL S.A., toma


todos os cuidados no momento da habilitação dos interessados que com ele pretende
contratar, bem como no momento da contratação.

Logo, não há que se falar em culpa, seja in eligendo ou in vigilando, por


parte da Administração Pública, para justificar a edição de uma Súmula contrária às previsões
legais.

O Tribunal Superior do Trabalho adotou, sem restrição alguma, a teoria


do risco integral, com uma exacerbação da responsabilidade civil da Administração, na medida
em que propugna a reparação pelo Estado de todo e qualquer prejuízo individual. A adoção do
risco integral viola o artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.

Oportuno destacar alguns trechos do voto da Douta Juíza Relatora


Márcia Mazoni Curcio Ribeiro, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região – Distrito
Federal, no julgamento do Recurso Ordinário nº. 01962/2002, em 08/11/2002:

“ ...A decisão recorrida declarou a ilegitimidade do reclamado


BANCO DO BRASIL S/A, julgando, quanto a ele, extinto o processo
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC.
Fundamentou sua decisão no disposto no art. 71 da Lei nº 8.666/93. A
reclamante recorre ordinariamente, buscando a condenação
subsidiária do BANCO DO BRASIL S/A, fulcrando seu pleito no
inciso IV do En. 331 do TST. ...No meu entendimento, não assiste
razão à recorrente, pela flagrante contradição entre os termos do En.

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 323

331/TST, parte final, e o teor do art. 71 da Lei nº 8.666/93. Com efeito,


o Enunciado nº 331 da Súmula do C. TST, em sua nova redação
(Resolução nº 96/2000 do TST), prevê a responsabilidade subsidiária
do tomador de serviços, inclusive em se tratando de sociedade de
economia mista, como no caso da recorrente, ante o
inadimplemento das obrigações trabalhistas pelo empregador...” – gri
fo nosso

Mais contundente foi o voto do Excelentíssimo Juíz Pedro Foltran,


então integrante da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região – Distrito
Federal, no julgamento do Recurso Ordinário nº. 2560/2001, destacando-se seu entendimento
quanto à aplicabilidade do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93:

“ ...Referido dispositivo legal tem aplicação no caso em tela, já


que a recorrente é um ente do Governo do Distrito Federal, isto é,
um ente do próprio Estado, cujas normas de licitação e contratação
são editadas privativamente pela União, ex vi do artigo 22 da Carta
Magna. Aliás, a própria Constituição Federal exige, em seu artigo
175, a licitação para que a Administração Pública possa transferir a
execução de qualquer serviço público. As finalidades da licitação
são evidentes: obter proposta mais vantajosa em louvor ao erário e
propiciar igual oportunidade aos que desejam contratar. E para
alcançar seu objetivo, o processo licitatório deve observar inúmeros
critérios, todos em harmonia para assegurar a defesa do patrimônio
público. A própria Lei n.º 8.666/93 prevê objetivamente os critérios
que devem ser observados pelo administrador na parte que trata da
gestão do contrato que firma com o particular. Alongar tais critérios
é o mesmo que desrespeitar a lei, criando elementos para que a
Administração possa vir a ser responsabilizada pelo
inadimplemento das obrigações trabalhistas, fiscais e comerciais
assumidas contratualmente pela empresa prestadora do serviço. Inte
rpretação diversa ensejaria uma curiosa situação: se o
administrador público contrata por meio de processo licitatório, com
observância dos rigores da lei, passa a responder subsidiariamente
por todas as obrigações trabalhistas não cumpridas pela empresa
contratada. Se, ao revés, burla a Constituição e contrata diretamente
o trabalhador, sem concurso público, obtém a declaração de
nulidade do contrato em Juízo e nada paga a título de indenização.
Vejo, pois, flagrante contradição entre a parte final do Enunciado
331 do C. TST e o que dispõe o art. 71 da Lei n.º 8.666/93, de tal
forma que, estando em vigor o dispositivo legal, voto pelo
provimento do recurso ordinário, por deixar de reconhecer a

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 324

responsabilidade subsidiária da segunda reclamada, que deverá ser


excluída da lide, extinguindo-se a reclamatória, no particular, sem
julgamento de mérito”. – grifo nosso

Ademais, vale destacar o recente julgado da Ação Declaratória de


Constitucionalidade n.º 16 do Supremo Tribunal Federal, que declarou a constitucionalidade do art. 71 da
Lei 8.666/93:

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 325

Tal entendimento, já resultou na manifestação do entendimento pela não


responsabilização do ente público por direitos trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de

serviços terceirizados:

Tal posicionamento já vem sendo


adotado pelas Varas do Trabalho do Estado do
Paraná, conforme sentença prolatada pelo Douto

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 15
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 326

Juiz da 10ª Vara do Trabalho, nos autos de


Reclamatória Trabalhista autuada sob o nº 32189-
2009-010-009-00-4, como segue:
“ Quanto à terceira reclamada, por votação majoritária, o
Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada no dia
24 de novembro de 2010, com publicação no DJE e no DOU do dia 06
/12/2010, deferiu pedido na Ação Declaratória de Constitucionalidade
- ADC nº 16, declarando constitucional o artigo 71, parágrafo 1º, da
Lei 8.666/93 (Lei das Licitações).

Após o referido julgamento o Supremo Tribunal Federal, vem


sistematicamente cassando decisões do TST baseadas no inciso IV
da Súmula 331, nas reclamações ajuizadas naquela Corte Suprema.

Antes dessas decisões do STF, a jurisprudência era pacífica no


sentido de que o tomador dos serviços responde subsidiariamente
pelos débitos trabalhistas do serviço prestado, ainda que se trate da
administração pública direta ou indireta, e ainda que a contratação
tenha ocorrido por licitação pública, nos moldes da Lei 8.666/1993
(Súmula 331 do TST).

Contudo, diante da declaração da constitucionalidade do § 1o do


artigo 71, da Lei 8.666/1993 (Lei das Licitações), não há como admitir
que o ente público deva responder, ainda que subsidiariamente,
pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do
empregador.

Com efeito, tal dispositivo legal dispõe expressamente nesse


sentido:

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,


previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
contrato.

§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos


trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar
o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 16
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 327

Portanto, revendo entendimento anterior, na esteira do E. STF,


rejeito o pedido de responsabilização do terceiro réu pelas verbas
ora deferidas.”

Diante do exposto, resta evidente a impossibilidade de responsabilização


subsidiária da Segunda Reclamada por eventual condenação na presente reclamatória,
devendo o pleito ser julgado improcedente.

DA IMPOSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO EM


VIRTUDE DA ATUAL REDAÇÃO DA SÚMULA 331 DO TST

Caso sejam superados os argumentos retro expendidos, o que não se


acredita, impera tecer relevantes considerações à nova redação atribuída à Súmula 331 do
TST, a qual excepcionou a possibilidade de responsabilização subsidiária do ente público
somente àqueles casos em que resta comprovada a culpa in vigilando e/ou in eligendo, o que
de fato não ocorrera no caso em comento, conforme passa-se a expor.

Embora não declare a ilegalidade/inconstitucionalidade da Súmula 331, o


Colendo Tribunal Superior do Trabalho, em seus recentíssimos julgados, tem entendido pela
exclusão do BANCO DO BRASIL S.A. da responsabilidade subsidiária, haja vista a alteração
do referido Enunciado, cuja redação atual restringiu a responsabilidade dos entes públicos
àqueles casos em que “resta evidenciada a conduta culposa no cumprimento das obrigações
da Lei nº 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais
e legais da prestadora de serviço como empregadora.”

É de grande valia citar a título


exemplificativo um dos recentíssimos julgamentos
proferidos pelo Colendo Tribunal Superior do
Trabalho que exclui a ora Reclamada do pólo
passivo da demanda, sob o fundamento de afronta
ao artigo 71, §1ª da lei 8.666/93, porquanto não
restou comprovada a culpa in vigilando do ente
público, destaca-se:

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 17
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 328

“ (...) Nas razões de Revista, o segundo Reclamado sustentou


que não se pode presumir a subsidiariedade, que resulta de lei ou da
vontade das partes. Ressaltou que não há previsão legal que lhe
imponha a responsabilidade subsidiária por verbas não adimplidas
pela empresa contratada. Argumentou ainda que somente por
declaração da inconstitucionalidade do artigo 71, § 1.º, da Lei 8.666
/93, observado o artigo 97 da Lei Magna poderia esta Corte superior
atribuir-lhe responsabilidade subsidiária. Apontou violação dos
artigos 5.º, II, 22, I e XXVII, 37, XXI e § 6.º, 48, 97 e 170, parágrafo
único, da Constituição Federal, 2.º, § 2.º, da CLT e 71, § 1.º, da Lei
8.666/93. Juntou arestos para o confronto de teses. No presente
Apelo, a segunda Reclamada renova as razões lançadas na Revista.
Ao exame. A atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
público não se contrapõe aos termos do art. 71 da Lei n.º 8.666/93,
devendo ser considerada a existência de culpa in vigilando, sendo
certo que o reconhecimento da referida responsabilidade termina
por afastar qualquer possibilidade de violação dos termos do caput
do referido artigo. Esse, aliás, foi o entendimento esposado pelo
Supremo Tribunal Federal que, em recente decisão na ADC n.º 16, de
24/11/2010, ao declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1.º, da Lei
n.º 8.666/93, asseverou que a constatação da culpa in vigilando, isto
é, da omissão culposa da Administração Pública em relação à
fiscalização quanto ao cumprimento dos encargos sociais por
empresas contratadas, gera a responsabilidade do ente público. Há
que se considerar, entretanto, que a decisão do Regional acerca da
responsabilidade subsidiária não se encontra em consonância com
os termos da Súmula n.º 331 do col. TST, que recebeu nova redação
quanto às questões relativas à responsabilidade subsidiária, nos
seguintes termos: -SÚMULA N.º 331. CONTRATO DE PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS. LEGALIDADE.
...........................................................................................................

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do


empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de
serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos
da administração direta, das autarquias, das fundações públicas,
das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde
que hajam participado da relação processual e constem também do
título executivo judicial.

V - Os entes integrantes da administração pública direta e indireta


respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 18
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 329

caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das


obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas
pela empresa regularmente contratada.

VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange


todas as verbas decorrentes da condenação, referentes ao período
da prestação laboral.- Registre-se que o acréscimo do item V da
referida Súmula veio a confirmar o entendimento do Supremo
Tribunal Federal, que, como já referido anteriormente, ao declarar a
constitucionalidade do artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, ressaltou a
necessidade de a Administração Pública efetivamente fiscalizar o
cumprimento das obrigações legais e contratuais por parte da
prestadora de serviços, devendo ser considerada a existência de
culpa in vigilando nos casos em que se trata da responsabilidade
subsidiária de órgãos integrantes da Administração Pública. Assim,
não tendo o Regional identificado expressamente que o Agravante
foi omisso quanto ao seu dever de fiscalizar o cumprimento do
contrato por parte da prestadora de serviços, incorrendo em culpa in
vigilando, não há de se falar em responsabilidade subsidiária, sendo
certo que o reconhecimento de tal responsabilidade afronta o
disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93. Portanto, razão assiste
à Agravante, pois a decisão proferida pelo Regional afronta o
disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93. Logo, dou provimento
ao Agravo de Instrumento para determinar o processamento do
Recurso de Revista. Conforme previsão do art. 897, § 7.º, da CLT e
da Resolução Administrativa do TST n.º 928/2003, em seu art. 3.º, § 2.
º, e dos arts. 236, caput, § 2.º e 237, caput, do RITST, proceder-se-á,
de imediato, à análise do Recurso de Revista na primeira sessão
ordinária subsequente.

RECURSO DE REVISTA

I - ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos legais de admissibilidade recursal, fica


autorizada a incursão quanto aos pressupostos específicos da
Revista.

II – CONHECIMENTO

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 330

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA INTEGRANTE DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - NÃO CONFIGURAÇÃO NECESSIDADE
DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO

Reportando-me às razões de decidir do Agravo de Instrumento,


conheço do Recurso de Revista por afronta ao disposto no art. 71, §
1.º, da Lei n.º 8.666/93.

III - MÉRITO

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA INTEGRANTE DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - NÃO CONFIGURAÇÃO -
NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO

Conhecido o Apelo por violação do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93,
dou provimento ao Recurso de Revista, como acima exposto, para
excluir o Banco do Brasil S.A. do polo passivo da demanda, ficando
prejudicada a análise dos demais temas ventilados no Recurso de
Revista.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Quarta Turma do Tribunal Superior do


Trabalho, por unanimidade, conhecer do Agravo de Instrumento e,
no mérito, dar-lhe provimento para determinar o processamento do
Recurso de Revista. Conhecer do Recurso de Revista por violação
do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93 e, no mérito, dar-lhe provimento a
fim de excluir o Banco do Brasil S.A., segundo Reclamado, do polo
passivo da demanda, ficando prejudicada a análise dos demais
temas ventilados no Recurso de Revista.

Brasília, 17 de agosto de 2011.

Maria de Assis Calsing - Ministra Relatora” (TST - RR355900-


63.2009.5.09.0660 – 4ª Turma – Ministra Relatora: Maria de Assis
Calsing – Publicado em: 26/08/2011).

Ressalte-se que a inclusão do inciso V na Súmula 331 do Colendo


Tribunal Superior do Trabalho ressalvou a necessidade de restar cabalmente comprovada a
ausência de fiscalização e vigilância das obrigações legais e contratuais para justificar a

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Fls.: 331

responsabilização do ente público, não bastando o mero inadimplemento das obrigações


trabalhistas pela empresa regularmente contratada para autorizar a responsabilização do ente
público.

Logo, não há que se cogitar em alegar a culpa in vigilando e/ou culpa in


eligendo da ora Reclamada, pois conforme cabalmente comprovado, o BANCO DO BRASIL S.
A. agiu com a cautela necessária, tomando todas as medidas adequadas, em relação à
empresa contratada.

Mister frisar que o mero inadimplemento pela empresa contratada não autoriza a
responsabilização imediata da Administração Pública, sendo imprescindível a comprovação de
ausência de fiscalização no cumprimento do contrato, o que de fato, não se aplica no caso em apreço, à
medida que restou demonstrada a fiscalização e a vigilância da Segunda Reclamada em relação à
Primeira.

Diante do exposto, levando em conta a nova redação atribuída à Súmula


331 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, resta evidente a impossibilidade de
responsabilização subsidiária da Segunda Reclamada por eventual condenação na
presente reclamatória, devendo o pleito ser julgado improcedente.

DO MÉRITO

Pelo princípio da eventualidade, caso sejam superadas as preliminares


argüidas, o que apenas se argumenta, a ora Contestante passa a apresentar a sua defesa de
mérito com relação ao contrato de trabalho no qual foi tomadora dos serviços da Primeira
Reclamada, real empregadora da Reclamante.

Com relação às pretensões da obreira no contrato de trabalho, o BANCO


DO BRASIL S.A., reporta-se, no que for compatível, às razões apresentadas pela Primeira
Reclamada.

DA LEGALIDADE DO CONTRATO DE TERCEIRIZAÇÃO –

CORRESPONDENTE BANCÁRIO

A contratação de mão de obra terceirizada para o exercício de atividade


meio encontra-se amparada na legislação vigente, o que ocorreu no presente caso.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 21
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 332

Nos últimos tempos, muito se tem discutido a respeito da legalidade na


contratação de correspondentes bancários.

Todavia, tal questão já se encontra pacificada por força das Resoluções


nº 3110/03 e 3156/03, bem como pela atual Resolução 3954/2011, todas do Banco Central
que resolveram definitivamente a questão, disseminando todas as dúvidas, até então
existentes, acerca da legalidade desta forma de contratação.

O simples fato de estarem abrangidas entre as funções do agente


bancário, a captação de empréstimos consignados, o financiamento de veículos, consórcio,
financiamento de casa própria, compra de divida de outras instituições financeiras entre outros,
não é suficiente para autorizar o enquadramento como bancário, tampouco o vínculo de
emprego, porquanto, tais funções condizem com os serviços previamente estabelecidos a esta
categoria, com arrimo nas normas expedidas pelo Banco Central do Brasil.

Os correspondentes bancários não possuem acesso ao sistema do


Banco, tampouco poderes para realizar quaisquer tipos de transações financeiras ou ainda ter
acesso a conta corrente dos clientes.

Há que se reconhecer que as atividades desenvolvidas por um


correspondente bancário sequer podem ser assemelhadas às atividades desenvolvidas pelo
bancário, porquanto não se compara a complexidade das funções de cada um. Ressalta-se
que apenas consignar empréstimos, vender seguros, dentre outras funções típicas de um
agente bancário, não são atuações protegidas de estrita confiança, haja vista que para
materialização de tais condutas os correspondentes bancários não possuem acesso as
informações restritas da conta corrente dos clientes, bem como não são passiveis de proceder
à movimentação das mesmas, sendo essas funções peculiares exclusivas aos bancários.

Impende esclarecer que o corresponde bancário tem como principal


escopo facilitar o acesso da população aos serviços bancários básicos, sem exercer a função
de bancário propriamente dita.

A Jurisprudência já consolidou o tema entendendo pela impossibilidade


de enquadramento dos correspondentes como bancário, senão vejamos:

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 333

“ TRT-PR-09-11-2010 CORRESPONDENTE BANCÁRIO - VÍNCULO


COM O BANCO NÃO CONFIGURADO - EQUIPARAÇÃO INDEVIDA - A
prova dos autos não deixa dúvidas de que foi a 1ª reclamada
(prestadora de serviços como correspondente bancário) quem
contratou, remunerou e dirigiu as atividades laborais da Reclamante.
Inexistente o vínculo diretamente com o Banco réu e não exercendo
a Reclamante qualquer atividade tipicamente bancária, não faz jus
aos benefícios da categoria dos bancários.”

(TRT-PR-00562-2009-026-09-00-3-ACO-35647-2010 - 4A.

TURMA - Relator: SÉRGIO MURILO RODRIGUES LEMOS

- Publicado no DEJT em 09-11-2010)

“ BANCO POSTAL. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO.


IMPOSSIBILIDADE.

O Banco Postal funciona como correspondente bancário, o que não


se confunde com instituição financeira. As atividades de um
bancário são muito mais complexas do que as desenvolvidas pelo
trabalhador do Banco Postal, já que este - Banco Postal

- tem apenas a função de facilitar o acesso da população a alguns


serviços bancários básicos, sem atuar no mercado financeiro
propriamente dito. Deste modo, o trabalhador do Banco Postal não
faz jus aos benefícios previstos nas normas coletivas dos bancários,
nem ao enquadramento na jornada prevista no art. 224, § 2º, da CLT.”
(TRT da 10ª Região - 00850-

2008-801-10-00-0 – Relator: Pedro Luis Vicentin Foltran –

1ª Turma – Publicado em: 13/08/2009).

“ RECURSO DA RECLAMADA. CORRESPONDENTE BANCÁRIO.


LEGALIDADE. As tarefas desempenhadas pela Reclamante na
captação de empréstimos consignados e cartões de créditos, em
benefício da entidade creditícia tomadora dos serviços, condizem
com os serviços de Correspondente Bancário. Tal circunstância não

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 334

autoriza o seu enquadramento como bancário, mesmo porque o


contrato firmado entre as litigantes passivas não está eivado de
nenhum vício e nem esconde nenhuma fraude, haja vista que
ajustado com arrimo nas normas expedidas pelo Banco Central do
Brasil.” (TRT da 13ª Região - 00506.2009.001.13.00-0 – Relator:
Herminegilda Leite Machado – Publicado em: 02/06/2010).

Ante as razões anteriormente expendidas, impera a improcedência do


pedido de vínculo com o Banco do Brasil, e, conseqüentemente, todos os pedidos correlatos
da peça exordial.

Por não ser a Segunda Reclamada a empregadora da Reclamante,


reporta-se a defesa da Primeira Reclamada no que for compatível.

DA IMPOSSIBILIDADE DO ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIA

Pretende a Reclamante o respectivo enquadramento como Bancária frente à


Segunda Reclamada.

Ocorre que, não há que se falar em responsabilidade da Segunda Reclamada para


o enquadramento conforme pleiteado, afinal, a única responsável pela Reclamante foi a Primeira
Reclamada.

A contratação de mão-de-obra terceirizada para o exercício da atividade de


correspondente bancário encontra-se amparada na legislação vigente, já mencionada, o que ocorreu no
presente caso, sendo completamente descabida a alegação relativa à equiparação salarial aos bancários,
tendo em vista que estes prestaram concurso público para ingressar na carreira e realizam atividades
relacionadas a finanças, tais como tesoureiros, caixas e outros empregados de tesouraria que efetuam
pagamentos e recebimentos, conforme cláusula convencional.

Todavia, imprescindível ressaltar novamente que para que seja possível o


reconhecimento de vínculo com o BANCO DO BRASIL S.A. é necessária a realização de concurso
público nos moldes em que exige a Lei Federal n.º 8.666/93. Requisito este não preenchido pela
Reclamante, e, portanto, impossível o reconhecimento de contrato desta com a Contestante.

Neste sentido tem sido o entendimento dos diversos Tribunais Regionais


do Trabalho:

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 335

“ EMPRESA CORRESPONDENTE BANCÁRIA. VÍNCULO


EMPREGATÍCIO COM O BANCO TOMADOR DOS SERVIÇOS.
Evidenciado nos autos que a atuação do obreiro em favor da
entidade bancária esteve adstrita à execução das atividades ínsitas
à condição de correspondente bancária de sua empregadora, não há
que se cogitar em vínculo direto com o banco.”

(922200801010005 DF 00922-2008-010-10-00-5 , Relator:


Desembargador André R. P. V. Damasceno, Data de Julgamento: 20/10
/2009, 1ª Turma, Data de Publicação: 30/10/2009)

“ Vínculo de emprego. Correspondente bancário. A resolução do


Banco Central nº 3.110/2003 (alterada pela resolução 3.156/2003),
regula a atividade de correspondente bancário,a ser desempenhada
por pessoas jurídicas que atuem como intermediárias entre bancos e
/ou instituições financeiras autorizadas e seus clientes finais,
podendo realizar as atividades nela previstas. Assim, comprovada a
regularidade do contrato de correspondente bancário, o qual
encontra respaldo jurídico na resolução mencionada, competia à
autora demonstrar que a avença destinou-se a ocultar verdadeiro
liame empregatício, notadamente a existência de subordinação
jurídica, sem o que não se pode acolher a pretensão ao vínculo de
emprego diretamente com o banco tomador,o qual responde apenas
subsidiariamente pelas verbas condenatórias devidas, nos termos
da súmula 331, IV, TST).”

(2316200704902006 SP 02316-2007-049-02-00-6, Relator: ADALBERTO


MARTINS, Data de Julgamento: 04/02/2010, 12ª TURMA, Data de
Publicação: 12/02/2010)

Porquanto, não deixa dúvidas de que foi a Primeira Reclamada, a prestadora de


serviços como correspondente bancário, quem contratou, remunerou e dirigiu as atividades laborais da
Reclamante. Inexistente o vínculo diretamente com o Banco réu, não exercendo a Reclamante qualquer
atividade tipicamente bancária, vez que conforme já evidenciado para exercer tal função é necessário a
realização e aprovação em concurso público.

Por todo o exposto acima, não pode ser deferido o enquadramento como bancária
e não o reconhecimento de vínculo empregatício com o Banco, também, torna-se impossível o
enquadramento da Reclamante na condição de Bancária, bem como a responsabilização subsidiária da
Segunda Reclamada.

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 336

Pleiteia pela improcedência do pedido.

DO CONTRATO DE TRABALHO

A Reclamante afirma que foi contratada pela Primeira Reclamada, em 01/09


/2013 sendo demitida em 20/11/2013, recebendo o importe mensal de R$ 850,00 (oitocentos e
cinqüenta reais).

Alega, ainda, que desde a sua contratação sempre prestou serviços para a
Segunda Reclamada, BANCO DO BRASIL S.A.

Contudo, a Segunda Reclamada não tem como contestar as alegações da


Reclamante, pois não foi sua real empregadora, reportando-se, deste modo, a defesa da Primeira
Reclamada.

DA JORNADA DE TRABALHO

A Reclamante alega que desde o início do contrato de trabalho trabalhou de


segunda à sexta feira com respectivo inicio da jornada de trabalho ás 08h00mim, sem mencionar na peça
vestibular o termino do mesmo, contudo, conforme já ratificado, a Segunda Reclamante, não tem como
contestar o respectivo horário de trabalho, vez que não fora a real Contratante da Reclamante,

No que tange ao pleito de horas extras, a Segunda Reclamada também não tem
como contestar as alegações, pois não possui qualquer documentação referente à Reclamante, visto que
não foi sua real empregadora.

No entanto, desde já contesta os horários informados, eis que, conforme


informado pela Reclamante, às jornadas eram registradas através de controle de ponto.

Ademais, é ônus da Reclamante comprovar suas alegações.

Pela improcedência dos pedidos de horas extras, inclusive quanto à suposta


violação ao artigo 71 e 384 da CLT.

DO VALE REFEIÇÃO

Alega a Reclamante que recebia vale refeição, requerendo a integração


em seu salário, com os correspondentes reflexos.

O BANCO DO BRASIL S.A., não era o empregador da Reclamante pelo


que não possui responsabilidades em relação ao pedido supra. Assim, improcede o pedido da
Reclamante.

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 337

Tendo em vista que a Contestante não era a empregadora da Reclamante


não possui a documentação capaz de comprovar a extinção do pedido do obreiro, assim,
reporta-se à defesa da Primeira Reclamada.

De toda forma, a fim de evitar a ausência de contestação relativa ao


pedido, se faz necessário mencionar que é completamente descabido o pedido da
Reclamante, este tem sido o entendimento dos mais elevados tribunais do país:

“ TRT-PR-04-07-2008 VALE-REFEIÇÃO - PAT - INTEGRAÇÃO AO


SALÁRIO. A alimentação fornecida por meio do Programa de
Alimentação do Trabalhador não integra a remuneração do
empregado, para quaisquer efeitos, ante o contido no artigo 3º, da Lei
nº 6.321/1976, e no artigo 6º, do Decreto nº 05/1991, que a
regulamentou. Assim, tal parcela, quando concedida pela empresa,
nos moldes desse programa, não possui natureza salarial (Orientação
Jurisprudencial nº 133, da SBDI-1, do C. TST).” (TRT-PR-00632-2006-
071-09-00-5-ACO-23225-2008 - 4A. TURMA Relator: SUELI GIL EL-
RAFIHI - Publicado no DJPR em 04-07-2008)

Assim sendo requer-se a improcedencia do pedido, haja vista que não se pode admitir
que a Segunda Reclamada arque com despesas que deveriam ter sido adimplidas unicamente pela
empregadora, Primeira Reclamada.

Mister se faz ressaltar que o fornecimento e desconto do vales refeição, incumbe


unicamente à empregadora, portanto, a única responsável por financiar verbas com este caráter.

Desta feita, apresenta-se no sentido de excluir a Reclamada da condenação relativa ao


ressarcimento de valores descontados a título de vale refeição, pleitados pela Reclamante, eis que se se trata
de responsabilidade exclusiva a primeira Reclamada.

MULTA DO ART. 477 DA CLT

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 338

A Reclamante não era empregada da Segunda Reclamada, nos termos do


art. 3º da CLT, conforme amplamente exposto na presente, não havendo que se falar em
condenação subsidiária.

A Segunda Reclamada reporta-se aos termos da defesa da Primeira


Reclamada, pelo que improcede o pleito.

MULTA DO ARTIGO 467, DA CLT

Indevida a aplicação do artigo 467 da CLT, pois o pagamento de parcelas


deferidas em juízo não autoriza o pagamento da multa correspondente, conforme demonstra o
entendimento jurisprudencial:

“ TRT-PR-01-02-2005 MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT. Restando


comprovado que o Reclamante recebeu as verbas discriminadas no
termo rescisório, parcelas que a Reclamada entendeu por corretas e
estabelecendo-se controvérsia sobre a pretensão deduzida de
diferenças de verbas rescisórias, inaplicável a penalidade prevista
no artigo 467 da CLT. Isto porque, a parte incontroversa das verbas
rescisórias foi quitada ao tempo da ruptura contratual.” (TRT-PR-
00204-2003-669-09-00-2 – ACO-02416-2005 – Relator: ARNOR LIMA
NETO. Publicado no DJPR em 01-02-2005)

Assim, pela improcedência do pedido.

DAS MULTAS ARTIGO 467 E CONVENCIONAL

A Reclamante pleiteia o pagamento de multa pelo descumprimento de


cláusulas da CCT.

Conforme já dito anteriormente a Segunda Reclamada não tem como


contestar as referidas alegações posto que não era sua empregadora, não sendo responsável
pelo cumprimento das cláusulas ajustadas em CCT, razão pela qual reporta-se a defesa
apresentada pela Primeira Reclamada.

Improcede o pedido.

DOS REFLEXOS, INTEGRAÇÕES E DO FGTS

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 339

A Reclamante requer o recolhimento da multa de 40% sobre o saldo encontrado


na conta vinculada do obreiro.

Todavia, a ora Reclamada não merece sofrer qualquer condenação relativa ao


pagamento de FGTS, por ser verba devida exclusivamente pelo empregador, à segunda Reclamada
esclarece-se que o FGTS é obrigação exclusiva do empregador.

Ademais, os reflexos, integrações e incidências do FGTS, por serem acessórios e


por crer a Reclamada na sua absolvição, devem ser excluídos do comando sentencial, o que desde já
requer.

FÉRIAS

A Reclamante alega que não recebeu nem gozou das férias, requerendo o
pagamento bem como o acressimo de 1/3, aludindo que as mesmas não foram usufruídas, vez que
supostamente teria enquadramento de Bancária, requerendo assim o respectivo reflexo sobre as mesmas.

Contudo, conforme supra ratificado, a Segunda Reclamada asserta na sua não


responsabilidade de enquadramento da Reclamante como bancária, vez que a mesma não prestou
concurso público, e apenas realizava apenas a ativadade meio decorrente da tercerização.

Ademais todos os pagamentos já foram efetudados de forma correta, vez que a


Reclamante somente pleiteia pelas verbas decorrentes do susposto salário como bancária.

Conseguinte, ainda que se entenda ser devido o pagamento das férias, o que não
se admite, pugna-se pela improcedencia do pedido da Reclamante, visto que não era a Reclamante a
empregadora da Reclamada, sendo que esta obrigação competia apenas e tão somente a Primeira
Reclamada.

Pela improcedência do pedido.

DO 13º SALÁRIO E SALDO SALARIAL

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Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 340

A Reclamante requer ainda o 13º referente ao período trabalhado supostamente


como bancária, bem como o saldo salarial, contudo novamente incumbe a Segunda Reclamada assertiva
da sua desvinculação com a Reclamante, vez que a mesma não prestou concurso público, e realizava a
ativadade meio decorrente da tercerização, não havendo porque ocorrer os Reflexos bancarios na
atividade exercida pela Reclamante, vez que essa não era sua função.

Ademais todos os pagamentos já foram efetudados de forma correta, vez que a


Reclamante somente pleiteia pelas verbas decorrentes do susposto salário como bancária.

Todavia, a ora Reclamada não merece sofrer qualquer condenação relativa ao


suposto pagamento do saldo de salário, bem como 13º, por ser verba devida exclusivamente pela
empregadora, Primeira Reclamada, haja vista que a Reclamada não possui responsabilidades para com o
pedido supra.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Desnecessário se faz tecer longas considerações a respeito do pedido da


condenação em honorários advocatícios.

O Enunciado nº 329 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho resolve a


questão ao estabelecer que mesmo após a promulgação da Constituição da República de 1988,
permanece válido o entendimento consubstanciado no Enunciado nº 219. Este estabelece:

" Enunciado 219 - Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários


advocatícios, nunca superiores a 15%, não decorre pura e simplesmente da
sucumbência, devendo a parte estar assistida por Sindicato da categoria profissional e
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se
em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio
sustento ou da respectiva família".

A Reclamante não se encontra na situação descrita pelo Enunciado retro,


quer por não estar sendo assistido por sindicato da categoria profissional, quer por não ter
comprovado perceber salário inferior ao dobro do mínimo legal ou encontrar-se em situação
econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva
família.

Assim, os honorários advocatícios somente são devidos nas hipóteses da


Lei 5.584/70, concomitantemente com os Enunciados 219 e 329 do Egrégio Tribunal Superior do
Trabalho, como outrora, o que não é o caso dos autos.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 30
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 341

Outrossim, não havendo pedido procedente, descabe condenação da


Segunda Reclamada em honorários advocatícios.

Improcedente o pedido.

DEDUÇÕES FISCAIS, PREVIDENCIÁRIAS, INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA,


COMPENSAÇÃO E ABATIMENTO

Na remota e improvável hipótese de alguma verba vir a ser deferida a


Reclamante, o que se admite apenas para argumentar, requer-se a dedução dos valores
correspondentes aos recolhimentos fiscais e previdenciários, conforme Orientações
Jurisprudenciais da Seção de Dissídios Individuais do Colendo Tribunal Superior do Trabalho de nºs
32 (Descontos legais. Sentenças trabalhistas. Contribuição previdenciária e imposto de renda.
Devidos. Provimento CGJT 3/84. Lei 8.212/91) e 141 (Descontos previdenciários e fiscais -
Competência da Justiça do Trabalho) e 228 (Descontos Legais – Art. 46 da Lei 8.541/92).

Nesse contexto, observe-se que o recolhimento do imposto de renda é


preceito de ordem pública, sendo certo que a Lei n.º 8.541/91, no seu artigo 46, determina a
retenção na fonte pela pessoa obrigada ao pagamento, no momento em que o recebimento se
torne disponível ao beneficiário.

Com relação aos descontos previdenciários, o artigo 30, “a”, da Lei n.º 8.212
/91 é claro ao determinar o desconto de contribuições da remuneração paga ao empregado, sem
embargo da nova redação do artigo 114 da Constituição Federal de 1988 dada pela Emenda
Constitucional de nº 20, que estendeu a competência da Justiça do Trabalho para exigir o
recolhimento da contribuição previdenciária, até mesmo ex oficio, não havendo base legal a impor
à Segunda Reclamada o ônus de suportar integralmente os recolhimentos previdenciários.

Quanto aos descontos fiscais, na sua apuração deve ser utilizado o regime
de caixa, segundo os ditames da Lei nº 8.541/92, art. 46, e do Decreto nº 3.000/99, art. 640,
aplicando-se ainda o entendimento consubstanciado pela Orientação Jurisprudencial nº 228 da
SDI do Colendo TST.

Ainda, Excelência, tal matéria, já se encontra pacificada pela Orientação


Jurisprudencial da SBDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho de nº: 228, a saber:

" Descontos legais. Sentenças trabalhistas. Lei nº : 8.541/92, art. 46. Provimento da
CGJT nº 03/84 e alterações posteriores. O recolhimento dos descontos legais,
resultantes dos créditos do trabalhador oriundos de condenação judicial, deve incidir
sobre o valor total da condenação e calculado ao final.”

Milita em socorro do ora Segunda Reclamada, as seguintes decisões:

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093015520785400000000621299
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 31
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 342

" Ementa: DESCONTOS FISCAIS. De acordo com a Orientação Jurisprudencial nº


228 da SDI do TST, o recolhimento dos descontos legais resultantes dos créditos do
trabalhador oriundos de condenação judicial deve incidir sobre o valor da condenação
e calculado ao final". (Processo: 03216-1998-031-12-00-2-Acórdão 5852/2003-Juiz Dilnei
Ângelo Biléssimo-Publicado no DJ/SC em 20-06-2003, página : 184)

" Ementa: DESCONTOS FISCAIS. " O recolhimento dos descontos legais,


resultante dos créditos do trabalhador oriundos de condenação judicial, deve incidir
sobre o valor total da condenação ao final". (Orientação Jurisprudencial nº : 228 da SDI-I
do Colendo Tribunal Superior do Trabalho). (Processo: 01348-1998-032-12-00-7- Acórdão
5783/2003- Juiz Marcos Vinicio Zanchetta-Publicado no DJ/SC em 18-06-2003, página 153)

Em relação aos descontos previdenciários, o Regulamento da Previdência


Social, Decreto nº 3.048, de 06.05.1999, prevê no seu art. 276, parágrafo 4º, que “a contribuição
do empregado no caso de ações trabalhistas será calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas
previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário-de-contribuição.”

Milita em socorro da Segunda Reclamada, a seguinte ementa:

“ Ementa: DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. REGIME DE COMPETÊNCIA. A


contribuição do empregado no caso de ações trabalhistas será calculado mês a mês,
aplicando-se as alíquotas previstas, observado o limite máximo do salário-de-
contribuição, conforme o Regulamento de Previdência Social”. (Processo nº : 06471-
2001-037-12-00-1- Acórdão 7421/2004-Juíza Lourdes Dreyer-Publicado no DJ/SC em 14-07-
2004, página: 204) - grifo nosso

Os juros devem ser calculados, de forma simples, 1% ao mês, contados do


ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata die, conforme dispõe a Lei nº 8177 de 01 de
março de 1991- Artigo 39, parágrafo 1º.

Finalmente, quanto à incidência da correção monetária, deverá ter por base


o mês subseqüente ao do fato gerador (que no presente caso é o mês seguinte ao efetivo mês
trabalhado), conforme orientação da Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
Trabalho n.º 124.

DO FGTS

Trata-se de verba acessória e como tal deve seguir a sorte do principal, não havendo
procedência dos pedidos da Reclamante, não há que se falar em incidência de FGTS.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093015520785400000000621299
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 32
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 343

IMPUGNAÇÃO DOS DEMAIS PEDIDOS FORMULADOS

Impugna e contesta a Segunda Reclamada, BANCO DO BRASIL S.A., os


pedidos e os requerimentos da exordial haja vista que este foi apenas tomador dos serviços da
Primeira Reclamada, não detendo qualquer vínculo com a Reclamante.

Improcede o pleito de eventual condenação subsidiária.

No bojo desta contestação estão demonstradas as excludentes da


pretendida responsabilização, sendo inaplicável para ao caso o Enunciado 331 do TST.

Ademais, o contrato firmado entre a Primeira Reclamada, empresa


prestadora de serviços, e a Segunda Reclamada é perfeitamente lícito o que não dá ensejo à
responsabilização subsidiária.

A Segunda Reclamada impugna a totalidade dos documentos juntados aos


autos pelo Reclamante uma vez que não se prestam a fazer prova das alegações lançadas na
peça vestibular.

Por fim, com relação às pretensões da obreira no contrato de trabalho, o BA


NCO DO BRASIL S.A., reporta-se, no que for compatível, às razões apresentadas pela Primeira
Reclamada, haja vista que a Segunda Reclamada não fora real empregadora da Reclamante, não
ensejando em plausíveis documentações para contestar todos os pedidos requeridos pela
Reclamante.

VIOLAÇÕES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS

Daí que o reconhecimento, " ad argumentandum ", da pretensa


responsabilidade subsidiária postulada na inaugural, implicaria em violação literal de diversas
disposições constitucionais e de lei federal - sem prejuízo das apontadas no corpo da presente
peça -, quais sejam, os dispositivos dos artigos 2º, 3º e 4º (todos "in caput"), e 492, parágrafo
único, das Normas Consolidadas, o artigo 896 do Código Civil Brasileiro, ferindo também
frontalmente a própria Constituição Federal, artigos 5º, incisos II, XXXVI (criando obrigação não
prevista em lei ou contrato e desrespeitando o ato jurídico perfeito, qual o ajuste formalizado entre
os Reclamados entre si), arts. 22, XXVII e 37, XXI (que alcançaram supedâneo para a criação da
Lei 8.666/93 – lei de licitações) e Art. 170, "caput", este assecuratório da livre iniciativa, no campo
de atividade econômica, parecendo inadmissível que o mesmo Estado que placitou a existência de
uma empresa, acolhendo todos seus atos constitutivos e registrais, venha negar sua atuação
através do Egrégio Judiciário, cerceando o exercício dos fins para que constituída, como ocorreria
acaso acolhida a postulação, "ultima ratio", em relação à Contestante.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093015520785400000000621299
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 33
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 344

A eventual condenação da Segunda Reclamada, nos pleitos do Reclamante,


consistirá afronta direta aos seguintes artigos da lei de licitações: Art. 1°, que revela a
subordinação, não só da administração pública, mas de todos os que participam do processo
licitatório, aos ditames desta lei; Arts. 30 e 31, que exigem a comprovação tanto da qualificação
técnica como da qualificação econômico-financeira das empresas participantes do procedimento
licitatório, os quais foram regiamente cumpridos tanto pelo Primeira Reclamada como pelas
empresas que participaram da licitação; Arts. 66 e 70, que demonstram que é da empresa
prestadora de serviços a responsabilidade quando o não cumprimento do contrato decorrer de seu
dolo ou culpa na inexecução do contrato.

Haverá também violação legal, caso o BANCO DO BRASIL S.A. seja


condenado na presente reclamatória, uma vez que terá sido desrespeitado, tanto o Art. 61, do
Decreto-lei nº. 2.300/86, como o parágrafo 1º, do art. 71, da Lei nº. 8.666/93.

Da mesma forma, saliente-se, caso esse juízo entenda por condenar a


Segunda Reclamada, de forma subsidiária, com a Primeira Reclamada, nas obrigações que
eventualmente esta detenha para com a parte reclamante, haverá afronta ao art. 5º, II, da
Constituição Federal, posto que a responsabilidade subsidiária não se presume, mas decorrem da
Lei ou da vontade das partes.

CONCLUSÃO

Diante do todo o exposto, requer seja:

1) acolhida as preliminares de carência da ação, ilegitimidade passiva ad


causam da Segunda Reclamada, nos termos da fundamentação;

2) acolhida a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido de


solidariedade e/ou subsidiariedade;

3) acolhida a legalidade da terceirização do contrato de trabalho como


correspondente bancário, bem como o não enquadramento da Reclamante como Bancária,diante
da ausência dos requisitos para função.

4) caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, o que se diz


apenas argumentantum tantum, requer-se, em face da falta de amparo legal às razões expendidas
pela Reclamante, a improcedência integral dos pedidos formulados na presente reclamação.

5) ainda, em caso de eventual condenação, requer sejam as partes


intimadas para apresentar os cálculos de liquidação de sentença, nos moldes do §1º-B do artigo
879 da CLT, sob pena de negar vigência ao mencionado dispositivo legal, bem como infração aos
princípios da reserva legal e da ampla defesa.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 34
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 345

6) por derradeiro, requer seja consignado em sentença que a fase de


execução será norteada pelos preceitos contidos exclusivamente na CLT, conforme artigo 889, e
não naqueles compreendidos no artigo 475 do CPC, em especial o artigo 475-J, sendo que,
entendimento contrário viola explicitamente o contido nos artigos 769 e 889 da CLT, bem como o
inciso II do artigo 5º da CF/88. Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer a
aplicação do artigo 475-L do CPC, no que tange a impugnação ao cumprimento de sentença.

7) Requer-se afinal:

a) condenação da Reclamante ao pagamento das cominações de estilo,


incluindo custas processuais;

b) a aplicação do artigo 818 da CLT c/c 333, I do CPC, quanto aos fatos
constitutivos dos direitos da Reclamante;

c) Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, incluindo


documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal da Reclamante, ressaltando que a
ausência deste ocasionará confissão quanto à matéria de fato.

d) Requer a juntada da procuração e substabelecimento para regularizar a


representação, bem como que todas as intimações e notificações sejam realizadas em nome de LOUISE
RAINER PEREIRA GIONÉDIS – OAB/PR 8.123, sob pena de nulidade.

Termos em que,
Pede deferimento.

Curitiba, 27 de setembro de 2013.

RICARDO JUSTUS BARRETO


OAB/PR 32.862

SÍLVIA ROCHA SNAK


Assistente Jurídica.

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 15:52:07 - 626637


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093015520785400000000621299
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626637 - Pág. 35
Número do documento: 13093015520785400000000621299
Fls.: 346

PJ 277174

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA 1ª VARA DO


TRABALHO DE JOINVILE- SC

CNJ nº 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., devidamente qualificada nos autos de Reclamatória


Trabalhista em epígrafe, proposta porLUANA ROBERTA RABELLO, por seus advogados, vem
respeitosamente diante de Vossa Excelência, requerer a juntada do substabelecimento em anexo, a fim de
regularizar a representação processual.

Requer, ainda, que todas as intimações e notificações sejam realizadas em nome


de LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS – OAB/PR 8.123, sob pena de nulidade.

Termos em que,

Pede deferimento

Curitiba, 30 de setembro de 2013.

Ricardo Justus Barreto

OAB/PR 32.862

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 16:01:13 - 626729


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093016011369200000000621391
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626729 - Pág. 1
Número do documento: 13093016011369200000000621391
Fls.: 347

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 16:01:14 - 626730


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093016011401100000000621392
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626730 - Pág. 1
Número do documento: 13093016011401100000000621392
Fls.: 348

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 16:01:14 - 626730


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093016011401100000000621392
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626730 - Pág. 2
Número do documento: 13093016011401100000000621392
Fls.: 349

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 30/09/2013 16:01:14 - 626730


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13093016011401100000000621392
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 626730 - Pág. 3
Número do documento: 13093016011401100000000621392
Fls.: 350

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO(A): SAURA SILVA E RICOLDY

Em 01 de outubro de 2013, na sala de sessões da MM. 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE/SC, sob a


direção do Exmo(a). Juiz SERGIO MASSARONI, realizou-se audiência relativa ao processo identificado em
epígrafe.

Às 09h11min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas as partes.

COMPARECIMENTO : o demandante, acompanhado de seu procurador, DR. LUCIANO BRITTES - OAB/SC


17.712. Ausentes as demandadas e presentes seus procuradores, DR. THIAGO NICKEL - OAB/SC 31.249 e Dr.
BRUNO GONÇALVES DA LUZ – OAB/SC 23.981.

CONCILIAÇÃO: sem êxito.

LEITURA DA INICIAL: dispensada.

CONTESTAÇÕES : com documentos, sendo concedido ao autor o prazo até 18/10/2013, inclusive, para
manifestação sobre os documentos, prazo no qual poderá eventualmente se manifestar sobre preliminares,
devendo, se for o caso, apontar as diferenças que entender devidas, ainda que por amostragem, sob pena de
preclusão.

PROSSEGUIMENTO: foi designado o dia 25/02/2014, às 11h00min, estando cientes as partes de que deverão
comparecer, sob pena de confissão, trazendo as testemunhas que desejarem ouvir, independentemente de
intimação. Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer
(Artigo 26, parágrafo 3º do Provimento 01/2013, da Corregedoria deste Tribunal). A necessidade de intimação de
testemunhas deverá ser comunicada e requerida para apreciação no prazo de trinta dias anteriores à audiência
designada. Ficaram as partes alertadas sobre o conteúdo do parágrafo único do art. 238 do CPC (Presumem-se
válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial ou profissional declinado na inicial,
contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação
temporária ou definitiva). Cientes, nada mais.

SERGIO MASSARONI
Juiz do Trabalho

Assinado eletronicamente por: SERGIO MASSARONI - 01/10/2013 13:22:53 - 629409


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13100113225361200000000624057
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 629409 - Pág. 1
Número do documento: 13100113225361200000000624057
Fls.: 351

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO TRABALHO DE


JOINVILLE – SANTA CATARINA.

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004

Reclamante: LUANA ROBERTA RABELO

Reclamadas: SAURA CONCULTORIA EIRELI EPP E OUTRO.

A reclamante por seu procurador infra-assinado, vem perante Vossa Excelência, a fim de IMPUGNAR
as razões de defesa e os documentos colacionados pelos reclamados, o que faz nos seguintes termos:

1. Da Impugnação aos Documentos

- Id 590145 – contrato social da primeira ré com a 6ª alteração que impugnamos por não indicar os
serviços realizados pela reclamante;

- Id 590160, 590161, 590165, e 590168 – contrato de prestação de serviços de correspondente no país,


firmado entre os réus, os quais comprovam que efetivamente a reclamante executava atividades típicas de
funcionário administrativo bancário, conforme cláusula segunda, (chamado de pessoal de escritório na
CCT da FENABAN), onde destacamos a realização de atividades, cujo objeto visa: I. recepção e
encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósito à vista, a prazo e de poupança; II. recebi
mentos e pagamentos relativos a contas de depósito à vista, a prazo e de poupança , bem como aplicações
e resgates em fundos de investimento; III. recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos; IV. Análise de crédito e de cadastro, dentre outros.

Ou seja, a reclamante realizava atividade-fim do segundo réu. Porém, tais instrumentos não têm eficácia
liberatória perante terceiros, donde expressamente impugnados;

- Id 612919, 612623, 612630, e 612636 – Aditivo de ratificação, Retificação e Consolidação ao contrato


de prestação de serviços formalizados entre os réus, cujo objeto indicado na clausula segunda permanece
o mesmo do contrato de prestação de serviços, acima indicado;

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13101721485415000000000677685
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 1
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 352

2. Da Impugnação Às Razões de Defesa – Id 590053 e 590116

2.1. INÉPCIA DA INICIAL

Sem razão a argumentação da reclamada de que é inepta a petição inicial, na medida em que pretende a
condenação das reclamadas ao pagamento de todos os benefícios inerentes a condição de bancário, sem
especificá-los.

Ora, os benefícios postulados são aqueles estabelecidos no Regulamento de Pessoal do segundo réu e que
não foram pagos pela 2ª reclamada à reclamante. Portanto, não há dubiedade quanto ao pedido e nem
prejuízo a dedução de defesa.

2.2. No Mérito

A primeira reclamada apresenta defesa onde; insurge-se contra o enquadramento sindical da reclamante
como bancária em função das atividades desempenhadas, que seria balizada pelo contrato de
correspondente bancário, insistindo que tal contrato está amparado pelas resoluçõe do Banco Central;
além de apresentar julgados totalmente desatualizados e que ora são contrapostos com decisões atuais e
que predominam nesta Especializada.

Ao discorrer sobre as atividades desempenhadas pela reclamante, a reclamada tenta restringir a simples
verificação cadastral, quando tal não procede.

Analisando o contrato de prestação de serviços de correspondente no país firmado entre os réus, (Id
590160, item 1.1.), resta demonstrado que efetivamente a reclamante executava atividades típicas de
funcionário administrativo bancário, (chamado de pessoal de escritório na CCT da FENABAN), onde
destacamos o item 1.1. que registra o objeto do indicado contrato celebrado entre os réus, os quais
comprovam que efetivamente a reclamante executava atividades típicas de funcionário administrativo
bancário, conforme cláusula segunda, (chamado de pessoal de escritório na CCT da FENABAN), onde
destacamos a realização de atividades, cujo objeto visa: I. recepção e encaminhamento de propostas de
abertura de contas de depósito à vista, a prazo e de poupança; II. recebimentos e pagamentos relativos a
contas de depósito à vista, a prazo e de poupança , bem como aplicações e resgates em fundos de
investimento; III. recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos; IV. Análise
de crédito e de cadastro, dentre outros.

A defesa, contrariando os documentos por ela própria juntados, argumenta que “...Em verdade a
reclamante apenas realizava trabalhos secundários do Banco reclamado, não podendo ser enquadrado
como atividade-fim, evidenciando a licitude do contrato firmado entre as empresas.”

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13101721485415000000000677685
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 2
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 353

Ora Excelência, conforme narrado na inicial, a reclamante em suas obrigações diárias a reclamante
atendia aos clientes do Banco do Brasil S/A, na agencia 4464-4 localizada na empresa Tupy S/A.

No exercício da sua função administrativa dentro do próprio Banco réu, a reclamante realizava a
contratação de empréstimos consignados via INSS ou com convênios com as empresas disponíveis no
sistema com o maior foco no consignado com os funcionários da Tupy.

Tinha por obrigação também a venda de outros produtos do banco réu, como o financiamentos de
veículos próprios através do consórcio, financiamentos de casa própria, compra de divida de outras
instituições financeiras, venda de seguros residências, e títulos de capitalizações (Ourocap).

Para alcançar as metas estabelecidas pelo banco réu, que eram cobradas de todos os funcionários, a
reclamante além da venda de empréstimo vendia também o OUROCAP.

Ao realizar a venda do empréstimo, a reclamante era obrigada a empurrar para o cliente um seguro
denominado de “SEGURO PRESTAMISTA”, pois, sem a aquisição do indicado seguro o financiamento
não poderia ser liberado.

Era cobrada também, sobre a venda de seguro de vida para os clientes que estavam em um nível mais
elevado no sistema do banco.

Destacamos que o trabalho realizado pela reclamante era feito dentro da própria agencia do Banco
Réu, sob a supervisão de funcionários do próprio banco, restando cristalina, a realização de
atividade-fim do banco réu.

Comprovado está que a reclamante era obrigada a cumprir metas na venda de produtos do segundo réu,
Banco do Brasil S/A. Ou seja, as atividades de oferta e concessão de empréstimos realizadas pelas
empresas “correspondentes” são idênticas àquelas atividades próprias, exercidas pelas instituições
bancárias.

Assim, num estabelecimento bancário nem todos os funcionários manuseiam dinheiro em espécie; nem
todos possuem poder de liberar ou não financiamento; nem todos atuam como caixa; nem todos fazem
compensação, pois, é de conhecimento de todos que existe um grupo de trabalhadores denominados
como Pessoal de Escritório.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13101721485415000000000677685
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 3
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 354

É certo que, mesmo numa agência bancária os funcionários possuem metas para trazer mais clientes ao
banco, que precisam captar clientes para financiamentos, seguros, cartões de crédito, enfim, uma gama de
produtos que buscam a fidelização do cliente, como ocorreu com a reclamante que exaustivamente era
compelida a vender os produtos ofertados pela segunda ré..

Assim, não se pretende o reconhecimento de dois contratos ao mesmo tempo, mas sim a
responsabilização direta do 2º reclamado, seja como empregador, seja como responsável subsidiário e
beneficiário direto do serviço prestado pela reclamante.

Excelência reitere-se, pois é notório que não é todo funcionário bancário que libera empréstimo, faz
compensação de cheques, recebe e transfere valores. Todos sabemos, mesmo na qualidade de clientes
bancários, que também serviços administrativos existem na rotina de um banco, prova disso é que existe
o pessoa do setor administrativo ou pessoal do escritório, que poderemos comprovar com a juntada do
regulamento de pessoal do segundo réu, já solicitado na inicial, que é um documento similar a uma CCT.

Ou seja, mesmo a função administrativa integra a categoria dos bancários, tanto que prevista
especificamente na CCT dos bancários e no indicado Regulamento de Pessoal do Segundo réu.

Ressaltamos que a realização de registro de dados dos clientes com o encaminhamento de pedidos de
financiamento e posterior liberação de recursos, análise de crédito e cadastro, abertura de conta corrente e
conta poupança, não podem ser tidas como meras atividades complementares de uma empresa
correspondente bancária, financeira ou casa bancária, mas parte do próprio negócio.

Nesse contexto, destacamos situações idênticas, envolvendo Instituição bancária e prestadora de serviços,
têm gerado entendimento na jurisprudência no sentido de equiparar o empregado de empresa intitulada
de correspondente bancário com o empregado de instituição bancária, tendo em vista a realização de
atividade-fim do próprio banco.

Neste sentido é a jurisprudência do C. Tribunal Superior do Trabalho e de outros Regionais


Especializados:

RECURSO DE REVISTA. ENQUADRAMENTO DO EMPREGADO COMO BANCÁRIO.


APLICAÇÃO DAS NORMAS COLETIVAS DOS BANCÁRIOS. PROCESSAMENTO DE
DOCUMENTOS. Em princípio, demonstrado o desempenho de atividades-fim do tomador de serviços,
seria a hipótese de se aplicar os efeitos jurídicos decorrentes da terceirização ilícita (Súmula nº 331, I
/TST), situação que autoriza o reconhecimento do vínculo justrabalhista do trabalhador diretamente com
o banco tomador de serviços. Contudo, em face dos limites do pleito contidos na petição inicial, no caso
concreto, reconhece-se o direito da empregada à incidência, sobre o contrato de trabalho, de todas as
normas pertinentes à efetiva categoria obreira, corrigindo-se a eventual defasagem de parcelas ocorrida
em face do artifício terceirizante. Ressalte-se que a terceirização - Mesmo lícita - Implica a comunicação

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Número do documento: 13101721485415000000000677685
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do padrão remuneratório da empresa tomadora com o padrão remuneratório dos trabalhadores


terceirizados. Esse entendimento encontra respaldo na garantia da observância da isonomia remuneratória
no núcleo da relação jurídica terceirizada, prevista, sobretudo, no art. 12, a, da Lei nº 6.019/74 - Que
assegura ao trabalhador temporário o salário equitativo -, sendo cabível, por analogia, a aplicação do
critério isonômico remuneratório à terceirização de mais longo curso ou permanente. Tal garantia é
decorrente também da aplicação do preceito contido no art. 5º, caput e inciso I, da CF, bem assim de
inúmeros outros princípios e dispositivos da Constituição Federal altamente valorizadores do trabalho
humano. Cite-se, nessa linha, a idéia de prevalência na ordem jurídica dos direitos sociotrabalhistas (art.
1º, III e IV; art. 3º, I, in fine, e III, ab initio, e IV, ab initio ; art. 4º, II,; art. 6º; art. 7º, caput, in fine ; art.
7º, VI, VII, X; art. 100, ab initio ; art. 170, III). Acentuem-se, ainda, diversos preceitos constitucionais
relativos à proteção ampla do salário (art. 7º, VI, VII e X, CR/88), a par do fundamental preceito lançado
no art. 7º, xxxii, da Carta Magna, que proíbe a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou
entre os profissionais respectivos, norma que, isoladamente, já é frontal instrumento vedatório da
discriminação sociotrabalhista produzida pela terceirização e que, aliada aos demais dispositivos
constitucionais citados, torna imperativa a retificação isonômica a ser realizada pelo mecanismo do
salário equitativo. Recurso de revista conhecido por divergência jurisprudencial e, no mérito, desprovido.
(TST; RR 774/2008-006-18-00.6; Sexta Turma; Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga; DEJT 30/07/2010;
Pág. 364

EMPREGADO TERCEIRIZADO. ATIVIDADE FIM BANCÁRIA. VÍNCULO DIRETO COM


BANCO. SOLIDARIEDADE. Provado que o empregado terceirizado intermediava empréstimo
bancário, ainda que com pré-aprovação do tomador(Banco) a pedido dos clientes, evidencia-se o labor
em atividade fim bancária, configurando a intermediação ilícita de mão-de- obra, impondo-se o
reconhecimento: Da nulidade do contrato de trabalho havido, do vínculo de emprego direto com o
tomador, do enquadramento como bancário e da responsabilidade solidária entre as empresas envolvidas.
(TRT 2ª R.; RO 0212900-57.2009.5.02.0447; Ac. 2011/1237682; Quinta Turma; Rel. Des. Fed.
Maurílio de Paiva Dias; DJESP 29/09/2011)

TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADE-FIM DE BANCO. IRREGULARIDADE. VÍNCULO COM


O TOMADOR DOS SERVIÇOS. É cabível o reconhecimento de vínculo de emprego diretamente com
o banco tomador dos serviços, quando os elementos dos autos indicam que as atividades exercidas pela
trabalhadora nas empresas fornecedoras de mão-de-obra são típicas dos empregados bancários, tratando-
se de tarefas essenciais à execução da atividade-fim do banco (Súmula nº 331 do TST). (TRT 3ª R.; RO
161/2010-005-03-00.9; Segunda Turma; Rel. Des. Sebastião Geraldo de Oliveira; DJEMG 04/08/2010)

Atualmente o C. TST, mantém o entendimento acima registrado:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.


ENQUADRAMENTO. BANCÁRIO. Decisão denegatória de seguimento do recurso de revista.
Manutenção. Segundo a Súmula nº 331, I, do TST, a contratação de trabalhadores por empresa interposta
é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho
temporário (Lei nº 6.019/74). Configurada a ilicitude da terceirização com base no conjunto probatório
dos autos, determina a ordem jurídica que se considere desfeito o vínculo laboral com o empregador
aparente (entidade terceirizante), formando-se o vínculo justrabalhista do obreiro diretamente com o

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Número do documento: 13101721485415000000000677685
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tomador de serviços (empregador oculto ou dissimulado). Reconhecido o vínculo empregatício com o


empregador dissimulado, incidem sobre o contrato de trabalho todas as normas pertinentes à efetiva
categoria obreira, que, in casu, é a dos bancários. Assim, não há como assegurar o processamento do
recurso de revista quando o agravo de instrumento interposto não desconstitui os fundamentos da decisão
denegatória, que subsiste por seus próprios fundamentos. Agravo de instrumento desprovido. (TST; AIRR
59340-37.2009.5.03.0037; Sexta Turma; Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado; DEJT 12/11/2010; Pág.
1022)

Sendo assim, pode-se considerar que as tarefas e atividades desenvolvidas por seus empregados são
similares à dos bancários.

Nesse contexto, inegável que a terceirização ocorreu e que todos os procedimentos realizados pela
reclamante na execução de serviços se deu em benefício do próprio banco réu.

Quanto a terceirização ilícita, importante registrar que a reclamante tem plena consciência da
impossibilidade de reconhecimento de vínculo empregatício diretamente com o 2º reclamando, diante das
restrições previstas em nossa Carta Maior, repisamos que na prática ouve a ocorrência de
TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.

A primeira ré foi contratada para dar suporte às operações bancárias específicas (venda de
financiamentos, consórcios, seguros, etc.), cuja atuação direta seria mais onerosa para a 2ª reclamada, BA
NCO DO BRASIL S/A, representando, pois, uma descentralização das atividades financeiras deste,
funcionando, contudo, como uma longa manus do banco.

Resta evidente que o objetivo da 1ª reclamada era realizar atividade-fim do Banco réu, pois atuava, nesse
caso, com exclusividade para o BANCO DO BRASIL demonstrando o intuito claro de burlar da
legislação trabalhista com o não enquadramento dos empregados na condição de bancários.

As atividades realizadas pela reclamante para o segundo réu, estão previstas No regulamento de Pessoal
do Banco do Brasil, que dispões sobre o Plano de Carreira e as atividades realizadas pelos trabalhadores
que ingressam na carreira de funcionários do Banco do Brasil mediante concurso público, indicando,
inclusive, o salário inicial da carreira para a área administrativa.

A função realizada pela reclamante é idêntica a função realizada por um funcionário concursado, com a
diferença de ser muito mais barato para o segundo réu terceirizar tais atividades que estão ligadas a sua
atividade-fim.

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Para corroborar a tese da reclamante sobre o direito a isonomia salarial, por conta do exercício de
idêntica função dos trabalhadores concursados, indicamos a OJ n° 383 da SDI-1o do C. TST, nos
seguintes termos:

“OJ 383 SDI1 TST

TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA


TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974 (mantida) - Res. 175
/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com
ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos
empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles
contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica
do art. 12, “a”, da Lei nº 6.019, de 03.01.1974.
Histórico:
Redação original - DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010”

Na mesma linha destacamos a jurisprudências do C. TST e dos Regionais Especializados.

CORRESPONDENTE BANCÁRIO. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. RECONHECIMENTO DE


VÍNCULO DIRETO COM O TOMADOR. Em que pese a existência de resoluções do BACEN
legitimando a atuação dos correspondentes bancários (Resoluções nº 3110/03 e 3156/03), se no caso
concreto os serviços prestados pelo obreiro têm intrínseca conexão com a atividade bancária, atividade-
fim da tomadora de serviços, evidente a terceirização ilícita de mão-de-obra, restando aplicável, portanto,
o entendimento expresso no item I da Súmula nº 331 do TST, o qual justifica o reconhecimento do
vínculo empregatício diretamente com o tomador. (TRT 5ª R.; RecOrd 989-55.2011.5.05.0034; Ac.
162767/2013; Primeira Turma; Rel. Des. Marcos Oliveira Gurgel; DEJTBA 13/09/2013)

RECURSO ORDINÁRIO EMPRESARIAL. TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE FIM DO


TOMADOR DE SERVIÇOS. A utilização da Instituição Financeira por empresa do mesmo grupo
econômico, sob a fachada de correspondente bancário, afronta a regulamentação do Sistema Financeiro
Nacional, nada mais representando do que um artifício criado para desvirtuar a legislação do trabalho,
inibindo o pagamento de direitos e garantias da categoria profissional dos bancários, a empregados que
exercem as mesmas atividades. Comprovada a prestação de serviços de forma pessoal, não eventual,
onerosa e sob subordinação jurídica dirigida aos objetivos finalísticos do tomador de serviços, é de ser
reconhecida a relação de emprego com este. Nego provimento ao recurso patronal, no aspecto. (TRT 6ª
R.; RO 0000202.95.2012.5.06.0023; Segunda Turma; Relª Desª Eneida Melo Correia de Araújo; Julg. 18
/09/2013; DOEPE 23/09/2013)

RECURSO DE REVISTA. CEF. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Empregados da empresa prestadora


de serviços e da tomadora. Identidade de funções. Isonomia salarial (orientação jurisprudencial 383 da
sbdi-1 do TST). O acórdão do tribunal regional está em perfeita sintonia com o entendimento cristalizado
na orientação jurisprudencial 383 da sbdi-1 do TST, segundo a qual a contratação irregular de

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Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 358

trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da administração
pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às
mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos
serviços, desde que presente a igualdade de funções. Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 71800-
79.2009.5.13.0004; Sétima Turma; Relª Min. Delaíde Miranda Arantes; DEJT 03/04/2012; Pág.
2307)

RECURSO DE REVISTA. CEF. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Empregados da empresa prestadora


de serviços e da tomadora. Identidade de funções. Isonomia salarial. O acórdão do Tribunal Regional está
em perfeita sintonia com o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial 383 da SBDI-1 do
TST, segundo a qual a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera
vínculo de emprego com ente da administração pública, não afastando, contudo, pelo princípio da
isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas
asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções.
Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 62200-81.2007.5.03.0004; Sétima Turma; Relª Minª
Delaíde Miranda Arantes; DEJT 09/03/2012; Pág. 1597)

EMPRESA PÚBLICA. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. IDENTIDADE DE FUNÇÕES.


ISONOMIA SALARIAL. POSSIBILIDADE. A equiparação salarial por semelhança de atividade ou
por equivalência encontra guarida no ordenamento jurídico pátrio nos princípios da isonomia, não
discriminação, valor social do trabalho e dignidade da pessoa do trabalhador, dispostos na Constituição
Federal (art. 7º, inciso xxxii, art. 5º, caput e inciso I), na consolidação das Leis do Trabalho (art. 5º e art.
460), art. 12 da Lei n. 6.019/74. Dessa forma, não se pode admitir que a contratação mediante
terceirização crie padrão de inferior àquele que caracteriza o trabalhador submetido a contrato
empregatício típico, principalmente se a terceirização restou ilícita. Em tal situação, se não houver
possibilidade de equiparação salarial por identidade de função (Súmula n. 6 do TST), a equiparação por
equivalência ou semelhança de atividade é perfeitamente possível, sob pena de se estar fomentando uma
prática flagrantemente discriminatória, afinal, não é justo que um trabalhador receba uma paga por um
labor e outro receba muito aquém pelo mesmo labor, ou mesmo por exercê-lo em condições muito
próximas. (TRT 16ª R.; ROSPS 148100-02.2008.5.16.0015; Rel. Des. James Magno Araújo Farias;
DEJTMA 30/09/2011; Pág. 9)

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. FRAUDE CONFIGURADA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


RELACIONADOS À ATIVIDADE-FIM DO BANCO. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO.
Evidenciado pela prova produzida que o autor, embora contratado pela segunda reclamada, prestou
serviços típicos de bancário, em benefício do primeiro demandado, configurando-se fraude na
contratação, motivo pelo qual o vínculo de emprego deve ser formado diretamente com o tomador dos
serviços. (TRT 3ª R.; RO 449-46.2010.5.03.0018; Quinta Turma; Relª Desª Lucilde D'Ajuda Lyra
de Almeida; DJEMG 26/09/2011; Pág. 156)

Nesse contexto, inegável que a terceirização ocorreu de forma ilícita, e que todos os procedimentos
realizados pela reclamante na execução de serviços se deu em benefício do próprio banco réu.

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Quanto às demais alegações, a reclamada contesta os pedidos da inicial negando sempre a condição de
bancária da atividade da reclamante com teses já conhecidas por esta Especializada sobre as quais faz-se
protesto de impugnação genérico pois, as razões deduzidas em defesa não têm o condão de desconstituir
os pedidos da reclamante, donde requer sejam refutadas por este r. Juízo.

3. Impugnação Às Razões de Defesa – Id 558028 e 626637

3.1. Preliminar – Ilegitimidade Passiva Ad Causam

O 2º reclamado alega que é parte ilegítima para figurar no presente feito eis que não contratou a
reclamante e nem teve qualquer relação com a mesma, nem mesmo controle de suas atividades.

A reclamante não postulou vínculo empregatício diretamente com o 2º reclamado, embora tenha sido
contratada e recebia seus salários diretamente da 1ª reclamada, prestava serviços no interesse único do
Banco do Brasil S/A.

Outrossim, a reclamante postulou o reconhecimento da responsabilidade subsidiária, situação que


independe do vínculo de emprego, pois, tem sua causa na responsabilidade por fato de terceiro, fundada
na presunção de culpa in eligendo ou in vigilando. Isto porque, sendo o trabalho feito em benefício do
tomador, no caso o citado Banco, a ele se impõe o dever de zelar pelo fiel cumprimento das obrigações
decorrentes do contrato firmado.

Afirmam os reclamados que o contrato de prestação de serviços como correspondente bancário entre si
firmado é válido e revestido de legalidade.

Ora, a legislação estabeleceu a possibilidade de bancos e instituições financeiras firmarem contrato de cor
respondente bancário, porém, não previu a tratativa legal que os funcionários de tais correspondentes
bancários teriam. Assim, a delegação de atividades financeiras não desnatura a condição de financiário.

O artigo 8º da CLT estabelece que:

Art. 8º. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou


contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros

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Fls.: 360

princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda, de acordo com os
usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou
particular prevaleça sobre o interesse público.

Assim, se a norma estabelece a possibilidade de terceirização de serviços bancários, sem estabelecer que
tipo de tratamento receberiam os funcionários da entidade terceirizada, não pode o juízo deixar de
reconhecer que:

a) nem todos os funcionários das agências bancárias manuseiam dinheiro em espécie;

b) nem todos os funcionários de agência bancária abrem e encerram contas correntes, poupança, ou têm
poder para decidir sobre as condições e critérios para concessão de empréstimos;

c) também possuem metas e objetivos para serem cumpridos na captação de clientes, da mesma forma
que os funcionários da terceirizada;

d) nem todos os funcionários de agência bancária fazem compensação, mas muitos exercem funções de
escritório, administrativas ou externas;

e) todos utilizam crachás da instituição bancária.

Enfim, são tantas as situações que precisam ser levadas em consideração que é inegável que de acordo
com o disposto no artigo 8º da CLT, este R. juízo há que considerar que o trabalho da reclamante em prol
exclusivamente do 2º reclamado – Banco do Brasil S.A. – se traduz no seu enquadramento na categoria
de bancária.

Cumpre dizer ainda que o contrato de correspondente bancário faz lei entre as partes, não sendo oponível
a terceiros donde, havendo condenação no presente feito, o 2º reclamado deverá arcar subsidiariamente
pela quitação das mesmas, podendo valer-se de seu contrato para ação de regresso frente ao
1º reclamado.

A jurisprudência baliza o entendimento adotado pela reclamante:

28041488 - BRB-CONVENIÊNCIA. CORRESPONDENTE BANCÁRIO. RESPONSABILIDADE


SUBSIDIÁRIA. CIRCUNSTÂNCIA FÁTICA ESPECÍFICA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 331
/TST. JORNADA ESPECIAL. APLICAÇÃO EXTENSIVA DA SÚMULA Nº 55/TST. Os
empregados de empresa conveniada com o BRB Banco de Brasília S/A para atividade de
"correspondente bancário" no denominado "BRB-Conveniência" são considerados, para fins
específicos de jornada, como bancários e assim beneficiários da jornada descrita no artigo 224 da
CLT a teor da aplicação extensiva da Súmula nº 55/TST. O BRB tem, quando menos,
responsabilidade em caráter subsidiário em relação aos empregados das empresas conveniadas como
correspondentes bancárias que executam as atividades próprias dos empregados do banco, sobretudo
porque emerge situação que assemelha o BRB-Conveniência a postos de atendimento bancário e não
apenas a meros caixas autorizados a receber valores e quitar títulos bancários sem caráter de
exclusividade, nesse particular efeito incidindo a Súmula nº 331/TST, dado o limite da devolução da

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questão. Recurso do BRB conhecido, preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada e, no mérito,


desprovido: sentença mantida. (TRT 10ª R.; RO 00900-2007-008-10-00-8; Segunda Turma; Rel. Juiz
Alexandre Nery Rodrigues de Oliveira; Julg. 15/05/2008; DJU 13/06/2008; Pág. 773) (Publicado no
DVD Magister nº 22 - Repositório Autorizado do STJ nº 60/2006 e do TST nº 31/2007).

21083096 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TERCEIRIZAÇÃO. A hipótese de condenação


subsidiária da tomadora dos serviços, que emerge da Súmula nº 331, IV, do TST, se destina, exatamente,
aos casos de terceirizações não fraudulentas, relacionadas com a atividade-meio da empresa-cliente,
abrangendo a aplicação do art. 467 da CLT e multa por atraso na quitação das verbas rescisórias. (TRT 2ª
R.; RO 01752-2006-447-02-00-7; Ac. 2007/1075989; Décima Segunda Turma; Rel. Juiz Adalberto
Martins; DOESP 11/01/2008; Pág. 532) (Publicado no DVD Magister nº 22 - Repositório Autorizado do
STJ nº 60/2006 e do TST nº 31/2007).

Portanto, é premente lembrar que o Banco Central pode legislar autorizando a celebração de contratos de
correspondente bancário mas não tem competência para dispor legalmente da tratativa legal dos
funcionários destes correspondentes bancários, sob pena inclusive de nulidade.

Quanto a responsabilidade subsidiária, já está pacificado que empresa de Economia Mista, ligada a
administração publica indireta deve responder sim, pelas verbas inadimplidas.

Destacamos alguns julgados sobre a aplicabilidade da súmula 331 do C. TST, ao caso.

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.


ENTENDIMENTO PREVALECENTE. O inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da
empresa prestadora resulta na responsabilidade subsidiária da empresa tomadora de serviços, ainda que
se trate de sociedade de economia mista estadual, a teor do que dispõe a Súmula nº 331, V e VI, do TST,
desde que constatada no caso concreto a culpa in vigilando. REVELIA. LITISCONSORTE PASSIVO. A
revelia de um dos reclamados não produzirá o efeito da confissão se o litisconsorte contestar os fatos
comuns. art. 320, I, do CPC. (TRT 5ª R.; RecOrd 1795-54.2011.5.05.0531; Ac. 162494/2013; Segunda
Turma; Relª Desª Luíza Aparecida Oliveira Lomba; DEJTBA 17/10/2013)

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. O


inadimplemento das obrigações trabalhistas, pelo empregador, atrai a responsabilidade subsidiária do
tomador de serviços, inclusive em relação às sociedades de economia mista, quando for evidenciada a
sua conduta culposa, no cumprimento das obrigações impostas pela Lei n. º 8.666, de 21.06.1993,
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviços, como empregadora, assumidas no contrato administrativo. Entendimento jurisprudencial
consolidado nos itens IV e V da Súmula nº 331 do colendo Tribunal Superior do Trabalho. (TRT 3ª R.;
RO 887-60.2012.5.03.0064; Rel. Des. Jales Valadão Cardoso; DJEMG 09/10/2013; Pág. 79)

Assim, ambas as partes reclamadas possuem legitimidade para figurar no pólo passivo da presente
demanda.

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3.2. Da Atividade de Bancário e Das Horas Extras

Analisando o contrato de prestação de serviços de correspondente no país firmado entre os réus, (Id
590160, item 1.1.), resta demonstrado que efetivamente a reclamante executava atividades típicas de
funcionário administrativo bancário, (chamado de pessoal de escritório na CCT da FENABAN), onde
destacamos o item 1.1. que registra o objeto do indicado contrato celebrado entre os réus, os quais
comprovam que efetivamente a reclamante executava atividades típicas de funcionário administrativo
bancário, conforme cláusula segunda, (chamado de pessoal de escritório na CCT da FENABAN), onde
destacamos a realização de atividades, cujo objeto visa: I. recepção e encaminhamento de propostas de
abertura de contas de depósito à vista, a prazo e de poupança; II. recebimentos e pagamentos relativos a
contas de depósito à vista, a prazo e de poupança , bem como aplicações e resgates em fundos de
investimento; III. recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos; IV. Análise
de crédito e de cadastro, dentre outros.

A defesa, contrariando os documentos por ela própria juntados, argumenta que “...Em verdade a
reclamante apenas realizava trabalhos secundários do Banco reclamado, não podendo ser enquadrado
como atividade-fim, evidenciando a licitude do contrato firmado entre as empresas.”

Ora Excelência, conforme narrado na inicial, a reclamante em suas obrigações diárias a reclamante
atendia aos clientes do Banco do Brasil S/A, na agencia 4464-4 localizada na empresa Tupy S/A.

No exercício da sua função administrativa dentro do próprio Banco réu, a reclamante realizava a
contratação de empréstimos consignados via INSS ou com convênios com as empresas disponíveis no
sistema com o maior foco no consignado com os funcionários da Tupy.

Tinha por obrigação também a venda de outros produtos do banco réu, como o financiamentos de
veículos próprios através do consórcio, financiamentos de casa própria, compra de divida de outras
instituições financeiras, venda de seguros residências, e títulos de capitalizações (Ourocap).

Para alcançar as metas estabelecidas pelo banco réu, que eram cobradas de todos os funcionários, a
reclamante além da venda de empréstimo vendia também o OUROCAP.

Ao realizar a venda do empréstimo, a reclamante era obrigada a empurrar para o cliente um seguro
denominado de “SEGURO PRESTAMISTA”, pois, sem a aquisição do indicado seguro o financiamento
não poderia ser liberado.

Era cobrada também, sobre a venda de seguro de vida para os clientes que estavam em um nível mais
elevado no sistema do banco.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13101721485415000000000677685
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 12
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 363

Destacamos que o trabalho realizado pela reclamante era feito dentro da própria agencia do Banco
Réu, sob a supervisão de funcionários do próprio banco, restando cristalina, a realização de
atividade-fim do banco réu.

Comprovado está que a reclamante era obrigada a cumprir metas na venda de produtos do segundo réu,
Banco do Brasil S/A. Ou seja, as atividades de oferta e concessão de empréstimos realizadas pelas
empresas “correspondentes” são idênticas àquelas atividades próprias, exercidas pelas instituições
bancárias.

Assim, num estabelecimento bancário nem todos os funcionários manuseiam dinheiro em espécie; nem
todos possuem poder de liberar ou não financiamento; nem todos atuam como caixa; nem todos fazem
compensação, pois, é de conhecimento de todos que existe um grupo de trabalhadores denominados
como Pessoal de Escritório.

É certo que, mesmo numa agência bancária os funcionários possuem metas para trazer mais clientes ao
banco, que precisam captar clientes para financiamentos, seguros, cartões de crédito, enfim, uma gama de
produtos que buscam a fidelização do cliente, como ocorreu com a reclamante que exaustivamente era
compelida a vender os produtos ofertados pela segunda ré..

Assim, não se pretende o reconhecimento de dois contratos ao mesmo tempo, mas sim a
responsabilização direta do 2º reclamado, seja como empregador, seja como responsável subsidiário e
beneficiário direto do serviço prestado pela reclamante.

Excelência reitere-se, pois é notório que não é todo funcionário bancário que libera empréstimo, faz
compensação de cheques, recebe e transfere valores. Todos sabemos, mesmo na qualidade de clientes
bancários, que também serviços administrativos existem na rotina de um banco, prova disso é que existe
o pessoa do setor administrativo ou pessoal do escritório, que poderemos comprovar com a juntada do
regulamento de pessoal do segundo réu, já solicitado na inicial, que é um documento similar a uma CCT.

Ou seja, mesmo a função administrativa integra a categoria dos bancários, tanto que prevista
especificamente na CCT dos bancários e no indicado Regulamento de Pessoal do Segundo réu.

Ressaltamos que a realização de registro de dados dos clientes com o encaminhamento de pedidos de
financiamento e posterior liberação de recursos, análise de crédito e cadastro, abertura de conta corrente e
conta poupança, não podem ser tidas como meras atividades complementares de uma empresa
correspondente bancária, financeira ou casa bancária, mas parte do próprio negócio.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 13
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 364

Nesse contexto, destacamos situações idênticas, envolvendo Instituição bancária e prestadora de serviços,
têm gerado entendimento na jurisprudência no sentido de equiparar o empregado de empresa intitulada
de correspondente bancário com o empregado de instituição bancária, tendo em vista a realização de
atividade-fim do próprio banco.

Neste sentido é a jurisprudência do C. Tribunal Superior do Trabalho e de outros Regionais


Especializados:

RECURSO DE REVISTA. ENQUADRAMENTO DO EMPREGADO COMO BANCÁRIO.


APLICAÇÃO DAS NORMAS COLETIVAS DOS BANCÁRIOS. PROCESSAMENTO DE
DOCUMENTOS. Em princípio, demonstrado o desempenho de atividades-fim do tomador de serviços,
seria a hipótese de se aplicar os efeitos jurídicos decorrentes da terceirização ilícita (Súmula nº 331, I
/TST), situação que autoriza o reconhecimento do vínculo justrabalhista do trabalhador diretamente com
o banco tomador de serviços. Contudo, em face dos limites do pleito contidos na petição inicial, no caso
concreto, reconhece-se o direito da empregada à incidência, sobre o contrato de trabalho, de todas as
normas pertinentes à efetiva categoria obreira, corrigindo-se a eventual defasagem de parcelas ocorrida
em face do artifício terceirizante. Ressalte-se que a terceirização - Mesmo lícita - Implica a comunicação
do padrão remuneratório da empresa tomadora com o padrão remuneratório dos trabalhadores
terceirizados. Esse entendimento encontra respaldo na garantia da observância da isonomia remuneratória
no núcleo da relação jurídica terceirizada, prevista, sobretudo, no art. 12, a, da Lei nº 6.019/74 - Que
assegura ao trabalhador temporário o salário equitativo -, sendo cabível, por analogia, a aplicação do
critério isonômico remuneratório à terceirização de mais longo curso ou permanente. Tal garantia é
decorrente também da aplicação do preceito contido no art. 5º, caput e inciso I, da CF, bem assim de
inúmeros outros princípios e dispositivos da Constituição Federal altamente valorizadores do trabalho
humano. Cite-se, nessa linha, a idéia de prevalência na ordem jurídica dos direitos sociotrabalhistas (art.
1º, III e IV; art. 3º, I, in fine, e III, ab initio, e IV, ab initio ; art. 4º, II,; art. 6º; art. 7º, caput, in fine ; art.
7º, VI, VII, X; art. 100, ab initio ; art. 170, III). Acentuem-se, ainda, diversos preceitos constitucionais
relativos à proteção ampla do salário (art. 7º, VI, VII e X, CR/88), a par do fundamental preceito lançado
no art. 7º, xxxii, da Carta Magna, que proíbe a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou
entre os profissionais respectivos, norma que, isoladamente, já é frontal instrumento vedatório da
discriminação sociotrabalhista produzida pela terceirização e que, aliada aos demais dispositivos
constitucionais citados, torna imperativa a retificação isonômica a ser realizada pelo mecanismo do
salário equitativo. Recurso de revista conhecido por divergência jurisprudencial e, no mérito, desprovido.
(TST; RR 774/2008-006-18-00.6; Sexta Turma; Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga; DEJT 30/07/2010;
Pág. 364

EMPREGADO TERCEIRIZADO. ATIVIDADE FIM BANCÁRIA. VÍNCULO DIRETO COM


BANCO. SOLIDARIEDADE. Provado que o empregado terceirizado intermediava empréstimo
bancário, ainda que com pré-aprovação do tomador(Banco) a pedido dos clientes, evidencia-se o labor
em atividade fim bancária, configurando a intermediação ilícita de mão-de- obra, impondo-se o
reconhecimento: Da nulidade do contrato de trabalho havido, do vínculo de emprego direto com o
tomador, do enquadramento como bancário e da responsabilidade solidária entre as empresas envolvidas.
(TRT 2ª R.; RO 0212900-57.2009.5.02.0447; Ac. 2011/1237682; Quinta Turma; Rel. Des. Fed.
Maurílio de Paiva Dias; DJESP 29/09/2011)

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


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Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 365

TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADE-FIM DE BANCO. IRREGULARIDADE. VÍNCULO COM


O TOMADOR DOS SERVIÇOS. É cabível o reconhecimento de vínculo de emprego diretamente com
o banco tomador dos serviços, quando os elementos dos autos indicam que as atividades exercidas pela
trabalhadora nas empresas fornecedoras de mão-de-obra são típicas dos empregados bancários, tratando-
se de tarefas essenciais à execução da atividade-fim do banco (Súmula nº 331 do TST). (TRT 3ª R.; RO
161/2010-005-03-00.9; Segunda Turma; Rel. Des. Sebastião Geraldo de Oliveira; DJEMG 04/08/2010)

Quanto a terceirização ilícita, importante registrar que a reclamante tem plena consciência da
impossibilidade de reconhecimento de vínculo empregatício diretamente com o 2º reclamando, diante das
restrições previstas em nossa Carta Maior, repisamos que na prática ouve a ocorrência de
TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.

A primeira ré foi contratada para dar suporte às operações bancárias específicas (venda de
financiamentos, consórcios, seguros, etc.), cuja atuação direta seria mais onerosa para a 2ª reclamada, BA
NCO DO BRASIL S/A, representando, pois, uma descentralização das atividades financeiras deste,
funcionando, contudo, como uma longa manus do banco.

Resta evidente que o objetivo da 1ª reclamada era realizar atividade-fim do Banco réu, pois atuava, nesse
caso, com exclusividade para o BANCO DO BRASIL demonstrando o intuito claro de burlar da
legislação trabalhista com o não enquadramento dos empregados na condição de bancários.

As atividades realizadas pela reclamante para o segundo réu, estão previstas No regulamento de Pessoal
do Banco do Brasil, que dispões sobre o Plano de Carreira e as atividades realizadas pelos trabalhadores
que ingressam na carreira de funcionários do Banco do Brasil mediante concurso público, indicando,
inclusive, o salário inicial da carreira para a área administrativa.

A função realizada pela reclamante é idêntica a função realizada por um funcionário concursado, com a
diferença de ser muito mais barato para o segundo réu terceirizar tais atividades que estão ligadas a sua
atividade-fim.

Para corroborar a tese da reclamante sobre o direito a isonomia salarial, por conta do exercício de
idêntica função dos trabalhadores concursados, indicamos a OJ n° 383 da SDI-1o do C. TST, nos
seguintes termos:

“OJ 383 SDI1 TST

TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA


TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974 (mantida) - Res. 175

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


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Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 366

/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011


A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com
ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos
empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles
contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica
do art. 12, “a”, da Lei nº 6.019, de 03.01.1974.
Histórico:
Redação original - DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010”

Na mesma linha destacamos a jurisprudências do C. TST e dos Regionais Especializados.

CORRESPONDENTE BANCÁRIO. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. RECONHECIMENTO DE


VÍNCULO DIRETO COM O TOMADOR. Em que pese a existência de resoluções do BACEN
legitimando a atuação dos correspondentes bancários (Resoluções nº 3110/03 e 3156/03), se no caso
concreto os serviços prestados pelo obreiro têm intrínseca conexão com a atividade bancária, atividade-
fim da tomadora de serviços, evidente a terceirização ilícita de mão-de-obra, restando aplicável, portanto,
o entendimento expresso no item I da Súmula nº 331 do TST, o qual justifica o reconhecimento do
vínculo empregatício diretamente com o tomador. (TRT 5ª R.; RecOrd 989-55.2011.5.05.0034; Ac.
162767/2013; Primeira Turma; Rel. Des. Marcos Oliveira Gurgel; DEJTBA 13/09/2013)

RECURSO ORDINÁRIO EMPRESARIAL. TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE FIM DO


TOMADOR DE SERVIÇOS. A utilização da Instituição Financeira por empresa do mesmo grupo
econômico, sob a fachada de correspondente bancário, afronta a regulamentação do Sistema Financeiro
Nacional, nada mais representando do que um artifício criado para desvirtuar a legislação do trabalho,
inibindo o pagamento de direitos e garantias da categoria profissional dos bancários, a empregados que
exercem as mesmas atividades. Comprovada a prestação de serviços de forma pessoal, não eventual,
onerosa e sob subordinação jurídica dirigida aos objetivos finalísticos do tomador de serviços, é de ser
reconhecida a relação de emprego com este. Nego provimento ao recurso patronal, no aspecto. (TRT 6ª
R.; RO 0000202.95.2012.5.06.0023; Segunda Turma; Relª Desª Eneida Melo Correia de Araújo; Julg. 18
/09/2013; DOEPE 23/09/2013)

RECURSO DE REVISTA. CEF. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Empregados da empresa prestadora


de serviços e da tomadora. Identidade de funções. Isonomia salarial (orientação jurisprudencial 383 da
sbdi-1 do TST). O acórdão do tribunal regional está em perfeita sintonia com o entendimento cristalizado
na orientação jurisprudencial 383 da sbdi-1 do TST, segundo a qual a contratação irregular de
trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da administração
pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às
mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos
serviços, desde que presente a igualdade de funções. Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 71800-
79.2009.5.13.0004; Sétima Turma; Relª Min. Delaíde Miranda Arantes; DEJT 03/04/2012; Pág.
2307)

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13101721485415000000000677685
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 16
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 367

RECURSO DE REVISTA. CEF. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Empregados da empresa prestadora


de serviços e da tomadora. Identidade de funções. Isonomia salarial. O acórdão do Tribunal Regional está
em perfeita sintonia com o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial 383 da SBDI-1 do
TST, segundo a qual a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera
vínculo de emprego com ente da administração pública, não afastando, contudo, pelo princípio da
isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas
asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções.
Recurso de revista não conhecido. (TST; RR 62200-81.2007.5.03.0004; Sétima Turma; Relª Minª
Delaíde Miranda Arantes; DEJT 09/03/2012; Pág. 1597)

EMPRESA PÚBLICA. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. IDENTIDADE DE FUNÇÕES.


ISONOMIA SALARIAL. POSSIBILIDADE. A equiparação salarial por semelhança de atividade ou
por equivalência encontra guarida no ordenamento jurídico pátrio nos princípios da isonomia, não
discriminação, valor social do trabalho e dignidade da pessoa do trabalhador, dispostos na Constituição
Federal (art. 7º, inciso xxxii, art. 5º, caput e inciso I), na consolidação das Leis do Trabalho (art. 5º e art.
460), art. 12 da Lei n. 6.019/74. Dessa forma, não se pode admitir que a contratação mediante
terceirização crie padrão de inferior àquele que caracteriza o trabalhador submetido a contrato
empregatício típico, principalmente se a terceirização restou ilícita. Em tal situação, se não houver
possibilidade de equiparação salarial por identidade de função (Súmula n. 6 do TST), a equiparação por
equivalência ou semelhança de atividade é perfeitamente possível, sob pena de se estar fomentando uma
prática flagrantemente discriminatória, afinal, não é justo que um trabalhador receba uma paga por um
labor e outro receba muito aquém pelo mesmo labor, ou mesmo por exercê-lo em condições muito
próximas. (TRT 16ª R.; ROSPS 148100-02.2008.5.16.0015; Rel. Des. James Magno Araújo Farias;
DEJTMA 30/09/2011; Pág. 9)

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. FRAUDE CONFIGURADA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


RELACIONADOS À ATIVIDADE-FIM DO BANCO. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO.
Evidenciado pela prova produzida que o autor, embora contratado pela segunda reclamada, prestou
serviços típicos de bancário, em benefício do primeiro demandado, configurando-se fraude na
contratação, motivo pelo qual o vínculo de emprego deve ser formado diretamente com o tomador dos
serviços. (TRT 3ª R.; RO 449-46.2010.5.03.0018; Quinta Turma; Relª Desª Lucilde D'Ajuda Lyra
de Almeida; DJEMG 26/09/2011; Pág. 156)

Nesse contexto, inegável que a terceirização ocorreu de forma ilícita, e que todos os procedimentos
realizados pela reclamante na execução de serviços se deu em benefício do próprio banco réu.

Quanto às demais alegações, a reclamada contesta os pedidos da inicial negando sempre a condição de
bancária da atividade da reclamante com teses já conhecidas por esta Especializada sobre as quais faz-se
protesto de impugnação genérico pois, as razões deduzidas em defesa não têm o condão de desconstituir
os pedidos da reclamante, donde requer sejam refutadas por este r. Juízo.

4. Finalmente

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=13101721485415000000000677685
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 17
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 368

Quanto às demais alegações, as reclamadas contestam os pedidos da inicial negando sempre a condição
de bancária da atividade da reclamante com teses já conhecidas por esta Especializada sobre as quais faz-
se protesto de impugnação genérico pois, as razões deduzidas em defesa não têm o condão de
desconstituir os pedidos da reclamante, donde requer sejam refutadas por este r. Juízo.

Além do exposto, impugnamos as alegações e documentos apresentados pelas reclamadas cujo conteúdo
não tem o condão de elidir os pedidos da inicial, razão pela qual devem ser rejeitadas.

Reitera-se o pedido de juntada do documento denominado de Regulamento de Pessoal, do segundo réu,


para possibilitar mensurar o direito da reclamante.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Joinville, 17 de outubro de 2013.

Luciano Brittes

OAB/SC 17.712

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 17/10/2013 21:48:54 - 683350


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 683350 - Pág. 18
Número do documento: 13101721485415000000000677685
Fls.: 369

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO(A): SAURA SILVA E RICOLDY

Em 25 de fevereiro de 2014, na sala de sessões da MM. 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE/SC, sob a


direção do Exmo(a). Juiz CESAR NADAL SOUZA, realizou-se audiência relativa ao processo identificado em
epígrafe.

Às 11h01min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas as partes.

COMPARECIMENTO : a demandante, acompanhada de seu procurador, DR. LUCIANO BRITTES - OAB/SC


17.712. A 1ª demandada, representada por JUAN ONILO TRINDADE, acompanhado de sua procuradora, Dr.ª
LAURINDA NUNES DA SILVA – OAB/PR 48.773. O 2º demandado, na pessoa de JANDERSON PRIMANN, se
ndo deferido o prazo de cincodiaspara encaminhar carta de preposto, acompanhado de sua procuradora, Dr.ª
DENISE WILICZINSKI - OAB/SC 26.603 (apud acta).

Os depoimentos pessoais foram reciprocamente dispensados.

TESTEMUNHA DA DEMANDANTE: LILIANE HENING JANKOVSKI, brasileira, solteira, corretora de


imóveis, CPF 064.589.349-80, residente na rua Papanduva, nº 62 , apto. 07 – bairro Santo Antônio, Joinville/SC. A
testemunha foi contraditada sob o fundamento de ter interesse na causa, uma vez que ajuizou uma ação trabalhista
contra a demandada, com os mesmos pedidos. Indagada, confirmou ter ação contra a demandada, com pedidos
semelhantes aos da autora e que ainda não ocorreu a instrução do processo. A contradita foi indeferida, sob
protestos da demandada, pelo fato do direito constitucional de ação, de que a testemunha presta o compromisso
legal e de que o conjunto dos fatos não se caracteriza a hipótese prevista no artigo 829 da CLT, inclusive conforme
a Súmula 357 do Colendo T.S.T. Advertida e compromissada na forma da lei, inquirido, respondeu que : trabalhou
como empregada da 1ª demandada, para o 2º demandado, na agência Cidades das Flores apenas um mês e
posteriormente na agência Tupy, para onde a autora foi trabalhar. As tarefas da depoente e da autora eram
semelhantes na agência Tupy, sendo que a depoente ficava no auto-atendimento e a autora dentro do PAB. A
função de ambas era de captar clientes e vender produtos do 2º demandado : empréstimos, abertura de contas,
seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os procedimentos que eram realizados
pela depoente e pela autora implicavam o cadastro do cliente, conferência e recebimento de documentos, inserção
dos dados no sistema da 1ª demandada e encaminhamento para que o fechamento das operações fosse realizado
pela agência do 2º demandado. Recebiam um salário básico e mais comissões pelas referidas operações. Existiam
metas estabelecidas, sendo que a depoente alcançava as metas, porém não todos os meses, embora houvesse
pagamento de comissões sobre o serviço executado. Havia comentários sobre prêmios para quem atingisse as
metas, mas nada oficial, tanto que a depoente certa vez deveria receber um cartão para gastos no comércio e na
verdade recebeu um pequeno prêmio em dinheiro, mas sem trânsito na folha de pagamento. Trabalhava das 08 às
17:30 / 18 horas, almoçando na agência rapidamente (levavam lanche), de 15 a 20 minutos. A determinação era
para cumprirem o referido horário, sendo fiscalizado pelo gerente da agência : o fato supra foi informado pelo
gerente da 1ª demandada, ou seja, de que o horário deveria ser cumprido, caso contrário poderiam ser penalizadas
pelo gerente da agência, que seria a pessoa encarregada de fiscalizar o cumprimento dos horários. A depoente não

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 25/02/2014 11:39:00 - 1097466


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14022511390044700000001090285
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1097466 - Pág. 1
Número do documento: 14022511390044700000001090285
Fls.: 370

utilizava o sistema do 2º demandado, mas a autora sim : era necessário permanentemente consultar os dados do
sistema BB, sendo que a depoente pedia informações constantemente a respeito dos clientes, porém a autora
conseguiu obter autorização para entrar no sistema diretamente para fazer as consultas. Utilizava crachá da 1ª
demandada com a logomarca do 2º demandado. Era raro algum cliente perguntar, mas quando ocorria a depoente
se identificava como vinculada à 1ª demandada e prestando serviços para o 2º demandado. A 1ª demandada é quem
estabelecia as metas, assim como também era responsável pelas premiações. Segundo o gerente da 1ª demandada,
caso não cumpridas as metas por dois ou três meses consecutivos seriam trocadas do local de trabalho ou até
desligadas da empresa. Acredita que a autora acessava o sistema BB utilizando a matrícula de algum funcionário
do BB. O crachá era fornecido pela 1ª demandada. Todos os atos de contratação foram realizados e organizados
pela 1ª demandada. Nada mais disse.

Foi concedido às partes o prazo de cinco dias para a conciliação e, caso infrutífera, oferecimento de memoriais de
razões finais, sendo que oportunamente serão intimadas da sentença. As partes serão intimadas da decisão, nada
mais.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz do Trabalho

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 25/02/2014 11:39:00 - 1097466


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14022511390044700000001090285
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1097466 - Pág. 2
Número do documento: 14022511390044700000001090285
Fls.: 371

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO


1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

CERTIDÃO

Certifico que, para os devidos fins, nesta data, esteve à disposição deste juízo para participação em audiência realizada
nesta data do período das 11h às 11h45min a autora no processo acima indicado, Sra. LUANA ROBERTA RABELLO ( CPF
077.851.479-06).

Em 25 de fevereiro de 2014.

Assinado eletronicamente por: KEILA CRISTINA FERREIRA - 25/02/2014 14:08:17 - 1098658


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14022514081758500000001091475
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1098658 - Pág. 1
Número do documento: 14022514081758500000001091475
Fls.: 372

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE


JOINVILLE - SC

CNJ nº 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., devidamente qualificada nos autos de Reclamatória Trabalhista em


epígrafe, proposta por LUANA ROBERTA RABELLO, por seus advogados, vem respeitosamente diante de Vossa Excelência,
requerer a juntada aos autos da carta de preposição.

Termos em que,

Pede deferimento

Curitiba, 27 de fevereiro de 2014.

Ricardo Justus Barreto OAB/PR 32.862

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 27/02/2014 12:23:39 - 1111313


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14022712233985300000001104064
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1111313 - Pág. 1
Número do documento: 14022712233985300000001104064
Fls.: 373

Assinado eletronicamente por: RICARDO JUSTUS BARRETO - 27/02/2014 12:23:40 - 1111314


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14022712234009200000001104065
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1111314 - Pág. 1
Número do documento: 14022712234009200000001104065
Fls.: 374

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE –


SANTA CATARINA.

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

Saura Consultoria Eireli EPP, devidamente qualificada, nos autos de Reclamatória


Trabalhista, que lhe move Luana Roberta Rabelo, por seus procuradores infra-firmados, vem mui
respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar

ALEGAÇÕES FINAIS

nos termos que passa a expor:

Não obstante as alegações formuladas pela Reclamante em sua inicial, dizendo que exercia a função
de bancaria, restou totalmente demonstrado no curso do processo que a função verdadeiramente exercida
pela Reclamante junto à empresa Requerida foi de Agente Operacional, realizando as atividades
típicas e permitido para um correspondente bancário.

Por certo, da instrução processual restou confirmada as razões aduzidas em contestação, ou seja,
que a terceirização do trabalho da Reclamante foi totalmente licita, o que pode ser observado ainda pelo
contrato de trabalho carreado aos autos, que igualmente confirma que a reclamante realmente exercia a
função de agente operacional da empresa Saura, e suas atividades jamais excedeu aquelas atinentes ao
correspondente, e mais, sem qualquer controle de horas trabalhadas, nos termos do contrato.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/03/2014 15:15:41 - 1127735


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030615154173000000001120442
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1127735 - Pág. 1
Número do documento: 14030615154173000000001120442
Fls.: 375

Observa-se que o horário de trabalho descrito no contrato de trabalho havido entre as partes foi o
efetivamente cumprido pela Reclamante, ou seja, não havia controle das horas trabalhadas, cabendo a ela
gerir sua própria agenda.

Destarte, improcede o pedido de horas excedentes, assim como os reflexos pretendidos.

Diante o exposto, vem requerer, digne-se Vossa Excelência em JULGAR TOTALMENTE IMPRO
CEDENTE TODOS OS PEDIDOS DA RECLAMANTE, condenando-a nas custas processuais,
honorários advocatícios e demais cominações legais.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 06 de Março de 2014.

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/03/2014 15:15:41 - 1127735


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030615154173000000001120442
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1127735 - Pág. 2
Número do documento: 14030615154173000000001120442
Fls.: 376

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO nº : 0000855-55.2013.5.12.0004.
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY, BANCO DO BRASIL SA

LUANA ROBERTA RABELLO, qualificada, demandou em 05/07/13,


contra SAURA SILVA E RICOLDY e BANCO DO BRASIL S.A., igualmente qualificados,
postulando o enquadramento como bancária e, em suma, o recebimento de direitos e verbas trabalhistas
decorrentes do enquadramento pleiteado (ID nº 360827. Atribuiu à causa o valor de R$ 30.000,00.

A 1ª reclamada contestou o pedido sob os fundamentos do ID nº 590053 e


o 2º reclamado sob os dos IDs 558027 e 626637, tendo a parte autora se manifestado sobre as
contestações conforme ID nº 683350.

Em audiência realizada em 25/02/13 sob o ID nº 1097466, na qual, após a


ouvida tão-somente de uma testemunha da demandante, foi encerrada a instrução processual, sendo
concedido às partes o prazo de cinco dias para a conciliação. Razões finais por memoriais, pela 1ª
demandada somente. Inexitosas as tentativas de conciliação.

DECIDO

PRELIMINARMENTE

Determino a retificação dos assentamentos, para constar como 1ª


reclamada SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP, inclusive nos termos da própria contestação.

1. DO POLO PASSIVO - PRELIMINARES

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1131550


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1131550 - Pág. 1
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 377

RESPONSABILIDADE DO BANCO DO BRASIL

Diz a OJ 383 da SDI1 do C. TST:

TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS


E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, "A", DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974.
(mantida) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo


de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio
da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas
legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde
que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, "a", da Lei nº
6.019, de 03.01.1974.

No entendimento deste Juízo, nos casos de terceirização ilícita não é


aplicável a Lei 8.666/93(notadamente seu artigo 71), por ser incompatível com a natureza da violação
normativa: fraude a preceitos legais, a princípios e normas tutelares do trabalhador e a direitos garantidos
pela CF, relacionados com a dignidade do cidadão, do trabalho, com a intimidade, honra, imagem etc.

Se duas empresas dispõem ilicitamente sobre uma mesma mão de obra,


sendo objetivo do tomador o de barateá-la (lesando a ordem jurídica, que reclamaria admissão por
concurso para o exercício de funções bancárias), não pode haver qualquer benefício de nenhuma delas
(pela própria torpeza...).

Assim, rejeito todas as preliminares (inclusive com base na OJ transcrita)


e o exame do mérito é que resultará na responsabilização ou não do Banco do Brasil pelo contrato que
celebrou com a empresa SAURA SILVA E RICOLDY pelo fornecimento da mão de obra da autora. Em
tempo: rejeitada obviamente a preliminar de inépcia da 1ª reclamada, na visão do Juízo incompreensível
diante da inicial e dos pedidos.

2. NATUREZA DO TRABALHO DA AUTORA

A defesa nega atividades típicas de bancária da autora, afirmando a 1ª


reclamada que a legislação do correspondente bancário legitimou as atividades da empresa e da própria
autora, inexistindo inclusive possibilidade legal para conferir à demandante os direitos que postula.

Embora longas as razões da defesa, a matéria já é conhecida em inúmeros


processos, exigindo apenas que se verifique a realidade do contrato para a constatação da licitude ou
não da terceirização.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1131550


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1131550 - Pág. 2
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 378

Obviamente não possuem força probatória documentos que vinculam a


trabalhadora à empregadora, assim como é obviamente esta última quem assalaria, dirige indiretamente a
prestação do trabalho, emite documentos etc., fatos que são comuns a tais situações e que não merecem
destaque a favor de uma ou outra tese.

Apenas uma testemunha foi ouvida no processo, trazida pela reclamante.

Essa testemunha declarou, entre outros fatos, que:

A função de ambas era de captar clientes e vender produtos do 2º demandado :


empréstimos, abertura de contas,seguro de vida e seguro prestamista, título de
capitalização, basicamente. Os procedimentos que eram realizados pela depoente e pela
autora implicavam o cadastro do cliente, conferência e recebimento de documentos,
inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e encaminhamento para que o
fechamento das operações fosse realizado pela agência do 2º demandado. Recebiam um
salário básico e mais comissões pelas referidas operações. Existiam metas
estabelecidas, sendo que a depoente alcançava as metas, porém não todos os meses,
embora houvesse pagamento de comissões sobre o serviço executado...Trabalhava das
08 às 17:30 / 18 horas, almoçando na agência rapidamente (levavam lanche), de 15 a 20
minutos. A determinação era para cumprirem o referido horário, sendo fiscalizado pelo
gerente da agência : o fato supra foi informado pelo gerente da 1ª demandada, ou seja,
de que o horário deveria ser cumprido, caso contrário poderiam ser penalizadas pelo
gerente da agência, que seria a pessoa encarregada de fiscalizar o cumprimento dos
horários. A depoente não utilizava o sistema do 2º demandado, mas a autora sim : era
necessário permanentemente consultar os dados do sistema BB, sendo que a depoente
pedia informações constantemente a respeito dos clientes, porém a autora conseguiu
obter autorização para entrar no sistema diretamente para fazer as consultas. Utilizava
crachá da 1ª demandada com a logomarca do 2º demandado. Era raro algum cliente
perguntar, mas quando ocorria a depoente se identificava como vinculada à 1ª
demandada e prestando serviços para o 2º demandado. A 1ª demandada é quem
estabelecia as metas, assim como também era responsável pelas premiações. Segundo o
gerente da 1ª demandada, caso não cumpridas as metas por dois ou três meses
consecutivos seriam trocadas do local de trabalho ou até desligadas da empresa.
Acredita que a autora acessava o sistema BB utilizando a matrícula de algum
funcionário do BB. O crachá era fornecido pela 1ª demandada. Todos os atos de
contratação foram realizados e organizados pela 1ª demandada. Nada mais disse.

No entender deste Juízo, a leitura do depoimento acima deixa claro que o


BB ao invés de contratar funcionários por concurso, onerando-se com todos os direitos bancários e
encargos correspondentes, optou pelo ardiloso artifício de contratar empresas terceirizadas para obter
mediante o ajuste de prestação de serviços mão de obra barata.

Porque as atividades desenvolvidas pela autora deveriam ser executadas


por um bancário escriturário básico e não por terceiros, já que se trata de trabalho relacionado com a
atividade-fim do Banco e em suas próprias instalações.

Dessa maneira, embora não se possa conferir à autora um vínculo


diretamente com o BB pela falta do concurso público (o que a reclamante também admite na inicial),
deve a reclamante receber todos os direitos como se bancária fosse, nos termos, aliás, da OJ citada de
início.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1131550


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1131550 - Pág. 3
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 379

Aplico ao caso, de outro norte, a Súmula 331 do C. TST (IV), rejeitando a


arguição de sua inconstitucionalidade, já que coerente com os princípios que resultaram na redação do
artigo 455 da CLT e outros, bem como com a responsabilidade derivada da culpa in vigilando. Ambas as
empresas fraudando a lei e beneficiando-se do trabalho, devem ser responsabilizadas, cada qual na sua
medida.

Defiro as diferenças salariais provenientes dos direitos conferidos pelo


BB aos seus escriturários básicos (conforme previsto no Regulamento de Pessoal e praticado na realidade
dos contratos), com as correções previstas nos instrumentos coletivos e reflexos nos consectários legais,
além do pagamento do auxílio refeição e do auxílio cesta alimentação, conforme pedido.

À evidência, tem a autora, outrossim, direito à jornada de 6 horas, de


modo que, nos termos do pedido, tem direito ao recebimento de 2h extras diárias, de segunda a sexta-
feira, com o adicional de 180 e os reflexos pleiteados (item 4, parte final e itens 5, 6 e 9 da inicial - além
da incidência da multa do FGTS postulada no item 7).

Por fim: em razão da declaração de pobreza agregada à inicial, concedo à


autora os benefícios da justiça gratuita, nos termos do § 3º do artigo 790 da CLT.

CONCLUSÃO

Diante do exposto e do que mais consta dos presentes autos em que LUAN
A ROBERTA RABELLO demanda contra SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP e BANCO DO
BRASIL S.A., ACOLHO PARCIALMENTE O PEDIDO e declaro ilícita a terceirização havida,para
condenar a 1ª reclamada e subsidiariamente o 2º demandado a pagarem à autora, nos termos da
fundamentação, as seguintes verbas, como se bancária fosse:

1. Diferenças salariais resultantes dos instrumentos coletivos e da


remuneração aplicável aos escriturários básicos, com reflexos em todos
os consectários legais;

2. Auxílio refeição e Auxílio cesta alimentação, igualmente conforme


previsão normativa;

3. Pagamento de 2 horas extras por dia, de segunda a sexta-feira, com


adicional de 50% e reflexos deferidos.

Liquidação por cálculos. Eventuais incidências previdenciárias


calculadas segundo os parâmetros da Súmula nº 368 do c. TST e fiscais na forma do artigo 12-A da Lei
7.713/88 e Instrução Normativa RFB 1.127/11, não incidentes sobre os juros de mora. Custas pelos
reclamados, de R$ 240,00, calculadas sobre o valor atribuído à condenação, de R$ 12.000,00. Oficie-se
ao MPT, ao MTE e à RFB/INSS. Intimem-se. Joinville, 7 de março de 2014.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1131550


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1131550 - Pág. 4
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 380

César Nadal Souza


Juiz Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1131550


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1131550 - Pág. 5
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 381

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO nº : 0000855-55.2013.5.12.0004.
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY, BANCO DO BRASIL SA

LUANA ROBERTA RABELLO, qualificada, demandou em 05/07/13,


contra SAURA SILVA E RICOLDY e BANCO DO BRASIL S.A., igualmente qualificados,
postulando o enquadramento como bancária e, em suma, o recebimento de direitos e verbas trabalhistas
decorrentes do enquadramento pleiteado (ID nº 360827. Atribuiu à causa o valor de R$ 30.000,00.

A 1ª reclamada contestou o pedido sob os fundamentos do ID nº 590053 e


o 2º reclamado sob os dos IDs 558027 e 626637, tendo a parte autora se manifestado sobre as
contestações conforme ID nº 683350.

Em audiência realizada em 25/02/13 sob o ID nº 1097466, na qual, após a


ouvida tão-somente de uma testemunha da demandante, foi encerrada a instrução processual, sendo
concedido às partes o prazo de cinco dias para a conciliação. Razões finais por memoriais, pela 1ª
demandada somente. Inexitosas as tentativas de conciliação.

DECIDO

PRELIMINARMENTE

Determino a retificação dos assentamentos, para constar como 1ª


reclamada SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP, inclusive nos termos da própria contestação.

1. DO POLO PASSIVO - PRELIMINARES

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1135829


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1135829 - Pág. 1
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 382

RESPONSABILIDADE DO BANCO DO BRASIL

Diz a OJ 383 da SDI1 do C. TST:

TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS


E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, "A", DA LEI Nº 6.019, DE 03.01.1974.
(mantida) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo


de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio
da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas
legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde
que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, "a", da Lei nº
6.019, de 03.01.1974.

No entendimento deste Juízo, nos casos de terceirização ilícita não é


aplicável a Lei 8.666/93(notadamente seu artigo 71), por ser incompatível com a natureza da violação
normativa: fraude a preceitos legais, a princípios e normas tutelares do trabalhador e a direitos garantidos
pela CF, relacionados com a dignidade do cidadão, do trabalho, com a intimidade, honra, imagem etc.

Se duas empresas dispõem ilicitamente sobre uma mesma mão de obra,


sendo objetivo do tomador o de barateá-la (lesando a ordem jurídica, que reclamaria admissão por
concurso para o exercício de funções bancárias), não pode haver qualquer benefício de nenhuma delas
(pela própria torpeza...).

Assim, rejeito todas as preliminares (inclusive com base na OJ transcrita)


e o exame do mérito é que resultará na responsabilização ou não do Banco do Brasil pelo contrato que
celebrou com a empresa SAURA SILVA E RICOLDY pelo fornecimento da mão de obra da autora. Em
tempo: rejeitada obviamente a preliminar de inépcia da 1ª reclamada, na visão do Juízo incompreensível
diante da inicial e dos pedidos.

2. NATUREZA DO TRABALHO DA AUTORA

A defesa nega atividades típicas de bancária da autora, afirmando a 1ª


reclamada que a legislação do correspondente bancário legitimou as atividades da empresa e da própria
autora, inexistindo inclusive possibilidade legal para conferir à demandante os direitos que postula.

Embora longas as razões da defesa, a matéria já é conhecida em inúmeros


processos, exigindo apenas que se verifique a realidade do contrato para a constatação da licitude ou
não da terceirização.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1135829


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1135829 - Pág. 2
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 383

Obviamente não possuem força probatória documentos que vinculam a


trabalhadora à empregadora, assim como é obviamente esta última quem assalaria, dirige indiretamente a
prestação do trabalho, emite documentos etc., fatos que são comuns a tais situações e que não merecem
destaque a favor de uma ou outra tese.

Apenas uma testemunha foi ouvida no processo, trazida pela reclamante.

Essa testemunha declarou, entre outros fatos, que:

A função de ambas era de captar clientes e vender produtos do 2º demandado :


empréstimos, abertura de contas,seguro de vida e seguro prestamista, título de
capitalização, basicamente. Os procedimentos que eram realizados pela depoente e pela
autora implicavam o cadastro do cliente, conferência e recebimento de documentos,
inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e encaminhamento para que o
fechamento das operações fosse realizado pela agência do 2º demandado. Recebiam um
salário básico e mais comissões pelas referidas operações. Existiam metas
estabelecidas, sendo que a depoente alcançava as metas, porém não todos os meses,
embora houvesse pagamento de comissões sobre o serviço executado...Trabalhava das
08 às 17:30 / 18 horas, almoçando na agência rapidamente (levavam lanche), de 15 a 20
minutos. A determinação era para cumprirem o referido horário, sendo fiscalizado pelo
gerente da agência : o fato supra foi informado pelo gerente da 1ª demandada, ou seja,
de que o horário deveria ser cumprido, caso contrário poderiam ser penalizadas pelo
gerente da agência, que seria a pessoa encarregada de fiscalizar o cumprimento dos
horários. A depoente não utilizava o sistema do 2º demandado, mas a autora sim : era
necessário permanentemente consultar os dados do sistema BB, sendo que a depoente
pedia informações constantemente a respeito dos clientes, porém a autora conseguiu
obter autorização para entrar no sistema diretamente para fazer as consultas. Utilizava
crachá da 1ª demandada com a logomarca do 2º demandado. Era raro algum cliente
perguntar, mas quando ocorria a depoente se identificava como vinculada à 1ª
demandada e prestando serviços para o 2º demandado. A 1ª demandada é quem
estabelecia as metas, assim como também era responsável pelas premiações. Segundo o
gerente da 1ª demandada, caso não cumpridas as metas por dois ou três meses
consecutivos seriam trocadas do local de trabalho ou até desligadas da empresa.
Acredita que a autora acessava o sistema BB utilizando a matrícula de algum
funcionário do BB. O crachá era fornecido pela 1ª demandada. Todos os atos de
contratação foram realizados e organizados pela 1ª demandada. Nada mais disse.

No entender deste Juízo, a leitura do depoimento acima deixa claro que o


BB ao invés de contratar funcionários por concurso, onerando-se com todos os direitos bancários e
encargos correspondentes, optou pelo ardiloso artifício de contratar empresas terceirizadas para obter
mediante o ajuste de prestação de serviços mão de obra barata.

Porque as atividades desenvolvidas pela autora deveriam ser executadas


por um bancário escriturário básico e não por terceiros, já que se trata de trabalho relacionado com a
atividade-fim do Banco e em suas próprias instalações.

Dessa maneira, embora não se possa conferir à autora um vínculo


diretamente com o BB pela falta do concurso público (o que a reclamante também admite na inicial),
deve a reclamante receber todos os direitos como se bancária fosse, nos termos, aliás, da OJ citada de
início.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1135829


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1135829 - Pág. 3
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 384

Aplico ao caso, de outro norte, a Súmula 331 do C. TST (IV), rejeitando a


arguição de sua inconstitucionalidade, já que coerente com os princípios que resultaram na redação do
artigo 455 da CLT e outros, bem como com a responsabilidade derivada da culpa in vigilando. Ambas as
empresas fraudando a lei e beneficiando-se do trabalho, devem ser responsabilizadas, cada qual na sua
medida.

Defiro as diferenças salariais provenientes dos direitos conferidos pelo


BB aos seus escriturários básicos (conforme previsto no Regulamento de Pessoal e praticado na realidade
dos contratos), com as correções previstas nos instrumentos coletivos e reflexos nos consectários legais,
além do pagamento do auxílio refeição e do auxílio cesta alimentação, conforme pedido.

À evidência, tem a autora, outrossim, direito à jornada de 6 horas, de


modo que, nos termos do pedido, tem direito ao recebimento de 2h extras diárias, de segunda a sexta-
feira, com o adicional de 180 e os reflexos pleiteados (item 4, parte final e itens 5, 6 e 9 da inicial - além
da incidência da multa do FGTS postulada no item 7).

Por fim: em razão da declaração de pobreza agregada à inicial, concedo à


autora os benefícios da justiça gratuita, nos termos do § 3º do artigo 790 da CLT.

CONCLUSÃO

Diante do exposto e do que mais consta dos presentes autos em que LUAN
A ROBERTA RABELLO demanda contra SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP e BANCO DO
BRASIL S.A., ACOLHO PARCIALMENTE O PEDIDO e declaro ilícita a terceirização havida,para
condenar a 1ª reclamada e subsidiariamente o 2º demandado a pagarem à autora, nos termos da
fundamentação, as seguintes verbas, como se bancária fosse:

1. Diferenças salariais resultantes dos instrumentos coletivos e da


remuneração aplicável aos escriturários básicos, com reflexos em todos
os consectários legais;

2. Auxílio refeição e Auxílio cesta alimentação, igualmente conforme


previsão normativa;

3. Pagamento de 2 horas extras por dia, de segunda a sexta-feira, com


adicional de 50% e reflexos deferidos.

Liquidação por cálculos. Eventuais incidências previdenciárias


calculadas segundo os parâmetros da Súmula nº 368 do c. TST e fiscais na forma do artigo 12-A da Lei
7.713/88 e Instrução Normativa RFB 1.127/11, não incidentes sobre os juros de mora. Custas pelos
reclamados, de R$ 240,00, calculadas sobre o valor atribuído à condenação, de R$ 12.000,00. Oficie-se
ao MPT, ao MTE e à RFB/INSS. Intimem-se. Joinville, 7 de março de 2014.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1135829


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1135829 - Pág. 4
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 385

César Nadal Souza


Juiz Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 07/03/2014 17:55:44 - 1135829


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14030710574566900000001124249
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1135829 - Pág. 5
Número do documento: 14030710574566900000001124249
Fls.: 386

EXECELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA 1ª VARA DO


TRABALHO DA COMARCA DE JOINVILLE – SANTA CATARINA.

RT Ord 0000855-55.2013.5.12.0004

LUANA ROBERTA RABELO, já qualificado nos autos em epígrafe, em


que contende com SAURA SILVA E RICOLDY e BANCO DO BRASIL S/A, vem, respeitosamente,
a presença de V. Exa., tempestivamente, interpor EMBARGOS DECLARATÓRIOS a r. sentença
parcialmente procedente, o que faz nos seguintes termos:

Na irretocável sentença o nobre julgador entendeu ser parcialmente


procedente a presente demanda.

Entretanto, com a devida venia, restou uma omissão na mesma, pois no


item 10 dos pedidos da Exordial foi solicitado que a 2ª ré fosse notificada e procedesse a imediata
apresentação do Regulamento de Pessoal, da mesma, assim como, todas as normas internas envolvendo
evolução de cargos e salários no período de toda a contratualidade da reclamante, sob pena de confesso
quanto aos fatos que o reclamante quer provar, nos termos do art. 359, do CPC.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 14/03/2014 16:16:17 - 1169323


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031416161735100000001161941
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1169323 - Pág. 1
Número do documento: 14031416161735100000001161941
Fls.: 387

Pedido necessário para balizar o cálculo do valor a ser pago a autora, conforme a sentença
proferida: “Defiro as diferenças salariais provenientes dos direitos conferidos pelo BB aos seus
escriturários básicos (conforme previsto no Regulamento de Pessoal e praticado na realidade dos
contratos), com as correções previstas nos instrumentos coletivos e reflexos nos consectários legais, além
do pagamento do auxílio refeição e do auxílio cesta alimentação, conforme pedido.”

Segundo o art. 469, I, do CPC, “Não fazem coisa julgada: I – os motivos,


ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença”.

Requer, portanto, seja sanada a omissão ou mero erro material, incluindo-se


no dispositivo da r. sentença a condenação da Reclamada na apresentação dos documentos ora solicitados.

Termos em que,

Pede deferimento.

Joinville 13 de março de 2014.

Luciano Brittes

OAB/SC 17.712

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 14/03/2014 16:16:17 - 1169323


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031416161735100000001161941
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1169323 - Pág. 2
Número do documento: 14031416161735100000001161941
Fls.: 388

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO


1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

CERTIDÃO

Certifico que o Exmo. Sr. Juiz do Trabalho que proferiu a sentença de Id 1131550 encontra-se usufruindo férias a
partir de 10/03/2014, razão pela qual passo a aguardr o seu retorno para fazer conclusos para apreciação
dos embargos de declaração.

Em 17 de março de 2014.

Assinado eletronicamente por: KEILA CRISTINA FERREIRA - 17/03/2014 16:40:54 - 1177818


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14031716405423200000001170409
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1177818 - Pág. 1
Número do documento: 14031716405423200000001170409
Fls.: 389

Reclamante: LUANA ROBERTA RABELLO


Reclamados: SAURA SILVA E RICOLDY e BANCO DO BRASIL S.A.

LUANA ROBERTA RABELLO, devidamente qualificada, interpôs EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,


segundo as razões apontadas sob o ID 1169323.

DECIDO

Sustenta a reclamante que o julgado restou omisso quanto ao requerimento consubstanciado no item 10
(14. DOS PEDIDOS) da exordial, solicitando que o 2º demandado procedesse à imediata apresentação do
Regulamento de Pessoal, bem como todas as normas internas envolvendo a evolução de cargos e salários
de toda a contratualidade da reclamante, ora embargante.

Não vejo respaldo jurídico para a alegação: a marcha processual não pode ser tumultuada com juntada de
documentos inúteis, sendo fato que em havendo condenação e necessidade dos documentos, haverá a
determinação oportuna do Juízo em execução para que a parte traga aos autos a documentação, sem
qualquer prejuízo às partes.

Não se trata aqui de matéria de embargos declaratórios, diante da manifesta desnecessidade de o Juízo se
manifestar a respeito em sentença, já que a providência era anterior à decisão e agora será posterior, se
cabível.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO propostos por LUANA ROBERTA


RABELLO para todos os efeitos legais. INTIMEM-SE. Joinville, 14 de abril de 2014.

César Nadal Souza


Juiz Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 14/04/2014 14:32:58 - 1317123


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14041414325864000000001309401
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1317123 - Pág. 1
Número do documento: 14041414325864000000001309401
Fls.: 390

Reclamante: LUANA ROBERTA RABELLO


Reclamados: SAURA SILVA E RICOLDY e BANCO DO BRASIL S.A.

LUANA ROBERTA RABELLO, devidamente qualificada, interpôs EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,


segundo as razões apontadas sob o ID 1169323.

DECIDO

Sustenta a reclamante que o julgado restou omisso quanto ao requerimento consubstanciado no item 10
(14. DOS PEDIDOS) da exordial, solicitando que o 2º demandado procedesse à imediata apresentação do
Regulamento de Pessoal, bem como todas as normas internas envolvendo a evolução de cargos e salários
de toda a contratualidade da reclamante, ora embargante.

Não vejo respaldo jurídico para a alegação: a marcha processual não pode ser tumultuada com juntada de
documentos inúteis, sendo fato que em havendo condenação e necessidade dos documentos, haverá a
determinação oportuna do Juízo em execução para que a parte traga aos autos a documentação, sem
qualquer prejuízo às partes.

Não se trata aqui de matéria de embargos declaratórios, diante da manifesta desnecessidade de o Juízo se
manifestar a respeito em sentença, já que a providência era anterior à decisão e agora será posterior, se
cabível.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO propostos por LUANA ROBERTA


RABELLO para todos os efeitos legais. INTIMEM-SE. Joinville, 14 de abril de 2014.

César Nadal Souza


Juiz Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - 14/04/2014 14:32:58 - 1318626


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14041414325864000000001309401
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1318626 - Pág. 1
Número do documento: 14041414325864000000001309401
Fls.: 391

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE –


SANTA CATARINA.

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

Saura Consultoria Eireli EPP, devidamente qualificada, nos autos de Reclamatória


Trabalhista, que lhe move Luana Roberta Rabelo, já qualificada, por intermédio de seus
procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, inconformada
com a r. sentença proferida pelo Douta Magistrado de primeiro grau, apresentar

RECURSO ORDINÁRIO

nos termos das razões anexas, requerendo sejam as mesmas recebidas e processadas na forma da lei, a
fim de que sejam apreciadas pela instância superior, cujo preparo recursal resta comprovado pelas guias
anexas.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 02 de Maio de 2014.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364195500000001381322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 1
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 392

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

Processo: RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004

Origem: Primeira Vara do Trabalho da Comarca de Joinville (SC)

Recorrente: Saura Consultoria Eireli EPP

Recorrida: Luana Roberta Rabelo

RAZÕES RECURSAIS

Egrégio Tribunal

Ínclitos Julgadores,

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364195500000001381322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 2
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 393

O MM. Juízo de primeiro grau, ao julgar a Reclamatória Trabalhista da Recorrida, acolheu em


parte sua pretensão, vez que reconheceu como ilícita a terceirização havida entre a empresa Recorrente e
o Banco do Brasil S/A, momento que reconheceu que deve a Recorrida/Reclamante receber todos os
direitos como se bancaria fosse, condenando a empresa Recorrente a pagar à Recorrida as diferenças
salariais provenientes dos direitos pelo BB aos seus escriturários básicos, além do pagamento do auxilio
refeição, auxilio cesta alimentação, e ao pagamento de duas horas extras diárias.

Contudo, merece reforma a r. sentença prolatada pelo MM. Juiz de primeiro grau, pois a
fundamentação legal utilizada pelo Douto Juiz, para a configuração da terceirização ilícita, em especial o
argumento de que as atividades desenvolvidas pela Recorrida deveriam ser executadas por um bancário
escriturário e não por terceiros, já que se trata de trabalho relacionado com a atividade-fim do Banco, dive
rge das atividades profissionais desenvolvidas pela Recorrente, bem como desconsidera por completo a
situação fática apresentada nos autos pela própria Recorrida, confirmada pelos depoimentos pessoais e
testemunhais, como será demonstrado a seguir.

1 – DA ATIVIDADE-MEIO REALIZADA PELA RECORRIDA

Em que pese o respeito e admiração que nutrimos pelo MM. Juiz de primeiro grau, no caso
versado, não agiu com o costumeiro acerto ao entender de forma equivocada que a empresa Recorrente
manteve terceirização ilícita, nos termos acima citado.

Há de se observar que é totalmente licita a terceirização realizada entre o COBAN e o Banco


do Brasil S/A, haja vista cumprir na íntegra os termos impostos pela Resolução do Banco Central (órgão
que regulamenta a terceirização havida entre as partes), não havendo se falar em ilicitude na contratação,
ou ainda equiparação/enquadramento na categoria dos bancários de seus empregados.

Nota-se Doutos Julgadores que, do exame das provas, tanto documental como oral, que
durante seu contrato de trabalho, a Recorrida desenvolveu atividades tão somente de agente operacional,
prestando auxilio e vendendo produtos a clientes do Banco do Brasil S/A, angariando clientes para a
concessão de crédito e abertura de contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com atividades-
fim do Banco, pois a atividade-fim do banco tem como atribuição a gestão de recursos dos clientes das
instituições bancárias e financeiras, o que não era atividade realizada pela Recorrida.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364195500000001381322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 3
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 394

Por certo Doutos Senhores, a Recorrida não executava atividades tipificamente de bancária, pois
durante todo o contrato de trabalho havido entre as partes, a Recorrida exerceu tão somente a atividade-
meio da instituição financeira.

Ademais, tanto das alegações da Recorrida como das provas produzidas nos autos, não comprovam
que a Recorrida estivesse envolvida com as atividades exclusivas de bancário, motivo pelo qual merece
reforma o r. julgado a fim de afastar o reconhecimento de terceirização ilícita. Neste sentido é o
entendimento do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho do Paraná para ser utilizado analogicamente:

ENQUADRAMENTO SINDICAL - BANCÁRIO X OPERADORA DE


MARKETING - IMPOSSIBILIDADE - Não há que se falar em
enquadramento sindical de bancário quando a prova oral e documental dos
autos não comprova a subordinação jurídica com a instituição bancária, bem
como suas funções se limitavam às inerentes ao cargo de "operadora de
telemarketing", portanto, não se enquadravam naquelas tipicamente
desenvolvidas pelos bancários, as quais pressupõem o manuseio de
numerários, não estando ligadas às atividades-fim da entidade bancária.
Sentença que se mantém. (TRT-PR-06414-2009-670-09-00-0-ACO-25293-2011 -
4A. TURMA; Relator: SÉRGIO MURILO RODRIGUES LEMOS; Publicado no
DEJT em 01-07-2011) (Grifou-se)

Portanto, deve ser reformada a r. sentença com o especial fim de afastar reconhecendo de
terceirização ilícita, e assim afastar a condenação da empresa Recorrente a pagar à Recorrida as
diferenças salariais provenientes dos direitos pelo BB aos seus escriturários básicos, além do pagamento
do auxilio refeição, auxilio cesta alimentação, e ao pagamento de duas horas extras diárias.

2 – DA LEGALIDADE DAS RESOLUÇÕES 002707, 003110 e 003156 DO BANCO


CENTRAL DO BRASIL

Por certo Doutos Senhores, a terceirização havida entre a empresa Recorrente e o Banco do
Brasil S/A NAO PODE ser reconhecida como ilícita, pois a figura do correspondente bancário se

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364195500000001381322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 4
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 395

constitui, atualmente, em prática habitual entre os bancos e outras instituições financeiras tendo sido
instituída e regulamentada através de diversas Resoluções e Carta Circulares do Banco Central do Brasil,
em especial as RESOLUÇÕES nº 002707, 003110 e 003156 DO BANCO CENTRAL DO BRASIL.

Os contratos constantes nos autos estão de acordo com as normas e Resoluções do


BANCO CENTRAL DO BRASIL números 002707, 003110 e 003156 que facultam aos bancos ou
instituições financeiras a contratação de empresas para o desempenho de funções de correspondente
bancário.

A Resolução BACEN n. 3.110/2003, alterada pela Resolução n.3.156/2003, nos termos


do art. 1º veio para alterar e consolidar as normas que dispõem sobre a contratação de empresas para
desempenho de funções de correspondentes bancários, com vistas a prestações de serviços dos tipos:
recepção e encaminhamento de propostas de abertura de conta; recebimentos e pagamentos relativos a
contas de depósitos à vista, a prazo ou de poupança; recebimento e pagamentos de outras atividades
decorrentes de convênios, recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos, serviços esses que
não são atividade-fim dos bancos ou instituições financeiras.

Os Tribunais pátrios já têm se manifestado sobre o tema, sendo as decisões na direção


idêntica à tomada pelo MM. Juiz da 17ª Vara do Trabalho de Salvador, no processo 00297-2008-017-05-
00-3, consoante se abstrai dos acórdãos abaixo transcritos:

“VINCULO DE EMPREGO COM UNIBANCO. CONDIÇÃO DE


BANCÁRIO. O reclamante, na hipótese, foi contratado pela segunda
reclamada (Finivest), sua real empregadora, sendo que os serviços prestados
para o banco se deram, exclusivamente, em face da condição de
correspondente bancário da segunda-ré. Não há, por conseguinte, como
reconhecer a existência do vínculo de emprego pretendido com o Unibanco,
nem a condição de bancário do autor. Recurso não-provido.” (proc. n.00824-
2005-021-04-00-1) (grifo nosso)

Desta forma, patente é a não aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho firmada entre
empregados e empregadores de INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS ao caso em tela, razão por que a r.
sentença prolatada merece reforma, a fim de afastar o reconhecimento de terceirização ilicita, a assim
declarar inexistente os pagamentos referentes à diferença do piso salarial, auxílios refeição e cesta
alimentação, e horas extras.

Para demonstrar que este é o entendimento jurisprudencial dos Tribunais, segue Ementa de
Acórdão publicado em 12/01/2009:

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364195500000001381322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 5
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 396

EMPREGADO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.


INAPLICABILIDADE DA JORNADA DO BANCÁRIO. Se a relação de
emprego não se deu com instituição financeira e as atividades do
correspondente bancário decorrem de ato legal de caráter administrativo do
Banco Central, não se pode atribuir ao reclamante a qualidade de bancário,
nem, conseqüentemente, aplicar-se-lhe jornada de trabalho típica dessa
categoria. (Processo 00322-2007-035-05-00-0 RO, AC. Nº033747/2008,
Relatora MARAMA CARNEIRO, 1ª Turma, DJ 12/01/2009)

Vejamos outros julgamos:

“8. ENQUADRAMENTO. DIFERENÇA SALARIAL-PISO. HORA


EXTRA. AUXÍLIO REFEIÇÃO. CESTA ALIMENTAÇÃO.
GRATIFICAÇÃO DE CAIXA. MULTA.
REQUER O RECLAMANTE O SEU ENQUADRAMENTO COMO
BANCÁRIO. AS NORMAS REGEDORAS DAS RELAÇÕES ENTRE AS
CATEGORIAS PATRONAIS E PROFISSIONAIS SÃO AS DA EMPRESA
VERDADEIRA EMPREGADORA, COMPATÍVEIS COM SUA
ATIVIDADE PREPONDERANTE, IN CASU A PRIMEIRA RECLAMADA
MULTIPAG, QUE TEM COMO OBJETO SOCIAL APENAS A
“PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE GESTÃO E OPERACIONALIZAÇÃO
DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTOS DE DADOS PARA
TERCEIROS E OUTROS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE
TRATAMENTO DE DADOS”, TAL COMO SE VERIFICA NA
CLÁUSULA ART. 2ª DA ALTERAÇÃO CONTRATUAL ÀS FLS. 304. O
RECLAMANTE EXERCIA A FUNÇÃO DE CAIXA NA PRIMEIRA
RECLAMADA QUE ATUA COMO CORRESPONDENTE BANCÁRIO
DO BANCO POPULAR. RECONHECE O RECLAMANTE EM SEU
DEPOIMENTO, DE FLS. 366/365, QUE “... NÃO FAZIA
COMPENSAÇÃO DE CHEQUES OU APLICAÇÃO FINANCEIRA EM
BOLSAS DE VALORES, D.O.C.; O ÚNICO CARTÃO FORNECIDO AO
CLIENTE PELO DEPOENTE ERA O DE DÉBITO VISA DO BANCO
POPULAR COM LIMITE DE ATÉ R$ 1.000,00, NÃO FORNECENDO
CARTÃO DE CRÉDITO”, SENDO TODAS ESTAS ATIVIDADES
BANCÁRIAS. POR OUTRO LADO, ADMITE QUE, DESTARTE,
CONSTATA-SE QUE O RECLAMANTE NÃO TRABALHAVA
EXATAMENTE COM A ATIVIDADE BANCÁRIA, PELO QUE
INAPLICÁVEL AS NORMAS COLETIVAS ACOSTADAS PELO
RECLAMANTE. INDEFIRO O ENQUADRAMENTO DO
RECLAMANTE COMO BANCÁRIO, INDEFIRO OS PLEITOS DE
DIFERENÇA SALARIAL, EM RAZÃO DO PISO NORMATIVO; HORAS
EXTRAS COM BASE NA JORNADA BANCÁRIA; AUXÍLIO
REFEIÇÃO; CESTA ALIMENTAÇÃO; GRATIFICAÇÃO DE CAIXA E
MULTA NORMATIVA.” (RTOrd Nº 00197-2009-002-05-00-9. Juscelino
F. dos Santos x Multipag Prestadora de Serviços Ltdae Outros. 2ª Vara
do Trabalho de Salvador-BA. Publicado em 03 de setembro de 2009)

“2-3 CORRESPONDENTE BANCÁRIO

A RECLAMANTE POSTULA O SEU ENQUADRAMENTO COMO


BANCÁRIA E A CONSEQÜENTE APLICAÇÃO DAS NORMAS

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 6
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 397

COLETIVAS DESSA CATEGORIA PROFISSIONAL. ACONTECE QUE


OS CONTRATOS DE FOLHAS 292/309 E 310/324 ESTÃO DE ACORDO
COM AS NORMAS E AS RESOLUÇÕES DO BANCO CENTRAL DO
BRASIL NÚMEROS 002707, 003110 E 003156 QUE FACULTAM AOS
BANCOS MÚLTIPLOS COM CARTEIRA COMERCIAL, AOS BANCOS
COMERCIAIS E A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL A
CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS PARA O DESEMPENHO DA
FUNÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.

OS REFERIDOS CONTRATOS COMPROVAM QUE A TERCEIRA


RECLAMADA CONTRATOU A SEGUNDA PARA EXERCER AS
FUNÇÕES DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO, ONDE A
RECLAMANTE FOI APENAS EMPREGADA DESTA ÚLTIMA
EMPRESA CONTRATADA, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA DA TERCEIRA
E QUARTA RECLAMADAS. NESTE SENTIDO É O ENTENDIMENTO
DA 3ª TURMA DE EGRÉGIO TRIBUNAL.

EMENTA: TRABALHO PRESTADO EM RAZÃO DE CONTRATO DE


CORRESPONDENTE BANCÁRIO. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE
EMPREGO COM O BANCO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
AFASTADA. O contrato de correspondente bancário não guarda relação
alguma com a figura jurídica conhecida como “terceirização de serviços”,
não havendo que se cogitar de reconhecimento de relação de emprego entre
os bancos contratantes e os trabalhadores da empresa contratada, muito
menos atribuir responsabilidade da empresa subsidiária daquele pelas
obrigações trabalhistas a cargo da real empregadora.( Processo
00752.2006.121.05.00-6 RO, ac. n° 011417/2007, redatora Desembargadora
Sônia França, 3ª TURMA, DJ 23/05/2007.)

POR OUTRO LADO, SE O VÍNCULO EMPREGATÍCIO NÃO SE DEU


COM NENHUMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, MAS SIM COM A
EMPRESA QUE PRESTA SERVIÇOS DE CORRESPONDENTE
BANCÁRIO, NÃO SE PODE CONHECER O ENQUADRAMENTO DA
RECLAMANTE COMO BANCÁRIA, NEM PODE PROSPERAR OS
PEDIDOS EMBASADOS EM NORMAS DESSA CATEGORIA
PROFISSIONAL. NESSA MESMA DIREÇÃO É O ENTENDIMENTO DA
1ª TURMA DE EGRÉGIO TRIBUNAL.

EMENTA: EMPREGADO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.


INAPLICABILIDADE DA JORNADA DO BANCÁRIO. Se a relação de
emprego não se deu com instituição financeira e as atividades do
correspondente bancário decorrem de ato legal de caráter administrativo do
Banco Central, não se pode atribuir a reclamante a qualidade de bancário,
nem, consequentemente, aplicar-lhe jornada de trabalho típica dessa
categoria.( Processo 00322.2007.035.05.00-0 RO, ac. n° 033747/2008,
Relatora Desembargador MARAMA CARNEIRO, 1ª TURMA, DJ 12/01
/2009.)

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 7
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 398

VALE DESTACAR QUE, DE ACORDO COM AS RESOLUÇÕES


ACIMA, A CONTRATAÇÃO DA EMPRESA PARA A PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO DEPENDE DE
PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO BANCO CENTRAL (ART. 1°, § 2° DAS
RESOLUÇÕES 002707, 003110).

COMO SE NÃO BASTASSE, AS ATIVIDADES DOS BANCÁRIOS NÃO


SE RESUMEM AQUELAS MENCIONADAS PELA TESTEMUNHA DA
RECLAMANTE ÀS 411/413, JÁ QUE ESSES PROFISSIONAIS
TRABALHAM EM AGÊNCIAS BANCÁRIAS, DIRETAMENTE COM O
PÚBLICO, MANUSEANDO NUMERÁRIO, FAZENDO APLICAÇÕES,
DEPÓSITOS, ABRINDO CONTAS (CORRENTE E POUPANÇA),
RECEBENDO PAGAMENTO DE TÍTULOS, CONTAS DE ENERGIA,
LUZ E ÁGUA, OPERACIONALIZAM MÁQUINAS DE AUTO
ATENDIMENTO, FAZENDO O TREINAMENTO DE ATENDIMENTO
AO PÚBLICO, INFORMAM SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS,
REALIZAM FINANCIAMENTO DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS,
REALIZAM FINANCIAMENTO, ETC.

DENTRO DESSE CONTEXTO, NÃO CONHEÇO DO


ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE COMO BANCÁRIA E INDEFI
RO OS PEDIDOS CONSTANTES NOS ITENS “03”, “10”, “11”, “16”,
“17”, “18”, “19”.

(RTOrd Nº 01172-2008-030-05-00-9. Lorena Silva Nogueira x Multipag


Prestadora de Serviços Ltda e Outros. 30ª Vara do Trabalho de Salvador-BA.
Publicado em 16/07/09)

Por certo há de se reconhecer que a Recorrente atua no mercado de forma licita como uma empresa
correspondente bancária do Banco do Brasil S/A, eis que amparada em contrato de prestação de serviços
tendo suas atividades limitadas àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a
empresa contratada em instituição financeira, tão menos caracterizar como ilícita tal terceirização.

Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não confere aos empregados contratados
pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

Há de se observar que é totalmente licita a terceirização realizada entre o COBAN e o Banco do


Brasil S/A, haja vista cumprir na íntegra os termos impostos pela Resolução do Banco Central (órgão que
regulamenta a terceirização havida entre as partes), não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou
ainda equiparação/enquadramento na categoria dos bancários de seus empregados. Destaca-se que a
Recorrente atua na categoria de Correspondente Bancário, categoria esta que difere daquela dos bancos e
seus respectivos empregados, não podendo falar então em enquadramento de seus empregados como
bancários, ou assegurar-lhes os mesmos direitos e obrigações, ou ainda declarar como ilícita tal atividade.

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Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 399

Por certo, a Recorrente ao exercer atividade que se desdobra em serviços, segue na integra todas
as exigências constante nas Resoluções do Banco Central que regulamenta tal atividade ( rege o regime
de trabalho da categoria dos COBANsnão havendo se falar em ilicitude na atuação.

Cumpre destacar que nos termos do artigo 170 da Constituição da República, optou-se pelo regime
da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de “promover o desenvolvimento equilibrado do
País e a servir aos interesses da coletividade”, delimitou, no artigo 192 da Constituição da República, as
diretrizes a serem observadas pelo sistema financeiro nacional, ”em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua regulamentação “por leis complementares que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram”.

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o


desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade,
em todas partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será
regulado por leis complementares, que disporão, inclusive, sobre a
participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram”.

Observa-se ainda que, desde a promulgação CF, contudo, ainda não foram aprovadas as leis
complementares a que alude à norma constitucional supra. Em consequência e também ante a recepção
pela Constituição da República, permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº 4.595, de 31
de dezembro de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias.
Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis:

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente


Lei, será constituído:
I – do Conselho Monetário Nacional;
II – do Banco Central do Brasil;
III – do Banco do Brasil;
IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho Monetário Nacional,
merecendo destaque os seguintes incisos:

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Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 400

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas


modalidades e as operações creditícias em
todas as suas formas, inclusive aceites, avais e
prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras”;
“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem
atividades
subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação
das penalidades previstas”; e
“XXII - estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas,
para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta
Lei”.

Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer cumprir as disposições
que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe as seguintes competências privativas, dentre outras:
“exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e
“conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b) instalar
ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas,
incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da
dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de
crédito ou mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus
estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.“ (inciso X)

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei nº 4.595/64, o
Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública dotada de competência exclusiva
para emissão da moeda e de comando integral sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por
meio das quais explicita e difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado
financeiro e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados pelo artigos 17 e 18 da
Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação


em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como
atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de

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Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 401

recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou


estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da
legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas
que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma
permanente ou eventual.”

“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País


mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou
decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.
§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades
de crédito, financiamento e investimentos, das caixas econômicas e das
cooperativas de crédito ou a seção de crédito das cooperativas que a tenham,
também se subordinam às disposições e disciplina desta lei no que for
aplicável, as bolsas de valores, companhias de seguros e de capitalização, as
sociedades que efetuam distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou
dinheiro, mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e
as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer
títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou
serviços de natureza dos executados pela instituições financeiras.”

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra o sistema financeiro
nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições financeiras, refere-se a elas da seguinte
forma:

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a pessoa


jurídica de direito público ou privado, que tenha como atividade principal ou
acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros (Vetado) de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira,
ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou
administração de valores mobiliários.
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:
I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio,
capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos de terceiros;
II - a pessoa natural que exerça quaisquer das
atividades referidas neste artigo, ainda que de
forma eventual.”

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Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 402

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de otimizar os
resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192 da Constituição da República,
atualmente é facultada a terceirização de algumas atividades pelas instituições financeiras, por meio da
contração de empresas integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003 (com as alterações


feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que assim dispõe:

“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as normas que


dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, de empresas,
integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o desempenho das
funções de
correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes serviços:
I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósito
à vista, a prazo e de poupança;
II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e
de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;
III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de
prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da regulamentação
em vigor;
IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do
contratante;
V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de
financiamentos;
VI- análise de crédito e cadastro;
VII- execução de serviços de cobrança;
VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de
crédito;
IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das
operações pactuadas;
X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser exercida no que se
refere a serviços relacionados às atividades desenvolvidas pelas instituições
referidas no caput, permitidas nos termos da legislação e regulamentação em
vigor.
§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços referidos no
caput, incisos I e II, depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil,
devendo, nos demais casos, ser objeto de comunicação àquela Autarquia.

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Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 403

§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas por serviços


notariais e de
registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a contratação, para a


prestação dos serviços mencionados nos incisos I e II daquele artigo, de
empresa cuja atividade principal ou única seja a prestação de serviços de
correspondente.
Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à hipótese de
substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a
contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para a prestação de
qualquer dos serviços mencionados naquele artigo, de empresas não
integrantes do Sistema Financeiro Nacional que utilizem o termo “banco” em
sua denominação social ou no respectivo nome fantasia.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de
substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.
(...)
Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de
correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às penalidades
previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar por
sua própria conta e ordem, operações privativas das instituições referidas no
art. 1º.”
Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos; Bancos Comerciais; Bancos de investimento;
Bancos Cooperativos; Caixas Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de
Crédito, Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades de Crédito
Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai do sítio do Banco Central na
internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o
§ 7º do artigo 44 da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como instituição


financeira, sem estar devidamente autorizados pelo Banco Central da
República do Brasil, ficam sujeitas à multa referida neste artigo e detenção de
1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurídica, seus diretores e
administradores.”

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Fls.: 404

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas contratadas em estrita
observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias,
na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas terceirização ilícita. Senão
vejamos:

Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes


atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de
responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
(...)
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito
e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
(...)

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Recorrente, tem por objeto todas
aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de prestação de serviços de correspondente,
visando o fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus
clientes e usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.

Assim, ficam evidente Senhores Julgadores que, a atividade desempenhada pela Recorrida durante
seu contrato de trabalho com a Recorrente, não se confundem com a atividade de instituição financeira
que tem como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos
financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros.

Por obvio, o fato da Recorrente desempenhar serviços de correspondente, na prestação dos serviços
relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que
mantenha contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de
prestação de serviços como correspondente.

Vejamos que, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a Resolução do Banco
Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se considerar

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Fls.: 405

bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos


comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de correspondente de
vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido, todo raciocínio que
resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no direito, tampouco na justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o condão de tornar sua
atividade como ilícita, e também não tem o condão de torná-los instituições financeiras e, por
consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários aos empregados dos
contratados os quais exercem tal atividade complementar.

Em recentes julgados assim decidiu o TST:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS TERCEIRIZADOS


LTDA. - ME. CORRESPONDENTE BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO
DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS.
IMPOSSIBILIDADE . A reclamada, embora na condição de
correspondente bancária, não exerce as atividades peculiares das
instituições financeiras, mas somente os serviços bancários básicos de uma
agência, razão pela qual os empregados que trabalham nessa atividade
não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos trabalhadores
bancários. Recurso de revista conhecido e provido. B) AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO
RECLAMADO. Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do
recurso de revista da reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. - ME
que julgou improcedente a reclamação trabalhista.
(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09/2013 - Rela
tora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT 06/09/2013).

BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA


DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.
EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco Postal), presta,
a par de sua atividade preponderante e monopolista -- os serviços postais --
, apenas os serviços bancários básicos de uma agência, e não as atividades
típicas e privativas de uma instituição financeira.
2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo empregado
àquelas dos bancários, para os fins do art. 224 da CLT. Precedentes.
3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.

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Fls.: 406

(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento: 21/08/2013 - Re


lator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT 06/09/2013).

Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter acessório e


complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à empresa não integrante do
sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza como ilícita a atividade, bem como não
caracteriza como instituição financeira, tão menos seus empregados devem ser equiparados à categoria de
bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada expressamente pelo órgão regulamentador competente.

Vejam Senhores Julgadores que, analisando os fatos narrados nos autos, bem como do conjunto
probatório apresentado, resta comprovado que a Recorrente, bem como a Recorrida no exercício de suas
funções, correspondente bancário e agente operacional, respectivamente, jamais exerceram qualquer ativi
dade, seja ela principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros
próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de
terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil, motivo pelo qual mostra contraditória a r. sentença
prolatada nos autos, pelo que merece reforma.

Desse modo, a luz da legislação atinente ao caso versado, ao contrário do entendimento do


MM. Juiz de primeiro grau torna-se necessário que seja reconhecido expressamente que os serviços
prestados pela Recorrida estão enquadrados entre os permitidos aos correspondentes bancários, para os
quais foi contratada a empresa prestadora de serviços, ou seja, entre os expressamente permitidos pela
regulamentação do Banco Central do Brasil, não se confundindo com as atividades-fim do Banco, tão
menos tê-la como terceirização ilícita, e assim, ao final afastar-se a condenação imposta à Recorrente na
r. sentença.

3 – Dos Pedidos

Isto posto, e ainda, com os doutos suplementos que certamente serão colacionados pelos
Doutos Julgadores, requer que seja o presente Recurso Ordinário conhecido e provido, para o fim de que
seja reformada a sentença de primeiro grau, nos seguintes termos:

1) Seja reformada a sentença de mérito, julgando-se totalmente


improcedente o pedido da Recorrida, afastando o reconhecimento de
terceirização ilícita entre a empresa Recorrente e o Banco do Brasil S
/A, bem como seja afastado o reconhecimento de deve a Recorrida
/Reclamante receber todos os direitos como se bancaria fosse, e ainda,

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364195500000001381322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 16
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 407

seja afastada a condenação da empresa Recorrente a pagar à Recorrida


as diferenças salariais provenientes dos direitos pelo BB aos seus
escriturários básicos, além do pagamento do auxilio refeição, auxilio
cesta alimentação, e ao pagamento de duas horas extras diárias.

2) Seja reformada a sentença, a fim de declarar a Recorrida como litigante


de má-fé, condenando-a ao pagamento dos valores descritos no art. 18,
do CPC;

3) Seja condenada a Recorrida à arcar com a totalidade do pagamento das custas,


bem como sua à condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, a serem
fixados por esse E. Tribunal.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 02 de Maio de 2014.

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:41 - 1389183


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389183 - Pág. 17
Número do documento: 14050216364195500000001381322
Fls.: 408

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389184 - Pág. 1
Número do documento: 14050216364228400000001381323
Fls.: 409

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:42 - 1389184


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389184 - Pág. 2
Número do documento: 14050216364228400000001381323
Fls.: 410

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:43 - 1389194


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364272200000001381333
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389194 - Pág. 1
Número do documento: 14050216364272200000001381333
Fls.: 411

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:43 - 1389194


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389194 - Pág. 2
Número do documento: 14050216364272200000001381333
Fls.: 412
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DO TRABALHO DE
JOINVILLE – SANTA CATARINA.

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

Saura Consultoria Eireli EPP, devidamente qualificada, nos autos


de Reclamatória Trabalhista, que lhe move Luana Roberta Rabelo, já
qualificada, por intermédio de seus procuradores infra-firmados, vem mui
respeitosamente a presente de Vossa Excelência, inconformada com a r. sentença
proferida pelo Douta Magistrado de primeiro grau, apresentar

RECURSO ORDINÁRIO

nos termos das razões anexas, requerendo sejam as mesmas recebidas e processadas
na forma da lei, a fim de que sejam apreciadas pela instância superior, cujo preparo
recursal resta comprovado pelas guias anexas.

Termos em que,
Pede Deferimento.
Maringá (PR), 02 de Maio de 2014.

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

Av. Duque de Caxias, nº 882, Sala 906 – Ed. New Tower Plaza - Fone/Fax (44) 3032-9550 1
CEP 87020-025 - Maringá (PR) – advocacia@saura.com.br

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:43 - 1389204


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 1
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 413
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

Processo: RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004

Origem: Primeira Vara do Trabalho da Comarca de Joinville (SC)

Recorrente: Saura Consultoria Eireli EPP

Recorrida: Luana Roberta Rabelo

RAZÕES RECURSAIS

Egrégio Tribunal

Ínclitos Julgadores,

O MM. Juízo de primeiro grau, ao julgar a Reclamatória Trabalhista da


Recorrida, acolheu em parte sua pretensão, vez que reconheceu como ilícita a
terceirização havida entre a empresa Recorrente e o Banco do Brasil S/A, momento
que reconheceu que deve a Recorrida/Reclamante receber todos os direitos como se
bancaria fosse, condenando a empresa Recorrente a pagar à Recorrida as diferenças
salariais provenientes dos direitos pelo BB aos seus escriturários básicos, além do
pagamento do auxilio refeição, auxilio cesta alimentação, e ao pagamento de duas
horas extras diárias.

Contudo, merece reforma a r. sentença prolatada pelo MM. Juiz de


primeiro grau, pois a fundamentação legal utilizada pelo Douto Juiz, para a
configuração da terceirização ilícita, em especial o argumento de que as atividades
desenvolvidas pela Recorrida deveriam ser executadas por um bancário escriturário e
não por terceiros, já que se trata de trabalho relacionado com a atividade-fim do
Banco, diverge das atividades profissionais desenvolvidas pela Recorrente, bem como
desconsidera por completo a situação fática apresentada nos autos pela própria
Recorrida, confirmada pelos depoimentos pessoais e testemunhais, como será
demonstrado a seguir.

1 – DA ATIVIDADE-MEIO REALIZADA PELA RECORRIDA

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 2
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 414
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
Em que pese o respeito e admiração que nutrimos pelo MM. Juiz de
primeiro grau, no caso versado, não agiu com o costumeiro acerto ao entender de
forma equivocada que a empresa Recorrente manteve terceirização ilícita, nos termos
acima citado.

Há de se observar que é totalmente licita a terceirização realizada entre o


COBAN e o Banco do Brasil S/A, haja vista cumprir na íntegra os termos impostos
pela Resolução do Banco Central (órgão que regulamenta a terceirização havida entre
as partes), não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda
equiparação/enquadramento na categoria dos bancários de seus empregados.

Nota-se Doutos Julgadores que, do exame das provas, tanto documental


como oral, que durante seu contrato de trabalho, a Recorrida desenvolveu atividades
tão somente de agente operacional, prestando auxilio e vendendo produtos a clientes
do Banco do Brasil S/A, angariando clientes para a concessão de crédito e abertura
de contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com atividades-fim do Banco,
pois a atividade-fim do banco tem como atribuição a gestão de recursos dos clientes
das instituições bancárias e financeiras, o que não era atividade realizada pela
Recorrida.

Por certo Doutos Senhores, a Recorrida não executava atividades


tipificamente de bancária, pois durante todo o contrato de trabalho havido entre as
partes, a Recorrida exerceu tão somente a atividade-meio da instituição financeira.

Ademais, tanto das alegações da Recorrida como das provas produzidas


nos autos, não comprovam que a Recorrida estivesse envolvida com as atividades
exclusivas de bancário, motivo pelo qual merece reforma o r. julgado a fim de afastar
o reconhecimento de terceirização ilícita. Neste sentido é o entendimento do Egrégio
Tribunal Regional do Trabalho do Paraná para ser utilizado analogicamente:

ENQUADRAMENTO SINDICAL - BANCÁRIO X OPERADORA DE


MARKETING - IMPOSSIBILIDADE - Não há que se falar em
enquadramento sindical de bancário quando a prova oral e
documental dos autos não comprova a subordinação jurídica com a
instituição bancária, bem como suas funções se limitavam às
inerentes ao cargo de "operadora de telemarketing", portanto,
não se enquadravam naquelas tipicamente desenvolvidas pelos
bancários, as quais pressupõem o manuseio de numerários, não
estando ligadas às atividades-fim da entidade bancária. Sentença
que se mantém. (TRT-PR-06414-2009-670-09-00-0-ACO-25293-

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 3
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 415
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
2011 - 4A. TURMA; Relator: SÉRGIO MURILO RODRIGUES LEMOS;
Publicado no DEJT em 01-07-2011) (Grifou-se)

Portanto, deve ser reformada a r. sentença com o especial fim de afastar


reconhecendo de terceirização ilícita, e assim afastar a condenação da empresa
Recorrente a pagar à Recorrida as diferenças salariais provenientes dos direitos pelo
BB aos seus escriturários básicos, além do pagamento do auxilio refeição, auxilio
cesta alimentação, e ao pagamento de duas horas extras diárias.

2 – DA LEGALIDADE DAS RESOLUÇÕES 002707, 003110 e 003156


DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

Por certo Doutos Senhores, a terceirização havida entre a empresa


Recorrente e o Banco do Brasil S/A NAO PODE ser reconhecida como ilícita, pois a
figura do correspondente bancário se constitui, atualmente, em prática habitual
entre os bancos e outras instituições financeiras tendo sido instituída e
regulamentada através de diversas Resoluções e Carta Circulares do Banco Central
do Brasil, em especial as RESOLUÇÕES nº 002707, 003110 e 003156 DO BANCO
CENTRAL DO BRASIL.

Os contratos constantes nos autos estão de acordo com as normas e


Resoluções do BANCO CENTRAL DO BRASIL números 002707, 003110 e 003156
que facultam aos bancos ou instituições financeiras a contratação de empresas
para o desempenho de funções de correspondente bancário.

A Resolução BACEN n. 3.110/2003, alterada pela Resolução


n.3.156/2003, nos termos do art. 1º veio para alterar e consolidar as normas que
dispõem sobre a contratação de empresas para desempenho de funções de
correspondentes bancários, com vistas a prestações de serviços dos tipos: recepção
e encaminhamento de propostas de abertura de conta; recebimentos e pagamentos
relativos a contas de depósitos à vista, a prazo ou de poupança; recebimento e
pagamentos de outras atividades decorrentes de convênios, recepção e
encaminhamento de pedidos de empréstimos, serviços esses que não são
atividade-fim dos bancos ou instituições financeiras.

Av. Duque de Caxias, nº 882, Sala 906 – Ed. New Tower Plaza - Fone/Fax (44) 3032-9550 4
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 4
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 416
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
Os Tribunais pátrios já têm se manifestado sobre o tema, sendo as
decisões na direção idêntica à tomada pelo MM. Juiz da 17ª Vara do Trabalho de
Salvador, no processo 00297-2008-017-05-00-3, consoante se abstrai dos acórdãos
abaixo transcritos:

“VINCULO DE EMPREGO COM UNIBANCO. CONDIÇÃO DE


BANCÁRIO. O reclamante, na hipótese, foi contratado pela
segunda reclamada (Finivest), sua real empregadora, sendo que
os serviços prestados para o banco se deram, exclusivamente,
em face da condição de correspondente bancário da segunda-
ré. Não há, por conseguinte, como reconhecer a existência do
vínculo de emprego pretendido com o Unibanco, nem a condição
de bancário do autor. Recurso não-provido.” (proc. n.00824-
2005-021-04-00-1) (grifo nosso)

Desta forma, patente é a não aplicação da Convenção Coletiva de


Trabalho firmada entre empregados e empregadores de INSTITUIÇÕES
BANCÁRIAS ao caso em tela, razão por que a r. sentença prolatada merece
reforma, a fim de afastar o reconhecimento de terceirização ilicita, a assim declarar
inexistente os pagamentos referentes à diferença do piso salarial, auxílios refeição
e cesta alimentação, e horas extras.

Para demonstrar que este é o entendimento jurisprudencial dos


Tribunais, segue Ementa de Acórdão publicado em 12/01/2009:

EMPREGADO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.


INAPLICABILIDADE DA JORNADA DO BANCÁRIO. Se a relação
de emprego não se deu com instituição financeira e as atividades
do correspondente bancário decorrem de ato legal de caráter
administrativo do Banco Central, não se pode atribuir ao
reclamante a qualidade de bancário, nem, conseqüentemente,
aplicar-se-lhe jornada de trabalho típica dessa categoria.
(Processo 00322-2007-035-05-00-0 RO, AC. Nº033747/2008,
Relatora MARAMA CARNEIRO, 1ª Turma, DJ 12/01/2009)

Vejamos outros julgamos:

Av. Duque de Caxias, nº 882, Sala 906 – Ed. New Tower Plaza - Fone/Fax (44) 3032-9550 5
CEP 87020-025 - Maringá (PR) – advocacia@saura.com.br

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 5
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 417
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
“8.ENQUADRAMENTO. DIFERENÇA SALARIAL-PISO. HORA
EXTRA. AUXÍLIO REFEIÇÃO. CESTA ALIMENTAÇÃO.
GRATIFICAÇÃO DE CAIXA. MULTA.
REQUER O RECLAMANTE O SEU ENQUADRAMENTO COMO
BANCÁRIO. AS NORMAS REGEDORAS DAS RELAÇÕES ENTRE
AS CATEGORIAS PATRONAIS E PROFISSIONAIS SÃO AS
DA EMPRESA VERDADEIRA EMPREGADORA, COMPATÍVEIS
COM SUA ATIVIDADE PREPONDERANTE, IN CASU A
PRIMEIRA RECLAMADA MULTIPAG, QUE TEM COMO OBJETO
SOCIAL APENAS A “PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE GESTÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE
PROCESSAMENTOS DE DADOS PARA TERCEIROS E OUTROS
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE TRATAMENTO DE DADOS”,
TAL COMO SE VERIFICA NA CLÁUSULA ART. 2ª DA
ALTERAÇÃO CONTRATUAL ÀS FLS. 304. O RECLAMANTE
EXERCIA A FUNÇÃO DE CAIXA NA PRIMEIRA RECLAMADA
QUE ATUA COMO CORRESPONDENTE BANCÁRIO DO BANCO
POPULAR. RECONHECE O RECLAMANTE EM SEU
DEPOIMENTO, DE FLS. 366/365, QUE “... NÃO FAZIA
COMPENSAÇÃO DE CHEQUES OU APLICAÇÃO FINANCEIRA
EM BOLSAS DE VALORES, D.O.C.; O ÚNICO CARTÃO
FORNECIDO AO CLIENTE PELO DEPOENTE ERA O DE DÉBITO
VISA DO BANCO POPULAR COM LIMITE DE ATÉ R$ 1.000,00,
NÃO FORNECENDO CARTÃO DE CRÉDITO”, SENDO TODAS
ESTAS ATIVIDADES BANCÁRIAS. POR OUTRO LADO,
ADMITE QUE, DESTARTE, CONSTATA-SE QUE O
RECLAMANTE NÃO TRABALHAVA EXATAMENTE COM A
ATIVIDADE BANCÁRIA, PELO QUE INAPLICÁVEL AS
NORMAS COLETIVAS ACOSTADAS PELO RECLAMANTE.
INDEFIRO O ENQUADRAMENTO DO RECLAMANTE COMO
BANCÁRIO, INDEFIRO OS PLEITOS DE DIFERENÇA
SALARIAL, EM RAZÃO DO PISO NORMATIVO; HORAS
EXTRAS COM BASE NA JORNADA BANCÁRIA; AUXÍLIO
REFEIÇÃO; CESTA ALIMENTAÇÃO; GRATIFICAÇÃO DE
CAIXA E MULTA NORMATIVA.” (RTOrd Nº 00197-2009-
002-05-00-9. Juscelino F. dos Santos x Multipag Prestadora
de Serviços Ltda e Outros. 2ª Vara do Trabalho de
Salvador-BA. Publicado em 03 de setembro de 2009)

“2-3 CORRESPONDENTE BANCÁRIO


A RECLAMANTE POSTULA O SEU ENQUADRAMENTO COMO
BANCÁRIA E A CONSEQÜENTE APLICAÇÃO DAS NORMAS

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 6
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 418
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
COLETIVAS DESSA CATEGORIA PROFISSIONAL. ACONTECE
QUE OS CONTRATOS DE FOLHAS 292/309 E 310/324 ESTÃO
DE ACORDO COM AS NORMAS E AS RESOLUÇÕES DO BANCO
CENTRAL DO BRASIL NÚMEROS 002707, 003110 E 003156
QUE FACULTAM AOS BANCOS MÚLTIPLOS COM CARTEIRA
COMERCIAL, AOS BANCOS COMERCIAIS E A CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL A CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS PARA
O DESEMPENHO DA FUNÇÃO DE CORRESPONDENTE
BANCÁRIO.
OS REFERIDOS CONTRATOS COMPROVAM QUE A TERCEIRA
RECLAMADA CONTRATOU A SEGUNDA PARA EXERCER AS
FUNÇÕES DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO, ONDE A
RECLAMANTE FOI APENAS EMPREGADA DESTA ÚLTIMA
EMPRESA CONTRATADA, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA DA
TERCEIRA E QUARTA RECLAMADAS. NESTE SENTIDO É O
ENTENDIMENTO DA 3ª TURMA DE EGRÉGIO TRIBUNAL.

EMENTA: TRABALHO PRESTADO EM RAZÃO DE CONTRATO


DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO. INEXISTÊNCIA DE
RELAÇÃO DE EMPREGO COM O BANCO. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA AFASTADA. O contrato de correspondente
bancário não guarda relação alguma com a figura jurídica
conhecida como “terceirização de serviços”, não havendo que se
cogitar de reconhecimento de relação de emprego entre os
bancos contratantes e os trabalhadores da empresa contratada,
muito menos atribuir responsabilidade da empresa subsidiária
daquele pelas obrigações trabalhistas a cargo da real
empregadora.( Processo 00752.2006.121.05.00-6 RO, ac. n°
011417/2007, redatora Desembargadora Sônia França, 3ª
TURMA, DJ 23/05/2007.)

POR OUTRO LADO, SE O VÍNCULO EMPREGATÍCIO NÃO SE


DEU COM NENHUMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, MAS SIM
COM A EMPRESA QUE PRESTA SERVIÇOS DE
CORRESPONDENTE BANCÁRIO, NÃO SE PODE CONHECER O
ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE COMO BANCÁRIA, NEM
PODE PROSPERAR OS PEDIDOS EMBASADOS EM NORMAS
DESSA CATEGORIA PROFISSIONAL. NESSA MESMA
DIREÇÃO É O ENTENDIMENTO DA 1ª TURMA DE EGRÉGIO
TRIBUNAL.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 7
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 419
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
EMENTA: EMPREGADO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.
INAPLICABILIDADE DA JORNADA DO BANCÁRIO. Se a
relação de emprego não se deu com instituição financeira e as
atividades do correspondente bancário decorrem de ato legal de
caráter administrativo do Banco Central, não se pode atribuir a
reclamante a qualidade de bancário, nem, consequentemente,
aplicar-lhe jornada de trabalho típica dessa categoria.( Processo
00322.2007.035.05.00-0 RO, ac. n° 033747/2008, Relatora
Desembargador MARAMA CARNEIRO, 1ª TURMA, DJ
12/01/2009.)

VALE DESTACAR QUE, DE ACORDO COM AS RESOLUÇÕES


ACIMA, A CONTRATAÇÃO DA EMPRESA PARA A PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO DEPENDE
DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO BANCO CENTRAL (ART. 1°, § 2°
DAS RESOLUÇÕES 002707, 003110).
COMO SE NÃO BASTASSE, AS ATIVIDADES DOS
BANCÁRIOS NÃO SE RESUMEM AQUELAS MENCIONADAS
PELA TESTEMUNHA DA RECLAMANTE ÀS 411/413, JÁ QUE
ESSES PROFISSIONAIS TRABALHAM EM AGÊNCIAS
BANCÁRIAS, DIRETAMENTE COM O PÚBLICO, MANUSEANDO
NUMERÁRIO, FAZENDO APLICAÇÕES, DEPÓSITOS,
ABRINDO CONTAS (CORRENTE E POUPANÇA), RECEBENDO
PAGAMENTO DE TÍTULOS, CONTAS DE ENERGIA, LUZ E
ÁGUA, OPERACIONALIZAM MÁQUINAS DE AUTO
ATENDIMENTO, FAZENDO O TREINAMENTO DE
ATENDIMENTO AO PÚBLICO, INFORMAM SOBRE
OPERAÇÕES FINANCEIRAS, REALIZAM FINANCIAMENTO
DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS, REALIZAM FINANCIAMENTO,
ETC.
DENTRO DESSE CONTEXTO, NÃO CONHEÇO DO
ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE COMO BANCÁRIA E
INDEFIRO OS PEDIDOS CONSTANTES NOS ITENS “03”, “10”,
“11”, “16”, “17”, “18”, “19”.
(RTOrd Nº 01172-2008-030-05-00-9. Lorena Silva Nogueira x
Multipag Prestadora de Serviços Ltda e Outros. 30ª Vara do
Trabalho de Salvador-BA. Publicado em 16/07/09)

Por certo há de se reconhecer que a Recorrente atua no mercado de forma licita


como uma empresa correspondente bancária do Banco do Brasil S/A, eis que
amparada em contrato de prestação de serviços tendo suas atividades limitadas

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àquelas autorizadas pelo Banco Central, sem, contudo transformar a empresa
contratada em instituição financeira, tão menos caracterizar como ilícita tal
terceirização.

Por óbvio, a contratação de correspondentes bancários não confere aos


empregados contratados pelo “correspondente” a equiparação aos bancários.

Há de se observar que é totalmente licita a terceirização realizada entre o


COBAN e o Banco do Brasil S/A, haja vista cumprir na íntegra os termos impostos
pela Resolução do Banco Central (órgão que regulamenta a terceirização havida entre
as partes), não havendo se falar em ilicitude na contratação, ou ainda
equiparação/enquadramento na categoria dos bancários de seus empregados.
Destaca-se que a Recorrente atua na categoria de Correspondente Bancário,
categoria esta que difere daquela dos bancos e seus respectivos empregados, não
podendo falar então em enquadramento de seus empregados como bancários, ou
assegurar-lhes os mesmos direitos e obrigações, ou ainda declarar como ilícita tal
atividade.

Por certo, a Recorrente ao exercer atividade que se desdobra em serviços, segue


na integra todas as exigências constante nas Resoluções do Banco Central que
regulamenta tal atividade ( rege o regime de trabalho da categoria dos COBANsnão
havendo se falar em ilicitude na atuação.

Cumpre destacar que nos termos do artigo 170 da Constituição da República,


optou-se pelo regime da livre iniciativa e da concorrência. Não obstante, a fim de
“promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da
coletividade”, delimitou, no artigo 192 da Constituição da República, as diretrizes a
serem observadas pelo sistema financeiro nacional, ”em todas as partes que o
compõem, abrangendo as cooperativas de crédito”, determinando sua
regulamentação “por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a
participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram”.

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a

promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos

interesses da coletividade, em todas partes que o compõem,

abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis

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complementares, que disporão, inclusive, sobre a participação do

capital estrangeiro nas instituições que o integram”.

Observa-se ainda que, desde a promulgação CF, contudo, ainda não foram
aprovadas as leis complementares a que alude à norma constitucional supra. Em
consequência e também ante a recepção pela Constituição da República,
permanecem em vigor as disposições constantes na Lei nº 4.595, de 31 de dezembro
de 1964, que dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e
creditícias. Extrai-se do artigo 1º da Lei em comento que, verbis:

“Art. 1º. O Sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado

pela presente Lei, será constituído:

I – do Conselho Monetário Nacional;

II – do Banco Central do Brasil;

III – do Banco do Brasil;

IV – do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;

V – das demais instituições financeiras públicas e privadas.”

Em seu artigo 4º, referida lei disciplina as competências do Conselho


Monetário Nacional, merecendo destaque os seguintes incisos:

“VI - disciplinar o crédito em todas as suas

modalidades e as operações creditícias em

todas as suas formas, inclusive aceites, avais e

prestações de quaisquer garantias por parte das instituições

financeiras”;

“VIII - regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos

que exercerem atividades

subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação

das penalidades previstas”; e

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“XXII - estatuir normas para as operações das instituições

financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu

funcionamento aos objetivos desta Lei”.

Veja que o artigo 9º, determina que cabe ao Banco Central “cumprir e fazer
cumprir as disposições que lhes são atribuídas pela legislação em vigor e as normas
expedidas pelo Conselho Monetário Nacional”, além de, em seu artigo 10, atribuir-lhe
as seguintes competências privativas, dentre outras: “exercer a fiscalização das
instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas” (inciso IX) e “conceder
autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: a) funcionar no País; b)
instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser
transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de
câmbio, crédito real e venda habitual, de títulos da dívida pública federal, estadual
ou municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou
mobiliários; e) ter prorrogado os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar
seus estatutos. g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle
acionário.“ (inciso X)

A fim de cumprir com exatidão as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei
nº 4.595/64, o Banco Central, autarquia federal integrante da Administração Pública
dotada de competência exclusiva para emissão da moeda e de comando integral
sobre todo o sistema financeiro, edita Resoluções, por meio das quais explicita e
difunde “os objetivos das normas julgadas mais relevantes para o mercado financeiro
e a sociedade em geral”, conforme se extrai do sítio do Bacen na internet.

Atualmente, o sistema financeiro nacional atua dentro dos limites delineados


pelo artigos 17 e 18 da Lei nº 4.595/64, que assim dispõem:

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da

legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que

tenham como atividade principal ou acessória a coleta,

intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de

terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor

de propriedade de terceiros.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da

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legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as

pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas

neste artigo, de forma permanente ou eventual.”

“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no

País mediante prévia autorização do Banco Central da República do

Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das

sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas

econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito

das cooperativas que a tenham, também se subordinam às

disposições e disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de

valores, companhias de seguros e de capitalização, as sociedades

que efetuam distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou

dinheiro, mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por

qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por

conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com a compra

e venda de ações e outros quaisquer títulos, realizando nos

mercados financeiros e de capitais operações ou serviços de

natureza dos executados pela instituições financeiras.”

Semelhante conceito extrai-se da Lei 7.492/86, que, ao definir os crimes contra


o sistema financeiro nacional, direciona a aplicação de seus preceitos às instituições
financeiras, refere-se a elas da seguinte forma:

“Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a

pessoa jurídica de direito público ou privado, que tenha como

atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a

captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros

(Vetado) de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a

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custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou

administração de valores mobiliários.

Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira:

I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio,

consórcio, capitalização ou qualquer tipo de poupança, ou recursos

de terceiros;

II - a pessoa natural que exerça quaisquer das

atividades referidas neste artigo, ainda que de

forma eventual.”

Todavia, por força de Resolução editada pelo Banco Central com o objetivo de
otimizar os resultados do sistema financeiro em face da norma disposta no artigo 192
da Constituição da República, atualmente é facultada a terceirização de algumas
atividades pelas instituições financeiras, por meio da contração de empresas
integrantes ou não do sistema. Criou-se, então, a figura do “correspondente”.

A matéria encontra-se regulada na Resolução nº 3.110, de 31 de julho de 2003


(com as alterações feitas pela Resolução nº 3.156, de 17 de dezembro de 2003) e que
assim dispõe:

“Art. 1º - Alterar e consolidar, nos termos desta resolução, as

normas que dispõem sobre a contratação, por parte de instituições

financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo

Banco Central, de empresas, integrantes ou não do Sistema

Financeiro Nacional, para o desempenho das funções de

correspondente no País, com vistas à prestação dos seguintes

serviços:

I- recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas

de depósito à vista, a prazo e de poupança;

II- recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à

vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em

fundos de investimento;

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Fls.: 425
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
III- recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes

de convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante

na forma da regulamentação em vigor;

IV- execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do

contratante;

V- recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de

financiamentos;

VI- análise de crédito e cadastro;

VII- execução de serviços de cobrança;

VIII- recepção e encaminhamento de propostas de emissão de

cartões de crédito;

IX- outros serviços de controle, inclusive processamento de dados,

das operações pactuadas;

X- outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

§ 1º - A faculdade de que trata este artigo somente pode ser

exercida no que se refere a serviços relacionados às atividades

desenvolvidas pelas instituições referidas no caput, permitidas nos

termos da legislação e regulamentação em vigor.

§ 2º - A contratação da empresa para a prestação de serviços

referidos no caput, incisos I e II, depende de prévia autorização

do Banco Central do Brasil, devendo, nos demais casos, ser objeto

de comunicação àquela Autarquia.

§ 3º - As funções de correspondente podem ser desempenhadas

por serviços notariais e de

registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

Art. 2º - É vedada as instituições referidas no art. 1º a

contratação, para a prestação dos serviços mencionados nos incisos

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Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
I e II daquele artigo, de empresa cuja atividade principal ou única

seja a prestação de serviços de correspondente.

Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo aplica-se à

hipótese de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou

parcialmente.

Art. 3º- Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil

a contratação, por parte das instituições referidas no art. 1º, para

a prestação de qualquer dos serviços mencionados naquele artigo,

de empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional que

utilizem o termo “banco” em sua denominação social ou no

respectivo nome fantasia.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de

substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.

(...)

Art. 5º - As empresas contratadas para a prestação de serviços de

correspondente nos termos desta resolução estão sujeitas às

penalidades previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso

venham a praticar por sua própria conta e ordem, operações

privativas das instituições referidas no art. 1º.”

Salienta-se ainda que, a contratação de instituições financeiras e demais


instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central (ou seja, Bancos Múltiplos;
Bancos Comerciais; Bancos de investimento; Bancos Cooperativos; Caixas
Econômicas; Banco do Brasil; Cooperativas de Crédito; Sociedades de Crédito,
Financiamento e Investimento - Financeiras, Companhias Hipotecárias; Sociedades
de Crédito Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo, conforme se extrai
do sítio do Banco Central na internet - www.portaldoinvestidor.gov.br) será
invariavelmente de EMPRESA. Oportuno registrar que o § 7º do artigo 44 da Lei
4.595, de 31 de dezembro de 1964, citado no artigo 5º da Resolução 3.110/2003
assim está disposto:

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Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
“§ 7º - Quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que atuem como

instituição financeira, sem estar devidamente autorizados pelo

Banco Central da República do Brasil, ficam sujeitas à multa

referida neste artigo e detenção de 1 a 2 anos, ficando a esta

sujeitos, quando pessoa jurídica, seus diretores e

administradores.”

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas


contratadas em estrita observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003
podem prestar serviços às instituições bancárias, na qualidade de correspondente,
sem que, com isso, sejam consideradas terceirização ilícita. Senão vejamos:

Art. 8.º O contrato de correspondente pode ter por objeto as

seguintes atividades de atendimento, visando ao fornecimento de

produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante

a seus clientes e usuários:

I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de

contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela

instituição contratante;

(...)

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a

operações de crédito e de arrendamento mercantil de concessão

da instituição contratante;

(...)

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da Recorrente,


tem por objeto todas aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de
prestação de serviços de correspondente, visando o fornecimento de produtos e
serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários,
conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem
sobre a contratação de correspondentes no País.

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Assim, ficam evidente Senhores Julgadores que, a atividade desempenhada
pela Recorrida durante seu contrato de trabalho com a Recorrente, não se
confundem com a atividade de instituição financeira que tem como atividade
principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros
próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros.

Por obvio, o fato da Recorrente desempenhar serviços de correspondente, na


prestação dos serviços relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o
Banco do Brasil S/A, não significa que mantenha contrato de trabalho informal com
o banco, pois de fato existe contrato regular e legítimo de prestação de serviços como
correspondente.

Vejamos que, entender em sentido diverso e considerar nula ou inválida a


Resolução do Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria
ao resultado absurdo de se considerar bancários todos os empregados de casas
lotéricas, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos comerciais que
atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de correspondente
de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo). E, como é sabido,
todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no
direito, tampouco na justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o


condão de tornar sua atividade como ilícita, e também não tem o condão de torná-los
instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas
coletivas dos bancários aos empregados dos contratados os quais exercem tal
atividade complementar.

Em recentes julgados assim decidiu o TST:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS

TERCEIRIZADOS LTDA. - ME. CORRESPONDENTE BANCÁRIO .

ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE NA CATEGORIA DOS

BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A reclamada, embora na

condição de correspondente bancária, não exerce as atividades

peculiares das instituições financeiras, mas somente os serviços

bancários básicos de uma agência, razão pela qual os

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empregados que trabalham nessa atividade não são

beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos

trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e provido.

B) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO

SEGUNDO RECLAMADO. Prejudicada a análise do apelo em face

do provimento do recurso de revista da reclamada Potencial

Serviços Terceirizados LTDA. - ME que julgou improcedente a

reclamação trabalhista.

(TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento:

04/09/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma,

DEJT 06/09/2013).

BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA

DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.

EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE

1. A ECT, na condição de correspondente bancário (Banco

Postal), presta, a par de sua atividade preponderante e

monopolista -- os serviços postais --, apenas os serviços

bancários básicos de uma agência, e não as atividades típicas e

privativas de uma instituição financeira.

2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo

empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224 da

CLT. Precedentes.

3. Agravo de instrumento a que se nega provimento.

(TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de Julgamento:

21/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma,

DEJT 06/09/2013).

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 18
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 430
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter
acessório e complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser
delegado à empresa não integrante do sistema financeiro nacional, por si só, não a
caracteriza como ilícita a atividade, bem como não caracteriza como instituição
financeira, tão menos seus empregados devem ser equiparados à categoria de
bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada expressamente pelo órgão
regulamentador competente.

Vejam Senhores Julgadores que, analisando os fatos narrados nos autos, bem
como do conjunto probatório apresentado, resta comprovado que a Recorrente, bem
como a Recorrida no exercício de suas funções, correspondente bancário e agente
operacional, respectivamente, jamais exerceram qualquer atividade, seja ela principal
ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios
ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
propriedade de terceiros a qualquer cliente do Banco do Brasil, motivo pelo qual
mostra contraditória a r. sentença prolatada nos autos, pelo que merece reforma.

Desse modo, a luz da legislação atinente ao caso versado, ao contrário do


entendimento do MM. Juiz de primeiro grau torna-se necessário que seja reconhecido
expressamente que os serviços prestados pela Recorrida estão enquadrados entre os
permitidos aos correspondentes bancários, para os quais foi contratada a empresa
prestadora de serviços, ou seja, entre os expressamente permitidos pela
regulamentação do Banco Central do Brasil, não se confundindo com as atividades-
fim do Banco, tão menos tê-la como terceirização ilícita, e assim, ao final afastar-se a
condenação imposta à Recorrente na r. sentença.

3 – Dos Pedidos

Isto posto, e ainda, com os doutos suplementos que certamente serão


colacionados pelos Doutos Julgadores, requer que seja o presente Recurso Ordinário
conhecido e provido, para o fim de que seja reformada a sentença de primeiro grau,
nos seguintes termos:

1) Seja reformada a sentença de mérito, julgando-se


totalmente improcedente o pedido da Recorrida,
afastando o reconhecimento de terceirização ilícita entre
a empresa Recorrente e o Banco do Brasil S/A, bem como
seja afastado o reconhecimento de deve a

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 19
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 431
Saura Advocacia Saura Advocacia
Everson Souza Saura Silva Ana Paula Souza Saura Silva
Antonio Saura Silva Laurinda Nunes da Silva
Recorrida/Reclamante receber todos os direitos como se
bancaria fosse, e ainda, seja afastada a condenação da
empresa Recorrente a pagar à Recorrida as diferenças
salariais provenientes dos direitos pelo BB aos seus
escriturários básicos, além do pagamento do auxilio
refeição, auxilio cesta alimentação, e ao pagamento de
duas horas extras diárias.

2) Seja reformada a sentença, a fim de declarar a Recorrida


como litigante de má-fé, condenando-a ao pagamento dos
valores descritos no art. 18, do CPC;

3) Seja condenada a Recorrida à arcar com a totalidade do


pagamento das custas, bem como sua à condenação ao
pagamento dos honorários advocatícios, a serem fixados por esse
E. Tribunal.

Termos em que,
Pede Deferimento.
Maringá (PR), 02 de Maio de 2014.

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

Av. Duque de Caxias, nº 882, Sala 906 – Ed. New Tower Plaza - Fone/Fax (44) 3032-9550 20
CEP 87020-025 - Maringá (PR) – advocacia@saura.com.br

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 02/05/2014 16:36:43 - 1389204


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14050216364327200000001381343
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1389204 - Pág. 20
Número do documento: 14050216364327200000001381343
Fls.: 432

1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900

0000855-55.2013.5.12.0004

AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)

RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO

RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY, BANCO DO BRASIL SA

DESPACHO

Atendidos os pressupostos de admissibilidade, recebo o recurso das primeira


reclamada de IDs 1389183, 1389184, 1389194 e 1389204 .

À parte contrária para, querendo, responder no prazo legal.

Oportunamente, com ou sem resposta, subam os autos ao E. TRT.

Registre-se o recebimento junto ao sistema PJe.

Joinville, 27/05/2014.

Assinado eletronicamente pelo Juiz(íza) do Trabalho

Assinado eletronicamente por: SERGIO MASSARONI - 29/05/2014 13:37:04 - 1514708


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14052716373095600000001506536
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1514708 - Pág. 1
Número do documento: 14052716373095600000001506536
Fls.: 433

1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900


-

INTIMAÇÃO - Processo PJe-JT

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

Destinatário:
LUANA ROBERTA RABELLO

BANCO DO BRASIL SA
Rua José Cocconi, 131, Bacacheri, CURITIBA - PR - CEP: 82600-530; DAVID CARNEIRO, 270, TERREO, SAO
FRANCISCO, CURITIBA - PR - CEP: 80530-070

Fica V. Sa. intimado do despacho abaixo:

"Atendidos os pressupostos de admissibilidade, recebo o recurso das primeira


reclamada de IDs 1389183, 1389184, 1389194 e 1389204 .

À parte contrária para, querendo, responder no prazo legal.

Oportunamente, com ou sem resposta, subam os autos ao E. TRT".

Em 12 de junho de 2014.

Assinado eletronicamente por: REJANE MENDONCA DE BRITTO DANTAS - 12/06/2014 22:23:20 - 1605318
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14061222232028800000001597031
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1605318 - Pág. 1
Número do documento: 14061222232028800000001597031
Fls.: 434

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO TRABALHO DE


JARAGUÁ DO SUL – SANTA CATARINA.

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004

Reclamante: Luana Roberta Rabelo

Reclamadas: Saura Consultoria Eireli EPP, e Outro

LUANA ROBERTA RABELO, por seu procurador e advogado infra-assinado vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, a fim de apresentar suas CONTRARRAZÕES em RECURSO
ORDINÁRIO interposto pela primeira ré, as quais espera sejam recebidas e acolhidas in totum pelo e.
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Joinville, 18 de junho de 2014.

Luciano Brittes

OAB/SC nº 17.712

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14061815554535200000001621425
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 1
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 435

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

CONTRARRAZÕES EM RECURSO ORDINÁRIO

Autos de Origem: RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004

Recorrentes: Saura Consultoria Eireli EPP.

Recorrida: Luana Roberta Rabelo

A recorrida busca perante esta Especializada, o reconhecimento de sua condição de bancária com pedido
de pagamento de todas as garantias correlatas a esta condição.

Em irretocável sentença o douto Julgador assim decidiu:

“2. NATUREZA DO TRABALHO DA AUTORA

A defesa nega atividades típicas de bancária da autora, afirmando a 1ª reclamada que a legislação do corre
spondente bancário legitimou as atividades da empresa e da própria autora, inexistindo inclusive
possibilidade legal para conferir à demandante os direitos que postula.

Embora longas as razões da defesa, a matéria já é conhecida em inúmeros processos, exigindo apenas
que se verifique a realidade do contrato para a constatação da licitude ou não da terceirização.

Obviamente não possuem força probatória documentos que vinculam a trabalhadora à empregadora,
assim como é obviamente esta última quem assalaria, dirige indiretamente a prestação do trabalho, emite
documentos etc., fatos que são comuns a tais situações e que não merecem destaque a favor de uma ou
outra tese.

Apenas uma testemunha foi ouvida no processo, trazida pela reclamante.

Essa testemunha declarou, entre outros fatos, que:

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 2
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 436

A função de ambas era de captar clientes e vender produtos do 2º demandado : empréstimos, abertura
de contas,seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os procedimentos
que eram realizados pela depoente e pela autora implicavam o cadastro do cliente, conferência e
recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e encaminhamento para
que o fechamento das operações fosse realizado pela agência do 2º demandado. Recebiam um salário
básico e mais comissões pelas referidas operações. Existiam metas estabelecidas, sendo que a depoente
alcançava as metas, porém não todos os meses, embora houvesse pagamento de comissões sobre o
serviço executado...Trabalhava das 08 às 17:30 / 18 horas, almoçando na agência rapidamente
(levavam lanche), de 15 a 20 minutos. A determinação era para cumprirem o referido horário, sendo
fiscalizado pelo gerente da agência : o fato supra foi informado pelo gerente da 1ª demandada, ou seja,
de que o horário deveria ser cumprido, caso contrário poderiam ser penalizadas pelo gerente da
agência, que seria a pessoa encarregada de fiscalizar o cumprimento dos horários. A depoente não
utilizava o sistema do 2º demandado, mas a autora sim : era necessário permanentemente consultar os
dados do sistema BB, sendo que a depoente pedia informações constantemente a respeito dos clientes,
porém a autora conseguiu obter autorização para entrar no sistema diretamente para fazer as consultas.
Utilizava crachá da 1ª demandada com a logomarca do 2º demandado. Era raro algum cliente
perguntar, mas quando ocorria a depoente se identificava como vinculada à 1ª demandada e prestando
serviços para o 2º demandado. A 1ª demandada é quem estabelecia as metas, assim como também era
responsável pelas premiações. Segundo o gerente da 1ª demandada, caso não cumpridas as metas por
dois ou três meses consecutivos seriam trocadas do local de trabalho ou até desligadas da empresa.
Acredita que a autora acessava o sistema BB utilizando a matrícula de algum funcionário do BB. O
crachá era fornecido pela 1ª demandada. Todos os atos de contratação foram realizados e organizados
pela 1ª demandada. Nada mais disse.

No entender deste Juízo, a leitura do depoimento acima deixa claro que o BB ao invés de contratar
funcionários por concurso, onerando-se com todos os direitos bancários e encargos
correspondentes, optou pelo ardiloso artifício de contratar empresas terceirizadas para obter
mediante o ajuste de prestação de serviços mão de obra barata.

Porque as atividades desenvolvidas pela autora deveriam ser executadas por um bancário escriturário
básico e não por terceiros, já que se trata de trabalho relacionado com a atividade-fim do Banco e em
suas próprias instalações.

Dessa maneira, embora não se possa conferir à autora um vínculo diretamente com o BB pela falta do
concurso público (o que a reclamante também admite na inicial), deve a reclamante receber todos os
direitos como se bancária fosse, nos termos, aliás, da OJ citada de início.

Aplico ao caso, de outro norte, a Súmula 331 do C. TST (IV), rejeitando a arguição de sua
inconstitucionalidade, já que coerente com os princípios que resultaram na redação do artigo 455 da CLT
e outros, bem como com a responsabilidade derivada da culpa in vigilando. Ambas as empresas
fraudando a lei e beneficiando-se do trabalho, devem ser responsabilizadas, cada qual na sua medida.

Defiro as diferenças salariais provenientes dos direitos conferidos pelo BB aos seus escriturários básicos
(conforme previsto no Regulamento de Pessoal e praticado na realidade dos contratos), com as correções
previstas nos instrumentos coletivos e reflexos nos consectários legais, além do pagamento do auxílio
refeição e do auxílio cesta alimentação, conforme pedido.

À evidência, tem a autora, outrossim, direito à jornada de 6 horas, de modo que, nos termos do pedido,
tem direito ao recebimento de 2h extras diárias, de segunda a sexta-feira, com o adicional de 180 e os
reflexos pleiteados (item 4, parte final e itens 5, 6 e 9 da inicial - além da incidência da multa do FGTS
postulada no item 7).

Por fim: em razão da declaração de pobreza agregada à inicial, concedo à autora os benefícios da justiça
gratuita, nos termos do § 3º do artigo 790 da CLT.

CONCLUSÃO

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 3
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 437

Diante do exposto e do que mais consta dos presentes autos em que LUANA ROBERTA RABELLO
demanda contra SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP e BANCO DO BRASIL S.A., ACOLHO
PARCIALMENTE O PEDIDO e declaro ilícita a terceirização havida,para condenar a 1ª reclamada e
subsidiariamente o 2º demandado a pagarem à autora, nos termos da fundamentação, as seguintes verbas,
como se bancária fosse:

1. Diferenças salariais resultantes dos instrumentos coletivos e da remuneração aplicável aos


escriturários básicos, com reflexos em todos os consectários legais;

2. Auxílio refeição e Auxílio cesta alimentação, igualmente conforme previsão normativa;

3. Pagamento de 2 horas extras por dia, de segunda a sexta-feira, com adicional de 50% e reflexos
deferidos.

Liquidação por cálculos. Eventuais incidências previdenciárias calculadas segundo os parâmetros da


Súmula nº 368 do c. TST e fiscais na forma do artigo 12-A da Lei 7.713/88 e Instrução Normativa RFB
1.127/11, não incidentes sobre os juros de mora. Custas pelos reclamados, de R$ 240,00, calculadas
sobre o valor atribuído à condenação, de R$ 12.000,00. Oficie-se ao MPT, ao MTE e à RFB/INSS.
Intimem-se. Joinville, 7 de março de 2014.

César Nadal Souza

Juiz Titular”

Assim, insurgem-se o recorrente contra a r. decisão que declarou ilícita a terceirização havida, e
condenou os réus, a pagarem à recorrida, nos termos da fundamentação, ao pagamento das diferenças
salariais resultantes dos instrumentos coletivos e da remuneração aplicável aos escriturários básicos, com
reflexos em todos os consectários legais, ao pagamento do Auxílio refeição e Auxílio cesta alimentação,
igualmente conforme previsão normativa, assim como, de 2 horas extras por dia, de segunda a sexta-
feira, com adicional de 50% e reflexos deferidos.

1. Fundamentos para a Manutenção da Decisão

– Razões de Recurso .

A recorrente sem qualquer argumento capaz de sustentar sua tese tenta justificar o injustificável,
afirmando que:

“... a Recorrida desenvolveu atividades tão somente de agente operacional, prestando auxilio e vendendo
produtos a clientes do Banco do Brasil S/A, angariando clientes para a concessão de crédito e abertura de
contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com atividades-fim do Banco, pois a atividade-fim do
banco tem como atribuição a gestão de recursos dos clientes das instituições bancárias e financeiras, o
que não era atividade realizada pela Recorrida.”.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 4
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 438

O d. Juízo a quo, em sua irretocável sentença, destacou que:

“No entender deste Juízo, a leitura do depoimento acima deixa claro que o BB ao invés de
contratar funcionários por concurso, onerando-se com todos os direitos bancários e encargos
correspondentes, optou pelo ardiloso artifício de contratar empresas terceirizadas para obter
mediante o ajuste de prestação de serviços mão de obra barata.

Porque as atividades desenvolvidas pela autora deveriam ser executadas por um bancário escriturário
básico e não por terceiros, já que se trata de trabalho relacionado com a atividade-fim do Banco e em
suas próprias instalações.

Dessa maneira, embora não se possa conferir à autora um vínculo diretamente com o BB pela falta do
concurso público (o que a reclamante também admite na inicial), deve a reclamante receber todos os
direitos como se bancária fosse, nos termos, aliás, da OJ citada de início.

Aplico ao caso, de outro norte, a Súmula 331 do C. TST (IV), rejeitando a arguição de sua
inconstitucionalidade, já que coerente com os princípios que resultaram na redação do artigo 455 da CLT
e outros, bem como com a responsabilidade derivada da culpa in vigilando. Ambas as empresas
fraudando a lei e beneficiando-se do trabalho, devem ser responsabilizadas, cada qual na sua medida.”

Ora, Nobres Julgadores, resta evidente que a realização de atividades de abertura de conta corrente,
contratação de empréstimos consignados via INSS ou com convênios com as empresas disponíveis no
sistema com o maior foco no consignado, assim como, a venda de outros produtos do banco segundo réu,
como o financiamentos de veículos próprios através do consórcio, financiamentos de casa própria,
compra de divida de outras instituições financeiras, venda de seguros residências, e títulos de
capitalizações (Ourocap), assim como, seguro de vida, dentro das instalações do próprio banco,
configuram a realização de atividade-fim do mesmo.

A verdade é que, conforme narrado na inicial, e registrado no depoimento da testemunha da reclamante,


na execução de seus trabalhos, para a segunda recorrente, ficou registradoque:

“...Essa testemunha declarou, entre outros fatos, que:

A função de ambas era de captar clientes e vender produtos do 2º demandado : empréstimos, abertura
de contas,seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os procedimentos
que eram realizados pela depoente e pela autora implicavam o cadastro do cliente, conferência e
recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e encaminhamento para
que o fechamento das operações fosse realizado pela agência do 2º demandado. Recebiam um salário
básico e mais comissões pelas referidas operações. Existiam metas estabelecidas, sendo que a depoente
alcançava as metas, porém não todos os meses, embora houvesse pagamento de comissões sobre o
serviço executado...Trabalhava das 08 às 17:30 / 18 horas, almoçando na agência rapidamente

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 5
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 439

(levavam lanche), de 15 a 20 minutos. A determinação era para cumprirem o referido horário, sendo
fiscalizado pelo gerente da agência : o fato supra foi informado pelo gerente da 1ª demandada, ou seja,
de que o horário deveria ser cumprido, caso contrário poderiam ser penalizadas pelo gerente da
agência, que seria a pessoa encarregada de fiscalizar o cumprimento dos horários. A depoente não
utilizava o sistema do 2º demandado, mas a autora sim : era necessário permanentemente consultar os
dados do sistema BB, sendo que a depoente pedia informações constantemente a respeito dos clientes,
porém a autora conseguiu obter autorização para entrar no sistema diretamente para fazer as consultas.
Utilizava crachá da 1ª demandada com a logomarca do 2º demandado. Era raro algum cliente
perguntar, mas quando ocorria a depoente se identificava como vinculada à 1ª demandada e prestando
serviços para o 2º demandado. A 1ª demandada é quem estabelecia as metas, assim como também era
responsável pelas premiações. Segundo o gerente da 1ª demandada, caso não cumpridas as metas por
dois ou três meses consecutivos seriam trocadas do local de trabalho ou até desligadas da empresa.
Acredita que a autora acessava o sistema BB utilizando a matrícula de algum funcionário do BB. O
crachá era fornecido pela 1ª demandada. Todos os atos de contratação foram realizados e organizados
pela 1ª demandada. Nada mais disse.”.

Relevante destacar que diante dos fatos e da provas produzidas, tudo conspira para a manutenção da
sentença a quo, salientando que d. Juízo reconheceu que a autora ora recorrida executava serviços
voltados a atividades-fim do banco, donde reconheceu a condição de bancária da autora e a solidariedade
entre os recorrentes.

Repisamos que situações idênticas, envolvendo Bancos e empresas terceirizadas, e a mesma causa de
pedir, têm gerado entendimento na jurisprudência no sentido de equiparar o empregado de empresa
intitulada de correspondente bancário ou financeira com o empregado de instituição bancária, tendo em
vista a realização de atividade-fim do próprio banco.

O v. Acórdão da 6ª C RO 07093-2008-004-12-00-9, relatado pelo Ilustre Desembargador Dr. JOSÉ


ERNESTO MANZI, em 16 de agosto de 2010 aborda a atividade de abertura de conta corrente, como
atividade específica de bancário. Senão vejamos:

“MÉRITO

1. ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS BANCÁRIOS

O Unibanco postula a reforma da sentença que reconheceu vínculo de emprego com a autora, haja vista
que o Provar Negócios de Varejo Ltda. era seu correspondente bancário, o qual prestava serviços através
de um contrato de natureza civil, nos termos da Resolução nº 3.110 do Banco Central, não tendo, assim,
nada relacionado com as atividades prestadas pelos bancários.

Não lhe assiste razão.

A autora afirmou na peça inicial à fl. 03 que atende clientes, digita propostas para cartão de crédito e
empréstimos, autorização para compras, saques em dinheiro, emissão de carnês de financiamentos,

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14061815554535200000001621425
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 6
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 440

faturas de cartão, ativação de clientes, telemarketing, através do sistema Hipercard, com contratos em
nome do Unibanco.

Disse, ainda, que o cartão BIG passou a ser administrado pelo Hipercard Banco Múltiplo, uma empresa
do conglomerado Unibanco, quando passou a desempenhar as funções de cadastramento de clientes para
cartão Hipercard, emissão de cartões, ativação, aumento de limite, inclusão de dependentes e seguros
contra perda e roubo, bem como a partir de novembro de 2007, quando foi promovida a operadora de
vendas, passou a vender empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS, cartões Fininvest
Especial para saques, empréstimos consignados Wal Mart, emissão de faturas e cadastramento de clientes
até 07-11-2008, quando novamente for remanejada para agente de vendas, fazendo inclusive
abordagem e venda de conta corrente do Unibanco.

A primeira testemunha da autora disse às fls. 441-442 que “[...] a autora trabalhava no início no mesmo
local, porém com uniforme da Fininvest, em mesa próxima à da depoente e depois de algum tempo
passaram a executar os mesmos serviços. A depoente abria contacorrente para o 2º demandado,
recebendo os clientes cujo cadastro havia sido previamente aprovado e formalizado todo o procedimento
de abertura de conta, entregando para o cliente um cartão provisório, pelo qual o cliente por um prazo de
pelo menos 15 dias poderia fazer depósitos em sua conta-corrente. O cartão definitivo o cliente recebia
em casa, via correio e encaminhado pelo 2º demandado. A depoente tinha metas de aberturas de
contas a cumprir, havendo cobrança pelo seu supervisor e por gerentes do UNIBANCO [...]”. (sem
grifo no original)

Já a segunda testemunha da obreira disse à fl. 442 que “[...] sempre pagou contas (luz, telefone etc.) com
o cartão HIPERCARD e onde a autora trabalhava. O depoente entregava o cartão e as contas para a
autora, que fazia o procedimento no computador,

auxiliando o depoente[...]”.

[...];

Ora, diante desses fatos, não restam sombras de dúvidas de que a autora, a bem da verdade, executava
serviços essenciais da atividade-fim do segundo demandado, Unibanco, além de outros voltados para o
lucro do Unibanco, “embora não caracterizadores por si só do trabalho típico bancário”, conforme bem
caminhou a decisão primeira, o que se conclui que a obreira, ao contrário do que afirma a recorrente,
excedeu os limites da Resolução nº 3.110 do Banco Central do Brasil, referente as atividades de
correspondente bancário, estando, assim, caracterizado o serviço bancário disfarçado, com o intuito de
fraudar a legislação trabalhista, o que implica na responsabilidade solidária entre as rés.

[...];

Por isso, nego provimento ao recurso, no particular.”.

Neste sentido é a jurisprudência do C. Tribunal Superior do Trabalho:

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. ENTE DA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA. Diante da contratação da autora, mediante terceirização, para desempenhar atividades típicas
de bancário em favor da instituição financeira constituída sob a forma de empresa pública e, portanto,
integrante da administração pública indireta, impõe-se o deferimento dos direitos inerentes à categoria
dos bancários e percebidos pelos empregados da tomadora de serviços, por aplicação do princípio da
isonomia, preceituado no artigo 5º, caput, da Constituição Federal. Neste sentido é o entendimento

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14061815554535200000001621425
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 7
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 441

consolidado pela OJ nº 383, da SDI-I, do c. TST. (TRT 3ª R.; RO 0001022-61.2013.5.03.0024; Rel.


Juiz Conv. Oswaldo Tadeu B. Guedes; DJEMG 16/06/2014; Pág. 89).

Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ISONOMIA SALARIAL. DIFERENÇAS SALARIAIS. Reconhecido


o exercício de atividades típicas de bancário, o pedido de diferenças salariais decorrentes tem lastro não
só na igualdade de tratamento assegurada aos iguais, também prevista na Constituição Federal, mas em
inúmeros diplomas legislativos infraconstitucionais que albergam este princípio, distinguindo-se entre
eles, pela similitude de temas, a Lei nº 6.019/74, que apesar de regular a contratação de mão de obra
temporária e editada em sombria época política, assegura ao trabalhador temporário remuneração
equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria da empresa tomadora ou cliente. Se assim
foi assegurado pela tradição legislativa ao trabalhador temporário, pelos mesmos fundamentos, os
trabalhadores arregimentados em caráter permanente, através da denominada terceirização, não ficam
alijados da garantia ao tratamento remuneratório equitativo. Recurso da reclamada a que se nega
provimento. (TRT 4ª R.; RO 0000064-21.2010.5.04.0261; Primeira Turma; Relª Desª Iris Lima de
Moraes; DEJTRS 09/06/2014; Pág. 39)

Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.

O C. Tribunal superior do Trabalho espelha o mesmo entendimento:

RECURSOS DE REVISTA DAS RECLAMADAS. MATÉRIAS EM COMUM. ANÁLISE EM


CONJUNTO. 1) PRELIMINAR DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
2) TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ATENDIMENTO A CLIENTES E OFERECIMENTO DE
PRODUTOS. SUBORDINAÇÃO ESTRUTURAL. FORMAÇÃO DE VÍNCULO
EMPREGATÍCIO DIRETO COM O TOMADOR DE SERVIÇOS. ENQUADRAMENTO
COMO BANCÁRIO. 2) ENQUADRAMENTO SINDICAL. APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS
NORMATIVOS. DIFERENÇAS SALARIAIS E BENEFÍCIOS. 3) JORNADA DE TRABALHO
DE BANCÁRIO. HORAS EXTRAS. 4) CONTRATO TEMPORÁRIO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 297/TST. 5) INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO DA
PARCELA PRÊMIO. PRESTAÇÃO HABITUAL. SÚMULA Nº 126/TST. As situações-tipo de
terceirização lícita estão, hoje, claramente assentadas pelo texto da Súmula nº 331/tst. Constituem quatro
grupos de situações sócio jurídicas delimitadas: a) situações empresariais que autorizem contratação de
trabalho temporário; b) atividades de vigilância regidas pela Lei nº 7.102/83; c) atividades de
conservação e limpeza; d) serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que, nas
três últimas situações-tipo, inexista pessoalidade e subordinação direta entre trabalhador terceirizado e
tomador de serviços. Destaca-se, ademais, que a subordinação jurídica, elemento cardeal da relação de
emprego, pode se manifestar em qualquer das seguintes dimensões: a tradicional, de natureza subjetiva,
por meio da intensidade de ordens do tomador de serviços sobre a pessoa física que os presta; a objetiva,
pela correspondência dos serviços deste aos objetivos perseguidos pelo tomador (harmonização do
trabalho do obreiro aos fins do empreendimento); a estrutural, mediante a integração do trabalhador à
dinâmica organizativa e operacional do tomador de serviços, incorporando e se submetendo à sua cultura
corporativa dominante. A hipótese dos autos, contudo, não se amolda às quatro situações-tipo de
terceirização lícita assentadas pela Súmula nº 331/tst, pois a análise da prova evidencia que a reclamante
estava inserida no processo produtivo do reclamado banco bmg s. A., na prestação dos serviços,
dedicados essencialmente à atividade econômica do banco. Portanto, configurada a ilicitude do contrato
de fornecimento de mão de obra, determina a ordem jurídica que se considere desfeito o vínculo laboral

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 8
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 442

com o empregador aparente (entidade terceirizante), formando-se o vínculo justrabalhista do obreiro


diretamente com o tomador de serviços (empregador oculto ou dissimulado). Portanto, há de ser mantido
o acórdão recorrido, tendo em vista que, de seu detido cotejo com as razões de recurso, conclui-se não
haver a demonstração de jurisprudência dissonante específica sobre os temas, de interpretação divergente
de normas regulamentares ou de violação direta de dispositivo de Lei federal ou da Constituição da
República, nos moldes das alíneas a, b e c do art. 896 da CLT. Recursos de revista não conhecidos,
quanto a esses temas. B) recurso de revista da reclamada bmg s. A. Matéria remanescente.
Anotação da CTPS. Multa diária. Astreintes. Ausência de condenação. Verificase que, na presente
hipótese, houve a determinação de anotação da CTPS pela empresa tomadora de serviços, mas não houve
cominação de multa diária pela mora na obrigação de fazer. Dessa maneira, não há sucumbência recursal
quanto a esse aspecto. Recurso de revista não conhecido, no aspecto. C) recurso de revista adesivo do
reclamante. Ante o não conhecimento dos recursos principais, considera-se prejudicada a análise do
recurso de revista adesivo interposto pelo reclamante. Recurso de revista cuja análise fica prejudicada. (T
ST; RR 0087300-25.2009.5.03.0018; Terceira Turma; Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado; DEJT
06/06/2014; Pág. 963)

Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.

Portanto, comprovado que a recorrida exerceu atividades tipicamente de bancária e, como tal, voltadas
para atividade-fim do banco recorrente, inegável a propriedade da sentença que reconheceu esta condição
e determinou a aplicação Dos direitos inerentes a um funcionário concursado do Banco réu.

Desta forma, quanto aos pontos hostilizados pelos recorrentes, correta a decisão monocrática a qual deve
ser mantida por esta egrégia Turma.

2. Finalmente

Diante dos fatos e fundamentos expendidos, vislumbra-se que não merece provimento o recurso
interposto pelo primeiro réu, devendo ser mantida a sentença prolatada.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Joinville, 18 de junho de 2014.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14061815554535200000001621425
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 9
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 443

Luciano Brittes

OAB/SC nº 17.712

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 18/06/2014 15:55:45 - 1629745


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14061815554535200000001621425
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1629745 - Pág. 10
Número do documento: 14061815554535200000001621425
Fls.: 444

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO


1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
Rua do Príncipe, 31, Centro, JOINVILLE - SC - CEP: 89201-900

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
Autor: LUANA ROBERTA RABELLO
Réu: SAURA SILVA E RICOLDY e outros

CERTIDÃO

Certifico que em 07/03/2014 as partes foram intimadas da sentença, tendo a autora tomado conhecimento em 11/03/2014 e
ajuizado ED em 14/03/2014. Da sentença dos Embargos Declaratórios as partes foram intimadas em 14/04/2014, sendo que o
prazo para as partes ajuizar RO passou a ser conforme sistema, para o autor em 29/04/2014, para a 1ª reclamada e 2ª reclamada
em 02/05/2014.

A 1ª reclamada ajuizou RO em 02/05/2014 e as partes foram intimadas para ContraRazões em 12/06/2014, sendo que pelo
sistema o prazo do autor para responder seria 27/06/2014 e para o 2º reclamado em 01/07/2014.

A autora apresentou ContraRazões em 18/06/2014. Não houve mais nenhum incidente pelas partes.

Em 16 de julho de 2014.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO MARQUES BONFIM - 16/07/2014 18:02:29 - 6e62487


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14071618022952100000001763777
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 6e62487 - Pág. 1
Número do documento: 14071618022952100000001763777
Fls.: 445

EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE –


SANTA CATARINA.

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

Saura Consultoria Eireli EPP, devidamente qualificada, nos autos de Reclamatória


Trabalhista, que lhe move Luana Roberta Rabelo, vem mui respeitosamente a presente de Vossa
Excelência, requerer a habilitação nos autos, conforme documento anexo.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 15 de Agosto de 2014.

Antonio Saura Silva Everson Souza Saura Silva

OAB/PR 40.962 OAB/PR 31.347

Assinado eletronicamente por: ANTONIO SAURA SILVA - 16/08/2014 09:25:47 - ea754f7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14081609254704300000001928322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. ea754f7 - Pág. 1
Número do documento: 14081609254704300000001928322
Fls.: 446

Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 48.773

Assinado eletronicamente por: ANTONIO SAURA SILVA - 16/08/2014 09:25:47 - ea754f7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14081609254704300000001928322
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. ea754f7 - Pág. 2
Número do documento: 14081609254704300000001928322
Fls.: 447

Assinado eletronicamente por: ANTONIO SAURA SILVA - 16/08/2014 09:25:47 - 3565a01


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14081609254746000000001928323
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3565a01 - Pág. 1
Número do documento: 14081609254746000000001928323
Fls.: 448

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

PROCESSO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
RECORRENTE: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
RECORRIDO: BANCO DO BRASIL SA, LUANA ROBERTA RABELLO
RELATOR: JUIZ CONVOCADO NIVALDO STANKIEWICZ

CORRESPONDENTE BANCÁRIO. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.


Reveste-se de terceirização ilícita, atraindo ao empregado os direitos
inerentes à condição de bancário, a prestação de serviços a instituição
bancária por meio de empresa interposta (correspondente bancário),
quando evidenciado que as atividades desempenhadas visavam ao
atendimento dos objetivos do Banco e estavam diretamente ligados à sua
atividade-fim.

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ORDINÁRIO


, provenientes da 1ª Vara do Trabalho de Joinville, SC, sendo recorrente SAURA CONSULTORIA
EIRELI EPP e recorridos 1. LUANA ROBERTA RABELLO e 2. BANCO DO BRASIL S.A.

Não resignada com o teor da decisão de primeiro grau (IDs 1131550 e


1317123), na qual foram julgados parcialmente procedentes os pedidos elencados na inicial, a primeira ré
(Saura Consultoria Eireli EPP) interpõe recurso ordinário.

Nas razões do ID 1389183, a primeira ré pede seja afastada a condenação


ao pagamento de verbas inerentes ao reconhecimento da condição de bancária da autora, aventando não
ter havido terceirização ilícita, porquanto esta desenvolveu atividades de agente operacional, prestando
auxílio e vendendo produtos a clientes do segundo réu (Banco do Brasil S.A.), angariando clientes para a
concessão de crédito e a abertura de contas, mister não ligado à atividade-fim do segundo réu, o qual tem
como atribuição a gestão de recursos dos clientes. Argumenta que a atuação de correspondente bancário é
lícita e regulamentada pelo Banco Central do Brasil, em especial pelas Resoluções nºs 002707, 003110 e
003156. Aduz que o correspondente bancário não se encaixa na acepção de instituição financeira de que
cuidam as Leis nºs 4.595/1964 e 7.492/1986. Junta julgados em favor da sua tese. Com a reforma da
sentença, pede seja a autora condenada ao pagamento de multa por litígio de má-fé e de honorários
advocatícios, bem como seja imposto a ela arcar com as custas processuais.

A autora oferece contrarrazões (ID 1629745).

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 5bba33f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14121621491261200000044718192
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5bba33f - Pág. 1
Número do documento: 14121621491261200000044718192
Fls.: 449

É o relatório.

VOTO

Satisfeitos os pressupostos legais de admissibilidade, conheço do recurso


ordinário e das contrarrazões.

MÉRITO

Correspondente bancário

A primeira ré (Saura Consultoria Eireli EPP) insurge-se contra a decisão


de fundo que reconheceu a ilegalidade da terceirização havida em favor do segundo réu (Banco do Brasil
S.A.), enquadrando a autora na categoria dos bancários, com o alcance dos benefícios legais e coletivos
pertinentes.

Em síntese, pede seja afastada a condenação ao pagamento de verbas


inerentes ao reconhecimento da condição de bancária da autora, aventando não ter havido terceirização
ilícita, porquanto esta desenvolveu atividades de agente operacional, prestando auxílio e vendendo
produtos a clientes do segundo réu, angariando clientes para a concessão de crédito e a abertura de
contas, o que, segundo ela , não está ligado à atividade-fim de instituição bancária.

Aduz que a atuação de correspondente bancário é lícita e regulamentada


pelo Banco Central do Brasil, em especial pelas Resoluções nºs 002707, 003110 e 003156.

Sustenta que o correspondente bancário não se encaixa na acepção de


instituição financeira de que cuidam as Leis nºs 4.595/1964 e 7.492/1986.

Razão não lhe socorre.

O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o


seguinte (ID 590160):

1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa SAURA SILVA &
RICOLDI LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no País, com
vistas à execução e ao processamento de transações referentes aos seguintes serviços:

I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista, a


prazo e de poupança;

II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de


poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;

III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de prestação


de serviços mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em vigor;

IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 5bba33f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14121621491261200000044718192
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5bba33f - Pág. 2
Número do documento: 14121621491261200000044718192
Fls.: 450

V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos;

VI) análise de crédito e cadastro;

VII) execução de serviços de cobrança;

VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;

IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações


pactuadas;

X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam


praticamente toda a rotina de um trabalhador bancário, transformando o suposto "correspondente
bancário" em uma tradicional agência de banco.

Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha ouvida,


indicada pela autora, a qual asseriu que as atividades dela e da autora envolviam (ID 1097466, p. 1):

(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado: empréstimos, abertura de contas,


seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora implicavam o cadastro
do cliente, conferência e recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema da
1ª demandada e encaminhamento para que o fechamento das operações fosse realizado
pela agência do 2º demandado.

Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização,


não houve sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.

O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:

Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de correspondente, as sociedades,


os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.

(...)

§ 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento


definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.

A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida


nas serviços elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as partes (vide transcrição
supra).

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única


atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade
bancária como correspondente.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 5bba33f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14121621491261200000044718192
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5bba33f - Pág. 3
Número do documento: 14121621491261200000044718192
Fls.: 451

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN


(art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do
item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua


área de atuação e potencializar sua atividade econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira agência bancária, com a realização de transações a
ela inerentes.

Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-empregadora da


autora era de uma instituição bancária, correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa
categoria (art. 511, § 3º, da CLT), concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais pertinentes.

A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os pleitos recursais de


imputação à autora de multa por litígio de má-fé e das custas processuais e condenação ao pagamento de
honorários advocatícios.

Nego provimento ao recurso.

Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 11 de março de


2015, sob a Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes Convocados Nivaldo
Stankiewicz e Hélio Bastida Lopes. Presente a Procuradora Regional do Trabalho Teresa Cristina D. R.
dos Santos.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 5bba33f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14121621491261200000044718192
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5bba33f - Pág. 4
Número do documento: 14121621491261200000044718192
Fls.: 452

ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do


Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO. No mérito, por igual votação,
NEGAR-LHE PROVIMENTO.

Custas pelos réus, no importe de R$ 240,00, apuradas sobre o valor


provisório arbitrado à condenação de R$ 12.000,00, na forma definida em primeira instância.

Intimem-se.

NIVALDO STANKIEWICZ
Juiz Convocado-Relator

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 5bba33f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14121621491261200000044718192
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5bba33f - Pág. 5
Número do documento: 14121621491261200000044718192
Fls.: 453

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

PROCESSO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
RECORRENTE: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
RECORRIDO: BANCO DO BRASIL SA, LUANA ROBERTA RABELLO
RELATOR: JUIZ CONVOCADO NIVALDO STANKIEWICZ

CORRESPONDENTE BANCÁRIO. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.


Reveste-se de terceirização ilícita, atraindo ao empregado os direitos
inerentes à condição de bancário, a prestação de serviços a instituição
bancária por meio de empresa interposta (correspondente bancário),
quando evidenciado que as atividades desempenhadas visavam ao
atendimento dos objetivos do Banco e estavam diretamente ligados à sua
atividade-fim.

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ORDINÁRIO


, provenientes da 1ª Vara do Trabalho de Joinville, SC, sendo recorrente SAURA CONSULTORIA
EIRELI EPP e recorridos 1. LUANA ROBERTA RABELLO e 2. BANCO DO BRASIL S.A.

Não resignada com o teor da decisão de primeiro grau (IDs 1131550 e


1317123), na qual foram julgados parcialmente procedentes os pedidos elencados na inicial, a primeira ré
(Saura Consultoria Eireli EPP) interpõe recurso ordinário.

Nas razões do ID 1389183, a primeira ré pede seja afastada a condenação


ao pagamento de verbas inerentes ao reconhecimento da condição de bancária da autora, aventando não
ter havido terceirização ilícita, porquanto esta desenvolveu atividades de agente operacional, prestando
auxílio e vendendo produtos a clientes do segundo réu (Banco do Brasil S.A.), angariando clientes para a
concessão de crédito e a abertura de contas, mister não ligado à atividade-fim do segundo réu, o qual tem
como atribuição a gestão de recursos dos clientes. Argumenta que a atuação de correspondente bancário é
lícita e regulamentada pelo Banco Central do Brasil, em especial pelas Resoluções nºs 002707, 003110 e
003156. Aduz que o correspondente bancário não se encaixa na acepção de instituição financeira de que
cuidam as Leis nºs 4.595/1964 e 7.492/1986. Junta julgados em favor da sua tese. Com a reforma da
sentença, pede seja a autora condenada ao pagamento de multa por litígio de má-fé e de honorários
advocatícios, bem como seja imposto a ela arcar com as custas processuais.

A autora oferece contrarrazões (ID 1629745).

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 744f319


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15041016050967200000044718193
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 744f319 - Pág. 1
Número do documento: 15041016050967200000044718193
Fls.: 454

É o relatório.

VOTO

Satisfeitos os pressupostos legais de admissibilidade, conheço do recurso


ordinário e das contrarrazões.

MÉRITO

Correspondente bancário

A primeira ré (Saura Consultoria Eireli EPP) insurge-se contra a decisão


de fundo que reconheceu a ilegalidade da terceirização havida em favor do segundo réu (Banco do Brasil
S.A.), enquadrando a autora na categoria dos bancários, com o alcance dos benefícios legais e coletivos
pertinentes.

Em síntese, pede seja afastada a condenação ao pagamento de verbas


inerentes ao reconhecimento da condição de bancária da autora, aventando não ter havido terceirização
ilícita, porquanto esta desenvolveu atividades de agente operacional, prestando auxílio e vendendo
produtos a clientes do segundo réu, angariando clientes para a concessão de crédito e a abertura de
contas, o que, segundo ela , não está ligado à atividade-fim de instituição bancária.

Aduz que a atuação de correspondente bancário é lícita e regulamentada


pelo Banco Central do Brasil, em especial pelas Resoluções nºs 002707, 003110 e 003156.

Sustenta que o correspondente bancário não se encaixa na acepção de


instituição financeira de que cuidam as Leis nºs 4.595/1964 e 7.492/1986.

Razão não lhe socorre.

O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o


seguinte (ID 590160):

1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa SAURA SILVA &
RICOLDI LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no País, com
vistas à execução e ao processamento de transações referentes aos seguintes serviços:

I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista, a


prazo e de poupança;

II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de


poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;

III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de prestação


de serviços mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em vigor;

IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 744f319


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15041016050967200000044718193
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 744f319 - Pág. 2
Número do documento: 15041016050967200000044718193
Fls.: 455

V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos;

VI) análise de crédito e cadastro;

VII) execução de serviços de cobrança;

VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;

IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações


pactuadas;

X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam


praticamente toda a rotina de um trabalhador bancário, transformando o suposto "correspondente
bancário" em uma tradicional agência de banco.

Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha ouvida,


indicada pela autora, a qual asseriu que as atividades dela e da autora envolviam (ID 1097466, p. 1):

(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado: empréstimos, abertura de contas,


seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora implicavam o cadastro
do cliente, conferência e recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema da
1ª demandada e encaminhamento para que o fechamento das operações fosse realizado
pela agência do 2º demandado.

Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização,


não houve sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.

O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:

Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de correspondente, as sociedades,


os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.

(...)

§ 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento


definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.

A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida


nas serviços elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as partes (vide transcrição
supra).

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única


atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade
bancária como correspondente.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 744f319


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15041016050967200000044718193
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 744f319 - Pág. 3
Número do documento: 15041016050967200000044718193
Fls.: 456

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN


(art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do
item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua


área de atuação e potencializar sua atividade econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira agência bancária, com a realização de transações a
ela inerentes.

Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-empregadora da


autora era de uma instituição bancária, correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa
categoria (art. 511, § 3º, da CLT), concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais pertinentes.

A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os pleitos recursais de


imputação à autora de multa por litígio de má-fé e das custas processuais e condenação ao pagamento de
honorários advocatícios.

Nego provimento ao recurso.

Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 11 de março de


2015, sob a Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes Convocados Nivaldo
Stankiewicz e Hélio Bastida Lopes. Presente a Procuradora Regional do Trabalho Teresa Cristina D. R.
dos Santos.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 744f319


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15041016050967200000044718193
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 744f319 - Pág. 4
Número do documento: 15041016050967200000044718193
Fls.: 457

ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do


Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO. No mérito, por igual votação,
NEGAR-LHE PROVIMENTO.

Custas pelos réus, no importe de R$ 240,00, apuradas sobre o valor


provisório arbitrado à condenação de R$ 12.000,00, na forma definida em primeira instância.

Intimem-se.

NIVALDO STANKIEWICZ
Juiz Convocado-Relator

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 26/03/2015 16:43:45 - 744f319


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15041016050967200000044718193
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 744f319 - Pág. 5
Número do documento: 15041016050967200000044718193
Fls.: 458

EXMO SR DR DESEMBARGADOR RELATOR DA TERCEIRA CÂMARA DO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA DÉCIMA SEGUNDA REGIÃO -
ESTADO DE SANTA CATARINA

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA CONSULTORIA EIRELI, devidamente qualificada, nos autos de


Reclamatória Trabalhista, que lhe move Luana Roberta Rabello, já qualificada, por seus
procuradores infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência,
requerer a juntada da petição de Embargos de Declaração, nos termos em anexo.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Maringá (PR), 20 de Abril de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva

OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 20/04/2015 16:36:22 - 50a5f43


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042016284439200000044718194
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 50a5f43 - Pág. 1
Número do documento: 15042016284439200000044718194
Fls.: 459

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 20/04/2015 16:36:22 - 50a5f43


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042016284439200000044718194
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 50a5f43 - Pág. 2
Número do documento: 15042016284439200000044718194
Fls.: 460

Advocacia Empresarial

EXMO SR DR DESEMBARGADOR RELATOR DA TERCEIRA CÂMARA DO TRIBUNAL REGIONAL


DO TRABALHO DA DÉCIMA SEGUNDA REGIÃO – ESTADO DE SANTA CATARINA

Autos RTOrd 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA CONSULTORIA EIRELI, devidamente qualificada, nos autos de Reclamatória


Trabalhista, que lhe move Luana Roberta Rabello, já qualificada, por seus procuradores
infra-firmados, vem mui respeitosamente a presente de Vossa Excelência, apresentar

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

com fulcro no art. 535 do CPC c/c art. 769 da CLT e Súmula 297, do TST, ao v. acórdão
prolatado pela 3a. Câmara, o que faz segundo os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir
expostos:

Não obstante o reconhecimento do Acórdão quanto à regularidade do contrato de


trabalho firmado entre a Embargante e a Reclamante, o qual se encontra em perfeita
harmonia com o disposto na legislação que autoriza a atuação de empresas como
correspondente bancário, a decisão entendeu pela configuração de situação de vedação
legislativa, e deixou de apreciar os fundamentos trazidos pela Embargante em sede de
Recurso Ordinário.

Considerando que o Acórdão limitou-se a exarar o entendimento de que a atividade da


empresa era unicamente de correspondente bancário, baseando-se exclusivamente na
atividade da Reclamante, cuja matéria nem mesmo fora aventada nas instâncias inferiores, e
que tal situação seria suficiente a configurar a ilicitude da terceirização, deve o mesmo ser
integralizado, a fim de pronunciar-se quanto aos fundamentos recursais.

01. DA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – Art.5º, II da CF – DESVIRTUAMENTO


NORMATIVO DA REGULARIDADE DA ATUAÇÃO COMO CORRESPONDENTE BANCÁRIO

O entendimento exarado no acórdão ora embargado, em especial no que toca a


suscitada configuração de ilicitude da terceirização, mostra-se contraditória e equivocada, eis
que admite a possibilidade legal da contratação do correspondente bancário, ao tempo em
[1]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 20/04/2015 16:36:23 - 3f3e1b5


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042016321887700000044718217
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3e1b5 - Pág. 1
Número do documento: 15042016321887700000044718217
Fls.: 461

Advocacia Empresarial

que entende pela violação à norma regulamentar por suposta atividade exclusiva da empresa
Requerida.

O acórdão expressamente dispôs:

A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida


nos serviços elencados no contrato de prestação de serviços firmado
entre as partes (vide transcrição supra).

Resta evidente que o decisium reconhece a regularidade da atividade contratada.

Baseado nas atividades exercidas tão somente pela Reclamante, conforme contrato de
trabalho firmado com sua empregadora, entendeu o Tribunal pela exclusividade da atividade
do empregador como correspondente, fato não objeto de questionamento pela Reclamante,
constituindo julgamento extra-petita, além de configurar o desvirtuamento da norma
regulamentadora, que traz a vedação quanto à exclusividade da atividade de correspondente
bancário pela pessoa jurídica contratada, e não quanto à atividade de seus empregados,
como entendeu o julgado.

Como comprovado por meio do Contrato Social (id.590139/590145), a Requerida


Embargante atua na prestação de serviços administrativos diversos, e também como
correspondente bancário, sendo essa uma de suas atividades, e não sua atividade exclusiva
ou mesmo principal, como entendeu equivocadamente o julgado. Vale ressaltar que não há
qualquer prova ou mesmo menção quanto à atividade principal da embargante como
correspondente bancário.

Nesse sentido, temos a contradição do julgado, que baseado nas atividades


desenvolvidas pela Reclamante, sem qualquer apreciação de matéria fática quanto às
atividades empresariais da Reclamada, determinou a exclusividade da atividade do
empregador, desconsiderando inclusive os documentos que instruíram os autos, em especial
o contrato social da Reclamada, que prevê na definição de seu objeto social as atividades
exercidas como empresa, que são suficientes a contrapor o entendimento de atividade
preponderante de instituição bancária.

No tocante a suposta configuração da ilicitude da terceirização das atividades de


correspondente bancário, o entendimento é fundado EXCLUSIVAMENTE na atividade do

[2]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 20/04/2015 16:36:23 - 3f3e1b5


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042016321887700000044718217
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3e1b5 - Pág. 2
Número do documento: 15042016321887700000044718217
Fls.: 462

Advocacia Empresarial

trabalhador Reclamante, e não da empresa, como dispõe a norma regulamentar aplicável ao


feito, o que configura a violação legal do acórdão.

Ainda, diversamente ao entendimento ora embargado, a exclusividade de prestação


de serviço a uma única instituição financeira não implica em qualquer exclusividade de
atividade, mostrando-se omisso o julgado quanto aos fundamentos desse entendimento.

Veja que o entendimento disposto no acórdão constitui em ofensa ao princípio da


legalidade, eis que a suposta ilicitude do contrato deve limitar-se às determinações contidas
na norma reguladora, em especial as Resoluções do Bacen que estabelecem as condições de
validade da contratação e atuação de empresas como correspondentes bancários, em
especial os serviços que podem ser contratados e as empresas passíveis de execução de tais
serviços.

Desta feita, constitui-se em expressa violação ao princípio da legalidade a adoção de


critérios diversos aos dispostos nas normas reguladoras, no caso as Resoluções do Bacen,
sendo vedada a definição das atividades da empregadora baseada nas atividades de uma
única empregada, ainda mais quando as atividades da pessoa jurídica não foram objeto de
averiguação, como no presente feito.

Vale ressaltar mais uma vez, que as condições referidas na norma legal referem-se aos
serviços e empresas contratadas, as quais não podem ser confundidas com seus funcionários
de forma isolada, já que as atividades exercidas pelos funcionários não representam a
totalidade das atividades da empresa ou mesmo seu objeto social.

A adoção de tal critério ensejaria a majoração da insegurança jurídica das relações


trabalhistas, onde uma empresa correria o risco de ser subjugada indevidamente pela ação
exclusiva de um de seus funcionários, o que não se pode admitir.

Assim, considerando que a decisão embargada é fundamentada em situação diversa


ao que determina a legislação especial que regulamenta a contratação de empresas para
atuação como correspondente bancário, em especial as Resoluções do Bacen, temos a
configuração da violação ao princípio da legalidade, devendo o decisium ser integralizado a
fim de que seja sanado o vício constitucional apontado.

02. DO PEDIDO
[3]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 20/04/2015 16:36:23 - 3f3e1b5


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042016321887700000044718217
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3e1b5 - Pág. 3
Número do documento: 15042016321887700000044718217
Fls.: 463

Advocacia Empresarial

Diante o exposto, e ainda, com os doutos suplementos que certamente serão


colacionados pelos Doutos Julgadores, requer o Embargante o provimento dos presentes
Embargos de Declaracão, a fim de que sejam sanadas as questões apontadas, modificando o
r. julgado embargado, na forma do artigo 897-A da CLT, bem como seja prequestionada a
matéria nos termos acima descritos, conforme previsão da Súmula 297, do C. TST.

Termos em que,
Pede Deferimento.
Maringá (PR), 20 de Abril de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva


OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

[4]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 20/04/2015 16:36:23 - 3f3e1b5


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042016321887700000044718217
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3e1b5 - Pág. 4
Número do documento: 15042016321887700000044718217
Fls.: 464

CERTIDÃO:

CERTIFICO que o acórdão foi disponibilizado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho no dia 14 de
abril de 2015, terça-feira, e a publicação ocorreu no dia 15 de abril de 2015, quarta-feira, nos termos do
parágrafo 3º do art. 4º da Lei nº 11.419/06.

Florianópolis, 29 de abril de 2015.

Priscila Silveira
Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: PRISCILA SILVEIRA - 29/04/2015 14:01:05 - ff804d8


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15042914001639400000044718191
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. ff804d8 - Pág. 1
Número do documento: 15042914001639400000044718191
Fls.: 465

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROCESSO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
EMBARGANTE: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
RELATOR: JUIZ CONVOCADO NIVALDO STANKIEWICZ

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REJEIÇÃO. A inexistência de


quaisquer das hipóteses dos arts. 897-A da CLT e 535 do CPC determina
a rejeição dos embargos declaratórios.

VISTOS, relatados e discutidos estes EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO, opostos ao acórdão proferido nos autos do recurso ordinário n° 0000855-
55.2013.5.12.0004, sendo embargante SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP.

A primeira ré opõe embargos de declaração, alegando a existência de


contradição e omissão no acórdão regional, bem como a necessidade de prequestionamento de matéria.

Nas razões do ID 3f3e1b5, a embargante sustenta ser contraditório o


aresto embargado, porquanto admite a possibilidade legal de contratação de correspondente bancário, ao
passo que entende pela violação à norma regulamentar por suposta atividade exclusiva. Suscita que o
julgado da 3ª Câmara equivocadamente entendeu pela exclusividade da pessoa jurídica na atividade de
correspondente bancário baseado apenas nas atividades desempenhadas pela autora, residindo aí a
contradição da decisão ad quem, tendo sido desconsiderados, inclusive, documentos trazidos aos autos.
Sustenta ter sido omisso o acórdão regional quanto à análise do argumento de defesa de que a
exclusividade de prestação de serviços não implica exclusividade de atividade. Aponta ferimento ao
preceito da legalidade a adoção de critérios diversos aos estabelecidos nas resoluções do Banco Central
do Brasil - BACEN. Pede seja dado efeito modificativo ao julgado e prequestionada a matéria, na forma
estabelecida na Súmula nº 297 do Eg. TST.

É o relatório.

VOTO

Conheço dos embargos de declaração, porquanto hábeis e tempestivos.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - a3e99cd


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15051411151044600000044718195
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. a3e99cd - Pág. 1
Número do documento: 15051411151044600000044718195
Fls.: 466

MÉRITO

Contradição, omissão e prequestionamento

A embargante aponta haver contradição no acórdão do ID 5bba33f


quando neste, em primeiro momento, fora admitida a possibilidade legal de contratação de
correspondente bancário e, em seguida, fora decretada a violação à norma regulamentar por suposta
atividade exclusiva de correspondente.

Alega ter a 3ª Câmara equivocadamente entendido pela exclusividade da


pessoa jurídica na atividade de correspondente bancário baseada apenas nas atividades desempenhadas
pela autora, as quais não refletem todos os serviços prestados pela empresa. Aduz ter a decisão ad quem
desconsiderado documentos trazidos aos autos que comprovam tal condição.

Sustenta ter sido omisso o acórdão regional quanto à análise do


argumento de defesa de que a exclusividade de prestação de serviços não implica exclusividade de
atividade.

Aponta, ainda, afronta ao princípio da legalidade a adoção de critérios


diversos aos estabelecidos nas resoluções do Banco Central do Brasil - BACEN.

Pede seja dado efeito modificativo ao julgado e prequestionada a matéria,


na forma estabelecida na Súmula nº 297 do Eg. TST.

Sem razão.

Não verifico a necessidade de complementação do acórdão embargado,


porquanto nele foram pronunciados a contento os motivos por que foi negado provimento ao recurso
ordinário da ora embargante, sob o fundamento de houve "clara violação às disposições traçadas pelo
CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do
item I da Súmula nº 331 do Eg. TST" (ID 744f319, p. 4).

Ao contrário do aventado pela embargante, os fundamentos da 3ª Câmara


quanto às atividades prestadas não se basearam nos misteres desenvolvidos pela empregada, tendo ficado
consignado no aresto embargado que "o contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que
a única atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente" (ID 744f319, p. 3).

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - a3e99cd


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15051411151044600000044718195
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. a3e99cd - Pág. 2
Número do documento: 15051411151044600000044718195
Fls.: 467

Como se verifica, no acórdão regional há expresso posicionamento quanto


à ilicitude da terceirização dos serviços bancários na forma perpetrada pelos réus.

Ressalto que a contradição que dá ensejo ao acolhimento dos embargos


declaratórios é aquela constatada dentro do próprio julgado, não se subsumindo às hipóteses dos arts. 897-
A da CLT e 535 do CPC a existência de contradição entre a decisão proferida e a legislação ou a prova
dos autos, questão que importaria error in judicando, atacável por meio de recurso próprio e não pela via
de embargos de declaração.

Quanto ao argumento de que o acórdão regional foi omisso em relação à


análise do argumento de defesa de que a exclusividade de prestação de serviços não implica
exclusividade de atividade, destaco que os fundamentos expendidos na decisão embargada de que o
contrato entre a primeira e o segundo réus não observou das disposições da Resolução nº 3.954/11 do
Conselho Monetário Nacional (CMN) perpassam tal premissa.

Mesmo que assim não fosse, pontuo que não cabe ao julgador rebater item
a item os argumentos lançados pelas parte, bastando que exponha a contento os motivos de seu
convencimento (art. 131 do CPC), o que ocorreu no caso em tela.

O propósito revisional buscado pela embargante refoge à via estreita dos


embargos de declaração, devendo ser articulado por meio de medida processual hábil ao objetivo
colimado.

Prequestionamento suprido na forma da Súmula nº 297 e da OJ SDBI-1 nº


118, ambas do Eg. TST.

Rejeito.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - a3e99cd


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15051411151044600000044718195
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. a3e99cd - Pág. 3
Número do documento: 15051411151044600000044718195
Fls.: 468

Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 08 de julho de


2015, sob a Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes Convocados Hélio
Bastida Lopes e Nivaldo Stankiewicz. Presente a Procuradora Regional do Trabalho Teresa Cristina D.
R. dos Santos.

ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do


Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. No
mérito, por igual votação, REJEITÁ-LOS.

Intimem-se.

NIVALDO STANKIEWICZ
Juiz Convocado-Relator

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - a3e99cd


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15051411151044600000044718195
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. a3e99cd - Pág. 4
Número do documento: 15051411151044600000044718195
Fls.: 469

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROCESSO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
EMBARGANTE: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
RELATOR: JUIZ CONVOCADO NIVALDO STANKIEWICZ

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REJEIÇÃO. A inexistência de


quaisquer das hipóteses dos arts. 897-A da CLT e 535 do CPC determina
a rejeição dos embargos declaratórios.

VISTOS, relatados e discutidos estes EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO, opostos ao acórdão proferido nos autos do recurso ordinário n° 0000855-
55.2013.5.12.0004, sendo embargante SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP.

A primeira ré opõe embargos de declaração, alegando a existência de


contradição e omissão no acórdão regional, bem como a necessidade de prequestionamento de matéria.

Nas razões do ID 3f3e1b5, a embargante sustenta ser contraditório o


aresto embargado, porquanto admite a possibilidade legal de contratação de correspondente bancário, ao
passo que entende pela violação à norma regulamentar por suposta atividade exclusiva. Suscita que o
julgado da 3ª Câmara equivocadamente entendeu pela exclusividade da pessoa jurídica na atividade de
correspondente bancário baseado apenas nas atividades desempenhadas pela autora, residindo aí a
contradição da decisão ad quem, tendo sido desconsiderados, inclusive, documentos trazidos aos autos.
Sustenta ter sido omisso o acórdão regional quanto à análise do argumento de defesa de que a
exclusividade de prestação de serviços não implica exclusividade de atividade. Aponta ferimento ao
preceito da legalidade a adoção de critérios diversos aos estabelecidos nas resoluções do Banco Central
do Brasil - BACEN. Pede seja dado efeito modificativo ao julgado e prequestionada a matéria, na forma
estabelecida na Súmula nº 297 do Eg. TST.

É o relatório.

VOTO

Conheço dos embargos de declaração, porquanto hábeis e tempestivos.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - 623df4f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15072307480644400000044718200
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 623df4f - Pág. 1
Número do documento: 15072307480644400000044718200
Fls.: 470

MÉRITO

Contradição, omissão e prequestionamento

A embargante aponta haver contradição no acórdão do ID 5bba33f


quando neste, em primeiro momento, fora admitida a possibilidade legal de contratação de
correspondente bancário e, em seguida, fora decretada a violação à norma regulamentar por suposta
atividade exclusiva de correspondente.

Alega ter a 3ª Câmara equivocadamente entendido pela exclusividade da


pessoa jurídica na atividade de correspondente bancário baseada apenas nas atividades desempenhadas
pela autora, as quais não refletem todos os serviços prestados pela empresa. Aduz ter a decisão ad quem
desconsiderado documentos trazidos aos autos que comprovam tal condição.

Sustenta ter sido omisso o acórdão regional quanto à análise do


argumento de defesa de que a exclusividade de prestação de serviços não implica exclusividade de
atividade.

Aponta, ainda, afronta ao princípio da legalidade a adoção de critérios


diversos aos estabelecidos nas resoluções do Banco Central do Brasil - BACEN.

Pede seja dado efeito modificativo ao julgado e prequestionada a matéria,


na forma estabelecida na Súmula nº 297 do Eg. TST.

Sem razão.

Não verifico a necessidade de complementação do acórdão embargado,


porquanto nele foram pronunciados a contento os motivos por que foi negado provimento ao recurso
ordinário da ora embargante, sob o fundamento de houve "clara violação às disposições traçadas pelo
CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do
item I da Súmula nº 331 do Eg. TST" (ID 744f319, p. 4).

Ao contrário do aventado pela embargante, os fundamentos da 3ª Câmara


quanto às atividades prestadas não se basearam nos misteres desenvolvidos pela empregada, tendo ficado
consignado no aresto embargado que "o contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que
a única atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente" (ID 744f319, p. 3).

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - 623df4f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15072307480644400000044718200
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 623df4f - Pág. 2
Número do documento: 15072307480644400000044718200
Fls.: 471

Como se verifica, no acórdão regional há expresso posicionamento quanto


à ilicitude da terceirização dos serviços bancários na forma perpetrada pelos réus.

Ressalto que a contradição que dá ensejo ao acolhimento dos embargos


declaratórios é aquela constatada dentro do próprio julgado, não se subsumindo às hipóteses dos arts. 897-
A da CLT e 535 do CPC a existência de contradição entre a decisão proferida e a legislação ou a prova
dos autos, questão que importaria error in judicando, atacável por meio de recurso próprio e não pela via
de embargos de declaração.

Quanto ao argumento de que o acórdão regional foi omisso em relação à


análise do argumento de defesa de que a exclusividade de prestação de serviços não implica
exclusividade de atividade, destaco que os fundamentos expendidos na decisão embargada de que o
contrato entre a primeira e o segundo réus não observou das disposições da Resolução nº 3.954/11 do
Conselho Monetário Nacional (CMN) perpassam tal premissa.

Mesmo que assim não fosse, pontuo que não cabe ao julgador rebater item
a item os argumentos lançados pelas parte, bastando que exponha a contento os motivos de seu
convencimento (art. 131 do CPC), o que ocorreu no caso em tela.

O propósito revisional buscado pela embargante refoge à via estreita dos


embargos de declaração, devendo ser articulado por meio de medida processual hábil ao objetivo
colimado.

Prequestionamento suprido na forma da Súmula nº 297 e da OJ SDBI-1 nº


118, ambas do Eg. TST.

Rejeito.

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - 623df4f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15072307480644400000044718200
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 623df4f - Pág. 3
Número do documento: 15072307480644400000044718200
Fls.: 472

Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 08 de julho de


2015, sob a Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes Convocados Hélio
Bastida Lopes e Nivaldo Stankiewicz. Presente a Procuradora Regional do Trabalho Teresa Cristina D.
R. dos Santos.

ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do


Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. No
mérito, por igual votação, REJEITÁ-LOS.

Intimem-se.

NIVALDO STANKIEWICZ
Juiz Convocado-Relator

Assinado eletronicamente por: NIVALDO STANKIEWICZ - 15/07/2015 15:11:15 - 623df4f


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15072307480644400000044718200
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 623df4f - Pág. 4
Número do documento: 15072307480644400000044718200
Fls.: 473

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE do egrégio tribunal regional do trabalho da


12ª região

---

CNJ nº: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., devidamente qualificado nos autos de RECURSO


ORDINÁRIO em epígrafe, em que é parte adversa LUANA ROBERTA RABELLO, por seus advogados,
não se conformando com o Acórdão publicado em 15/04/2015, ante decisão de embargos de declaração
publicada em 28/07/2015, tendo sido interposto em 20/04/2015, porquanto, interrompido o prazo para
interposição recursal, respeitosamente vem à presença de Vossa Excelência, interpor recurso de revista, com
fulcro no artigo 896, alíneas a e c, da CLT, conforme razões anexas.

Outrossim, requer, após cumpridos os trâmites legais, a remessa das razões ao


Colendo Tribunal Superior do Trabalho para apreciação.

Salienta-se, que o depósito recursal para garantia do juízo foi devidamente efetuado,
conforme GFIP autenticada em anexo, bem como destaca-se que as custas recursais foram efetivamente
recolhidas, conforme comprova GRU anexa.
Assim, o presente Recurso preenche os requisitos objetivos de admissibilidade, porquanto tempestivo,
devidamente preparado e subscrito por advogado regularmente constituído.

Requer-se que todas as intimações e notificações sejam realizadas em nome de LOUI


SE RAINER PEREIRA GIONÉDIS, OAB/PR 8.123, sob pena de nulidade.

Termos em que,
Pede deferimento.
Curitiba, 30 de julho de 2015.

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:09 - 11a4b14
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016163843700000044718198
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 11a4b14 - Pág. 1
Número do documento: 15073016163843700000044718198
Fls.: 474

Liziane Blaese Cardoso Machado Sílvia Rocha Snak


OAB/PR 41.386 Assistente jurídico

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:09 - 11a4b14
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016163843700000044718198
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 11a4b14 - Pág. 2
Número do documento: 15073016163843700000044718198
Fls.: 475

PJ 277174
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

CNJ nº: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., devidamente qualificado nos


autos de RECURSO ORDINÁRIO em epígrafe, em que é parte adversa LUANA
ROBERTA RABELLO, por seus advogados, não se conformando com o
Acórdão publicado em 15/04/2015, ante decisão de embargos de declaração
publicada em 28/07/2015, tendo sido interposto em 20/04/2015, porquanto,
interrompido o prazo para interposição recursal, respeitosamente vem à
presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO DE REVISTA, com fulcro no
artigo 896, alíneas a e c, da CLT, conforme razões anexas.

Outrossim, requer, após cumpridos os trâmites legais, a


remessa das razões ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho para apreciação.

Salienta-se, que o depósito recursal para garantia do juízo


foi devidamente efetuado, conforme GFIP autenticada em anexo, bem como
destaca-se que as custas recursais foram efetivamente recolhidas, conforme
comprova GRU anexa.
MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
www.pereiragionedis.com.br – pereiragionedis@pereiragionedis.com.br 1

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:09 - 3f3ac9e
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016204152400000044718227
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3ac9e - Pág. 1
Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 476

Assim, o presente Recurso preenche os requisitos


objetivos de admissibilidade, porquanto tempestivo, devidamente preparado e
subscrito por advogado regularmente constituído.

Requer-se que todas as intimações e notificações sejam


realizadas em nome de LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS, OAB/PR
8.123, sob pena de nulidade.

Termos em que,
Pede deferimento.
Curitiba, 30 de julho de 2015.

Liziane Blaese Cardoso Machado Sílvia Rocha Snak


OAB/PR 41.386 Assistente jurídico

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
www.pereiragionedis.com.br – pereiragionedis@pereiragionedis.com.br 2

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:09 - 3f3ac9e
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016204152400000044718227
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3ac9e - Pág. 2
Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 477

COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA

PELO RECORRENTE: BANCO DO BRASIL S.A.


RECORRIDA: LUANA ROBERTA RABELLO
ORIGEM: RO Nº 0000855-55.2013.5.12.0004, DO EGRÉGIO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

ÍNCLITOS MINISTROS,

O presente Recurso é interposto em razão de o acórdão


da Egrégia 3ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região merecer
reforma, em virtude de afrontar o disposto em lei Federal, artigo 193 da CLT,
afrontar o disposto na Constituição Federal, art. 37, § 6º, bem como contrariar e
negar vigência aos termos da Lei Federal n.º 8.666/93, em especial o § 1º, do
art. 71 e ter dado interpretação aos dispositivos da referida Lei de forma diversa
de outros Tribunais.

DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA

O acórdão recorrido manteve a sentença de primeiro


grau, responsabilizando a ora Recorrente, de maneira subsidiária, ao
pagamento das verbas deferidas, nos seguintes termos:

CORRESPONDENTE BANCÁRIO. TERCEIRIZAÇÃO


ILÍCITA. Reveste-se de terceirização ilícita, atraindo
ao empregado os direitos inerentes à condição de
bancário, a prestação de serviços a instituição
bancária por meio de empresa in terposta
(correspondente bancário), quando evidenciado que
MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
www.pereiragionedis.com.br – pereiragionedis@pereiragionedis.com.br 3

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:09 - 3f3ac9e
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016204152400000044718227
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3ac9e - Pág. 3
Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 478

as atividades desempenhadas visavam ao


atendimento dos objetivos do Banco e estavam
diretamente ligados à sua atividade-fim. VISTOS,
relatados e discutidos estes autos de RECURSO
ORDINÁRIO, provenientes da 1ª Vara do Trabalho de
Joinville, SC, sendo recorrente SAURA
CONSULTORIA EIRELI EPP e recorridos 1. LUANA
ROBERTA RABELLO e 2. BANCO DO BRASIL S.A.
Não resignada com o teor da decisão de primeiro
grau (IDs 1131550 e 1317123), na qual foram
julgados parcialmente procedentes os pedidos
elencados na inicial, a primeira ré (Saura Consultoria
Eireli EPP) interpõe recurso ordinário. Nas razões do
ID 1389183, a primeira ré pede seja afastada a
condenação ao pagamento de verbas inerentes ao
reconhecimento da condição de bancária da autora,
aventando não ter havido terceirização ilícita,
porquanto esta desenvolveu atividades de agente
operacional, prestando auxílio e vendendo produtos a
clientes do segundo réu (Banco do Brasil S.A.),
angariando clientes para a concessão de crédito e a
abertura de contas, mister não ligado à atividade-fim
do segundo réu, o qual tem como atribuição a gestão
de recursos dos clientes. Argumenta que a atuação
de correspondente bancário é lícita e regulamentada
pelo Banco Central do Brasil, em especial pelas
Resoluções nºs 002707, 003110 e 003156. Aduz que
o correspondente bancário não se encaixa na
acepção de instituição financeira de que cuidam as
Leis nºs 4.5951964 e 7.4921986. Junta julgados em
favor da sua tese. Com a reforma da sentença, pede
seja a autora condenada ao pagamento de multa por
litígio de má-fé e de honorários advocatícios, bem
como seja imposto a ela arcar com as custas
processuais. A autora oferece contrarrazões (ID
1629745). É o relatório. V O T O Satisfeitos os
pressupostos legais de admissibilidade, conheço do
recurso ordinário e das contrarrazões. M É R I T O
Correspondente bancário A primeira ré (Saura
Consultoria Eireli EPP) insurge-se contra a decisão
de fundo que reconheceu a ilegalidade da
terceirização havida em favor do segundo réu (Banco
do Brasil S.A.), enquadrando a autora na categoria
dos bancários, com o alcance dos benefícios legais e
coletivos pertinentes. Em síntese, pede seja afastada
a condenação ao pagamento de verbas inerentes ao
reconhecimento da condição de bancária da autora,
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aventando não ter havido terceirização ilícita,


porquanto esta desenvolveu atividades de agente
operacional, prestando auxílio e vendendo produtos a
clientes do segundo réu, angariando clientes para a
concessão de crédito e a abertura de contas, o que,
segundo ela , não está ligado à atividade-fim de
instituição bancária. Aduz que a atuação de
correspondente bancário é lícita e regulamentada
pelo Banco Central do Brasil, em especial pelas
Resoluções nºs 002707, 003110 e 003156. Sustenta
que o correspondente bancário não se encaixa na
acepção de instituição financeira de que cuidam as
Leis nºs 4.5951964 e 7.4921986. Razão não lhe
socorre. O contrato de prestação de serviços firmados
entre as partes dispõe o seguinte (ID 590160): 1.1.
Este instrumento tem por objeto a contratação da
empresa SAURA SILVA E RICOLDI LTDA. para o
desempenho das funções de Correspondente no
País, com vistas à execução e ao processamento de
transações referentes aos seguintes serviços: I)
recepção e encaminhamento de propostas de
aberturas de contas de depósitos à vista, a prazo e de
poupança; II) recebimentos e pagamentos relativos a
contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança,
bem como a aplicações e resgates em fundos de
investimento; III) recebimentos, pagamentos e outras
atividades decorrentes de convênios de prestação de
serviços mantidos pelo contratante na forma da
regulamentação em vigor; IV) execução ativa ou
passiva de ordens de pagamento em nome do
contratante; V) recepção e encaminhamento de
pedidos de empréstimos e financiamentos; VI) análise
de crédito e cadastro; VII) execução de serviços de
cobrança; VIII) recepção e encaminhamento de
propostas de emissão de cartões de crédito; IX)
outros serviços de controle, inclusive processamento
de dados, das operações pactuadas; X) outras
atividades, a critério do Banco Central do Brasil. Tais
atividades, além de típicas da função bancária,
englobam praticamente toda a rotina de um
trabalhador bancário, transformando o suposto
correspondente bancário em uma tradicional agência
de banco. Nesse sentido corrobora o depoimento da
única testemunha ouvida, indicada pela autora, a qual
asseriu que as atividades dela e da autora envolviam
(ID 1097466, p. 1): (...) captar clientes e vender
produtos do 2º demandado: empréstimos, abertura de
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contas, seguro de vida e seguro prestamista, título de


capitalização, basicamente. Os procedimentos que
eram realizados pela depoente e pela autora
implicavam o cadastro do cliente, conferência e
recebimento de documentos, inserção dos dados no s
is tema da 1ª demandada e encaminhamento para
que o fechamento das operações fosse realizado pela
agência do 2º demandado. Por mais que a primeira ré
insista na tese da legalidade da terceirização, não
houve sequer observância das disposições da
Resolução nº 3.95411 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema. O artigo 3º, § 2º, da
resolução citada consigna o seguinte: Art. 3º -
Somente podem ser contratados, na qualidade de
correspondente, as sociedades, os empresários, as
associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil), os prestadores de
serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas
públicas. (...) § 2º - É vedada a contratação, para o
desempenho das atividades de atendimento definidas
nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja
atividade principal seja a prestação de serviços de
correspondente. A previsão contida nos incisos I, II,
IV e VI do art. 8º encontram guarida nas serviços
elencados no contrato de prestação de serviços
firmado entre as partes (vide transcrição supra). O
contrato de prestação de serviços e a prova oral
evidenciam que a única atividade da primeira ré era a
prestação de serviços em prol do segundo réu, na
realização de atividade bancária como
correspondente. Esse fato caracteriza clara violação
às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.59411), restando indene de dúvidas
que houve desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita
da prestação de serviços, na forma do item I da
Súmula nº 331 do Eg. TST. Ora, o Banco valia-se dos
empregados da primeira ré para ampliar a sua área
de atuação e potencializar sua atividade econômica, a
ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira
agência bancária, com a realização de transações a
ela inerentes. Destarte, constatado que a atividade
preponderante da ex- empregadora da autora era de
uma instituição bancária, correta a decisão de piso
que enquadra a empregada nessa categoria (art. 511,
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§ 3º, da CLT), concedendo-lhe os benefícios legais e


convencionais pertinentes. A manutenção da decisão
de fundo afasta de plano os pleitos recursais de
imputação à autora de multa por litígio de má-fé e das
custas processuais e condenação ao pagamento de
honorários advocatícios. Nego provimento ao recurso.
Participaram do julgamento realizado na sessão do
dia 11 de março de 2015, sob a Presidência do
Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes
Convocados Nivaldo Stankiewicz e Hélio Bastida
Lopes. Presente a Procuradora Regional do Trabalho
Teresa Cristina D. R. dos Santos. ACORDAM os
membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do
Trabalho da 12ª Região, por unanimidade,
CONHECER DO RECURSO . No mérito, por igual
votação, NEGAR-LHE PROVIMENTO . (Grifou-se)

No entanto, com a devida vênia, a decisão merece


reparo. Isto porque a instituição bancária contratou a primeira Reclamada
através de processo licitatório, devidamente constituída e habilitada para
executar os trabalhos que se faziam necessários em suas dependências,
ficando esta responsável pela execução dos serviços, fornecendo a mão-de-
obra necessária, por ela contratada e remunerada, sendo de seu encargo todas
as responsabilidades trabalhistas, previdenciárias e tributárias, na forma
prevista em lei.

A Constituição Federal estabelece em seu Art. 22, inciso


XXVII, que é competência exclusiva da União legislar sobre normas gerais que
visem definir as regras a serem observadas pela Administração Pública
quando da contratação de serviços de terceiros.

Também o inciso XXI do art. 37, da nossa Carta Maior,


determina a realização obrigatória, por parte da Administração Pública Direta e
Indireta, de procedimento licitatório, prévio a contratação de empresas
prestadoras de serviços.

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Fls.: 482

Assim, e por estrita observância aos mandamentos


constitucionais elencados nos arts. 22, XXVII, e 37, XXI, que revelam a
obrigatoriedade do procedimento licitatório prévio a contratação por parte da
Administração Pública, o legislador editou a Lei Federal n.º 8.666/93 (Lei de
Licitações), a qual por decorrência lógica subordina-se integralmente à
Administração Pública Indireta, como é o caso do BANCO DO BRASIL S.A.

A Lei n.º 8.666/93, tratando minuciosamente os


mandamentos constitucionais já referidos, exara, em seu art. 1°, parágrafo
único, de forma cristalina, a subordinação das Sociedades de Economia Mista
aos ditames desta lei.

“ Art. 1º. Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações


e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços,
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime deste Lei, além dos


órgãos da administração direta, os fundos especiais, as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.”

Por tais razões, o BANCO DO BRASIL S/A, sociedade


de economia mista, integrante da Administração Pública Indireta, está, por
respeito à magnitude do Princípio da Probidade Administrativa, subordinado à
integralidade dos ditames da Lei n.º 8.666/93, ficando obrigado a realizar,
quando da contratação de prestadoras de serviços, prévio procedimento
licitatório.

A Lei n.º 8.666/93 não deixa dúvidas quanto à


responsabilidade das partes contratantes, quando da inexecução total ou parcial
do contrato, “ex vi” do disposto em seu Art. 66, vejamos:
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Fls.: 483

“ Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas


partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta
lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua
inexecução total ou parcial.”

Assim, face ao dispositivo em tela, inexiste a


possibilidade, em caso de inadimplemento de alguma obrigação, por uma das
partes contratantes, ser absorvido pela outra. Por conseguinte, a
responsabilização do Banco para o pagamento das obrigações trabalhistas, dos
encargos previdenciários, fiscais e comerciais, resultantes da execução do
contrato, mesmo que de forma subsidiária, depara-se, claramente, com
obstáculo legal intransponível.

Por outro lado, diante dos documentos acostados aos


autos, percebe-se, com nitidez, que a Primeira Reclamada firmou com o
BANCO DO BRASIL S.A., contrato de natureza civil, que prevê a integral
responsabilidade da Prestadora de Serviços, nos termos do contido no art. 70
da Lei de Licitações que, permissa venia, transcrevemos:

“ Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados


diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua
culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou
acompanhamento pelo órgão interessado.”

O BANCO DO BRASIL S/A, quando da realização do


processo licitatório observou criteriosamente todos os passos e condições
estabelecidas pela Lei n.º 8.666/93. Desse modo, não pode o Banco ser
responsabilizado, mesmo que subsidiariamente, até porque a própria Lei de
Licitações, em seu art. 71, afasta, expressamente, da Administração Pública
toda e qualquer responsabilidade oriunda do inadimplemento das obrigações
contratuais pelas empresas prestadoras de serviços, vejamos:

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Fls.: 484

“ Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos


trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato.

Parágrafo 1º. A inadimplência do contratado, com referência aos


encargos estabelecidos nesse artigo, não transfere à
Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento,
nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante
o Registro de Imóveis.”

O Acórdão recorrido, ao negar vigência dos dispositivos


da Lei n.º 8.666/93, especialmente o artigo 71 e seu parágrafo 1º, viola o
contido no art. 97 da Constituição Federal, que determina que “somente pelo
voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou
normativo do Poder Público.” O acórdão, no aspecto, viola, também, a Súmula
Vinculante nº 10 do STF, in verbis:

“ VIOLA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO (CF,


ARTIGO 97) A DECISÃO DE ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE
TRIBUNAL QUE, EMBORA NÃO DECLARE EXPRESSAMENTE A
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO
PODER PÚBLICO, AFASTA SUA INCIDÊNCIA, NO TODO OU EM
PARTE.”

Assim sendo, o BANCO DO BRASIL S/A, ao contrário do


entendimento exarado pelo r. acórdão, não responde de forma subsidiária pelas
obrigações da Empresa prestadora de serviços, real empregadora da Recorrida,
pois aplica-se ao caso o parágrafo 1º do art. 61 do Decreto-Lei 2.300/86, bem
como o parágrafo 1º do art. 71 da Lei n.º 8.666/93, conforme acima já transcrito.

Pela reforma.

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Fls.: 485

DA NOVA REDAÇÃO DA SÚMULA 331 DO TST

Não sendo este o entendimento de Vossas Excelências,


necessário se faz argumentar acerca da nova redação da Súmula 331 do TST,
que alterou o inciso IV e inseriu os incisos V e VI, como segue:

“ TST Enunciado nº 331 - Revisão da Súmula nº 256 - Res.


23/1993, DJ 21, 28.12.1993 e 04.01.1994 - Alterada (Inciso IV) -
Res. 96/2000, DJ 18, 19 e 20.09.2000 - Mantida - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003. Contrato de Prestação de Serviços -
Legalidade

I - A contratação de trabalhadores por empresa


interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o
tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário
(Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante


empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os
órgãos da administração pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988). (Revisão do Enunciado nº
256 - TST)

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a


contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20-06-
1983), de conservação e limpeza, bem como a de serviços
especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde
que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

IV- O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por


parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária
do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde
que haja participado da relação processual e conste também
do título executivo judicial.

V- Os entes integrantes da administração pública direta


e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta

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Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 486

culposa no cumprimento das obrigações da Lei nº 8.666/93,


especialmente na fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço
como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de


serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação
referentes ao período da prestação laboral

Embora a referida Súmula ainda afronte o artigo 71 da


Lei 8666/93 no que tange a responsabilidade subsidiária, sua nova redação
deixa indene de dúvida que o mero inadimplemento da empregadora não gera a
responsabilização do ente da administração pública, bem como que para
responsabilização do ente público deve ficar comprovada sua conduta
culposa na fiscalização da execução do contrato.

Logo, não há que se falar em culpa, seja in eligendo ou in


vigilando, por parte da Administração Pública, razão pela qual a reforma da
sentença de primeiro grau é medida que se impõe.

Ademais, vale destacar o recente julgado da Ação


Declaratória de Constitucionalidade n.º 16 do Supremo Tribunal Federal, que
declarou a constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/93:

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Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 487

Tal entendimento, já resultou na manifestação do


entendimento pela não responsabilização do ente público por direitos

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Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 488

trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços terceirizados:

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Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 489

É de grande valia citar o recentíssimo julgamento


proferido pelo colendo tribunal superior do trabalho que exclui a ora
recorrente do pólo passivo da demanda, sob o fundamento de afronta ao
artigo 71, §1ª da lei 8.666/93, destaca-se:

“ (...) Nas razões de Revista, o segundo Reclamado


sustentou que não se pode presumir a subsidiariedade, que
resulta de lei ou da vontade das partes. Ressaltou que não há
previsão legal que lhe imponha a responsabilidade
subsidiária por verbas não adimplidas pela empresa
contratada. Argumentou ainda que somente por declaração
da inconstitucionalidade do artigo 71, § 1.º, da Lei 8.666/93,
observado o artigo 97 da Lei Magna poderia esta Corte
superior atribuir-lhe responsabilidade subsidiária. Apontou
violação dos artigos 5.º, II, 22, I e XXVII, 37, XXI e § 6.º, 48, 97 e
170, parágrafo único, da Constituição Federal, 2.º, § 2.º, da
CLT e 71, § 1.º, da Lei 8.666/93. Juntou arestos para o
confronto de teses. No presente Apelo, a segunda Reclamada
renova as razões lançadas na Revista. Ao exame. A atribuição
de responsabilidade subsidiária ao ente público não se
contrapõe aos termos do art. 71 da Lei n.º 8.666/93, devendo
ser considerada a existência de culpa in vigilando, sendo
certo que o reconhecimento da referida responsabilidade
termina por afastar qualquer possibilidade de violação dos
termos do caput do referido artigo. Esse, aliás, foi o
entendimento esposado pelo Supremo Tribunal Federal que,
em recente decisão na ADC n.º 16, de 24/11/2010, ao declarar
a constitucionalidade do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93,
asseverou que a constatação da culpa in vigilando, isto é, da
omissão culposa da Administração Pública em relação à
fiscalização quanto ao cumprimento dos encargos sociais por
empresas contratadas, gera a responsabilidade do ente
público. Há que se considerar, entretanto, que a decisão do
Regional acerca da responsabilidade subsidiária não se
encontra em consonância com os termos da Súmula n.º 331
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Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 490

do col. TST, que recebeu nova redação quanto às questões


relativas à responsabilidade subsidiária, nos seguintes
termos: -SÚMULA N.º 331. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS. LEGALIDADE.
...........................................................................................................
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte
do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do
tomador de serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive
quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias,
das fundações públicas, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, desde que hajam participado
da relação processual e constem também do título executivo
judicial.
V - Os entes integrantes da administração pública direta e
indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições
do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no
cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93,
especialmente na fiscalização do cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço
como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços
abrange todas as verbas decorrentes da condenação,
referentes ao período da prestação laboral.- Registre-se que o
acréscimo do item V da referida Súmula veio a confirmar o
entendimento do Supremo Tribunal Federal, que, como já
referido anteriormente, ao declarar a constitucionalidade do
artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, ressaltou a necessidade de a
Administração Pública efetivamente fiscalizar o cumprimento
das obrigações legais e contratuais por parte da prestadora
de serviços, devendo ser considerada a existência de culpa in
vigilando nos casos em que se trata da responsabilidade
subsidiária de órgãos integrantes da Administração Pública.
Assim, não tendo o Regional identificado expressamente que
o Agravante foi omisso quanto ao seu dever de fiscalizar o
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Fls.: 491

cumprimento do contrato por parte da prestadora de serviços,


incorrendo em culpa in vigilando, não há de se falar em
responsabilidade subsidiária, sendo certo que o
reconhecimento de tal responsabilidade afronta o disposto no
art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93. Portanto, razão assiste à
Agravante, pois a decisão proferida pelo Regional afronta o
disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93. Logo, dou
provimento ao Agravo de Instrumento para determinar o
processamento do Recurso de Revista. Conforme previsão do
art. 897, § 7.º, da CLT e da Resolução Administrativa do TST
n.º 928/2003, em seu art. 3.º, § 2.º, e dos arts. 236, caput, § 2.º e
237, caput, do RITST, proceder-se-á, de imediato, à análise do
Recurso de Revista na primeira sessão ordinária
subsequente.
RECURSO DE REVISTA
I - ADMISSIBILIDADE
Presentes os pressupostos legais de admissibilidade
recursal, fica autorizada a incursão quanto aos pressupostos
específicos da Revista.
II – CONHECIMENTO
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA INTEGRANTE
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - NÃO CONFIGURAÇÃO
NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO
Reportando-me às razões de decidir do Agravo de
Instrumento, conheço do Recurso de Revista por afronta ao
disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93.
III - MÉRITO
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA INTEGRANTE
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - NÃO CONFIGURAÇÃO -
NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO
Conhecido o Apelo por violação do art. 71, § 1.º, da Lei n.º
8.666/93, dou provimento ao Recurso de Revista, como acima
exposto, para excluir o Banco do Brasil S.A. do polo passivo

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Fls.: 492

da demanda, ficando prejudicada a análise dos demais temas


ventilados no Recurso de Revista.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Quarta Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do Agravo
de Instrumento e, no mérito, dar-lhe provimento para
determinar o processamento do Recurso de Revista.
Conhecer do Recurso de Revista por violação do art. 71, § 1.º,
da Lei n.º 8.666/93 e, no mérito, dar-lhe provimento a fim de
excluir o Banco do Brasil S.A., segundo Reclamado, do polo
passivo da demanda, ficando prejudicada a análise dos
demais temas ventilados no Recurso de Revista.
Brasília, 17 de agosto de 2011.
Maria de Assis Calsing - Ministra Relatora” (TST - RR355900-
63.2009.5.09.0660 – 4ª Turma – Ministra Relatora: Maria de Assis
Calsing – Publicado em: 26/08/2011).

Ressalte-se que a inclusão do inciso V na Súmula 331 do


Colendo Tribunal Superior do Trabalho ressalvou a necessidade de restar
cabalmente comprovada a ausência de fiscalização e vigilância das obrigações
legais e contratuais para justificar a responsabilização do ente público.

Nota-se, portanto, que o mero inadimplemento pela


empresa contratada não autoriza a responsabilização imediata da
Administração Pública, sendo imprescindível a comprovação de ausência de
fiscalização no cumprimento do contrato.

No caso em questão não restou comprovada a omissão


da Recorrente na fiscalização das normas contratuais, muito pelo contrário, a
fiscalização foi vastamente comprovada, o que torna imperativa a sua
exclusão do pólo passivo da presente demanda, sob pena da diretriz
sufragada no inciso V da Súmula 331 do TST tornar-se letra morta.

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Fls.: 493

Diante do acima demonstrado, requer a essa Colenda


Corte a reforma do julgado considerando-se o entendimento exarado pelo
Supremo Tribunal Federal, visto a constitucionalidade do art. 71 da Lei Federal
n.º 8.666/93 e a não responsabilização direta do ente público quando aos
direitos dos trabalhadores terceirizados sendo necessária a apreciação da culpa
deste agente.
DO ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIA

A 3ª Camâra do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª


Região manteve a sentença de primeiro grau que reconheceu a condição de
bancária da Reclamante, condenando a ora Recorrente ao pagamento de todas
as diferenças salariais decorrentes da adoção do piso salarial e horas extras
assegurados aos bancários.

Todavia, tal entendimento caracteriza divergência


jurisprudencial, isto porque os Tribunais Regionais do Trabalho do país
posicionaram-se de maneira diversa.

A Recorrida jamais foi bancária, não prestou concurso


público, não exerceu atividades exclusivas dos funcionários da Recorrente,
tampouco prestou serviços exclusivamente a Recorrente.

Neste liame não há possibilidade de promover


equiparação salarial, posto que a Recorrida não preenche os requisitos do art.
461 da CLT, tampouco condenação subsidiária, posto que os serviços eram
prestados à outras instituições bancárias.
Nota-se que a Primeira Reclamada é signatária de
Convenção Coletiva própria e, não sendo reconhecido o vínculo com a
Recorrente e não tendo a Reclamante exercido função exclusiva de bancário,
data vênia, não se pode admitir o enquadramento como tal.

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Fls.: 494

Ainda, não se pode aceitar que a Recorrida perceba


vantagens decorrentes de categoria profissional diversa daquela que é
signatária sua empregadora, nos moldes da Súmula 374 do TST, como segue:

“ Súmula nº 374 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e 25.04.2005


- Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 55 da SDI-1
Norma Coletiva - Categoria Diferenciada – Abrangência
Empregado integrante de categoria profissional diferenciada
não tem o direito de haver de seu empregador vantagens
previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi
representada por órgão de classe de sua categoria. (ex-OJ nº
55 - Inserida em 25.11.1996)”

Ainda, necessário se faz colacionar o entendimento


recente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região acerca do
assunto:

“ TRT-PR-30-07-2010 EMENTA: CATEGORIA DIFERENCIADA.


INSTRUMENTOS NORMATIVOS. Ainda que ficasse
comprovado, na hipótese vertente, que o Recorrido
efetivamente exercia as funções de vigilante, não seria
possível a aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho
(CCT) da categoria diferenciada, porquanto esta Turma
entende que "são inaplicáveis os instrumentos normativos
afetos à determinada categoria profissional, ainda que
diferenciada, quando o empregador não foi representado
direta ou por intermédio de sua entidade sindical nas
negociações coletivas prévias" (Orientação interna corporis
n.º 27). Nesse sentido converge a orientação sufragada na
Súmula n.º 374 do colendo Tribunal Superior do Trabalho
(TST). Recurso ordinário do Recorrido conhecido e
desprovido.” (TRT-PR-05225-2009-872-09- 00-9-ACO-24266-
2010 - 3A. TURMA Relator: ALTINO PEDROZO DOS SANTOS
Publicado no DEJT em 30-07- 2010)

MATRIZ: RUA DAVID CARNEIRO, 270 - ALTO SÃO FRANCISCO - CURITIBA - PR - BRASIL - CEP 80.530-070 - FONE: 55 41 3028-4022 - FAX 55 41 3028-3434/3435
FILIAL: ALAMEDA MIGUEL BLASI, 51 - CJ. 101 - LONDRINA - PR - BRASIL - CEP 86.010-070 - FONE/FAX: 55 43 3323-4022
FILIAL: AVENIDA PREFEITO OSMAR CUNHA, 183 - BL. “A” - CJ. 1110/1115 - FLORIANÓPOLIS - SC - BRASIL - CEP 88.015-100 - FONE/FAX: 55 48 3031-7600
FILIAL: TRAVESSA FRANCISCO LEONARDO TRUDA, 40 - CJ. 243 - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL - CEP 90.010-050 - FONE/FAX 55 51 2125-4611
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Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:09 - 3f3ac9e
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3f3ac9e - Pág. 20
Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 495

Quanto à não configuração da Recorrida na categoria dos


bancários, segue entendimento já explicitado pelo Egrégio Tribunal da 12ª
região:

“ ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS


BANCÁRIOS. NÃO CONFIGURAÇÃO. Comprovado nos autos
que a autora exercia funções típicas das empresas de
transporte e custódia de valores, impõe-se a manutenção da
sentença que indeferiu seu enquadramento na categoria
profissional dos bancários.” (RO 00052-2009-005-12-00- 9. 3ª
Turma. TRT da 12ª Região. Relator Juiz Garibaldi Tadeu Pereira
Ferreira, julgado em 26/01/2010)

“ AUXILIAR DE OPERAÇÃO DE VALORES. EQUIPARAÇÃO


COM BANCÁRIO, IMPOSSIBILIDADE. O simples fato de o
empregado exercer uma única atribuição das muitas
desempenhadas pelo caixa bancário – conferência de valores
– não autoriza estender a ele os direitos dessa categoria
profissional, ainda mais se considerado o fato de o
trabalhador não atender ao público, não efetuar pagamento e
não dar troco, além de não ter acesso ao sistema de qualquer
agência bancária e prestar serviços não só para bancos, mas
também para casa lotéricas, supermercados e comércio em
geral.” (RO 04828-2007-005-12-00-8. 3ª Turma. TRT da 12ª
Região. Relatora Juíza Mari Eleda Migliorini. Julgado em
17/06/2008) – grifo nosso

Assim, a única atividade exercida pela Recorrida, qual


seja atividade meio da instituição bancaria, não a atividade de bancária
propriamente dita, é insuficiente a configuração desta como bancária. Pois esta
categoria profissional possui outras atribuições inerentes à instituição bancária
exploradora de atividade econômica, tais como a transferência de valores entre
contas, a liberação de créditos em favor de seus clientes, depósitos e saques
das contas bancárias dos clientes, entre outras.
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Número do documento: 15073016204152400000044718227
Fls.: 496

Em que pese não haja paradigma apontado nos autos, o


Tribunal Superior do Trabalho, com relação a equiparação de funcionários de
empresas diversas é pacifico conforme notícias do Superior Tribunal do
Trabalho, veiculada no sitio daquela corte em 04/11/2009:

“ EQUIPARAÇÃO SALARIAL. EMPREGADORES DIVERSOS - Não


há que se falar em ofensa ao princípio da isonomia e pretender a
equiparação salarial quando o paradigma e o paragonado estão
submetidos a empregadores diversos. Nessa hipótese, não
ocorre violação ao art. 7º, XXX, da CRFB. Recurso Ordinário do
autor ao qual se nega provimento, no particular.” (TRT-PR-
00917-2008-585-09-00-1-ACO-37798-2009 - 1A. TURMA - Relator:
EDMILSON ANTONIO DE LIMA - Publicado no DJPR em 06-11-2009)

Importante salientar que a prova de identidade de funções


com mesma qualidade e perfeição técnica é da Recorrida, ônus do qual não se
desincumbiu.

Quanto ao ônus da prova relativo ao pedido de


equiparação salarial, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, assim tem
entendido:

“ EQUIPARAÇÃO SALARIAL - ÔNUS DA PROVA. Com esteio


no artigo 333 do Código de Processo Civil, firmou-se a
jurisprudência no sentido de que ao empregado pleiteante de
equiparação salarial cumpre provar o fato constitutivo, isto é,
a identidade de funções exercidas na mesma empresa,
competindo a esta provar qualquer dos fatos impeditivos
referidos no artigo 461 Consolidado. No presente caso,
denota-se que a autora desincumbiu-se satisfatoriamente do
seu ônus, vez que comprovada nos autos a identidade de
funções exercidas pela autora e paradigma apontadas.
Recurso da primeira reclamada a que se nega provimento.”
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Fls.: 497

(TRT-PR-33845-2008-651-09-00-0- ACO-37387-2009 - 4A.


TURMA - Relator: SÉRGIO MURILO RODRIGUES LEMOS -
Publicado no DJPR em 03-11-2009)

Neste liame, as atividades exercidas pela Recorrida são


completamente diferentes daquelas exercidas pelos bancários, sendo que estes
são funcionários do banco, tem acesso a dados sigilosos dos clientes e realizam
transações bancárias, atividades estas que não eram praticadas pela Recorrida.

Sendo assim, o pleito da Recorrida não encontra guarida


no texto legal.

Desta feita, ante as divergências jurisprudenciais


apontadas, impera a uniformização de interpretação, requerendo seja
conhecido e provido o presente Recurso de Revista, para fins de reforma do
acórdão, requerendo seja declarada a legalidade da terceirização e, por
conseqüência, seja descaracterizado o enquadramento da obreira na categoria
dos bancários, bem como seja excluída a condenação imputada à ora
Recorrente.
DO REQUERIMENTO

Ante o exposto, uma vez demonstrada a contrariedade e


negativa de vigência aos dispositivos legais citados, assim como verificada a
existência de interpretação diversa, dada por outros Tribunais, requer o
Recorrente seja admitido e provido o presente Recurso de Revista, para o fim
de ser reformado o acórdão, nos tópicos abordados.

Requer-se que todas as intimações e notificações sejam


realizadas em nome de LOUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS, OAB/PR
8.123, sob pena de nulidade.

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Fls.: 498

Termos em que,
Pede deferimento.
Curitiba, 30 de julho de 2015.

Liziane Blaese Cardoso Machado Sílvia Rocha Snak


OAB/PR 41.386 Assistente jurídico

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Fls.: 499

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. cddd3be - Pág. 1
Número do documento: 15073016213558000000044718228
Fls.: 500

SUBSTABELECIMENTO

. LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS, brasileira,


advogada, inscrita na OAB/PR sob no 8.123, profissional pertencente ao
escrit6rio PEREIRA GIONEDIS, pessoa jurldica de direito privado, inscrito
no CNPJ sob no 81.908.543/0001-03, com sede na Rua David Carneiro, no

270, onde recebe intimag6es, substabelece, com reseryas, a LIZIANE


BLAESE CARDOSO MACHADO, DAIANE VILELA VIANA E FLAVIA
RIBEIRO DE CAMPOS, brasileiros, advogados, inscritos na OAB/PR sob o
no 41.386, no 66.463 e no 52.898, respectivamente, residentes e domiciliados

em Curitiba-PR, profissionais pertencentes ao Escrit6rio Pereira Gion6dis


Advocacia, os poderes que me foram conferidos por BANGO DO BRASIL
S.A., na conformidade com o instrumento de mandato incluso, sendo
vedado no entanto, receber notificag6es e intimagdes, devendo as
mesmas serem realizadas em nome LOUISE RAINER PEREIRA
GIONEDIS, OAB/PR 8.129, tamb6m com escrit6rio profissional na Rua
David Carneiro, no.270, Curitiba-PR, CEP: 80530-070.

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:11 - d25e9d9
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d25e9d9 - Pág. 1
Número do documento: 15073016225213400000044718229
Fls.: 501

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:11 - d25e9d9
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d25e9d9 - Pág. 2
Número do documento: 15073016225213400000044718229
Fls.: 502

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016225213400000044718229
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d25e9d9 - Pág. 3
Número do documento: 15073016225213400000044718229
20/04/2015 consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru_novosite/gerarHTML.asp Fls.: 503
Gerado a partir de http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru_novosite/gru_simples_parte2.asp
Código de Recolhimento 18740-2
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Número do Processo 00008555520135120004
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Guia de Recolhimento da União Competência 04/2015
GRU JUDICIAL
Vencimento 22/04/2015

Nome do Contribuinte / Recolhedor :


CNPJ ou CPF do Contribuinte 00.000.000/3725-79
Banco do Brasil S.A

Nome da Unidade Favorecida:


UG / Gestão 080013 / 00001
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12A.REGIAO
Nome do Requerente / Autor: Luana Roberta Rabelo (=) Valor do Principal 240,00

CNPJ/CPF do Requerente / Autor: (-) Desconto/Abatimento

Seção Judiciária: Vara: 1 Classe: (-) Outras deduções

Base de Cálculo: (+) Mora / Multa

Instruções: As inf ormações inseridas nessa guia são de exclusiv a


(+) Juros / Encargos
responsabilidade do contribuinte, que dev erá, em caso de dúv idas, consultar a
Unidade Fav orecida dos recursos.
(+) Outros Acréscimos
Pagamento Exclusivo na Caixa Econômica Federal ou no Banco do
Brasil S/A
(=) Valor Total 240,00
[STN7A4970C98AF5A43026DE6C93BA6E8F9D]

85840000002-7 40000280187-1 40001072000-1 00000372579-0

Código de Recolhimento 18740-2


MINISTÉRIO DA FAZENDA
Número do Processo 00008555520135120004
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Guia de Recolhimento da União Competência 04/2015
GRU JUDICIAL
Vencimento 22/04/2015

Nome do Contribuinte / Recolhedor:


CNPJ ou CPF do Contribuinte 00.000.000/3725-79
Banco do Brasil S.A
Nome da Unidade Favorecida:
UG / Gestão 080013 / 00001
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12A.REGIAO

Nome do Requerente / Autor: Luana Roberta Rabelo (=) Valor do Principal 240,00
CNPJ/CPF do Requerente / Autor: (-) Desconto/Abatimento

Seção Judiciária: Vara: 1 Classe: (-) Outras deduções

Base de Cálculo: (+) Mora / Multa

Instruções: As inf ormações inseridas nessa guia são de exclusiv a


responsabilidade do contribuinte, que dev erá, em caso de dúv idas, consultar a (+) Juros / Encargos
Unidade Fav orecida dos recursos.
(+) Outros Acréscimos
Pagamento Exclusivo na Caixa Econômica Federal ou no Banco do
Brasil S/A
[STN7A4970C98AF5A43026DE6C93BA6E8F9D] (=) Valor Total 240,00

85840000002-7 40000280187-1 40001072000-1 00000372579-0

http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru_novosite/gerarHTML.asp 1/1

Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:10 - 05b7601
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016221752200000044718230
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 05b7601 - Pág. 1
Número do documento: 15073016221752200000044718230
Portal Jurídico https://juridico.intranet.bb.com.br/paj/paginas/negocio/processo/custos...
Fls.: 504

SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL


23/04/2015 - PORTAL JURIDICO - 12:57:53
OUVIDORIA BB 0800 729 5678
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
CLIENTE: BANCO DO BRASIL S.A.
AGENCIA: 01970-4
================================================
CONVENIO STN - GRU JUDICIAL
CODIGO DE BARRAS 85840000002-7 40000280187-1
40001072000-1 00000372579-0
NUMERO DE REFERENCIA 08555520135120004
CPF/CNPJ 00000000000000
DATA DO PAGAMENTO 22/04/2015
VALOR TOTAL 240,00
------------------------------------------------
AUTENTICACAO SISBB:
6.4AB.136.78A.A5C.4D5

1 de 1 23/04/2015 12:58
Assinado eletronicamente por: LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO - 30/07/2015 16:24:10 - 05b7601
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15073016221752200000044718230
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 05b7601 - Pág. 2
Número do documento: 15073016221752200000044718230
Fls.: 505

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL


REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA SILVA EIRELI ME, devidamente qualificada nos autos em epígrafe, de


reclamatória trabalhista que lhe move LUANA ROBERTA RABELO, igualmente qualificada, por
intermédio de seu procurador judicial que esta subscreve, requerer a juntada do recurso de revista anexo,
pugnando pelo seu regular processamento.

Termos em que, pede deferimento.


De Maringá-PR p/
Florianópolis-SC, em 06 de agosto de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva

OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:50 - c60372d


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616373335400000044718196
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c60372d - Pág. 1
Número do documento: 15080616373335400000044718196
Fls.: 506

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:55 - fb5b3f5


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617055410500000044718218
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. fb5b3f5 - Pág. 1
Número do documento: 15080617055410500000044718218
Fls.: 507

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Processo: 00764-2008-801-10-00-8 RO (Acordão 1ª Turma)


Origem: 1ª Vara do Trabalho de PALMAS/TO
Juíz(a) da Sentença: Reinaldo Martini
Relator: Juiz João Luis Rocha Sampaio
Revisora: Desembargadora Maria Regina Machado Guimarães
Julgado em: 31/03/2009
Publicado em: 17/04/2009 no DEJT
Recorrente: João Batista da Cunha Araújo
Advogado: Ludmilla Costa Lisita
Recorrido: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - Ect
Advogado: Luiz Cláudio de Almeida
Recorrido: Banco Bradesco S.A.
Advogado: Juliana Picolo Salazar Costa

Acordão do(a) Exmo(a) Juiz João Luis Rocha Sampaio


EMENTA
BANCO POSTAL. ISONOMIA. BANCÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, com a instituição do Banco Postal, agregou as suas funções atividades
desempenhadas por correspondentes bancários. Todavia, em momento algum passou a ter como atividade
principal ou acessória a intermediação ou aplicação de recursos, ou seja, não passou a integrar o Sistema
Financeiro Nacional.
RELATÓRIO
A MM. 2ª Vara do Trabalho de Palmas - TO, por intermédio da sentença de fls. 894/902, da lavra do
Exmo. Juiz Reinaldo Martini, julgou improcedentes os pedidos formulados na reclamação trabalhista movida
por JOÃO BATISTA DA CUNHA ARAÚJO contra EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELÉGRAFOS - ECT (primeiro reclamado) e BANCO BRADESCO S.A (segundo reclamado).
Inconformado, o reclamante interpôs recurso ordinário às fls.905/916. Regularmente intimados, o primeiro e
segundo reclamados apresentaram contra-razões às fls. 919/931 e 935/940, respectivamente. Na forma
regimental, dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho (RI, art.102,I). É o relatório.
VOTO
ADMISSIBILIDADE Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade, conheço do
recurso ordinário. Conheço do documento juntado pelo reclamante às fls. 951/958, uma vez que é público,
porquanto trata-se de decisão prolatada por este Egrégio Tribunal. DA PRELIMINAR DE NULIDADE
DA SENTENÇA - CERCEAMENTO DE DEFESA Argúi o Recorrente a preliminar de nulidade da
sentença, por cerceamento de defesa, uma vez que fora impedido de comprovar as atividades
desempenhadas nas dependências da reclamada, ante o indeferimento do depoimento das testemunhas que
trouxe a Juízo. Contudo, sem razão. Registro que, de fato, consignou-se na ata de audiência à fl. 890,
seguido dos protestos da patrona do reclamante, que "o autor pretende ouvir testemunhas para provar o
alegado na inicial", requerimento que foi indeferido pelo Juiz condutor da instrução na perspectiva "que a
matéria a ser debatida cinge-se a exclusividade de direito". Como é sabido, o juiz é o destinatário da prova
e, na dicção do art. 765 da CLT, tem ampla liberdade na direção do processo, devendo velar pela rápida
solução do litígio. Por óbvio que nessa missão não pode desprezar o direito da parte ao contraditório e a
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mais ampla defesa enquanto franquias constitucionais. Certo, ainda, que a instrução processual, como ato
técnico- formal, subordina-se ao procedimento legal. E autoriza a lei o indeferimento de inquirição de
testemunhas sobre fatos já provados por documento ou confissão da parte (CPC, art. 400, I). Trata-se de
litígio envolvendo o pedido de reconhecimento judicial da condição de bancário do reclamante, eis que
desempenha suas atividades no Banco Postal - correspondente bancário que utiliza as instalações da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Conforme bem observado pelo Juízo originário, necessidade
alguma havia de se ouvir as testemunhas arroladas pelo Autor, na medida em que os fatos alegados estão
suficientemente esclarecidos pela farta prova documental produzida nos autos. Ademais, o objetivo da
prova era comprovar as funções desempenhadas pelo reclamante, o que restou incontroverso, dado que o
primeiro reclamado não se insurgiu contra tais alegações. Desse modo, nenhum reparo merece a decisão
que indeferiu a inquirição de testemunhas. Rejeito, assim, a preliminar. MÉRITO BANCO POSTAL.
ISONOMIA. BANCÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. Insurge-se o reclamante contra o indeferimento
pelo Juízo originário do pedido de reconhecimento de sua condição de bancário, dada a natureza das
atividades desempenhadas na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O Juízo originário analisando
percucientemente as provas produzidas e utilizando as razões do Juiz do Trabalho Francisco Rodrigues
Barros, adotou os seguintes fundamentos: " DO BANCO POSTAL E DAS INSTITUIÇÕES
BANCÁRIAS Cuida-se de instituição prevista e definida pela Portaria do Ministério de Estado das
Comunicações assim redigida em seu art. 1º: "Instituir o Serviço Financeiro Postal Especial, denominado
Banco Postal, a ser prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, de acordo com os
princípios gerais definidos nesta Portaria e em normas específicas pertinentes" (...) Pois bem, da análise das
tarefas acima descritas, em comparação às finalidade das instituições financeiras, não vislumbro
terceirização de atividade-fim. Vejamos: Receber e encaminhar propostas de abertura de contas de
depósitos não se consubstanciam em tarefas afetas exclusivamente a bancos, vez que a ECT não possui
competência alguma para aprovar ou não as propostas, sendo certo que ela apenas e tão-somente
intermedeia o proponente e o banco parceiro, utilizando-se para tanto de sua infra-estrutura espalha por
todo o País. Receber pagamentos decorrentes de convênio de prestação de serviços mantidos na forma da
regulamentação em vigor nada mais é do que aquilo que todas as casas lotéricas já fazem há anos
(pagamento de água, energia elétrica, telefone, e.g.), sem que se possa afirmar que as pessoas que
trabalham nessas casas sejam bancários. Pagar e receber ordens de pagamento, até um certo valor,
referentes ao banco parceiro, também é processo massificado nas casas lotéricas de todo o País. Receber
e encaminhar propostas de empréstimos e financiamentos, sem que se possa falar em atuação efetiva na
pactuação desses empréstimos e financiamentos (que são da inteira responsabilidade do banco parceiro,
diga-se) não me parece caracterizar a terceirização alegada. Executar serviços de processamento de dados
relativos aos serviços do banco-postal é decorrência lógica do serviço prestado. Aliás, a sum. 239 do C.
TST bem explicita o entendimento da Corte Superior no que toca ao pessoal da área de processamento de
dados que presta serviço (terceirizado) a banco. Neste sentido, ainda, a sum. 117 também parece
demonstrar a vertente do Tribunal Superior no tocante à equiparação de categoria diferenciada aos
bancários. Continuando, a análise de crédito é rotineiramente feita pelas mais simples casas de comércio
varejista do País, sendo induvidoso que não se vislumbra nas pessoas que fazem esta análise (os chamados
analistas de crédito) a condição de bancários, muito menos que tenha havido terceirização entre bancos e
estes comércios de pequeno porte. De tudo o quanto foi visto ressalta que as funções típicas das instituições
financeiras não foram passadas à alçada do Banco Postal, senão que apenas as comezinhas ações de
intermediação, também executadas, é verdade, pelas agências bancárias naqueles centros que apresentam
viabilidade econômica compatível com o investimento de abertura e manutenção da agência perene. O
Banco Postal não capta recursos de terceiros (em nome próprio, por sua conta e risco); não intermedeia
ou aplica recursos de terceiros (por sua conta e risco) ou próprios; não trabalha com moeda estrangeira e a
custódia de recursos que faz não destoa daquela que uma agência dos correios mantém a seu dispor no seu
dia-a-dia (aliás, é da sua competência institucional o recebimento, expedição, transporte e entrega de
objetos de correspondência, valores e encomendas, nos termos do art. 7º da lei 6538/78). Veja-se, ainda,
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a questão por outros ângulos. Seria cabível falar na incidência do art. 508 da CLT (falta grave) para os
equiparados a bancários? Como fazer atuar as negociações coletivas entabuladas pelos bancos sobre os
contratos firmados pela ECT, se a sum. 374 do C. TST não permite tal extensão sequer para as categorias
diferenciadas que compõem o quadro do mesmo empregador? E o que dizer da incidência parcial das CCT
´s se a teoria do Gonglobamento assim não orienta? Concluindo, não nego que o desempenho das funções
atinentes ao Banco Postal exige dos empregados da ECT uma dedicação, esforço e habilidade outras que
aquelas para as guias seu pessoal tenha sido contratado. Ocorre que este fato inequívoco (e digno de
reconhecimento e elogios pela sociedade), não me parece possuir aptidão suficiente para equiparar o
pessoal da ECT aos bancários. De aplaudir-se, por isso, tanto a categoria profissional dos empregados dos
Correios, como a própria Direção da empresa, que, via negociação coletiva, estabeleceu diferencial
remuneratório para aqueles que se ativaram na labuta do Banco Postal, enquanto durar a prestação de
serviço especial. Tal proceder além de reconhecer, valorizar e estimular o pessoal da casa (sem ignorar a
indireta participação no proveito advindo dos ganhos com o convênio), dá à questão solução equânime,
eficaz e prática, vez que àqueles que se ativarem na labuta especial do Banco Postal fica garantida uma
majoração da remuneração, e àqueles que se mantiverem a margem deste processo permanecem apenas
com as vantagens do cargo para o qual foram concursados (ou eventuais outras gratificações). A
inescondível função social do Banco Postal, levando cidadania aos mais distantes e abandonados lugares
deste País, não ousou criar mais uma instituição financeira. Apenas fez uso inteligente e dinâmico de uma
estrutura física já instalada e de um contingente humano dedicado e capaz para, através de uma prestação
de serviço mínima, dar aos desamparados destas localidades um arremedo de inclusão social. Apesar disso
(e não é pouco, reconheça-se), esse mínimo não se consubstancia em terceirização de atividade-fim, vez
que o Banco Postal longe está de uma agência bancária. Não acolhendo a tese da equiparação,
despiciendo discutir sobre os direitos dela decorrentes" (fls. 897/901). Como se vê, a decisão originária
pautou-se no entendimento de que as atividades desempenhadas pelo reclamante no Banco Postal não
correspondem a totalidade das atividades desenvolvidas pelos bancários. Prefacialmente, convém ressaltar
que, para verificar a existência de similaridade entre as atividades desempenhadas pelo reclamante e as
realizadas pelos bancários, é necessário uma retrospecção e análise acurada sobre a legislação
regulamentadora da matéria. Depreende-se do acervo probatório que a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos celebrou contrato de prestação de serviços como correspondente bancário (fls. 50/62). A
cláusula primeira estabelece a relação dos serviços bancários a serem desempenhados, in verbis: "I)
recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de
poupança; II)recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança;
III)aplicações e resgates em fundos de investimentos; IV)recebimentos e pagamentos decorrentes de
convênios de prestação de serviços mantidos pelo CONTRATANTE na forma da regulamentação em
vigor; V)execução ativa e passiva de ordens de pagamento em nome do CONTRATANTE; VI)recepção e
encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos; VII)análise de crédito e cadastro;
VIII)execução de cobrança de títulos; IX)outros serviços de controle, inclusive processamento de dados,
das operações pactuadas; X)outras atividades autorizadas pelo Banco Central do Brasil, a critério das
partes." A função de correspondente bancário foi criada pela Resolução 2.707/00 do Conselho Monetário
Nacional, com o objetivo de permitir que as populações de localidades distantes ou de bairros pobres, sem
agência bancária, tivessem acesso a serviços básicos, como abertura de contas correntes e de caderneta de
poupança, pagamento de contas, recebimento de salários, execução de ordens de pagamento, análise de
crédito e movimentação de aplicações financeiras. Agências lotéricas e de Correios além de farmácias e
padarias logo se tornaram correspondentes bancários. Como se vê, a atividade como correspondente
bancário não é restrita aos Correios, hoje é possível encontrar estas unidades em diversas localidades. A
Resolução nº 3.110/03 do Banco Central altera e consolida as normas que dispõe sobre a contratação de
correspondentes no país, para tanto disciplina em seu artigo 5º a diferença entre correspondente bancário e
instituição financeira: "Art. 5º As empresas contratadas para a prestação de serviços de correspondente nos
termos desta resolução estão sujeitas às penalidades previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso
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venham a praticar, por sua própria conta e ordem, operações privativas de instituição financeira". Desta
forma, depreende-se do artigo supracitado que os correspondentes bancários incidirão em penalidades
caso realizem operações privativas de instituição financeira, logo não realizam todas as atividades inerentes
às citadas instituições. Some-se a isso o conceito de Instituição Financeira estabelecida no artigo 17 da Lei
nº 4.595/64, verbis: "Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor,
as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenha como atividade principal ou acessória a coleta,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou
estrangeira , e a custódia de valor de propriedade de terceiros". Ademais, a atividade econômica explorada
pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não só abrange os serviços de postagem e de entrega de
documentos, mas também a de movimentação de valores, como se pode defluir dos dispositivos contidos
na Lei nº 6.538/78, precisamente no §4º do art. 2º e art. 7º, reproduzidos a seguir: "Art. 2º - O serviço
postal e o serviço de telegrama são explorados pela União, através de empresa pública vinculada ao
Ministério das Comunicações. § 1º - Compreende-se no objeto da empresa exploradora dos serviços: a)
planejar, implantar e explorar o serviço postal e o serviço de telegrama; b) explorar atividades correlatas;
c) promover a formação e o treinamento de pessoal necessário ao desempenho de suas atribuições; d)
exercer outras atividades afins, autorizadas pelo Ministro das Comunicações. (...) § 4º - Os recursos da
empresa exploradora dos serviços são constituídos: a) da receita proveniente da prestação dos serviços; b)
da venda de bens compreendidos no seu objeto; c) dos rendimentos decorrentes da participação societária
em outras empresas; d) do produto de operações de crédito; e) de dotações orçamentárias; f) de valores
provenientes de outras fontes. (...) Art. 7º - Constitui serviço postal o recebimento, expedição, transporte e
entrega de objetos de correspondência, valores e encomendas, conforme definido em regulamento. (...) § 2º
- Constitui serviço postal relativo a valores: (...) c) recebimento de tributos, prestações, contribuições e
obrigações pagáveis à vista, por via postal". A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, com a
instituição do Banco Postal, agregou as suas inúmeras funções, aquelas mencionadas alhures. Contudo, em
momento algum passou a ter como atividade principal ou acessória a intermediação ou aplicação de
recursos, ou seja, não passou a integrar o sistema financeiro nacional. Não resta dúvida de que a criação do
Banco Postal não apenas estava inserida no objetivo social da empresa, como veio a se constituir em
serviço de utilidade pública firmado pelo Ministério das Comunicações e o Sistema Financeiro Nacional
com o aval do Banco Central, como se pode constatar do teor da Portaria nº 588/2000 da lavra do
Ministério da Comunicação e da Resolução do Banco Central nº 2707/00. A Portaria nº 588/2000 do
Ministério das Comunicações reforça este entendimento: "Art. 2º. Os serviços relativos ao Banco Postal
caracterizam-se pela utilização da rede de atendimento da ECT para a prestação de serviços bancários
básicos, em todo o território nacional, como correspondente de instituições bancárias, na forma definida
pela Resolução do Conselho Monetário Nacional de nº 2.707, de 30 de março de 2000". Ainda que assim
não fosse, o próprio reclamante declarou que "os empregados envolvidos com o Banco Postal utilizam
cerca de 60 a 90% de ser esforço diário em atividades ligadas ao Banco" (fl.07). Como se vê, as
atividades executadas pelo reclamante não estão restritas à prestação de serviços ao Banco Postal. Na
verdade, o autor continua desempenhando atividades ínsitas ao cargo de "Atendente Comercial II".
Ressalte-se, ainda, por oportuno, que o exercício das atividades relacionadas ao Banco Postal garantem
ao autor um plus salarial, conforme depreende-se dos documentos colacionados às fls. 22/23 e 27/49. Por
fim, recentemente este Egrégio Tribunal, no processo nº 00762-2008-802-10-00-5 (Rel. Juiz Relator
Gilberto Augusto Leitão Martins), decidiu pela impossibilidade de enquadramento como bancário do
empregado que exerce atividades no Banco Postal. No mesmo sentido, as seguintes jurisprudências:
"DIFERENÇAS SALARIAIS. DESVIO DE FUNÇÃO. NÃO CONFIGURADO. Não há que se falar
em fraude a lei ou alteração lesiva do contrato de trabalho do reclamante e, consequentemente, da
incidência dos artigos 9º e 468 da CLT ou aplicação do art. 5º da CF, neste último caso, porque não se
vislumbra, em hipótese alguma, afronta ao princípio da isonomia, posto que, como muito bem realçado no
primeiro grau de jurisdição, o reclamante estava vinculado a empresa pública com objetivo econômico
diverso e as variadas atividades desempenhadas no âmbito do seu cargo, em sua maior parte vinculadas
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precipuamente às atividades postais no decorrer de sua jornada, o afastam por completo da categoria dos
bancários. Recurso Ordinário ao qual se nega provimento" (TRT 6ª Região – Processo n.º 01096-2007-
017-06-00-7, Rel. JUÍZA ANA CRISTINA DA SILVA FERREIRA LIMA, DJ 18.9.2008). AGRAVO
DE INSTRUMENTO - EQUIPARAÇÃO À CATEGORIA DOS BANCÁRIOS - ECT - BANCO
POSTAL - DECISÃO REGIONAL EMBASADA NA ANÁLISE DO CONJUNTO PROBATÓRIO
DOS AUTOS - ÓBICE DA SÚMULA 126 DO TST. 1. Segundo a diretriz da Súmula 126 do TST, é
incabível o recurso de revista para reexame de fatos e provas. 2. Na hipótese vertente, o Regional, com
base no conjunto fático-probatório dos autos, concluiu que as atividades desenvolvidas pela Reclamante
não se caracterizavam como preponderantemente bancárias, pois a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos - ECT - não se assemelha a banco ou a casa bancária e os serviços desenvolvidos pelo
chamado -banco postal- são meramente periféricos e não se encaixam na definição de trabalho bancário.
3. Nesse contexto, somente pelo reexame das provas é que se poderia, em tese, modificar a decisão
recorrida, emergindo como obstáculo à revisão pretendida a orientação fixada no verbete sumulado
supramencionado. 4. Sendo assim, não há como divisar violação dos arts. 224, 225 e 226 da CLT e 7º e
37 da CF em torno da questão de prova. Agravo de instrumento desprovido"(TST 4ª Turma – AIRR
3.099/2005-005-09-40.1, Rel. Ministro Ives Gandra Martins Filho). Desta forma, o fato de o reclamante
desempenhar, além das atividades ínsitas ao cargo de "Atendente Comercial II", atribuições como
correspondente bancário não tem o condão, por si só, de conferir ao autor os direitos previstos para a
categoria dos bancários. Escorreita a sentença. Nego provimento. CONCLUSÃO Em face do exposto,
conheço do recurso ordinário, rejeito a preliminar de nulidade da sentença e, no mérito, nego-lhe
provimento, nos termos da fundamentação.
CONCLUSÃO
Por tais fundamentos, ACORDAM os Desembargadores da Egrégia Primeira Turma do Tribunal Regional
do Trabalho da Décima Região, em sessão realizada na data e nos termos da respectiva certidão de
julgamento (v. fls. retro), por unanimidade, aprovar o relatório, conhecer do recurso, rejeitar a preliminar de
nulidade da sentença e, no mérito, negar-lhe provimento, nos termos do voto do Juiz Relator. Ementa
aprovada. Brasília/DF, 31 de março de 2009(Data do Julgamento). JOÃO LUIS ROCHA SAMPAIO Juiz
Convocado Relator

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Fls.: 525

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL


DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA SILVA EIRELI ME, devidamente qualificada nos autos em epígrafe,


de reclamatória trabalhista que lhe move LUANA ROBERTA RABELO, igualmente qualificada,
por intermédio de seu procurador judicial que esta subscreve, vem tempestiva e respeitosamente
à presença de Vossa Excelência interpor o competente RECURSO DE REVISTA, com fulcro no
art. 896, alínea “a” e “c” da CLT, nos termos e fundamentos das razões em anexo.

Desta forma, pugna-se pelo recebimento e regular processamento do


presente recurso, com a devida remessa dos autos ao Tribunal Superior do Trabalho, para, no
mérito, dar-lhe total provimento.

Termos em que, pede deferimento.


De Maringá-PR p/
Florianópolis-SC, em 06 de agosto de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva


OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

[1]

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Fls.: 526

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EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RECORRENTE: SAURA SILVA EIRELI - ME

RECORRIDA: LUANA ROBERTA RABELO

ORIGEM: 3ª TURMA DO TRT DA 12ª REGIÃO – SC

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

RAZÕES DE RECURSO REVISTA

Não obstante os argumentos expendidos pela 3ª Turma do Tribunal Regional


do Trabalho da 12ª Região, a Recorrente se reserva ao direito de discordar, em parte, do v.
Acórdão prolatado, valendo-se do presente remédio processual, nos termos e fundamentos a
seguir aduzidos.

1. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Conforme mencionado anteriormente, evidente o interesse recursal no caso


em voga, tendo em vista a violação do Direito objetivo nacional, e ainda, a Recorrente está
devidamente assistida por advogados regularmente constituídos.

Ademais, considerando que o Acórdão foi publicado em 29.07.2015 (quarta-


feira), iniciou-se a contagem do prazo no dia 30.07.2015 (quinta-feira), de forma que o termo para
interposição do recurso de revista é o dia 06.08.2015 (quinta-feira). Portanto, tempestivo o
presente recurso.

Comprova-se, ainda, o recolhimento do depósito recursal mediante guia em


anexo (doc. 01), cuja autenticidade é declarada pelos advogados signatários, nos termos do artigo
830 da CLT, ressaltando-se que o valor segue o disposto na Súmula 128/TST.

Ressalte-se que o valor depositado corresponde ao complemento da


diferença entre o valor da condenação provisória e o valor do depósito recursal anteriormente
efetuado por ocasião do recurso ordinário. Ou seja, a soma dos depósitos recursais (RO e RR)
corresponde ao valor da condenação provisória que se fixa como teto.

[2]

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Fls.: 527

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2. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

A presente medida visa reformar a decisão guerreada, tendo em vista que os


pontos adiante alinhavados contrariam texto expresso da Constituição Federal, o que revela a
necessidade deste C. Tribunal Superior do Trabalho, como instância máxima em matéria
exclusivamente trabalhista, decidir o assunto.

2.1) DO PREQUESTIONAMENTO

Inicialmente, vale destacar que a matéria em tela foi devidamente


prequestionada eis que expressamente enfrentada na decisão recorrida, sendo destacados
abaixo, nos termos do artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, os trechos da decisão ora recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvérsia, conforme segue:

2. MÉRITO
Correspondente bancário
A primeira ré (Saura Consultoria Eireli EPP) insurge-se contra a decisão de fundo que
reconheceu a ilegalidade da terceirização havida em favor do segundo réu (Banco do
Brasil S.A.), enquadrando a autora na categoria dos bancários, com o alcance dos
benefícios legais e coletivos pertinentes.
Em síntese, pede seja afastada a condenação ao pagamento de verbas inerentes ao
reconhecimento da condição de bancária da autora, aventando não ter havido
terceirização ilícita, porquanto esta desenvolveu atividades de agente operacional,
prestando auxílio e vendendo produtos a clientes do segundo réu, angariando clientes
para a concessão de crédito e a abertura de contas, o que, segundo ela , não está ligado à
atividade-fim de instituição bancária.
Aduz que a atuação de correspondente bancário é lícita e regulamentada pelo Banco
Central do Brasil, em especial pelas Resoluções n.º 002707, 003110 e 003156.
Sustenta que o correspondente bancário não se encaixa na acepção de instituição
financeira de que cuidam as Leis nºs 4.595/1964 e 7.492/1986.
Razão não lhe socorre.
O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o seguinte (ID
590160):
1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa SAURA SILVA & RICOLDI
LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no País, com vistas à execução
e ao processamento de transações referentes aos seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança;
II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de
poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;
[3]

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Fls.: 528

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III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de 2 de 5


10/07/2015 14:40 prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da
regulamentação em vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações
pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam praticamente toda a rotina
de um trabalhador bancário, transformando o suposto "correspondente bancário" em
uma tradicional agência de banco.
Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha ouvida, indicada pela
autora, a qual asseriu que as atividades dela e da autora envolviam (ID 1097466, p. 1):
(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado: empréstimos, abertura de
contas, seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora implicavam o cadastro
do cliente, conferência e recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema da
1ª demandada e encaminhamento para que o fechamento das operações fosse realizado
Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização, não houve
sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.
O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:
Art. 3º - Somente podem ser contratadas, na qualidade de correspondente, as
sociedades, os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.
(...) § 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento
definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.
A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida nos serviços
elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as partes (vide transcrição
supra).
O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da
primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente.

[4]

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Fls.: 529

Advocacia Empresarial

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços,
na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.
Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua área de atuação
e potencializar sua atividade econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira agência bancária, com a realização
de transações a ela inerentes.
Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-empregadora da autora era de
uma instituição bancária, correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa
categoria (art. 511, § 3º, da CLT), concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais
pertinentes.
A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os pleitos recursais de imputação à
autora de multa por litígio de má-fé e das custas processuais e condenação ao pagamento
de honorários advocatícios.
Nego provimento ao recurso

E por fim, o v. acórdão proferido em sede de Embargos Declaratórios opostos


pela Recorrente, o qual passou a fazer parte integrante do acórdão recorrido, nos seguintes
termos:

MÉRITO
Contradição, omissão e prequestionamento
A embargante aponta haver contradição no acórdão do ID 5bba33f quando neste, em
primeiro momento, fora admitida a possibilidade legal de contratação de correspondente
bancário e, em seguida, fora decretada a violação à norma regulamentar por suposta
atividade exclusiva de correspondente.
Alega ter a 3ª Câmara equivocadamente entendido pela exclusividade da pessoa jurídica
na atividade de correspondente bancário baseada apenas nas atividades desempenhadas
pela autora, as quais não refletem todos os serviços prestados pela empresa. Aduz ter a
decisão ad quem desconsiderado documentos trazidos aos autos que comprovam tal
condição.
Sustenta ter sido omisso o acórdão regional quanto à análise do argumento de defesa de
que a exclusividade de prestação de serviços não implica exclusividade de atividade.
Aponta, ainda, afronta ao princípio da legalidade a adoção de critérios diversos aos
estabelecidos nas resoluções do Banco Central do Brasil - BACEN. Pede seja dado efeito
modificativo ao julgado e prequestionada a matéria, na forma estabelecida na Súmula nº
297 do Eg. TST.
Sem razão.
Não verifico a necessidade de complementação do acórdão embargado, porquanto nele
foram pronunciados a contento os motivos por que foi negado provimento ao recurso
[5]

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Fls.: 530

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ordinário da ora embargante, sob o fundamento de houve "clara violação às disposições


traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas
que houve desvirtuamento do contrato de correspondente bancário e clara terceirização
ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST" (ID
744f319, p. 4).
Ao contrário do aventado pela embargante, os fundamentos da 3ª Câmara quanto às
atividades prestadas não se basearam nos misteres desenvolvidos pela empregada, tendo
ficado consignado no aresto embargado que "o contrato de prestação de serviços e a
prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação de serviços
em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente" (ID
744f319, p. 3).
Como se verifica, no acórdão regional há expresso posicionamento quanto à ilicitude da
terceirização dos serviços bancários na forma perpetrada pelos réus.
Ressalto que a contradição que dá ensejo ao acolhimento dos embargos declaratórios é
aquela constatada dentro do próprio julgado, não se subsumindo às hipóteses dos arts.
897-A da CLT e 535 do CPC a existência de contradição entre a decisão proferida e a
legislação ou a prova dos autos, questão que importaria error in judicando, atacável por
meio de recurso próprio e não pela via de embargos de declaração.
Quanto ao argumento de que o acórdão regional foi omisso em relação à análise do
argumento de defesa de que a exclusividade de prestação de serviços não implica
exclusividade de atividade, destaco que os fundamentos expendidos na decisão
embargada de que o contrato entre a primeira e o segundo réus não observou das
disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário Nacional (CMN) perpassam
tal premissa.
Mesmo que assim não fosse, pontuo que não cabe ao julgador rebater item a item os
argumentos lançados pelas parte, bastando que exponha a contento os motivos de seu
convencimento (art. 131 do CPC), o que ocorreu no caso em tela.
O propósito revisional buscado pela embargante refoge à via estreita dos embargos de
declaração, devendo ser articulado por meio de medida processual hábil ao objetivo
colimado.
Prequestionamento suprido na forma da Súmula nº 297 e da OJ SDBI-1 nº 118, ambas do
Eg. TST.
Rejeito.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 08 de julho de 2015, sob a
Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes Convocados Hélio
Bastida Lopes e Nivaldo Stankiewicz. Presente a Procuradora Regional do Trabalho Teresa
Cristina D. R. dos Santos.
ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região,
por unanimidade, CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. No mérito, por igual
votação, REJEITÁ-LOS.

[6]

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Fls.: 531

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Desta forma, resta atendido o preceito legal e devidamente prequestionada a


matéria objeto do presente Recurso de Revista.

2.2) DA TRASCENDÊNCIA

Nos termos do art. 896-A, da CLT, os pontos abaixo alinhavados,


incontestavelmente ultrapassam os limites subjetivos da demanda proposta e transcendem em
seus aspectos econômicos, políticos, sociais e principalmente jurídicos, até porque, o que se
invoca é a uniformização jurisprudencial.

3. BREVE HISTÓRICO PROCESSUAL

Trata-se de decisão proferida pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho


de Santa Catarina, que negou provimento ao Recurso Ordinário da Reclamada.

No entanto, referida decisão merece reforma, tendo em vista que,


absolutamente divorciada dos preceitos legais e entendimentos jurisprudenciais inerentes ao
caso.

3.1) O V. ACÓRDÃO VIOLA O DISPOSTO NOS ARTS. 3º, INCISO V, 4º, INCISOS VI E VIII,
17 E 18, § 1º, DA LEI 4.595/64; ART. 14, DA LEI 4.728/65; ART. 3º, § 2º, DA
RESOLUÇÃO 3.594/11 E ART. 8º, INCISOS I AO IX DA RESOLUÇÃO 3.954/2011,
AMBAS DO BACEN - INCIDÊNCIA DO ART. 896, “A”, DA CLT

Entendeu a 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12ª


Região, conforme demonstram o Acórdão Recorrido e a decisão dos Embargos de Declaração,
que o contrato havido entre a primeira e o segundo Reclamados não teria observado as
disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o tema.

Segundo o v. acórdão recorrido, o contrato de prestação de serviços e a


prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do
segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente e que esse fato, por si só
caracterizaria clara violação às disposições traçadas pelo CMN , notadamente através do art. 3º,
§ 2º, da Resolução n. 3.594/11, restando demonstrado o desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do item I
da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Transcreve-se, novamente, o contido no v. acórdão recorrido a respeito do


tema:

O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o seguinte (ID


590160):

[7]

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 7
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Fls.: 532

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1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa SAURA SILVA & RICOLDI
LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no País, com vistas à execução
e ao processamento de transações referentes aos seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança;
II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de
poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;
III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de 2 de 5
10/07/2015 14:40 prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da
regulamentação em vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações
pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam praticamente toda a rotina
de um trabalhador bancário, transformando o suposto "correspondente bancário" em
uma tradicional agência de banco.
...
Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização, não houve
sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.
O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:
Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de correspondente, as
sociedades, os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.
(...) § 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento
definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.
A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida nos serviços
elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as partes (vide transcrição
supra).

[8]

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O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da


primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços,
na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Em resumo o v. acórdão dispõe que o Banco valia-se dos empregados da


primeira ré para ampliar a sua área de atuação e potencializar sua atividade econômica, a ela
repassando serviços correspondentes à sua atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira
agência bancária, com a realização de transações a ela inerentes.

Todavia, Excelências, tal entendimento não pode prevalecer, sendo


totalmente equivocada a interpretação feita pelo v. acórdão no tocante a licitude da contratação
havida entre os Reclamados.

Ao contrário do que restou esposado através do v. acórdão recorrido, a


captação de clientes, o recolhimento de dados e propostas encaminhadas ao Banco, sem
qualquer análise de crédito e sem alçada para tal concessão, é atividade-meio do Banco e própria
do correspondente bancário.

A terceirização, como instrumento de gestão concorrencial pelas empresas, é


fenômeno que o ordenamento jurídico não repudia, salvo nos casos em que manejado de forma
incorreta, com prejuízo ao trabalhador.

Por “forma incorreta” entende-se aquela em que a atividade desenvolvida


pelos empregados da terceirizada guarda nexo com a atividade-fim do tomador dos serviços ou,
então, sob ingerência direta do tomador, em desacordo com a legislação sobre o tema (Súmula
331/TST c/c art. 9º da CLT).

Sobre a Lei 4.595/64, que atribuiu poderes normativos ao Conselho Monetário


Nacional e ao Banco Central, uma sucessão de arguição de inconstitucionalidade foi enfrentada
pelo STF que decidiu, sempre, no sentido de reconhecer o poder normativo de tais
instituições, como, por exemplo, a ADIn 1.394-0/DF, ADIn 1449-DF ou ADIn 2.591-DF.

Da leitura das decisões em tais processos de arguição de


inconstitucionalidade, não resta mais dúvidas a respeito da perfeita legitimidade constitucional do
poder normativo do Conselho Monetário Nacional, mesmo após o advento da Constituição de
1988, há que se reconhecer validade formal à Resolução 3.954/2011 do Banco Central do Brasil
que nada mais é do que uma atualização da Resolução 3.156/03 que, por sua vez, alterou a
redação de alguns dispositivos da Resolução 3.110/03, todas do mesmo órgão e que
regulamentam a possibilidade de terceirização dos serviços não privativos das instituições
financeiras para os chamados 'correspondentes bancários'.

A análise da ementa das referidas resoluções evidencia, com clareza solar,


que visam tornar público decisão do Conselho Monetário Nacional de respaldado nos arts. 3º,
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inciso V, 4º, incisos VI e VIII, 17 e 18, § 1º, da Lei n. 4.595/64 e 14, da Lei 4.728/65, consolidar as
normas que dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de empresas, integrantes ou
não do Sistema Financeiro Nacional, para o desempenho das funções de correspondente no
País.

O que se conclui da leitura de tais Resoluções e legislação própria do


Conselho Monetário Nacional, é que disciplinam, de forma muito mais detalhada do que a feita
pelo C. TST na Súmula 331, a terceirização de atividades do setor.

Admitido o regramento da terceirização por súmula de jurisprudência uniforme


de tribunal, em vários pontos pouco precisa e em outros, um tanto genérica, pouco justificável
seria que não se reconhecesse validade a norma elaborada de forma minuciosa e detalhada,
editada pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, cuja atuação normativa
já teve sua constitucionalidade enunciada pelo Supremo Tribunal Federal, até porque a
Resolução do Bacen, que amparou o argumento da defesa, não destoa da Súmula 331/TST.

Portanto, não restam dúvidas quanto à validade da Resolução 3.954/2011 do


BACEN, o que, aliás, também o foi pelo v. acórdão recorrido.

Segundo termos do v. acórdão recorrido, a terceirização em questão seria


ilícita desde a contratação, porquanto as atividades que desenvolvia guardavam nexo com a
consecução dos fins sociais do Banco do Brasil, ou seja, desenvolvia atividades tipicamente
bancárias.

Consta do artigo 8º, da Resolução do BACEN:

"Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades


de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de
responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos
à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando
à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela
instituição contratante;
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades
decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços
mantidos pela instituição contratante com terceiros;
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio
da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e
de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da
instituição contratante;
VII - (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.)
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VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de


crédito de responsabilidade da instituição contratante; e
IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição
contratante, observado o disposto no art. 9º. Parágrafo único. Pode ser incluída
no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de informações
cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados.
Das atividades acima elencadas, o artigo 3º da Resolução excepciona:

O contrato entre os Reclamados, não elenca atividades que a Resolução do


BACEN não autorize seja desenvolvida por correspondente bancário, sendo fato incontroverso
que durante seu contrato de trabalho, a Recorrida desenvolveu atividades tão somente de agente
operacional, prestando serviços auxiliares operacionais (analise e encaminhamento de
documentos) para clientes do Banco do Brasil S/A, nos processos de concessão de crédito e
abertura de contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com atividades-fim do Banco,
pois a atividade-fim do banco tem como atribuição a gestão de recursos dos clientes das
instituições bancárias e financeiras, o que não era atividade realizada pela Recorrida.

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas


contratadas em estrita observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar
serviços às instituições bancárias, na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam
consideradas terceirização ilícita.

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da


Recorrente, tem por objeto todas aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de
prestação de serviços de correspondente, visando o fornecimento de produtos e serviços de
responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários, conforme dispõe a
Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de
correspondentes no País.

Por obvio, o fato da Recorrente desempenhar serviços de correspondente, na


prestação dos serviços relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do
Brasil S/A, não significa que mantenha contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato
existe contrato regular e legítimo de prestação de serviços como correspondente.

Entender em sentido diverso seria considerar nula ou inválida a Resolução do


Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a
atividade de correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo).
E, como é sabido, todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no
direito, tampouco na justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o


condão de tornar sua atividade como ilícita, e também não tem o condão de torná-los instituições
financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários aos
empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.

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Em recentes julgados assim decidiu o TST, restando desde já justificado que


os referidos acórdãos são transcritos apenas para fundamentar a tese supra, não sendo utilizado
como dissenso jurisprudências, já que as decisões do próprio TST não servem para esse fim:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA. -


ME. CORRESPONDENTE BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE
NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A reclamada, embora
na condição de correspondente bancária, não exerce as atividades
peculiares das instituições financeiras, mas somente os serviços bancários
básicos de uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e provido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso de revista da
reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. - ME que julgou improcedente
a reclamação trabalhista. (TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de
Julgamento: 04/09/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma,
DEJT 06/09/2013).
BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA DIFERENCIADA
DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT. EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE 1. A
ECT, na condição de correspondente bancário (Banco Postal), presta, a par
de sua atividade preponderante e monopolista -- os serviços postais --,
apenas os serviços bancários básicos de uma agência, e não as atividades
típicas e privativas de uma instituição financeira. 2. Não há, pois, como
equiparar as atividades exercidas pelo empregado àquelas dos bancários,
para os fins do art. 224 da CLT. Precedentes. 3. Agravo de instrumento a que
se nega provimento. (TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de
Julgamento: 21/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT
06/09/2013).

Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter


acessório e complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à
empresa não integrante do sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza como ilícita a
atividade, bem como não caracteriza como instituição financeira, tão menos seus empregados
devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

Ainda, vale destacar que a decisão ora atacada é embasada exclusivamente


nas atividades desenvolvidas pela Reclamante, sem qualquer apreciação de matéria fática quanto
às atividades empresariais da Reclamada, e de forma equivocada determinou a exclusividade da
atividade do empregador, desconsiderando inclusive os documentos que instruíram os autos, em
especial o contrato social da Reclamada, que prevê na definição de seu objeto social, as
atividades exercidas como empresa, que são suficientes a contrapor o entendimento de atividade
preponderante de instituição bancária.

Vale mencionar novamente o que determina o art. 3º, § 2º da Res. 3.954/2011


do BACEN:
[12]

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Fls.: 537

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Art. 3º
...
§2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de
atendimento definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja
atividade principal seja a prestação de serviços de correspondente. (grifo nosso)

Denota-se pelo dispositivo, que a vedação de contratação para o exercício de


atuação como correspondente bancário tem como objeto a empresa contratada, e não o seu
empregado. É justamente o que ocorre no presente feito, onde a Reclamante atuou
exclusivamente como agente operacional de correspondente bancário, enquanto a empregadora
manteve sua atividade principal de despachante documental e cobrança, como consta de seu
objeto social, o que não foi objeto de questionamento durante a instrução processual, e nem
mesmo constou do pedido da Reclamante.
No tocante a suposta configuração da ilicitude da terceirização das atividades
de correspondente bancário, o entendimento teve como fundamento a EXCLUSIVIDADE na
atividade do trabalhador Reclamante, e não da empresa, como dispõe a norma regulamentar
aplicável ao feito, o que configura a violação legal do acórdão, pelo que deve ser reformado.

Desse modo, a luz da legislação atinente ao caso versado, ao contrário do


entendimento esposado pelo E. TRT da 12ª Região, através do v. acórdão recorrido, torna-se
necessário seja reconhecido, expressamente, que os serviços prestados pela Recorrente ao
Banco do Brasil S/A, bem como os serviços executados pela Recorrida, estão enquadrados entre
os permitidos aos correspondentes bancários, para os quais foi contratada a empresa prestadora
de serviços, ou seja, entre os expressamente permitidos pela regulamentação do Banco Central
do Brasil, não se confundindo com as atividades-fim do Banco, tão menos tê-la como
terceirização ilícita, por ausência de violação legal, pelo que se requer seja o presente recurso de
revista recebido e provido para o fim de reconhecer e declarar a validade e licitude da
terceirização, bem como para o fim de absolver a Recorrente de qualquer condenação,
notadamente ao pagamento das verbas deferidas em primeiro grau e mantidas pelo v. acórdão
recorrido.

3.2) O V. ACÓRDÃO VIOLA O DISPOSTO NO ART. 17 DA LEI 4.595/1964 -


INTERPRETAÇÃO DIVERSA ENTRE O TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª
REGIÃO E OS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO DA 1ª E DA 10ª REGIÕES, E
DA SDI-1 DO TST – INCIDÊNCIA DO ART. 896, “A” E “C”, DA CLT.

Inicialmente, há que se registrar que o v. Acórdão, equivocadamente


considera ilícita a contratação havida entre os Reclamados, destacando que as atividades da ora
Recorrente constituíram atividade fins do Banco do Brasil e por conta disso, as tarefas executadas
pela Recorrida, deveriam ser equiparadas a dos bancários, inclusive no que diz respeito à jornada
de trabalho e piso salarial, além de outros benefícios decorrentes de normas sindicais e
convencionais, haja vista que manteve a decisão de primeiro grau, ainda que por fundamentos um
tanto diversos.

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Fls.: 538

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Isso porque não há como deixar de se reconhecer que as atividades descritas


nos autos, não se caracterizam como atividade fim e sim como atividade meio do Banco do Brasil.

O exercício da atividade de intermediação de recursos financeiros de


terceiros, pelo que o Art. 17 da Lei 4.595/1964 estabelece a atividade privativa não apenas dos
bancos, mas de todas as instituições financeiras, conforme se verifica da redação a seguir:

Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação


em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como
atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor,


equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam
qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou
eventual.

É o parágrafo 1º do Art. 18 da referida lei que lista quais são as instituições


financeiras a que se refere o artigo anterior, conforme abaixo:

Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País


mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto
do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades de


crédito, financiamento e investimentos, das caixas econômicas e das cooperativas
de crédito ou a seção de crédito das cooperativas que a tenham, também se
subordinam às disposições e disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de
valores, companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de
títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas
que exerçam, por conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com a
compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados
financeiros e de capitais operações ou serviços de natureza dos executados pelas
instituições financeiras. (grifos nossos)

Diante ao disposto na legislação pátria sobre a configuração da atividade


financeira, faz-se necessário verificar: (i) qual o objeto social da Recorrente; (ii) quais as
atividades objeto do contrato de prestação de serviços firmado com a 1ª Reclamada; e (iii) quais
as atividades efetivamente prestadas pelo Recorrido.

Observa-se que todos os pontos destacados no parágrafo anterior foram


expressamente registrados ou pela r. sentença de primeiro grau ou pelo v. Acórdão Recorrido,
que reconheceu o objeto social da Recorrente diverso à atividade financeira, que os serviços
prestados pela Reclamada foram os contratados e destinados aos correspondentes, segundo as
normas do Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil, e por fim, que as atividades
prestadas limitavam-se à captação de clientes e recolhimento e encaminhamento de documentos.
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Fls.: 539

Advocacia Empresarial

Assim, não se faz necessário discutir tais questões, o que implicaria em


revolver fatos e provas, o que é vedado nesta instância superior, a teor da Súmula 126 deste
Colendo Tribunal.

Note-se que o objeto social da Recorrente não traz em seu bojo atividades
financeiras, o que seriam suficientes a afastar seu enquadramento como financeira.

Mesmo considerando que o aludido enquadramento tem como base tão


somente a operação de empréstimo consignado, tem-se que referida operação não se enquadra
no conceito legal de atividade financeira, em especial os arts. 17 e 18 da Lei 4.595/64, bem como
a LC 105/2001, pelo que tais legislações que regem a matéria, especificam de forma objetiva os
requisitos para a caracterização de instituições financeiras, o que inexiste no presente feito.

Primeiramente, convém destacar que a operação de empréstimo consignado,


que tem como partes o Banco e o destinatário do empréstimo (participante de convênio de
consignado), corresponde à atividade prevista no inciso V da Res. BACEN nº 3.954/2011, a qual
não está entre as atividades vedadas pela norma para atuação pelo correspondente.

E mais, a atividade desenvolvida pelo Reclamante nessa operação limitava-


se ao encaminhamento das propostas, que eram analisadas, deferidas e concedidas pela
instituição financeira, no caso, o Banco do Brasil, o que é suficiente a afastar o enquadramento do
Reclamante como financiário, já que não exercia atividades típicas das instituições financeiras,
em especial a de intermediação de recursos financeiros.

Em sentido lato, o termo usual no mercado bancário - intermediação


financeira - compreende três atividades cumulativamente, quais sejam: a coleta de recursos
dos poupadores, a intermediação dos recursos pela instituição financeira, e o repasse dos
recursos aos tomadores de empréstimos, tudo isso com o objetivo de lucro pela maior
remuneração obtida entre os valores coletados e os repassados.

Diante disso, somente as instituições financeiras têm como atividade principal


a intermediação financeira lato sensu, sendo o que as caracteriza. Se uma empresa não realiza a
intermediação financeira lato sensu não pode ser considerada nem banco, nem financeira, pois a
atividade-fim destas empresas é exatamente a mesma.

O termo intermediação, no mercado financeiro, não pode ser tratado de forma


generalizada, não constituindo de fato a suscitada intermediação de recursos financeiros o
trabalho de captação de clientes, recolhimento e encaminhamento de documentação ao Banco,
atividade reconhecidamente exercida pela Reclamante.

Resta demonstrado assim, que a operação de empréstimo consignado é


efetivada pelo próprio Banco, inexistindo a intermediação do recurso pelo correspondente, ou pelo
Reclamante, como ocorre no caso das financeiras, que tem nas lojas a intermediação dos
recursos de terceiros (existe o repasse de valores na cadeia negocial – cliente >> loja >>
financeira), o que inexiste no presente feito, pelo que não se pode equiparar a atividade da
Reclamante com a do bancário.

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Fls.: 540

Advocacia Empresarial

De fato, a Reclamante não tinha entre suas atividades a captação ou


intermediação de recursos financeiros em prol do banco (instituição financeira), o que é suficiente
a afastar a incidência do art. 17 da Lei 4.595/64 ao presente feito.

Assim, considerando a realidade operacional do empréstimo consignado,


onde o Reclamante atuava tão somente no encaminhamento das propostas ao agente concessor
do crédito (Resolução 3.954/2011 do BACEN), há que se reconhecer a inexistência de atividade
de intermediação de recursos financeiros, afastando assim a equiparação das atividades
desenvolvidas pelo Reclamante com aquelas desenvolvidas pelos financiários pelo que deve ser
reformado o v. acórdão que reconheceu a jornada especial de 6 horas diárias em favor do
Recorrido pelo fato do mesmo ser equiparado a financiário.

Ressalta-se, outrossim, que o simples fato da Recorrida trabalhar na venda


de produtos da 2ª Reclamada, em especial produtos relacionados ao crédito e abertura de contas,
não é suficiente para enquadrá-la na categoria dos bancários para fins de aplicação do Art. 224
da CLT.

Fosse assim os empregados das cooperativas de crédito, que exercem


exatamente as mesmas atividades que os correspondentes no País, tais como o preenchimento
de registros cadastrais, recebimento e encaminhamento de propostas de empréstimos e
financiamentos e abertura de contas, dentre outras, estariam sujeitos à jornada de 6 horas diárias,
assim como os bancários.

Perceba-se que nos termos do Art. 18, §1º, da Lei 4.595/1964 as cooperativas
de crédito são também instituições financeiras, como os bancos, mas em razão da previsão da OJ
379 da SDI-1 do TST, não fazem jus a jornada do Art. 224 da CLT, havendo grande equivoco em
aplicar o disposto na Súmula 55 do TST ao caso em tela, equiparando as funções do Recorrente
como financista e reconhecendo direito à jornada descrito no artigo 224 da CLT.

O próprio TST já se manifestou nesse sentido, conforme trecho do julgado a


seguir, o qual é utilizado apenas de forma elucidativa, já que nos termos do Art. 896, “a”, da CLT,
as decisões de turmas do TST não servem como divergência jurisprudencial ensejadora de
Recurso de Revista:

“Note-se, inclusive, que o fato de o trabalhador laborar com atividade


creditícia, por si só, não é suficiente para transmutar a natureza de sua
atividade em bancária, conforme se apreende, analogicamente, da
Orientação Jurisprudencial nº 379 da SDI-1 do TST:
"EMPREGADO DE COOPERATIVA DE CRÉDITO. BANCÁRIO. EQUIPARAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
Os empregados de cooperativa de crédito não se equiparam a bancário, para
efeito de aplicação do art. 224 da CLT, em razão de expressa previsão legal,
considerando, ainda, as diferenças estruturais e operacionais entre instituições
financeiras e as cooperativas de crédito. Inteligência das Leis nºs 4.594, de
29.12.1964, e 5.764, de 16.12.1971."
Aos correspondentes bancários foi permitida apenas a execução de um
conjunto limitado de serviços, sendo mais notáveis: recepção e
[16]

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616411341400000044718221
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 16
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 541

Advocacia Empresarial

encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósito à vista, a


prazo e de poupança; recebimento, pagamento e outras atividades decorrentes
de convênios de prestação de serviços mantidos pelos correspondentes (em
especial, os pagamentos dos concessionários de serviços públicos); e recepção
e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos. Tais
atividades são de natureza estritamente operacional. Dispõe, ainda, o Banco
Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/?CORRESPONDENTESFAQ) que: os
correspondentes bancários podem ser empresas não integrantes do sistema
financeiro nacional; não podem usar a terminação "banco" em seu nome; e a
responsabilidade pelas suas operações é do banco contratante.” (TST. Processo:
ARR - 802-88.2011.5.03.0006. Data de Julgamento: 04/02/2015. Relatora
Ministra: Dora Maria da Costa. 8ª Turma. Data de Publicação: DEJT 06/02/2015.)1

No mesmo sentido têm-se os julgados nos processos RR 630-


74.2010.5.03.0106, RR 444-02.2011.5.03.0111, RR 1601-23.2011.5.03.0139 e RR 1672-
72.2012.5.03.0112.

Assim, resta mais do que claro que as atividades prestadas pela Recorrida
não se inserem nos objetivos finalísticos dos bancos e nem são idênticas àquelas prestadas pelos
empregados bancários, sendo, portanto, incapazes de caracterizar o enquadramento da
Recorrente como bancária e, via de consequência, de ensejar-lhe os benefícios deferidas pelo v.
acórdão recorrido (equiparação salarial, jornada de trabalho de 6 horas, etc).

Assim, com base nas divergências jurisprudenciais trazidas aos autos, o que
possibilita o conhecimento deste Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “a”, da CLT, bem
como com base na violação do Art. 17 da Lei 4.595/1964, o que possibilita o conhecimento deste
Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “c”, da CLT a Recorrente requer a integral reforma do
julgado pela total improcedência da Reclamação Trabalhista no que diz respeito à caracterização
da ilicitude da terceirização.

Consequentemente, requer a exclusão da concessão das horas extras, e


consectários, derivados da jornada dos bancários prevista no Art. 224 da CLT.

As atividades desenvolvidas pela Recorrida, já foram objeto de análise não


apenas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, como também pela SDI-1 do C. TST, a qual já se
posicionou no sentido de não reconhecer a ilicitude da terceirização, por entender que as
mesmas atividades incontroversas exercidas pelo Recorrido não são típicas atividades bancárias
e não estão relacionadas às atividades privativas das instituições financeiras, ou seja, não são
atividades-fim dos bancos. Senão vejamos o que diz o excerto do Acórdão da SDI-1 (DOC. 03)
abaixo transcrito e, em comparação, o trecho do Acórdão Recorrido:

1
Disponível em:
http://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificada2/inteiroTeor.do?action=printInteiroTeor&format=html&highlight=true&numeroFo
rmatado=ARR%20-%20802-
88.2011.5.03.0006&base=acordao&rowid=AAANGhABIAAAILQAAN&dataPublicacao=06/02/2015&localPublicacao=DEJT&query=

[17]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616411341400000044718221
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 17
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 542

Advocacia Empresarial

O enquadramento do autor como bancário, todavia, não parece ser o entendimento a


ser acolhido. Primeiro, porque a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT não
exerce as atividades privativas de uma instituição financeira, mas apenas os seus
serviços básicos. E segundo, porque o critério a ser utilizado para fins de
enquadramento sindical, à exceção da categoria profissional diferenciada, é o da
atividade preponderante da empresa, e não da do empregado. De acordo com o art.
17 da Lei nº 4.595/64, são consideradas instituição financeira aquelas pessoas
jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam as atividades, principal ou acessória, de
coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros, próprios ou de terceiros,
em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
Por outro lado, a teor do art. 1º da Resolução nº 3.110/2003, verifica-se que a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos ECT (primeira reclamada), na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas de uma instituição
financeira, mas apenas os serviços básicos de uma agência bancária, que consiste em:
recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança; depósitos e saques em contas de depósito a vista, a prazo e de
poupança, bem como aplicações e resgates em fundos de investimento; recebimentos,
pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de prestação de serviços,
como aposentadoria, por exemplo; execução ativa ou passiva de ordens de pagamento
em nome do contratante; recepção e encaminhamento de pedidos de propostas de
empréstimos e financiamentos; análise de crédito e cadastro; execução de serviços de
cobrança; recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de
crédito; e outros serviços correlatos.” (TST. SDI-1. E-RR 500-97.2008.5.18.0054. Relator
Ministro Aloysio Corrêa da Veiga. Data de Julgamento: 16/09/2010. Data de
disponibilização no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: 23/09/2010. Data de
Publicação: 24/09/2010.) 2 (grifos nossos)
“O contrato de prestação de serviços firmado entre os réus (ID 930208), dispõe sobre as
atividades a serem realizadas pela primeira ré em favor do segundo réu, dentre as quais
se destacam: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos, de pedido de empréstimos e financiamentos, de emissão de cartões
recebimentos e pagamentos a contas de depósitos, aplicações e resgates de fundos de
investimentos e convênios, execução e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos; análise de crédito e cadastro, análise de crédito e cadastro, serviços de
controle e processamento de operações.
Destaco dos elementos de prova oral, o depoimento da autora em Juízo, em que declara
ter sido admitida pela primeira ré, Saura Consultoria, para trabalhar no auto-
atendimento do segundo réu, Banco do Brasil S.A., nesse mister, realizava empréstimos,
abertura de contas e venda de consórcios.

2
O subscritor desta peça confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio eletrônico
do TST na internet, cujo endereço de acesso é:
https://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificada2/inteiroTeor.do?action=printInteiroTeor&format=html&highlight=true&numeroF
ormatado=E-RR%20-%20500-
97.2008.5.18.0054&base=acordao&rowid=AAANGhAAFAAAGfSAAD&dataPublicacao=24/09/2010&query=

[18]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 18
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 543

Advocacia Empresarial

(...)
Deflui, portanto, que a autora executava suas tarefas no âmbito interno do segundo réu,
Banco do Brasil S.A., em posto de auto-atendimento, e suas atribuições consistiam na
venda de produtos desse, como empréstimos, seguros e consórcios, além de abertura de
contas.
(...)
Não obstante a primeira ré, empregadora, não se insira na contextualização de
financeira, na forma preconizada na Lei n.º 4.595/64 e o vínculo de emprego com o
segundo réu, além de não reiterado em razões recursais, encontra óbice no art. 37, II, da
CF, denoto ter havido a terceirização ilícita de serviços, porquanto a autora
desempenhou tarefas que se inseriam no objetivo fim do banco (tomador de serviços) e
esteve subordinada aos prepostos deste.” (Acórdão Recorrido) (grifos nossos)

Conforme se percebe da comparação entre o trecho do Acórdão proferido


pela SDI-1 do TST (DOC. 03) e o trecho do Acórdão Recorrido, nota-se que aquela entende que a
atuação de empregados de correspondentes no País com atividade ligada a crédito e abertura de
contas, não caracteriza as atividades privativas das instituições financeiras, definidas pelo Art. 17
da Lei nº 4.595/1964.

Verifica-se, ainda, que a mesma listagem de atividades constante do Acórdão


Paradigma da SDI-1 do TST (DOC. 03) repete-se no Acórdão Recorrido quando este se refere ao
objeto do contrato de prestação de serviços firmado pela Recorrente com a 2ª Reclamada.

A divergência se caracteriza ao se observar que, se por um lado constou no


Acórdão Paradigma (DOC. 03) que as atividades de “coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros, próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de
valor de propriedade de terceiros” são cumulativamente consideradas a atividade-fim bancária,
atividade esta não realizada pelos correspondentes no País, por outro lado, o Acórdão Recorrido,
mesmo tendo listado como objeto do contrato de prestação de serviços firmado pelas
Reclamadas as mesmas atividades que o Acórdão Paradigma diz serem prestadas por
correspondentes no País (atividades estas dissonantes daquelas que cumulativamente compõem
a atividade-fim bancária denominada intermediação financeira “lato sensu” do Art. 17 da Lei
4.594/1964, conforme também entende a SDI-1 do TST), acabou por concluir que o Recorrido
executou atividade-fim bancária.

Ressalta-se, ainda, que o Acórdão Paradigma apresentado, proferido pela


SDI-1 do TST é a última decisão de mérito sobre a matéria proferida pela SDI-1 de que se tem
conhecimento. Assim, o Acórdão Paradigma (DOC. 03) cujo trecho foi transcrito acima, é a
decisão que expressa o entendimento atual da SDI-1 do TST sobre a questão de enquadramento
à categoria dos bancários de funcionários dos correspondentes no País, como o Recorrido que
trabalhou para a ora Recorrente.

Facilmente podemos notar que as atividades exercidas por correspondentes


no País, como é o caso da Recorrente e também do Banco Postal (este constante do Acórdão
Paradigma), não são atividades típicas bancárias, pois não constituem o cerne da atividade

[19]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


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Fls.: 544

Advocacia Empresarial

bancária, ou seja, a atividade-fim dos bancos, que é, por sua vez, a intermediação financeira
lato sensu, prevista no Art. 17 da Lei 4.595/1964.

Assim, a atividade-fim bancária não contempla atividades não exclusivas


dos bancos, nem tampouco atividades básicas e meramente auxiliares, serviços prestados
no âmbito dos correspondentes no País, conforme a Resolução CMN 3.954/2011, e antes desta
as Resoluções CMN 3.110/2003 e 2.707/2000.

No mesmo sentido do dissenso pretoriano anterior, o Acórdão do Respeitável


Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DOC. 04) abaixo:

“Pois bem, da análise das tarefas acima descritas, em comparação às finalidades das
instituições financeiras, não vislumbro terceirização de atividade-fim. Vejamos: Receber e
encaminhar propostas de abertura de contas de depósitos não se consubstanciam em
tarefas afetas exclusivamente a bancos, vez que a ECT não possui competência alguma
para aprovar ou não as propostas, sendo certo que ela apenas e tão-somente intermedeia
o proponente e o banco parceiro, utilizando-se para tanto sua infraestrutura espalhada
por todo o País. Receber pagamentos decorrentes de convênio de prestação de serviços
mantidos na forma da regulamentação em vigor nada mais é do que aquilo que todas as
casas lotéricas já fazem há anos (pagamento de água, energia elétrica, telefone, e.g.), sem
que se possa afirmar que as pessoas que trabalham nessas casas sejam bancários. Pagar e
receber ordens de pagamento, até um certo valor, referentes ao banco parceiro, também
é processo massificado nas casas lotéricas de todo o País. Receber e encaminhar propostas
de empréstimos e financiamentos, sem que se possa falar em atuação efetiva na
pactuação desses empréstimos e financiamentos (que são da inteira responsabilidade do
banco parceiro, diga-se) não me parece caracterizar a terceirização alegada. Executar
serviços de processamento de dados relativos a serviços do banco-postal é decorrência
lógica do serviço prestado. (...) De tudo quanto foi visto ressalta que as funções típicas das
instituições financeiras não foram passadas à alçada do Banco Postal, senão que apenas
comezinhas ações de intermediação, também executadas, é verdade, pelas agências
bancárias naqueles centros que apresentam viabilidade econômica compatível com o
investimento de nome de abertura e manutenção da agência perene. O Banco Postal não
capta recursos de terceiros (em nome próprio, por sua conta e risco); não intermedeia ou
aplica recursos de terceiros (por sua conta e risco) ou próprios; não trabalha com moeda
estrangeira e a custódia de recursos (...) A inescoável função social do Banco Postal,
levando cidadania aos mais distantes e abandonados lugares deste País, não ousou criar
mais uma instituição financeira. Apenas fez uso inteligente e dinâmico de uma estrutura
física já instalada e de um contingente humano dedicado e capaz para, através de uma
prestação de serviço mínima, dar aos desamparados dessas localidades um arremedo de
inclusão social. Apesar disso (e não é pouco, reconheça-se), esse mínimo não se
consubstancia em terceirização de atividade-fim, vez que o Banco Postal longe está de
uma agência bancária. Não acolhendo a tese de equiparação, despiciendo discutir sobre os
direitos dela decorrentes. (...) A Resolução nº 3.110/03 do Banco Central altera e consolida
as normas que dispõe sobre a contratação de correspondentes no país, para tanto
disciplina em seu artigo 5º a diferença entre correspondente bancário e instituição
financeira: (...) Some-se a isso o conceito de Instituição Financeira estabelecida no artigo
[20]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 20
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 545

Advocacia Empresarial

17 da Lei 4.595/64 (...) A empresa brasileira de Correios e Telégrafos, com a instituição do


Banco Postal, agregou as suas inúmeras funções, aquelas mencionadas alhures. Contudo,
em momento algum passou a ter como atividade principal ou acessória a intermediação
ou aplicação de recursos, ou seja, não passou a integrar o sistema financeiro nacional.
Desta forma, o fato de o reclamante desempenhar, além das atividades ínsitas ao cargo de
‘Atendente Comercial II’, atribuições como correspondente bancário não tem o condão,
por si só, de conferir ao autor os direitos previstos para a categoria dos bancários.” (TRT
10ª Região. 1ª Turma. RO 00764-2008-801-10-00-8. Relator Desembargador João Luis
Rocha Sampaio. Data de Julgamento: 31/03/2009. Data de Disponibilização no Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho: 16/04/2009. Data de Publicação: 17/04/2009.)3 (grifos
nossos) “O contrato de prestação de serviços firmado entre os réus (ID 930208), dispõe
sobre as atividades a serem realizadas pela primeira ré em favor do segundo réu, dentre as
quais se destacam: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos, de pedido de empréstimos e financiamentos, de emissão de cartões
recebimentos e pagamentos a contas de depósitos, aplicações e resgates de fundos de
investimentos e convênios, execução e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos; análise de crédito e cadastro, análise de crédito e cadastro, serviços de
controle e processamento de operações.
Destaco dos elementos de prova oral, o depoimento da autora em Juízo, em que declara
ter sido admitida pela primeira ré, Saura Consultoria, para trabalhar no auto-atendimento
do segundo réu, Banco do Brasil S.A., nesse mister, realizava empréstimos, abertura de
contas e venda de consórcios.
O representante da primeira ré declarou que a autora realizava a venda de créditos,
abertura de contas e consórcios do segundo réu; que a autora trabalhava no auto
atendimento.
Foi ouvida na condição de informante Luana Roberta Rabelo, indicada pela autora, a qual
disse que: a autora vendia seguros OUROCAP; tinha acesso ao sistema do segundo réu,
através de solicitação realizada aos empregados do segundo réu.
A testemunha Rodrigo de França, indicada pela autora, informou que a autora vendia
empréstimos consignados, fazia a abertura de contas e também acredita que vendesse
seguros.
A testemunha Angelita de Oliveira, indicada pela primeira ré, informou que a autora
vendia empréstimos e consórcios, mas não vendia seguros; trabalhava no auto-
atendimento da agência.
Deflui, portanto, que a autora executava suas tarefas no âmbito interno do segundo réu,
Banco do Brasil S.A., em posto de auto-atendimento, e suas atribuições consistiam na

3
O subscritor desta peça confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio eletrônico
do TRT 10ª Região na internet, cujo endereço de acesso é:
http://www.trt10.jus.br/servicos/consultasap/acordao.php?nProcTrt=06983&tipo_trt=RO&aProcTrt=2008&dt
julgamento_trt=17/04/2009&%20np=00764-2008-801-10-00
8&nj=JO%C3O%20LUIS%20ROCHA%20SAMPAIO&npvoto=168821&tp=RO

[21]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616411341400000044718221
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 21
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 546

Advocacia Empresarial

venda de produtos desse, como empréstimos, seguros e consórcios, além de abertura de


contas.
Ainda, que a primeira ré contratou a autora (dentre outros empregados) visando a
prestação de serviços exclusivamente em benefício e nas dependências do segundo réu,
Banco do Brasil S.A., em tarefas que se inseriam no objetivo fim desse.” (Acórdão
Recorrido) (grifos nossos)

Do trecho do Acórdão Paradigma proferido pelo Tribunal Regional do


Trabalho da 10ª Região em comparação com o trecho do Acórdão Recorrido, percebe-se que um
dos argumentos trazidos por aquele para caracterizar as mesmas atividades realizadas pelo
Recorrido como atividades-meio foi o de que os correspondentes no País não realizam as
atividades-fim dos bancos, conforme Art. 17 da Lei 4.595/1964. Nesse sentido, os
correspondentes no País, como é o caso da Recorrente, não tem competência para aprovar ou
não quaisquer propostas de abertura de contas ou de empréstimos e não captam ou aplicam
recursos de terceiro em nome próprio ou por sua conta e risco. Tais fatos restaram elucidados
pelo r. Acórdão, que transcreveu trecho de prova em que ficou comprovado que à Recorrida cabia
tão somente o oferecimento de empréstimos e contas aos clientes. Em nenhum momento o
Acórdão afirmou que a Recorrido detinha autonomia para aprovar ou negar os empréstimos e
aberturas de contas, mas que a esta cabia tão somente a venda destes produtos.

Ademais, a Resolução CMN 3.110/2003, atual Resolução CMN 3.954/2011,


conforme entendimento esposado no acórdão do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região (DOC. 04), diferencia expressamente as atividades dos correspondentes no País e das
instituições financeiras, estabelecendo, inclusive, em seu Art. 5º, penalidades aos
correspondentes que atuem como instituição financeira.

A proibição permaneceu na Resolução CMN 3.954/2011, em seu Art. 10,


conforme a seguir transcrito:

Art. 10. O contrato de correspondente deve estabelecer:

(...)

XIII - declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização,


por sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições
financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o
infrator às penalidades previstas nas Leis nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e
nº 7.492, de 16 de junho de 1986.

Neste sentido, de extrema importância a leitura de trecho do Acórdão


Paradigma do Respeitável Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (DOC. 05) abaixo, o qual
entende que são atividades típicas da categoria bancária aquelas que impliquem em gestão
e acesso ao numerário e a dados patrimoniais sigilosos dos clientes, de modo que o
Acórdão Recorrido com ele diverge, tendo em vista que, mesmo não tendo o Reclamante,
ora Recorrido, poderes de gestão de valores dos clientes, nem acesso aos seus dados
patrimoniais, sendo que, ao contrário, consignou-se no Acórdão que a Recorrido apenas

[22]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616411341400000044718221
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 22
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 547

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vendia produtos da 2ª Reclamada, houve aquele Colegiado por bem concluir que a
Recorrido executou atividade-fim bancária:

“Recurso do autor improvido, porquanto não há que se falar em inconstitucionalidade da


Resolução 3110/2003 e não restou demonstrada a fraude alegada, consistente na
terceirização irregular perpetrada pelos réus. (...) Quanto às atividades previstas no art.
1º, temos: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança; recebimentos e pagamentos relativos a contas
de depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos
de investimento; recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de
convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante; execução ativa ou passiva
de ordens de pagamento em nome do contratante; recepção e encaminhamento de
pedidos de empréstimos e financiamento; análise de crédito e cadastro; execução de
serviços de cobrança; recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões
de crédito; outro serviços de controle, inclusive processamento de dados das operações
pactuadas; outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil. O cerne da questão é
saber se os serviços acima são típicos dos bancários. Entende este Relator que, de uma
forma geral, são atividades típicas da categoria em estudo todas aquelas que impliquem
em gestão e acesso ao numerário e a dados patrimoniais sigilosos dos clientes. Os
serviços acima não possuem tais características, conquanto também possam ser
prestados pelos bancários. Com efeito, como entendido pelo MM. Juízo de 1º grau às fls.
478/479, verbis : ‘A simples recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de
contas bancárias, ao meu ver não é atividade típica de bancário. A atividade típica do
bancário é gerir as contas já abertas. O oferecimento de aberturas de contas em bancos
e instituições financeiras pode ser realizado por qualquer um, inclusive os trabalhadores
que fazem a venda direta e indireta de bens e produtos em Call Center, os operadores de
telemarketing. Recebimento e pagamento relativos a contas de depósitos á vista, a prazo
e de poupança, bem como aplicações e resgates em fundos de investimentos, também ao
meu ver não é atividade exclusiva dos bancários. São tarefas que podem ser realizadas
diretamente pelos próprios clientes em suas casas; ou podem se valer os clientes dos
bancos de terceiros, corretoras de valores para aplicações; e saques, depósitos e podem
ser realizadas em qualquer caixa automático, 24 horas, existente no País, sendo
desnecessário a presença de um bancário para a efetivação. Também não vejo como ato
exclusivo de bancário os recebimentos e pagamentos decorrentes de convênio de
prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em vigor,
ou seja, simples recebimento de contas como ato exclusivo de bancários. Temos aí as
loterias; os supermercados; os correios; que são instituições que o cliente pode se dirigir
a qualquer hora e realizar o pagamento de suas contas domésticas, sem ter que se dirigir
a um banco. Não há lei que impeça a realização de convênios entre as empresas e demais
instituições que não bancos para o pagamento e recebimento dessas contas. Execução
ativa e passiva de ordens de pagamento em nome do contratante também não
caracteriza como atividade eminentemente bancária, tanto que é possível remeter
valores através de outras instituições que não bancos, como por exemplo os correios;
também não é atividade eminentemente bancária análise de crédito e cadastro;
execução de serviços de cobrança. Nem é atividade bancária a recepção e
encaminhamento de propostas de emissão de cartões de créditos, já que empresas de
[23]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 23
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 548

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cartões de crédito, em geral, são empresas do grupo econômico que têm personalidade
jurídica própria.’ Desse modo, é forçoso que se conclua pela inexistência dos vícios
alegados pelo autor e pela constitucionalidade da norma em estudo.” (TRT 1ª Região. 1ª
Turma. RO 0000400-33.2009.5.01.0038. Relator Desembargador José Nascimento Araújo
Netto. Data de Julgamento: 31/03/2011. Data da Publicação no Diário Oficial do Estado
do Rio de Janeiro: 25/04/2011.)4 (grifos nossos)

Verifica-se que no mesmo sentido da decisão do TRT da 1ª Região acima


(DOC. 05), manifestou-se a r. sentença proferida no caso, ao que a Recorrente pede vênia para
transcrever:

“Sopesando o conjunto probatório, e apesar de a autora realizar empréstimos


consignados, ainda assim não me convenci de que ela exercesse atividade típica de
bancária, já que não estavam relacionadas ao manuseio de dinheiro, gerenciamento de
ativos financeiros de terceiros, autenticação de documentos, e movimentação de
contas bancárias.” (Sentença) (grifos nossos)

Portanto, nem a Recorrente realizava serviços caracterizados como atividade


fim do Banco do Brasil, nem a Recorrida executava atividades tipicamente de bancária, pois
durante todo o contrato de trabalho havido entre as partes, a Recorrida exerceu tão somente a
atividade-meio da instituição financeira.

Assim, necessário se faz a reforma do v. acórdão, para o fim de afastar o


reconhecimento de terceirização ilícita e da equiparação das atividades da Requerida como
bancária.

Assim, com base nas divergências jurisprudenciais trazidas aos autos, o que
possibilita o conhecimento deste Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “a”, da CLT, bem
como com base na violação do Art. 17 da Lei 4.595/1964, o que possibilita o conhecimento deste
Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “c”, da CLT a Recorrente requer a integral reforma do
julgado pela total improcedência da Reclamação Trabalhista no que diz respeito a caracterização
da ilicitude da terceirização. Consequentemente, requer a exclusão da concessão relativas à
equiparação da Recorrida como bancária e seus respectivos consectários, absolvendo a
Recorrente de qualquer condenação de pagamento das verbas pleiteadas pela Recorrente em
razão de tais fatos.

4.2) DA NECESSIDADE DE REFORMA DO V. ACÓRDÃO POR SE TRATAR DE DECISÃO


EXTRAPETITA – VIOLAÇÃO AO DISPOSTO NOS ARTIGOS 128 E 460, AMBOS DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL

Ainda no que diz respeito à ilegalidade/ilicitude do contrato de terceirização


entre as Reclamadas, o v. acórdão assim dispôs:

4
O subscritor confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio eletrônico do TRT 1ª
Região na internet, cujo endereço de acesso é:
http://consulta.trtrio.gov.br/portal/downloadArquivoPdf.do?sqDocumento=18390809

[24]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616411341400000044718221
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 24
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 549

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O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da


primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços,
na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Portanto, verifica-se que o v. acórdão manteve o direito da Recorrida à


equiparação com as funções de bancário, declarando violação ao disposto às disposições
traçadas pelo CMN, art. 3º, § 2º, da Resolução 3.549/11, fato este que sequer fora invocado pela
parte Recorrida.

Ocorre, Excelências, que tal decisão não se coaduna com o que dispõe a Lei,
pois resta evidenciado que ao manter a decisão de primeiro grau, porém, por outro fundamento
que não havia sido sequer invoado, os ilustres julgadores extrapolaram os limites da lide,
concedendo à Reclamante algo que não foi pleiteado na ação, violando o disposto nos artigos 128
e 460 do CPC, o qual é aplicado de forma subsidiária ao direito do trabalho e que assim dispõem:

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso
conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da
parte.

Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa
da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto
diverso do que lhe foi demandado.

No caso em tela, resta mais do que demonstrado que a intenção da


Reclamante era de que houvesse reconhecimento de que a mesma fazia jus ao cumprimento de
carga horária especial e da remuneração básica dos bancários, em razão da equiparação que
pedia com a função de bancário e o enquadramento na respectiva CCT dos bancários.

Em momento algum do processo foi questionada ou discutida a violação do


dispositivo legal supra inovado pelo v. acórdão recorrido, até porque se houvesse tal pedido nos
autos, a Reclamada elaboraria defesa especifica neste sentido, ou seja, a contestação também
seria especifica quanto a esse ponto.

O pedido da Reclamante refere-se à equiparação da atividade desenvolvida


como correspondente bancário à categoria de bancário, por suposta violação ao art. 17 da Lei
4.595/64, enquanto o fundamento do Acórdão, apesar de reconhecer a atividade como de
correspondente bancário, faz alusão à vício de contratação não contemplado nos pedidos da
Reclamante, qual seja, suposta atividade exclusiva da empregadora Reclamada – Res.
3.954/2011 - BACEN, matéria não ventilada por qualquer das partes.

Como já destacado, a alegada vedação à contratação de entidade que exerça


exclusivamente a função de correspondente bancário, não foi objeto de alegação da Reclamante,
[25]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616411341400000044718221
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 25
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 550

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e muito menos foi objeto de prova, constituindo fato novo trazido aos autos pelo Tribunal de
origem, situação vedada pelo ordenamento processual, em especial no art.128, do CPC.

Assim, não bastasse o equivoco da decisão quantos aos fundamentos do


julgado (atividade do empregador X atividade da Reclamante), a mesma acaba por violar as
normas processuais ao trazer aos autos matéria não ventilada pelas partes, em especial que não
compuseram o pedido da Reclamante.

Por isso não cabe ao julgador trazer questões não suscitadas ou deferir
pedidos que não foram expressamente pleiteados pela parte, sob pena de caracterizar-se
julgamento extra ou ultra petita.

Neste sentido é pacifico o entendimento jurisprudencial a respeito do tema,


inclusive do próprio TST, o qual já se pronunciou sobre tais questões e cujas ementas são
transcritas apenas para elucidação do caso:

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO EXTRA PETITA. Os fundamentos da


decisão não se afastaram da causa de pedir, do pedido e ainda, das premissas
elencadas pela parte contrária, delimitadas pela contestação e contrarrazões ao
recurso ordinário, no exercício do seu direito de resposta à ação. Não se trata,
portanto, de julgamento extra petita, visto que não há incongruência entre o objeto
da lide e o conteúdo da decisão. Ilesos os arts. 128 e 460 do Código de Processo
Civil. Recurso de revista não conhecido. INAPLICABILIDADE DA MULTA DO
ART. 475-J DO CPC. Ressalvado entendimento pessoal de que há omissão da
CLT, visto ela não tratar de medidas coercitivas, mas somente de meios sub-
rogatórios de execução, é certo ter a SBDI-1 desta Corte pacificado a
jurisprudência trabalhista ao decidir que os dispositivos da CLT estabelecedores
do rito da execução trabalhista esgotam a sua regência, não se aplicando a multa
do art. 475-J ao processo laboral. Assim, o acórdão regional, ao manter a decisão
que determinou a incidência do disposto no art. 475-J do CPC ao presente caso,
violou o disposto no art. 5º, LV, da Constituição. Ressalva do relator também
quanto à admissibilidade. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
1488008120095080009 148800- 81.2009.5.08.0009, Relator: Augusto César Leite
de Carvalho, Data de Julgamento: 29/10/2013, 6ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 08/11/2013)

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO EXTRA PETITA . O Código de


Processo Civil, em seus artigos 128 e 460, caput , trata do princípio da adstrição
do juiz aos limites da lide. O julgamento extra petita se configura quando o juiz
decide fora dos limites da lide, os quais são fixados nos pedidos postulados na
exordial. In casu , verifica-se que a Corte regional extrapolou os limites do pedido
do autor ao reconhecer o vínculo empregatício com empregador diverso do
requerido pelo reclamante na sua petição inicial. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RR: 535405220045010039 53540-52.2004.5.01.0039, Relator:
Vantuil Abdala, Data de Julgamento: 20/05/2009, 2ª Turma,, Data de Publicação:
05/06/2009).

[26]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - c3a8608


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 26
Número do documento: 15080616411341400000044718221
Fls.: 551

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Diante de todo o exposto resta demonstrada a necessidade e reforma do v.


acórdão recorrido, para o fim de excluir do mesmo a condenação da equiparação da função
exercida pela Recorrida com a de bancário com os respectivos consectários daí decorrentes, uma
vez que a fundamentação aplicada ao caso em tela não foi requerida pela parte e sequer foi
questionada ao longo da instrução processual, revelando-se tal decisão como extra petita.

4. CONCLUSÃO

Ante o exposto, demonstrado o cabimento do presente recurso, e pelo muito


que será acrescido pelo tirocínio, senso de justiça e notável saber jurídico dos eminentes
Ministros desta Colenda Turma, confia e espera a Recorrente, seja recebido e provido o presente
Recurso de Revista nos termos acima alinhavados, e conforme causa de pedir supra, reformando
o v. acordão regional recorrido nos seguintes termos:

a) Reconhecer e declarar a licitude e validade do contrato de terceirização firmado entre as


Reclamadas;

b) Reconhecer e declarar o não enquadramento da Recorrida à categoria dos bancários;

c) Excluir da condenação o pagamento de diferenças salariais resultantes dos instrumentos


coletivos e da remuneração aplicável aos escriturários básicos e seus consectários;

d) Excluir da condenação o pagamento de horas extras e consectários advindos da aplicação


da jornada de 6 (seis) horas diárias e 36 (trinta e seis) horas semanais dos bancários;

e) Excluir da condenação o pagamento do Auxilio cesta alimentação, previsto em norma


coletiva e demais benefícios deferidos em razão do enquadramento da Recorrida à
categoria dos bancários.

Termos em que, pede deferimento.


De Maringá-PR p/
Brasília-Df, em 06 de agosto de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva


OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

[27]

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c3a8608 - Pág. 27
Número do documento: 15080616411341400000044718221
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Emissão de comprovantes 06/08/2015 16:27:03

SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL


06/08/2015 - AUTOATENDIMENTO - 16.25.15
0352200352 SEGUNDA VIA 0066

COMPROVANTE DE PAGAMENTO

CLIENTE: SAURA CONSULTORIA LTDA ME


AGENCIA: 0352-2 CONTA: 82.290-6
================================================
Convenio FGTS ARRECADACAO GRF
Codigo de Barras 85900000049-4 41890181150-3
80658449081-0 18600360001-0
Data do pagamento 06/08/2015
CNPJ/CEI/CPF 11860036/0001-61
COMPETENCIA 08/2015
CODIGO RECOLHIMENTO 418
VENCIMENTO 06/08/2015
IDENTIFICADOR 00004000085513-70
VALOR DEPOSITO 4.941,89
Valor Total 4.941,89
------------------------------------------------
DOCUMENTO: 080605
AUTENTICACAO SISBB: 1.31D.D5E.1D1.A20.BDD

Transação efetuada com sucesso por: J3592580 MARCO ANTONIO RICOLDY.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:52 - 4fb4c50


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616424946500000044718222
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4fb4c50 - Pág. 1
Número do documento: 15080616424946500000044718222
Fls.: 553

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:53 - 00c1d5e


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616434133600000044718223
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 00c1d5e - Pág. 1
Número do documento: 15080616434133600000044718223
Fls.: 554

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE


CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
GUIA DE RECOLHIMENTO PARA FINS DE RECURSO JUNTO À JUSTIÇA DO TRABALHO

SEFIP 8.40 (06/08/2015) TABELAS : 33.0

859000000494 418901811503 806584490810 186003600010

CÓDIGO RECOLHIMENTO FGTS - 418

DADOS DO PROCESSO:

RECLAMADA: SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP INSCRIÇÃO: 11.860.036/0001-61

RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELO

PIS/PASEP:

NÚMERO DO PROCESSO: 0000855.55.2013.5.12.0004

JUIZO: 4

DADOS COMPLEMENTARES DA RECLAMADA:

TELEFONE: (44) 3032-9550

CONTATO: EVERSON SOUZA SAURA

ENDEREÇO: DUQUE DE CAXIAS

BAIRRO: ZONA 07

CIDADE: MARINGA CEP: 87020

VALOR A RECOLHER: 4.941,89

Observação: PIS 2008069298

DATA DE RECOLHIMENTO: 06/08/2015

ASSINATURA

IDENTIFICADOR:

0000400008551370

AUTENTICAÇÃO MECÂNICA
859000000494 418901811503 806584490810 186003600010

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - f36b99c


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616415791500000044718224
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f36b99c - Pág. 1
Número do documento: 15080616415791500000044718224
Fls.: 555

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE


CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
GUIA DE RECOLHIMENTO PARA FINS DE RECURSO JUNTO À JUSTIÇA DO TRABALHO

SEFIP 8.40 (06/08/2015) TABELAS : 33.0

859000000494 418901811503 806584490810 186003600010

CÓDIGO RECOLHIMENTO FGTS - 418

DADOS DO PROCESSO:

RECLAMADA: SAURA CONSULTORIA EIRELI EPP INSCRIÇÃO: 11.860.036/0001-61

RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELO

PIS/PASEP:

NÚMERO DO PROCESSO: 0000855.55.2013.5.12.0004

JUIZO: 4

DADOS COMPLEMENTARES DA RECLAMADA:

TELEFONE: (44) 3032-9550

CONTATO: EVERSON SOUZA SAURA

ENDEREÇO: DUQUE DE CAXIAS

BAIRRO: ZONA 07

CIDADE: MARINGA CEP: 87020

VALOR A RECOLHER: 4.941,89

Observação: PIS 2008069298

DATA DE RECOLHIMENTO: 06/08/2015

ASSINATURA

IDENTIFICADOR:

0000400008551370

AUTENTICAÇÃO MECÂNICA
859000000494 418901811503 806584490810 186003600010

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:51 - f36b99c


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f36b99c - Pág. 2
Número do documento: 15080616415791500000044718224
Fls.: 556

Boletos, Convênios e outros 06/08/2015 15:55:53

SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL


06/08/2015 - AUTO-ATENDIMENTO - 15.55.34
0352200352

COMPROVANTE DE PAGAMENTO

CLIENTE: SAURA CONSULTORIA LTDA ME


AGENCIA: 352-2 CONTA: 82.290-6
EFETUADO POR: MARCO A RICOLDY
================================================
Convenio STN - GRU JUDICIAL
Codigo de Barras 85840000002-7 40000280187-1
40001072118-0 60036000161-9
Data do pagamento 06/08/2015
Valor em Dinheiro 240,00
Valor em Cheque 0,00
Valor Total 240,00
================================================
DOCUMENTO: 080606
AUTENTICACAO SISBB:
5.1AD.F98.B87.D71.185

Transação efetuada com sucesso por: J7443236 MARCO ANTONIO RICOLDY.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:06:53 - 13447d7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080616442612900000044718225
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 13447d7 - Pág. 1
Número do documento: 15080616442612900000044718225
Fls.: 557

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL


REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA CONSULTORIA EIRELI, devidamente qualificada nos autos em


epígrafe, de reclamatória trabalhista que lhe move LUANA ROBERTA RABELO, igualmente
qualificada, por intermédio de seu procurador judicial que esta subscreve, vem tempestiva e
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a desconsideração das petições constante no
ID c60372d e ID c3a8608, eis que juntadas equivocadamente.

Em tempo, pugna-se pela juntada da peça de recurso de revista anexa, restando


valida as demais peças juntadas pela Recorrente nesta data.

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Maringá, 06 de Agosto de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva

OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - a59a518


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617234250900000044718197
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. a59a518 - Pág. 1
Número do documento: 15080617234250900000044718197
Fls.: 558

OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - a59a518


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617234250900000044718197
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. a59a518 - Pág. 2
Número do documento: 15080617234250900000044718197
Fls.: 559

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL


DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA CONSULTORIA EIRELI, devidamente qualificada nos autos em


epígrafe, de reclamatória trabalhista que lhe move LUANA ROBERTA RABELO, igualmente
qualificada, por intermédio de seu procurador judicial que esta subscreve, vem tempestiva e
respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor o competente RECURSO DE
REVISTA, com fulcro no art. 896, alínea “a” e “c” da CLT, nos termos e fundamentos das razões
em anexo.

Desta forma, pugna-se pelo recebimento e regular processamento do


presente recurso, com a devida remessa dos autos ao Tribunal Superior do Trabalho, para, no
mérito, dar-lhe total provimento.

Termos em que, pede deferimento.


De Maringá-PR p/
Florianópolis-SC, em 06 de agosto de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva


OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

[1]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617251669700000044718226
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 1
Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 560

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EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RECORRENTE: SAURA CONSULTORIA EIRELI

RECORRIDA: LUANA ROBERTA RABELO

ORIGEM: 3ª TURMA DO TRT DA 12ª REGIÃO – SC

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

RAZÕES DE RECURSO REVISTA

Não obstante os argumentos expendidos pela 3ª Turma do Tribunal Regional


do Trabalho da 12ª Região, a Recorrente se reserva ao direito de discordar, em parte, do v.
Acórdão prolatado, valendo-se do presente remédio processual, nos termos e fundamentos a
seguir aduzidos.

1. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Conforme mencionado anteriormente, evidente o interesse recursal no caso


em voga, tendo em vista a violação do Direito objetivo nacional, e ainda, a Recorrente está
devidamente assistida por advogados regularmente constituídos.

Ademais, considerando que o Acórdão foi publicado em 29.07.2015 (quarta-


feira), iniciou-se a contagem do prazo no dia 30.07.2015 (quinta-feira), de forma que o termo para
interposição do recurso de revista é o dia 06.08.2015 (quinta-feira). Portanto, tempestivo o
presente recurso.

Comprova-se, ainda, o recolhimento do depósito recursal mediante guia em


anexo (doc. 01), cuja autenticidade é declarada pelos advogados signatários, nos termos do artigo
830 da CLT, ressaltando-se que o valor segue o disposto na Súmula 128/TST.

Ressalte-se que o valor depositado corresponde ao complemento da


diferença entre o valor da condenação provisória e o valor do depósito recursal anteriormente
efetuado por ocasião do recurso ordinário. Ou seja, a soma dos depósitos recursais (RO e RR)
corresponde ao valor da condenação provisória que se fixa como teto.
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2. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

A presente medida visa reformar a decisão guerreada, tendo em vista que os


pontos adiante alinhavados contrariam texto expresso da Constituição Federal, o que revela a
necessidade deste C. Tribunal Superior do Trabalho, como instância máxima em matéria
exclusivamente trabalhista, decidir o assunto.

2.1) DO PREQUESTIONAMENTO

Inicialmente, vale destacar que a matéria em tela foi devidamente


prequestionada eis que expressamente enfrentada na decisão recorrida, sendo destacados
abaixo, nos termos do artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, os trechos da decisão ora recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvérsia, conforme segue:

2. MÉRITO
Correspondente bancário
A primeira ré (Saura Consultoria Eireli EPP) insurge-se contra a decisão de fundo que
reconheceu a ilegalidade da terceirização havida em favor do segundo réu (Banco do
Brasil S.A.), enquadrando a autora na categoria dos bancários, com o alcance dos
benefícios legais e coletivos pertinentes.
Em síntese, pede seja afastada a condenação ao pagamento de verbas inerentes ao
reconhecimento da condição de bancária da autora, aventando não ter havido
terceirização ilícita, porquanto esta desenvolveu atividades de agente operacional,
prestando auxílio e vendendo produtos a clientes do segundo réu, angariando clientes
para a concessão de crédito e a abertura de contas, o que, segundo ela , não está ligado à
atividade-fim de instituição bancária.
Aduz que a atuação de correspondente bancário é lícita e regulamentada pelo Banco
Central do Brasil, em especial pelas Resoluções n.º 002707, 003110 e 003156.
Sustenta que o correspondente bancário não se encaixa na acepção de instituição
financeira de que cuidam as Leis nºs 4.595/1964 e 7.492/1986.
Razão não lhe socorre.
O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o seguinte (ID
590160):
1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa SAURA SILVA & RICOLDI
LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no País, com vistas à execução
e ao processamento de transações referentes aos seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança;

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II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de


poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;
III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de 2 de 5
10/07/2015 14:40 prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da
regulamentação em vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações
pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam praticamente toda a rotina
de um trabalhador bancário, transformando o suposto "correspondente bancário" em
uma tradicional agência de banco.
Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha ouvida, indicada pela
autora, a qual asseriu que as atividades dela e da autora envolviam (ID 1097466, p. 1):
(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado: empréstimos, abertura de
contas, seguro de vida e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora implicavam o cadastro
do cliente, conferência e recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema da
1ª demandada e encaminhamento para que o fechamento das operações fosse realizado
Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização, não houve
sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.
O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:
Art. 3º - Somente podem ser contratadas, na qualidade de correspondente, as
sociedades, os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.
(...) § 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento
definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.
A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida nos serviços
elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as partes (vide transcrição
supra).

[4]

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O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da


primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços,
na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.
Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua área de atuação
e potencializar sua atividade econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira agência bancária, com a realização
de transações a ela inerentes.
Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-empregadora da autora era de
uma instituição bancária, correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa
categoria (art. 511, § 3º, da CLT), concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais
pertinentes.
A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os pleitos recursais de imputação à
autora de multa por litígio de má-fé e das custas processuais e condenação ao pagamento
de honorários advocatícios.
Nego provimento ao recurso

E por fim, o v. acórdão proferido em sede de Embargos Declaratórios opostos


pela Recorrente, o qual passou a fazer parte integrante do acórdão recorrido, nos seguintes
termos:

MÉRITO
Contradição, omissão e prequestionamento
A embargante aponta haver contradição no acórdão do ID 5bba33f quando neste, em
primeiro momento, fora admitida a possibilidade legal de contratação de correspondente
bancário e, em seguida, fora decretada a violação à norma regulamentar por suposta
atividade exclusiva de correspondente.
Alega ter a 3ª Câmara equivocadamente entendido pela exclusividade da pessoa jurídica
na atividade de correspondente bancário baseada apenas nas atividades desempenhadas
pela autora, as quais não refletem todos os serviços prestados pela empresa. Aduz ter a
decisão ad quem desconsiderado documentos trazidos aos autos que comprovam tal
condição.
Sustenta ter sido omisso o acórdão regional quanto à análise do argumento de defesa de
que a exclusividade de prestação de serviços não implica exclusividade de atividade.
Aponta, ainda, afronta ao princípio da legalidade a adoção de critérios diversos aos
estabelecidos nas resoluções do Banco Central do Brasil - BACEN. Pede seja dado efeito
modificativo ao julgado e prequestionada a matéria, na forma estabelecida na Súmula nº
297 do Eg. TST.
[5]

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Sem razão.
Não verifico a necessidade de complementação do acórdão embargado, porquanto nele
foram pronunciados a contento os motivos por que foi negado provimento ao recurso
ordinário da ora embargante, sob o fundamento de houve "clara violação às disposições
traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas
que houve desvirtuamento do contrato de correspondente bancário e clara terceirização
ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST" (ID
744f319, p. 4).
Ao contrário do aventado pela embargante, os fundamentos da 3ª Câmara quanto às
atividades prestadas não se basearam nos misteres desenvolvidos pela empregada, tendo
ficado consignado no aresto embargado que "o contrato de prestação de serviços e a
prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação de serviços
em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente" (ID
744f319, p. 3).
Como se verifica, no acórdão regional há expresso posicionamento quanto à ilicitude da
terceirização dos serviços bancários na forma perpetrada pelos réus.
Ressalto que a contradição que dá ensejo ao acolhimento dos embargos declaratórios é
aquela constatada dentro do próprio julgado, não se subsumindo às hipóteses dos arts.
897-A da CLT e 535 do CPC a existência de contradição entre a decisão proferida e a
legislação ou a prova dos autos, questão que importaria error in judicando, atacável por
meio de recurso próprio e não pela via de embargos de declaração.
Quanto ao argumento de que o acórdão regional foi omisso em relação à análise do
argumento de defesa de que a exclusividade de prestação de serviços não implica
exclusividade de atividade, destaco que os fundamentos expendidos na decisão
embargada de que o contrato entre a primeira e o segundo réus não observou das
disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário Nacional (CMN) perpassam
tal premissa.
Mesmo que assim não fosse, pontuo que não cabe ao julgador rebater item a item os
argumentos lançados pelas parte, bastando que exponha a contento os motivos de seu
convencimento (art. 131 do CPC), o que ocorreu no caso em tela.
O propósito revisional buscado pela embargante refoge à via estreita dos embargos de
declaração, devendo ser articulado por meio de medida processual hábil ao objetivo
colimado.
Prequestionamento suprido na forma da Súmula nº 297 e da OJ SDBI-1 nº 118, ambas do
Eg. TST.
Rejeito.
Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 08 de julho de 2015, sob a
Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, os Juízes Convocados Hélio
Bastida Lopes e Nivaldo Stankiewicz. Presente a Procuradora Regional do Trabalho Teresa
Cristina D. R. dos Santos.

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ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região,


por unanimidade, CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. No mérito, por igual
votação, REJEITÁ-LOS.

Desta forma, resta atendido o preceito legal e devidamente prequestionada a


matéria objeto do presente Recurso de Revista.

2.2) DA TRASCENDÊNCIA

Nos termos do art. 896-A, da CLT, os pontos abaixo alinhavados,


incontestavelmente ultrapassam os limites subjetivos da demanda proposta e transcendem em
seus aspectos econômicos, políticos, sociais e principalmente jurídicos, até porque, o que se
invoca é a uniformização jurisprudencial.

3. BREVE HISTÓRICO PROCESSUAL

Trata-se de decisão proferida pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho


de Santa Catarina, que negou provimento ao Recurso Ordinário da Reclamada.

No entanto, referida decisão merece reforma, tendo em vista que,


absolutamente divorciada dos preceitos legais e entendimentos jurisprudenciais inerentes ao
caso.

3.1) O V. ACÓRDÃO VIOLA O DISPOSTO NOS ARTS. 3º, INCISO V, 4º, INCISOS VI E VIII,
17 E 18, § 1º, DA LEI 4.595/64; ART. 14, DA LEI 4.728/65; ART. 3º, § 2º, DA
RESOLUÇÃO 3.594/11 E ART. 8º, INCISOS I AO IX DA RESOLUÇÃO 3.954/2011,
AMBAS DO BACEN - INCIDÊNCIA DO ART. 896, “A”, DA CLT

Entendeu a 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12ª


Região, conforme demonstram o Acórdão Recorrido e a decisão dos Embargos de Declaração,
que o contrato havido entre a primeira e o segundo Reclamados não teria observado as
disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o tema.

Segundo o v. acórdão recorrido, o contrato de prestação de serviços e a


prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do
segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente e que esse fato, por si só
caracterizaria clara violação às disposições traçadas pelo CMN , notadamente através do art. 3º,
§ 2º, da Resolução n. 3.594/11, restando demonstrado o desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do item I
da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Transcreve-se, novamente, o contido no v. acórdão recorrido a respeito do


tema:

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Fls.: 566

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O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o seguinte (ID


590160):
1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa SAURA SILVA & RICOLDI
LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no País, com vistas à execução
e ao processamento de transações referentes aos seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança;
II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de
poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento;
III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de 2 de 5
10/07/2015 14:40 prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da
regulamentação em vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações
pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam praticamente toda a rotina
de um trabalhador bancário, transformando o suposto "correspondente bancário" em
uma tradicional agência de banco.
...
Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização, não houve
sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.
O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:
Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de correspondente, as
sociedades, os empresários, as associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.
(...) § 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de atendimento
definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.
A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida nos serviços
elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as partes (vide transcrição
supra).
[8]

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Fls.: 567

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O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da


primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços,
na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Em resumo o v. acórdão dispõe que o Banco valia-se dos empregados da


primeira ré para ampliar a sua área de atuação e potencializar sua atividade econômica, a ela
repassando serviços correspondentes à sua atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira
agência bancária, com a realização de transações a ela inerentes.

Todavia, Excelências, tal entendimento não pode prevalecer, sendo


totalmente equivocada a interpretação feita pelo v. acórdão no tocante a licitude da contratação
havida entre os Reclamados.

Ao contrário do que restou esposado através do v. acórdão recorrido, a


captação de clientes, o recolhimento de dados e propostas encaminhadas ao Banco, sem
qualquer análise de crédito e sem alçada para tal concessão, é atividade-meio do Banco e própria
do correspondente bancário.

A terceirização, como instrumento de gestão concorrencial pelas empresas, é


fenômeno que o ordenamento jurídico não repudia, salvo nos casos em que manejado de forma
incorreta, com prejuízo ao trabalhador.

Por “forma incorreta” entende-se aquela em que a atividade desenvolvida


pelos empregados da terceirizada guarda nexo com a atividade-fim do tomador dos serviços ou,
então, sob ingerência direta do tomador, em desacordo com a legislação sobre o tema (Súmula
331/TST c/c art. 9º da CLT).

Sobre a Lei 4.595/64, que atribuiu poderes normativos ao Conselho Monetário


Nacional e ao Banco Central, uma sucessão de arguição de inconstitucionalidade foi enfrentada
pelo STF que decidiu, sempre, no sentido de reconhecer o poder normativo de tais
instituições, como, por exemplo, a ADIn 1.394-0/DF, ADIn 1449-DF ou ADIn 2.591-DF.

Da leitura das decisões em tais processos de arguição de


inconstitucionalidade, não resta mais dúvidas a respeito da perfeita legitimidade constitucional do
poder normativo do Conselho Monetário Nacional, mesmo após o advento da Constituição de
1988, há que se reconhecer validade formal à Resolução 3.954/2011 do Banco Central do Brasil
que nada mais é do que uma atualização da Resolução 3.156/03 que, por sua vez, alterou a
redação de alguns dispositivos da Resolução 3.110/03, todas do mesmo órgão e que
regulamentam a possibilidade de terceirização dos serviços não privativos das instituições
financeiras para os chamados 'correspondentes bancários'.

A análise da ementa das referidas resoluções evidencia, com clareza solar,


que visam tornar público decisão do Conselho Monetário Nacional de respaldado nos arts. 3º,
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inciso V, 4º, incisos VI e VIII, 17 e 18, § 1º, da Lei n. 4.595/64 e 14, da Lei 4.728/65, consolidar as
normas que dispõem sobre a contratação, por parte de instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de empresas, integrantes ou
não do Sistema Financeiro Nacional, para o desempenho das funções de correspondente no
País.

O que se conclui da leitura de tais Resoluções e legislação própria do


Conselho Monetário Nacional, é que disciplinam, de forma muito mais detalhada do que a feita
pelo C. TST na Súmula 331, a terceirização de atividades do setor.

Admitido o regramento da terceirização por súmula de jurisprudência uniforme


de tribunal, em vários pontos pouco precisa e em outros, um tanto genérica, pouco justificável
seria que não se reconhecesse validade a norma elaborada de forma minuciosa e detalhada,
editada pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, cuja atuação normativa
já teve sua constitucionalidade enunciada pelo Supremo Tribunal Federal, até porque a
Resolução do Bacen, que amparou o argumento da defesa, não destoa da Súmula 331/TST.

Portanto, não restam dúvidas quanto à validade da Resolução 3.954/2011 do


BACEN, o que, aliás, também o foi pelo v. acórdão recorrido.

Segundo termos do v. acórdão recorrido, a terceirização em questão seria


ilícita desde a contratação, porquanto as atividades que desenvolvia guardavam nexo com a
consecução dos fins sociais do Banco do Brasil, ou seja, desenvolvia atividades tipicamente
bancárias.

Consta do artigo 8º, da Resolução do BACEN:

"Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades


de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de
responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários:
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos
à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando
à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela
instituição contratante;
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades
decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços
mantidos pela instituição contratante com terceiros;
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio
da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e
de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da
instituição contratante;
VII - (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.)
[10]

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 10
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VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de


crédito de responsabilidade da instituição contratante; e
IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição
contratante, observado o disposto no art. 9º. Parágrafo único. Pode ser incluída
no contrato a prestação de serviços complementares de coleta de informações
cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados.
Das atividades acima elencadas, o artigo 3º da Resolução excepciona:

O contrato entre os Reclamados, não elenca atividades que a Resolução do


BACEN não autorize seja desenvolvida por correspondente bancário, sendo fato incontroverso
que durante seu contrato de trabalho, a Recorrida desenvolveu atividades tão somente de agente
operacional, prestando serviços auxiliares operacionais (analise e encaminhamento de
documentos) para clientes do Banco do Brasil S/A, nos processos de concessão de crédito e
abertura de contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com atividades-fim do Banco,
pois a atividade-fim do banco tem como atribuição a gestão de recursos dos clientes das
instituições bancárias e financeiras, o que não era atividade realizada pela Recorrida.

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as empresas


contratadas em estrita observância da norma inserta na Resolução 3.110/2003 podem prestar
serviços às instituições bancárias, na qualidade de correspondente, sem que, com isso, sejam
consideradas terceirização ilícita.

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da


Recorrente, tem por objeto todas aquelas atividades de atendimento elencadas no contrato de
prestação de serviços de correspondente, visando o fornecimento de produtos e serviços de
responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários, conforme dispõe a
Resolução acima citada, que consolida as normas que dispõem sobre a contratação de
correspondentes no País.

Por obvio, o fato da Recorrente desempenhar serviços de correspondente, na


prestação dos serviços relacionados no artigo 1º da Resolução 3.110/2003, para o Banco do
Brasil S/A, não significa que mantenha contrato de trabalho informal com o banco, pois de fato
existe contrato regular e legítimo de prestação de serviços como correspondente.

Entender em sentido diverso seria considerar nula ou inválida a Resolução do


Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria ao resultado absurdo de se
considerar bancários todos os empregados de casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros
estabelecimentos comerciais que atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a
atividade de correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo).
E, como é sabido, todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não encontra respaldo no
direito, tampouco na justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários não têm o


condão de tornar sua atividade como ilícita, e também não tem o condão de torná-los instituições
financeiras e, por consequência, determinar a incidência das normas coletivas dos bancários aos
empregados dos contratados os quais exercem tal atividade complementar.

[11]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 11
Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 570

Advocacia Empresarial

Em recentes julgados assim decidiu o TST, restando desde já justificado que


os referidos acórdãos são transcritos apenas para fundamentar a tese supra, não sendo utilizado
como dissenso jurisprudências, já que as decisões do próprio TST não servem para esse fim:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA. -


ME. CORRESPONDENTE BANCÁRIO . ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE
NA CATEGORIA DOS BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A reclamada, embora
na condição de correspondente bancária, não exerce as atividades
peculiares das instituições financeiras, mas somente os serviços bancários
básicos de uma agência, razão pela qual os empregados que trabalham
nessa atividade não são beneficiários das normas aplicáveis à categoria dos
trabalhadores bancários. Recurso de revista conhecido e provido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO RECLAMADO.
Prejudicada a análise do apelo em face do provimento do recurso de revista da
reclamada Potencial Serviços Terceirizados LTDA. - ME que julgou improcedente
a reclamação trabalhista. (TST - ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de
Julgamento: 04/09/2013 - Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma,
DEJT 06/09/2013).
BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNADA DIFERENCIADA
DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT. EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE 1. A
ECT, na condição de correspondente bancário (Banco Postal), presta, a par
de sua atividade preponderante e monopolista -- os serviços postais --,
apenas os serviços bancários básicos de uma agência, e não as atividades
típicas e privativas de uma instituição financeira. 2. Não há, pois, como
equiparar as atividades exercidas pelo empregado àquelas dos bancários,
para os fins do art. 224 da CLT. Precedentes. 3. Agravo de instrumento a que
se nega provimento. (TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de
Julgamento: 21/08/2013 - Relator Ministro: João Oreste Dalazen, 4ª Turma, DEJT
06/09/2013).

Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de caráter


acessório e complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira, ser delegado à
empresa não integrante do sistema financeiro nacional, por si só, não a caracteriza como ilícita a
atividade, bem como não caracteriza como instituição financeira, tão menos seus empregados
devem ser equiparados à categoria de bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada
expressamente pelo órgão regulamentador competente.

Ainda, vale destacar que a decisão ora atacada é embasada exclusivamente


nas atividades desenvolvidas pela Reclamante, sem qualquer apreciação de matéria fática quanto
às atividades empresariais da Reclamada, e de forma equivocada determinou a exclusividade da
atividade do empregador, desconsiderando inclusive os documentos que instruíram os autos, em
especial o contrato social da Reclamada, que prevê na definição de seu objeto social, as
atividades exercidas como empresa, que são suficientes a contrapor o entendimento de atividade
preponderante de instituição bancária.

Vale mencionar novamente o que determina o art. 3º, § 2º da Res. 3.954/2011


do BACEN:
[12]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


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Fls.: 571

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Art. 3º
...
§2º - É vedada a contratação, para o desempenho das atividades de
atendimento definidas nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º, de entidade cuja
atividade principal seja a prestação de serviços de correspondente. (grifo nosso)

Denota-se pelo dispositivo, que a vedação de contratação para o exercício de


atuação como correspondente bancário tem como objeto a empresa contratada, e não o seu
empregado. É justamente o que ocorre no presente feito, onde a Reclamante atuou
exclusivamente como agente operacional de correspondente bancário, enquanto a empregadora
manteve sua atividade principal de despachante documental e cobrança, como consta de seu
objeto social, o que não foi objeto de questionamento durante a instrução processual, e nem
mesmo constou do pedido da Reclamante.
No tocante a suposta configuração da ilicitude da terceirização das atividades
de correspondente bancário, o entendimento teve como fundamento a EXCLUSIVIDADE na
atividade do trabalhador Reclamante, e não da empresa, como dispõe a norma regulamentar
aplicável ao feito, o que configura a violação legal do acórdão, pelo que deve ser reformado.

Desse modo, a luz da legislação atinente ao caso versado, ao contrário do


entendimento esposado pelo E. TRT da 12ª Região, através do v. acórdão recorrido, torna-se
necessário seja reconhecido, expressamente, que os serviços prestados pela Recorrente ao
Banco do Brasil S/A, bem como os serviços executados pela Recorrida, estão enquadrados entre
os permitidos aos correspondentes bancários, para os quais foi contratada a empresa prestadora
de serviços, ou seja, entre os expressamente permitidos pela regulamentação do Banco Central
do Brasil, não se confundindo com as atividades-fim do Banco, tão menos tê-la como
terceirização ilícita, por ausência de violação legal, pelo que se requer seja o presente recurso de
revista recebido e provido para o fim de reconhecer e declarar a validade e licitude da
terceirização, bem como para o fim de absolver a Recorrente de qualquer condenação,
notadamente ao pagamento das verbas deferidas em primeiro grau e mantidas pelo v. acórdão
recorrido.

3.2) O V. ACÓRDÃO VIOLA O DISPOSTO NO ART. 17 DA LEI 4.595/1964 -


INTERPRETAÇÃO DIVERSA ENTRE O TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª
REGIÃO E OS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO DA 1ª E DA 10ª REGIÕES, E
DA SDI-1 DO TST – INCIDÊNCIA DO ART. 896, “A” E “C”, DA CLT.

Inicialmente, há que se registrar que o v. Acórdão, equivocadamente


considera ilícita a contratação havida entre os Reclamados, destacando que as atividades da ora
Recorrente constituíram atividade fins do Banco do Brasil e por conta disso, as tarefas executadas
pela Recorrida, deveriam ser equiparadas a dos bancários, inclusive no que diz respeito à jornada
de trabalho e piso salarial, além de outros benefícios decorrentes de normas sindicais e
convencionais, haja vista que manteve a decisão de primeiro grau, ainda que por fundamentos um
tanto diversos.

[13]

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Fls.: 572

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Isso porque não há como deixar de se reconhecer que as atividades descritas


nos autos, não se caracterizam como atividade fim e sim como atividade meio do Banco do Brasil.

O exercício da atividade de intermediação de recursos financeiros de


terceiros, pelo que o Art. 17 da Lei 4.595/1964 estabelece a atividade privativa não apenas dos
bancos, mas de todas as instituições financeiras, conforme se verifica da redação a seguir:

Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação


em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como
atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor,


equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam
qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou
eventual.

É o parágrafo 1º do Art. 18 da referida lei que lista quais são as instituições


financeiras a que se refere o artigo anterior, conforme abaixo:

Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País


mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto
do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades de


crédito, financiamento e investimentos, das caixas econômicas e das cooperativas
de crédito ou a seção de crédito das cooperativas que a tenham, também se
subordinam às disposições e disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de
valores, companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de
títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas
que exerçam, por conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com a
compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados
financeiros e de capitais operações ou serviços de natureza dos executados pelas
instituições financeiras. (grifos nossos)

Diante ao disposto na legislação pátria sobre a configuração da atividade


financeira, faz-se necessário verificar: (i) qual o objeto social da Recorrente; (ii) quais as
atividades objeto do contrato de prestação de serviços firmado com a 1ª Reclamada; e (iii) quais
as atividades efetivamente prestadas pelo Recorrido.

Observa-se que todos os pontos destacados no parágrafo anterior foram


expressamente registrados ou pela r. sentença de primeiro grau ou pelo v. Acórdão Recorrido,
que reconheceu o objeto social da Recorrente diverso à atividade financeira, que os serviços
prestados pela Reclamada foram os contratados e destinados aos correspondentes, segundo as
normas do Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil, e por fim, que as atividades
prestadas limitavam-se à captação de clientes e recolhimento e encaminhamento de documentos.
[14]

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Fls.: 573

Advocacia Empresarial

Assim, não se faz necessário discutir tais questões, o que implicaria em


revolver fatos e provas, o que é vedado nesta instância superior, a teor da Súmula 126 deste
Colendo Tribunal.

Note-se que o objeto social da Recorrente não traz em seu bojo atividades
financeiras, o que seriam suficientes a afastar seu enquadramento como financeira.

Mesmo considerando que o aludido enquadramento tem como base tão


somente a operação de empréstimo consignado, tem-se que referida operação não se enquadra
no conceito legal de atividade financeira, em especial os arts. 17 e 18 da Lei 4.595/64, bem como
a LC 105/2001, pelo que tais legislações que regem a matéria, especificam de forma objetiva os
requisitos para a caracterização de instituições financeiras, o que inexiste no presente feito.

Primeiramente, convém destacar que a operação de empréstimo consignado,


que tem como partes o Banco e o destinatário do empréstimo (participante de convênio de
consignado), corresponde à atividade prevista no inciso V da Res. BACEN nº 3.954/2011, a qual
não está entre as atividades vedadas pela norma para atuação pelo correspondente.

E mais, a atividade desenvolvida pelo Reclamante nessa operação limitava-


se ao encaminhamento das propostas, que eram analisadas, deferidas e concedidas pela
instituição financeira, no caso, o Banco do Brasil, o que é suficiente a afastar o enquadramento do
Reclamante como financiário, já que não exercia atividades típicas das instituições financeiras,
em especial a de intermediação de recursos financeiros.

Em sentido lato, o termo usual no mercado bancário - intermediação


financeira - compreende três atividades cumulativamente, quais sejam: a coleta de recursos
dos poupadores, a intermediação dos recursos pela instituição financeira, e o repasse dos
recursos aos tomadores de empréstimos, tudo isso com o objetivo de lucro pela maior
remuneração obtida entre os valores coletados e os repassados.

Diante disso, somente as instituições financeiras têm como atividade principal


a intermediação financeira lato sensu, sendo o que as caracteriza. Se uma empresa não realiza a
intermediação financeira lato sensu não pode ser considerada nem banco, nem financeira, pois a
atividade-fim destas empresas é exatamente a mesma.

O termo intermediação, no mercado financeiro, não pode ser tratado de forma


generalizada, não constituindo de fato a suscitada intermediação de recursos financeiros o
trabalho de captação de clientes, recolhimento e encaminhamento de documentação ao Banco,
atividade reconhecidamente exercida pela Reclamante.

Resta demonstrado assim, que a operação de empréstimo consignado é


efetivada pelo próprio Banco, inexistindo a intermediação do recurso pelo correspondente, ou pelo
Reclamante, como ocorre no caso das financeiras, que tem nas lojas a intermediação dos
recursos de terceiros (existe o repasse de valores na cadeia negocial – cliente >> loja >>
financeira), o que inexiste no presente feito, pelo que não se pode equiparar a atividade da
Reclamante com a do bancário.

[15]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 15
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Fls.: 574

Advocacia Empresarial

De fato, a Reclamante não tinha entre suas atividades a captação ou


intermediação de recursos financeiros em prol do banco (instituição financeira), o que é suficiente
a afastar a incidência do art. 17 da Lei 4.595/64 ao presente feito.

Assim, considerando a realidade operacional do empréstimo consignado,


onde o Reclamante atuava tão somente no encaminhamento das propostas ao agente concessor
do crédito (Resolução 3.954/2011 do BACEN), há que se reconhecer a inexistência de atividade
de intermediação de recursos financeiros, afastando assim a equiparação das atividades
desenvolvidas pelo Reclamante com aquelas desenvolvidas pelos financiários pelo que deve ser
reformado o v. acórdão que reconheceu a jornada especial de 6 horas diárias em favor do
Recorrido pelo fato do mesmo ser equiparado a financiário.

Ressalta-se, outrossim, que o simples fato da Recorrida trabalhar na venda


de produtos da 2ª Reclamada, em especial produtos relacionados ao crédito e abertura de contas,
não é suficiente para enquadrá-la na categoria dos bancários para fins de aplicação do Art. 224
da CLT.

Fosse assim os empregados das cooperativas de crédito, que exercem


exatamente as mesmas atividades que os correspondentes no País, tais como o preenchimento
de registros cadastrais, recebimento e encaminhamento de propostas de empréstimos e
financiamentos e abertura de contas, dentre outras, estariam sujeitos à jornada de 6 horas diárias,
assim como os bancários.

Perceba-se que nos termos do Art. 18, §1º, da Lei 4.595/1964 as cooperativas
de crédito são também instituições financeiras, como os bancos, mas em razão da previsão da OJ
379 da SDI-1 do TST, não fazem jus a jornada do Art. 224 da CLT, havendo grande equivoco em
aplicar o disposto na Súmula 55 do TST ao caso em tela, equiparando as funções do Recorrente
como financista e reconhecendo direito à jornada descrito no artigo 224 da CLT.

O próprio TST já se manifestou nesse sentido, conforme trecho do julgado a


seguir, o qual é utilizado apenas de forma elucidativa, já que nos termos do Art. 896, “a”, da CLT,
as decisões de turmas do TST não servem como divergência jurisprudencial ensejadora de
Recurso de Revista:

“Note-se, inclusive, que o fato de o trabalhador laborar com atividade


creditícia, por si só, não é suficiente para transmutar a natureza de sua
atividade em bancária, conforme se apreende, analogicamente, da
Orientação Jurisprudencial nº 379 da SDI-1 do TST:
"EMPREGADO DE COOPERATIVA DE CRÉDITO. BANCÁRIO. EQUIPARAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010)
Os empregados de cooperativa de crédito não se equiparam a bancário, para
efeito de aplicação do art. 224 da CLT, em razão de expressa previsão legal,
considerando, ainda, as diferenças estruturais e operacionais entre instituições
financeiras e as cooperativas de crédito. Inteligência das Leis nºs 4.594, de
29.12.1964, e 5.764, de 16.12.1971."
Aos correspondentes bancários foi permitida apenas a execução de um
conjunto limitado de serviços, sendo mais notáveis: recepção e
[16]

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Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 575

Advocacia Empresarial

encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósito à vista, a


prazo e de poupança; recebimento, pagamento e outras atividades decorrentes
de convênios de prestação de serviços mantidos pelos correspondentes (em
especial, os pagamentos dos concessionários de serviços públicos); e recepção
e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos. Tais
atividades são de natureza estritamente operacional. Dispõe, ainda, o Banco
Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/?CORRESPONDENTESFAQ) que: os
correspondentes bancários podem ser empresas não integrantes do sistema
financeiro nacional; não podem usar a terminação "banco" em seu nome; e a
responsabilidade pelas suas operações é do banco contratante.” (TST. Processo:
ARR - 802-88.2011.5.03.0006. Data de Julgamento: 04/02/2015. Relatora
Ministra: Dora Maria da Costa. 8ª Turma. Data de Publicação: DEJT 06/02/2015.)1

No mesmo sentido têm-se os julgados nos processos RR 630-


74.2010.5.03.0106, RR 444-02.2011.5.03.0111, RR 1601-23.2011.5.03.0139 e RR 1672-
72.2012.5.03.0112.

Assim, resta mais do que claro que as atividades prestadas pela Recorrida
não se inserem nos objetivos finalísticos dos bancos e nem são idênticas àquelas prestadas pelos
empregados bancários, sendo, portanto, incapazes de caracterizar o enquadramento da
Recorrente como bancária e, via de consequência, de ensejar-lhe os benefícios deferidas pelo v.
acórdão recorrido (equiparação salarial, jornada de trabalho de 6 horas, etc).

Assim, com base nas divergências jurisprudenciais trazidas aos autos, o que
possibilita o conhecimento deste Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “a”, da CLT, bem
como com base na violação do Art. 17 da Lei 4.595/1964, o que possibilita o conhecimento deste
Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “c”, da CLT a Recorrente requer a integral reforma do
julgado pela total improcedência da Reclamação Trabalhista no que diz respeito à caracterização
da ilicitude da terceirização.

Consequentemente, requer a exclusão da concessão das horas extras, e


consectários, derivados da jornada dos bancários prevista no Art. 224 da CLT.

As atividades desenvolvidas pela Recorrida, já foram objeto de análise não


apenas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, como também pela SDI-1 do C. TST, a qual já se
posicionou no sentido de não reconhecer a ilicitude da terceirização, por entender que as
mesmas atividades incontroversas exercidas pelo Recorrido não são típicas atividades bancárias
e não estão relacionadas às atividades privativas das instituições financeiras, ou seja, não são
atividades-fim dos bancos. Senão vejamos o que diz o excerto do Acórdão da SDI-1 (DOC. 03)
abaixo transcrito e, em comparação, o trecho do Acórdão Recorrido:

1
Disponível em:
http://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificada2/inteiroTeor.do?action=printInteiroTeor&format=html&highlight=true&numeroFo
rmatado=ARR%20-%20802-
88.2011.5.03.0006&base=acordao&rowid=AAANGhABIAAAILQAAN&dataPublicacao=06/02/2015&localPublicacao=DEJT&query=

[17]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617251669700000044718226
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 17
Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 576

Advocacia Empresarial

O enquadramento do autor como bancário, todavia, não parece ser o entendimento a


ser acolhido. Primeiro, porque a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT não
exerce as atividades privativas de uma instituição financeira, mas apenas os seus
serviços básicos. E segundo, porque o critério a ser utilizado para fins de
enquadramento sindical, à exceção da categoria profissional diferenciada, é o da
atividade preponderante da empresa, e não da do empregado. De acordo com o art.
17 da Lei nº 4.595/64, são consideradas instituição financeira aquelas pessoas
jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam as atividades, principal ou acessória, de
coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros, próprios ou de terceiros,
em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.
Por outro lado, a teor do art. 1º da Resolução nº 3.110/2003, verifica-se que a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos ECT (primeira reclamada), na condição de
correspondente bancário, não exerce as atividades privativas de uma instituição
financeira, mas apenas os serviços básicos de uma agência bancária, que consiste em:
recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista,
a prazo e de poupança; depósitos e saques em contas de depósito a vista, a prazo e de
poupança, bem como aplicações e resgates em fundos de investimento; recebimentos,
pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de prestação de serviços,
como aposentadoria, por exemplo; execução ativa ou passiva de ordens de pagamento
em nome do contratante; recepção e encaminhamento de pedidos de propostas de
empréstimos e financiamentos; análise de crédito e cadastro; execução de serviços de
cobrança; recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de
crédito; e outros serviços correlatos.” (TST. SDI-1. E-RR 500-97.2008.5.18.0054. Relator
Ministro Aloysio Corrêa da Veiga. Data de Julgamento: 16/09/2010. Data de
disponibilização no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho: 23/09/2010. Data de
Publicação: 24/09/2010.) 2 (grifos nossos)
“O contrato de prestação de serviços firmado entre os réus (ID 930208), dispõe sobre as
atividades a serem realizadas pela primeira ré em favor do segundo réu, dentre as quais
se destacam: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos, de pedido de empréstimos e financiamentos, de emissão de cartões
recebimentos e pagamentos a contas de depósitos, aplicações e resgates de fundos de
investimentos e convênios, execução e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos; análise de crédito e cadastro, análise de crédito e cadastro, serviços de
controle e processamento de operações.
Destaco dos elementos de prova oral, o depoimento da autora em Juízo, em que declara
ter sido admitida pela primeira ré, Saura Consultoria, para trabalhar no auto-
atendimento do segundo réu, Banco do Brasil S.A., nesse mister, realizava empréstimos,
abertura de contas e venda de consórcios.

2
O subscritor desta peça confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio eletrônico
do TST na internet, cujo endereço de acesso é:
https://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificada2/inteiroTeor.do?action=printInteiroTeor&format=html&highlight=true&numeroF
ormatado=E-RR%20-%20500-
97.2008.5.18.0054&base=acordao&rowid=AAANGhAAFAAAGfSAAD&dataPublicacao=24/09/2010&query=

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 18
Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 577

Advocacia Empresarial

(...)
Deflui, portanto, que a autora executava suas tarefas no âmbito interno do segundo réu,
Banco do Brasil S.A., em posto de auto-atendimento, e suas atribuições consistiam na
venda de produtos desse, como empréstimos, seguros e consórcios, além de abertura de
contas.
(...)
Não obstante a primeira ré, empregadora, não se insira na contextualização de
financeira, na forma preconizada na Lei n.º 4.595/64 e o vínculo de emprego com o
segundo réu, além de não reiterado em razões recursais, encontra óbice no art. 37, II, da
CF, denoto ter havido a terceirização ilícita de serviços, porquanto a autora
desempenhou tarefas que se inseriam no objetivo fim do banco (tomador de serviços) e
esteve subordinada aos prepostos deste.” (Acórdão Recorrido) (grifos nossos)

Conforme se percebe da comparação entre o trecho do Acórdão proferido


pela SDI-1 do TST (DOC. 03) e o trecho do Acórdão Recorrido, nota-se que aquela entende que a
atuação de empregados de correspondentes no País com atividade ligada a crédito e abertura de
contas, não caracteriza as atividades privativas das instituições financeiras, definidas pelo Art. 17
da Lei nº 4.595/1964.

Verifica-se, ainda, que a mesma listagem de atividades constante do Acórdão


Paradigma da SDI-1 do TST (DOC. 03) repete-se no Acórdão Recorrido quando este se refere ao
objeto do contrato de prestação de serviços firmado pela Recorrente com a 2ª Reclamada.

A divergência se caracteriza ao se observar que, se por um lado constou no


Acórdão Paradigma (DOC. 03) que as atividades de “coleta, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros, próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de
valor de propriedade de terceiros” são cumulativamente consideradas a atividade-fim bancária,
atividade esta não realizada pelos correspondentes no País, por outro lado, o Acórdão Recorrido,
mesmo tendo listado como objeto do contrato de prestação de serviços firmado pelas
Reclamadas as mesmas atividades que o Acórdão Paradigma diz serem prestadas por
correspondentes no País (atividades estas dissonantes daquelas que cumulativamente compõem
a atividade-fim bancária denominada intermediação financeira “lato sensu” do Art. 17 da Lei
4.594/1964, conforme também entende a SDI-1 do TST), acabou por concluir que o Recorrido
executou atividade-fim bancária.

Ressalta-se, ainda, que o Acórdão Paradigma apresentado, proferido pela


SDI-1 do TST é a última decisão de mérito sobre a matéria proferida pela SDI-1 de que se tem
conhecimento. Assim, o Acórdão Paradigma (DOC. 03) cujo trecho foi transcrito acima, é a
decisão que expressa o entendimento atual da SDI-1 do TST sobre a questão de enquadramento
à categoria dos bancários de funcionários dos correspondentes no País, como o Recorrido que
trabalhou para a ora Recorrente.

Facilmente podemos notar que as atividades exercidas por correspondentes


no País, como é o caso da Recorrente e também do Banco Postal (este constante do Acórdão
Paradigma), não são atividades típicas bancárias, pois não constituem o cerne da atividade

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Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 578

Advocacia Empresarial

bancária, ou seja, a atividade-fim dos bancos, que é, por sua vez, a intermediação financeira
lato sensu, prevista no Art. 17 da Lei 4.595/1964.

Assim, a atividade-fim bancária não contempla atividades não exclusivas


dos bancos, nem tampouco atividades básicas e meramente auxiliares, serviços prestados
no âmbito dos correspondentes no País, conforme a Resolução CMN 3.954/2011, e antes desta
as Resoluções CMN 3.110/2003 e 2.707/2000.

No mesmo sentido do dissenso pretoriano anterior, o Acórdão do Respeitável


Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DOC. 04) abaixo:

“Pois bem, da análise das tarefas acima descritas, em comparação às finalidades das
instituições financeiras, não vislumbro terceirização de atividade-fim. Vejamos: Receber e
encaminhar propostas de abertura de contas de depósitos não se consubstanciam em
tarefas afetas exclusivamente a bancos, vez que a ECT não possui competência alguma
para aprovar ou não as propostas, sendo certo que ela apenas e tão-somente intermedeia
o proponente e o banco parceiro, utilizando-se para tanto sua infraestrutura espalhada
por todo o País. Receber pagamentos decorrentes de convênio de prestação de serviços
mantidos na forma da regulamentação em vigor nada mais é do que aquilo que todas as
casas lotéricas já fazem há anos (pagamento de água, energia elétrica, telefone, e.g.), sem
que se possa afirmar que as pessoas que trabalham nessas casas sejam bancários. Pagar e
receber ordens de pagamento, até um certo valor, referentes ao banco parceiro, também
é processo massificado nas casas lotéricas de todo o País. Receber e encaminhar propostas
de empréstimos e financiamentos, sem que se possa falar em atuação efetiva na
pactuação desses empréstimos e financiamentos (que são da inteira responsabilidade do
banco parceiro, diga-se) não me parece caracterizar a terceirização alegada. Executar
serviços de processamento de dados relativos a serviços do banco-postal é decorrência
lógica do serviço prestado. (...) De tudo quanto foi visto ressalta que as funções típicas das
instituições financeiras não foram passadas à alçada do Banco Postal, senão que apenas
comezinhas ações de intermediação, também executadas, é verdade, pelas agências
bancárias naqueles centros que apresentam viabilidade econômica compatível com o
investimento de nome de abertura e manutenção da agência perene. O Banco Postal não
capta recursos de terceiros (em nome próprio, por sua conta e risco); não intermedeia ou
aplica recursos de terceiros (por sua conta e risco) ou próprios; não trabalha com moeda
estrangeira e a custódia de recursos (...) A inescoável função social do Banco Postal,
levando cidadania aos mais distantes e abandonados lugares deste País, não ousou criar
mais uma instituição financeira. Apenas fez uso inteligente e dinâmico de uma estrutura
física já instalada e de um contingente humano dedicado e capaz para, através de uma
prestação de serviço mínima, dar aos desamparados dessas localidades um arremedo de
inclusão social. Apesar disso (e não é pouco, reconheça-se), esse mínimo não se
consubstancia em terceirização de atividade-fim, vez que o Banco Postal longe está de
uma agência bancária. Não acolhendo a tese de equiparação, despiciendo discutir sobre os
direitos dela decorrentes. (...) A Resolução nº 3.110/03 do Banco Central altera e consolida
as normas que dispõe sobre a contratação de correspondentes no país, para tanto
disciplina em seu artigo 5º a diferença entre correspondente bancário e instituição
financeira: (...) Some-se a isso o conceito de Instituição Financeira estabelecida no artigo
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Fls.: 579

Advocacia Empresarial

17 da Lei 4.595/64 (...) A empresa brasileira de Correios e Telégrafos, com a instituição do


Banco Postal, agregou as suas inúmeras funções, aquelas mencionadas alhures. Contudo,
em momento algum passou a ter como atividade principal ou acessória a intermediação
ou aplicação de recursos, ou seja, não passou a integrar o sistema financeiro nacional.
Desta forma, o fato de o reclamante desempenhar, além das atividades ínsitas ao cargo de
‘Atendente Comercial II’, atribuições como correspondente bancário não tem o condão,
por si só, de conferir ao autor os direitos previstos para a categoria dos bancários.” (TRT
10ª Região. 1ª Turma. RO 00764-2008-801-10-00-8. Relator Desembargador João Luis
Rocha Sampaio. Data de Julgamento: 31/03/2009. Data de Disponibilização no Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho: 16/04/2009. Data de Publicação: 17/04/2009.)3 (grifos
nossos) “O contrato de prestação de serviços firmado entre os réus (ID 930208), dispõe
sobre as atividades a serem realizadas pela primeira ré em favor do segundo réu, dentre as
quais se destacam: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos, de pedido de empréstimos e financiamentos, de emissão de cartões
recebimentos e pagamentos a contas de depósitos, aplicações e resgates de fundos de
investimentos e convênios, execução e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos; análise de crédito e cadastro, análise de crédito e cadastro, serviços de
controle e processamento de operações.
Destaco dos elementos de prova oral, o depoimento da autora em Juízo, em que declara
ter sido admitida pela primeira ré, Saura Consultoria, para trabalhar no auto-atendimento
do segundo réu, Banco do Brasil S.A., nesse mister, realizava empréstimos, abertura de
contas e venda de consórcios.
O representante da primeira ré declarou que a autora realizava a venda de créditos,
abertura de contas e consórcios do segundo réu; que a autora trabalhava no auto
atendimento.
Foi ouvida na condição de informante Luana Roberta Rabelo, indicada pela autora, a qual
disse que: a autora vendia seguros OUROCAP; tinha acesso ao sistema do segundo réu,
através de solicitação realizada aos empregados do segundo réu.
A testemunha Rodrigo de França, indicada pela autora, informou que a autora vendia
empréstimos consignados, fazia a abertura de contas e também acredita que vendesse
seguros.
A testemunha Angelita de Oliveira, indicada pela primeira ré, informou que a autora
vendia empréstimos e consórcios, mas não vendia seguros; trabalhava no auto-
atendimento da agência.
Deflui, portanto, que a autora executava suas tarefas no âmbito interno do segundo réu,
Banco do Brasil S.A., em posto de auto-atendimento, e suas atribuições consistiam na

3
O subscritor desta peça confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio eletrônico
do TRT 10ª Região na internet, cujo endereço de acesso é:
http://www.trt10.jus.br/servicos/consultasap/acordao.php?nProcTrt=06983&tipo_trt=RO&aProcTrt=2008&dt
julgamento_trt=17/04/2009&%20np=00764-2008-801-10-00
8&nj=JO%C3O%20LUIS%20ROCHA%20SAMPAIO&npvoto=168821&tp=RO

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Fls.: 580

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venda de produtos desse, como empréstimos, seguros e consórcios, além de abertura de


contas.
Ainda, que a primeira ré contratou a autora (dentre outros empregados) visando a
prestação de serviços exclusivamente em benefício e nas dependências do segundo réu,
Banco do Brasil S.A., em tarefas que se inseriam no objetivo fim desse.” (Acórdão
Recorrido) (grifos nossos)

Do trecho do Acórdão Paradigma proferido pelo Tribunal Regional do


Trabalho da 10ª Região em comparação com o trecho do Acórdão Recorrido, percebe-se que um
dos argumentos trazidos por aquele para caracterizar as mesmas atividades realizadas pelo
Recorrido como atividades-meio foi o de que os correspondentes no País não realizam as
atividades-fim dos bancos, conforme Art. 17 da Lei 4.595/1964. Nesse sentido, os
correspondentes no País, como é o caso da Recorrente, não tem competência para aprovar ou
não quaisquer propostas de abertura de contas ou de empréstimos e não captam ou aplicam
recursos de terceiro em nome próprio ou por sua conta e risco. Tais fatos restaram elucidados
pelo r. Acórdão, que transcreveu trecho de prova em que ficou comprovado que à Recorrida cabia
tão somente o oferecimento de empréstimos e contas aos clientes. Em nenhum momento o
Acórdão afirmou que a Recorrido detinha autonomia para aprovar ou negar os empréstimos e
aberturas de contas, mas que a esta cabia tão somente a venda destes produtos.

Ademais, a Resolução CMN 3.110/2003, atual Resolução CMN 3.954/2011,


conforme entendimento esposado no acórdão do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região (DOC. 04), diferencia expressamente as atividades dos correspondentes no País e das
instituições financeiras, estabelecendo, inclusive, em seu Art. 5º, penalidades aos
correspondentes que atuem como instituição financeira.

A proibição permaneceu na Resolução CMN 3.954/2011, em seu Art. 10,


conforme a seguir transcrito:

Art. 10. O contrato de correspondente deve estabelecer:

(...)

XIII - declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização,


por sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições
financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o
infrator às penalidades previstas nas Leis nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e
nº 7.492, de 16 de junho de 1986.

Neste sentido, de extrema importância a leitura de trecho do Acórdão


Paradigma do Respeitável Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (DOC. 05) abaixo, o qual
entende que são atividades típicas da categoria bancária aquelas que impliquem em gestão
e acesso ao numerário e a dados patrimoniais sigilosos dos clientes, de modo que o
Acórdão Recorrido com ele diverge, tendo em vista que, mesmo não tendo o Reclamante,
ora Recorrido, poderes de gestão de valores dos clientes, nem acesso aos seus dados
patrimoniais, sendo que, ao contrário, consignou-se no Acórdão que a Recorrido apenas

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Advocacia Empresarial

vendia produtos da 2ª Reclamada, houve aquele Colegiado por bem concluir que a
Recorrido executou atividade-fim bancária:

“Recurso do autor improvido, porquanto não há que se falar em inconstitucionalidade da


Resolução 3110/2003 e não restou demonstrada a fraude alegada, consistente na
terceirização irregular perpetrada pelos réus. (...) Quanto às atividades previstas no art.
1º, temos: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança; recebimentos e pagamentos relativos a contas
de depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos
de investimento; recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de
convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante; execução ativa ou passiva
de ordens de pagamento em nome do contratante; recepção e encaminhamento de
pedidos de empréstimos e financiamento; análise de crédito e cadastro; execução de
serviços de cobrança; recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões
de crédito; outro serviços de controle, inclusive processamento de dados das operações
pactuadas; outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil. O cerne da questão é
saber se os serviços acima são típicos dos bancários. Entende este Relator que, de uma
forma geral, são atividades típicas da categoria em estudo todas aquelas que impliquem
em gestão e acesso ao numerário e a dados patrimoniais sigilosos dos clientes. Os
serviços acima não possuem tais características, conquanto também possam ser
prestados pelos bancários. Com efeito, como entendido pelo MM. Juízo de 1º grau às fls.
478/479, verbis : ‘A simples recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de
contas bancárias, ao meu ver não é atividade típica de bancário. A atividade típica do
bancário é gerir as contas já abertas. O oferecimento de aberturas de contas em bancos
e instituições financeiras pode ser realizado por qualquer um, inclusive os trabalhadores
que fazem a venda direta e indireta de bens e produtos em Call Center, os operadores de
telemarketing. Recebimento e pagamento relativos a contas de depósitos á vista, a prazo
e de poupança, bem como aplicações e resgates em fundos de investimentos, também ao
meu ver não é atividade exclusiva dos bancários. São tarefas que podem ser realizadas
diretamente pelos próprios clientes em suas casas; ou podem se valer os clientes dos
bancos de terceiros, corretoras de valores para aplicações; e saques, depósitos e podem
ser realizadas em qualquer caixa automático, 24 horas, existente no País, sendo
desnecessário a presença de um bancário para a efetivação. Também não vejo como ato
exclusivo de bancário os recebimentos e pagamentos decorrentes de convênio de
prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em vigor,
ou seja, simples recebimento de contas como ato exclusivo de bancários. Temos aí as
loterias; os supermercados; os correios; que são instituições que o cliente pode se dirigir
a qualquer hora e realizar o pagamento de suas contas domésticas, sem ter que se dirigir
a um banco. Não há lei que impeça a realização de convênios entre as empresas e demais
instituições que não bancos para o pagamento e recebimento dessas contas. Execução
ativa e passiva de ordens de pagamento em nome do contratante também não
caracteriza como atividade eminentemente bancária, tanto que é possível remeter
valores através de outras instituições que não bancos, como por exemplo os correios;
também não é atividade eminentemente bancária análise de crédito e cadastro;
execução de serviços de cobrança. Nem é atividade bancária a recepção e
encaminhamento de propostas de emissão de cartões de créditos, já que empresas de
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cartões de crédito, em geral, são empresas do grupo econômico que têm personalidade
jurídica própria.’ Desse modo, é forçoso que se conclua pela inexistência dos vícios
alegados pelo autor e pela constitucionalidade da norma em estudo.” (TRT 1ª Região. 1ª
Turma. RO 0000400-33.2009.5.01.0038. Relator Desembargador José Nascimento Araújo
Netto. Data de Julgamento: 31/03/2011. Data da Publicação no Diário Oficial do Estado
do Rio de Janeiro: 25/04/2011.)4 (grifos nossos)

Verifica-se que no mesmo sentido da decisão do TRT da 1ª Região acima


(DOC. 05), manifestou-se a r. sentença proferida no caso, ao que a Recorrente pede vênia para
transcrever:

“Sopesando o conjunto probatório, e apesar de a autora realizar empréstimos


consignados, ainda assim não me convenci de que ela exercesse atividade típica de
bancária, já que não estavam relacionadas ao manuseio de dinheiro, gerenciamento de
ativos financeiros de terceiros, autenticação de documentos, e movimentação de
contas bancárias.” (Sentença) (grifos nossos)

Portanto, nem a Recorrente realizava serviços caracterizados como atividade


fim do Banco do Brasil, nem a Recorrida executava atividades tipicamente de bancária, pois
durante todo o contrato de trabalho havido entre as partes, a Recorrida exerceu tão somente a
atividade-meio da instituição financeira.

Assim, necessário se faz a reforma do v. acórdão, para o fim de afastar o


reconhecimento de terceirização ilícita e da equiparação das atividades da Requerida como
bancária.

Assim, com base nas divergências jurisprudenciais trazidas aos autos, o que
possibilita o conhecimento deste Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “a”, da CLT, bem
como com base na violação do Art. 17 da Lei 4.595/1964, o que possibilita o conhecimento deste
Recurso de Revista, nos termos do Art. 896, “c”, da CLT a Recorrente requer a integral reforma do
julgado pela total improcedência da Reclamação Trabalhista no que diz respeito a caracterização
da ilicitude da terceirização. Consequentemente, requer a exclusão da concessão relativas à
equiparação da Recorrida como bancária e seus respectivos consectários, absolvendo a
Recorrente de qualquer condenação de pagamento das verbas pleiteadas pela Recorrente em
razão de tais fatos.

4.2) DA NECESSIDADE DE REFORMA DO V. ACÓRDÃO POR SE TRATAR DE DECISÃO


EXTRAPETITA – VIOLAÇÃO AO DISPOSTO NOS ARTIGOS 128 E 460, AMBOS DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL

Ainda no que diz respeito à ilegalidade/ilicitude do contrato de terceirização


entre as Reclamadas, o v. acórdão assim dispôs:

4
O subscritor confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio eletrônico do TRT 1ª
Região na internet, cujo endereço de acesso é:
http://consulta.trtrio.gov.br/portal/downloadArquivoPdf.do?sqDocumento=18390809

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Advocacia Empresarial

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da


primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de
atividade bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do
contrato de correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços,
na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Portanto, verifica-se que o v. acórdão manteve o direito da Recorrida à


equiparação com as funções de bancário, declarando violação ao disposto às disposições
traçadas pelo CMN, art. 3º, § 2º, da Resolução 3.549/11, fato este que sequer fora invocado pela
parte Recorrida.

Ocorre, Excelências, que tal decisão não se coaduna com o que dispõe a Lei,
pois resta evidenciado que ao manter a decisão de primeiro grau, porém, por outro fundamento
que não havia sido sequer invoado, os ilustres julgadores extrapolaram os limites da lide,
concedendo à Reclamante algo que não foi pleiteado na ação, violando o disposto nos artigos 128
e 460 do CPC, o qual é aplicado de forma subsidiária ao direito do trabalho e que assim dispõem:

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso
conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da
parte.

Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa
da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto
diverso do que lhe foi demandado.

No caso em tela, resta mais do que demonstrado que a intenção da


Reclamante era de que houvesse reconhecimento de que a mesma fazia jus ao cumprimento de
carga horária especial e da remuneração básica dos bancários, em razão da equiparação que
pedia com a função de bancário e o enquadramento na respectiva CCT dos bancários.

Em momento algum do processo foi questionada ou discutida a violação do


dispositivo legal supra inovado pelo v. acórdão recorrido, até porque se houvesse tal pedido nos
autos, a Reclamada elaboraria defesa especifica neste sentido, ou seja, a contestação também
seria especifica quanto a esse ponto.

O pedido da Reclamante refere-se à equiparação da atividade desenvolvida


como correspondente bancário à categoria de bancário, por suposta violação ao art. 17 da Lei
4.595/64, enquanto o fundamento do Acórdão, apesar de reconhecer a atividade como de
correspondente bancário, faz alusão à vício de contratação não contemplado nos pedidos da
Reclamante, qual seja, suposta atividade exclusiva da empregadora Reclamada – Res.
3.954/2011 - BACEN, matéria não ventilada por qualquer das partes.

Como já destacado, a alegada vedação à contratação de entidade que exerça


exclusivamente a função de correspondente bancário, não foi objeto de alegação da Reclamante,
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Advocacia Empresarial

e muito menos foi objeto de prova, constituindo fato novo trazido aos autos pelo Tribunal de
origem, situação vedada pelo ordenamento processual, em especial no art.128, do CPC.

Assim, não bastasse o equivoco da decisão quantos aos fundamentos do


julgado (atividade do empregador X atividade da Reclamante), a mesma acaba por violar as
normas processuais ao trazer aos autos matéria não ventilada pelas partes, em especial que não
compuseram o pedido da Reclamante.

Por isso não cabe ao julgador trazer questões não suscitadas ou deferir
pedidos que não foram expressamente pleiteados pela parte, sob pena de caracterizar-se
julgamento extra ou ultra petita.

Neste sentido é pacifico o entendimento jurisprudencial a respeito do tema,


inclusive do próprio TST, o qual já se pronunciou sobre tais questões e cujas ementas são
transcritas apenas para elucidação do caso:

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO EXTRA PETITA. Os fundamentos da


decisão não se afastaram da causa de pedir, do pedido e ainda, das premissas
elencadas pela parte contrária, delimitadas pela contestação e contrarrazões ao
recurso ordinário, no exercício do seu direito de resposta à ação. Não se trata,
portanto, de julgamento extra petita, visto que não há incongruência entre o objeto
da lide e o conteúdo da decisão. Ilesos os arts. 128 e 460 do Código de Processo
Civil. Recurso de revista não conhecido. INAPLICABILIDADE DA MULTA DO
ART. 475-J DO CPC. Ressalvado entendimento pessoal de que há omissão da
CLT, visto ela não tratar de medidas coercitivas, mas somente de meios sub-
rogatórios de execução, é certo ter a SBDI-1 desta Corte pacificado a
jurisprudência trabalhista ao decidir que os dispositivos da CLT estabelecedores
do rito da execução trabalhista esgotam a sua regência, não se aplicando a multa
do art. 475-J ao processo laboral. Assim, o acórdão regional, ao manter a decisão
que determinou a incidência do disposto no art. 475-J do CPC ao presente caso,
violou o disposto no art. 5º, LV, da Constituição. Ressalva do relator também
quanto à admissibilidade. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
1488008120095080009 148800- 81.2009.5.08.0009, Relator: Augusto César Leite
de Carvalho, Data de Julgamento: 29/10/2013, 6ª Turma, Data de Publicação:
DEJT 08/11/2013)

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO EXTRA PETITA . O Código de


Processo Civil, em seus artigos 128 e 460, caput , trata do princípio da adstrição
do juiz aos limites da lide. O julgamento extra petita se configura quando o juiz
decide fora dos limites da lide, os quais são fixados nos pedidos postulados na
exordial. In casu , verifica-se que a Corte regional extrapolou os limites do pedido
do autor ao reconhecer o vínculo empregatício com empregador diverso do
requerido pelo reclamante na sua petição inicial. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RR: 535405220045010039 53540-52.2004.5.01.0039, Relator:
Vantuil Abdala, Data de Julgamento: 20/05/2009, 2ª Turma,, Data de Publicação:
05/06/2009).

[26]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617251669700000044718226
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 26
Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 585

Advocacia Empresarial

Diante de todo o exposto resta demonstrada a necessidade e reforma do v.


acórdão recorrido, para o fim de excluir do mesmo a condenação da equiparação da função
exercida pela Recorrida com a de bancário com os respectivos consectários daí decorrentes, uma
vez que a fundamentação aplicada ao caso em tela não foi requerida pela parte e sequer foi
questionada ao longo da instrução processual, revelando-se tal decisão como extra petita.

4. CONCLUSÃO

Ante o exposto, demonstrado o cabimento do presente recurso, e pelo muito


que será acrescido pelo tirocínio, senso de justiça e notável saber jurídico dos eminentes
Ministros desta Colenda Turma, confia e espera a Recorrente, seja recebido e provido o presente
Recurso de Revista nos termos acima alinhavados, e conforme causa de pedir supra, reformando
o v. acordão regional recorrido nos seguintes termos:

a) Reconhecer e declarar a licitude e validade do contrato de terceirização firmado entre as


Reclamadas;

b) Reconhecer e declarar o não enquadramento da Recorrida à categoria dos bancários;

c) Excluir da condenação o pagamento de diferenças salariais resultantes dos instrumentos


coletivos e da remuneração aplicável aos escriturários básicos e seus consectários;

d) Excluir da condenação o pagamento de horas extras e consectários advindos da aplicação


da jornada de 6 (seis) horas diárias e 36 (trinta e seis) horas semanais dos bancários;

e) Excluir da condenação o pagamento do Auxilio cesta alimentação, previsto em norma


coletiva e demais benefícios deferidos em razão do enquadramento da Recorrida à
categoria dos bancários.

Termos em que, pede deferimento.


De Maringá-PR p/
Brasília-Df, em 06 de agosto de 2015.

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio Saura Silva


OAB/PR 73.183 OAB/PR 40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda Nunes da Silva


OAB/PR 31.347 OAB/PR 48.773

[27]

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 06/08/2015 17:26:23 - e9e4ec8


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080617251669700000044718226
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e9e4ec8 - Pág. 27
Número do documento: 15080617251669700000044718226
Fls.: 586

CERTIDÃO:

CERTIFICO que o acórdão foi disponibilizado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho no dia 28 de
julho de 2015, terça-feira, e a publicação ocorreu no dia 29 de julho de 2015, quarta-feira, nos termos do
parágrafo 3º do art. 4º da Lei nº 11.419/06.

CERTIFICO, mais, que em 06 de agosto de 2015, quinta-feira, decorreu o prazo legal sem que LUANA
ROBERTA RABELLO apresentasse recurso.

Florianópolis, 07 de agosto de 2015

Priscila Silveira
Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: PRISCILA SILVEIRA - 07/08/2015 13:02:26 - 99f28ef


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15080713010527200000044718199
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 99f28ef - Pág. 1
Número do documento: 15080713010527200000044718199
Fls.: 587

Recurso de Revista
Recorrente(s): 1. BANCO DO BRASIL SA
2. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
Advogado(a)(s): 1. Louise Rainer Pereira Gionedis (PR - 8123)
Recorrido(a)(s): 1. LUANA ROBERTA RABELLO
Interessado(a)(s): 1. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
2. BANCO DO BRASIL SA

Recurso de: BANCO DO BRASIL SA

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso apresentado em 30/07/2015).

Regular a representação processual (id. d25e9d9).

Satisfeito o preparo (ids. 744f319, 05b7601 e cddd3be).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

Responsabilidade Solidária/Subsidiária / Tomador de Serviços/Terceirização.

Alegação(ões):

- violação dos arts. 5º, II e XXXVI, 114 e 170 da Constituição Federal.

- violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.

- divergência jurisprudencial.

O Banco do Brasil S/A alega que, por expressa vedação legal, não pode ser responsabilizado
subsidiariamente pelos encargos trabalhistas inadimplidos por empresa prestadora de serviços contratada
mediante prévio procedimento licitatório. Também sustenta ser imprescindível a comprovação de
ausência de fiscalização no cumprimento do contrato, que não ocorreu, circunstância que impõe sua
exclusão do pólo passivo da presente demanda.

Consta do acórdão que circunscreve-se ao exame do recurso da outra demandada:

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a
prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de correspondente
bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do
Eg. TST.

Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua área de atuação e potencializar
sua atividade econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua atividade-fim. A prestadora
atuava como verdadeira agência bancária, com a realização de transações a ela inerentes.

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 834546b


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15090116531052100000044718201
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 834546b - Pág. 1
Número do documento: 15090116531052100000044718201
Fls.: 588

Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-empregadora da autora era de uma instituição
bancária, correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa categoria (art. 511, § 3º, da CLT),
concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais pertinentes.

Inviável a análise do recurso, uma vez que o Colegiado não adotou tese específica sobre a matéria
responsabilidade subsidiária, invocada pela parte recorrente. Ausente o prequestionamento, incide o
óbice indicado na Súmula nº 297 do TST.

Observo, outrossim, que o Banco do Brasil S/A não recorreu da condenação subsidiária que lhe foi
imputada na primeira instância, ocasionando a preclusão do debate respectivo.

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao recurso de revista.

Recurso de: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso apresentado em 06/08/2015).

Regular a representação processual (id. 589600).

Satisfeito o preparo (ids. 1389184, 1389194, 744f319, 13447d7 e f36b99c).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

Categoria Profissional Especial / Bancário / Enquadramento

Alegação(ões):

- violação dos arts. 3º, V, 4º, VI e VIII, 17 e 18, §1º, da Lei nº 4.595/64, 14 da Lei nº 4.728/65.

- divergência jurisprudencial.

- violação dos arts. 3º, § 2º, da Resolução 3.594/11 e art. 8º, I ao IX, da Resolução 3.954/2011, ambas do
BACEN.

Insurge-se contra a declaração de ilicitude da terceirização e correspondente reconhecimento da


equiparação da autora à categoria dos bancários e, por corolário, a carga horária de 06 horas diárias e 36
semanais, estabelecida no art. 224 da CLT, diferenças salariais e auxílio cesta alimentação.

Os fundamentos do acórdão já foram trasladados no recurso anterior.

Diante do enquadramento da autora como bancária, não há cogitar violação direta e literal aos textos
legais indicados.

Ademais, estando a controvérsia decidida com base nos elementos de prova disponíveis nos autos, à
insurgência aplica-se o óbice insculpido na Súmula nº 126 do TST, segundo a qual a discussão dos fatos
e das provas finda nesta instância trabalhista.

Por outro lado, os modelos colacionados não colidem com os fundamentos do julgado, uma vez que
apresentam soluções compatíveis com conjuntos fático e probatório diversos, específicos das demandas
das quais foram extraídos (Súmula nº 296 do TST).

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 834546b


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15090116531052100000044718201
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 834546b - Pág. 2
Número do documento: 15090116531052100000044718201
Fls.: 589

Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a transcrição de decisões oriundas de Turma do TST
ou da lavra do Tribunal prolator do acórdão recorrido não se presta ao fim pretendido (exegese da alínea a
do art. 896 da CLT).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos Processuais / Nulidade / Julgamento Extra


/Ultra/Citra Petita

Alegação(ões):

- violação dos arts. 128 e 460 do CPC.

- divergência jurisprudencial.

Almeja a exclusão da condenação à equiparação da função exercida pela Recorrida com a de bancário
com os respectivos consectários daí decorrentes, uma vez que a fundamentação aplicada ao caso em tela
não foi requerida pela parte e sequer foi questionada ao longo da instrução processual, revelando-se tal
decisão como extra petita.

Consta do acórdão:

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a
prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11) , restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de correspondente
bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do
Eg. TST. (grifei)

A alteração do decidido dependeria do revolvimento da prova produzida (ou de fatos e provas), vedado
pela Súmula nº 126 do TST, o que impõe a denegação do seguimento da revista.

Registro, ademais, a inconsistência da tese de possível afronta direta e literal aos dispositivos legais
apontados, que não contêm disposição específica e contrária àquela consignada no acórdão.

Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a transcrição de decisões oriundas de Turma do TST
ou da lavra do Tribunal prolator do acórdão recorrido não se presta ao fim pretendido (exegese da alínea a
do art. 896 da CLT).

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao recurso de revista.

Publique-se e intime-se.

Florianópolis, 01 de setembro de 2015.

/rmab

Edson Mendes de Oliveira

Desembargador do Trabalho-Presidente

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 834546b


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15090116531052100000044718201
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 834546b - Pág. 3
Número do documento: 15090116531052100000044718201
Fls.: 590

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 834546b


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15090116531052100000044718201
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 834546b - Pág. 4
Número do documento: 15090116531052100000044718201
Fls.: 591

Recurso de Revista
Recorrente(s): 1. BANCO DO BRASIL SA
2. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
Advogado(a)(s): 1. Louise Rainer Pereira Gionedis (PR - 8123)
Recorrido(a)(s): 1. LUANA ROBERTA RABELLO
Interessado(a)(s): 1. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
2. BANCO DO BRASIL SA

Recurso de: BANCO DO BRASIL SA

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso apresentado em 30/07/2015).

Regular a representação processual (id. d25e9d9).

Satisfeito o preparo (ids. 744f319, 05b7601 e cddd3be).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

Responsabilidade Solidária/Subsidiária / Tomador de Serviços/Terceirização.

Alegação(ões):

- violação dos arts. 5º, II e XXXVI, 114 e 170 da Constituição Federal.

- violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.

- divergência jurisprudencial.

O Banco do Brasil S/A alega que, por expressa vedação legal, não pode ser responsabilizado
subsidiariamente pelos encargos trabalhistas inadimplidos por empresa prestadora de serviços contratada
mediante prévio procedimento licitatório. Também sustenta ser imprescindível a comprovação de
ausência de fiscalização no cumprimento do contrato, que não ocorreu, circunstância que impõe sua
exclusão do pólo passivo da presente demanda.

Consta do acórdão que circunscreve-se ao exame do recurso da outra demandada:

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a
prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de correspondente
bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do
Eg. TST.

Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua área de atuação e potencializar
sua atividade econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua atividade-fim. A prestadora
atuava como verdadeira agência bancária, com a realização de transações a ela inerentes.

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 9c01de1


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15093016320750000000044718204
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 9c01de1 - Pág. 1
Número do documento: 15093016320750000000044718204
Fls.: 592

Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-empregadora da autora era de uma instituição
bancária, correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa categoria (art. 511, § 3º, da CLT),
concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais pertinentes.

Inviável a análise do recurso, uma vez que o Colegiado não adotou tese específica sobre a matéria
responsabilidade subsidiária, invocada pela parte recorrente. Ausente o prequestionamento, incide o
óbice indicado na Súmula nº 297 do TST.

Observo, outrossim, que o Banco do Brasil S/A não recorreu da condenação subsidiária que lhe foi
imputada na primeira instância, ocasionando a preclusão do debate respectivo.

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao recurso de revista.

Recurso de: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso apresentado em 06/08/2015).

Regular a representação processual (id. 589600).

Satisfeito o preparo (ids. 1389184, 1389194, 744f319, 13447d7 e f36b99c).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

Categoria Profissional Especial / Bancário / Enquadramento

Alegação(ões):

- violação dos arts. 3º, V, 4º, VI e VIII, 17 e 18, §1º, da Lei nº 4.595/64, 14 da Lei nº 4.728/65.

- divergência jurisprudencial.

- violação dos arts. 3º, § 2º, da Resolução 3.594/11 e art. 8º, I ao IX, da Resolução 3.954/2011, ambas do
BACEN.

Insurge-se contra a declaração de ilicitude da terceirização e correspondente reconhecimento da


equiparação da autora à categoria dos bancários e, por corolário, a carga horária de 06 horas diárias e 36
semanais, estabelecida no art. 224 da CLT, diferenças salariais e auxílio cesta alimentação.

Os fundamentos do acórdão já foram trasladados no recurso anterior.

Diante do enquadramento da autora como bancária, não há cogitar violação direta e literal aos textos
legais indicados.

Ademais, estando a controvérsia decidida com base nos elementos de prova disponíveis nos autos, à
insurgência aplica-se o óbice insculpido na Súmula nº 126 do TST, segundo a qual a discussão dos fatos
e das provas finda nesta instância trabalhista.

Por outro lado, os modelos colacionados não colidem com os fundamentos do julgado, uma vez que
apresentam soluções compatíveis com conjuntos fático e probatório diversos, específicos das demandas
das quais foram extraídos (Súmula nº 296 do TST).

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 9c01de1


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15093016320750000000044718204
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 9c01de1 - Pág. 2
Número do documento: 15093016320750000000044718204
Fls.: 593

Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a transcrição de decisões oriundas de Turma do TST
ou da lavra do Tribunal prolator do acórdão recorrido não se presta ao fim pretendido (exegese da alínea a
do art. 896 da CLT).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos Processuais / Nulidade / Julgamento Extra


/Ultra/Citra Petita

Alegação(ões):

- violação dos arts. 128 e 460 do CPC.

- divergência jurisprudencial.

Almeja a exclusão da condenação à equiparação da função exercida pela Recorrida com a de bancário
com os respectivos consectários daí decorrentes, uma vez que a fundamentação aplicada ao caso em tela
não foi requerida pela parte e sequer foi questionada ao longo da instrução processual, revelando-se tal
decisão como extra petita.

Consta do acórdão:

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a
prestação de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11) , restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de correspondente
bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do
Eg. TST. (grifei)

A alteração do decidido dependeria do revolvimento da prova produzida (ou de fatos e provas), vedado
pela Súmula nº 126 do TST, o que impõe a denegação do seguimento da revista.

Registro, ademais, a inconsistência da tese de possível afronta direta e literal aos dispositivos legais
apontados, que não contêm disposição específica e contrária àquela consignada no acórdão.

Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a transcrição de decisões oriundas de Turma do TST
ou da lavra do Tribunal prolator do acórdão recorrido não se presta ao fim pretendido (exegese da alínea a
do art. 896 da CLT).

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao recurso de revista.

Publique-se e intime-se.

Florianópolis, 01 de setembro de 2015.

/rmab

Edson Mendes de Oliveira

Desembargador do Trabalho-Presidente

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 9c01de1


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15093016320750000000044718204
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 9c01de1 - Pág. 3
Número do documento: 15093016320750000000044718204
Fls.: 594

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 02/09/2015 19:18:32 - 9c01de1


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15093016320750000000044718204
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 9c01de1 - Pág. 4
Número do documento: 15093016320750000000044718204
Fls.: 595

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: RECURSO ORDINÁRIO (1009)

CERTIDÃO

Certifico que a intimação referente à decisão de admissibilidade recursal foi


disponibilizada no Diário Eletrônico da JT deste Regional em 01.10.2015, considerando-se
publicada em 02.10.2015, nos termos do art. 4º da Lei nº 11.419/2006.
Certifico, ainda, que em 12 de outubro de 2015, segunda-feira, não haverá expediente
neste Egrégio Tribunal, em virtude do feriado nacional previsto na Lei nº 6.802/1980 - Dia
consagrado à Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil.

Em 30 de Setembro de 2015.

Angela Cravo Di Pietro Barbosa


Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: ANGELA CRAVO DI PIETRO BARBOSA - 30/09/2015 16:33:28 - 001e7a8
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15093016330087700000044718206
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 001e7a8 - Pág. 1
Número do documento: 15093016330087700000044718206
Fls.: 596

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO


TRABALHO DA 12ª REGIÃO

CNJ Nº: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., devidamente qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com
LUANA ROBERTA RABELLO, por seus advogados, não se conformando com a decisão que denegou seguimento ao Recurso
de Revista, publicada em 02/10/2015, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 897, alínea b,
da Consolidação das Leis do Trabalho, apresentar suas razões de agravo de instrumento para o Colendo Tribunal Superior do
Trabalho.

Informa a Agravante que a partir da Resolução Administrativa nº 1418 do Colendo Tribunal


Superior do Trabalho tornou-se desnecessária a elaboração do instrumento.

O depósito recursal para garantia do juízo, bem como as custas processuais, foram integralmente garantidos quando da
interposição dos Recursos Ordinário e Revista.

Diante dos pressupostos de admissibilidade, requer-se o recebimento e conhecimento do presente


agravo de instrumento, com sua posterior remessa ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Por fim, requer-se o presente recurso seja autuado em nome da procuradora da Recorrente, DRA. L
OUISE RAINER PEREIRA GIONÉDIS, OAB/PR Nº 8.123, a fim de que as intimações dos atos processuais ocorram
exclusivamente em seu nome, sob pena de nulidade.

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15100816515115600000044718207
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 1
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 597

Nestes termos,
Pede deferimento. Curitiba, 08 de outubro de 2015.

Liziane Blaese C. Machado

OAB/PR 41.386

Kelly Jede

Assistente Jurídico

AO COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

PELA AGRAVANTE: BANCO DO BRASIL S.A.

AGRAVADA: LUANA ROBERTA RABELLO

AUTOS: 0000855-55.2013.5.12.0004

ORIGEM: TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

EMÉRITOS JULGADORES

A ora Agravante interpôs Recurso de Revista contra decisão proferida pela 2ª Turma do Egrégio
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região que manteve o entendimento exarado pelo juízo de primeiro grau, no que se refere à
responsabilidade subsidiária do BANCO DO BRASIL S.A.

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15100816515115600000044718207
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 2
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 598

Conclusos os autos, foi proferida decisão denegando seguimento ao recurso interposto.

Entretanto, merece reforma a decisão que ora se agrava, dando-se seguimento ao Recurso de Revista
interposto pela Agravante, e após, julgando-se o mérito do mesmo, na medida em que o referido recurso se adéqua às hipóteses de
cabimento autorizadas por lei.

DA NECESSIDADE DE REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA -

Do juízo de admissibilidade

O juízo a quo negou seguimento ao Recurso de Revista da Agravante, sob o fundamento de que o
Recurso não indicou em quais pontos do Acórdão residem as contrariedades alegadas e não impugnou todos os fundamentos
jurídicos adotados pela decisão

Entretanto, o Agravo de Instrumento deve ser acolhido para então ser procedida a análise do mérito
do Recurso de Revista interposto, tendo em vista que a matéria argüida na Revista requer manifestação dessa Colenda Corte, por
tratar da aplicabilidade de Súmula elaborada para pacificar entendimento jurisprudencial, que inclusive já foi revista pelo
Supremo Tribunal Federal ao julgar a ADC n.º 16.

Ao analisar a matéria trazida no Recurso de Revista, quais seja contrariedade à(s) Súmula(s) nº
331, item V do colendo Tribunal Superior do Trabalho, violação dos arts. 37, §6º, 97 e 193 da CF, a- violação do art. 71 da Lei n
8.666/93, a Súmula Vinculante nº 10, violação da(o) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 193, 818; Lei nº 8666/1993,
artigo 71, §1º; artigo 1º, §único; artigo 66,67; artigo 70; Código de Processo Civil, artigo 333, inciso I, II; Consolidação das Leis
do Trabalho, artigo 2º, §2º; Código de Defesa do Consumidor, artigo 6º, inciso VIII; Cód., §1º do art. 61 do Decreto-Lei 2.300
/1986 e divergência jurisprudencial, a decisão que ora se agrava ultrapassou a apreciação dos requisitos de admissibilidade do
recurso, para adentrar na avaliação da própria questão de fundo da via especial.

Com efeito, ao entender que o Tribunal a quo não se limitou à análise dos pressupostos de
admissibilidade do recurso e, desde logo, apresentou as razões que o levou a entender pela rejeição do seguimento do recurso,
afastando a contrariedade aos dispositivos da Constituição Federal apontado pela Agravante.

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 3
Número do documento: 15100816515115600000044718207
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Ocorre que, não cabe ao Tribunal a quo analisar a questão de fundo do recurso, cabendo-lhe a
análise dos requisitos e pressupostos de admissibilidade do recurso, conforme lição de NELSON NERY JUNIOR[1], verbis:

" Salvo no recurso de agravo (de instrumento ou retido), e no caso de apelação interposta contra
sentença de indeferimento da petição inicial (art. 296, CPC), em nenhuma outra hipótese poderá o
juízo a quo manifestar-se sobre o mérito do recurso. Infelizmente tem-se verificado amiúde o mau
vezo de os tribunais estaduais e regionais federais indeferirem o processamento do recurso
extraordinário, ingressando no exame do mérito. É o que se dá, por exemplo, quando o tribunal
entende que o acórdão recorrido 'não violou a Constituição ou a lei federal'.
A efetiva violação da Constituição Federal, que é um dos casos do recurso extraordinário (art.
102, III, a, CF), é o próprio mérito do recurso. O que cabe ao tribunal examinar é a admissibilidade
do recurso. Na hipótese ventilada, a tão-somente alegação da inconstitucionalidade já preenche o
requisito de admissibilidade do recurso extraordinário. Basta, portanto, haver mera alegação de
ofensa à Constituição para que seja vedado ao tribunal federal ou estadual proferir juízo de
admissibilidade negativo ao apelo extremo." - grifo nosso

Ao realizar o juízo de admissibilidade do recurso interposto, o Egrégio Tribunal Regional do


Trabalho invadiu competência reservada ao Tribunal ad quem, ao manifestar juízo de valor sobre as razões contidas na peça
recursal no que se refere à aplicação da Súmula nº 331 do TST em confronto com o texto do art. 71 da Lei Federal n.º 8.666/93.

Em suas razões recursais a ora Agravante demonstrou que referida Súmula é diretamente contrária
ao estabelecido na Lei de Licitações.

Ocorre que, somente cabe ao Tribunal ao qual foi dirigido o Recurso de Revista analisar tal
questão, sendo vedado, em sede de juízo de admissibilidade, o Tribunal a quo fazê-lo, até porque, o TRT já se manifestou quanto
à matéria em sede de Recurso Ordinário.

Resta demonstrado que, uma vez presentes os requisitos necessários para o processamento da via
especial, impõe-se a admissão e processamento do Recurso de Revista, reservando ao Tribunal ad quem o julgamento do mérito e
a viabilidade jurídica da tese defendida pelo Recorrente, o que autoriza a reforma da decisão agravada para dar seguimento do
Recurso de Revista interposto.

Vale frisar que se faz necessária a análise do assunto pelo Colendo Tribunal Superior do Trabalho
por ser este confronto do texto do inciso V da Súmula 331 do TST com o art. 71 da Lei Federal n.º 8.666/93, uma questão
polêmica.

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 4
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 600

Para aplicar de modo inconteste o inciso sumular mencionado, seria necessária a declaração de
ilegalidade ou a revogação do texto do art. 71 da Lei de Licitações.

Ademais, importante destacar o recente julgado da Ação Declaratória de Constitucionalidade n.º 16


do Supremo Tribunal Federal, publicado em 03/12/2010 (DJ nº. 234) que determinou a constitucionalidade o art. 71 da Lei 8.666
/93:

Tal entendimento, já resultou na manifestação do entendimento pela não responsabilização do ente


público por direitos trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços terceirizados:

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 5
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 601

Mais precisamente, em caso análogo, assim foi julgada pela STF a Reclamação Constitucional nº.

8.150, ajuizada pelo BANCO DO BRASIL S/A, ora Recorrente, in verbis:

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15100816515115600000044718207
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 6
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 602

Desta forma, o presente Agravo de Instrumento é o remédio cabível para que o Colendo Tribunal
Superior do Trabalho analise o mérito do Recurso de Revista interposto pela Agravante.

Ainda, é de grande valia citar o recentíssimo julgamento proferido pelo Colendo Tribunal Superior

do Trabalho que exclui a ora Recorrente do pólo passivo da demanda, sob o fundamento de afronta ao artigo 71, §1ª da Lei 8.666

/93, destaca-se:

" (...) Nas razões de Revista, o segundo Reclamado sustentou que não se pode presumir a
subsidiariedade, que resulta de lei ou da vontade das partes. Ressaltou que não há previsão
legal que lhe imponha a responsabilidade subsidiária por verbas não adimplidas pela empresa
contratada. Argumentou ainda que somente por declaração da inconstitucionalidade do artigo
71, § 1.º, da Lei 8.666/93, observado o artigo 97 da Lei Magna poderia esta Corte superior

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15100816515115600000044718207
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 7
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 603

atribuir-lhe responsabilidade subsidiária. Apontou violação dos artigos 5.º, II, 22, I e XXVII,
37, XXI e § 6.º, 48, 97 e 170, parágrafo único, da Constituição Federal, 2.º, § 2.º, da CLT e 71, §
1.º, da Lei 8.666/93. Juntou arestos para o confronto de teses. No presente Apelo, a segunda
Reclamada renova as razões lançadas na Revista. Ao exame. A atribuição de responsabilidade
subsidiária ao ente público não se contrapõe aos termos do art. 71 da Lei n.º 8.666/93, devendo
ser considerada a existência de culpa in vigilando, sendo certo que o reconhecimento da
referida responsabilidade termina por afastar qualquer possibilidade de violação dos termos
do caput do referido artigo. Esse, aliás, foi o entendimento esposado pelo Supremo Tribunal
Federal que, em recente decisão na ADC n.º 16, de 24/11/2010, ao declarar a
constitucionalidade do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, asseverou que a constatação da culpa in
vigilando, isto é, da omissão culposa da Administração Pública em relação à fiscalização
quanto ao cumprimento dos encargos sociais por empresas contratadas, gera a
responsabilidade do ente público. Há que se considerar, entretanto, que a decisão do Regional
acerca da responsabilidade subsidiária não se encontra em consonância com os termos da
Súmula n.º 331 do col. TST, que recebeu nova redação quanto às questões relativas à
responsabilidade subsidiária, nos seguintes termos: -SÚMULA N.º 331. CONTRATO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE.
................................................................................................
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive
quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das
empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da
relação processual e constem também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa
no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.
A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas
decorrentes da condenação, referentes ao período da prestação laboral.- Registre-se que o
acréscimo do item V da referida Súmula veio a confirmar o entendimento do Supremo
Tribunal Federal, que, como já referido anteriormente, ao declarar a constitucionalidade do
artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, ressaltou a necessidade de a Administração Pública efetivamente
fiscalizar o cumprimento das obrigações legais e contratuais por parte da prestadora de
serviços, devendo ser considerada a existência de culpa in vigilando nos casos em que se trata
da responsabilidade subsidiária de órgãos integrantes da Administração Pública. Assim, não
tendo o Regional identificado expressamente que o Agravante foi omisso quanto ao seu dever
de fiscalizar o cumprimento do contrato por parte da prestadora de serviços, incorrendo em
culpa in vigilando, não há de se falar em responsabilidade subsidiária, sendo certo que o
reconhecimento de tal responsabilidade afronta o disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93.
Portanto, razão assiste à Agravante, pois a decisão proferida pelo Regional afronta o disposto
no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93. Logo, dou provimento ao Agravo de Instrumento para
determinar o processamento do Recurso de Revista. Conforme previsão do art. 897, § 7.º, da
CLT e da Resolução Administrativa do TST n.º 928/2003, em seu art. 3.º, § 2.º, e dos arts. 236, c
aput, § 2.º e 237, caput, do RITST, proceder-se-á, de imediato, à análise do Recurso de Revista
na primeira sessão ordinária subsequente.
RECURSO DE REVISTA
I - ADMISSIBILIDADE
Presentes os pressupostos legais de admissibilidade recursal, fica autorizada a incursão quanto
aos pressupostos específicos da Revista.
II - CONHECIMENTO

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 8
Número do documento: 15100816515115600000044718207
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RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA - NÃO CONFIGURAÇÃO NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO DO
CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO
Reportando-me às razões de decidir do Agravo de Instrumento, conheço do Recurso de
Revista por afronta ao disposto no art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93.
III - MÉRITO
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - EMPRESA INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA - NÃO CONFIGURAÇÃO - NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO DO
CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS - CULPA IN VIGILANDO
Conhecido o Apelo por violação do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, dou provimento ao
Recurso de Revista, como acima exposto, para excluir o Banco do Brasil S.A. do polo passivo
da demanda, ficando prejudicada a análise dos demais temas ventilados no Recurso de Revista.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por
unanimidade, conhecer do Agravo de Instrumento e, no mérito, dar-lhe provimento para
determinar o processamento do Recurso de Revista. Conhecer do Recurso de Revista por
violação do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93 e, no mérito, dar-lhe provimento a fim de excluir o
Banco do Brasil S.A., segundo Reclamado, do polo passivo da demanda, ficando prejudicada a
análise dos demais temas ventilados no Recurso de Revista.
Brasília, 17 de agosto de 2011.
Maria de Assis Calsing - Ministra Relatora" (TST - RR355900-63.2009.5.09.0660 - 4ª Turma -
Ministra Relatora: Maria de Assis Calsing - Publicado em: 26/08/2011).

Ressalte-se que a inclusão do inciso V na Súmula 331 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho
ressalvou a necessidade de restar cabalmente comprovada a ausência de fiscalização e vigilância das obrigações legais e
contratuais para justificar a responsabilização do ente público.

Nota-se, portanto, que o mero inadimplemento pela empresa contratada não autoriza a
responsabilização imediata da Administração Pública, sendo imprescindível a comprovação de ausência de fiscalização no
cumprimento do contrato, o que de fato não ocorreu, muito pelo contrário, eis que a fiscalização restou amplamente comprovanda
nos presentes autos.

No caso em questão restou comprovada a fiscalização da Recorrente com relação ao cumprimento


das normas contratuais, o que torna imperativa a sua exclusão do pólo passivo da presente demanda, sob pena da diretriz
sufragada no inciso V da Súmula 331 do TST tornar-se letra morta.

Ademais, requer desde logo seja reconhecida a extinção do processo sem resolução de mérito em
relação à Agravante, bem como requer seja excluída a Agravante da condenação.

Oportuno destacar alguns trechos do voto da douta Juíza Relatora Márcia Mazoni Curcio Ribeiro, do
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região - Distrito Federal, no julgamento do Recurso Ordinário nº. 01962/2002, em 08/11
/2002:

" ...A decisão recorrida declarou a ilegitimidade do reclamado BANCO DO BRASIL S/A,
julgando, quanto a ele, extinto o processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267,
VI, do CPC. Fundamentou sua decisão no disposto no art. 71 da Lei nº 8.666/93. A reclamante
recorre ordinariamente, buscando a condenação subsidiária do BANCO DO BRASIL S/A,
fulcrando seu pleito no inciso IV do En. 331 do TST. ...No meu entendimento, não assiste razão
à recorrente, pela flagrante contradição entre os termos do En. 331/TST, parte final, e o teor
do art. 71 da Lei nº 8.666/93. Com efeito, o Enunciado nº 331 da Súmula do C. TST, em sua
nova redação (Resolução nº 96/2000 do TST), prevê a responsabilidade subsidiária do tomador

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


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de serviços, inclusive em se tratando de sociedade de economia mista, como no caso da


recorrente, ante o inadimplemento das obrigações trabalhistas pelo empregador..."

Mais contundente foi o voto do Excelentíssimo Juiz Pedro Foltran, então integrante da 3ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região - Distrito Federal, no julgamento do Recurso Ordinário nº. 2560/2001, destacando-
se seu entendimento quanto à aplicabilidade do artigo 71 da Lei nº. 8.666/93:

" ...Referido dispositivo legal tem aplicação no caso em tela, já que a recorrente é um ente
do Governo do Distrito Federal, isto é, um ente do próprio Estado, cujas normas de licitação e
contratação são editadas privativamente pela União, ex vi do artigo 22 da Carta Magna. Aliás,
a própria Constituição Federal exige, em seu artigo 175, a licitação para que a Administração
Pública possa transferir a execução de qualquer serviço público. As finalidades da licitação são
evidentes: obter proposta mais vantajosa em louvor ao erário e propiciar igual oportunidade
aos que desejam contratar. E para alcançar seu objetivo, o processo licitatório deve observar
inúmeros critérios, todos em harmonia para assegurar a defesa do patrimônio público. A
própria Lei n.º 8.666/93 prevê objetivamente os critérios que devem ser observados pelo
administrador na parte que trata da gestão do contrato que firma com o particular. Alongar
tais critérios é o mesmo que desrespeitar a lei, criando elementos para que a Administração
possa vir a ser responsabilizada pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas, fiscais e
comerciais assumidas contratualmente pela empresa prestadora do serviço. Interpretação
diversa ensejaria uma curiosa situação: se o administrador público contrata por meio de
processo licitatório, com observância dos rigores da lei, passa a responder subsidiariamente
por todas as obrigações trabalhistas não cumpridas pela empresa contratada. Se, ao revés,
burla a Constituição e contrata diretamente o trabalhador, sem concurso público, obtém a
declaração de nulidade do contrato em Juízo e nada paga a título de indenização. Vejo, pois,
flagrante contradição entre a parte final do Enunciado 331 do C. TST e o que dispõe o art. 71
da Lei n.º 8.666/93, de tal forma que, estando em vigor o dispositivo legal, voto pelo provimento
do recurso ordinário, por deixar de reconhecer a responsabilidade subsidiária da segunda
reclamada, que deverá ser excluída da lide, extinguindo-se a reclamatória, no particular, sem
julgamento de mérito" - grifo nosso.

Diante do exposto, resta evidente a impossibilidade de responsabilização subsidiária da Agravante


por condenação na presente reclamatória, devendo a decisão ser reformada, mesmo porque a divergência jurisprudencial já foi
trazida em momento anterior, sendo os trechos retirados dos acórdãos paradigmas.

Isto posto, requer a essa Colenda Corte seja proferido julgado já considerando o entendimento
exarado pelo Supremo Tribunal Federal, visto a constitucionalidade do art. 71 da Lei Federal n.º 8.666/93 e a não
responsabilização direta do ente público quanto aos direitos dos trabalhadores terceirizados, sendo necessária a apreciação da
culpa deste agente.

Assim, requer o acolhimento do presente Agravo de Instrumento para que o Recurso de Revista
possa ser conhecido e provido por esse Colendo Tribunal.

DO REQUERIMENTO

Em face do exposto, requer-se a Vossa Excelência:


a) seja recebido o presente Agravo de Instrumento e deferida a remessa do mesmo ao Colendo
Tribunal Superior do Trabalho;

Assinado eletronicamente por: FLAVIA RIBEIRO DE CAMPOS - 08/10/2015 16:54:21 - d46c66d


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15100816515115600000044718207
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d46c66d - Pág. 10
Número do documento: 15100816515115600000044718207
Fls.: 606

b) seja reformada a decisão agravada pelos fundamentos expostos, determinando o


processamento do Recurso de Revista interposto;

c) caso não seja este o entendimento, seja determinado o processamento do presente recurso
com sua remessa ao Tribunal Superior do Trabalho, para o fim de ser admitido e provido, pelos fundamentos constantes ao longo
deste arrazoado e reformada a decisão agravada, admitindo-se o Recurso de Revista interposto, bem como determinando-se sua
subida para julgamento.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 08 de outubro de 2015.

Liziane Blaese C. Machado

OAB/PR 41.386

Kelly Jede

Assistente Jurídico

[1] NERY, Nelson Junior. Princípios fundamentais - Teoria Geral dos Recursos. 5ª Edição, Editora Revista dos Tribunais, São
Paulo, 2000, página 226 e seguintes.

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Fls.: 607

Prnrtna
m
Glox€nts
Arrv06A003

SUBSTABELECIMENTO

MARIA euElte cAsslANA MAsrRoRosA vlANNA,


brasileira, advogada inscrita na OAB/PR sob o no 27.109, profissional
pertencente ao escrit6rio PEREIRA ClOttEOlS, pessoa jurfdica de direito
privado, inscrito no CNPJ sob no 81.908.543/0001-03, com sede na Rua
David Carneiro, no 270, onde recebe intimag6es, sUbstabelece, com
reseTvas, a LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO, FLAVIA RIBEIRO
DE CAMPOS e
JANAINA VIANA MARTINS, brasileiras, advogadas,
inscritos na OAB/PR sob o no 41.386, no 52.898 e no 77 '767,
respectivamente, residentes e
domiciliadas em Curitiba-PR, profissionais
pertencentes ao Escritorio Pereira Gion6dis Advocacia, os poderes que me
foram conferidos por BANGO DO BRASIL S.A., na conformidade com o
instrumento de mandato incluso, sendo vedado no entanto, receber
notificag6es e intimag6es, devendo as mestt?as serem realizadas em
NOME LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS, OAB/PR 8.123, tAMb6M
com escrit6rio profissional ro, no. 270, Curitiba-PR,
CEP: 80530-070.

VIANNA
27.1

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Estatuto Social

ESTATUTO SOCIAL

Aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária realizada em 10.3.1942, arquivada


no Registro do Comércio, sob o número 17.298, em 7.4.1942; e modificado pelas seguintes
Assembleias Gerais com seus respectivos registros: 24.6.1952 (23.896 de 15.07.52),
19.4.1956 (43.281 de 29.05.56), 03.08.1959 (68.010 de 09.10.1959), 15.05.1961 (122 de
14.07.61), 06.11.1961 (205 de 15.12.61), 25.4.1962 (291 de 27.06.62), 26.4.1963 (439 de
29.05.63), 03.08.1964 (675 de 10.09.64), 01.02.1965, (836 de 18.03.65) 04.02.1966 (1.162 de
29.03.66), 08 .07.1966 (1.305 de 18.08.66), 20.04.1967 (1.513 de 06.09.67), 15.08.1967 (1544 de
11.10.67) 25 .02.1969 (2.028 de 22.05.69) 18.12.1969 (2.360 de 19.02.70), 31.07.1970 (2.638 de
06.10.70), 24.11.1971 (3.241 de 28.12.71), 17.04.1972, (3.466 de 11.07.72) 01.09.1972 (3.648 de
21.11.72), 18.09.1973 (4.320 de 18.10.73) 09.10.1974 (5.121 de 12.11.74), 15.04.1975 (5.429 de
22.04.75), 23.10.1975 (5.853 de 25.11.75), 02.04.1976,(6.279 de 15.06.76) 08.11.1976 (6.689 de
02.12.76), 18.04.1977 (7.078 de 19.05.77), 10.11.1977 (7.535 de 09.12.77), 12.03.1979 (8.591 de
08.05.79), 23.04.1980 (53.925.4 de 09.05.80), 28.04.1981 (53.1002.9 de 01.06.81), 31.03.1982
(53.1.2908 de 03.06.82), 27.04.1983 (53.1.3670 de 25.07.83), 29.03.1984 (53.1.4194 de
21.05.84), 31.07.1984 (53.1.4440 de 21.09.84), 05.03.1985 (53.1.4723 de 08.04.85), 23.12.1985
(15361 de 16.04.86) 07.04.1986 (15420 de 15.05.86), 27.04.1987 (16075 de 04.06.87),
05.08.1987 (16267 de 10.09.87), 20.04.1988 (16681 de 26.05.88), 15.02.1989 (531711.0 de
10.03.89), 19.04.1989 (531719.1 de 22.05.89), 08.03.1990 (531712.4 de 24.04.90), 14.05.1990
(531727.8 de 02.07.90), 29.06.1990 (531735.6 de 01.08.90), 24.04.1991 (531780.2 de 31.05.91),
12.11.1991 (539724.2 de 06.12.91), 29.04.1992 (5310645.4 de 22.05.92), 10.12.1992 (5312340,0
de 01.02.93), 30.12.1992 (5312485,0 de 01.03.93), 30.04.1993 (5313236,6 de 24.06.93),
05.10.1993 (5314578,8 de 07.12.93), 27.12.1993 (5314948,6 de 28.01.94), 27.01.1994
(5312357,1 de 10.03.94), 28.04.1994 (5315254.1 de 20.07.94), 25.04.1995 (5317742,5 de
14.09.95), 14.11.1995 (5318223,1 de 13.12.95), 29.03.1996 (5318902,9 de 09.05.96), 23.04.1996
(5319068,7 de 12.06.96), 17.06.1996 (5319241,0 de 05.07.96), 25.09.1996 (960476369 de
13.11.96), 23.04.1997 (970343256 de 20.06.97), 13.10.1997 (970662831 de 13.11.97),
24.04.1998 (980316812 de 02.07.98), 29.09.1998 (980531535 de 09.11.98), 30.04.1999
(990269655 de 15.06.99), 25.04.2000 (000288004 de 26.05.2000), 30.04.2001 (20010388893 de
13.07.2001), 27.08.2001 (20010578382 de 8.10.2001), 29.11.2001 (20020253346 de 10.5.2002),
07.06.2002 (20020425961, de 30.07.2002), 22.04.2003 (20030387515, de 18.07.2003),
12.11.2003 (20030709806 de 11.12.2003), 22.12.2004 (20050003739 de 04.01.2005), 26.04.2005
(20050420810 de 11.07.2005), 28.04.2006 (20060339098 de 07.08.2006), 22.05.2006
(20060339101 de 07.08.2006), 24.08.2006 (20060482842 de 05.10.2006), 28.12.2006
(20070117900 de 05.04.2007), 25.04.2007 (2007034397, de 14.06.2007), 12.07.2007
(20070517410 de 16.08.2007), 23.10.2007 (20070819807 de 19.12.2007), 24.01.2008
(20080389414, de 19.05.2008), 17.04.2008 (20080635695, de 14.08.2008), 23.04.2009
(20091057000, de 10.12.2009), 18.08.2009 (20091057477, de 10.12.2009), 30.11.2009
(20100284574, de 22.04.2010), 13.04.2010 (20100628060, de 12.08.2010), 05.08.2010
(20100696040, de 02.09.2010), 06.09.2011 (20110895207, de 31.01.2012), 26.04.2012
(20120445450, de 28.06.2012), 19.09.2012 (20120907496, de 20.11.2012), 18.12.2012
(20130248410, de 12.03.2013), 19.12.2013 (20140228632, de 01.04.2014) e 29.04.2014 (a
registrar).

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Estatuto Social

CAPÍTULO I – DENOMINAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E NATUREZA DO BANCO


Art. 1º O Banco do Brasil S.A., pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta, de
economia mista, organizado sob a forma de banco múltiplo, rege-se por este Estatuto e
pelas disposições legais que Ihe sejam aplicáveis.
§ 1º O prazo de duração da Sociedade é indeterminado.
§ 2º O Banco tem domicílio e sede em Brasília, podendo criar e suprimir sucursais,
filiais ou agências, escritórios, dependências e outros pontos de atendimento nas demais
praças do País e no exterior.
§ 3º Com a admissão do Banco do Brasil no segmento especial de listagem
denominado Novo Mercado, da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuro, o Banco, seus acionistas, administradores e membros do conselho Fiscal
sujeitam-se às disposições do Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA.
§ 4º As disposições do Regulamento do Novo Mercado prevalecerão sobre as
disposições estatutárias, nas hipóteses de prejuízo aos direitos dos destinatários das
ofertas públicas previstas nos artigos 55, 56 e 57 deste estatuto.

CAPÍTULO II – OBJETO SOCIAL

Seção I – Objeto social e vedações

Objeto social

Art. 2º O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas e
acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro
sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer atividades facultadas às
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
§ 1º O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e
promover a circulação de bens.
§ 2º Compete-lhe, ainda, como instrumento de execução da política creditícia e
financeira do Governo Federal, exercer as funções que Ihe são atribuídas em lei,
especialmente aquelas previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
observado o disposto nos arts. 5º e 6º deste Estatuto.
Art. 3º A administração de recursos de terceiros será realizada mediante a contratação de
sociedade subsidiária ou controlada do Banco.

Vedações

Art. 4º Ao Banco é vedado, além das proibições fixadas em lei:


I – realizar operações com garantia exclusiva de ações de outras instituições financeiras;
II – conceder empréstimos ou adiantamentos, comprar ou vender bens de qualquer
natureza a membros do Conselho de Administração, do Comitê de Auditoria, da Diretoria
Executiva e do Conselho Fiscal;
III – participar do capital de outras sociedades, salvo se em percentuais iguais ou
inferiores:
a) a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido do próprio Banco, para tanto
considerada a soma dos investimentos da espécie; e
b) a 10% (dez por cento) do capital da sociedade participada;
IV – emitir ações preferenciais ou de fruição, debêntures e partes beneficiárias.
§ 1º As limitações do inciso III deste artigo não alcançam as participações societárias,
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Estatuto Social
no Brasil ou no exterior, em:
I – sociedades das quais o Banco participe na data da aprovação do presente Estatuto;
II – instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil;
III – entidades de previdência privada, sociedades de capitalização, de seguros ou de
corretagem, financeiras, promotoras de vendas, sociedades de processamento de
serviços de suporte operacional, e de processamento de cartões, desde que conexas às
atividades bancárias.
IV – câmaras de compensação e liquidação e demais sociedades ou associações que
integram o sistema de pagamentos;
V – sociedades ou associações de prestação de serviços de cobrança e reestruturação
de ativos, ou de apoio administrativo ou operacional ao próprio Banco;
VI – associações ou sociedades sem fins lucrativos;
VII – sociedades em que a participação decorra de dispositivo legal ou de operações de
renegociação de créditos, tais como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação
judicial e conversão de debêntures em ações; e
VIII – outras sociedades, mediante aprovação do Conselho de Administração.
§ 2º Na limitação da alínea "a" do inciso III deste artigo não se incluem os
investimentos relativos à aplicação de incentivos fiscais.
§ 3º As participações de que trata o inciso VII do § 1º deste artigo, decorrentes de
operações de renegociação de créditos, deverão ser alienadas no prazo fixado pelo
Conselho de Administração.

Seção II – Relações com a União

Art. 5º O Banco contratará, na forma da lei, diretamente com a União ou com a sua
interveniência:
I – a execução dos encargos e serviços pertinentes à função de agente financeiro do
Tesouro Nacional e às demais funções que lhe forem atribuídas por lei;
II – a realização de financiamentos de interesse governamental e a execução de
programas oficiais mediante aplicação de recursos da União ou de fundos de qualquer
natureza; e
III – a concessão de garantia em favor da União.
Parágrafo único. A contratação de que trata este artigo fica condicionada, conforme o
caso:
I – à colocação dos recursos correspondentes à disposição do Banco e ao
estabelecimento da devida remuneração;
II – à prévia e formal definição da adequada remuneração dos recursos a serem
aplicados em caso de equalização de encargos financeiros; e
III – à prévia e formal definição da assunção dos riscos e da remuneração, nunca inferior
aos custos dos serviços a serem prestados.

Seção III – Relações com o Banco Central do Brasil

Art. 6º O Banco poderá contratar a execução de encargos, serviços e operações de competência


do Banco Central do Brasil, desde que observado o disposto no parágrafo único do art. 5º
deste Estatuto.

CAPÍTULO III – CAPITAL E AÇÕES

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Estatuto Social
Capital social e ações ordinárias

Art. 7º O Capital Social é de R$ 54.000.000.000,00 (cinquenta e quatro bilhões de reais), dividido


em 2.865.417.020 (dois bilhões, oitocentos e sessenta e cinco milhões, quatrocentos e
dezessete mil e vinte) ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valor
nominal.

§ 1º Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito de um voto nas deliberações da
Assembleia Geral, salvo na hipótese de adoção do voto múltiplo para a eleição de
Conselheiros de Administração.
§ 2º As ações escriturais permanecerão em depósito neste Banco, em nome dos seus
titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrada dos acionistas a
remuneração prevista em lei.
§ 3º O Banco poderá adquirir as próprias ações, mediante autorização do Conselho de
Administração, a fim de cancelá-las ou mantê-las em tesouraria para posterior alienação.

Capital autorizado

Art. 8º O Banco poderá, independentemente de reforma estatutária, por deliberação da


Assembleia Geral e nas condições determinadas por aquele órgão, aumentar o capital
social até o limite de R$ 110.000.000.000,00 (cento e dez bilhões de reais), mediante a
emissão de ações ordinárias, concedendo-se aos acionistas preferência para a
subscrição do aumento de capital, na proporção do número de ações que possuírem,
ressalvado o direito de titulares de bônus de subscrição emitidos pela Companhia.
Parágrafo único. A emissão de ações, até o limite do capital autorizado, para venda em
Bolsas de Valores ou subscrição pública, ou permuta por ações em oferta pública de
aquisição de controle, poderá ser efetuada sem a observância do direito de preferência
aos antigos acionistas, ou com redução do prazo para o exercício desse direito,
observado o disposto no inciso I do art. 10 deste Estatuto.

CAPÍTULO IV – ASSEMBLEIA GERAL

Convocação e funcionamento

Art. 9º A Assembleia Geral de Acionistas será convocada por deliberação do Conselho de


Administração ou, nas hipóteses admitidas em lei, pelo Conselho Diretor, pelo Conselho
Fiscal, por grupo de acionistas ou por acionista isoladamente.
§ 1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo Presidente do Banco, por
seu substituto ou, na ausência ou impedimento de ambos, por um dos acionistas ou
administradores do Banco presentes, escolhido pelos acionistas. O presidente da mesa
convidará dois acionistas ou administradores do Banco para atuarem como secretários
da Assembleia Geral.
§ 2º Nas Assembleias Gerais Extraordinárias, tratar-se-á, exclusivamente, do objeto
declarado nos editais de convocação, não se admitindo a inclusão, na pauta da
Assembleia, de assuntos gerais.
§ 3º As atas da Assembleia Geral serão lavradas de forma sumária no que se refere
aos fatos ocorridos, inclusive dissidências e protestos, e conterão a transcrição apenas
das deliberações tomadas, observadas as disposições legais.

Competência

Art. 10. Além dos poderes definidos em lei, competirá especialmente à Assembleia Geral
deliberar sobre:
I – alienação, no todo ou em parte, de ações do capital social do Banco ou de suas
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Estatuto Social
controladas; abertura do capital; aumento do capital social por subscrição de novas
ações; renúncia a direitos de subscrição de ações ou debêntures conversíveis em ações
de empresas controladas; venda de debêntures conversíveis em ações de titularidade do
Banco de emissão de empresas controladas; ou, ainda, emissão de quaisquer outros
títulos ou valores mobiliários, no País ou no exterior;
II – cisão, fusão ou incorporação;
III – permuta de ações ou outros valores mobiliários;
IV – práticas diferenciadas de governança corporativa e celebração de contrato para
essa finalidade com bolsa de valores.
Parágrafo único. A escolha da instituição ou empresa especializada para determinação
do valor econômico da companhia, nas hipóteses previstas nos artigos 55, 56 e 57 deste
Estatuto, é de competência privativa da Assembleia Geral, mediante apresentação de
lista tríplice pelo Conselho de Administração, e deverá ser deliberada pela maioria dos
votos dos acionistas representantes das ações em circulação, presentes na respectiva
Assembleia Geral, não computados os votos em branco. Se instalada em primeira
convocação, deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo,
20% (vinte por cento) do total das ações em circulação ou, se instalada em segunda
convocação, poderá contar com a presença de qualquer número de acionistas
representantes dessas ações.

CAPÍTULO V – ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO BANCO

Seção I – Normas Comuns aos Órgãos de Administração

Requisitos

Art. 11. São órgãos de administração do Banco, integrados por brasileiros, dotados de notórios
conhecimentos, inclusive sobre as melhores práticas de governança corporativa,
experiência, idoneidade moral, reputação ilibada e capacidade técnica compatível com o
cargo:
I – o Conselho de Administração; e
II – a Diretoria Executiva, composta pelo Conselho Diretor e pelos demais Diretores,
todos residentes no País, na forma estabelecida no art. 24 deste Estatuto.
§ 1º O Conselho de Administração tem, na forma prevista em lei e neste Estatuto,
atribuições estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções
operacionais ou executivas.
§ 2º Os cargos de Presidente e de Vice-Presidente do Conselho de Administração não
poderão ser acumulados com o de Presidente ou principal executivo da Companhia,
ainda que interinamente.

Investidura

Art. 12. Os membros dos órgãos de Administração serão investidos em seus cargos mediante
assinatura de termos de posse no livro de atas do Conselho de Administração ou da
Diretoria Executiva, conforme o caso.
§ 1º Os eleitos para os órgãos de Administração tomarão posse independentemente da
prestação de caução.
§ 2º No ato da posse, os administradores eleitos deverão, ainda, assinar o Termo de
Anuência dos Administradores ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo.

Impedimentos e vedações

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Art. 13. Não podem participar dos órgãos de Administração, além dos impedidos por lei:
I – os que estiverem inadimplentes com o Banco ou que lhe tenham causado prejuízo
ainda não ressarcido;

II – os que detenham controle ou participação relevante no capital social de pessoa


jurídica inadimplente com o Banco ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não
ressarcido, estendendo-se esse impedimento aos que tenham ocupado cargo de
administração em pessoa jurídica nessa situação, no exercício social imediatamente
anterior à data da eleição ou nomeação;

III – os que houverem sido condenados por crime de sonegação fiscal ou contra o
Sistema Financeiro Nacional;
IV – os declarados inabilitados para cargos de administração em instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou em outras instituições sujeitas a autorização,
controle e fiscalização de órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta,
incluídas as entidades de previdência privada, as sociedades seguradoras, as
sociedades de capitalização e as companhias abertas;
V – os que estiverem respondendo pessoalmente, ou como controlador ou administrador
de pessoa jurídica, por pendências relativas a protesto de títulos, cobranças judiciais,
emissão de cheques sem fundos, inadimplemento de obrigações e outras ocorrências ou
circunstâncias análogas;
VI – os declarados falidos ou insolventes;
VII – os que detiveram o controle ou participaram da administração de pessoa jurídica
concordatária, falida ou insolvente, no período de cinco anos anteriores à data da eleição
ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário ou administrador judicial;
VIII – sócio, ascendente, descendente ou parente colateral ou afim, até o terceiro grau,
de membro do Conselho de Administração ou da Diretoria;
IX – os que ocuparem cargos em sociedades que possam ser consideradas
concorrentes no mercado, em especial, em conselhos consultivos, de administração ou
fiscal, ou em Comitê de Auditoria, e os que tiverem interesse conflitante com a
sociedade, salvo dispensa da Assembleia.
Parágrafo único. É incompatível com a participação nos órgãos de administração do
Banco a candidatura a mandato público eletivo, devendo o interessado requerer seu
afastamento, sob pena de perda do cargo, a partir do momento em que tornar pública sua
pretensão à candidatura. Durante o período de afastamento não será devida qualquer
remuneração ao membro do órgão de administração, o qual perderá o cargo a partir da
data do registro da candidatura.
Art. 14. Aos integrantes dos órgãos de administração é vedado intervir no estudo, deferimento,
controle ou liquidação de qualquer operação em que:

I – sejam interessadas, direta ou indiretamente, sociedades de que detenham o controle


ou participação superior a 10% (dez por cento) do capital social;

II – tenham interesse conflitante com o do Banco.


Parágrafo único. O impedimento de que trata o inciso I se aplica, ainda, quando se tratar
de empresa em que ocupem, ou tenham ocupado em período imediatamente anterior à
investidura no Banco, cargo de administração.

Perda do cargo

Art. 15. Perderá o cargo:


I – salvo motivo de força maior ou caso fortuito, o membro do Conselho de
Administração que deixar de comparecer, com ou sem justificativa, a três reuniões
ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante o prazo do

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mandato; e
II – o membro da Diretoria Executiva que se afastar, sem autorização, por mais de trinta
dias.

Remuneração

Art. 16. A remuneração dos integrantes dos órgãos de Administração será fixada anualmente
pela Assembleia Geral, observadas as prescrições legais.
Parágrafo único. A Assembleia Geral, nos exercícios em que forem pagos o dividendo
obrigatório e a participação de lucros aos empregados, poderá atribuir participação nos
lucros do Banco aos membros da Diretoria Executiva, desde que o total não ultrapasse a
50% (cinquenta por cento) da remuneração anual dos membros da Diretoria Executiva e
nem cinco milésimos dos lucros (art. 190 da Lei nº 6404/76), prevalecendo o limite que for
menor.

Dever de informar e outras obrigações

Art. 17. Sem prejuízo dos procedimentos de autorregulação atualmente adotados, os membros
do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva do Banco deverão:
I – comunicar ao Banco, à CVM – Comissão de Valores Mobiliários e à bolsa de
valores:
a) imediatamente após a investidura no cargo, a quantidade e as características
dos valores mobiliários ou derivativos de que sejam titulares, direta ou indiretamente, de
emissão do Banco, de suas controladas ou das sociedades coligadas relacionadas à sua
área de atuação, além daqueles de titularidade de seus respectivos cônjuges,
companheiros e dependentes incluídos na declaração anual do imposto de renda;
b) no momento da posse, ou de eventuais alterações posteriores, os seus planos
de negociação periódica dos valores mobiliários e derivativos referidos na alínea “a”
deste inciso, inclusive suas subsequentes alterações; e
c) as negociações com os valores mobiliários e derivativos de que trata a alínea
“a” deste inciso, inclusive o preço, até o décimo dia do mês seguinte àquele em que se
verificar a negociação;
II – abster-se de negociar com os valores mobiliários ou derivativos de que trata a alínea
“a” do inciso I deste artigo:
a) no período de 15 (quinze) dias anteriores à divulgação das informações
trimestrais (ITR) e anuais (DFP e IAN); e
b) nas demais hipóteses previstas na legislação aplicável.

Seção II – Conselho de Administração

Composição e prazo de gestão

Art. 18. O Conselho de Administração será composto por pessoas naturais, eleitas pela
Assembleia Geral, e terá oito membros, com mandato unificado de dois anos, dentre os
quais um Presidente e um Vice-Presidente, permitida a reeleição. O prazo de gestão
estender-se-á até a investidura dos novos membros.
§ 1º É assegurado aos acionistas minoritários o direito de eleger ao menos dois
conselheiros de administração, se maior número não lhes couber pelo processo de voto
múltiplo.
§ 2º A União indicará, à deliberação da Assembleia Geral, para o preenchimento de seis
vagas no Conselho de Administração:
I – o Presidente do Banco;

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Estatuto Social
II – três representantes indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda;
III – um representante indicado pelos empregados do Banco do Brasil S.A., na forma do
§ 4º deste artigo;
IV – um representante indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e
Gestão.
§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho serão escolhidos dentre os membros
indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, observado o previsto no § 2º do Artigo
11..
§ 4º O representante dos empregados será escolhido pelo voto direto de seus pares,
dentre os empregados ativos da empresa, em eleição organizada e regulamentada pelo
Banco, em conjunto com as entidades sindicais que os representam, observadas as
exigências e procedimentos previstos na legislação e o disposto nos parágrafos 5º e 6º
deste artigo.
§ 5º Para o exercício do cargo, o conselheiro representante dos empregados está sujeito
a todos os critérios, exigências, requisitos, impedimentos e vedações previstas em lei e
neste Estatuto.
§ 6º Sem prejuízo dos impedimentos e vedações previstos nos artigos 13 e 14 deste
Estatuto, o conselheiro representante dos empregados não participará das discussões e
deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios
e vantagens, inclusive matérias de previdência complementar e assistenciais, bem como
nas demais hipóteses em que ficar configurado o conflito de interesse.
§ 7º Na composição do Conselho de Administração, observar-se-ão, ainda, as seguintes
regras:
I – no mínimo 20% (vinte por cento) dos membros do Conselho de Administração
deverão ser Conselheiros Independentes, assim definidos no Regulamento de Listagem
do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, estando nessa condição, os conselheiros eleitos
nos termos do § 1º deste artigo;
II – a condição de Conselheiro Independente será expressamente declarada na Ata da
Assembleia Geral que o eleger.
III - quando, em decorrência da observância do percentual referido no parágrafo acima,
resultar número fracionário de conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento nos
termos do Regulamento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA.
§ 8º Na hipótese de adoção do processo de voto múltiplo previsto no § 1º deste artigo,
não será considerada a vaga destinada ao representante dos empregados.

Voto múltiplo

Art. 19. É facultado aos acionistas, observado o percentual mínimo estabelecido pela Comissão
de Valores Mobiliários – CVM, requerer, até 48 horas antes da Assembleia Geral,
mediante requerimento escrito dirigido ao Presidente do Banco, a adoção do processo
de voto múltiplo, para a eleição dos membros do Conselho de Administração, de acordo
com o disposto neste artigo.
§ 1º Caberá à mesa que dirigir os trabalhos da Assembleia informar previamente aos
acionistas, à vista do “Livro de Presença”, o número de votos necessários para a eleição
de cada membro do Conselho.
§ 2º Adotado o voto múltiplo, em substituição às prerrogativas previstas no § 1º do
art. 18 deste Estatuto, os acionistas que representem, pelo menos, 15% (quinze por
cento) do total das ações com direito a voto, terão direito de eleger e destituir um
membro e seu suplente do Conselho de Administração, em votação em separado na
Assembleia Geral, excluído o acionista controlador.
§ 3º Somente poderão exercer o direito previsto no § 2º acima os acionistas que
comprovarem a titularidade ininterrupta da participação acionária ali exigida durante o
período de três meses, no mínimo, imediatamente anterior à realização da Assembleia
Geral.
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Estatuto Social
§ 4º Será mantido registro com a identificação dos acionistas que exercerem a
prerrogativa a que se refere o § 2º deste artigo.

Vacância e substituições

Art. 20. Excetuada a hipótese de destituição de membro do Conselho eleito pelo processo de
voto múltiplo, no caso de vacância do cargo de conselheiro, os membros remanescentes
no Colegiado nomearão acionista para completar o mandato do substituído. Se houver a
vacância da maioria dos cargos, estejam ou não ocupados por substitutos nomeados, a
Assembleia Geral será convocada para proceder a uma nova eleição.
Parágrafo único. O Presidente do Conselho será substituído pelo Vice-Presidente e, nas
ausências deste, por outro conselheiro indicado pelo Presidente. No caso de vacância, a
substituição dar-se-á até a escolha do novo titular do Conselho, o que deverá ocorrer na
primeira reunião do Conselho de Administração subsequente.

Atribuições

Art. 21. Além das competências definidas em lei, são atribuições do Conselho de Administração:
I – aprovar as políticas, a estratégia corporativa, o plano de investimentos, o plano
diretor e o orçamento geral do Banco;
II – deliberar sobre:
a) distribuição de dividendos intermediários, inclusive à conta de lucros
acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou
semestral;
b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
c) aquisição das próprias ações, em caráter não permanente;
d) participações do Banco em sociedades, no País e no exterior;
III – definir as atribuições da Auditoria Interna, regulamentar o seu funcionamento, bem
como nomear e dispensar o seu titular;
IV – escolher e destituir os auditores independentes, cujos nomes poderão ser objeto
de veto, devidamente fundamentado, pelo Conselheiro eleito na forma do § 2º do art. 19
deste Estatuto, se houver;
V – fixar o número e eleger os membros da Diretoria Executiva, observado o art. 24
deste Estatuto e o disposto no art. 21 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964;
VI – aprovar o seu regimento interno e decidir sobre a criação, a extinção e o
funcionamento de comitês no âmbito do próprio Conselho de Administração;
VII – aprovar o regimento interno da Diretoria Executiva e dos comitês constituídos no
âmbito do próprio Conselho;
VIII – decidir sobre a participação dos empregados nos lucros ou resultados do Banco;
IX – apresentar à Assembleia Geral lista tríplice de empresas especializadas para
determinação do valor econômico da companhia, para as finalidades previstas no
parágrafo único do art. 10;
X – estabelecer meta de rentabilidade que assegure a adequada remuneração do
capital próprio;
XI – eleger e destituir os membros dos comitês constituídos no âmbito do próprio
Conselho;
XII – avaliar formalmente, ao término de cada ano, o desempenho da Diretoria Executiva e
dos comitês constituídos no âmbito do próprio Conselho; e
XIII – manifestar-se formalmente quando da realização de ofertas públicas de aquisição de
ações de emissão do Banco.
§ 1º A estratégia corporativa do Banco será fixada para um período de cinco anos,
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Estatuto Social
devendo ser revista, anualmente, até o mês de setembro de cada ano.
§ 2º Para assessorar a deliberação do Conselho de Administração, as propostas de
fixação das atribuições e de regulamentação do funcionamento da Auditoria Interna,
referidas no inciso III, deverão conter parecer prévio das áreas técnicas envolvidas e do
Comitê de Auditoria.
§ 3º A fiscalização da gestão dos membros da Diretoria Executiva, de que trata a Lei n°
6.404/76 poderá ser exercida isoladamente por qualquer conselheiro, o qual terá acesso
aos livros e papéis do Banco e às informações sobre os contratos celebrados ou em via
de celebração e quaisquer outros atos que considere necessários ao desempenho de
suas funções, podendo requisitá-los, diretamente, a qualquer membro da Diretoria
Executiva. As providências daí decorrentes, inclusive propostas para contratação de
profissionais externos, serão submetidas à deliberação do Conselho de Administração.
§ 4º A manifestação formal, favorável ou contrária, de que trata a alínea XIII será por meio
de parecer prévio fundamentado, divulgado em até 15 (quinze) dias da publicação do
edital da oferta pública de ações, abordando, pelo menos: (i) a conveniência e a
oportunidade da oferta pública de ações quanto ao interesse do conjunto dos acionistas e
em relação à liquidez dos valores mobiliários de sua titularidade; (ii) as repercussões da
oferta pública de aquisição de ações sobre os interesses do Banco; (iii) os planos
estratégicos divulgados pelo ofertante em relação ao Banco; (iv) outros pontos que o
Conselho de Administração considerar pertinentes, bem como as informações exigidas
pelas regras aplicáveis estabelecidas pela CVM.

Funcionamento

Art. 22. O Conselho de Administração reunir-se-á com a presença de, no mínimo, a maioria dos
seus membros:
I – ordinariamente, pelo menos uma vez por mês; e
II – extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu Presidente, ou a pedido de, no
mínimo, dois conselheiros.
§ 1º As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas pelo seu
Presidente.
§ 2º A reunião extraordinária solicitada pelos conselheiros, na forma do inciso II deste
artigo, deverá ser convocada pelo Presidente nos sete dias que se seguirem ao pedido;
esgotado esse prazo sem que o Presidente a tenha convocado, qualquer conselheiro
poderá fazê-lo.
§ 3º O Conselho de Administração delibera por maioria de votos, sendo necessário:
I – o voto favorável de cinco conselheiros para a aprovação das matérias de que tratam
os incisos I, III, IV e VI do art. 21; ou

II – o voto favorável da maioria dos conselheiros presentes, para a aprovação das


demais matérias, prevalecendo, em caso de empate, o voto do Presidente do Conselho,
ou do seu substituto no exercício das funções.

§ 4º Fica facultada, mediante justificativa, eventual participação dos conselheiros na


reunião, por telefone, videoconferência, ou outro meio de comunicação que possa
assegurar a participação efetiva e a autenticidade do seu voto, que será considerado
válido para todos os efeitos legais e incorporado à ata da referida reunião.

Avaliação

Art. 23. O Conselho de Administração realizará anualmente uma avaliação formal do seu
desempenho.
§ 1º O processo de avaliação citado no caput será realizado conforme procedimentos
previamente definidos pelo próprio Conselho de Administração e que deverão estar
descritos em seu regimento interno.
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Estatuto Social
§ 2º Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o processo de avaliação.

Seção III – Diretoria Executiva

Composição e prazo de gestão

Art. 24. A administração do Banco competirá à Diretoria Executiva, que terá entre dez e trinta e
sete membros, sendo:
I – o Presidente, nomeado e demissível “ad nutum” pelo Presidente da República;
II – até nove Vice-Presidentes eleitos na forma da lei;
III – até vinte e sete Diretores eleitos na forma da lei.
§ 1º No âmbito da Diretoria Executiva, o Presidente e os Vice-Presidentes formarão o
Conselho Diretor.
§ 2º O cargo de Diretor é privativo de empregados da ativa do Banco.
§ 3º Os eleitos para a Diretoria Executiva terão mandato de três anos, permitida a
reeleição. O prazo de gestão estender-se-á até a investidura dos novos membros.
§ 4º Além dos requisitos previstos no art. 11 deste Estatuto, devem ser observadas,
cumulativamente, as seguintes condições para o exercício de cargos na Diretoria
Executiva do Banco:
I – ser graduado em curso superior; e
II – ter exercido, nos últimos cinco anos:
a) por pelo menos dois anos, cargos gerenciais em instituições integrantes do
Sistema Financeiro Nacional; ou
b) por pelo menos quatro anos, cargos gerenciais na área financeira de outras
entidades detentoras de patrimônio líquido não inferior a um quarto dos limites mínimos
de capital realizado e patrimônio líquido exigidos pela regulamentação para o Banco; ou
c) por pelo menos dois anos, cargos relevantes em órgãos ou entidades da
administração pública.
§ 5º Ressalvam-se, em relação às condições previstas nos incisos I e II do § 4º deste
artigo, ex-administradores que tenham exercido cargos de diretor ou de sócio-gerente
em outras instituições do Sistema Financeiro Nacional por mais de cinco anos, exceto
em cooperativa de crédito.
§ 6º Após o término da gestão, os ex-membros da Diretoria Executiva ficam impedidos,
por um período de quatro meses, contados do término da gestão, se maior prazo não for
fixado nas normas regulamentares, de:
I – exercer atividades ou prestar qualquer serviço a sociedades ou entidades
concorrentes das sociedades integrantes do Conglomerado Banco do Brasil;
II – aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional
com pessoa física ou jurídica com a qual tenham mantido relacionamento oficial direto e
relevante nos seis meses anteriores ao término da gestão, se maior prazo não for fixado
nas normas regulamentares; e
III – patrocinar, direta ou indiretamente, interesse de pessoa física ou jurídica, perante
órgão ou entidade da Administração Pública Federal com que tenha tido relacionamento
oficial direto e relevante nos seis meses anteriores ao término da gestão, se maior prazo
não for fixado nas normas regulamentares.
§ 7º Durante o período de impedimento, os ex-membros da Diretoria Executiva fazem jus
a remuneração compensatória equivalente à da função que ocupavam neste órgão,
observado o disposto no § 8º deste artigo.
§ 8º Não terão direito à remuneração compensatória de que trata o § 7º deste artigo os
ex-membros do Conselho Diretor não oriundos do quadro de empregados do Banco que,

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Estatuto Social
respeitado o § 6º, deste artigo, optarem pelo retorno, antes do término do período de
impedimento, ao desempenho da função ou cargo, efetivo ou superior, que,
anteriormente à sua investidura, ocupavam na administração pública ou privada.
§ 9º Finda a gestão, os ex-Diretores e os ex-membros do Conselho Diretor oriundos do
quadro de funcionários do Banco sujeitam-se às normas internas aplicáveis a todos os
empregados, observado o disposto no § 7º deste artigo.
§ 10. Salvo dispensa do Conselho de Administração, na forma do § 11, o
descumprimento da obrigação de que trata o § 6º implica, além da perda da
remuneração compensatória prevista no § 7º, a devolução do valor já recebido a esse
título e o pagamento de multa de 20% (vinte por cento) sobre o total da remuneração
compensatória que seria devida no período, sem prejuízo do ressarcimento das perdas e
danos a que eventualmente der causa.
§ 11. O Conselho de Administração pode, a requerimento do ex-membro da Diretoria
Executiva, dispensá-lo do cumprimento da obrigação prevista no § 6º, sem prejuízo das
demais obrigações legais a que esteja sujeito. Nessa hipótese, não é devido o
pagamento da remuneração compensatória a que alude o § 7º, a partir da data em que o
requerimento for recebido.

Vedações

Art. 25. A investidura em cargo da Diretoria Executiva requer dedicação integral, sendo vedado a
qualquer de seus membros, sob pena de perda do cargo, o exercício de atividades em
outras sociedades com fim lucrativo, salvo:
I – em sociedades subsidiárias ou controladas do Banco, ou em sociedades das quais
este participe, direta ou indiretamente, observado o § 1º deste artigo; ou
II – em outras sociedades, por designação do Presidente da República, ou por
autorização prévia e expressa do Conselho de Administração.
§ 1º É vedado, ainda, a qualquer membro da Diretoria Executiva o exercício de atividade
em instituição ou empresa ligada ao Banco que tenha por objeto a administração de
recursos de terceiros, exceto na qualidade de membro de conselho de administração ou
de conselho fiscal.
§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, consideram-se ligadas ao Banco as
instituições ou empresas assim definidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Vacância e substituições

Art. 26. Serão concedidos (as):


I – afastamentos de até 30 dias, exceto licenças, aos Vice-Presidentes e Diretores,
pelo Presidente, e ao Presidente, pelo Conselho de Administração; e
II – licenças ao Presidente do Banco, pelo Ministro de Estado da Fazenda; aos demais
membros da Diretoria Executiva, pelo Conselho de Administração.
§ 1º As atribuições individuais do Presidente do Banco serão exercidas, durante seus
afastamentos e demais licenças:
I – de até trinta dias consecutivos, por um dos Vice-Presidentes que designar; e
II – superiores a trinta dias consecutivos, por quem, na forma da lei, for nomeado
interinamente pelo Presidente da República.
§ 2º No caso de vacância, o cargo de Presidente será ocupado, até a posse do seu
sucessor, pelo Vice-Presidente mais antigo; se de igual antiguidade, pelo mais idoso.
§ 3º As atribuições individuais dos Vice-Presidentes e dos Diretores serão exercidas por
outro Vice-Presidente ou Diretor, respectivamente, nos casos de afastamentos e demais
licenças, bem como no caso de vacância, sendo:
I – até trinta dias consecutivos, mediante designação do Presidente;

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Estatuto Social
II – superior a trinta dias consecutivos, ou em caso de vacância, até a posse do
substituto eleito, mediante designação do Presidente e homologação, dentro do período
em que exercer as funções do cargo, pelo Conselho de Administração.
§ 4º Nas hipóteses previstas nos §§ 1º a 3º deste artigo, o Vice-Presidente ou Diretor
acumulará suas funções com as do Presidente, do Vice-Presidente ou do Diretor,
conforme for designado, sem acréscimo de remuneração.

Representação e constituição de mandatários

Art. 27. A representação judicial e extrajudicial e a constituição de mandatários do Banco


competem, isoladamente, ao Presidente ou a qualquer dos Vice-Presidentes e, nos
limites de suas atribuições e poderes, aos Diretores. A outorga de mandato judicial
compete ao Presidente, aos Vice-Presidentes e ao Diretor Jurídico.
§ 1º Os instrumentos de mandato devem especificar os atos ou as operações que
poderão ser praticados e a duração do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente,
por qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a hipótese do § 2º do art. 29
deste Estatuto. O mandato judicial poderá ser por prazo indeterminado.
§ 2º Os instrumentos de mandato serão válidos ainda que o seu signatário deixe de
integrar a Diretoria Executiva do Banco, salvo se o mandato for expressamente revogado.

Atribuições da Diretoria Executiva

Art. 28. Cabe à Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações da
Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de Administração e exercer as atribuições
que lhe forem definidas por esse Conselho, sempre observando os princípios de boa
técnica bancária e as boas práticas de governança corporativa.

Atribuições do Conselho Diretor

Art. 29. São atribuições do Conselho Diretor:


I – submeter ao Conselho de Administração, por intermédio do Presidente do Banco, ou
pelo Coordenador por este designado, propostas à sua deliberação, em especial sobre
as matérias relacionadas nos incisos I, II, VII e VIII do art. 21 deste Estatuto;
II – fazer executar as políticas, a estratégia corporativa, o plano de investimentos, o
plano diretor e o orçamento geral do Banco;
III – aprovar e fazer executar o plano de mercado e o acordo de trabalho;
IV – aprovar e fazer executar a alocação de recursos para atividades operacionais e
para investimentos;
V – autorizar a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais, a
prestação de garantias a obrigações de terceiros, a renúncia de direitos, a transação e o
abatimento negocial, facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
VI – decidir sobre os planos de cargos, salários, vantagens e benefícios, e aprovar o
Regulamento de Pessoal do Banco, observada a legislação vigente;
VII – distribuir e aplicar os lucros apurados, na forma da deliberação da Assembleia
Geral de Acionistas ou do Conselho de Administração, observada a legislação vigente;
VIII – decidir sobre a criação, instalação e supressão de sucursais, filiais ou agências,
escritórios, dependências e outros pontos de atendimento no País e no exterior,
facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
IX – decidir sobre a organização interna do Banco, a estrutura administrativa das
diretorias e a criação, extinção e funcionamento de comitês no âmbito da Diretoria
Executiva e de unidades administrativas;
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X – fixar as alçadas da Diretoria Executiva e dos seus membros e as atribuições e
alçadas dos comitês e das unidades administrativas, dos órgãos regionais, das redes de
distribuição e dos demais órgãos da estrutura interna, bem como dos empregados do
Banco, facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
XI – autorizar, verificada previamente a segurança e a adequada remuneração em cada
caso, a concessão de créditos a entidades assistenciais e a empresas de comunicação,
bem como o financiamento de obras de utilidade pública, facultada a outorga desses
poderes com limitação expressa;
XII – decidir sobre a concessão, a fundações criadas pelo Banco, de contribuições para
a consecução de seus objetivos sociais, limitadas, em cada exercício, a 5% (cinco por
cento) do resultado operacional;
XIII – aprovar os critérios de seleção e a indicação de conselheiros para integrarem os
conselhos de empresas e instituições das quais o Banco, suas subsidiárias, controladas
ou coligadas participem ou tenham direito de indicar representante; e
XIV – decidir sobre situações não compreendidas nas atribuições de outro órgão de
administração e sobre casos extraordinários.
§ 1º As decisões do Conselho Diretor obrigam toda a Diretoria Executiva.
§ 2º As outorgas de poderes previstas nos incisos V, VIII, X e XI deste artigo, quando
destinadas a produzir efeitos perante terceiros, serão formalizadas por meio de
instrumento de mandato assinado pelo Presidente e um Vice-Presidente ou por dois Vice-
Presidentes.

Atribuições individuais dos membros da Diretoria Executiva

Art. 30. Cabe a cada um dos membros da Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir este
Estatuto, as deliberações da Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de
Administração e as decisões colegiadas do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva.
Além disso, são atribuições:
I – do Presidente:
a) presidir a Assembleia Geral de Acionistas, convocar e presidir as reuniões
do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva e supervisionar a sua atuação;
b) propor, ao Conselho de Administração, o número de membros da Diretoria
Executiva, indicando-lhe, para eleição, os nomes dos Vice-Presidentes e dos Diretores;
c) propor ao Conselho de Administração as atribuições dos Vice-Presidentes e
dos Diretores, bem como eventual remanejamento;
d) supervisionar e coordenar a atuação dos Vice-Presidentes, dos Diretores e
titulares de unidades que estiverem sob sua supervisão direta;
e) nomear, remover, ceder, promover, comissionar, punir e demitir
empregados, podendo outorgar esses poderes com limitação expressa;
f) indicar, dentre os Vice-Presidentes, coordenador com a finalidade de
convocar e presidir, em suas ausências ou impedimentos, as reuniões do Conselho
Diretor e da Diretoria Executiva.
II – de cada Vice-Presidente:
a) administrar, supervisionar e coordenar as áreas que lhe forem atribuídas e a
atuação dos Diretores e dos titulares das unidades que estiverem sob sua supervisão
direta;
b) coordenar as reuniões do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva, quando
designado pelo Presidente.
III – de cada Diretor:
a) administrar, supervisionar e coordenar as atividades da diretoria e unidades
sob sua responsabilidade;

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b) prestar assessoria aos trabalhos do Conselho Diretor, no âmbito das
respectivas atribuições; e
c) executar outras tarefas que lhe forem atribuídas pelo membro do Conselho
Diretor ao qual estiver vinculado.
§ 1º O Coordenador designado pelo Presidente para convocar e presidir as reuniões do
Conselho Diretor e da Diretoria Executiva não proferirá voto de qualidade no exercício
dessa função.
§ 2º As atribuições individuais do Presidente, dos Vice-Presidentes e dos Diretores serão
exercidas, nas suas ausências ou impedimentos, na forma do art. 26, observado o que
dispuserem os Regimentos Internos da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor, as
normas sobre competências, as alçadas decisórias e demais procedimentos fixados pelo
Conselho Diretor.

Funcionamento

Art. 31. O funcionamento da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor será disciplinado por meio
do seu regimento interno, observado o disposto neste artigo.
§ 1º A Diretoria Executiva reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada três meses, e,
extraordinariamente, sempre que convocada pelo Presidente do Banco ou pelo
Coordenador por este designado.
§ 2º O Conselho Diretor:
I – é órgão de deliberação colegiada, devendo reunir-se, ordinariamente, pelo menos
uma vez por semana e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente ou
pelo Coordenador por este designado, sendo necessária, em qualquer caso, a presença
de, no mínimo, a maioria de seus membros;
II – as deliberações exigem, no mínimo, aprovação da maioria dos membros presentes;
em caso de empate, prevalecerá o voto do Presidente; e
III – uma vez tomada a decisão, cabe aos membros do Conselho Diretor a adoção das
providências para sua implementação.
§ 3º O Conselho Diretor será assessorado por uma Secretaria Executiva, cabendo ao
Presidente designar o seu titular.

Seção IV – Segregação de funções

Art. 32. Os órgãos de Administração devem, no âmbito das respectivas atribuições, observar as
seguintes regras de segregação de funções:
I – as diretorias ou unidades responsáveis por funções relativas à gestão de riscos não
podem ficar sob a supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem vinculadas
diretorias ou unidades responsáveis por qualquer outra atividade administrativa ou
negocial, exceto nos casos de recuperação de créditos e conformidade;
II – as diretorias ou unidades responsáveis pelas atividades de análise de risco de
crédito não podem ficar sob a supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem
vinculadas diretorias ou unidades responsáveis por atividades de concessão de créditos
ou de garantias, exceto nos casos de recuperação de créditos; e
III – os Vice-Presidentes, Diretores ou quaisquer responsáveis pela administração de
recursos próprios do Banco não podem administrar recursos de terceiros.

Seção V – Comitês vinculados ao Conselho de Administração

Comitê de Auditoria

Art. 33. O Comitê de Auditoria, com as atribuições e encargos previstos na legislação, será
formado por quatro membros efetivos, com mandatos anuais, renováveis até o máximo
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Estatuto Social
de cinco anos, nos termos das normas aplicáveis, observado, preferencialmente, que a
substituição de todos os membros não ocorra simultaneamente.
§ 1º Os membros do Comitê de Auditoria serão eleitos pelo Conselho de Administração,
obedecendo ao disposto neste Estatuto e aos seguintes critérios:
I – um membro titular será escolhido dentre os indicados pelos Conselheiros de
Administração eleitos pelos acionistas minoritários;
II – três membros titulares serão escolhidos dentre os indicados pelos Conselheiros de
Administração representantes da União; e
III - pelo menos um dos integrantes do Comitê de Auditoria deverá possuir comprovados
conhecimentos nas áreas de contabilidade e auditoria.
§ 2º Perderá o cargo o membro do Comitê de Auditoria que deixar de comparecer, com
ou sem justificativa, a três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões
alternadas durante o período de doze meses, salvo motivo de força maior ou caso
fortuito, e, a qualquer tempo, por decisão do Conselho de Administração.
§ 3º São atribuições do Comitê de Auditoria, além de outras previstas na legislação
própria:
I – assessorar o Conselho de Administração no que concerne ao exercício de suas
funções de auditoria e fiscalização;
II – supervisionar as atividades e avaliar os trabalhos da auditoria independente;

III – exercer suas atribuições e responsabilidades junto às sociedades controladas pelo


Banco do Brasil que adotarem o regime de Comitê de Auditoria único.

§ 4º O funcionamento do Comitê de Auditoria será regulado por meio do seu


regimento interno, observado que:
I – reunir-se-á, no mínimo trimestralmente, com o Conselho de Administração, com o
Conselho Diretor, com os auditores independentes e com a Auditoria Interna, em
conjunto ou separadamente, a seu critério;
II – o Comitê de Auditoria poderá convidar para participar, sem direito a voto, das suas
reuniões:
a) membros do Conselho Fiscal;
b) o titular e outros representantes da Auditoria Interna; e
c) quaisquer membros da Diretoria Executiva ou empregados do Banco.
§ 5º A remuneração dos membros do Comitê de Auditoria, a ser definida pelo Conselho
de Administração, será compatível com o plano de trabalho aprovado por este
Colegiado, observado que:
I – a remuneração dos membros do Comitê não será superior ao honorário médio
percebido pelos Diretores;
II – no caso de servidores públicos, a sua remuneração pela participação no Comitê de
Auditoria ficará sujeita às disposições estabelecidas na legislação e regulamento
pertinentes;
III – o integrante do Comitê de Auditoria que for, também, membro do Conselho de
Administração deverá optar pela remuneração relativa a apenas um dos cargos.

§ 6º Ao término do mandato, os ex-membros do Comitê de Auditoria, sujeitam-se ao


impedimento previsto no § 6º do art. 24 deste Estatuto, observados os §§ 7º a 11 do
mesmo artigo.

Comitê de Remuneração
Art. 34. O Comitê de Remuneração, com as atribuições e encargos previstos na legislação, será
formado por quatro membros efetivos, com mandato anual, renovável até o máximo de

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Estatuto Social
dez anos, nos termos das normas aplicáveis.
§ 1º Os membros do Comitê de Remuneração serão eleitos pelo Conselho de
Administração, obedecendo ao disposto neste Estatuto e no seu Regimento Interno.
§ 2º Pelo menos um dos integrantes do Comitê de Remuneração não deverá ser membro
do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva.
§ 3º Os integrantes do Comitê de Remuneração deverão possuir a qualificação e a
experiência necessárias para avaliar de forma independente a política de remuneração de
administradores.
§ 4º Perderá o cargo o membro do Comitê de Remuneração que deixar de comparecer,
com ou sem justificativa, a três reuniões consecutivas, salvo motivo de força maior ou
caso fortuito, e, a qualquer tempo, por decisão do Conselho de Administração.
§ 5º São atribuições do Comitê de Remuneração, além de outras previstas na legislação
própria:
I – assessorar o Conselho de Administração no estabelecimento da política de
remuneração de administradores do Banco do Brasil;
II – exercer suas atribuições e responsabilidades junto às sociedades controladas pelo
Banco do Brasil que adotarem o regime de Comitê de Remuneração único.
§ 6º O funcionamento do Comitê de Remuneração será regulado por meio de regimento
interno aprovado pelo Conselho de Administração, observado que o Comitê reunir-se-á:
I – no mínimo semestralmente para avaliar e propor a remuneração fixa e variável dos
administradores do Banco e de suas controladas que adotarem o regime de comitê único;
II – nos três primeiros meses do ano para avaliar e propor o montante global anual de
remuneração a ser fixado para os membros dos órgãos de administração, a ser
submetido às Assembleias Gerais do Banco e das sociedades que adotarem o regime de
comitê de Remuneração único.
§ 7º A função de membro do Comitê de que trata o caput não é remunerada.

Seção VI – Auditoria Interna

Art. 35. O Banco disporá de uma Auditoria Interna, subordinada ao Conselho de Administração.

Parágrafo único. O titular da Auditoria Interna será escolhido dentre empregados da ativa
do Banco e nomeado e dispensado pelo Conselho de Administração, observadas as
disposições do art. 22, § 3º, I, deste Estatuto.

Seção VII – Ouvidoria

Art. 36. O Banco disporá de uma Ouvidoria que terá a finalidade de atuar como canal de
comunicação entre a Instituição, clientes e usuários, permitindo-lhes buscar a solução de
problemas no seu relacionamento com o Banco do Brasil, mediante o registro de
reclamações, denúncias e sugestões.
§ 1º Além de outras previstas na legislação, constituem atribuições da Ouvidoria:
I – receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às
reclamações dos clientes e usuários;
II – prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência acerca do andamento de suas
demandas e das providências adotadas;
III – informar o prazo previsto para resposta final;
IV – propor ao Conselho de Administração medidas corretivas ou de aprimoramento dos
procedimentos e rotinas da instituição;
V – elaborar e encaminhar à Auditoria Interna, ao Comitê de Auditoria e ao Conselho de
Administração relatórios semestrais sobre sua atuação, contendo as proposições
mencionadas no item anterior.

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Estatuto Social
§ 2º A atuação da Ouvidoria será pautada pela transparência, independência,
imparcialidade e isenção, sendo dotada de condições adequadas para o seu efetivo
funcionamento.
§ 3º A Ouvidoria terá assegurado o acesso às informações necessárias para sua
atuação, podendo, para tanto, requisitar informações e documentos para o exercício de
suas atividades, observada a legislação relativa ao sigilo bancário.
§ 4º A função de Ouvidor será desempenhada por empregado da ativa, detentor de
comissão compatível com as atribuições da Ouvidoria, o qual terá mandato de 1 (um)
ano, renovável por iguais períodos, sendo designado e destituído, a qualquer tempo, pelo
Presidente do Banco.
§ 5º O empregado designado para o exercício das atribuições de ouvidor não perceberá
outra remuneração além daquela prevista para a comissão que originalmente ocupa.

CAPÍTULO VI – CONSELHO FISCAL

Composição

Art. 37. O Conselho Fiscal funcionará de modo permanente e será constituído por cinco membros
efetivos e respectivos suplentes, eleitos anualmente pela Assembleia Geral Ordinária,
assegurada aos acionistas minoritários a eleição de dois membros.
§ 1º Os representantes da União no Conselho Fiscal serão indicados pelo Ministro de
Estado da Fazenda, dentre os quais um representante do Tesouro Nacional.
§ 2º A remuneração dos conselheiros fiscais será fixada pela Assembleia Geral que os
eleger.
§ 3º Além das pessoas a que se refere o art. 13 deste Estatuto, não podem ser eleitos
para o Conselho Fiscal membros dos órgãos de Administração e empregados do Banco,
ou de sociedade por este controlada, e o cônjuge ou parente, até o terceiro grau, de
administrador do Banco.
§ 4º Os membros do Conselho Fiscal serão investidos em seus cargos,
independentemente da assinatura de termo de posse, desde a respectiva eleição.
§ 5º Os Conselheiros Fiscais devem, na data da eleição, assinar o Termo de Anuência dos
membros do Conselho Fiscal ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo.

Funcionamento

Art. 38. Observadas as disposições deste Estatuto, o Conselho Fiscal, por voto favorável de, no
mínimo, quatro de seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu regimento
interno.
§ 1º O Conselho Fiscal reunir-se-á em sessão ordinária, uma vez por mês, e,
extraordinariamente, sempre que julgado necessário por qualquer de seus membros ou
pela Administração do Banco.
§ 2º Perderá o cargo, salvo motivo de força maior ou caso fortuito, o membro do
Conselho Fiscal que deixar de comparecer, sem justificativa, a três reuniões ordinárias
consecutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante o prazo do mandato.
§ 3º Exceto nas hipóteses previstas no caput deste artigo, a aprovação das matérias
submetidas à deliberação do Conselho Fiscal exige voto favorável de, no mínimo, três de
seus membros.

Art. 39. Os Conselheiros Fiscais assistirão às reuniões do Conselho de Administração em que se


deliberar sobre os assuntos em que devam opinar.

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Estatuto Social
Parágrafo único. O Conselho Fiscal far-se-á representar por, pelo menos, um de seus
membros às reuniões da Assembleia Geral e responderá aos pedidos de informação
formulados pelos acionistas.

Dever de informar e outras obrigações

Art. 40. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do Banco devem observar, também, os
deveres previstos no art. 17 deste Estatuto.

CAPÍTULO VII – EXERCÍCIO SOCIAL, LUCRO, RESERVAS E DIVIDENDOS

Exercício social

Art. 41. O exercício social coincidirá com o ano civil, com término no dia 31 de dezembro de cada
ano.

Demonstrações financeiras

Art. 42. Serão levantadas demonstrações financeiras ao final de cada semestre e,


facultativamente, balanços intermediários em qualquer data, inclusive para pagamento
de dividendos, observadas as prescrições legais.
§ 1º As demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais, além dos requisitos
legais e regulamentares, devem conter:
I – balanço patrimonial consolidado, demonstrações do resultado consolidado e dos
fluxos de caixa;
II – demonstração do valor adicionado;
III – comentários acerca do desempenho consolidado;
IV – posição acionária de todo aquele que detiver, direta ou indiretamente, mais de 5%
(cinco por cento) do capital social do Banco;
V – quantidade e características dos valores mobiliários de emissão do Banco de que o
acionista controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal sejam
titulares, direta ou indiretamente;
VI – evolução da participação das pessoas referidas no inciso anterior, em relação aos
respectivos valores mobiliários, nos doze meses imediatamente anteriores; e
VII – quantidade de ações em circulação e o seu percentual em relação ao total emitido.
§ 2º Nas demonstrações financeiras do exercício, serão apresentados, também,
indicadores e informações sobre o desempenho socioambiental do Banco.

Art. 43. As demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais serão também elaboradas
em inglês, sendo que pelo menos as demonstrações financeiras anuais serão também
elaboradas de acordo com os padrões internacionais de contabilidade.

Destinação do lucro

Art. 44. Após a absorção de eventuais prejuízos acumulados e deduzida a provisão para
pagamento do imposto de renda, do resultado de cada semestre serão apartadas verbas
que, observados os limites e condições exigidos por lei, terão, pela ordem, a seguinte
destinação:
I – constituição de Reserva Legal;
II – constituição, se for o caso, de Reserva de Contingência e de Reservas de Lucros a
Realizar;

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Estatuto Social
III – pagamento de dividendos, observado o disposto nos artigos 44 e 45 deste Estatuto;
IV – do saldo apurado após as destinações anteriores:
a) constituição das seguintes Reservas Estatutárias:
1- Reserva para Margem Operacional, com a finalidade de garantir margem
operacional compatível com o desenvolvimento das operações da
sociedade, constituída pela parcela de até 100% (cem por cento) do
saldo do lucro líquido, até o limite de 80% (oitenta por cento) do capital
social;
2- Reserva para Equalização de Dividendos, com a finalidade de assegurar
recursos para o pagamento de dividendos, constituída pela parcela de
até 50% (cinquenta por cento) do saldo do lucro líquido, até o limite de
20% (vinte por cento) do capital social;
b) demais reservas e retenção de lucros previstas na legislação.
Parágrafo único. Na constituição de reservas serão observadas, ainda, as seguintes
normas:
I – as reservas e retenção de lucros de que trata o inciso IV não poderão ser aprovadas
em prejuízo da distribuição do dividendo mínimo obrigatório;
II – o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar,
não poderá ultrapassar o capital social;
III – as destinações do resultado, no curso do exercício, serão realizadas por proposta do
Conselho Diretor, aprovada pelo Conselho de Administração e deliberada pela Assembleia
Geral Ordinária de que trata o § 1º do artigo 9º deste Estatuto, ocasião em que serão
apresentadas as justificativas dos percentuais aplicados na constituição das reservas
estatutárias de que trata a alínea “a” do inciso IV do caput deste artigo.

Dividendo obrigatório

Art. 45. Aos acionistas é assegurado o recebimento semestral de dividendo mínimo e obrigatório
equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado, como definido em
lei e neste Estatuto.
§ 1º O dividendo correspondente aos semestres de cada exercício social será declarado
por ato do Conselho Diretor, aprovado pelo Conselho de Administração.
§ 2º Os valores dos dividendos devidos aos acionistas sofrerão incidência de encargos
financeiros na forma da legislação, a partir do encerramento do semestre ou do exercício
social em que forem apurados até o dia do efetivo recolhimento ou pagamento, sem
prejuízo da incidência de juros moratórios quando esse recolhimento não se verificar na
data fixada em lei, pela Assembleia Geral ou por deliberação do Conselho Diretor.
§ 3º É admitida a distribuição de dividendos intermediários em períodos inferiores ao
previsto no caput deste artigo, observado o disposto nos artigos 21, II, “a”, 29, I e VII, e
44, § 1º, deste Estatuto.

Juros sobre o capital próprio

Art. 46. Observada a legislação vigente e na forma da deliberação do Conselho de


Administração, o Conselho Diretor poderá autorizar o pagamento ou crédito aos
acionistas de juros, a título de remuneração do capital próprio, bem como a imputação do
seu valor ao dividendo mínimo obrigatório.
§ 1º Caberá ao Conselho Diretor fixar o valor e a data do pagamento ou crédito de
cada parcela dos juros, autorizado na forma do caput deste artigo.
§ 2º Os valores dos juros devidos aos acionistas, a título de remuneração sobre o
capital próprio, sofrerão incidência de encargos financeiros, na forma do § 2º do artigo
precedente.

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Estatuto Social
CAPÍTULO VIII – RELAÇÕES COM O MERCADO

Art. 47. O Banco:


I – realizará, pelo menos uma vez por ano, reunião pública com analistas de mercado,
investidores e outros interessados, para divulgar informações quanto à sua situação
econômico-financeira, bem como no tocante a projetos e perspectivas;
II – enviará à bolsa de valores em que suas ações forem mais negociadas, além de
outros documentos a que esteja obrigado por força de lei:
a) o calendário anual de eventos corporativos;
b) programas de opções de aquisição de ações ou de outros títulos de emissão
do Banco, destinados aos seus empregados e administradores, se houver; e
c) os documentos colocados à disposição dos acionistas para deliberação na
Assembleia Geral;
III – divulgará, em sua página na Internet, além de outras, as informações:
a) referidas nos arts. 41 e 42 deste Estatuto;
b) divulgadas na reunião pública referida no inciso I deste artigo; e
c) prestadas à bolsa de valores na forma do inciso II deste artigo;
IV – adotará medidas com vistas à dispersão acionária na distribuição de novas ações,
tais como:
a) garantia de acesso a todos os investidores interessados; ou
b) distribuição, a pessoas físicas ou a investidores não institucionais, de, no
mínimo, 10% (dez por cento) das ações emitidas.

CAPÍTULO IX – DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Ingresso nos quadros do Banco

Art. 48. Só a brasileiros será permitido ingressar no quadro de empregados do Banco no País.
Parágrafo único. Os portugueses residentes no País poderão também ingressar nos
serviços e quadros do Banco, desde que amparados por igualdade de direitos e obrigações
civis e estejam no gozo de direitos políticos legalmente reconhecidos.
Art. 49. O ingresso no quadro de empregados do Banco dar-se-á mediante aprovação em
concurso público.
§ 1º Os empregados do Banco estão sujeitos à legislação do trabalho e aos regulamentos
internos da Companhia.
§ 2º Poderão ser contratados, a termo e demissíveis “ad nutum”, profissionais para
exercerem as funções de assessoramento especial ao Presidente, observada a dotação
máxima de três Assessores Especiais do Presidente e um Secretário Particular do
Presidente.

Publicações oficiais

Art. 50. O Conselho Diretor fará publicar, no Diário Oficial da União, o Regulamento de Licitações
do Banco do Brasil.

Avaliação dos processos de análise de riscos

Art. 51. O Banco contratará, periodicamente, empresa de auditoria externa para avaliar o processo
de análise de riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, e o processo de

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Estatuto Social
deferimento de operações da Instituição, submetendo os resultados do trabalho à
apreciação dos Conselhos Diretor, Fiscal e de Administração.

Arbitragem

Art. 52. O Banco, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a
resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do Mercado, toda e
qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em
especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das
disposições contidas na Lei de Sociedades Anônimas, no Estatuto Social da Companhia,
nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e
pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao
funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do
Regulamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, do Regulamento de
Arbitragem, do Contrato de Participação e do Regulamento de Sanções do Novo
Mercado.
§ 1º O disposto no caput não se aplica às disputas ou controvérsias que se refiram às
atividades próprias do Banco, como instituição integrante do Sistema Financeiro
Nacional, e às atividades previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de
1964, e demais leis que lhe atribuam funções de agente financeiro, administrador ou
gestor de recursos públicos.
§ 2º Excluem-se, ainda, do disposto no caput, as disputas ou controvérsias que envolvam
direitos indisponíveis.
Art. 53. O Banco, na forma definida pelo Conselho de Administração, assegurará aos integrantes
e ex-integrantes do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Diretoria
Executiva, bem como do Comitê de Auditoria e de outros órgãos técnicos ou consultivos
criados por este Estatuto, a defesa em processos judiciais e administrativos contra eles
instaurados pela prática de atos no exercício de cargo ou função, desde que não tenha
sido constatado fato que dê causa a ação de responsabilidade e que não haja
incompatibilidade com os interesses da Companhia, ou de suas subsidiárias e
sociedades controladas e coligadas.
Parágrafo único. O Conselho de Administração poderá, ainda, na forma por ele definida
e observado, no que couber, o disposto no caput deste artigo, autorizar a contratação de
seguro em favor dos integrantes e ex-integrantes dos órgãos estatutários relacionados
no caput para resguardá-los de responsabilidade por atos ou fatos pelos quais
eventualmente possam vir a ser demandados judicial ou administrativamente, cobrindo
todo o prazo de exercício dos seus respectivos mandatos.

CAPÍTULO X – OBRIGAÇÕES DO ACIONISTA CONTROLADOR

Alienação de controle

Art. 54. A alienação do controle acionário do Banco, direta ou indireta, tanto por meio de uma
única operação, quanto por meio de operações sucessivas, somente poderá ser
contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a,
observando as condições e prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento de
Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, fazer oferta pública de aquisição das
ações dos demais acionistas, assegurando-se a estes tratamento igualitário àquele dado
ao acionista controlador alienante.
§ 1º A oferta pública, prevista no caput deste artigo, será também realizada quando
houver (i) cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou
direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, de que venha resultar a
alienação do controle do Banco; ou (ii) em caso de alienação do controle de sociedade
que detenha o poder de controle do Banco, sendo que, nesse caso, o acionista
controlador alienante ficará obrigado a declarar à BM&FBOVESPA o valor atribuído ao
Banco nessa alienação e anexar documentação que comprove esse valor.

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Estatuto Social
§ 2º Aquele que adquirir o poder de controle, em razão de contrato particular de compra
de ações celebrado com o acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de
ações, estará obrigado a: (i) efetivar a oferta pública referida no caput deste artigo, e (ii)
pagar, nos termos a seguir indicados, quantia equivalente à diferença entre o preço da
oferta pública e o valor pago por ação eventualmente adquirida em bolsa nos 6 (seis)
meses anteriores à data da aquisição do poder de controle, devidamente atualizado até a
data do pagamento. Referida quantia deverá ser distribuída entre todas as pessoas que
venderam ações do Banco nos pregões em que o adquirente realizou as aquisições,
proporcionalmente ao saldo líquido vendedor diário de cada uma, cabendo à
BM&FBOVESPA operacionalizar a distribuição, nos termos de seus regulamentos.
§ 3º O acionista controlador alienante somente transferirá a propriedade de suas ações
se o comprador subscrever o Termo de Anuência dos Controladores. O Banco somente
registrará a transferência de ações para o comprador, ou para aquele(s) que vier(em) a
deter o Poder de Controle, se este(s) subscrever(em) o Termo de Anuência dos
Controladores a que alude o Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA.
§ 4º O Banco somente registrará acordo de acionistas que disponha sobre o exercício do
Poder de Controle se os seus signatários subscreverem o Termo de Anuência dos
Controladores.

Fechamento de capital

Art. 55. Na hipótese de fechamento de capital do Banco e consequente cancelamento do registro


de companhia aberta, deverá ser ofertado um preço mínimo às ações, correspondente ao
valor econômico apurado por empresa especializada escolhida pela Assembleia Geral, na
forma da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e conforme previsto no Parágrafo
Único do Artigo 10.
§ 1º No caso da saída do Banco do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, para que os
valores mobiliários por ele emitidos passem a ter registro para negociação fora do Novo
Mercado, ou em virtude de operação de reorganização societária na qual a sociedade
resultante dessa reorganização não tenha seus valores mobiliários admitidos à
negociação no Novo Mercado, no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data da
assembleia geral que aprovou a referida operação, o Acionista Controlador deverá
efetivar oferta pública de aquisição das ações pertencentes aos demais acionistas do
Banco, no mínimo, pelo respectivo valor econômico, a ser apurado em laudo de avaliação
elaborado nos termos do Parágrafo 3º deste Artigo e do Parágrafo Único do Artigo 10,
respeitadas as normas legais e regulamentares aplicáveis.
§ 2º Os custos com a contratação de empresa especializada de que trata este Artigo serão
suportados pelo acionista controlador.
§ 3º Os laudos de avaliação referidos neste Artigo deverão ser elaborados por instituição
ou empresa especializada, com experiência comprovada e independência quanto ao poder
de decisão do Banco, de seus administradores e/ou do(s) acionista(s) controlador(es), além
de satisfazer os requisitos do § 1º do Artigo 8º da Lei nº 6.404/76, e conter a
responsabilidade prevista no Parágrafo 6º desse mesmo Artigo.
Art. 56. Na hipótese de não haver Acionista Controlador, caso seja deliberada a saída do Banco
do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, para que os valores mobiliários por ele emitidos
passem a ter registro para negociação fora do Novo Mercado, ou em virtude de operação
de reorganização societária, na qual a sociedade resultante dessa reorganização não
tenha seus valores mobiliários admitidos à negociação no Novo Mercado, no prazo de 120
(cento e vinte) dias contados da data da Assembleia geral que aprovou a referida
operação, a saída estará condicionada à realização de oferta pública de aquisição de
ações nas mesmas condições previstas no Artigo 55 deste Estatuto.
§ 1º A referida Assembleia geral deverá definir o(s) responsável(is) pela realização da
oferta pública de aquisição de ações, o(s) qual(is), presente(s) na Assembleia, deverá(ão)
assumir expressamente a obrigação de realizar a oferta.
§ 2º Na ausência de definição dos responsáveis pela realização da oferta pública de
aquisição de ações, no caso de operação de reorganização societária, na qual a
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Estatuto Social
companhia resultante dessa reorganização não tenha seus valores mobiliários admitidos à
negociação no Novo Mercado, caberá aos acionistas que votaram favoravelmente à
reorganização societária realizar a referida oferta.
Art. 57. A saída do Banco do Novo Mercado da BM&FBOVESPA em razão de descumprimento de
obrigações constantes do Regulamento do Novo Mercado está condicionada à efetivação
de oferta pública de aquisição de ações, no mínimo, pelo valor econômico das ações, a ser
apurado em laudo de avaliação de que tratam o Parágrafo Único do Artigo 10 e o
Parágrafo 3º do Artigo 55 deste Estatuto, respeitadas as normas legais e regulamentares
aplicáveis.
§ 1º O Acionista Controlador deverá efetivar a oferta pública de aquisição de ações prevista
no caput desse artigo.
§ 2º Na hipótese de não haver Acionista Controlador e a saída do Novo Mercado referida
no caput decorrer de deliberação da Assembleia geral, os acionistas que tenham votado a
favor da deliberação que implicou o respectivo descumprimento deverão efetivar a oferta
pública de aquisição de ações prevista no caput.
§ 3º Na hipótese de não haver Acionista Controlador e a saída do Novo Mercado referida
no caput ocorrer em razão de ato ou fato da administração, os administradores do Banco
deverão convocar Assembleia geral de acionistas cuja ordem do dia será a deliberação
sobre como sanar o descumprimento das obrigações constantes do Regulamento do Novo
Mercado ou, se for o caso, deliberar pela saída do Banco do Novo Mercado.
§ 4º Caso a Assembleia geral mencionada no Parágrafo 3º acima delibere pela saída do
Banco do Novo Mercado, a referida Assembleia geral deverá definir o(s) responsável(is)
pela realização da oferta pública de aquisição de ações prevista no caput, o(s) qual(is),
presente(s) na Assembleia, deverá(ão) assumir expressamente a obrigação de realizar a
oferta.

Ações em circulação

Art. 58. O acionista controlador promoverá medidas tendentes a manter em circulação, no mínimo,
25% (vinte e cinco por cento) das ações de emissão do Banco.

CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA

Art. 59. As medidas previstas no art. 43 deste Estatuto serão implementadas após definição de
cronograma pelo Conselho.

Brasília (DF), 29 de abril de 2014.

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Fls.: 634

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL


REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO.

RTOrd: 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA CONSULTORIA EIRELI, devidamente qualificada nos


autos em epígrafe, de reclamatória trabalhista que lhe move LUANA ROBERTA RABELO,
igualmente qualificada, por intermédio de seus procuradores judiciais que esta subscrevem,
vêem tempestiva e respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a juntada da
peça de agravo de instrumento, conforme documento anexo, pugnando pelo seu regular
processamento.

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Maringá, 13 de Outubro de 2015.

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Número do documento: 15101314504919300000044718208
Fls.: 635

Ana Paula Souza Saura Silva Antonio


Saura Silva

OAB/PR 73.183 OAB/PR


40.962

Everson Souza Saura Silva Laurinda


Nunes da Silva

OAB/PR 31.347 OAB/PR


48.773

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:50 - 63bde19


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 63bde19 - Pág. 2
Número do documento: 15101314504919300000044718208
Fls.: 636

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12.ª REGIÃO -
FLORIANÓPOLIS - SC.

PROCESSO: 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA SILVA EIRELI ME, devidam ente qualificada nos autos


em epígrafe, de reclamatória trabalhista que lhe move LUANA ROBERTA RABELO,
igualmente qualificada nos mesmo autos, inconformada, data vênia, com a r. decisão
que denegou seguimento ao Recurso de Revis ta interposto pela Reclamante, vem,
respeitosamente à presença de V. Exas ., por seu advogado que esta subscreve,
interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO para uma das Turmas do Colendo
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, consoante razões anexas, requerendo
sejam recebidas e processadas na forma da Lei, com a oportuna remessa dos autos
àquele Órgão de Superior Instância, com vis tas a novo julgamento.

Diante da Resolução Adm inistrativa n.º 1418 de 30 de agosto de 2010,


que determina que o Agravo de Instrumento interposto de despacho que denegar
seguimento a recurso para o Tribunal Superior do Trabalho deve ser processado nos
autos do recurso denegado, a Agravante deixa de juntar cópia dos autos na íntegra,
o qual deverá ser digitalizado e encaminhado para o E. Tribunal ad quem.

A r. sentença de primeiro grau julgou a Reclamação Trabalista


parcialmente procedente e fixou a condenação provisória em R$ 12.000,00 (doze mil
reais), e custas processuais em R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais).

O v. acórdão, que julgou o Recurso Ordinário, não alterou tais valores.

Quando da interposição do Recurso Ordinário pela Reclamada foi


efetuado o depósito recursal no importe de R$ 7.058,11 (sete mil e cinquenta e oito
reais e onze centavos ), e por ocasião do Recurso de Revis ta, houve o depósito de
R$ 4.941,89 (quatro mil, novecentos e quarenta e um reais e oitenta e nove
centavos ), ou seja, valor da soma dos depósitos recursais equivale ao valor da

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condenação provisória arbitrada pelo E. TRT Catarinense, estando garantido o


Juízo, pelo que a Reclamada/Recorrente, está isenta de efetuar novo depósito
recursal quando da interposição do Agravo de Instrumento, nos termos do que
dispõe a Resolução 168 do TST, artigo 1ª, incis o II, letra “b”; in verbis:

b) depositado o valor total da condenação, nenhum depósito será


exigido nos recursos das decisões posteriores, salvo se o valor da
condenação vier a ser ampliado;

Assim, resta demonstrada a desnecessidade de efetuar-se depósito


recursal no presente caso.

Termos em que,
P. E. Deferim ento.
De Maringá-Pr para
Florianópolis-SC, 13 de outubro de 2015.

ANTONIO SAURA SILVA EVERSON SOUZA SAURA SILVA


OAB/PR 40.962 OAB/PR 31.347

LAURINDA NUNES DA SILVA


OAB/PR 48.773

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 2
Número do documento: 15101315123264600000044718233
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E G R É G I O T R I B U N A L S U P E R I O R D O T R AB A L H O

AGRAVANTE: SAUR A SIL VA EIRELE ME.

AGRAVADA: LUAN A ROBERTA RABELO

PROCESSO: 0000855-55.2013.5.12.0004

Ilus tre Ministro Relator:

Inconformada com o v. Acórdão proferido pelo E. TRT da 12.ª Região


que manteve a r. s entença de primeiro grau, a Agravante recorreu a esse Tribunal
na expectativa de vê-lo reformado.

Inobstante todos os esforços engendrados no sentido de que aquela


decisão fosse reformada, o E. TRT da 12ª Região denegou seguimento ao Recurso
de Revis ta interposto pela Agravante, conforme decisão a seguir transcrita:

Insurge-se contra a decla ra ção de ilici tude da tercei ri za ção e correspondente


reconheci mento da equiparaçã o da autora à ca tegoria dos bancá rios e , por
corolá rio, a ca rga horá ria de 06 horas diá rias e 36 semanais, es tabele cida no
a rt. 224 da CLT, diferenças salariais e auxílio ces ta alimenta ção.
Os fundamentos do acórdão já fora m trasladados no recurso anterior.
Diante do enquadra mento da autora como bancá ria, não há cogi ta r viola ção
direta e li teral aos textos legais indi cados.
Ademais, estando a controvérsia deci dida com base nos ele mentos de prova
disponíveis nos autos, à insurgência apli ca-se o óbice ins culpido na Súmula nº
126 do TST, segundo a qual a discussão dos fa tos e das provas finda nes ta
ins tância trabalhis ta.
Por outro lado, os modelos colacionados não colidem com os fundamentos do
julgado, uma vez que apresenta m soluções compatíveis com conjuntos fático
e probatório divers os, específicos das demandas das quais fora m extraídos
(Súmula nº 296 do TST). Quanto aos subs ídios jurisprudenciais, ale rto que a
transcri ção de decisões oriundas de Turma do TST ou da lavra do Tri bunal

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prolator do a córdão recorrido não se pres ta ao fim pretendido (exegese da


alínea a do a rt. 896 da CLT)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos Processuais / Nulidade /
Julgamento Extra /Ultra /Ci tra Peti ta Alegação(ões):
- violaçã o dos arts . 128 e 460 do CPC.
- divergência jurisprudencial .
Almeja a exclusão da condena ção à equipa ra ção da funçã o exerci da pela
Recorrida com a de bancá rio com os respecti vos consectá rios daí decorrentes ,
uma vez que a fundamenta ção aplica da ao caso em tela não foi requerida pela
parte e sequer foi ques tionada ao longo da ins truçã o processual , revelando-se
tal decisão como extra peti ta .
Cons ta do acórdão:
O contra to de presta ção de servi ços e a prova oral e videnciam que a úni ca
a ti vidade da pri mei ra ré era a pres ta ção de servi ços em prol do se gundo réu,
na realização de ati vi dade bancá ria como correspondente.
Esse fa to ca ra cteri za cla ra viola ção às disposições tra çadas pelo CMN (art. 3º,
§ 2º, da Resoluçã o n. 3.594/11), restando indene de dúvi das que houve
desvi rtuamento do contra to de correspondente bancá rio e cla ra tercei ri za ção
ilíci ta da pres ta ção de servi ços, na forma do i tem I da Súmula nº 331 do Eg.
TST. (gri fei)
A al tera ção do decidido dependeria do revolvi mento da prova produzida (ou
de fa tos e provas), vedado pela Súmula nº 126 do TST, o que impõe a
denega ção do seguimento da revista . Regis tro, a demais, a i nconsis tência da
tese de possível afronta di reta e literal a os dispositi vos legais apontados, que
não contêm disposi ção específi ca e contrá ria àquela consi gnada no a córdão.
Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a trans cri ção de decisões
ori undas de Turma do TST ou da lavra do Tribunal prolator do a córdão
recorrido não se pres ta ao fim pretendi do (exegese da alínea a do art. 896 da
CLT).
CONCLUSÃO DENEGO se guimento ao recurso de revis ta .

Ocorre, Excelências, que tal decisão não se coaduna com os ditames


legais que tratam do tema, motivo pelo qual, vem por meio deste Agravo, requerer
seja dado seguimento ao Recurso de Revis ta, e que ao final seja o mesmo provido.

1. DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS PARA


PROCESSAMENTO DO RECURSO DE REVISTA

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No caso em tela, ao ingressar com o recurso de revis ta, a Agravante


tomou o devido cuidado para cumprir, rigorosamente, o que determina a lei a Lei
13.015/2014, que acrescentou o § 1º-A ao artigo 896 da CLT, ou seja: indicou o
trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia
objeto do recurso de revista; indicou, de forma explícita e fundamentada,
contrariedade a dispositivo de lei, que conflita com a decisão regional e; expôs as
razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da
decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de
lei, cuja contrariedade apontou. E no que se refere à divergência jurisprudencial, a
Agravante demonstrou as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos
confrontados.

O E. TRT da 12ª Região, ao negar seguimento ao recurso de revis ta


fala em inexistência de violação a dispositivos de lei federal, porém o faz, partindo do
pressuposto que o v. acórdão está correto ao decidir sobre a ilcitude do contrato de
prestação de serviços e da analise das provas que, segundo ele, evidenciam que a
única atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo réu,
na realização de atividade bancária como correspondente.

Assim é que, no entendimento do E. Tribunal a quo, tal fato caracteriza


clara violação às disposições traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11), restando indene de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na
forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.)

Assevera, ainda, que alteração do decidido dependeria do revolvim ento


da prova produzida (ou de fatos e provas ), vedado pela Súmula nº 126 do TST, o
que impõe a denegação do seguimento da revista.

Ora, Excelências, o objetivo do recurso de revis ta, é justamente, levar à


apreciação do TST, em sede de recurso de revis ta, a analise das questões relativas,
à interpretação da legislação, cuja violação se questiona. É óbvio que o Tribunal a
quo, não irá reconhecer tal violação, pois se assim fosse, não teria julgado da forma

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


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como julgou, bem com não haveria necessidade de interposição do recurso de


revis ta.

Não cabe ao E. Tribunal a quo, analisar, novam ente, se o


embasamento legal por ele utilizado viola ou não o dispositivo legal invocado, pois
es ta analise deverá ser feita pelo Tribunal ad quem. Não fosse assim, nenhum
recurso de revista subiria para analise perante o E. TST.

Por fim, diz o v. acórdão que a inconsistência da tese de possível


afronta direta e literal aos dispositivos legais apontados, não contêm disposição
específica e contrária àquela consignada no acórdão, o que também deve ser
analisado pelo E. TST.

Com relação a possível necessidade de revovilmento fático ou matéria


de provas , isso também não ocorre, conforme restou muito bem delineado pela
Agravante, res tando demonstrado que o que se discute é a interpretação de
dipositivos legais, não havendo se falar em provas ou questões fáticas para tanto.

Por fim, quanto aos subsídios jurisprudenciais, a recorrente, ora


agravante, deixou claro que a transcrição de decisões oriundas de Turma do TST ou
da lavra do Tribunal prolator do acórdão recorrido não teve por objetivo invocar a
exegese da alínea a do art. 896 da CLT, ficando muito claro que os mesmos
es tavam sendo mencionados apenas como fundamento dos argumentos utilizados,
sendo que para exegese do artigo 896, alínea “a”, houve a transcrição de outros
acórdãos, originários de TRT de origem diversa daquele prolator do acórdão
recorrido.

O Cotejo analítico foi realizado a contendo, res tando evidenciado o


compromisso da recorrente em aviar as contrariedades e desacertos entre o acórdão
recorrido e o outro selecionado, de qualquer Corte, mesmo do STJ, o que autoriza o
recebimento do recurso de revista.

É cediço que exis te um número excessivo de recursos carentes de


fundamentação e/ou deficiente de requisitos básicos para sua admissibilidade.

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 6
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 642

Infelizmente, a interposição de recursos infundados, de forma a protelar o regular


andamento processual, é uma verdade e uma constante em nosso Judiciário.

Em contrapartida, não podemos olvidar que há também inúmeros


recursos muito bem fundamentos e dotados de uma técnica processual exemplar,
que, tragicamente, caem numa vala comum e são processados e julgados de forma
equivocada.

Como forma de corroborar essa assertiva, basta fazer uma simples


pesquisa jurisprudencial com o tema em referência no sítio do TST e, paralelamente,
analisar as respectivas minutas dos recursos de revis ta interpostos.
Surpreendentemente ou não, a verdade é que a grande maioria desses recursos –
inobstante a técnica utilizada – tem seguimento negado pelos mesmos critérios.

Será que chegaremos ao ponto de rogar por um manual de prática,


com critérios exclusivamente objetivos , redigidos pelos próprios ministros, para que
tenhamos o preenchimento desse requisito de admissibilidade?

Negativa ou positiva a resposta, o mais importante é que o TST não


dificulte ainda mais o atendimento a esse requisito de admissibilidade do recurso de
revis ta, que já é um tabu a ser quebrado pelos advogados.

Acreditar que a apreciação do cotejo analítico ou do dissídio


jurisprudencial – acórdão recorrido e acórdão divergente – motiva a aplicação de
despachos denegatórios de recurso de revista, é algo realmente preocupante, para
não dizer absurdo. Isso não só acabaria com o recurso de revis ta com fundamento
no dissídio jurisprudencial, como também implicaria numa flagrante violação a um
dispositivo constitucional.

Dessa forma, não restam dúvidas de que essa modalidade recursal é


imprescindível e extremamente importante para o nosso ordenamento jurídico,
notadamente para atender o papel institucional do Tribunal Superior do Trabalho.

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 7
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 643

No caso em tela, cada um dos tópicos levantados foi devida e


minuciosamente destrinchado, com a demonstração do dispositivo que implicava em
violação, conforme veremos a seguir:

2. O V. ACÓRDÃO VIOLA O DISPOSTO NOS ART. 3º, INCISO V, ART. 4º,


INCISOS VI E VIII, ARTIGOS 17 E 18, § 1º, DA LEI N. 4.595/64; ART. 14,
DA LEI 4.728/65; ART. 3º, § 2º, DA RESOLUÇÃO N. 3.594/11 E ART.
8º, INCISOS I AO IX DA RESOLUÇÃO 3.954/2011, AMABAS DO BACEN

Fundamento: artigo 896, alíneas “a” e “c” da CLT

Entendeu a 3ª Turm a do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12ª


Região, conforme demonstram o Acórdão Recorrido e a decisão dos Embargos de
Declaração, que o contrato havido entre a primeira e o segundo Reclamados não
teria observado as disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho Monetário
Nacional (CMN) sobre o tema.

Segundo o v. acórdão recorrido, o contrato de prestação de serviços e


a prova oral evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação de
serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade bancária como
correspondente e que esse fato, por si só caracterizaria clara violação às
disposições traçadas pelo CMN , notadamente através do art. 3º, § 2º, da
Resolução n. 3.594/11, restando demonstrado o desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na
forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Trans creve-se, abaixo o contido no v. acórdão recorrido a respeito do


tema:

O contra to de pres ta ção de se rvi ços firmados entre as pa rtes dispõe o


seguinte (ID 590160):
1.1. Es te ins trumento tem por objeto a contra tação da empresa SAURA SILVA
& RICOLDI LTDA. para o desempenho das funções de Correspondente no Pa ís ,

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 8
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 644

com vis tas à execução e ao processamento de transa ções referentes aos


seguintes servi ços:
I) recepçã o e enca minhamento de propostas de aberturas de contas de
depósitos à vista , a prazo e de poupança ;
II) recebimentos e paga mentos rela ti vos a contas de depósitos à vis ta , a prazo
e de poupança, bem como a aplica ções e res ga tes em fundos de
inves ti mento;
III) recebimentos, pa gamentos e outras ati vi dades decorrentes de convênios
de 2 de 5 10/07/2015 14:40 presta ção de se rvi ços mantidos pelo contra tante
na forma da regulamenta ção em vi gor;
IV) execuçã o a ti va ou passi va de ordens de paga mento em nome do
contra tante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de emprés timos e
fi nanciamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança ;
VIII) recepção e enca minhamento de propos tas de emissão de ca rtões
de crédito;
IX) outros servi ços de controle, inclusi ve processamento de dados, das
opera ções pactuadas;
X) outras ati vi dades, a cri téri o do Banco Central do Brasil .
Tais a ti vidades , além de típicas da função bancá ria, englobam
pra ti camente toda a rotina de um trabalhador bancá ri o, tra nsformando
o suposto "correspondente bancá rio" em uma tra dicional a gência de banco.
Nesse sentido corrobora o depoimento da única tes temunha ouvida ,
indicada pela autora , a qual asseriu que as a ti vidades dela e da a utora
envol viam (ID 1097466, p. 1):
(...) capta r clientes e vender produtos do 2º demandado: emprésti mos,
abertura de contas , se guro de vida e se guro pres tamis ta , título de
capitalização, basica mente. Os procedimentos que e ram realizados pela
depoente e pela autora impli ca vam o ca dastro do cliente, conferência e
recebimento de documentos, inse rção dos dados no sistema da 1ª
demandada e encaminha mento pa ra que o fechamento das opera ções fosse
realizado
Por mais que a pri mei ra ré insista na tese da legalidade da tercei ri za ção,
não houve sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do
Conselho Monetá rio Na cional (CMN) sobre o tema .
O a rti go 3º, § 2º, da resoluçã o ci tada consigna o se guinte:
Art. 3º - Somente podem se r contra tados, na qualidade de correspondente, as
sociedades , os empresá rios , as associa ções definidos na Lei nº 10.406, de 10
de janei ro de 2002 (Código Ci vil ), os pres tadores de se rvi ços nota riais e de

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 9
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 645

registro de que tra ta a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, e as


empresas públicas .
(...) § 2º - É vedada a contra ta ção, para o desempenho das ati vidades
de a tendimento defini das nos incisos I, II, IV e VI do a rt. 8º, de entida de cuja
a ti vidade principal seja a presta ção de se rvi ços de correspondente.
A previsão contida nos incisos I , II , I V e VI do a rt. 8º encontra m gua rida nos
se rvi ços elenca dos no contra to de pres ta ção de se rvi ços fi rmado entre as
partes (vi de tra nscri çã o supra).
O contra to de presta ção de servi ços e a prova oral e videnciam que a úni ca
a ti vidade da pri mei ra ré era a pres ta ção de se rvi ços em prol do se gundo réu,
na realização de ati vi dade bancá ria como correspondente.
Esse fato ca racteri za clara viola ção às disposições tra çadas pelo CMN (art. 3º,
§ 2º, da Resoluçã o n. 3.594/11), restando indene de dúvi das que houve
desvi rtuamento do contra to de correspondente bancá rio e cla ra
tercei ri zaçã o ilíci ta da pres ta ção de se rvi ços, na forma do item I da Súmula nº
331 do Eg. TST.

Em resumo o v. acórdão dispõe que o Banco valia-se dos empregados


da primeira ré para ampliar a sua área de atuação e potencializar sua atividade
econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua atividade-fim. A
prestadora atuava como verdadeira agência bancária, com a realização de
transações a ela inerentes.

Apesar do v. acórdão agravado asseverar que não houve violação a


nenhum dispositivo de lei federal, o fato é que o entendimento do TRT da 12ª Região
não pode prevalecer, sendo totalmente equivocada a interpretação feita pelo v.
acórdão no tocante a licitude da contratação havida entre os Reclamados.

Ao contrário do que restou esposado através do v. acórdão recorrido, a


captação de clientes, o recolhimento de dados e propostas encaminhadas ao Banco,
sem qualquer análise de crédito e sem alçada para tal concessão, é atividade-meio
do Banco e própria do correspondente bancário.

A terceirização, como instrumento de gestão concorrencial pelas


empresas, é fenômeno que o ordenamento jurídico não repudia, salvo nos casos em
que manejado de forma incorreta, com prejuízo ao trabalhador.

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Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 10
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 646

Por “forma incorreta” entende-se aquela em que a atividade


desenvolvida pelos empregados da terceirizada guarda nexo com a atividade-fim do
tomador dos serviços ou, então, sob ingerência direta do tomador, em desacordo
com a legislação sobre o tema (Súmula 331/TST c/c art. 9º da CLT).

Sobre a Lei 4.595/64, que atribuiu poderes normativos ao Conselho


Monetário Nacional e ao Banco Central, uma sucessão de arguição de
inconstitucionalidade foi enfrentada pelo STF que decidiu, sempre, no sentido de
reconhecer o poder normativo de tais instituições, como, por exemplo, a ADIn
1.394-0/DF, ADIn 1449-DF ou ADIn 2.591-DF.

Da leitura das decisões em tais processos de arguição de


inconstitucionalidade, não resta mais dúvidas a respeito da perfeita legitimidade
constitucional do poder normativo do Conselho Monetário Nacional, mesmo após o
advento da Constituição de 1988, há que se reconhecer validade formal à Resolução
3.954/2011 do Banco Central do Brasil que nada mais é do que uma atualização da
Resolução 3.156/03 que, por sua vez, alterou a redação de alguns dispositivos da
Resolução 3.110/03, todas do mesmo órgão e que regulamentam a possibilidade de
terceirização dos serviços não privativos das instituições financeiras para os
chamados 'correspondentes bancários'.

A análise da ementa das referidas resoluções evidencia, com clareza


solar, que visam tornar público decisão do Conselho Monetário Nacional de,
respaldado nos arts. 3º, inciso V, 4º, incisos VI e VIII, 17 e 18, § 1º, da Lei n.
4.595/64 e 14, da Lei 4.728/65, consolidar as normas que dispõem sobre a
contratação, por parte de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, de empresas, integrantes ou não do Sistema
Financeiro Nacional, para o desempenho das funções de correspondente no País.

O que se conclui da leitura de tais Resoluções e legislação própria do


Conselho Monetário Nacional, é que disciplinam, de forma muito mais detalhada do
que a feita pelo C. TST na Súmula 331, a terceirização de atividades do setor.

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Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 647

Adm itido o regramento da terceirização por súmula de jurisprudência


uniforme de tribunal, em vários pontos pouco precisa e em outros, um tanto
genérica, pouco justificável seria que não se reconhecesse validade a norma
elaborada de forma minuciosa e detalhada, editada pelo Conselho Monetário
Nacional e pelo Banco Central do Brasil, cuja atuação normativa já teve sua
constitucionalidade enunciada pelo Supremo Tribunal Federal, até porque a
Resolução do Bacen, que amparou o argumento da defesa, não destoa da Súmula
331/TST.

Portanto, não restam dúvidas quanto à validade da Resolução


3.954/2011 do Bacen, o que aliás também o foi pelo v. acórdão recorrido.

Segundo termos do v. acórdão recorrido, a terceirização em questão


seria ilícita desde a contratação, porquanto as atividades que desenvolvia
guardavam nexo com a consecução dos fins sociais do Banco do Brasil, ou seja,
desenvolvia atividades tipicamente bancárias.

Consta do artigo 8º, da Resolução do Bacen:

"Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes


atividades de atendimento, vis ando ao fornecimento de produtos e
serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes
e usuários:

I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de


depósitos à vis ta, a prazo e de poupança mantidas pela instituição
contratante;

II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências


eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de
titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante;

III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras


atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de

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Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 648

prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com


terceiros;

IV - e xecução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por


intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e
usuários;

V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações


de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição
contratante;

VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de


aceite da instituição contratante;

VII - (Revogado pela Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.) VIII -


recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões
de crédito de responsabilidade da instituição contratante; e

IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da


instituição contratante, observado o disposto no art. 9º. Parágrafo
único. Pode ser incluída no contrato a prestação de serviços
complementares de coleta de informações cadastrais e de
documentação, bem como controle e processamento de dados. Das
atividades acima elencadas, o artigo 3º da Resolução excepciona:

O contrato entre os Réus, não elenca atividades que a Resolução do


Bacen não autorize seja desenvolvida por correspondente bancário, sendo fato
incontroverso que durante seu contrato de trabalho, a Recorrida desenvolveu
atividades tão somente de agente operacional, prestando auxilio e vendendo
produtos a clientes do Banco do Brasil S/A, angariando clientes para a concessão de
crédito e abertura de contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com
atividades-fim do Banco, pois a atividade-fim do banco tem como atribuição a gestão
de recursos dos clientes das instituições bancárias e financeiras, o que não era
atividade realizada pela Recorrida.

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Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


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Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 649

Desta forma, por expressa determinação do Banco Central, as


empresas contratadas em estrita observância da norma inserta na Resolução
3.110/2003 podem prestar serviços às instituições bancárias, na qualidade de
correspondente, sem que, com isso, sejam consideradas terceirização ilícita.

Com efeito, o contrato de correspondente bancário como o caso da


Recorrente, tem por objeto todas aquelas atividades de atendimento elencadas no
contrato de prestação de serviços de correspondente, visando o fornecimento de
produtos e serviços de responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e
usuários, conforme dispõe a Resolução acima citada, que consolida as normas que
dispõem sobre a contratação de correspondentes no País.

Por obvio, o fato da Recorrente desempenhar serviços de


correspondente, na prestação dos serviços relacionados no artigo 1º da Resolução
3.110/2003, para o Banco do Brasil S/A, não significa que mantenha contrato de
trabalho informal com o banco, pois de fato exis te contrato regular e legítimo de
prestação de serviços como correspondente.

Entender em sentido divers o seria considerar nula ou inválida a


Resolução do Banco Central que autoriza a contratação de Correspondentes, levaria
ao resultado absurdo de se considerar bancários todos os empregados de casas
lotéricas, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos comerciais que
atualmente, como é de notório conhecimento, exercem a atividade de
correspondente de vários bancos (efetuando o pagamento de contas, por exemplo).
E, como é sabido, todo raciocínio que resulta em decisões teratológicas não
encontra respaldo no direito, tampouco na justiça.

Por certo, as atividades exercidas pelos correspondentes bancários


não têm o condão de tornar sua atividade como ilícita, e também não tem o condão
de torná-los instituições financeiras e, por consequência, determinar a incidência das
normas coletivas dos bancários aos empregados dos contratados os quais exercem
tal atividade complementar.

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Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 650

Com relação às decisões proferidas pelo TST, relativamente à matéria


em debate, a mesma não foi juntada para fins de analise de divergência
jurisprudencial, mas apenas para demonstrar qual o entendimento do TST a respeito
do tema, restando, mais uma vez justificado que os referidos acórdãos são
transcritos apenas para fundamentar a tese supra, não sendo utilizado como
dissenso jurisprudências, já que as decisões do próprio TST não servem para
esse fim:

RECURSO DE REVISTA DA POTENCIAL SERVIÇOS


TERCEIRIZADOS LTD A. - ME. CORRESPONDENTE BANCÁRIO .
ENQUADRAMENTO D A RECLAMANTE NA C ATEGORIA DOS
BANCÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A reclamada, embora na
condição de correspondente bancária, não exerce as atividades
peculiares das instituições financeiras, mas somente os serviços
bancários básicos de uma agência, razão pela qual os
empregados que trabalham nessa atividade não são beneficiários
das normas aplicáveis à categoria dos trabalhadores bancários.
Recurso de revis ta conhecido e provido. B) AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO SEGUNDO
RECLAMADO. Prejudicada a análise do apelo em face do provimento
do recurso de revis ta da reclamada Potencial Serviços Terceirizados
LTDA. - ME que julgou improcedente a reclamação trabalhista. (TST -
ARR - 444-02.2011.5.03.0111 - Data de Julgamento: 04/09/2013 -
Relatora Minis tra: Dora Maria da Costa, 8ª Turm a, DEJT 06/09/2013).

BANCO POSTAL. ECT. ATENDENTE COMERCIAL. JORNAD A


DIFERENCIADA DOS BANCÁRIOS. ART. 224 DA CLT.
EQUIPAR AÇ ÃO. IMPOSSIBILIDADE 1. A ECT, na condição de
correspondente bancário (Banco Postal), presta, a par de sua
atividade preponderante e monopolista -- os serviços postais --,
apenas os serviços bancários básicos de uma agência, e não as
atividades típicas e privativas de uma instituição financeira.

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Fls.: 651

2. Não há, pois, como equiparar as atividades exercidas pelo


empregado àquelas dos bancários, para os fins do art. 224 da
CLT. Precedentes. 3. Agravo de instrumento a que se nega
provim ento. (TST - AIRR - 1479-69.2011.5.23.0004 - Data de
Julgamento: 21/08/2013 - Relator Minis tro: João Oreste Dalazen, 4ª
Turma, DEJT 06/09/2013).

Frisa-se ainda que, o fato de um conjunto limitado de serviços, de


caráter acessório e complementar, e sem caráter privativo de instituição financeira,
ser delegado à empresa não integrante do sistema financeiro nacional, por si só, não
a caracteriza com o ilícita a atividade, bem como não caracteriza com o instituição
financeira, tão menos seus empregados devem ser equiparados à categoria de
bancário, quanto mais se tal prática foi autorizada expressamente pelo órgão
regulamentador competente.

Desse modo, a luz da legislação atinente ao caso versado, ao contrário


do entendimento esposado pelo E. TRT da 12ª Região, através do v. acórdão
recorrido, torna-se necessário que seja reconhecido expressamente que os serviços
prestados pela primeira Recorrente ao Banco do Brasil, bem como os serviços
executados pela Recorrida, estão enquadrados entre os permitidos aos
correspondentes bancários, para os quais foi contratada a empresa prestadora de
serviços, ou seja, entre os expressamente permitidos pela regulamentação do Banco
Central do Brasil, não se confundindo com as atividades-fim do Banco, tão menos tê-
la como terceirização ilícita, pelo que se requer seja o presente recurso de revis ta
recebido e provido para o fim de reconhecer e declarar a validade e licitude da
terceirização, bem como para o fim de absolver a Recorrente de qualquer
condenação.

Restando assim demonstrado o cabimento do Recurso de Revis ta, por


violação literal a dispositivo de Lei Federal, motivo pelo qual requer seja dado
provim ento ao Agravo de Instrumento, para fins de dar seguimento ao Recurso de
Revis ta.

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Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


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3. O V. ACÓRDÃO VIOLA O DISPOSTO NO ART. 17 DA LEI 4.595/1964 -


INTERPRETAÇÃO DIVERSA ENTRE O TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA 12ª REGIÃO E OS TRIBUNAIS REGIONAIS DO
TRABALHO DA 1ª E DA 10ª REGIÕES, E DA SDI-1 DO TST – INCIDÊNCIA

Fundamento: artigo 896, alíneas “a” e “c” da CLT

Inicialmente, há que se registrar que o v. Acórdão, equivocadamente


considera ilícita a contratação havida entre os Reclamados, destacando que as
atividades da ora Recorrente constituíram atividade fins do Banco do Brasil e por
conta disso, as tarefas executadas pela Recorrida, deveriam ser equiparadas a dos
bancários, inclusive no que diz respeito à jornada de trabalho e piso salarial, além de
outros benefícios decorrentes de normas sindicais e convencionais, haja vis ta que
manteve a decisão de primeiro grau, ainda que por fundamentos um tanto diversos.

Em razão disso, o E. Tribunal a qual, se nega a exam inar sua decisão


como contrária à disposição de lei federal, ou seja, se recusa a permitir o
seguimento do recurso de revis ta, como se sua decisão fosse intocável, o que não
pode ser admitido e nem aceito.

Isso porque não há como deixar de se reconhecer que as atividades


descritas nos autos, não se caracterizam como atividade fim e sim como atividade
meio do Banco do Brasil.

O exercício da atividade de intermediação de recursos financeiros de


terceiros, pelo que o Art. 17 da Lei 4.595/1964 estabelece a atividade privativa não
apenas dos bancos, mas de todas as instituições financeiras, conforme se verifica da
redação a seguir:

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da


legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que
tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação
ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em

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moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade


de terceiros.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor,


equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que
exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma
permanente ou eventual.”

É o parágrafo 1º do Art. 18 da referida lei que lista quais são as


instituições financeiras a que se refere o artigo anterior, conforme abaixo:

“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no


País mediante prévia autorização do Banco Central da República do
Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

§ 1º Além dos estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das


sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas
econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das
cooperativas que a tenham, também se subordinam às disposições e
disciplina desta lei no que for aplicável, as bolsas de valores,
companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam
distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante
sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas
físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros,
atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros
quaisquer títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais
operações ou serviços de natureza dos executados pelas instituições
financeiras.” (grifos nossos)

Diante ao disposto na legislação pátria sobre a configuração da


atividade financeira, faz-se necessário verificar: (i) qual o objeto social da
Recorrente; (ii) quais as atividades objeto do contrato de prestação de serviços
firmado com a 1ª Reclamada; e (iii) quais as atividades efetivam ente prestadas pelo
Recorrido.

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Observa-se que todos os pontos destacados no parágrafo anterior


foram expressamente registrados ou pela r. sentença de primeiro grau ou pelo v.
Acórdão Recorrido, que reconheceu o objeto social da Recorrente divers o à
atividade financeira, que os serviços prestados pela Reclamada foram os
contratados e destinados aos correspondentes, segundo as normas do Conselho
Monetário Nacional e Banco Central do Brasil, e por fim, que as atividades prestadas
limitavam -se à captação de clientes e recolhimento e encaminhamento de
documentos.

Assim, não se faz necessário discutir tais questões, o que implicaria em


revolver fatos e provas , o que é vedado nesta instância superior, a teor da Súmula
126 deste Colendo Tribunal.

Note-se que o objeto social da Recorrente não traz em seu bojo


atividades financeiras, o que seriam suficientes à afastar seu enquadramento como
financeira.

Mes mo considerando que o aludido enquadramento tem como base


tão somente a operação de empréstimo consignado, tem-se que referida operação
não se enquadra no conceito legal de atividade financeira, em especial os arts. 17 e
18 da Lei 4.595/64, bem como a LC 105/2001, pelo que tais legislações que regem a
matéria, especificam de forma objetiva os requisitos para a caracterização de
instituições financeiras, o que inexiste no presente feito.

Primeiramente, convém destacar que a operação de empréstimo


consignado, que tem como partes o Banco e o destinatário do empréstimo
(participante de convênio de consignado), corresponde à atividade prevista no inciso
V da Res. Bacen nº 3.954/2011, a qual não está entre as atividades vedadas pela
norma para atuação pelo correspondente.

E mais, a atividade desenvolvida pelo Reclamante nessa operação


limitava-se ao encaminhamento das propostas, que eram analisadas, deferidas e
concedidas pela instituição financeira, no caso, o Banco do Brasil, o que é suficiente
a afastar o enquadramento do Reclamante como financiário, já que não exercia

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atividades típicas das instituições financeiras, em especial a de intermediação de


recursos financeiros.

Em sentido lato, o termo usual no mercado bancário - intermediação


financeira - compreende três atividades cumulativamente, quais sejam: a coleta
de recursos dos poupadores, a intermediação dos recursos pela instituição
financeira, e o repasse dos recursos aos tomadores de empréstimos, tudo isso
com o objetivo de lucro pela maior remuneração obtida entre os valores
coletados e os repassados.
Diante disso, somente as instituições financeiras têm como atividade
principal a intermediação financeira lato sensu, sendo o que as caracteriza. Se uma
empresa não realiza a intermediação financeira lato sensu não pode ser considerada
nem banco, nem financeira, pois a atividade-fim destas empresas é exatamente a
mesma.

O termo intermediação, no mercado financeiro, não pode ser tratado de


forma generalizada, não constituindo de fato a suscitada intermediação de
recursos financeiros o trabalho de captação de clientes, recolhimento e
encaminhamento de documentação ao Banco, atividade reconhecidamente exercida
pelo Reclamante, como reconheceu o acórdão regional às fls.784:

“Ademais, tem-se que o Autor não se ativou em atividades bancárias,


mas tão somente aquelas de captação de clientes para empréstimos
consignados, recolhimento e encaminhamento de documentação ao
Banco.”

Resta demonstrado assim, que a operação de empréstimo consignado


é efetivada pelo próprio Banco, inexistindo a intermediação do recurso pelo
correspondente, ou pelo Reclamante, como ocorre no caso das financeiras, que tem
nas lojas a intermediação dos recursos de terceiros (exis te o repasse de valores na
cadeia negocial – cliente >> loja >> financeira), o que inexis te no presente feito, pelo
que não se pode equiparar a atividade da Reclamante com a do bancário.

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De fato, a Reclamante não tinha entre suas atividades a captação ou


intermediação de recursos financeiros em prol do banco (instituição financeira), o
que é suficiente a afastar a incidência do art. 17 da Lei 4.595/64 ao presente feito.

Assim, considerando a realidade operacional do empréstimo


consignado, onde o Reclamante atuava tão somente no encaminhamento das
propostas ao agente concessor do crédito (Resolução 3.954/2011 do BACEN), há
que se reconhecer a inexis tência de atividade de intermediação de recursos
financeiros, afastando assim a equiparação das atividades desenvolvidas pelo
Reclamante com aquelas desenvolvidas pelos financiários pelo que deve ser
reformado o v. acórdão que reconheceu a jornada especial de 6 horas diárias em
favor do Recorrido pelo fato do mesmo ser equiparado a financiário.

Ressalta-se, outrossim, que o simples fato da Recorrida trabalhar na


venda de produtos da 2ª Reclamada, em especial produtos relacionados ao crédito e
abertura de contas, não é suficiente para enquadrá-la na categoria dos bancários
para fins de aplicação do Art. 224 da CLT.

Fosse assim os empregados das cooperativas de crédito, que exercem


exatam ente as mesmas atividades que os correspondentes no País, tais como o
preenchimento de registros cadastrais, recebimento e encaminhamento de
propostas de empréstimos e financiamentos e abertura de contas, dentre outras,
es tariam sujeitos à jornada de 6 horas diárias, assim como os bancários.

Perceba-se que nos termos do Art. 18, §1º, da Lei 4.595/1964 as


cooperativas de crédito são também instituições financeiras, como os bancos, m as
em razão da previsão da OJ 379 da SDI-1 do TST, não fazem jus a jornada do Art.
224 da CLT, havendo grande equivoco em aplicar o disposto na Súmula 55 do TST
ao caso em tela, equiparando as funções do Recorrente como financista e
reconhecendo direito à jornada descrito no artigo 224 da CLT.

O próprio TST já se manifestou nesse sentido, conforme trecho do


julgado a seguir, o qual é utilizado apenas de forma elucidativa, já que nos termos

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do Art. 896, “a”, da CLT, as decisões de turmas do TST não servem como
divergência jurisprudencial ensejadora de Recurso de Revis ta:

“Note-se, inclusive, que o fato de o trabalhador laborar com


atividade creditícia, por si só, não é suficiente para transmutar a
natureza de sua atividade em bancária, conforme se apreende,
analogicamente, da Orientação Jurisprudencial nº 379 da SDI-1 do
TST:
"EMPREGADO DE COOPERATIVA DE CRÉDITO. BANCÁRIO.
EQUIPAR AÇ ÃO. IMPOSSIBILIDADE (DEJT divulgado em 19, 20 e
22.04.2010)
Os empregados de cooperativa de crédito não se equiparam a
bancário, para efeito de aplicação do art. 224 da CLT, em razão de
expressa previsão legal, considerando, ainda, as diferenças estruturais
e operacionais entre instituições financeiras e as cooperativas de
crédito. Inteligência das Leis nºs 4.594, de 29.12.1964, e 5.764, de
16.12.1971."
Aos correspondentes bancários foi permitida apenas a execução
de um conjunto limitado de serviços, sendo mais notáveis:
recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas
de depósito à vista, a prazo e de poupança; recebimento,
pagamento e outras atividades decorrentes de convênios de prestação
de serviços mantidos pelos correspondentes (em especial, os
pagamentos dos concessionários de s erviços públicos); e recepção e
encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos.
Tais atividades são de natureza estritamente operacional. Dispõe,
ainda, o Banco Central do Brasil
(http://www.bcb.gov.br/?CORRESPONDENTESFAQ) que: os
correspondentes bancários podem ser empresas não integrantes do
sistema financeiro nacional; não podem usar a terminação "banco" em
seu nome; e a responsabilidade pelas suas operações é do banco
contratante.” (TST. Processo: ARR - 802-88.2011.5.03.0006. Data de

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Julgamento: 04/02/2015. Relatora Ministra: Dora Maria da Costa. 8ª


Turma. Data de Publicação: DEJT 06/02/2015.)1

No mesmo sentido têm-se os julgados nos processos RR 630-


74.2010.5.03.0106, RR 444-02.2011.5.03.0111, RR 1601-23.2011.5.03.0139 e RR
1672-72.2012.5.03.0112.

Assim, resta mais do que claro que as atividades prestadas pela


Recorrida não se inserem nos objetivos finalísticos dos bancos e nem são idênticas
àquelas prestadas pelos empregados bancários, sendo, portanto, incapazes de
ensejar o enquadramento do Recorrido ao disposto no artigo 224 da CLT, não sendo
caso de aplicação da Súmula 55 do TST ao caso em tela.

Assim, com base nas divergências jurisprudenciais trazidas aos autos,


o que possibilita o conhecimento deste Recurso de Revista, nos termos do Art. 896,
“a”, da CLT, bem como com base na violação do Art. 17 da Lei 4.595/1964, o que
possibilita o conhecimento deste Recurso de Revis ta, nos termos do Art. 896, “c”, da
CLT a Recorrente requer a integral reforma do julgado pela total improcedência da
Reclamação Trabalhista no que diz respeito à caracterização da ilicitude da
terceirização.

Consequentemente, requer a exclusão da concessão das horas extras,


e consectários, derivados da jornada dos bancários previs ta no Art. 224 da CLT.

As atividades desenvolvidas pela Recorrida, já foram objeto de análise


não apenas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, como também pela SDI-1 do C.
TST, a qual já se posicionou no sentido de não reconhecer a ilicitude da
terceirização, por entender que as mesmas atividades incontroversas exercidas pelo
Recorrido não são típicas atividades bancárias e não estão relacionadas às
atividades privativas das instituições financeiras, ou seja, não são atividades-fim dos

1
Disponível em:
http://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificad a2/inteiroTeor.do?action=printInteiroTeor&fo rmat=html&highlight=t
rue&numeroFormatado=ARR%20-%20802-
88.2011.5.03.0006&base=acordao&rowid=AAANGhABIAAAILQAAN&dataPublicacao=06/02/2015&localPu
blicacao=DEJT&query=

23

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 23
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 659

bancos. Senão vejamos o que diz o excerto do Acórdão da SDI-1 (DOC. 03) abaixo
trans crito e, em comparação, o trecho do Acórdão Recorrido:

O enquadra mento do a utor como bancá rio, toda via , não parece se r o
entendimento a se r a colhido. Primeiro, porque a Empresa Brasileira de
Correios e Telégra fos ECT não exerce as a ti vidades pri va ti vas de uma
ins ti tuição financei ra, mas apenas os seus se rvi ços básicos. E se gundo,
porque o cri téri o a se r utilizado para fins de enquadramento sindi cal , à
exceção da ca tegoria profissional diferenciada, é o da a ti vidade
preponderante da e mpresa , e não da do empregado. De a cordo com o a rt.
17 da Lei nº 4.595/64, são consideradas instituição financei ra aquelas
pessoas jurídicas, públicas ou pri vadas , que exerça m as a ti vidades, principal
ou a cessória , de coleta, intermediação ou apli ca ção de recursos financei ros,
próprios ou de tercei ros, em moeda nacional ou estra ngei ra , e a custódia de
valor de propriedade de tercei ros. Por outro lado, a teor do a rt. 1º da
Res olução nº 3.110/2003, veri fi ca-se que a Empresa Brasileira de Correios e
Telégra fos ECT (primeira reclamada ), na condi ção de correspondente
bancá rio, não exerce as a ti vidades pri va ti vas de uma instituição financei ra ,
mas apenas os servi ços básicos de uma agência bancá ria , que consis te e m:
recepção e enca minhamento de propos tas de abertura de contas de
depósitos à vis ta , a prazo e de poupança ; depósi tos e saques em contas de
depósito a vis ta , a pra zo e de poupança , bem como aplica ções e resgates em
fundos de investi mento; recebimentos, pagamentos e outras a ti vidades
decorrentes de convênios de pres ta ção de serviços, como a posentadoria ,
por exemplo; execução a ti va ou passiva de ordens de pagamento em nome
do contra tante; recepção e encaminhamento de pedidos de propos tas de
emprés timos e financiamentos; análise de crédi to e cadastro; execução de
se rvi ços de cobrança ; recepção e enca minhamento de propos tas de emissão
de ca rtões de crédito; e outros servi ços correla tos.” (TST. SDI-1. E-RR 500-
97.2008.5.18.0054. Re lator Minis tro Al oysio Corrêa da Vei ga. Data de
Julgamento: 16/09/2010. Data de disponibiliza ção no Diário Eletrôni co da
Justi ça do Trabalho: 23/09/2010. Data de Publica ção: 24/09/2010.)2 (gri fos
nossos)

“O contra to de pres ta ção de se rvi ços fi rmado entre os réus (ID 930208),
dispõe s obre as a ti vidades a serem realizadas pela primeira ré e m fa vor do
segundo réu, dentre as quais se desta cam: recepçã o e enca minhamento de
propos tas de abertura de contas de depósitos, de pedido de emprésti mos e
fi nanciamentos, de emissão de ca rtões recebimentos e pagamentos a contas
de depósitos, apli ca ções e res gates de fundos de investi mentos e convênios,
execução e enca minhamento de pedidos de emprés timos e financiamentos;
2
O subscritor desta peça con firm a, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do
sítio eletrônico do TST na internet, cujo endereço de acesso é:
https://aplicacao5.tst.jus.br/consultaunificada2/inteiroTeor.do?action=printInteiroTeor&format=html&highlight=
true&numeroFormatado=E-RR%20-%20500-
97.2008.5.18.0054&base=acordao&rowid=AAANGhAAFAAAG fSAAD&dataPublicacao=24/09/2010&query=

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Fls.: 660

análise de crédi to e cadas tro, a nálise de crédito e cadas tro, se rvi ços de
controle e processamento de opera ções.
Desta co dos elementos de prova oral , o depoimento da autora em Juízo, e m
que declara ter sido a dmi tida pela pri mei ra ré, Sa ura Consultoria , para
trabalhar no auto-a tendimento do segundo réu, Banco do Brasil S.A., nesse
mis ter, realizava emprésti mos, a bertura de contas e venda de consórci os.
(...)
Deflui , portanto, que a a utora e xecuta va suas ta refas no âmbito interno do
segundo réu, Banco do Brasil S.A., em pos to de auto-a tendi mento, e suas
a tribuições consis tiam na venda de produtos desse, como emprésti mos,
seguros e consórcios , além de a bertura de contas .
(...)
Nã o obstante a pri mei ra ré, empregadora , não se insi ra na contextualização
de financei ra , na forma preconi zada na Lei n.º 4.595/64 e o vínculo de
emprego com o segundo réu, além de não rei terado em ra zões recursais,
encontra óbice no a rt. 37, II, da CF, denoto ter havi do a tercei ri zação il íci ta de
se rvi ços, porquanto a autora desempenhou ta refas que se inse riam no
objeti vo fi m do banco (tomador de se rvi ços) e es teve subordinada aos
prepos tos deste.” (Acórdão Recorrido) (grifos nossos)

Conforme se percebe da comparação entre o trecho do Acórdão


proferido pela SDI-1 do TST (DOC. 03) e o trecho do Acórdão Recorrido, nota-se
que aquela entende que a atuação de empregados de correspondentes no País com
atividade ligada a crédito e abertura de contas, não caracteriza as atividades
privativas das instituições financeiras, definidas pelo Art. 17 da Lei nº 4.595/1964.

Verifica-se, ainda, que a mesma listagem de atividades constante do


Acórdão Paradigma da SDI-1 do TST (DOC. 03) repete-se no Acórdão Recorrido
quando este se refere ao objeto do contrato de prestação de serviços firmado pela
Recorrente com a 2ª Reclamada.

A divergência se caracteriza ao se observar que, se por um lado


constou no Acórdão Paradigma (DOC. 03) que as atividades de “coleta,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros, próprios ou de terceiros, em
moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros”
são cumulativam ente consideradas a atividade-fim bancária, atividade esta não
realizada pelos correspondentes no País, por outro lado, o Acórdão Recorrido,

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Fls.: 661

mesmo tendo listado como objeto do contrato de prestação de serviços firmado


pelas Reclamadas as mesmas atividades que o Acórdão Paradigma diz serem
prestadas por correspondentes no País (atividades estas dissonantes daquelas que
cumulativamente compõem a atividade-fim bancária denominada intermediação
financeira “lato sensu” do Art. 17 da Lei 4.594/1964, conforme também entende a
SDI-1 do TST), acabou por concluir que o Recorrido executou atividade-fim bancária.

Ressalta-se, ainda, que o Acórdão Paradigma apresentado, proferido


pela SDI-1 do TST é a última decisão de mérito sobre a matéria proferida pela SDI-1
de que se tem conhecimento. Assim, o Acórdão Paradigma (DOC. 03) cujo trecho foi
trans crito acima, é a decisão que expressa o entendimento atual da SDI-1 do TST
sobre a questão de enquadramento à categoria dos bancários de funcionários dos
correspondentes no País, como o Recorrido que trabalhou para a ora Recorrente.

Facilmente podemos notar que as atividades exercidas por


correspondentes no País, como é o caso da Recorrente e também do Banco Postal
(es te constante do Acórdão Paradigma), não são atividades típicas bancárias, pois
não constituem o cerne da atividade bancária, ou seja, a atividade-fim dos bancos,
que é, por sua vez, a intermediação financeira lato sensu, prevista no Art. 17 da
Lei 4.595/1964.

Assim, a atividade-fim bancária não contempla atividades não


exclusivas dos bancos, nem tampouco atividades básicas e meramente
auxiliares, s erviços prestados no âmbito dos correspondentes no País, conforme a
Resolução CMN 3.954/2011, e antes desta as Resoluções CMN 3.110/2003 e
2.707/2000.

No mesmo sentido do dissenso pretoriano anterior, o Acórdão do


Respeitável Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DOC. 04) abaixo:

“Pois bem, da análise das tarefas acima descritas, em comparação às


finalidades das instituições financeiras, não vislumbro terceirização de
atividade-fim. Vejamos: Receber e encaminhar propostas de abertura de contas
de depósitos não se consubstanciam em tarefas afetas exclusivamente a bancos,
vez que a ECT não possui competência alguma para aprovar ou não as

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Número do documento: 15101315123264600000044718233
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propostas, sendo certo que ela apenas e tão-somente intermedeia o proponente


e o banco parceiro, utilizando-se para tanto sua infraestrutura espalhada por
todo o País. Receber pagamentos decorrentes de convênio de prestação de
serviços mantidos na forma da regulamentação em vigor nada mais é do que
aquilo que todas as casas lotéricas já fazem há anos (pagamento de água,
energia elétrica, telefone, e.g.), sem que se possa afirmar que as pessoas que
trabalham nessas casas sejam bancários. Pagar e receber ordens de pagamento,
até um certo valor, referentes ao banco parceiro, também é processo
massificado nas casas lotéricas de todo o País. Receber e encaminhar propostas
de empréstimos e financiamentos, sem que se possa falar em atuação efetiva na
pactuação desses empréstimos e financiamentos (que são da inteira
responsabilidade do banco parceiro, diga-se) não me parece caracterizar a
terceirização alegada. Executar serviços de processamento de dados relativos a
serviços do banco-postal é decorrência lógica do serviço prestado. (...) De tudo
quanto foi visto ressalta que as funções típicas das instituições financeiras não
foram passadas à alçada do Banco Postal, senão que apenas comezinhas ações
de intermediação, também executadas, é verdade, pelas agências bancárias
naqueles centros que apresentam viabilidade econômica compatível com o
investimento de nome de abertura e manutenção da agência perene. O Banco
Postal não capta recursos de terceiros (em nome próprio, por sua conta e risco);
não intermedeia ou aplica recursos de terceiros (por sua conta e risco) ou
próprios; não trabalha com moeda estrangeira e a custódia de recursos (...) A
inescoável função social do Banco Postal, levando cidadania aos mais distantes
e abandonados lugares deste País, não ousou criar mais uma instituição
financeira. Ap enas fez uso inteligente e dinâmico de uma estrutura física já
instalada e de um contingente humano dedicado e capaz para, através de uma
prestação de serviço mínima, dar aos desamparados dessas localidades um
arremedo de inclusão social. Ap esar disso (e não é pouco, reconheça-se), esse
mínimo não se consubstancia em terceirização de atividade-fim, vez que o
Banco Postal longe está de uma agência bancária. Não acolhendo a tese de
equiparação, despiciendo discutir sobre os direitos dela decorrentes. (...) A
Resolução nº 3.110/03 do Banco Central altera e consolida as normas que
dispõe sobre a contratação de corresp ondentes no p aís, para tanto disciplina em
seu artigo 5º a diferença entre correspondente bancário e instituição financeira:
(...) Some-se a isso o conceito de Instituição Financeira estabelecida no artigo
17 da Lei 4.595/64 (...) A empresa brasileira de Correios e Telégrafos, com a
instituição do Banco Postal, agregou as suas inúmeras funções, aquelas
mencionadas alhures. Contudo, em momento algum passou a ter como
atividade principal ou acessória a intermediação ou aplicação de recursos, ou
seja, não passou a integrar o sistema financeiro nacional. Desta forma, o fato de
o reclamante desempenhar, além das atividades ínsitas ao cargo de ‘Atendente
Comercial II’, atribuições como corresp ondente bancário não tem o condão,
por si só, de conferir ao autor os direitos previstos para a categoria dos
bancários.” (TRT 10ª Região. 1ª Turma. RO 00764-2008-801-10-00-8. Relator
Desembargador João Luis Rocha Sampaio. Data de Julgamento: 31/03/2009.
Data de Disp onibilização no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho:
16/04/2009. Data de Publicação: 17/04/2009.) 3 (grifos nossos) “O contrato de

3
O subscritor desta peça confirma, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado
do sítio eletrônico do TRT 10ª Região na internet, cujo endereço de acesso é:
http://www.trt10.jus.br/servicos/consultasap/acordao.php?nProcTrt=06983&tipo_trt=RO&aProcTrt=2008&dt

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Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 663

prestação de serviços firmado entre os réus (ID 930208), dispõe sobre as


atividades a serem realizadas pela primeira ré em favor do segundo réu, dentre
as quais se destacam: recepção e encaminhamento de propostas de abertura de
contas de depósitos, de pedido de empréstimos e financiamentos, de emissão
de cartões recebimentos e pagamentos a contas de depósitos, aplicações e
resgates de fundos de investimentos e convênios, execução e encaminhamento
de pedidos de empréstimos e financiamentos; análise de crédito e cadastro,
análise de crédito e cadastro, serviços de controle e processamento de
operações.
Destaco dos elementos de prova oral, o depoimento da autora em Juízo, em que
declara ter sido admitida pela primeira ré, Saura Consultoria, para trabalhar no
auto-atendimento do segundo réu, Banco do Brasil S.A., nesse mister, realizava
empréstimos, abertura de contas e venda de consórcios.
O representante da primeira ré declarou que a autora realizava a venda de
créditos, abertura de contas e consórcios do segundo réu; que a autora
trabalhava no auto atendimento.
Foi ouvida na condição de informante Luana Roberta Rabelo, indicada pela
autora, a qual disse que: a autora vendia seguros OUROCAP; tinha acesso ao
sistema do segundo réu, através de solicitação realizada aos empregados do
segundo réu.
A testemunha Rodrigo de França, indicada pela autora, informou que a autora
vendia empréstimos consignados, fazia a abertura de contas e também acredita
que vendesse seguros.
A testemunha Angelita de Oliveira, indicada pela primeira ré, informou que a
autora vendia empréstimos e consórcios, mas não vendia seguros; trabalhava
no auto-atendimento da agência.
Deflui, portanto, que a autora executava suas tarefas no âmbito interno do
segundo réu, Banco do Brasil S.A., em posto de auto-atendimento, e suas
atribuições consistiam na venda de produtos desse, como empréstimos, seguros
e consórcios, além de abertura de contas.
Ainda, que a primeira ré contra tou a autora (dentre outros empregados)
visando a presta ção de serviços exclusi vamente em benefício e nas
dependências do se gundo réu, Banco do Brasil S.A., em ta refas que se
inse riam no objeti vo fi m desse.” (Acórdão Recorrido) (gri fos nossos)

Do trecho do Acórdão Paradigma proferido pelo Tribunal Regional do


Trabalho da 10ª Região em comparação com o trecho do Acórdão Recorrido,
percebe-se que um dos argumentos trazidos por aquele para caracterizar as
mesmas atividades realizadas pelo Recorrido como atividades-meio foi o de que os
correspondentes no País não realizam as atividades-fim dos bancos, conforme Art.
17 da Lei 4.595/1964. Nesse sentido, os correspondentes no País, como é o caso da

julgamento_trt=17/04/2009&%20np=00764-2008-801-10-00
8&nj=JO%C3O%20LUIS%20ROCHA%20SAMPAIO&npvoto=168821&tp=RO

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Fls.: 664

Recorrente, não tem competência para aprovar ou não quaisquer propostas de


abertura de contas ou de empréstimos e não captam ou aplicam recursos de terceiro
em nome próprio ou por sua conta e risco. Tais fatos restaram elucidados pelo r.
Acórdão, que transcreveu trecho de prova em que ficou comprovado que à
Recorrida cabia tão somente o oferecimento de empréstimos e contas aos clientes.
Em nenhum momento o Acórdão afirmou que a Recorrido detinha autonomia para
aprovar ou negar os empréstimos e aberturas de contas, mas que a esta cabia tão
somente a venda destes produtos.

Ademais, a Resolução CMN 3.110/2003, atual Resolução CMN


3.954/2011, conforme entendimento esposado no acórdão do Egrégio Tribunal
Regional do Trabalho da 10ª Região (DOC. 04), diferencia expressamente as
atividades dos correspondentes no País e das instituições financeiras,
es tabelecendo, inclusive, em seu Art. 5º, penalidades aos correspondentes que
atuem como instituição financeira.

A proibição permaneceu na Resolução CMN 3.954/2011, em seu Art.


10, conforme a seguir transcrito:

“Art. 10. O contrato de correspondente deve es tabelecer:


(...)
XIII - declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a
realização, por sua própria conta, das operações consideradas
privativas das instituições financeiras ou de outras operações vedadas
pela legislação vigente sujeita o infrator às penalidades previstas nas
Leis nº 4.595, de 31 de dezem bro de 1964, e nº 7.492, de 16 de junho
de 1986.”

Neste sentido, de extrema importância a leitura de trecho do Acórdão


Paradigma do Respeitável Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (DOC. 05)
abaixo, o qual entende que são atividades típicas da categoria bancária aquelas
que impliquem em gestão e acesso ao numerário e a dados patrimoniais
sigilosos dos clientes, de modo que o Acórdão Recorrido com ele diverge,
tendo em vista que, mesmo não tendo o Reclamante, ora Recorrido, poderes

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de gestão de valores dos clientes, nem acesso aos seus dados patrimoniais,
sendo que, ao contrário, consignou-se no Acórdão que a Recorrido apenas
vendia produtos da 2ª Reclamada, houve aquele Colegiado por bem concluir
que a Recorrido executou atividade-fim bancária:

“Re curso do autor i mprovido, porquanto não há que se falar em


inconsti tucionalidade da Resolução 3110/2003 e não res tou demonstra da a
fraude alegada, consistente na terceirização i rregula r perpetra da pelos réus.
(...) Quanto às ati vi dades previstas no a rt. 1º, temos: recepção e
encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a
prazo e de poupança; recebimentos e pagamentos rela ti vos a contas de
depósitos à vis ta, a pra zo e de poupança , bem como a aplica ções e resgates
em fundos de investi mento; recebimentos, paga mentos e outras a ti vidades
decorrentes de convênios de pres taçã o de se rvi ços mantidos pelo
contra tante; execução a ti va ou passiva de ordens de pagamento em nome do
contra tante; recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamento; a nálise de crédi to e cadastro; execução de se rvi ços de
cobrança ; recepção e enca minhamento de propos tas de e missão de ca rtões
de crédito; outro se rvi ços de controle, inclusi ve processamento de dados das
opera ções pactuadas ; outras a ti vidades , a cri téri o do Ba nco Central do Brasil.
O cerne da questão é saber se os serviços acima são típicos dos bancários.
Entende este Relator que, de uma forma geral, são atividades típicas da
categoria em estudo todas aquelas que impliquem em gestão e acesso ao
numerário e a dados patrimoniais sigilosos dos clientes. Os serviços acima
não possuem tais características, conquanto também possam ser prestados
pelos bancários. Com e fei to, como entendi do pelo MM. Juízo de 1º grau às
fls . 478/479, verbis : ‘A simples recepção e encaminhamento de propostas de
aberturas de contas bancárias, ao me u ver não é atividade típica de
bancário. A atividade típica do bancário é gerir as contas já abertas. O
ofereci mento de aberturas de contas em bancos e i nsti tuições financei ras
pode ser realizado por qualquer um, inclusi ve os trabalhadores que fazem a
venda direta e indireta de bens e produtos em Call Center, os operadores de
telemarketing. Recebimento e pagamento relati vos a contas de depósi tos á
vista , a pra zo e de poupança , bem como apli cações e resgates em fundos de
inves ti mentos, também ao meu ver não é a ti vida de excl usi va dos bancá rios .
Sã o ta refas que podem ser realizadas direta mente pelos próprios clientes em
suas casas; ou podem se valer os clientes dos bancos de terceiros, corretoras
de valores para apli cações; e saques, depósitos e podem ser realizadas em
qualquer cai xa automáti co, 24 horas, exis tente no País, sendo desnecessário a
presença de um bancá rio para a efeti va çã o. Também não vejo como ato
exclusi vo de bancá rio os recebimentos e pagamentos decorrentes de
convênio de pres tação de se rvi ços mantidos pelo contra tante na forma da
regulamenta ção e m vigor, ou se ja , simples recebimento de contas como ato
exclusi vo de bancá rios . Temos aí as loterias ; os supermercados; os correios;
que são ins ti tuições que o cliente pode se dirigir a qualquer hora e realizar o

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pagamento de suas contas domésti cas, sem ter que se dirigir a um banco. Não
há lei que impeça a realização de convênios entre as empresas e demais
ins ti tuições que não bancos para o pa gamento e recebimento dessas contas .
Execuçã o ati va e passiva de ordens de pa gamento em nome do contra tante
também não ca ra cteriza como ati vi dade eminentemente bancá ria, tanto que
é possível remeter valores a tra vés de outras insti tuições que não bancos,
como por exemplo os correios; também não é atividade emi nentemente
bancária análise de crédito e cadastro; execução de serviços de cobrança.
Nem é atividade bancária a recepção e encaminhamento de propostas de
emissão de cartões de créditos, já que empresas de cartões de crédito, em
geral, são empresas do grupo econômico que têm personalidade jurídica
própria.’ Desse modo, é forçoso que se conclua pela inexistência dos vícios
alegados pelo autor e pela constitucionalidade da norma em estudo.” (TRT
1ª Região. 1ª Turma . RO 0000400-33.2009.5.01.0038. Rela tor Desembargador
José Nas cimento Araújo Ne tto. Data de Julgamento: 31/03/2011. Data da
4
Publica ção no Diário Ofi cial do Estado do Rio de Ja neiro: 25/04/2011.) (gri fos
nossos)

Verifica-se que no mesmo sentido da decisão do TRT da 1ª Região


acima (DOC. 05), manifestou-se a r. sentença proferida no caso, ao que a
Recorrente pede vênia para transcrever:

“Sopesando o conjunto proba tóri o, e apesa r de a autora realizar


emprés timos consi gnados , ainda assim não me convenci de que ela
exercesse atividade típica de bancária, já que não estavam relacionadas a o
manuseio de dinheiro, gerenciamento de ativos financeiros de terceiros,
autenticação de documentos, e movimentação de contas bancárias.”
(Sentença) (gri fos nossos)

Portanto, nem a Recorrente realizava atividade fim do Banco do Brasil,


nem a Recorrida executava atividades tipificamente de bancária, pois durante todo o
contrato de trabalho havido entre as partes, a Recorrida exerceu tão somente a
atividade-meio da instituição financeira.

Assim, necessário se faz a reforma do v. acórdão, para o fim de afastar


o reconhecimento de terceirização ilícita e da equiparação das atividades da
Requerida como bancária.

4
O subscritor confirm a, nos termos da Súmula 337, IV, do TST, que o presente acórdão foi retirado do sítio
eletrônico do TRT 1ª Região na internet, cujo endereço de acesso é:
http://consulta.trtrio.gov.br/portal/downloadArquivoPdf.do?sqDocumento=18390809

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Neste sentido e de forma contrária ao entendimento esposado pelo v.


acórdão recorrido é o entendimento do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho do
Paraná para ser utilizado, tam bém, como dissenso jurisprudencial:

ENQUADRAMENTO SINDICAL - BANCÁRIO X OPERADORA DE


MARKETING - IMPOSSIBILIDADE - Não há que se falar em
enquadramento sindical de bancário quando a prova oral e
documental dos autos não comprova a subordinação jurídica com
a instituição bancária, bem como suas funções se limitavam às
inerentes ao cargo de "operadora de telemarketing", portanto, não
se enquadravam naquelas tipicamente desenvolvidas pelos
bancários, as quais pressupõem o manuseio de numerários, não
estando ligadas às atividades-fim da entidade bancária. Sentença
que se mantém. (TRT-PR-06414-2009-670-09-00-0-ACO-25293-2011 -
4A. TUR MA; Relator: SÉRGIO MURILO RODRIGUES LEMOS;
Publicado no DEJT em 01-07-2011) (Grifou-se)

E ainda, transcreve-se a seguir, Ementa de Acórdão publicado em


12/01/2009:

EMPREGADO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.


INAPLICABILIDADE DA JORNADA DO BANCÁRIO. Se a relação de
emprego não se deu com instituição f inanceira e as atividades do
correspondente bancário decorrem de ato legal de caráter
administrativo do Banco Central, não se pode atribuir ao
reclamante a qualidade de bancário, nem, conseqüentemente,
aplicar-se-lhe jornada de trabalho típica dessa categoria.
(Processo 00322-2007-035-05-00-0 RO, AC. Nº033747/2008,
Relatora MARAMA CARNEIRO, 1ª Turma, DJ 12/01/2009)

“8. ENQUADRAMENTO. DIFERENÇA SALARIAL-PISO. HORA


EXTRA. AUXÍLIO REFEIÇÃO. CESTA ALIMENTAÇÃO.
GRATIFICAÇÃO DE CAIXA. MULTA. REQUER O RECLAMANTE O
SEU ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. AS NORMAS
REGEDORAS DAS RELAÇÕES ENTRE AS CATEGORIAS
PATRONAIS E PROFISSIONAIS SÃO AS DA EMPRESA

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Fls.: 668

VERDADEIRA EMPREGADORA, COMPATÍVEIS COM SUA


ATIVIDADE PREPONDERANTE, IN CASU A PRIMEIRA RECLAMADA
MULTIPAG, QUE TEM COMO OBJETO SOCIAL APENAS A
“PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE GESTÃO E OPERACIONALIZAÇÃO
DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTOS DE DADOS PARA
TERCEIROS E OUTROS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE
TRATAMENTO DE DADOS”, TAL COMO SE VERIFICA NA
CLÁUSULA ART. 2ª DA ALTERAÇÃO CONTRATUAL ÀS FLS. 304. O
RECLAMANTE EXERCIA A FUNÇÃO DE CAIXA NA PRIMEIRA
RECLAMADA QUE ATUA COMO CORRESPONDENTE BANCÁRIO
DO BANCO POPULAR. RECONHECE O RECLAMANTE EM SEU
DEPOIMENTO, DE FLS. 366/365, QUE “... NÃO FAZIA
COMPENSAÇÃO DE CHEQUES OU APLICAÇÃO FINANCEIRA EM
BOLSAS DE VALORES, D.O.C.; O ÚNICO CARTÃO FORNECIDO AO
CLIENTE PELO DEPOENTE ERA O DE DÉBITO VISA DO BANCO
POPULAR COM LIMITE DE ATÉ R$ 1.000,00, NÃO FORNECENDO
CARTÃO DE CRÉDITO”, SENDO TODAS ESTAS ATIVIDADES
BANCÁRIAS. POR OUTRO LADO, ADMITE QUE, DESTARTE,
CONSTATA-SE QUE O RECLAMANTE NÃO TRABALHAVA
EXATAMENTE COM A ATIVIDADE BANCÁRIA, PELO QUE
INAPLICÁVEL AS NORMAS COLETIVAS ACOSTADAS PELO
RECLAMANTE. INDEFIRO O ENQUADRAMENTO DO RECLAMANTE
COMO BANCÁRIO, INDEFIRO OS PLEITOS DE DIFERENÇA
SALARIAL, EM RAZÃO DO PISO NOR MATIVO; HORAS EXTRAS
COM BASE NA JORNADA BANCÁRIA; AUXÍLIO REFEIÇÃO; CESTA
ALIMENTAÇÃO; GRATIFICAÇÃO DE CAIXA E MULTA NORMATIVA.”
(RTOrd Nº 00197-2009-002-05-00-9. Juscelino F. dos Santos x
Multipag Prestadora de Serviços Ltda e Outros. 2ª Vara do
Trabalho de Salvador-BA. Publicado em 03 de setembro de 2009)

“2-3 CORRESPONDENTE BANCÁRIO

A RECLAMANTE POSTULA O SEU ENQU ADRAMENTO COMO


BANCÁRIA E A CONSEQÜENTE APLICAÇ ÃO D AS NOR MAS
COLETIVAS DESS A CATEGORIA PROFISSIONAL. ACONTECE QUE
OS CONTRATOS DE FOLHAS 292/309 E 310/324 ESTÃO DE
ACORDO COM AS NOR MAS E AS RESOLUÇÕES DO BANCO
CENTRAL DO BRASIL NÚMEROS 002707, 003110 E 003156 QUE
FACULTAM AOS BANCOS MÚLTIPLOS COM C ARTEIRA
COMERCIAL, AOS BANCOS COMERCIAIS E A C AIXA ECONÔMICA
FEDERAL A CONTR ATAÇ ÃO DE EMPRES AS PARA O
DESEMPENHO DA FUNÇÃO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.

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Fls.: 669

OS REFERIDOS CONTRATOS COMPROVAM QUE A TERCEIRA


RECLAMAD A CONTRATOU A SEGUNDA PARA EXERCER AS
FUNÇÕES DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO, ONDE A
RECLAMANTE FOI APENAS EMPREGADA DESTA ÚLTIMA
EMPRES A CONTRATAD A, N ÃO H AVENDO QUE SE FALAR EM
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA D A TERCEIR A
E QUARTA RECLAMAD AS. NESTE SENTIDO É O ENTENDIMENTO
DA 3ª TURMA DE EGRÉGIO TRIBUNAL.

EMENTA: TRABALHO PRESTADO EM RAZÃO DE CONTR ATO DE


CORRESPONDENTE BANCÁRIO. INEXISTÊNCIA DE RELAÇ ÃO DE
EMPREGO COM O BANCO. RESPONS ABILIDADE SUBSIDIÁRIA
AFASTADA. O contrato de correspondente bancário não guarda
relação alguma com a figura jurídica conhecida como “terceirização de
serviços”, não havendo que se cogitar de reconhecimento de relação
de emprego entre os bancos contratantes e os trabalhadores da
empresa contratada, muito menos atribuir responsabilidade da
empresa subsidiária daquele pelas obrigações trabalhistas a cargo da
real empregadora.( Processo 00752.2006.121.05.00-6 RO, ac. n°
011417/2007, redatora Desembargadora Sônia França, 3ª TURMA, DJ
23/05/2007.)

POR OUTRO L ADO, SE O VÍNCULO EMPREGATÍCIO NÃO SE DEU


COM NENHUMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, MAS SIM COM A
EMPRES A QUE PRESTA SERVIÇOS DE CORRESPONDENTE
BANCÁRIO, N ÃO SE PODE CONHECER O ENQUADRAMENTO D A
RECLAMANTE COMO BANC ÁRIA, NEM PODE PROSPERAR OS
PEDIDOS EMBASADOS EM NOR MAS DESS A C ATEGORIA
PROFISSION AL. NESS A MESMA DIREÇÃO É O ENTENDIMENTO
DA 1ª TURMA DE EGRÉGIO TRIBUNAL.

EMENTA: EMPREGADO DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO.


INAPLIC ABILIDADE DA JORNAD A DO BANCÁRIO. Se a relação de
emprego não se deu com instituição financeira e as atividades do
correspondente bancário decorrem de ato legal de caráter
administrativo do Banco Central, não se pode atribuir a reclamante a

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Fls.: 670

qualidade de bancário, nem, consequentemente, aplicar-lhe jornada de


trabalho típica dessa categoria.( Processo 00322.2007.035.05.00-0
RO, ac. n° 033747/2008, Relatora Desembargador MAR AMA
CARNEIRO, 1ª TURMA, DJ 12/01/2009.)

VALE DESTAC AR QUE, DE ACORDO COM AS RESOLUÇÕES


ACIMA, A CONTR ATAÇ ÃO D A EMPRES A PAR A A PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS DE CORRESPONDENTE BANCÁRIO DEPENDE DE
PRÉVIA AUTORIZAÇ ÃO DO BANCO CENTRAL (ART. 1°, § 2° DAS
RESOLUÇÕES 002707, 003110).

COMO SE N ÃO BASTASSE, AS ATIVIDADES DOS BANCÁRIOS NÃO


SE RESUMEM AQUEL AS MENCIONAD AS PEL A TESTEMUNHA D A
RECLAMANTE ÀS 411/413, JÁ QUE ESSES PROFISSIONAIS
TRABALHAM EM AGÊNCIAS BANCÁRIAS, DIRETAMENTE COM O
PÚBLICO, MANUSEANDO NUMERÁRIO, FAZENDO APLICAÇÕES,
DEPÓSITOS, ABRINDO CONTAS (CORRENTE E POUPANÇA),
RECEBENDO PAGAMENTO DE TÍTULOS, CONTAS DE ENERGIA,
LUZ E ÁGUA, OPERACIONALIZAM MÁQUINAS DE AUTO
ATENDIMENTO, FAZENDO O TREINAMENTO DE ATENDIMENTO
AO PÚBLICO, INFOR MAM SOBRE OPERAÇÕES FIN ANCEIRAS,
REALIZAM FINANCIAMENTO DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS,
REALIZAM FIN ANCIAMENTO, ETC.

DENTRO DESSE CONTEXTO, N ÃO CONHEÇO DO


ENQUADRAMENTO DA RECLAMANTE COMO BANC ÁRIA E
INDEFIRO OS PEDIDOS CONSTANTES NOS ITENS “03”, “10”, “11”,
“16”, “17”, “18”, “19”.

(RTOrd Nº 01172-2008-030-05-00-9. Lorena Silva Nogueira x Multipag


Pres tadora de Serviços Ltda e Outros. 30ª Vara do Trabalho de
Salvador-BA. Publicado em 16/07/09)

Assim, com base nas divergências jurisprudenciais trazidas aos autos,


o que possibilita o conhecimento deste Recurso de Revista, nos termos do Art. 896,
“a”, da CLT, bem como com base na violação do Art. 17 da Lei 4.595/1964, o que

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15101315123264600000044718233
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 35
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 671

possibilita o conhecimento deste Recurso de Revis ta, nos termos do Art. 896, “c”, da
CLT a Recorrente requer a integral reforma do julgado pela total improcedência da
Reclamação Trabalhista no que diz respeito a caracterização da ilicitude da
terceirização. Consequentemente, requer a exclusão da concessão relativas à
equiparação da Recorrida como bancária e seus respectivos consectários.

Isso posto, requer seja o presente recurso recebido e provido


reformando o v. acórdão recorrido para o fim de reconhecer a inexis tência dos
alegados danos morais e, via de consequência, de qualquer obrigação de indenizar
por parte da Reclamada.

Não obstante, em sendo outro o entendimento desse C. Tribunal


Superior do Trabalho, relativamente à este tópico em particular, mantendo-se à
condenação da Reclamada em indenizar o Reclamante por danos morais, o que se
admite apenas a título e argumentação, requer seja ao menos reduzido o valor da
condenação para parâmetros mais justos de modo que a mesma não implique no
enriquecimento sem causa da Reclamante em detrimento de punição excess iva
imposta à parte Ré.

4. DA NECESSIDADE DE REFORMA DO V. ACÓRDÃO POR SE TRATAR DE


DECISÃO EXTRAPETITA – VIOLAÇÃO AO DISPOSTO NOS ARTIGOS 128
E 460, AMBOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Fundamento: artigo 896, alíneas “a” e “c” da CLT

Ainda no que diz res peito às horas extras, verifica-se que o v. acórdão
é claro, em seu dispositivo, ao dizer que mantém a decisão de primeiro grau, ainda
que por outro fundamento; senão vejamos:

A Ré assevera : a ) impossibilidade de enquadramento do Autor como


fi nanciá rio; b) a Súmula 55/TST, (si c) "dispõe que nem mesmo as financei ras ,
que exercem a ti vidades simila res aos bancos, podem se r equipa radas à
categoria dos bancá rios "; c) o Autor não tinha jornada controlada, antes, era
excepcionado pela norma do a rti go 62, I, da CLT; d) a prova oral teria

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 36
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 672

corroborado o exercício de a ti vidades externas; e) a jornada fi xada em


sentença não encontra ria a mparo na prova oral.
Para fins de jornada , ainda que a fastado o enquadramento como bancá rio,
apli ca-se a disposição da Súmula 55/TST, pois equivoca -se a Ré a o a fi rma r que
referida súmula não permi te a equipa ra ção dos financiá rios aos bancá rios
para fins de jornada. Cla ro o texto da súmula que a firma , a o interpreta r o
a rtigo 17 da Lei 4.595/64, que para fi ns de jornada (que é o que dispõe o
a rtigo 224 da CLT), o fi nanciário se equipa ra ao bancá rio.
Apesa r do objeto social des cri to na cláusula quinta do contra to social à fl . 444,
o Autor deve ser enquadrado na ca tegoria de financiá rio, nos e xa tos termos
da Súmula 55/TST. Is to porque prevalece, no direi to do trabalho, o pri ncípio
do contra to realidade. Na prá ti ca, a Ré desenvolvia para o Banco do Brasil
a ti vidade de intermedia ção de recursos financei ros de terceiros, no caso, o
emprés timo consignado. O concei to le gal de insti tuições financei ras é
expresso no a rt. 17 da Lei nº 4.595/64 (gri fei):
"Consideram-se insti tuições financei ras , para os efeitos da legislação em vigor,
as pessoas jurídicas públi cas ou pri vadas , que tenham como a ti vidade
pri ncipal ou a cessória a coleta , intermedia ção ou apli cação de recursos
fi nancei ros próprios ou de tercei ros, em moeda naci onal ou es trangei ra , e a
custódia de valor de propriedade de tercei ros." Pa ra fins de enquadramento
sindi cal, portanto, a Ré equipara-se a i nsti tuição financei ra e , nes ta linha de
raciocínio, a jornada do Autor é de seis horas, nos e xa tos termos da Súmula
55/TST.
...
Prevalece, assim, a jornada de 8h/dia, com intervalo de 1h, de segunda a
se xta , pois liberado em sábados , totalizando 44hs semanais. Entretanto, o
fa to de a defesa afirma r que a dura ção semanal de trabalho se ria de 44h,
autori za reconhecer trabalho diá rio de 8h, de forma que remanes cem horas
extras a se rem pa gas, pois o empregado que trabalha como financiá rio fa z jus
a 6h de trabalho, de segunda a se xta.
Sentença que se mantém, embora por fundamentos diversos .
NADA A DEFERIR.

Portanto, verifica-se que o v. acórdão manteve o direito do Recorrido


ao recebimento de duas horas extras por dia, porém, por aplicação da súmula 55 do
Colendo TST.

Ocorre, Excelências, que tal decisão não se coaduna com o que dispõe
a Lei, pois resta evidenciado que ao deferir as horas extras na forma supra, os
ilustres julgadores extrapolaram os limites da lide, concedendo à Reclamante algo

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 37
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 673

que não foi pleiteado na ação, violando o disposto nos artigos 128 e 460 do CPC, o
qual é aplicado de forma subsidiária ao direito do trabalho e que assim dispõem:

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-
lhe defeso conhecer de questões, não s uscitadas, a cujo respeito a
lei exige a iniciativa da parte.

Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de


natureza divers a da pedida, bem como condenar o réu em
quantidade superior ou em objeto divers o do que lhe foi demandado.

No caso em tela, resta mais do que demonstrado que a intenção da


Reclamante era de que houvesse reconhecimento de que a mesma fazia jus ao
cumprimento de carga horária especial em razão da equiparação que pedia com a
função de bancário e o enquandramento na respectiva CCT dos bancários.

Em momento algum do processo foi questionada ou discutida a


aplicação da Súmula 55 do TST ao caso em tela, até porque se houvess e tal pedido
nos autos, a Reclamada elaboraria defesa especifica neste sentido, ou seja, a
contestação também seria especifica quanto a esse ponto.

Por isso não cabe ao julgador deferir pedidos que não foram
expressamente pleiteados pela parte, sob pena de caracterizar-se julgamento extra
ou ultra petita.

Neste sentido é pacifico o entendimento jurisprudencial a respeito do


tema, inclusive do próprio TST, o qual já se pronunciou sobre tais questões e cuja
ementa é transcrita apenas para elucidação do caso:

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO EXTRA PETITA. Os


fundamentos da decisão não se afastaram da causa de pedir, do
pedido e ainda, das premissas elencadas pela parte contrária,
delimitadas pela contestação e contrarrazões ao recurso ordinário, no
exercício do seu direito de resposta à ação. Não se trata, portanto, de

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 38
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 674

julgamento extra petita, visto que não há incongruência entre o objeto


da lide e o conteúdo da decisão . Ilesos os arts. 128 e 460 do Código
de Processo Civil. Recurso de revis ta não conhecido.
INAPLIC ABILIDADE DA MULTA DO ART. 475-J DO CPC. Ressalvado
entendimento pessoal de que há omissão da CLT, vis to ela não tratar
de medidas coercitivas, mas somente de meios sub-rogatórios de
execução, é certo ter a SBDI-1 desta Corte pacificado a jurisprudência
trabalhista ao decidir que os dispositivos da CLT estabelecedores do
rito da execução trabalhista esgotam a sua regência, não se aplicando
a multa do art. 475-J ao processo laboral. Assim, o acórdão regional,
ao manter a decisão que determinou a incidência do disposto no art.
475-J do CPC ao presente caso, violou o disposto no art. 5º, LV, da
Constituição. Ressalva do relator também quanto à admissibilidade.
Recurso de revis ta conhecido e provido. (TST - RR:
1488008120095080009 148800- 81.2009.5.08.0009, Relator: Augusto
César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 29/10/2013, 6ª Turma,
Data de Publicação: DEJT 08/11/2013)

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO EXTRA PETITA . O Código


de Processo Civil, em seus artigos 128 e 460, caput , trata do princípio
da adstrição do juiz aos limites da lide. O julgamento extra petita se
configura quando o juiz decide fora dos limites da lide, os quais são
fixados nos pedidos postulados na exordial. In casu , verifica-se que a
Corte regional extrapolou os limites do pedido do autor ao reconhecer o
vínculo empregatício com empregador diverso do requerido pelo
reclamante na sua petição inicial. Recurso de revista conhecido e
provido. (TST - RR: 535405220045010039 53540-52.2004.5.01.0039,
Relator: Vantuil Abdala, Data de Julgamento: 20/05/2009, 2ª Turma,,
Data de Publicação: 05/06/2009).

Diante de todo o exposto resta demonstrada a necessidade e reforma


do v. acórdão recorrido, para o fim de excluir do mesmo a condenação da
Reclamada ao pagamento de horas extras, uma vez que a fundamentação aplicada

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Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15101315123264600000044718233
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 39
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 675

ao caso em tela não foi requerida pela parte e sequer foi questionada ao longo da
instrução processual, revelando-se tal decisão como extra petita.

Isso posto, requer seja dado provimento ao presente Agravo de


Instrumento e ao final, ainda que não haja a reforma do v. acórdão quanto ao mérito,
requer seja o mesmo reformado ao menos para o fim de determinar a redução do
valor da indenização por danos morais.

5. PEDIDO

E, pelo m uito que será suprido pelo elevado saber jurídico de Voss as
Excelências, Minis tros do E. Tribunal Superior do Trabalho, a Agravante requer:

Seja o Agravo conhecido;

O provim ento do Recurso para o efeito de, acolhendo as razões


deduzidas, reformem o r. decisum agravado, para o fim de seja dado seguimento ao
Recurso de Revis ta.

Requer seja o presente Agravo de Instrumento processado nos termos


do que dispõe a Resolução Adm inistrativa n.º 1418, de 30 de agosto de 2.010.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
De Maringá – PR., para
Bras ília – DF, aos 13 dias de outubro de 2015.

ANTONIO SAURA SILVA EVERSON SOUZA SAURA SILVA


OAB/PR 40.962 OAB/PR 31.347

LAURINDA NUNES DA SILVA


OAB/PR 48.773

40

Assinado eletronicamente por: LAURINDA NUNES DA SILVA - 13/10/2015 15:14:51 - c003e63


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15101315123264600000044718233
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c003e63 - Pág. 40
Número do documento: 15101315123264600000044718233
Fls.: 676

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante: 1. BANCO DO BRASIL SA .

2. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

Agravado: 1. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

2. BANCO DO BRASIL SA

3. LUANA ROBERTA RABELLO

Mantenho o despacho do Recurso de Revista e recebo o(s) agravo(s) de instrumento

Intime-se a(s) parte(s) agravada(s) para responder, atendendo o disposto no art. 897, § 6º, da CLT.

Após, encaminhem-se os autos à Superior Corte Trabalhista.

EDSON MENDES DE OLIVEIRA


Desembargador do Trabalho-Presidente

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 04/11/2015 17:29:48 - c4d4e08


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15101915171736000000044718202
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c4d4e08 - Pág. 1
Número do documento: 15101915171736000000044718202
Fls.: 677

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante: 1. BANCO DO BRASIL SA .

2. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

Agravado: 1. SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

2. BANCO DO BRASIL SA

3. LUANA ROBERTA RABELLO

Mantenho o despacho do Recurso de Revista e recebo o(s) agravo(s) de instrumento

Intime-se a(s) parte(s) agravada(s) para responder, atendendo o disposto no art. 897, § 6º, da CLT.

Após, encaminhem-se os autos à Superior Corte Trabalhista.

EDSON MENDES DE OLIVEIRA


Desembargador do Trabalho-Presidente

Assinado eletronicamente por: EDSON MENDES DE OLIVEIRA - 04/11/2015 17:29:48 - 83e5dd5


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15111712550214200000044718210
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 83e5dd5 - Pág. 1
Número do documento: 15111712550214200000044718210
Fls.: 678

Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 - Processo PJe-JT


Classe: RECURSO ORDINÁRIO (1009)

CERTIDÃO

Certifico que a intimação referente à decisão de admissibilidade recursal foi


disponibilizada no Diário Eletrônico da JT deste Regional em 17.11.2015, considerando-se
publicada em 18.11.2015, nos termos do art. 4º da Lei nº 11.419/2006.

Em 17 de Novembro de 2015.

Angela Cravo Di Pietro Barbosa


Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: ANGELA CRAVO DI PIETRO BARBOSA - 17/11/2015 12:56:04 - 149393e
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15111712553586600000044718211
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 149393e - Pág. 1
Número do documento: 15111712553586600000044718211
Fls.: 679

TERMO DE PETICIONAMENTO EM PDF

AUTUAÇÃO: [LAURINDA NUNES DA SILVA, LUANA ROBERTA RABELLO, SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP,
BANCO DO BRASIL SA, EVERSON SOUZA SAURA SILVA, ANTONIO SAURA SILVA, SAURA SILVA E RICOLDY,
LUCIANO BRITTES, RICARDO JUSTUS BARRETO, LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS] x [BANCO DO BRASIL
SA, RICARDO JUSTUS BARRETO, LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS, LUANA ROBERTA RABELLO, LUCIANO
BRITTES, LAURINDA NUNES DA SILVA, EVERSON SOUZA SAURA SILVA, ANTONIO SAURA SILVA, SAURA
CONSULTORIA EIRELI - EPP, SAURA SILVA E RICOLDY, LIZIANE BLAESE CARDOSO MACHADO]

PETICIONANTE: LUCIANO BRITTES

Nos termos do artigo 1º do Ato número 423/CSJT/GP/SG, de 12 de novembro de 2013, procedo à juntada, em anexo, de petição
em arquivo eletrônico, tipo “Portable Document Format” (.pdf), de qualidade padrão “PDF-A”, nos termos do artigo 1º, § 2º,
inciso II, da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, e em conformidade com o parágrafo único do artigo 1º. do Ato acima
mencionado, sendo que eventuais documentos que a instruem também serão anexados.

25 de Novembro de 2015

LUCIANO BRITTES

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:52 - 4fbff99


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521320669600000044718212
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4fbff99 - Pág. 1
Número do documento: 15112521320669600000044718212
Fls.: 680

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO – SANTA
CATARINA

RO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Recorrente: Saura Consultoria Eireli EPP.
Recorrida: Luana Roberta Rabelo

LUANA ROBERTA RABELO, por seu procurador e


advogado infra-assinado vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, a fim de apresentar sua Contraminuta ao Agravo de
Instrumento, com fundamento no art. 897, § 6º, da CLT, que requer
sejam recebidas, autuadas, e encaminhada ao C. Tribunal Superior
do Trabalho, após as formalidades de estilo, determine-se o seu
processamento nos autos principais, nos termos da Resolução
Administrativa nº 1418/2010 do TST.

Nestes Termos,
Pede deferimento.
Joinville, 25 de novembro de 2015.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

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Fone/Fax: (47)3027- 1346 E-mail: lubrittes.adv@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:53 - 0757604


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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 681

EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Agravante: Saura Consultoria Eireli EPP.
Agravada: Luana Roberta Rabelo

Egrégia Turma,

Doutos Julgadores:

Não merece provimento o agravo, manejado pela Saura


Consultoria Eireli EPP., contra decisão que não admitiu o Recurso de
Revista, sob o fundamento de que:

“Recurso de: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso


apresentado em 06/08/2015).

Regular a representação processual (id. 589600).

Satisfeito o preparo (ids. 1389184, 1389194, 744f319, 13447d7


e f36b99c).

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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 682

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

Categoria Profissional Especial / Bancário / Enquadramento

Alegação(ões):

- violação dos arts. 3º, V, 4º, VI e VIII, 17 e 18, §1º, da


Lei nº 4.595/64, 14 da Lei nº 4.728/65.

- divergência jurisprudencial.

- violação dos arts. 3º, § 2º, da Resolução 3.594/11 e art.


8º, I ao IX, da Resolução 3.954/2011, ambas do BACEN.

Insurge-se contra a declaração de ilicitude da terceirização e


correspondente reconhecimento da equiparação da autora à
categoria dos bancários e, por corolário, a carga horária de
06 horas diárias e 36 semanais, estabelecida no art. 224 da
CLT, diferenças salariais e auxílio cesta alimentação.

Os fundamentos do acórdão já foram trasladados no recurso


anterior.

Diante do enquadramento da autora como bancária, não há


cogitar violação direta e literal aos textos legais indicados.

Ademais, estando a controvérsia decidida com base nos


elementos de prova disponíveis nos autos, à insurgência
aplica-se o óbice insculpido na Súmula nº 126 do TST, segundo
a qual a discussão dos fatos e das provas finda nesta
instância trabalhista.

Por outro lado, os modelos colacionados não colidem com os


fundamentos do julgado, uma vez que apresentam soluções
compatíveis com conjuntos fático e probatório diversos,
específicos das demandas das quais foram extraídos (Súmula nº
296 do TST).

Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a


transcrição de decisões oriundas de Turma do TST ou da lavra
do Tribunal prolator do acórdão recorrido não se presta ao fim
pretendido (exegese da alínea a do art. 896 da CLT).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos Processuais /


Nulidade / Julgamento Extra/Ultra/Citra Petita

Alegação(ões):

- violação dos arts. 128 e 460 do CPC.

- divergência jurisprudencial.

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Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:53 - 0757604


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 0757604 - Pág. 3
Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 683

Almeja a exclusão da condenação à equiparação da função


exercida pela Recorrida com a de bancário com os respectivos
consectários daí decorrentes, uma vez que a fundamentação
aplicada ao caso em tela não foi requerida pela parte e sequer
foi questionada ao longo da instrução processual, revelando-se
tal decisão como extra petita.

Consta do acórdão:

O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam


que a única atividade da primeira ré era a prestação de
serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade
bancária como correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas


pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11) , restando
indene de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da
prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do
Eg. TST. (grifei)

A alteração do decidido dependeria do revolvimento da prova


produzida (ou de fatos e provas), vedado pela Súmula nº 126 do
TST, o que impõe a denegação do seguimento da revista.

Registro, ademais, a inconsistência da tese de possível


afronta direta e literal aos dispositivos legais apontados,
que não contêm disposição específica e contrária àquela
consignada no acórdão.

Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a


transcrição de decisões oriundas de Turma do TST ou da lavra
do Tribunal prolator do acórdão recorrido não se presta ao fim
pretendido (exegese da alínea a do art. 896 da CLT).

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao recurso de revista.”.

Entretanto, não merece reparo a decisão objurgada,


conforme se verá a seguir.

2. 2. DA INEXISTÊNCIA A VIOLAÇÃO DAS REGRAS DO


BACEN E DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 0757604 - Pág. 4
Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 684

A recorrente tenta através de argumentações


cansativas e infundadas, dar entendimento diverso ao que fora
plenamente definido pelo Acórdão Regional.

“O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes


dispõe o seguinte (ID 590160):
1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da empresa
SAURA SILVA & RICOLDI LTDA. para o desempenho das funções de
Correspondente no País, com vistas à execução e ao
processamento de transações referentes aos seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de
contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança;
II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos
à vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações e
resgates em fundos de investimento;
III) recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes
de convênios de prestação de serviços mantidos pelo
contratante na forma da regulamentação em vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome
do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão de
cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de
dados, das operações pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam


praticamente toda a rotina de um trabalhador bancário,
transformando o suposto "correspondente bancário" em uma
tradicional agência de banco.

Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha


ouvida, indicada pela autora, a qual asseriu que as atividades
dela e da autora envolviam (ID 1097466, p. 1):

(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado:


empréstimos, abertura de contas, seguro de vida e seguro
prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora
implicavam o cadastro do cliente, conferência e recebimento de
documentos, inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e
encaminhamento para que o fechamento das operações fosse
realizado pela agência do 2º demandado.

Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade


da terceirização, não houve sequer observância das
disposições da Resolução nº 3.954/11 do Conselho

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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 685

Monetário Nacional (CMN) sobre o tema.

O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:


Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de
correspondente, as sociedades, os empresários, as associações
definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), os prestadores de serviços notariais e de registro de
que trata a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, e as
empresas públicas.
(...)
§ 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das
atividades de atendimento definidas nos incisos I, II, IV e VI
do art. 8º, de entidade cuja atividade principal seja a
prestação de serviços de correspondente.

A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º


encontram guarida nas serviços elencados no contrato de
prestação de serviços firmado entre as partes (vide
transcrição supra).

O contrato de prestação de serviços e a prova oral


evidenciam que a única atividade da primeira ré era a
prestação de serviços em prol do segundo réu, na
realização de atividade bancária como correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições


traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11), restando indene de dúvidas que houve
desvirtuamento do contrato de correspondente bancário e
clara terceirização ilícita da prestação de serviços, na
forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.

Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para


ampliar a sua área de atuação e potencializar sua atividade
econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira agência
bancária, com a realização de transações a ela inerentes.

Destarte, constatado que a atividade preponderante da ex-


empregadora da autora era de uma instituição bancária,
correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa
categoria (art. 511, § 3º, da CLT), concedendo-lhe os
benefícios legais e convencionais pertinentes.

A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os pleitos


recursais de imputação à autora de multa por litígio de má-fé
e das custas processuais e condenação ao pagamento de
honorários advocatícios.

Nego provimento ao recurso.”.

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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 686

Vale repisar que a recorrente, diante de toda a


explanação técnica apresentada na n. Sentença originária e, no v.
Acórdão Regional, nega atividades típicas de bancária da autora,
afirmando que a legislação do correspondente bancário legitimou as
atividades da empresa e da própria autora, inexistindo inclusive
possibilidade legal para conferir à demandante os direitos que
postula.

Embora longas as razões de Recurso, a matéria


já é conhecida em inúmeros processos, exigindo apenas que se
verifique a realidade do contrato para a constatação da licitude
ou não da terceirização.

A recorrente sem qualquer argumento capaz de


sustentar sua tese tenta justificar o injustificável, afirmando
que:

“... a Recorrida desenvolveu atividades tão


somente de agente operacional, prestando auxilio e vendendo
produtos a clientes do Banco do Brasil S/A, angariando clientes
para a concessão de crédito e abertura de contas, atividades essas
que jamais podem ser tidas com atividades-fim do Banco, pois a
atividade-fim do banco tem como atribuição a gestão de recursos
dos clientes das instituições bancárias e financeiras, o que não
era atividade realizada pela Recorrida.”.

Ora, Nobres Julgadores, resta evidente que a


realização de atividades de abertura de conta corrente, contratação
de empréstimos consignados via INSS ou com convênios com as empresas
disponíveis no sistema com o maior foco no consignado, assim como, a venda de
outros produtos do banco segundo réu, como o financiamentos de veículos
próprios através do consórcio, financiamentos de casa própria, compra de divida
de outras instituições financeiras, venda de seguros residências, e títulos de
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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 687

capitalizações (Ourocap), assim como, seguro de vida, dentro das instalações do


próprio banco, configuram a realização de atividade-fim do mesmo.

A verdade é que, conforme narrado na inicial,


registrado no depoimento da testemunha da recorrida, na execução
de seus trabalhos, para a segunda recorrente, ficou registrado
que:

“...Essa testemunha declarou, entre outros fatos,


que:

A função de ambas era de captar clientes e vender produtos do


2º demandado : empréstimos, abertura de contas,seguro de vida
e seguro prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora
implicavam o cadastro do cliente, conferência e recebimento de
documentos, inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e
encaminhamento para que o fechamento das operações fosse
realizado pela agência do 2º demandado. Recebiam um salário
básico e mais comissões pelas referidas operações. Existiam
metas estabelecidas, sendo que a depoente alcançava as metas,
porém não todos os meses, embora houvesse pagamento de
comissões sobre o serviço executado...Trabalhava das 08 às
17:30 / 18 horas, almoçando na agência rapidamente (levavam
lanche), de 15 a 20 minutos. A determinação era para cumprirem
o referido horário, sendo fiscalizado pelo gerente da agência
: o fato supra foi informado pelo gerente da 1ª demandada, ou
seja, de que o horário deveria ser cumprido, caso contrário
poderiam ser penalizadas pelo gerente da agência, que seria a
pessoa encarregada de fiscalizar o cumprimento dos horários. A
depoente não utilizava o sistema do 2º demandado, mas a autora
sim : era necessário permanentemente consultar os dados do
sistema BB, sendo que a depoente pedia informações
constantemente a respeito dos clientes, porém a autora
conseguiu obter autorização para entrar no sistema diretamente
para fazer as consultas. Utilizava crachá da 1ª demandada com
a logomarca do 2º demandado. Era raro algum cliente perguntar,
mas quando ocorria a depoente se identificava como vinculada à
1ª demandada e prestando serviços para o 2º demandado. A 1ª
demandada é quem estabelecia as metas, assim como também era
responsável pelas premiações. Segundo o gerente da 1ª
demandada, caso não cumpridas as metas por dois ou três meses
consecutivos seriam trocadas do local de trabalho ou até
desligadas da empresa. Acredita que a autora acessava o
sistema BB utilizando a matrícula de algum funcionário do BB.
O crachá era fornecido pela 1ª demandada. Todos os atos de
contratação foram realizados e organizados pela 1ª demandada.
Nada mais disse.”.
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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 688

Relevante destacar que diante dos fatos e da


provas produzidas, tudo conspira para a manutenção do Acórdão
Regional, salientando que fora confirmada que a autora ora
recorrida executava serviços voltados a atividades-fim do banco,
donde reconheceu a condição de bancária da autora e a
solidariedade entre os recorrentes.

Repisamos que situações idênticas, envolvendo


Bancos e empresas terceirizadas, e a mesma causa de pedir, têm
gerado entendimento na jurisprudência no sentido de equiparar o
empregado de empresa intitulada de correspondente bancário ou
financeira com o empregado de instituição bancária, tendo em vista
a realização de atividade-fim do próprio banco.

O v. Acórdão da 6ª C RO 07093-2008-004-12-00-
9, relatado pelo Ilustre Desembargador Dr. JOSÉ ERNESTO MANZI, em
16 de agosto de 2010 aborda a atividade de abertura de conta
corrente, como atividade específica de bancário. Senão vejamos:

“MÉRITO
1. ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS BANCÁRIOS
O Unibanco postula a reforma da sentença que reconheceu
vínculo de emprego com a autora, haja vista que o Provar
Negócios de Varejo Ltda. era seu correspondente bancário, o
qual prestava serviços através de um contrato de natureza
civil, nos termos da Resolução nº 3.110 do Banco Central, não
tendo, assim, nada relacionado com as atividades prestadas
pelos bancários.
Não lhe assiste razão.
A autora afirmou na peça inicial à fl. 03 que atende clientes,
digita propostas para cartão de crédito e empréstimos,
autorização para compras, saques em dinheiro, emissão de
carnês de financiamentos, faturas de cartão, ativação de
clientes, telemarketing, através do sistema Hipercard, com
contratos em nome do Unibanco.
Disse, ainda, que o cartão BIG passou a ser administrado pelo
Hipercard Banco Múltiplo, uma empresa do conglomerado
Unibanco, quando passou a desempenhar as funções de
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Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 689

cadastramento de clientes para cartão Hipercard, emissão de


cartões, ativação, aumento de limite, inclusão de dependentes
e seguros contra perda e roubo, bem como a partir de novembro
de 2007, quando foi promovida a operadora de vendas, passou a
vender empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS,
cartões Fininvest Especial para saques, empréstimos
consignados Wal Mart, emissão de faturas e cadastramento de
clientes até 07-11-2008, quando novamente for remanejada para
agente de vendas, fazendo inclusive abordagem e venda de
conta corrente do Unibanco.
A primeira testemunha da autora disse às fls. 441-442 que
“[...] a autora trabalhava no início no mesmo local, porém com
uniforme da Fininvest, em mesa próxima à da depoente e depois
de algum tempo passaram a executar os mesmos serviços. A
depoente abria contacorrente para o 2º demandado, recebendo os
clientes cujo cadastro havia sido previamente aprovado e
formalizado todo o procedimento de abertura de conta,
entregando para o cliente um cartão provisório, pelo qual o
cliente por um prazo de pelo menos 15 dias poderia fazer
depósitos em sua conta-corrente. O cartão definitivo o cliente
recebia em casa, via correio e encaminhado pelo 2º demandado.
A depoente tinha metas de aberturas de contas a cumprir,
havendo cobrança pelo seu supervisor e por gerentes do
UNIBANCO [...]”. (sem grifo no original)
Já a segunda testemunha da obreira disse à fl. 442 que “[...]
sempre pagou contas (luz, telefone etc.) com o cartão
HIPERCARD e onde a autora trabalhava. O depoente entregava o
cartão e as contas para a autora, que fazia o procedimento no
computador,
auxiliando o depoente[...]”.
[...];
Ora, diante desses fatos, não restam sombras de dúvidas de que
a autora, a bem da verdade, executava serviços essenciais da
atividade-fim do segundo demandado, Unibanco, além de outros
voltados para o lucro do Unibanco, “embora não
caracterizadores por si só do trabalho típico bancário”,
conforme bem caminhou a decisão primeira, o que se conclui que
a obreira, ao contrário do que afirma a recorrente, excedeu os
limites da Resolução nº 3.110 do Banco Central do Brasil,
referente as atividades de correspondente bancário, estando,
assim, caracterizado o serviço bancário disfarçado, com o
intuito de fraudar a legislação trabalhista, o que implica na
responsabilidade solidária entre as rés.
[...];
Por isso, nego provimento ao recurso, no particular.”.

Neste sentido é a jurisprudência do C.


Tribunal Superior do Trabalho:

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Fls.: 690

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. ENTE DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Diante da contratação da autora,
mediante terceirização, para desempenhar atividades típicas
de bancário em favor da instituição financeira constituída sob
a forma de empresa pública e, portanto, integrante da
administração pública indireta, impõe-se o deferimento dos
direitos inerentes à categoria dos bancários e percebidos
pelos empregados da tomadora de serviços, por aplicação do
princípio da isonomia, preceituado no artigo 5º, caput, da
Constituição Federal. Neste sentido é o entendimento
consolidado pela OJ nº 383, da SDI-I, do c. TST. (TRT 3ª R.;
RO 0001022-61.2013.5.03.0024; Rel. Juiz Conv. Oswaldo Tadeu B.
Guedes; DJEMG 16/06/2014; Pág. 89).

Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº


67/2008 e do TST nº 35/2009.

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ISONOMIA SALARIAL. DIFERENÇAS


SALARIAIS. Reconhecido o exercício de atividades típicas
de bancário, o pedido de diferenças salariais decorrentes tem
lastro não só na igualdade de tratamento assegurada aos
iguais, também prevista na Constituição Federal, mas em
inúmeros diplomas legislativos infraconstitucionais que
albergam este princípio, distinguindo-se entre eles, pela
similitude de temas, a Lei nº 6.019/74, que apesar de regular
a contratação de mão de obra temporária e editada em sombria
época política, assegura ao trabalhador temporário remuneração
equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria da
empresa tomadora ou cliente. Se assim foi assegurado pela
tradição legislativa ao trabalhador temporário, pelos mesmos
fundamentos, os trabalhadores arregimentados em caráter
permanente, através da denominada terceirização, não ficam
alijados da garantia ao tratamento remuneratório equitativo.
Recurso da reclamada a que se nega provimento. (TRT 4ª R.; RO
0000064-21.2010.5.04.0261; Primeira Turma; Relª Desª Iris Lima
de Moraes; DEJTRS 09/06/2014; Pág. 39)
Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008
e do TST nº 35/2009.

O C. Tribunal superior do Trabalho espelha o


mesmo entendimento:

RECURSOS DE REVISTA DAS RECLAMADAS. MATÉRIAS EM COMUM. ANÁLISE


EM CONJUNTO. 1) PRELIMINAR DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. 2) TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ATENDIMENTO A
CLIENTES E OFERECIMENTO DE PRODUTOS. SUBORDINAÇÃO ESTRUTURAL.
FORMAÇÃO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DIRETO COM O TOMADOR DE
SERVIÇOS. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. 2) ENQUADRAMENTO
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Fls.: 691

SINDICAL. APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS. DIFERENÇAS


SALARIAIS E BENEFÍCIOS. 3) JORNADA DE TRABALHO DE BANCÁRIO.
HORAS EXTRAS. 4) CONTRATO TEMPORÁRIO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 297/TST. 5) INTEGRAÇÃO À
REMUNERAÇÃO DA PARCELA PRÊMIO. PRESTAÇÃO HABITUAL. SÚMULA Nº
126/TST. As situações-tipo de terceirização lícita estão,
hoje, claramente assentadas pelo texto da Súmula nº 331/tst.
Constituem quatro grupos de situações sócio jurídicas
delimitadas: a) situações empresariais que autorizem
contratação de trabalho temporário; b) atividades de
vigilância regidas pela Lei nº 7.102/83; c) atividades de
conservação e limpeza; d) serviços especializados ligados à
atividade-meio do tomador, desde que, nas três últimas
situações-tipo, inexista pessoalidade e subordinação direta
entre trabalhador terceirizado e tomador de serviços. Destaca-
se, ademais, que a subordinação jurídica, elemento cardeal da
relação de emprego, pode se manifestar em qualquer das
seguintes dimensões: a tradicional, de natureza subjetiva, por
meio da intensidade de ordens do tomador de serviços sobre a
pessoa física que os presta; a objetiva, pela correspondência
dos serviços deste aos objetivos perseguidos pelo tomador
(harmonização do trabalho do obreiro aos fins do
empreendimento); a estrutural, mediante a integração do
trabalhador à dinâmica organizativa e operacional do tomador
de serviços, incorporando e se submetendo à sua cultura
corporativa dominante. A hipótese dos autos, contudo, não se
amolda às quatro situações-tipo de terceirização lícita
assentadas pela Súmula nº 331/tst, pois a análise da prova
evidencia que a reclamante estava inserida no processo
produtivo do reclamado banco bmg s. A., na prestação dos
serviços, dedicados essencialmente à atividade econômica do
banco. Portanto, configurada a ilicitude do contrato de
fornecimento de mão de obra, determina a ordem jurídica que se
considere desfeito o vínculo laboral com o empregador aparente
(entidade terceirizante), formando-se o vínculo justrabalhista
do obreiro diretamente com o tomador de serviços (empregador
oculto ou dissimulado). Portanto, há de ser mantido o acórdão
recorrido, tendo em vista que, de seu detido cotejo com as
razões de recurso, conclui-se não haver a demonstração de
jurisprudência dissonante específica sobre os temas, de
interpretação divergente de normas regulamentares ou de
violação direta de dispositivo de Lei federal ou da
Constituição da República, nos moldes das alíneas a, b e c
do art. 896 da CLT. Recursos de revista não conhecidos, quanto
a esses temas. B) recurso de revista da reclamada bmg s. A.
Matéria remanescente. Anotação da CTPS. Multa diária.
Astreintes. Ausência de condenação. Verificase que, na
presente hipótese, houve a determinação de anotação da CTPS
pela empresa tomadora de serviços, mas não houve cominação de
multa diária pela mora na obrigação de fazer. Dessa maneira,
não há sucumbência recursal quanto a esse aspecto. Recurso de
revista não conhecido, no aspecto. C) recurso de revista
adesivo do reclamante. Ante o não conhecimento dos recursos
principais, considera-se prejudicada a análise do recurso de
_________________________________________________________________________________ 12
Rua Princesa Isabel, nº 238 – Ed Príncipe – Sl 210 - Centro – Joinville – Santa Catarina – CEP 89201-904
Fone/Fax: (47)3027- 1346 E-mail: lubrittes.adv@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:53 - 0757604


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521335304800000044718234
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 0757604 - Pág. 12
Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 692

revista adesivo interposto pelo reclamante. Recurso de revista


cuja análise fica prejudicada. (TST; RR 0087300-
25.2009.5.03.0018; Terceira Turma; Rel. Min. Mauricio Godinho
Delgado; DEJT 06/06/2014; Pág. 963)
Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008
e do TST nº 35/2009.

Portanto, comprovado que a recorrida exerceu


atividades tipicamente de bancária e, como tal, voltadas para
atividade-fim do banco recorrente, inegável a propriedade do
Acórdão que reconheceu esta condição e determinou a aplicação Dos
direitos inerentes a um funcionário concursado do Banco réu.

Assim, cristalino que a tese esposada pelo


recorrido encontra guarida em vários Tribunais Regionais conforme
acima citado.

Isto posto, requer seja mantida a decisão que


inadmitiu o recurso especial interposto pela Agravante.

Na hipótese de admissão, seja julgado


totalmente improcedente.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Joinville, 25 de bovembro de 2015.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521335304800000044718234
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 0757604 - Pág. 13
Número do documento: 15112521335304800000044718234
Fls.: 693

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO – SANTA
CATARINA

RO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Recorrente: Saura Consultoria Eireli EPP.
Recorrida: Luana Roberta Rabelo

LUANA ROBERTA RABELO, por seu procurador e


advogado infra-assinado vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, a fim de apresentar suas CONTRARRAZÕES em
RECURSO DE REVISTA interposto pela reclamada, conforme razões
em anexo, as quais espera sejam recebidas e encaminhas ao
egrégio TST.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Joinville, 25 de novembro de 2015.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 1
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 694

EGREGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

CONTRARRAZÕES DE RECURSO DE REVISTA

RO nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Recorrente: Saura Consultoria Eireli EPP.
Recorrida: Luana Roberta Rabelo

Egrégia Turma,
Ínclitos Julgadores:

1. Síntese Processual

Insurgem-se a recorrente contra acórdão


que manteve a condenação que declarou ilícita a terceirização
havida, e condenou os réus, a pagarem à recorrida, nos termos
da fundamentação, ao pagamento das diferenças salariais
resultantes dos instrumentos coletivos e da remuneração
aplicável aos escriturários básicos, com reflexos em todos os
consectários legais, ao pagamento do Auxílio refeição e
Auxílio cesta alimentação, igualmente conforme previsão
normativa, assim como, de 2 horas extras por dia, de segunda
a sexta-feira, com adicional de 50% e reflexos deferidos
2

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 2
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 695

Referida decisão não merece a reforma


pretendida pela recorrente, conforme se demonstra nas razões
de fato e de direito a seguir aduzidas.

2. DA INEXISTÊNCIA A VIOLAÇÃO DAS REGRAS


DO BACEN E DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

A recorrente tenta através de


argumentações cansativas e infundadas, dar entendimento
diverso ao que fora plenamente definido pelo Acórdão
Regional.

“O contrato de prestação de serviços firmados entre as


partes dispõe o seguinte (ID 590160):
1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da
empresa SAURA SILVA & RICOLDI LTDA. para o desempenho
das funções de Correspondente no País, com vistas à
execução e ao processamento de transações referentes aos
seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas
de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança;
II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como a
aplicações e resgates em fundos de investimento;
III) recebimentos, pagamentos e outras atividades
decorrentes de convênios de prestação de serviços
mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em
vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em
nome do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e
financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão
de cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento
de dados, das operações pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do
Brasil.

Tais atividades, além de típicas da função bancária,


englobam praticamente toda a rotina de um trabalhador
bancário, transformando o suposto "correspondente
bancário" em uma tradicional agência de banco.

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 3
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 696

Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha


ouvida, indicada pela autora, a qual asseriu que as
atividades dela e da autora envolviam (ID 1097466, p.
1):

(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado:


empréstimos, abertura de contas, seguro de vida e seguro
prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela
autora implicavam o cadastro do cliente, conferência e
recebimento de documentos, inserção dos dados no sistema
da 1ª demandada e encaminhamento para que o fechamento
das operações fosse realizado pela agência do 2º
demandado.

Por mais que a primeira ré insista na tese da


legalidade da terceirização, não houve sequer
observância das disposições da Resolução nº
3.954/11 do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre
o tema.

O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o


seguinte:
Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de
correspondente, as sociedades, os empresários, as
associações definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (Código Civil), os prestadores de serviços
notariais e de registro de que trata a Lei nº 8.935, de
18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.
(...)
§ 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das
atividades de atendimento definidas nos incisos I, II,
IV e VI do art. 8º, de entidade cuja atividade principal
seja a prestação de serviços de correspondente.

A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º


encontram guarida nas serviços elencados no contrato de
prestação de serviços firmado entre as partes (vide
transcrição supra).

O contrato de prestação de serviços e a prova oral


evidenciam que a única atividade da primeira ré era
a prestação de serviços em prol do segundo réu, na
realização de atividade bancária como
correspondente.

Esse fato caracteriza clara violação às disposições


traçadas pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n.
3.594/11), restando indene de dúvidas que houve
desvirtuamento do contrato de correspondente
bancário e clara terceirização ilícita da prestação
de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do
Eg. TST.

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 4
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 697

Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para


ampliar a sua área de atuação e potencializar sua
atividade econômica, a ela repassando serviços
correspondentes à sua atividade-fim. A prestadora atuava
como verdadeira agência bancária, com a realização de
transações a ela inerentes.

Destarte, constatado que a atividade preponderante


da ex-empregadora da autora era de uma instituição
bancária, correta a decisão de piso que enquadra a
empregada nessa categoria (art. 511, § 3º, da CLT),
concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais
pertinentes.

A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os


pleitos recursais de imputação à autora de multa por
litígio de má-fé e das custas processuais e condenação
ao pagamento de honorários advocatícios.

Nego provimento ao recurso.”.

Vale repisar que a recorrente, diante de


toda a explanação técnica apresentada na n. Sentença
originária e, no v. Acórdão Regional, nega atividades típicas
de bancária da autora, afirmando que a legislação do
correspondente bancário legitimou as atividades da empresa e
da própria autora, inexistindo inclusive possibilidade legal
para conferir à demandante os direitos que postula.

Embora longas as razões de Recurso, a


matéria já é conhecida em inúmeros processos, exigindo apenas
que se verifique a realidade do contrato para a constatação
da licitude ou não da terceirização.

A recorrente sem qualquer argumento capaz


de sustentar sua tese tenta justificar o injustificável,
afirmando que:

“... a Recorrida desenvolveu atividades


tão somente de agente operacional, prestando auxilio e

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 5
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 698

vendendo produtos a clientes do Banco do Brasil S/A,


angariando clientes para a concessão de crédito e abertura de
contas, atividades essas que jamais podem ser tidas com
atividades-fim do Banco, pois a atividade-fim do banco tem
como atribuição a gestão de recursos dos clientes das
instituições bancárias e financeiras, o que não era atividade
realizada pela Recorrida.”.

Ora, Nobres Julgadores, resta evidente que


a realização de atividades de abertura de conta corrente,
contratação de empréstimos consignados via INSS ou com convênios com
as empresas disponíveis no sistema com o maior foco no consignado, assim
como, a venda de outros produtos do banco segundo réu, como o
financiamentos de veículos próprios através do consórcio, financiamentos
de casa própria, compra de divida de outras instituições financeiras, venda
de seguros residências, e títulos de capitalizações (Ourocap), assim como,
seguro de vida, dentro das instalações do próprio banco, configuram a
realização de atividade-fim do mesmo.

A verdade é que, conforme narrado na


inicial, registrado no depoimento da testemunha da recorrida,
na execução de seus trabalhos, para a segunda recorrente,
ficou registrado que:

“...Essa testemunha declarou, entre outros


fatos, que:

A função de ambas era de captar clientes e vender


produtos do 2º demandado : empréstimos, abertura de
contas,seguro de vida e seguro prestamista, título de
capitalização, basicamente. Os procedimentos que eram
realizados pela depoente e pela autora implicavam o
cadastro do cliente, conferência e recebimento de
documentos, inserção dos dados no sistema da 1ª
demandada e encaminhamento para que o fechamento das
operações fosse realizado pela agência do 2º demandado.
Recebiam um salário básico e mais comissões pelas
referidas operações. Existiam metas estabelecidas, sendo
que a depoente alcançava as metas, porém não todos os
6

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 6
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 699

meses, embora houvesse pagamento de comissões sobre o


serviço executado...Trabalhava das 08 às 17:30 / 18
horas, almoçando na agência rapidamente (levavam
lanche), de 15 a 20 minutos. A determinação era para
cumprirem o referido horário, sendo fiscalizado pelo
gerente da agência : o fato supra foi informado pelo
gerente da 1ª demandada, ou seja, de que o horário
deveria ser cumprido, caso contrário poderiam ser
penalizadas pelo gerente da agência, que seria a pessoa
encarregada de fiscalizar o cumprimento dos horários. A
depoente não utilizava o sistema do 2º demandado, mas a
autora sim : era necessário permanentemente consultar os
dados do sistema BB, sendo que a depoente pedia
informações constantemente a respeito dos clientes,
porém a autora conseguiu obter autorização para entrar
no sistema diretamente para fazer as consultas.
Utilizava crachá da 1ª demandada com a logomarca do 2º
demandado. Era raro algum cliente perguntar, mas quando
ocorria a depoente se identificava como vinculada à 1ª
demandada e prestando serviços para o 2º demandado. A 1ª
demandada é quem estabelecia as metas, assim como também
era responsável pelas premiações. Segundo o gerente da
1ª demandada, caso não cumpridas as metas por dois ou
três meses consecutivos seriam trocadas do local de
trabalho ou até desligadas da empresa. Acredita que a
autora acessava o sistema BB utilizando a matrícula de
algum funcionário do BB. O crachá era fornecido pela 1ª
demandada. Todos os atos de contratação foram realizados
e organizados pela 1ª demandada. Nada mais disse.”.

Relevante destacar que diante dos fatos e


da provas produzidas, tudo conspira para a manutenção do
Acórdão Regional, salientando que fora confirmada que a
autora ora recorrida executava serviços voltados a
atividades-fim do banco, donde reconheceu a condição de
bancária da autora e a solidariedade entre os recorrentes.

Repisamos que situações idênticas,


envolvendo Bancos e empresas terceirizadas, e a mesma causa
de pedir, têm gerado entendimento na jurisprudência no
sentido de equiparar o empregado de empresa intitulada de
correspondente bancário ou financeira com o empregado de

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 7
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 700

instituição bancária, tendo em vista a realização de


atividade-fim do próprio banco.

O v. Acórdão da 6ª C RO 07093-2008-004-
12-00-9, relatado pelo Ilustre Desembargador Dr. JOSÉ ERNESTO
MANZI, em 16 de agosto de 2010 aborda a atividade de abertura
de conta corrente, como atividade específica de bancário.
Senão vejamos:

“MÉRITO
1. ENQUADRAMENTO NA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS BANCÁRIOS
O Unibanco postula a reforma da sentença que reconheceu
vínculo de emprego com a autora, haja vista que o Provar
Negócios de Varejo Ltda. era seu correspondente
bancário, o qual prestava serviços através de um
contrato de natureza civil, nos termos da Resolução nº
3.110 do Banco Central, não tendo, assim, nada
relacionado com as atividades prestadas pelos bancários.
Não lhe assiste razão.
A autora afirmou na peça inicial à fl. 03 que atende
clientes, digita propostas para cartão de crédito e
empréstimos, autorização para compras, saques em
dinheiro, emissão de carnês de financiamentos, faturas
de cartão, ativação de clientes, telemarketing, através
do sistema Hipercard, com contratos em nome do Unibanco.
Disse, ainda, que o cartão BIG passou a ser administrado
pelo Hipercard Banco Múltiplo, uma empresa do
conglomerado Unibanco, quando passou a desempenhar as
funções de cadastramento de clientes para cartão
Hipercard, emissão de cartões, ativação, aumento de
limite, inclusão de dependentes e seguros contra perda e
roubo, bem como a partir de novembro de 2007, quando foi
promovida a operadora de vendas, passou a vender
empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS,
cartões Fininvest Especial para saques, empréstimos
consignados Wal Mart, emissão de faturas e cadastramento
de clientes até 07-11-2008, quando novamente for
remanejada para agente de vendas, fazendo inclusive
abordagem e venda de conta corrente do Unibanco.
A primeira testemunha da autora disse às fls. 441-442
que “[...] a autora trabalhava no início no mesmo local,
porém com uniforme da Fininvest, em mesa próxima à da
depoente e depois de algum tempo passaram a executar os
mesmos serviços. A depoente abria contacorrente para o
2º demandado, recebendo os clientes cujo cadastro havia
sido previamente aprovado e formalizado todo o
procedimento de abertura de conta, entregando para o
cliente um cartão provisório, pelo qual o cliente por um
prazo de pelo menos 15 dias poderia fazer depósitos em
sua conta-corrente. O cartão definitivo o cliente
8

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


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Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 701

recebia em casa, via correio e encaminhado pelo 2º


demandado. A depoente tinha metas de aberturas de contas
a cumprir, havendo cobrança pelo seu supervisor e por
gerentes do UNIBANCO [...]”. (sem grifo no original)
Já a segunda testemunha da obreira disse à fl. 442 que
“[...] sempre pagou contas (luz, telefone etc.) com o
cartão HIPERCARD e onde a autora trabalhava. O depoente
entregava o cartão e as contas para a autora, que fazia
o procedimento no computador,
auxiliando o depoente[...]”.
[...];
Ora, diante desses fatos, não restam sombras de dúvidas
de que a autora, a bem da verdade, executava serviços
essenciais da atividade-fim do segundo demandado,
Unibanco, além de outros voltados para o lucro do
Unibanco, “embora não caracterizadores por si só do
trabalho típico bancário”, conforme bem caminhou a
decisão primeira, o que se conclui que a obreira, ao
contrário do que afirma a recorrente, excedeu os limites
da Resolução nº 3.110 do Banco Central do Brasil,
referente as atividades de correspondente bancário,
estando, assim, caracterizado o serviço bancário
disfarçado, com o intuito de fraudar a legislação
trabalhista, o que implica na responsabilidade solidária
entre as rés.
[...];
Por isso, nego provimento ao recurso, no particular.”.

Neste sentido é a jurisprudência do C.


Tribunal Superior do Trabalho:

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. ENTE DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Diante da contratação da autora,
mediante terceirização, para desempenhar atividades
típicas de bancário em favor da instituição financeira
constituída sob a forma de empresa pública e, portanto,
integrante da administração pública indireta, impõe-se o
deferimento dos direitos inerentes à categoria dos
bancários e percebidos pelos empregados da tomadora de
serviços, por aplicação do princípio da isonomia,
preceituado no artigo 5º, caput, da Constituição
Federal. Neste sentido é o entendimento consolidado pela
OJ nº 383, da SDI-I, do c. TST. (TRT 3ª R.; RO 0001022-
61.2013.5.03.0024; Rel. Juiz Conv. Oswaldo Tadeu B.
Guedes; DJEMG 16/06/2014; Pág. 89).

Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ


nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ISONOMIA SALARIAL. DIFERENÇAS


SALARIAIS. Reconhecido o exercício de atividades típicas
9

Assinado eletronicamente por: LUCIANO BRITTES - 25/11/2015 21:35:55 - 4997087


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 9
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 702

de bancário, o pedido de diferenças salariais


decorrentes tem lastro não só na igualdade de tratamento
assegurada aos iguais, também prevista na Constituição
Federal, mas em inúmeros diplomas legislativos
infraconstitucionais que albergam este princípio,
distinguindo-se entre eles, pela similitude de temas, a
Lei nº 6.019/74, que apesar de regular a contratação de
mão de obra temporária e editada em sombria época
política, assegura ao trabalhador temporário remuneração
equivalente à percebida pelos empregados da mesma
categoria da empresa tomadora ou cliente. Se assim foi
assegurado pela tradição legislativa ao trabalhador
temporário, pelos mesmos fundamentos, os trabalhadores
arregimentados em caráter permanente, através da
denominada terceirização, não ficam alijados da garantia
ao tratamento remuneratório equitativo. Recurso da
reclamada a que se nega provimento. (TRT 4ª R.; RO
0000064-21.2010.5.04.0261; Primeira Turma; Relª Desª
Iris Lima de Moraes; DEJTRS 09/06/2014; Pág. 39)
Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº
67/2008 e do TST nº 35/2009.

O C. Tribunal superior do Trabalho espelha


o mesmo entendimento:

RECURSOS DE REVISTA DAS RECLAMADAS. MATÉRIAS EM COMUM.


ANÁLISE EM CONJUNTO. 1) PRELIMINAR DE NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. 2) TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA.
ATENDIMENTO A CLIENTES E OFERECIMENTO DE PRODUTOS.
SUBORDINAÇÃO ESTRUTURAL. FORMAÇÃO DE VÍNCULO
EMPREGATÍCIO DIRETO COM O TOMADOR DE SERVIÇOS.
ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. 2) ENQUADRAMENTO SINDICAL.
APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS. DIFERENÇAS
SALARIAIS E BENEFÍCIOS. 3) JORNADA DE TRABALHO DE
BANCÁRIO. HORAS EXTRAS. 4) CONTRATO TEMPORÁRIO. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 297/TST. 5) INTEGRAÇÃO À
REMUNERAÇÃO DA PARCELA PRÊMIO. PRESTAÇÃO HABITUAL.
SÚMULA Nº 126/TST. As situações-tipo de terceirização
lícita estão, hoje, claramente assentadas pelo texto da
Súmula nº 331/tst. Constituem quatro grupos de situações
sócio jurídicas delimitadas: a) situações empresariais
que autorizem contratação de trabalho temporário; b)
atividades de vigilância regidas pela Lei nº 7.102/83;
c) atividades de conservação e limpeza; d) serviços
especializados ligados à atividade-meio do tomador,
desde que, nas três últimas situações-tipo, inexista
pessoalidade e subordinação direta entre trabalhador
terceirizado e tomador de serviços. Destaca-se, ademais,
que a subordinação jurídica, elemento cardeal da relação
de emprego, pode se manifestar em qualquer das seguintes
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 10
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 703

dimensões: a tradicional, de natureza subjetiva, por


meio da intensidade de ordens do tomador de serviços
sobre a pessoa física que os presta; a objetiva, pela
correspondência dos serviços deste aos objetivos
perseguidos pelo tomador (harmonização do trabalho do
obreiro aos fins do empreendimento); a estrutural,
mediante a integração do trabalhador à dinâmica
organizativa e operacional do tomador de serviços,
incorporando e se submetendo à sua cultura corporativa
dominante. A hipótese dos autos, contudo, não se amolda
às quatro situações-tipo de terceirização lícita
assentadas pela Súmula nº 331/tst, pois a análise da
prova evidencia que a reclamante estava inserida no
processo produtivo do reclamado banco bmg s. A., na
prestação dos serviços, dedicados essencialmente à
atividade econômica do banco. Portanto, configurada a
ilicitude do contrato de fornecimento de mão de obra,
determina a ordem jurídica que se considere desfeito o
vínculo laboral com o empregador aparente (entidade
terceirizante), formando-se o vínculo justrabalhista do
obreiro diretamente com o tomador de serviços
(empregador oculto ou dissimulado). Portanto, há de ser
mantido o acórdão recorrido, tendo em vista que, de seu
detido cotejo com as razões de recurso, conclui-se não
haver a demonstração de jurisprudência dissonante
específica sobre os temas, de interpretação divergente
de normas regulamentares ou de violação direta de
dispositivo de Lei federal ou da Constituição da
República, nos moldes das alíneas a, b e c do art. 896
da CLT. Recursos de revista não conhecidos, quanto a
esses temas. B) recurso de revista da reclamada bmg s.
A. Matéria remanescente. Anotação da CTPS. Multa diária.
Astreintes. Ausência de condenação. Verificase que, na
presente hipótese, houve a determinação de anotação da
CTPS pela empresa tomadora de serviços, mas não houve
cominação de multa diária pela mora na obrigação de
fazer. Dessa maneira, não há sucumbência recursal quanto
a esse aspecto. Recurso de revista não conhecido, no
aspecto. C) recurso de revista adesivo do reclamante.
Ante o não conhecimento dos recursos principais,
considera-se prejudicada a análise do recurso de revista
adesivo interposto pelo reclamante. Recurso de revista
cuja análise fica prejudicada. (TST; RR 0087300-
25.2009.5.03.0018; Terceira Turma; Rel. Min. Mauricio
Godinho Delgado; DEJT 06/06/2014; Pág. 963)
Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº
67/2008 e do TST nº 35/2009.

Portanto, comprovado que a recorrida


exerceu atividades tipicamente de bancária e, como tal,
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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 11
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 704

voltadas para atividade-fim do banco recorrente, inegável a


propriedade do Acórdão que reconheceu esta condição e
determinou a aplicação Dos direitos inerentes a um
funcionário concursado do Banco réu.

Desta forma, quanto aos pontos


hostilizados pelo recorrente, correta a decisão Regional a
qual deve ser mantida por este C. Tribunal Superior do
Trabalho.

Finalmente

Diante de todo o exposto, deve ser mantido


nos itens acima indicados, o acórdão emanado da 3ª Câmara do
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região,

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Joinville, 25 de novembro de 2015.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15112521350571600000044718235
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 4997087 - Pág. 12
Número do documento: 15112521350571600000044718235
Fls.: 705

CERTIDÃO

Certifico, nos termos do § 2º do art. 3º do ATO.CONJUNTO nº 10/2010 - TST.CSJT e do art. 2º do ATO


TST.GP 207/2014 , que foi gerado arquivo em formato PDF, relativo ao presente processo judicial eletrônico, por
este Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, para remessa ao Tribunal Superior do Trabalho, pelo e-Remessa.

Em, 30 de Novembro de 2015

Mônica Akegawa de Araujo

Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: MONICA AKEGAWA DE ARAUJO - 30/11/2015 14:28:31 - b624173


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15113014280379000000044718213
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. b624173 - Pág. 1
Número do documento: 15113014280379000000044718213
Fls.: 706

Em anexo, recibo de envio TST.

Em, 30 de Novembro de 2015

Mônica Akegawa de Araujo

Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: MONICA AKEGAWA DE ARAUJO - 30/11/2015 14:35:21 - 1589af4


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15113014292137400000044718214
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 1589af4 - Pág. 1
Número do documento: 15113014292137400000044718214
Fls.: 707

TRT DA 12ª REGIÃO


Total de processos enviados para o TST: 1

Arquivo Identificador Data Recebimento TST


1 RO.0000855-55.2013.5.12.0004.P.pdf 1192428-P-1 30/11/2015 às 14:34:36

Total de processos enviados para o TST: 1

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15113014350467600000044718236
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c00af38 - Pág. 1
Número do documento: 15113014350467600000044718236
Fls.: 708

EXMO(A). SR(A). JUIZ(A). DA 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE/SC

Processo nº. 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A, por seus advogados que esta subscrevem, nos autos da RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA em epígrafe, que lhe move LUANA ROBERTA RABELLO, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, requerer a habilitação nos autos e a juntada da procuração, substabelecimento e
contrato social.

Requer na oportunidade, que seja cadastrado e que todas as futuras notificações sejam procedidas, EXCLUSI
VAMENTE, em nome de MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS, inscrito na OAB/SC sob o n. 42.978-
A, com escritório à Rua Bernardo Guimarães, n° 1.986, bairro de Lourdes em Belo Horizonte, MG, CEP
30.140-82, sob pena de nulidade nos termos do artigo 272 do CPC e súmula 427 do Colendo TST.

Nestes termos, pede deferimento.

Belo Horizonte, 12 de maio de 2016.

MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS VANESSA A. DE FUCCIO BARBOSA

OAB/SC 42.978-A OAB/MG 102.057

DAVIDSON MALACCO FERREIRA ROBERSON REZENDE RIBEIRO

OAB/MG 83.110 OAB/MG 129.859

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16051211525829600000007477131
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. bf781f3 - Pág. 1
Número do documento: 16051211525829600000007477131
Fls.: 709

ICARO JACINTO MENDONÇA ROBERTA LIMA FREIRE

OAB/MG 126.145 OAB/SC 42.973-A

Assinado eletronicamente por: MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS - 12/05/2016 11:57:17 - bf781f3
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16051211525829600000007477131
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. bf781f3 - Pág. 2
Número do documento: 16051211525829600000007477131
Fls.: 710

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 1
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 711

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 2
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 712

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16051211543906000000007477132
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 3
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 713

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 4
Número do documento: 16051211543906000000007477132
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 5
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 715

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 6
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 716

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 7
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 717

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 8
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 718

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 9
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 719

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 10
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 720

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 11
Número do documento: 16051211543906000000007477132
Fls.: 721

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 12
Número do documento: 16051211543906000000007477132
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 13
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 14
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 15
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 17
Número do documento: 16051211543906000000007477132
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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 5c3da47 - Pág. 20
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Fls.: 734

SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reserva de iguais poderes, aos advogados e estagiários


abaixo relacionados:

MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/MG sob o n°
56.526; FERNANDO ANTONIO FRAGA FERREIRA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/MG
sob o nº 56.549; ADEILSON LINO DE SOUZA JUNIOR, Brasileiro, solteiro, advogado inscrito OAB MG
nº 133998; AFONSO FERREIRA DA SILVA JUNIOR, brasileiro, casado, inscrito na OAB/MG sob o nº
57.178; ALEXANDRE SCHMITT DA SILVA MELLO, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB RS
43.038; AMANDA FERNANDES GUIMARAES VAZ, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG
sob o nº 152.289; ANDRÉIA CRISTINE DA SILVA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG
sob o n° 123.859; BARBARA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita
na OAB/MG sob o nº 155.815; BRUNA LUIZA DE OLIVEIRA, brasileira, solteira, inscrita na OAB/MG
154.222; BRUNO MARK NUNES E SOUSA, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 146.459;
CAMILA DE ABREU FONTES DE OLIVEIRA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG sob o
nº 115.807; CAMILA DIAS PEREIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº
104.625; CLARA DEL PAPA E SILVA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº
145,060; CINTHIA CADAR RANGEL, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº
136.311; CINTIA DIAS PEREIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG 136.311; DANIELA
MARQUES BATISTA SANTOS DE ALMEIDA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG sob o
nº 108.354; DANIELLE TOLEDO DA CONCEIÇÃO, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB MG
136.347; DAVIDSON MALACCO FERREIRA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/MG sob o
nº 83.110; FABIANA PORTO MATTOS, brasileira, advogada, inscrita na OAB/MG 115.371; FERNANDA
DE FÁTIMA JORGE GOUVÊA, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/MG 137.751; FLÁVIA DE
OLIVEIRA MOREIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG n. 146.506; FLAVIA MORATO
E SILVA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB MG sob o nº156.202; IGOR REINGARD LEÃO
DE MELO, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 163.951; GUSTAVO PEREIRA CARNEIRO,
brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 162.910; HEBERT CHIMICATTI, brasileiro, casado,
advogado, inscrito na OAB/MG sob o n° 74.341; ICARO JACINTO MENDONCA, brasileiro, casado,
advogado inscrito na OAB MG 126.145; LARISSA RODRIGUES D’ANGELIS, brasileira, solteira,
advogada inscrita na OAB MG 151.780; LUCIANA CRISTINA MARTINS RIBEIRO GIARDINI, brasileira,
casada, inscrita na OAB/MG 138.840; LETÍCIA MARIA FERREIRA QUINTÃO, brasileira, casada, inscrita
na OAB/MG 121.605; LIDIANE ARAÚJO REIS COELHO, brasileira, casada, inscrita na OAB/MG sob o
nº. 150.093; LUDMILA PRATES SENA, brasileira, casada, advogada inscrita na OAB MG 97.583; LUIS
FELIPE DE LIMA BARBOSA, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG sob o nº 164.885,
LUCAS GALDINO DE ABREU, brasileiro, solteiro, advogado, inscrita na OAB/MG sob o nº 154.337;
JESSICA PAULA PEREIRA REIS, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB MG 167.022; MARCELLA
PRADO DE PAULA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº 158.394; MARINA
SILVA TORQUETTI DROSGHIC, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/MG sob o n.
153.770; MATHEUS MENDONÇA GOULART ALVES, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG
sob o nº 151.125; MICHELLE DAMASCENO DE ARAÚJO BRAGANÇA, brasileira, casada, advogada
inscrita na OAB/MG 148.326; NAYARA DUTRA DE MORAIS, brasileira, solteira, advogada inscrita na
OAB MG 167.011; RAFAELA RIBEIRO FORTES, brasileira, solteira, inscrita na OAB/MG 160.487; RAQUEL
SOUZA CARDOZO, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG 137.527; PATRÍCIA FREITAS
SOARES DE MOURA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG 158.247; RENILDO CAMPOS

Assinado eletronicamente por: MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS - 12/05/2016 11:57:20 - 8b3676b
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16051211564541100000007477178
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 8b3676b - Pág. 1
Número do documento: 16051211564541100000007477178
Fls.: 735

MONTEIRO, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 162.955; ROBERSON REZENDE


RIBEIRO, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/MG 129.859; ROBERTO DE ALCÂNTARA
BERNARDES JUNIOR, brasileiro, solteiro advogado inscrito na OAB 146.996; SARAH ALVES RIBEIRO,
brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/MG 158.136; SILVIA PEREIRA SANTANA, brasileira,
solteira, advogada inscrita na OAB/MG 149.612; SIMONE ALMEIDA RIBEIRO DE SOUZA, brasileira,
casada, advogada, inscrita na OAB/MG 158.135; THAIS FAGUNDES AVELAR, brasileira, advogada,
inscrita na OAB/MG 157.672; THAYS CARDOSO SANTOS, brasileira, solteira, inscrita na OAB/MG
152.836; VANESSA ABELHA DE FUCCIO BARBOSA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na
OAB/MG sob o nº 102.057; VANESSA DE SOUSA PINTO MARTINS CRUZ, brasileira, solteira,
advogada, inscrita OAB/MG sob o nº 157.008; VICTORIA FREIRE AMORIM XIMENES, brasileira,
solteira, advogada inscrita na OAB MG 167.122, VITOR ALVARENGA DO CARMO, brasileiro, solteiro,
advogado inscrito na OAB MG 162.238; VIVIANE MARIA DE OLIVEIRA, brasileira, solteira, advogada
inscrita na OAB MG 167.628, YURI AMIN ATAÍDES, solteiro, advogado inscrito na OAB/MG 135354.

Nestes termos pede deferimento.

Belo Horizonte, 13 de abril de 2016.

MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS


OAB/MG 56.526

DANIELA MARQUES B. S. DE ALMEIDA


OAB/MG 108.354

VANESSA ABELHA DE FUCCIO BARBOSA


OAB/MG 102.057

Assinado eletronicamente por: MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS - 12/05/2016 11:57:20 - 8b3676b
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16051211564541100000007477178
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 8b3676b - Pág. 2
Número do documento: 16051211564541100000007477178
Fls.: 736

Venho através da presente, solicitar minha habilitação nos autos, requerendo assim, pois, que as
publicações pertinentes ao mesmo, realizadas nesta instância recursal, sejam feitas em nome deste I.
Procurador, sob pena de nulidade.

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 16/12/2017 07:03:58 - f7ff013
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17121607005907300000044718190
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f7ff013 - Pág. 1
Número do documento: 17121607005907300000044718190
Fls.: 737

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 16/12/2017 07:03:59 - f9a5468
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17121607034236200000044718216
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f9a5468 - Pág. 1
Número do documento: 17121607034236200000044718216
Fls.: 738

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO - PJE
OJC DE ANÁLISE DE RECURSO
Relator: NIVALDO STANKIEWICZ
ROT 0000855-55.2013.5.12.0004
RECORRENTE: SAURA CONSULTORIA EIRELI - EPP
RECORRIDO: BANCO DO BRASIL SA E OUTROS (3)

CERTIDÃO

Certifico que os autos tramitaram no Tribunal Superior do


Trabalho em meio eletrônico e que em 29.10.2021 o arquivo correspondente foi
baixado pelo sistema e-Remessa, conforme junto a seguir.

FLORIANOPOLIS/SC, 29 de outubro de 2021.

LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ


Assessor

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - dfac2c7
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21102912563927200000018376757?instancia=2
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21102912563927200000018376757
Fls.: 739

Tribunal Superior do Trabalho

001 / 001
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO
DE REVISTA
AIRR - 855-55.2013.5.12.0004
* 00008555520135120004*
Volumes Documentos Apensos Volumes de Apensos
1/1 0 0 0
6ª Turma
Relator: Ministro Augusto César Leite de Carvalho
* 00008555520135120004*
AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

Tramitação Eletrônica
PJe-JT/eRemessa
3376240

Lei 13.015/2014
Assunto : Tomador de Serviços / Terceirização
Assunto : Enquadramento
Assunto : Julgamento Extra / Ultra / Citra Petita
Data da Autuação: 20/01/2016
Processo TRT: RO-855-55.2013.5.12.0004

Partes:
AGRAVANTE(S): BANCO DO BRASIL S.A.
Advogado: Louise Rainer Pereira Gionédis
Advogado: Marcos Caldas Martins Chagas
AGRAVANTE(S): SAURA CONSULTORIA EIRELI
Advogado: Everson Souza Saura Silva
Advogado: Laurinda Nunes da Silva
AGRAVADO(S): LUANA ROBERTA RABELO
Advogado: Luciano Brittes

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AIRR - 855-55.2013.5.12.0004 * 00008555520135120004* 3376240

* 00008555520135120004*
AIRR - 855-55.2013.5.12.0004 3376240

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 740
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

COORDENADORIA DE CLASSIFICAÇÃO, AUTUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS - CCADP

TERMO DE RECEBIMENTO E AUTUAÇÃO DE PROCESSO

Processo nº TRT 855-55.2013.5.12.0004 recebido nesta Coordenadoria


em 16/12/2015, autuado em 20/01/2016, sob o nº AIRR - 855-
55.2013.5.12.0004

Firmado por Assinatura Eletrônica


EURICO MARCELINO REGUEIRA COSTA NETO
Assistente 2
Coordenadoria de Classificação, Autuação e
Distribuição de Processos

TERMO DE DISTRIBUIÇÃO E CONCLUSÃO


Certifico que o processo foi distribuído, mediante sorteio, ao
Exmo. Sr. Ministro Augusto César Leite de Carvalho, Relator, na 6ª
Turma, razão pela qual faço conclusos os autos.
Em 01/02/2016.

Firmado por Assinatura Eletrônica


RONALDO EUSTÁQUIO DE ANDRADE
Coordenador

3376240

Firmado por assinatura eletrônica em 21/01/2016, pelo Sistema de Informações Judiciárias, nos
termos da Lei nº 11.419/2006.
APDIS209

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 741

EXMO(A). SR(A). MINISTRO(A) PRESIDENTE DA 6ª TURMA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL, por seus advogados que esta subscrevem, nos autos da
Reclamação Trabalhista em que contende com LUANA ROBERTA RABELO, vem,
respeitosamente, perante V.Exa., por meio de seus procuradores abaixo assinados,
REQUERER juntada de procuração, contrato social e substabelecimento anexos.

Outrossim, REQUER que todas as futuras notificações sejam procedidas


exclusivamente em nome de MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS, inscrito na OAB/PE sob o
n. 1.930-A, com escritório na Rua Bernardo Guimarães n. 1.986, bairro Lourdes, Belo Horizonte,
MG, CEP 30.140-082, sob pena de nulidade.

Pede e espera deferimento.

Belo Horizonte/MG, 12 de maio de 2016.

MARCOS CALDAS M. CHAGAS

OAB/PE 1.930-A

DAVIDSON MALACCO FERREIRA

OAB/MG 83.110

ALEX SANTANA DE NOVAIS

OAB/MG 64.101

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Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 766

SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reserva de iguais poderes, aos advogados e estagiários


abaixo relacionados:

MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/MG sob o n°
56.526; FERNANDO ANTONIO FRAGA FERREIRA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/MG
sob o nº 56.549; ADEILSON LINO DE SOUZA JUNIOR, Brasileiro, solteiro, advogado inscrito OAB MG
nº 133998; AFONSO FERREIRA DA SILVA JUNIOR, brasileiro, casado, inscrito na OAB/MG sob o nº
57.178; ALEXANDRE SCHMITT DA SILVA MELLO, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB RS
43.038; AMANDA FERNANDES GUIMARAES VAZ, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG
sob o nº 152.289; ANDRÉIA CRISTINE DA SILVA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG
sob o n° 123.859; BARBARA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita
na OAB/MG sob o nº 155.815; BRUNA LUIZA DE OLIVEIRA, brasileira, solteira, inscrita na OAB/MG
154.222; BRUNO MARK NUNES E SOUSA, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 146.459;
CAMILA DE ABREU FONTES DE OLIVEIRA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG sob o
nº 115.807; CAMILA DIAS PEREIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº
104.625; CLARA DEL PAPA E SILVA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº
145,060; CINTHIA CADAR RANGEL, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº
136.311; CINTIA DIAS PEREIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG 136.311; DANIELA
MARQUES BATISTA SANTOS DE ALMEIDA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG sob o
nº 108.354; DANIELLE TOLEDO DA CONCEIÇÃO, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB MG
136.347; DAVIDSON MALACCO FERREIRA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/MG sob o
nº 83.110; FABIANA PORTO MATTOS, brasileira, advogada, inscrita na OAB/MG 115.371; FERNANDA
DE FÁTIMA JORGE GOUVÊA, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/MG 137.751; FLÁVIA DE
OLIVEIRA MOREIRA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG n. 146.506; FLAVIA MORATO
E SILVA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB MG sob o nº156.202; IGOR REINGARD LEÃO
DE MELO, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 163.951; GUSTAVO PEREIRA CARNEIRO,
brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 162.910; HEBERT CHIMICATTI, brasileiro, casado,
advogado, inscrito na OAB/MG sob o n° 74.341; ICARO JACINTO MENDONCA, brasileiro, casado,
advogado inscrito na OAB MG 126.145; LARISSA RODRIGUES D’ANGELIS, brasileira, solteira,
advogada inscrita na OAB MG 151.780; LUCIANA CRISTINA MARTINS RIBEIRO GIARDINI, brasileira,
casada, inscrita na OAB/MG 138.840; LETÍCIA MARIA FERREIRA QUINTÃO, brasileira, casada, inscrita
na OAB/MG 121.605; LIDIANE ARAÚJO REIS COELHO, brasileira, casada, inscrita na OAB/MG sob o
nº. 150.093; LUDMILA PRATES SENA, brasileira, casada, advogada inscrita na OAB MG 97.583; LUIS
FELIPE DE LIMA BARBOSA, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG sob o nº 164.885,
LUCAS GALDINO DE ABREU, brasileiro, solteiro, advogado, inscrita na OAB/MG sob o nº 154.337;
JESSICA PAULA PEREIRA REIS, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB MG 167.022; MARCELLA
PRADO DE PAULA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº 158.394; MARINA
SILVA TORQUETTI DROSGHIC, brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/MG sob o n.
153.770; MATHEUS MENDONÇA GOULART ALVES, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG
sob o nº 151.125; MICHELLE DAMASCENO DE ARAÚJO BRAGANÇA, brasileira, casada, advogada
inscrita na OAB/MG 148.326; NAYARA DUTRA DE MORAIS, brasileira, solteira, advogada inscrita na
OAB MG 167.011; RAFAELA RIBEIRO FORTES, brasileira, solteira, inscrita na OAB/MG 160.487; RAQUEL
SOUZA CARDOZO, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG 137.527; PATRÍCIA FREITAS
SOARES DE MOURA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/MG 158.247; RENILDO CAMPOS

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 767

MONTEIRO, brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB MG 162.955; ROBERSON REZENDE


RIBEIRO, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/MG 129.859; ROBERTO DE ALCÂNTARA
BERNARDES JUNIOR, brasileiro, solteiro advogado inscrito na OAB 146.996; SARAH ALVES RIBEIRO,
brasileira, solteira, advogada inscrita na OAB/MG 158.136; SILVIA PEREIRA SANTANA, brasileira,
solteira, advogada inscrita na OAB/MG 149.612; SIMONE ALMEIDA RIBEIRO DE SOUZA, brasileira,
casada, advogada, inscrita na OAB/MG 158.135; THAIS FAGUNDES AVELAR, brasileira, advogada,
inscrita na OAB/MG 157.672; THAYS CARDOSO SANTOS, brasileira, solteira, inscrita na OAB/MG
152.836; VANESSA ABELHA DE FUCCIO BARBOSA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na
OAB/MG sob o nº 102.057; VANESSA DE SOUSA PINTO MARTINS CRUZ, brasileira, solteira,
advogada, inscrita OAB/MG sob o nº 157.008; VICTORIA FREIRE AMORIM XIMENES, brasileira,
solteira, advogada inscrita na OAB MG 167.122, VITOR ALVARENGA DO CARMO, brasileiro, solteiro,
advogado inscrito na OAB MG 162.238; VIVIANE MARIA DE OLIVEIRA, brasileira, solteira, advogada
inscrita na OAB MG 167.628, YURI AMIN ATAÍDES, solteiro, advogado inscrito na OAB/MG 135354.

Nestes termos pede deferimento.

Belo Horizonte, 13 de abril de 2016.

MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS


OAB/MG 56.526

DANIELA MARQUES B. S. DE ALMEIDA


OAB/MG 108.354

VANESSA ABELHA DE FUCCIO BARBOSA


OAB/MG 102.057

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Fls.: 768

SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reservas, os poderes que me foram conferidos por


BANCO DO BRASIL S.A. a:

DIANA BRUNHAUSER, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SC sob o nº.


21.466;

RENATA PEREIRA MONTE, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SC sob


o n° 35.517;

ROBERTA LIMA FREIRE, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SC sob o nº


42.973-A;

THAYSE STIEVEN FLECK, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SC sob o


nº 28.767;

SABRINA WISINTAINER LOPES, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SC


sob o n° 44.346;

Nestes termos, pede deferimento.

Belo Horizonte, 01 de abril de 2016.

MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS

OAB/SC 42.978-A

ROBERSON REZENDE RIBEIRO

OAB/MG 129.859

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Fls.: 769

Tribunal Superior do Trabalho


SIJ - Sistema de Informações Judiciárias
Módulo de Recebimento de Petições Eletrônicas

Comprovante Interno de Recebimento de Petição Eletrônica

Data de recebimento da Petição: 12/05/2016 12:14


Número de Protocolo: 15293380
Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Petição TST: Pet - 100405-06/2016
Processo no TST: AIRR - 855-55.2013.5.12.0004
Assunto(s): Instrumento de Mandato
Assinada digitalmente por: MARCOS CALDAS MARTINS CHAGAS (CPF 72154098649 )

* 15293380*
Edoc - 15293380

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Processo Nº AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

Visto

Visto. À pauta.

Brasília, 27 de agosto de 2021.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei nº 11.419/2006)


AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator

Firmado por assinatura eletrônica em 27/08/2021 pelo Exmo. Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO, por
meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei nº 11.419/2006.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 771

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

CERTIDÃO DE INCLUSÃO EM
PAUTA DE JULGAMENTO

Processo - TST- AIRR-855-55.2013.5.12.0004

Certifico que o presente processo foi


incluído em pauta para julgamento virtual de
21/09/2021 a 28/09/2021 00:00, conforme divulgado no
Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho em
30/08/2021, sendo considerado publicado em 31/08/2021,
nos termos do art. 4º, § 3º, da Lei nº 11.419/06.

6ª Turma, 30 de agosto de 2021

Firmado por Assinatura Eletrônica


GILSON RODRIGUES BORGES
Assistente 4

Firmado por assinatura eletrônica em 30/08/2021 por GILSON RODRIGUES BORGES, Assistente 4, pelo Sistema de Informações Judiciárias, nos termos
da Lei nº 11.419/2006.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 772

6ª Turma

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100450C27669A6F47A.
PROCESSO Nº TST-AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

CERTIFICO que a 6ª Turma do Tribunal Superior do


Trabalho, em Sessão Virtual com início à 0 hora do dia 21/09/2021 e
encerramento à 0 hora do dia 28/09/2021, sob a presidência do Exmo.
Ministro Augusto César Leite de Carvalho, Relator, com participação
dos Exmos. Ministros Lelio Bentes Corrêa e Kátia Magalhães Arruda,
DECIDIU, por unanimidade: I) não conhecer do agravo de instrumento
do Banco do Brasil; II) negar provimento ao agravo de instrumento da
primeira reclamada.

Agravante(s): BANCO DO BRASIL S.A.


Agravante(s): SAURA CONSULTORIA EIRELI
Agravado(s): LUANA ROBERTA RABELO

Para constar, lavro a presente certidão, do que dou fé.


Brasília, 29 de setembro de 2021.

Firmado por Assinatura Eletrônica

EDILEUZA MARIA COSTA CUNHA


Secretária da 6ª Turma

Firmado por assinatura eletrônica em 28/09/2021 pelo(a) Secretária da 6ª Turma, EDILEUZA MARIA COSTA CUNHA por meio do Sistema
de Informações Judiciárias, nos termos da Lei nº 11.419/2006.

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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

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ACÓRDÃO
(6ª Turma)
GMACC/src/m

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO DO SEGUNDO


RECLAMADO (BANCO DO BRASIL). RECURSO
DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. O
agravante não se insurgiu contra o
fundamento adotado na decisão agravada, no
sentido de não haver prequestionamento no
acórdão recorrido em relação à
responsabilidade subsidiária do Banco do
Brasil, nos termos da Súmula 297 do TST.
Nesse contexto, o agravo de instrumento está
desfundamentado, nos termos da Súmula 422,
I, desta Corte. Agravo de instrumento não
conhecido.
II - AGRAVO DE INSTRUMENTO DA PRIMEIRA
RECLAMADA. RECURSO DE REVISTA SOB A
ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. REQUISITOS DO
ART. 896, §1º-A, DA CLT, ATENDIDOS.
EMPREGADO DE CORRESPONDENTE
BANCÁRIO. ENQUARAMENTO COMO
BANCÁRIO. Os arestos colacionados nas
razões de recurso de revista ou são inservíveis
para a demonstração da divergência
jurisprudencial, por serem oriundos de turmas
deste TST (art. 896, alínea a, da CLT), ou são
inespecíficos, nos termos da Súmula 296, I, do
TST, por tratarem da questão sob o prisma do
banco postal, situação fática bastante distinta
da ora analisada. Por outro lado, os arestos
colacionados nas razões de agravo de
instrumento (fls. 671-674) implicam vedada
inovação recursal, pois não constam das razões
de recurso de revista. No tocante aos artigos

Firmado por assinatura digital em 29/09/2021 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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Fls.: 774

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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.2

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PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

14 da Lei 4.728/1965, 3º, V, e 4º, VI e VIII, 17 e


18, §1º, da Lei 4.595/1964, não há como
reconhecer violação direta dos referidos
dispositivos, os quais não tratam
especificamente do enquadramento dos
empregados dos correspondentes bancários.
Por fim, não houve aplicação da Súmula 55 do
TST, sendo, de qualquer forma, incabível a
alegação de violação dos artigos 128 e 460 do
CPC/1973. Agravo de instrumento não provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de


Instrumento em Recurso de Revista n° TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004, em que são
Agravante BANCO DO BRASIL S.A. e SAURA CONSULTORIA EIRELI e Agravado LUANA
ROBERTA RABELO.

Trata-se de agravos de instrumento interpostos contra decisão


mediante a qual se denegou seguimento aos recursos de revista.
Procura-se demonstrar a satisfação dos pressupostos para o
processamento dos recursos obstados.
Contraminuta ao agravo de instrumento e contrarrazões ao
recurso de revista da primeira reclamada (SAURA CONSULTORIA EIRELI) foram
apresentadas às fls. 684-696 e 697-708 (numeração de fls. verificada na visualização
geral do processo eletrônico – todos os PDFs – assim como todas as indicações
subsequentes).
Os autos não foram enviados ao Ministério Público do Trabalho,
por força do artigo 95, § 2º, do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho.
É o relatório.

VOTO

I – AGRAVO DE INSTRUMENTO DO BANCO DO BRASIL S.A.

1 - CONHECIMENTO

Firmado por assinatura digital em 29/09/2021 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 775

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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.3

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PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

Convém destacar que o apelo obstaculizado rege-se pela Lei


13.015/2014, tendo em vista haver sido interposto contra decisão publicada em
15/04/2015, após iniciada a eficácia da aludida norma, em 22/9/2014.
O Tribunal a quo denegou seguimento ao recurso de revista, por
meio da seguinte decisão, in verbis:

ȊPRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso
apresentado em 30/07/2015).
Regular a representação processual (id. d25e9d9).
Satisfeito o preparo (ids. 744f319, 05b7601 e cddd3be).
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Responsabilidade Solidária/Subsidiária / Tomador de
Serviços/Terceirização.
Alegação(ões):
- violação dos arts. 5º, II e XXXVI, 114 e 170 da Constituição Federal.
- violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.
- divergência jurisprudencial.
O Banco do Brasil S/A alega que, por expressa vedação legal, não pode
ser responsabilizado subsidiariamente pelos encargos trabalhistas
inadimplidos por empresa prestadora de serviços contratada mediante prévio
procedimento licitatório. Também sustenta ser imprescindível a comprovação
de ausência de fiscalização no cumprimento do contrato, que não ocorreu,
circunstância que impõe sua exclusão do pólo passivo da presente demanda.
Consta do acórdão que circunscreve-se ao exame do recurso da outra
demandada:
O contrato de prestação de serviços e a prova oral
evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação
de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade
bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas
pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene
de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação
de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.
Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para
ampliar a sua área de atuação e potencializar sua atividade
econômica, a ela repassando serviços correspondentes à sua
atividade-fim. A prestadora atuava como verdadeira agência
bancária, com a realização de transações a ela inerentes.

Firmado por assinatura digital em 29/09/2021 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 776

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.4

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1004513FF6DE50639C.
PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

Destarte, constatado que a atividade preponderante da


ex-empregadora da autora era de uma instituição bancária,
correta a decisão de piso que enquadra a empregada nessa
categoria (art. 511, § 3º, da CLT), concedendo-lhe os benefícios
legais e convencionais pertinentes.
Inviável a análise do recurso, uma vez que o Colegiado não adotou tese
específica sobre a matéria responsabilidade subsidiária, invocada pela
parte recorrente. Ausente o prequestionamento, incide o óbice indicado na
Súmula nº 297 do TST.
Observo, outrossim, que o Banco do Brasil S/A não recorreu da
condenação subsidiária que lhe foi imputada na primeira instância,
ocasionando a preclusão do debate respectivo.
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista ”fls. 591-592).

O agravante não se insurgiu contra o fundamento adotado na


decisão agravada, no sentido de não haver prequestionamento no acórdão recorrido
em relação à responsabilidade subsidiária do Banco do Brasil, nos termos da Súmula
297 do TST.
Nesse contexto, o agravo de instrumento está
desfundamentado, nos termos da Súmula 422, I, desta Corte.
Não conheço.

II – AGRAVO DE INSTRUMENTO DA PRIMEIRA RECLAMADA


(SAURA CONSULTORIA EIRELI)

1 - CONHECIMENTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conheço do


agravo de instrumento.

Convém destacar que o apelo obstaculizado rege-se pela Lei


13.015/2014, tendo em vista haver sido interposto contra decisão publicada em
15/04/2015, após iniciada a eficácia da aludida norma, em 22/9/2014.

2 – MÉRITO

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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.5

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PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

O Tribunal a quo denegou seguimento ao recurso de revista, por


meio da seguinte decisão, in verbis:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 29/07/2015; recurso
apresentado em 06/08/2015).
Regular a representação processual (id. 589600).
Satisfeito o preparo (ids. 1389184, 1389194, 744f319, 13447d7 e
f36b99c).
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL / BANCÁRIO / ENQUADRAMENTO
Alegação(ões):
- violação dos arts. 3º, V, 4º, VI e VIII, 17 e 18, §1º, da Lei nº 4.595/64, 14
da Lei nº 4.728/65.
- divergência jurisprudencial.
- violação dos arts. 3º, § 2º, da Resolução 3.594/11 e art. 8º, I ao IX, da
Resolução 3.954/2011, ambas do BACEN.
Insurge-se contra a declaração de ilicitude da terceirização e
correspondente reconhecimento da equiparação da autora à categoria dos
bancários e, por corolário, a carga horária de 06 horas diárias e 36 semanais,
estabelecida no art. 224 da CLT, diferenças salariais e auxílio cesta
alimentação.
Os fundamentos do acórdão já foram trasladados no recurso anterior.
Diante do enquadramento da autora como bancária, não há cogitar
violação direta e literal aos textos legais indicados.
Ademais, estando a controvérsia decidida com base nos elementos de
prova disponíveis nos autos, à insurgência aplica-se o óbice insculpido na
Súmula nº 126 do TST, segundo a qual a discussão dos fatos e das provas
finda nesta instância trabalhista.
Por outro lado, os modelos colacionados não colidem com os
fundamentos do julgado, uma vez que apresentam soluções compatíveis com
conjuntos fático e probatório diversos, específicos das demandas das quais
foram extraídos (Súmula nº 296 do TST).
Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a transcrição de
decisões oriundas de Turma do TST ou da lavra do Tribunal prolator do
acórdão recorrido não se presta ao fim pretendido (exegese da alínea a do
art. 896 da CLT).
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / ATOS PROCESSUAIS /
NULIDADE / JULGAMENTO EXTRA/ULTRA/CITRA PETITA
Alegação(ões):
- violação dos arts. 128 e 460 do CPC.
- divergência jurisprudencial.

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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.6

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PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

Almeja a exclusão da condenação à equiparação da função exercida


pela Recorrida com a de bancário com os respectivos consectários daí
decorrentes, uma vez que a fundamentação aplicada ao caso em tela não foi
requerida pela parte e sequer foi questionada ao longo da instrução
processual, revelando-se tal decisão como extra petita.
Consta do acórdão:
O contrato de prestação de serviços e a prova oral
evidenciam que a única atividade da primeira ré era a prestação
de serviços em prol do segundo réu, na realização de atividade
bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas
pelo CMN (art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene
de dúvidas que houve desvirtuamento do contrato de
correspondente bancário e clara terceirização ilícita da prestação
de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg. TST.
(grifei)
A alteração do decidido dependeria do revolvimento da prova
produzida (ou de fatos e provas), vedado pela Súmula nº 126 do TST, o que
impõe a denegação do seguimento da revista.
Registro, ademais, a inconsistência da tese de possível afronta direta e
literal aos dispositivos legais apontados, que não contêm disposição específica
e contrária àquela consignada no acórdão.
Quanto aos subsídios jurisprudenciais, alerto que a transcrição de
decisões oriundas de Turma do TST ou da lavra do Tribunal prolator do
acórdão recorrido não se presta ao fim pretendido (exegese da alínea a do
art. 896 da CLT).
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista ”fls. 592-593)

Foi consignado no acórdão regional:

O contrato de prestação de serviços firmados entre as partes dispõe o


seguinte (ID 590160):
1.1. Este instrumento tem por objeto a contratação da
empresa SAURA SILVA & RICOLDI LTDA. para o desempenho das
funções de Correspondente no País, com vistas à execução e ao
processamento de transações referentes aos seguintes serviços:
I) recepção e encaminhamento de propostas de aberturas
de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança;
II) recebimentos e pagamentos relativos a contas de
depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações
e resgates em fundos de investimento;

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PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

III) recebimentos, pagamentos e outras atividades


decorrentes de convênios de prestação de serviços mantidos pelo
contratante na forma da regulamentação em vigor;
IV) execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em
nome do contratante;
V) recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos
e financiamentos;
VI) análise de crédito e cadastro;
VII) execução de serviços de cobrança;
VIII) recepção e encaminhamento de propostas de emissão
de cartões de crédito;
IX) outros serviços de controle, inclusive processamento de
dados, das operações pactuadas;
X) outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
Tais atividades, além de típicas da função bancária, englobam
praticamente toda a rotina de um trabalhador bancário, transformando o
suposto "correspondente bancário" em uma tradicional agência de banco.
Nesse sentido corrobora o depoimento da única testemunha ouvida,
indicada pela autora, a qual asseriu que as atividades dela e da autora
envolviam (ID 1097466, p. 1):
(...) captar clientes e vender produtos do 2º demandado:
empréstimos, abertura de contas, seguro de vida e seguro
prestamista, título de capitalização, basicamente. Os
procedimentos que eram realizados pela depoente e pela autora
implicavam o cadastro do cliente, conferência e recebimento de
documentos, inserção dos dados no sistema da 1ª demandada e
encaminhamento para que o fechamento das operações fosse
realizado pela agência do 2º demandado.
Por mais que a primeira ré insista na tese da legalidade da terceirização,
não houve sequer observância das disposições da Resolução nº 3.954/11 do
Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o tema.
O artigo 3º, § 2º, da resolução citada consigna o seguinte:
Art. 3º - Somente podem ser contratados, na qualidade de
correspondente, as sociedades, os empresários, as associações
definidos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
os prestadores de serviços notariais e de registro de que trata a
Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, e as empresas públicas.
(...)
§ 2º - É vedada a contratação, para o desempenho das
atividades de atendimento definidas nos incisos I, II, IV e VI do art.
8º, de entidade cuja atividade principal seja a prestação de
serviços de correspondente.

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Fls.: 780

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.8

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PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

A previsão contida nos incisos I, II, IV e VI do art. 8º encontram guarida


nas serviços elencados no contrato de prestação de serviços firmado entre as
partes (vide transcrição supra).
O contrato de prestação de serviços e a prova oral evidenciam que a
única atividade da primeira ré era a prestação de serviços em prol do segundo
réu, na realização de atividade bancária como correspondente.
Esse fato caracteriza clara violação às disposições traçadas pelo CMN
(art. 3º, § 2º, da Resolução n. 3.594/11), restando indene de dúvidas que houve
desvirtuamento do contrato de correspondente bancário e clara terceirização
ilícita da prestação de serviços, na forma do item I da Súmula nº 331 do Eg.
TST.
Ora, o Banco valia-se dos empregados da primeira ré para ampliar a sua
área de atuação e potencializar sua atividade econômica, a ela repassando
serviços correspondentes à sua atividade-fim. A prestadora atuava como
verdadeira agência bancária, com a realização de transações a ela inerentes.
Destarte, constatado que a atividade preponderante da
ex-empregadora da autora era de uma instituição bancária, correta a decisão
de piso que enquadra a empregada nessa categoria (art. 511, § 3º, da CLT),
concedendo-lhe os benefícios legais e convencionais pertinentes.
A manutenção da decisão de fundo afasta de plano os pleitos recursais
de imputação à autora de multa por litígio de má-fé e das custas processuais e
condenação ao pagamento de honorários advocatícios.
Nego provimento ao recurso ”fls. 453-455).

Inconformada, a reclamada interpõe o presente agravo de


instrumento às fls. 640-679, insurgindo-se em relação aos temas terceirização ilícita –
enquadramento como bancário e julgamento extra petita”. Alega que o empregado do
correspondente bancário não pode ser enquadrado como bancário e que a reclamante
não pleiteou a aplicação da Súmula 55 do TST. Aponta violação dos artigos 128 e 460 do
CPC/1973, 14 da Lei 4.728/1965, 3º, V, e 4º, VI e VIII, 17 e 18, §1º, da Lei 4.595/1964.
Colaciona arestos.
Examino.
Em razões iniciais, é de se frisar que o recurso de revista
obstaculizado é regido pela Lei 13.015/2014; logo, o reexame de sua admissibilidade
torna necessário analisar o cumprimento dos requisitos do art. 896, § 1º-A, incisos I, II e
III, da CLT, inseridos pela aludida lei.
No caso em tela, estão satisfeitos os requisitos do art. 896, § 1º-A,
da CLT, com a redação dada pela Lei 13.015/2014.

Firmado por assinatura digital em 29/09/2021 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 781

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.9

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1004513FF6DE50639C.
PROCESSO Nº TST-AIRR-855-55.2013.5.12.0004

Contudo, o recurso de revista não merece prosseguir, como se


demonstrará a seguir.
Os arestos colacionados nas razões de recurso de revista ou são
inservíveis para a demonstração da divergência jurisprudencial, por serem oriundos de
turmas deste TST (art. 896, alínea a, da CLT), ou são inespecíficos, nos termos da Súmula
296, I, do TST, por tratarem da questão sob o prisma do banco postal, situação fática
bastante distinta da ora analisada.
Por outro lado, os arestos colacionados nas razões de agravo de
instrumento (fls. 671-674) implicam vedada inovação recursal, pois não constam das
razões de recurso de revista.
No tocante aos artigos 14 da Lei 4.728/1965, 3º, V, e 4º, VI e VIII,
17 e 18, §1º, da Lei 4.595/1964, não há como reconhecer violação direta dos referidos
dispositivos, os quais não tratam especificamente do enquadramento dos empregados
dos correspondentes bancários.
Por fim, não houve aplicação da Súmula 55 do TST, sendo, de
qualquer forma, incabível a alegação de violação dos artigos 128 e 460 do CPC/1973.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do


Trabalho, por unanimidade: I) não conhecer do agravo de instrumento do Banco do
Brasil; II) negar provimento ao agravo de instrumento da primeira reclamada.
Brasília, 29 de setembro de 2021.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator

Firmado por assinatura digital em 29/09/2021 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 782

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Certidão de Publicação de Acórdão

ACÓRDÃO DA 6ª TURMA

Processo nº AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

Agravante: BANCO DO BRASIL S.A.


Advogada: Dra. Louise Rainer Pereira Gionédis
Advogado: Dr. Marcos Caldas Martins Chagas
Agravante: SAURA CONSULTORIA EIRELI
Advogado: Dr. Everson Souza Saura Silva
Advogada: Dra. Laurinda Nunes da Silva
Agravado: LUANA ROBERTA RABELO
Advogado: Dr. Luciano Brittes

Certifico que a ementa e a parte dispositiva, relativas ao acórdão prolatado

no processo em referência, com as partes e advogados acima indicados, foram

disponibilizadas no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho em 30/09/2021, sendo

consideradas publicadas em 01/10/2021, nos termos da Lei nº 11.419/2006.


Brasília, 01 de Outubro de 2021.

Firmado por Assinatura Eletrônica


FABIANCA DE BARROS
Técnico Judiciário

Firmado por assinatura eletrônica em 30/09/2021 pelo(a) FABIANCA DE BARROS, Técnico Judiciário por meio do Sistema de Informações
Judiciárias, nos termos da Lei nº 11.419/2006.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 783

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Processo Nº AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

CERTIDÃO

Certifico que, até o dia 25/10/2021, não houve interposição de recurso contra a decisão proferida
nestes autos.

Brasília, 28 de outubro de 2021.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei nº 11.419/2006)


LUIZ FERNANDO VIDIGAL MELLO

Firmado por assinatura eletrônica, em 28/10/2021, pelo(a) , LUIZ FERNANDO VIDIGAL MELLO, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos
termos da Lei nº 11.419/2006.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 784

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Processo Nº AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

TERMO DE REMESSA AO TRT

Nesta data, faço a remessa dos presentes autos ao Tribunal Regional do Trabalho, para as
providências cabíveis.

Brasília, 28 de outubro de 2021.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei nº 11.419/2006)


EDILEUZA MARIA COSTA CUNHA
Secretária da 6ª Turma

Firmado por assinatura eletrônica, em 28/10/2021, pelo(a) , LUIZ FERNANDO VIDIGAL MELLO, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos
termos da Lei nº 11.419/2006.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
Fls.: 785

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Processo Nº AIRR - 855-55.2013.5.12.0004

CERTIDÃO DE ORIGEM DE DOCUMENTO ELETRÔNICO

Certifico, nos termos do § 2° do art. 3° do Ato.Conjunto n° 10/2010 - TST.CSJT, que o presente


arquivo foi gerado por esta Corte para remessa eletrônica ao Tribunal Regional do Trabalho.

Brasília, 28 de outubro de 2021.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei nº 11.419/2006)


EDILEUZA MARIA COSTA CUNHA
Secretária da 6ª Turma

Firmado por assinatura eletrônica, em 28/10/2021, pelo(a) , LUIZ FERNANDO VIDIGAL MELLO, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos
termos da Lei nº 11.419/2006.

Assinado eletronicamente por: LAIS HELENA VIEIRA DA LUZ - Juntado em: 29/10/2021 12:57:11 - 8e86f01
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21102912565819000000018376760?instancia=2
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21102912565819000000018376760
Fls.: 786

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

Em cumprimento à determinação verbal do Dr. César Nadal


Souza, encaminho os autos ao Cejusc para fins de inclusão em pauta de conciliação.

Restando negativo, prossiga-se com a nomeação de perito.

JOINVILLE/SC, 05 de novembro de 2021.

ROSANE FERREIRA DE SOUZA


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: ROSANE FERREIRA DE SOUZA - Juntado em: 05/11/2021 09:08:38 - e295a74
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21110509045555600000044808841?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21110509045555600000044808841
Fls.: 787

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT/JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

CARTA REGISTRADA / DOE


Destinatário: LUANA ROBERTA RABELLO
Endereço desconhecido

Audiência: 01/12/2021 14:00

Link de Acesso a sala de espera do CEJUSC:

https://trt12-jus-br.zoom.us/j/89663880325

ID da reunião: 896 6388 0325

Fica V. Sa. intimado de que a audiência para TENTATIVA DE


CONCILIAÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

A audiência será realizada por meio de videoconferência (Portaria


Conjunta SEAP/GVP/SECOR n. 98 de 22/04/2020), utilizando-se a PLATAFORMA ZOOM,
sendo vedado o acesso das partes e dos advogados à Unidade Judiciária em razão das
restrições impostas na prevenção do contágio ao Covid-19.

É aconselhável o acesso por meio de computador (neste caso, o Google


Chrome deverá estar atualizado e se preferir poderá ser baixada a ferramenta no
endereço https://zoom.us/download), porém a plataforma também é acessível por
meio de telefone celular, devendo ser baixado o aplicativo ZOOM na Play Store e para
iOS na App Store

Os procuradores das partes ficam responsáveis pela comunicação de


seus clientes.

A ausência injustificada de qualquer das partes poderá ensejar a


aplicação da multa prevista no art. 334, §8º, do CPC, conforme deliberação do juízo de
origem.

Alegação de falta de interesse na conciliação não eximirá qualquer das


partes da obrigação de comparecer à sessão agora designada.

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 05/11/2021 09:59:37 - b239921
Fls.: 788

As partes deverão estar munidas de cálculos de liquidação, para que as


propostas apresentadas possam ser analisadas e debatidas em bases concretas e
coerentes.

A audiência de conciliação agora designada não prejudica, a princípio, a


audiência de instrução já designada ou a ser designada na Vara do Trabalho de origem,
se for o caso.

É importante registrar que a conciliação é a melhor forma de


pacificação dos conflitos e uma das prioridades impostas ao Poder Judiciário, motivo
pelo qual é dever das partes colaborar para que seja alcançada.

Antes mesmo da audiência ou até o encerramento desta, poderá a


parte por petição ou enviando e-mail para a unidade, justificar a ausência.

A justificativa da ausência deve ser relevante, podendo se relacionar


inclusive a questões de ordem técnica, tais como dificuldade ou impossibilidade de
utilização das ferramentas eletrônicas ou acesso à internet.

JOINVILLE/SC, 05 de novembro de 2021.

SIDNEI ROBERTO BRUSKE


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 05/11/2021 09:59:37 - b239921
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21110509593117900000044810159?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21110509593117900000044810159
Fls.: 789

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT/JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

CARTA REGISTRADA / DOE


Destinatário: SAURA SILVA E RICOLDY
Endereço desconhecido

Audiência: 01/12/2021 14:00

Link de Acesso a sala de espera do CEJUSC:

https://trt12-jus-br.zoom.us/j/89663880325

ID da reunião: 896 6388 0325

Fica V. Sa. intimado de que a audiência para TENTATIVA DE


CONCILIAÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

A audiência será realizada por meio de videoconferência (Portaria


Conjunta SEAP/GVP/SECOR n. 98 de 22/04/2020), utilizando-se a PLATAFORMA ZOOM,
sendo vedado o acesso das partes e dos advogados à Unidade Judiciária em razão das
restrições impostas na prevenção do contágio ao Covid-19.

É aconselhável o acesso por meio de computador (neste caso, o Google


Chrome deverá estar atualizado e se preferir poderá ser baixada a ferramenta no
endereço https://zoom.us/download), porém a plataforma também é acessível por
meio de telefone celular, devendo ser baixado o aplicativo ZOOM na Play Store e para
iOS na App Store

Os procuradores das partes ficam responsáveis pela comunicação de


seus clientes.

A ausência injustificada de qualquer das partes poderá ensejar a


aplicação da multa prevista no art. 334, §8º, do CPC, conforme deliberação do juízo de
origem.

Alegação de falta de interesse na conciliação não eximirá qualquer das


partes da obrigação de comparecer à sessão agora designada.

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 05/11/2021 09:59:37 - 3564507
Fls.: 790

As partes deverão estar munidas de cálculos de liquidação, para que as


propostas apresentadas possam ser analisadas e debatidas em bases concretas e
coerentes.

A audiência de conciliação agora designada não prejudica, a princípio, a


audiência de instrução já designada ou a ser designada na Vara do Trabalho de origem,
se for o caso.

É importante registrar que a conciliação é a melhor forma de


pacificação dos conflitos e uma das prioridades impostas ao Poder Judiciário, motivo
pelo qual é dever das partes colaborar para que seja alcançada.

Antes mesmo da audiência ou até o encerramento desta, poderá a


parte por petição ou enviando e-mail para a unidade, justificar a ausência.

A justificativa da ausência deve ser relevante, podendo se relacionar


inclusive a questões de ordem técnica, tais como dificuldade ou impossibilidade de
utilização das ferramentas eletrônicas ou acesso à internet.

JOINVILLE/SC, 05 de novembro de 2021.

SIDNEI ROBERTO BRUSKE


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 05/11/2021 09:59:37 - 3564507
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21110509593127300000044810160?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21110509593127300000044810160
Fls.: 791

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT/JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

CARTA REGISTRADA / DOE


Destinatário: BANCO DO BRASIL SA
Endereço desconhecido

Audiência: 01/12/2021 14:00

Link de Acesso a sala de espera do CEJUSC:

https://trt12-jus-br.zoom.us/j/89663880325

ID da reunião: 896 6388 0325

Fica V. Sa. intimado de que a audiência para TENTATIVA DE


CONCILIAÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

A audiência será realizada por meio de videoconferência (Portaria


Conjunta SEAP/GVP/SECOR n. 98 de 22/04/2020), utilizando-se a PLATAFORMA ZOOM,
sendo vedado o acesso das partes e dos advogados à Unidade Judiciária em razão das
restrições impostas na prevenção do contágio ao Covid-19.

É aconselhável o acesso por meio de computador (neste caso, o Google


Chrome deverá estar atualizado e se preferir poderá ser baixada a ferramenta no
endereço https://zoom.us/download), porém a plataforma também é acessível por
meio de telefone celular, devendo ser baixado o aplicativo ZOOM na Play Store e para
iOS na App Store

Os procuradores das partes ficam responsáveis pela comunicação de


seus clientes.

A ausência injustificada de qualquer das partes poderá ensejar a


aplicação da multa prevista no art. 334, §8º, do CPC, conforme deliberação do juízo de
origem.

Alegação de falta de interesse na conciliação não eximirá qualquer das


partes da obrigação de comparecer à sessão agora designada.

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 05/11/2021 09:59:37 - 681fe0c
Fls.: 792

As partes deverão estar munidas de cálculos de liquidação, para que as


propostas apresentadas possam ser analisadas e debatidas em bases concretas e
coerentes.

A audiência de conciliação agora designada não prejudica, a princípio, a


audiência de instrução já designada ou a ser designada na Vara do Trabalho de origem,
se for o caso.

É importante registrar que a conciliação é a melhor forma de


pacificação dos conflitos e uma das prioridades impostas ao Poder Judiciário, motivo
pelo qual é dever das partes colaborar para que seja alcançada.

Antes mesmo da audiência ou até o encerramento desta, poderá a


parte por petição ou enviando e-mail para a unidade, justificar a ausência.

A justificativa da ausência deve ser relevante, podendo se relacionar


inclusive a questões de ordem técnica, tais como dificuldade ou impossibilidade de
utilização das ferramentas eletrônicas ou acesso à internet.

JOINVILLE/SC, 05 de novembro de 2021.

SIDNEI ROBERTO BRUSKE


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 05/11/2021 09:59:37 - 681fe0c
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21110509593133600000044810161?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21110509593133600000044810161
Fls.: 793

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO


TRABALHO DE JOINVILLE– SANTA CATARINA.

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Reclamante:LUANA ROBERTA RABELO
Reclamadas:SAURA CONCULTORIA EIRELI EPP E OUTRO.

A reclamante por seu procurador infra-assinado,


vem perante Vossa Excelência informar e requerer o que segue:

Na inicial foi solicitado a juntada do


documento denominado de Regulamento de Pessoal do Banco do
Brasil, que dispões sobre o Plano de Carreira e as atividades
realizadas pelos trabalhadores que ingressam na carreira de
funcionários do Banco do Brasil mediante concurso público,
indicando, o salário inicial da carreira para a área
administrativa.

A n. Sentença de origem deferiu os direitos


requeridos pela reclamante nos seguintes termos:

“Defiro as diferenças salariais provenientes dos


direitos conferidos pelo BB aos seus
escriturários básicos (conforme previsto no
Regulamento de Pessoal e praticado na realidade
dos contratos), com as correções previstas nos
instrumentos coletivos e reflexos nos
consectários legais, além do pagamento do auxílio

_________________________________________________________________________________ 1
Rua Maestro Silvio Perini, 153 – Bucarein – Joinville – Santa Catarina – CEP 89202-270
Fone/Fax: (47)3027-1346 E-mail: lubrittes@uol.com.br

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 11/11/2021 16:10:58 - eaa7e92


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111116102719200000044936429
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. eaa7e92 - Pág. 1
Número do documento: 21111116102719200000044936429
Fls.: 794

refeição e do auxílio cesta alimentação, conforme


pedido.”.

Para a elaboração dos cálculos, com o objetivo de


apresentar na audiência de conciliação é preciso que o
segundo réu, Banco do Brasil S/A., faça a juntada do indicado
documento “Regulamento de Pessoal do Banco do Brasil”, com
indicação de valores para a ocupação de cargo administrativo,
com objetivo de possibilitar a elaboração dos cálculos com a
devida precisão.

Diante disso requer seja intimado o segundo réu


para que faça a juntada do indicado documento.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Joinville, 11 de novembro de 2021.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

_________________________________________________________________________________ 2
Rua Maestro Silvio Perini, 153 – Bucarein – Joinville – Santa Catarina – CEP 89202-270
Fone/Fax: (47)3027-1346 E-mail: lubrittes@uol.com.br

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 11/11/2021 16:10:58 - eaa7e92


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111116102719200000044936429
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. eaa7e92 - Pág. 2
Número do documento: 21111116102719200000044936429
Fls.: 795

EXMO. SR. DR.


JUIZ DO TRABALHO DA MMª 1ª VARA DO TRABALHO DE
JOINVILLE – SC.:

Autos de ATOrd nº 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA & RICOLDY CONSULTORIA LTDA. EPP.


(Antiga Saura Consultoria Eireli), já qualificada, por seu procurador judicial infra-
firmado, nos autos acima epigrafados, de Reclamatória Trabalhista, que lhe
promove perante este d. Juízo, LUANA ROBERTA RABELO, também
qualificada, vem, respeitosamente à D. presença de Vossas Excelências, em atenção
à intimação da Id 3564507, expor e requer para tanto o quanto segue:

Do Pretenso Adiamento da Audiência

1. Conforme verifica-se do pedido de habilitação da Id


f7ff013, bem como, da respectiva procuração da Id f9a5468, fato é, que atualmente
este I. Procurador é o único advogado constituído nos autos em nome desta
reclamada ora peticionante.

Ocorre, que nos presentes autos, foi designada audiência


de tentativa de conciliação para o dia 01.12.2021, às 14:00, pelo modo de
videoconferência pela Plataforma Zoom, na qual, as partes foram intimadas as
participar e/ou justificar sua ausência, sob pena da multa prevista no art. 334, § 8º,
do CPC. Todavia, conforme ata da audiência comprovante em anexo, para esse
mesmo dia e quase mesmo horário, ou seja, para às 13h30, este I. Procurador já
tem uma audiência de instrução ‘presencial’ designada junto aos Autos da RTOrd
nº 0000887-97.2019.5.09.0662, da 4ª Vara do Trabalho de Maringá-PR, na qual,
também é o único advogado de seu cliente constituído nos autos.

Destarte, levando-se em consideração a impossibilidade


de comparecimento deste I. Procurador em ambas as audiências que estão marcadas
em horários muito próximos, bem como, levando-se em consideração que a
audiência dos autos da RTOrd nº 0000887-97.2019.5.09.0662, da 4ª Vara do
Trabalho de Maringá-PR, foi designada anteriormente à audiência dos presentes
autos, requer-se então, humilde e encarecidamente, seja adiada a audiência dos

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 12/11/2021 16:20:18 - dae5802
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111216185191000000044962351
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. dae5802 - Pág. 1
Número do documento: 21111216185191000000044962351
Fls.: 796

presentes autos para outra data em que este I. Procurador possa então participar da
mesma.

Termos em que
Pede Deferimento.
De Maringá-PR p/ Joinville-SC,
Em 12 de Novembro de 2021.

pp. Gian Marco Del Pintor-advº


OAB/PR 31.356

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 12/11/2021 16:20:18 - dae5802
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111216185191000000044962351
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. dae5802 - Pág. 2
Número do documento: 21111216185191000000044962351
Fls.: 797

Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região - 1º Grau


Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região - 1º Grau

O documento a seguir foi juntado aos autos do processo de número 0000887-97.2019.5.09.0662


em 29/07/2019 11:43:49 - 13a10f5 e assinado eletronicamente por:
- GIAN MARCO DEL PINTOR

Consulte este documento em:


https://pje.trt9.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
Documento assinado pelo Shodo
usando o código:19072911312261600000060110776

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 12/11/2021 16:20:18 - c8d8f94
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111216193656700000044962390
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c8d8f94 - Pág. 1
Número do documento: 21111216193656700000044962390
Fls.: 798

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 12/11/2021 16:20:18 - c8d8f94
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111216193656700000044962390
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. c8d8f94 - Pág. 2
Número do documento: 21111216193656700000044962390
Firefox https://pje.trt9.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado...
Fls.: 799

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO

4ª VARA DO TRABALHO DE MARINGÁ

ATA DE AUDIÊNCIA

PROCESSO: 0000887-97.2019.5.09.0662
RECLAMANTE: RICARDO ANANIAS DE LIMA NETO
O SIMIONI COMUNICACAO VISUAL - EPP
RECLAMADO:
JOSMAR SIMIONI

Em 27 de janeiro de 2021, na sala de sessões da 4ª Vara do Trabalho de MARINGA/PR, sob a


direção do Exmo(a). Juiz PAULO CORDEIRO MENDONCA, realizou-se audiência relativa ao processo
identificado em epígrafe.

Às 15h31min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). GIAN MARCO DEL PINTOR,
OAB nº 31356/PR.

Presente o sócio do(a) reclamado(s) O SIMIONI COMUNICACAO VISUAL - EPP, Sr(a).


OSMAR SIMIONI, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). FERNANDO JOSE PONCIANO, OAB nº
88414/PR.

Presente o reclamado JOSMAR SIMIONI, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a).


FERNANDO JOSE PONCIANO, OAB nº 88414/PR.

IMPORTANTE: as partes deverão verificar se todos os documentos de representação


processual foram juntados nos autos (procuração, substabelecimento, contrato social e alterações, carta
de preposição, etc.) e, em caso negativo, deverão regularizá-la, no prazo de 15 (quinze) dias, sob as
penas da lei (art. 76 do CPC).

CONCILIAÇÃO REJEITADA.

Considerando que a reclamada juntou documento neste data (fls. 261/307), dos quais a parte
autora não teve vistas, informando que não é possível a manifestação neste ato, adio a audiência de
instrução PRESENCIAL para o dia 01/12/2021 (quarta feira), às 13h30min., mantidas as cominações
anteriores.

Defiro o prazo de 15 dias para o reclamante se manifestar sobre os documentos juntados pela
reclamada.

Saem cientes da nova data as testemunhas do reclamante abaixo nominadas, ficando alertadas
de que o não comparecimento acarretará na aplicação da pena de multa e condução coercitiva:

Indicadas pelo(a) autor(a):

- ROGER BRUGNOLLI WESTTHAL - RG 10379190-1/PR (Rua Pioneiro Antonio Alves

1 of 2 01/02/2021 14:18
Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 12/11/2021 16:20:18 - bcbe444
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111216200574900000044962406
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. bcbe444 - Pág. 1
Número do documento: 21111216200574900000044962406
Firefox https://pje.trt9.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado...
Fls.: 800

Teixeira, 613, Maringá/PR);

- CESAR FERNANDO VOLFE - RG 804144-2/PR (Rua 9321, Jd. Ecovaley , Sarandi/PR).

Informam as reclamadas que suas testemunhas comparecerão independentemente de intimação.

Cientes os presentes. Nada mais.

Audiência encerrada às 15h44min.

A íntegra desta ata estará disponível no site www.trt9.jus.br.

PAULO CORDEIRO MENDONCA

Juiz do Trabalho

THAIS ZANFOLIN

Secretário(a) de Sala de Audiências

2 of 2 01/02/2021 14:18
Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 12/11/2021 16:20:18 - bcbe444
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21111216200574900000044962406
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. bcbe444 - Pág. 2
Número do documento: 21111216200574900000044962406
Fls.: 801

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

Defiro.

Diante das razões apresentadas pelo único procurador da ré,


determino o adiamento da audiência designada no CEJUSC/Joinville para tratativa de
acordo entre as partes para a primeira data desimpedida.

Intimem-se.

Ao CEJUSC para reinclusão em pauta.

JOINVILLE/SC, 15 de novembro de 2021.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 15/11/2021 10:30:30 - 9062b84
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111217585270400000044966631?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111217585270400000044966631
Fls.: 802

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 9062b84 proferido nos autos.

Defiro.

Diante das razões apresentadas pelo único procurador da ré,


determino o adiamento da audiência designada no CEJUSC/Joinville para tratativa de
acordo entre as partes para a primeira data desimpedida.

Intimem-se.

Ao CEJUSC para reinclusão em pauta.

JOINVILLE/SC, 15 de novembro de 2021.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 15/11/2021 10:31:31 - 5a3cdbe
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111510302281200000044972955?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111510302281200000044972955
Fls.: 803

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT/JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

CARTA REGISTRADA / DOE


Destinatário: LUANA ROBERTA RABELLO
Endereço desconhecido

Audiência: 09/12/2021 16:30

Link de Acesso a sala de espera do CEJUSC: https://trt12-jus-br.


zoom.us/j/85011477590

ID da reunião: 850 1147 7590

Fica V. Sa. intimado de que a audiência para TENTATIVA DE


CONCILIAÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

A audiência será realizada por meio de videoconferência (Portaria


Conjunta SEAP/GVP/SECOR n. 98 de 22/04/2020), utilizando-se a PLATAFORMA ZOOM,
sendo vedado o acesso das partes e dos advogados à Unidade Judiciária em razão das
restrições impostas na prevenção do contágio ao Covid-19.

É aconselhável o acesso por meio de computador (neste caso, o Google


Chrome deverá estar atualizado e se preferir poderá ser baixada a ferramenta no
endereço https://zoom.us/download), porém a plataforma também é acessível por
meio de telefone celular, devendo ser baixado o aplicativo ZOOM na Play Store e para
iOS na App Store

Os procuradores das partes ficam responsáveis pela


comunicação de seus clientes.

A ausência injustificada de qualquer das partes poderá ensejar a


aplicação da multa prevista no art. 334, §8º, do CPC, conforme deliberação do juízo de
origem.

Alegação de falta de interesse na conciliação não eximirá


qualquer das partes da obrigação de comparecer à sessão agora designada.

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 16/11/2021 10:04:07 - f778099
Fls.: 804

As partes deverão estar munidas de cálculos de liquidação, para


que as propostas apresentadas possam ser analisadas e debatidas em bases concretas
e coerentes.

A audiência de conciliação agora designada não prejudica, a


princípio, a audiência de instrução já designada ou a ser designada na Vara do Trabalho
de origem,se for o caso.

É importante registrar que a conciliação é a melhor forma de


pacificação dos conflitos e uma das prioridades impostas ao Poder Judiciário, motivo
pelo qual é dever das partes colaborar para que seja alcançada.

Antes mesmo da audiência ou até o encerramento desta,


poderá a parte por petição ou enviando e-mail para a unidade, justificar a ausência.

A justificativa da ausência deve ser relevante, podendo se


relacionar inclusive a questões de ordem técnica, tais como dificuldade ou
impossibilidade de utilização das ferramentas eletrônicas ou acesso à internet.

JOINVILLE/SC, 16 de novembro de 2021.

SIDNEI ROBERTO BRUSKE


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 16/11/2021 10:04:07 - f778099
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111610035861200000044978925?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111610035861200000044978925
Fls.: 805

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT/JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

CARTA REGISTRADA / DOE


Destinatário: SAURA SILVA E RICOLDY
Endereço desconhecido

Audiência: 09/12/2021 16:30

Link de Acesso a sala de espera do CEJUSC: https://trt12-jus-br.


zoom.us/j/85011477590

ID da reunião: 850 1147 7590

Fica V. Sa. intimado de que a audiência para TENTATIVA DE


CONCILIAÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

A audiência será realizada por meio de videoconferência (Portaria


Conjunta SEAP/GVP/SECOR n. 98 de 22/04/2020), utilizando-se a PLATAFORMA ZOOM,
sendo vedado o acesso das partes e dos advogados à Unidade Judiciária em razão das
restrições impostas na prevenção do contágio ao Covid-19.

É aconselhável o acesso por meio de computador (neste caso, o Google


Chrome deverá estar atualizado e se preferir poderá ser baixada a ferramenta no
endereço https://zoom.us/download), porém a plataforma também é acessível por
meio de telefone celular, devendo ser baixado o aplicativo ZOOM na Play Store e para
iOS na App Store

Os procuradores das partes ficam responsáveis pela


comunicação de seus clientes.

A ausência injustificada de qualquer das partes poderá ensejar a


aplicação da multa prevista no art. 334, §8º, do CPC, conforme deliberação do juízo de
origem.

Alegação de falta de interesse na conciliação não eximirá


qualquer das partes da obrigação de comparecer à sessão agora designada.

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 16/11/2021 10:04:07 - 94ad4a1
Fls.: 806

As partes deverão estar munidas de cálculos de liquidação, para


que as propostas apresentadas possam ser analisadas e debatidas em bases concretas
e coerentes.

A audiência de conciliação agora designada não prejudica, a


princípio, a audiência de instrução já designada ou a ser designada na Vara do Trabalho
de origem,se for o caso.

É importante registrar que a conciliação é a melhor forma de


pacificação dos conflitos e uma das prioridades impostas ao Poder Judiciário, motivo
pelo qual é dever das partes colaborar para que seja alcançada.

Antes mesmo da audiência ou até o encerramento desta,


poderá a parte por petição ou enviando e-mail para a unidade, justificar a ausência.

A justificativa da ausência deve ser relevante, podendo se


relacionar inclusive a questões de ordem técnica, tais como dificuldade ou
impossibilidade de utilização das ferramentas eletrônicas ou acesso à internet.

JOINVILLE/SC, 16 de novembro de 2021.

SIDNEI ROBERTO BRUSKE


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 16/11/2021 10:04:07 - 94ad4a1
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111610035867500000044978926?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111610035867500000044978926
Fls.: 807

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT/JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

NOTIFICAÇÃO DE AUDIÊNCIA - Processo PJe-JT

CARTA REGISTRADA / DOE


Destinatário: BANCO DO BRASIL SA
Endereço desconhecido

Audiência: 09/12/2021 16:30

Link de Acesso a sala de espera do CEJUSC: https://trt12-jus-br.


zoom.us/j/85011477590

ID da reunião: 850 1147 7590

Fica V. Sa. intimado de que a audiência para TENTATIVA DE


CONCILIAÇÃO foi designada para a data e hora acima indicadas.

A audiência será realizada por meio de videoconferência (Portaria


Conjunta SEAP/GVP/SECOR n. 98 de 22/04/2020), utilizando-se a PLATAFORMA ZOOM,
sendo vedado o acesso das partes e dos advogados à Unidade Judiciária em razão das
restrições impostas na prevenção do contágio ao Covid-19.

É aconselhável o acesso por meio de computador (neste caso, o Google


Chrome deverá estar atualizado e se preferir poderá ser baixada a ferramenta no
endereço https://zoom.us/download), porém a plataforma também é acessível por
meio de telefone celular, devendo ser baixado o aplicativo ZOOM na Play Store e para
iOS na App Store

Os procuradores das partes ficam responsáveis pela


comunicação de seus clientes.

A ausência injustificada de qualquer das partes poderá ensejar a


aplicação da multa prevista no art. 334, §8º, do CPC, conforme deliberação do juízo de
origem.

Alegação de falta de interesse na conciliação não eximirá


qualquer das partes da obrigação de comparecer à sessão agora designada.

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 16/11/2021 10:04:08 - 3027507
Fls.: 808

As partes deverão estar munidas de cálculos de liquidação, para


que as propostas apresentadas possam ser analisadas e debatidas em bases concretas
e coerentes.

A audiência de conciliação agora designada não prejudica, a


princípio, a audiência de instrução já designada ou a ser designada na Vara do Trabalho
de origem,se for o caso.

É importante registrar que a conciliação é a melhor forma de


pacificação dos conflitos e uma das prioridades impostas ao Poder Judiciário, motivo
pelo qual é dever das partes colaborar para que seja alcançada.

Antes mesmo da audiência ou até o encerramento desta,


poderá a parte por petição ou enviando e-mail para a unidade, justificar a ausência.

A justificativa da ausência deve ser relevante, podendo se


relacionar inclusive a questões de ordem técnica, tais como dificuldade ou
impossibilidade de utilização das ferramentas eletrônicas ou acesso à internet.

JOINVILLE/SC, 16 de novembro de 2021.

SIDNEI ROBERTO BRUSKE


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: SIDNEI ROBERTO BRUSKE - Juntado em: 16/11/2021 10:04:08 - 3027507
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111610035873500000044978927?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111610035873500000044978927
Fls.: 809

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

DESPACHO

Intime-se o Banco do Brasil para que junte aos autos o


documento “regulamento de pessoal do Banco do Brasil”, requerido pela autora sob o
ID eaa7e92, no prazo de cinco dias.

Com os documentos, dê-se ciência à autora pelo mesmo prazo.

JOINVILLE/SC, 18 de novembro de 2021.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 18/11/2021 08:24:05 - 22d278a
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111614165278800000044987064?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111614165278800000044987064
Fls.: 810

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 22d278a proferido nos autos.

DESPACHO

Intime-se o Banco do Brasil para que junte aos autos o


documento “regulamento de pessoal do Banco do Brasil”, requerido pela autora sob o
ID eaa7e92, no prazo de cinco dias.

Com os documentos, dê-se ciência à autora pelo mesmo prazo.

JOINVILLE/SC, 18 de novembro de 2021.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 18/11/2021 08:25:06 - ead141a
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21111808240127700000045036498?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21111808240127700000045036498
Fls.: 811

EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

Autos do processo nº: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move LUANA ROBERTA RABELLO, vem,
perante Vossa Excelência, requerer a juntada de procuração, substabelecimento e carta de preposição anexos.

Na oportunidade, declara, nos termos do art. 425, IV do CPC, a autenticidade das cópias e documentos que acompanham a
presente petição, in verbis:

Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: (...) IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial
declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade;

Por fim, requer seja cadastrado o advogado Dr. RICARDO LOPES GODOY, inscrito na OAB/MG nº 77.167 para que as
publicações sejam realizadas exclusivamente em seu nome, sob pena de nulidade, nos termos da norma do artigo 272, §2º e
§5º e 280, do Código de Processo Civil.

Pede deferimento.

Joinville, 26 de novembro de 2021.

RICARDO LOPES GODOY

OAB/MG 77.167

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 26/11/2021 15:52:40 - 2f7efb6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21112614153315100000045215533
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 2f7efb6 - Pág. 1
Número do documento: 21112614153315100000045215533
Fls.: 812

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 26/11/2021 15:52:40 - 7272998


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21112614160239800000045215537
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 7272998 - Pág. 1
Número do documento: 21112614160239800000045215537
Fls.: 813

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 26/11/2021 15:52:40 - 7272998


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21112614160239800000045215537
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 7272998 - Pág. 2
Número do documento: 21112614160239800000045215537
Fls.: 814

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Fls.: 834

EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA DO TRABALHO DE


JOINVILLE

Autos do processo nº: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., qualificado nos autos em epígrafe, que lhe LUANA ROBERTA
RABELLO, vem, perante Vossa Excelência, em atendimento ao despacho de id 22d278a,
requer a juntada dos documentos em anexo.

Nestes termos, pede deferimento.

Joinville, 26 de novembro de 2021.

RICARDO LOPES GODOY


OAB/RJ 174.531
OAB/MG 77.167
OAB/DF 37.808

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IN 362-1 Plano de Carreira e Remuneração (PCR)

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Fls.: 836

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1. Aspectos Gerais

1.1. O Plano de Carreira e Remuneração - PCR abrange os funcionários do Banco do Brasil das carr
técnico-científica e Sesmt.
1.2. No PCR existem dois critérios para promoção: por antiguidade e por mérito. No primeiro caso, é
serviço efetivo e no segundo, o exercício de comissões, funções gratificadas ou funções de confiança

2. Carreira Administrativa

2.1. A carreira administrativa é provida por funcionários aprovados, por meio de seleção externa, par
inerentes aos negócios bancários. Contempla o cargo de Escriturário.
2.2. Características do cargo de escriturário:
2.2.1. jornada de trabalho: 6 horas/dia;
2.2.2. local de acionamento: Unidades de Negócios, Apoio, Operacionais e Central de Atendiment
2.2.3. código: 610;
2.2.4. nomenclatura a ser usada no relacionamento com o mercado:
Nome de
Diretoria Unidades
Relacionamento
Agência, PAA, Escritório de
Divar-Comercial
Negócios e Central de Agente Comercial
Var
Relacionamento
Diope-
Cenop e PSO Agente Comercial
Operações
Dicor-Corp Bank Agência Agente Comercial
Dijur-Jurídica Ajure e Nujur Agente Jurídico
Dirac-Atend.
SAC Agente de Atendimento
Canais
Agente de Segurança
Disin-Segur. Inst. Gesin
Institucional
Dirag-
Gerag Agente de Agronegócios
Agronegócios
Dimac-Marketing Agente de Marketing e
CCBB
Com. Comunicação
UCI-Captação
Geinv Agente de Investimento
Invest.

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Fls.: 837

Ouvidoria Agente de Ouvidoria


Unidade de Ouvidoria
Externa Externa
Ditec-Tecnologia Gpred Agente de Tecnologia

2.2.5. principais responsabilidades do cargo de escriturário:


2.2.5.1. execução de tarefas burocráticas padronizadas;
2.2.5.2. prestação de orientações aos clientes sobre produtos e serviços oferecidos pelo Cong
2.2.5.3. execução de análise e conferência de documentos, inclusive assinaturas, quando pos
2.2.5.4. preparação de correspondências;
2.2.5.5. preparação e processamento de documentos;
2.2.5.6. atualização de registros;
2.2.5.7. resguardo e confidencialidade das informações de interesse do Conglomerado BB;
2.2.5.8. presteza e cortesia no atendimento ao cliente;
2.2.5.9. manutenção e organização dos arquivos sob sua guarda;
2.2.5.10. execução de aplicações financeiras de clientes, segundo as normas estabelecidas;
2.2.5.11. recolhimento e manipulação de informações cadastrais e dados estatísticos;
2.2.5.12. operacionalização de equipamentos de escritório e de atendimento ao cliente e usuá
2.2.5.13. qualidade das informações prestadas;
2.2.5.14. qualidade e tempestividade dos serviços sob sua condução;
2.2.5.15. adotar demais ações necessárias para o cumprimento dos objetivos definidos para s
resguardar interesses do Conglomerado BB, nos assuntos relacionados à sua área de atuaçã
2.2.6. pré-requisito: aprovação em seleção externa para Carreira Administrativa ou opção pelo reg
Banco do Brasil, no caso de funcionários egressos dos bancos incorporados de carreiras compatív
2.3. Características do Escriturário quando atuando como Caixa Executivo
2.3.1. códigos: 288, 394;
2.3.2. remuneração: faz jus ao recebimento de Gratificação de Caixa, conforme tabela ARH-10-2-3
2.3.3. jornada de trabalho: 6 horas/dia;
2.3.4. local de acionamento: Unidades de Negócio e de Apoio;
2.3.5. responsabilidades adicionais às descritas na seção 2.2.4:
2.3.5.1. execução de pagamentos e recebimentos através do processamento de autenticação
documentos vistos e pela liberação de cheques, observados os critérios estabelecidos;
2.3.5.2. conferência, repasse e acondicionamento de numerário;
2.3.5.3. segurança e correção das autenticações;
2.3.5.4. suprimento de numerário para movimentação diária;
2.3.5.5. numerário sob sua guarda;
2.3.5.6. execução de serviços internos de tesouraria, do atendimento e do auto-atendimento;
2.3.5.7. planejamento e controle dos serviços sob sua condução;
2.3.5.8. preservação do sigilo bancário;
2.3.5.9. responder por eventuais diferenças havidas em numerários sob sua guarda.
2.3.6. pré-requisito adicional aos descritos na seção 2.2.5 :
2.3.6.1. ter sido considerado apto para atuar como Caixa-Executivo em formação específica, s

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Fls.: 838

2.3.6.1.1. formação atual, concluída com o curso Práticas do Caixa Executivo (código Edu
ou
2.3.6.1.2. formação anterior (indisponível atualmente), tendo que constar no currículo do f
treinamentos:
2.3.6.1.2.1. Identificando Pessoas (código Educa 4410); e
2.3.6.1.2.2. Sinapse Operações em Espécie - PLDFT (código Educa 7147); e
2.3.6.1.2.3. Evitando Fraudes em Cheques (código Educa 3912); e
2.3.6.1.2.4. Apenas um dos cursos listados abaixo:
2.3.6.1.2.4.1. Caixa Executivo (código Educa 30001); ou
2.3.6.1.2.4.2. Prática Bancária (código Educa 30161); ou
2.3.6.1.2.4.3. Atendimento no Guichê (código Educa 30226); ou
2.3.6.1.2.4.4. BNC - Formação para Caixa I e II (código Educa 2014); ou
2.3.6.1.2.4.5. BNC - Formação para Caixa - mód. II ( código Educa 1880); ou
2.3.6.1.2.4.6. BESC - Caixa, Curso (código Educa 910).
2.3.6.1.3. Em síntese, para atuar como Caixa Executivo, são necessários quatro cursos n
sendo:

2.3.6.1.3.1. É importante observar que alguns desses cursos possuem outros (cursos
requisitos.
2.3.6.1.3.2. Todos os cursos da formação atual podem ser consultados na trilha "Aten
disponível no Portal UniBB.
2.3.7. Dúvidas e questionamentos:
2.3.7.1. Dúvidas e questionamentos sobre o tema Escriturário atuando como Caixa Executivo
para a Gepes Especializada Brasília, via Fale com a Gepes, assunto 662 - Dúvidas - Acionam
para resposta é de até 4 dias úteis.

3. Carreira Técnico-científica

4. Carreira Sesmt

5. Promoção por Antiguidade

5.1. A promoção por antiguidade se aplica aos funcionários das carreiras administrativa, técnico-cien
integrantes da categoria 11.00 em função de restrições jurídicas e legais.
5.2. A ascensão entre os níveis de antiguidade ocorre de acordo com o tempo de serviço efetivo no B
serviço efetivo, o funcionário alcançará o nível seguinte da tabela de antiguidade, e fará jus a aumen
nível anterior, exceto na primeira promoção, a saber:Carreira Administrativa - Antiguidade.
5.3. Durante a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho 2020-2022, os funcionários escriturários no n
serão promovidos a A2 após 90 dias de serviço efetivo.
5.4. Retardamento
5.4.1. Para cálculo do tempo de serviço efetivo, deve-se considerar o tempo em dias, descontados
ou faltas, excetuando-se os que não oneram o tempo de serviço no Banco.

4 of 6 26/11/2021 11:41

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Fls.: 839

5.4.2. Retardamento da promoção por antiguidade.


5.4.2.1. A ocorrência de falta não abonada/não autorizada retarda a promoção em 15 dias par
5.4.2.2. As situações que oneram o tempo de serviço estão listadas com o indicador diferente
ARH-10-2-44.
5.4.2.3. As ocorrências de retardamento são cumulativas.
5.5. A consulta ao nível de antiguidade no qual o funcionário se encontra, consta no Histórico de Cate
aplicativo PESSOAL-31-6 ou ARH-3-7.

6. Promoção por Mérito

6.1. A promoção por mérito se aplica aos funcionários das carreiras administrativa, técnico-científica
integrantes da categoria 11.00 em função de restrições jurídicas e legais.
6.2. A ascensão entre os níveis de mérito ocorre, exclusivamente, de acordo com o exercício de com
gratificadas ou funções de confiança em caráter efetivo ou substituição, sendo considerada as vantag
ocasião de férias, abono, folga, fim de semana e feriado.
6.3. Não são consideradas as comissões, funções gratificadas ou funções de confiança recebidas a t
Caráter Pessoal - VCP, vantagens de licença saúde ou acidente de trabalho.
6.4. A promoção por mérito ocorre a cada 1.095 pontos adquiridos.
6.5. As comissões/funções consideradas para pontuação por mérito, com suas respectivas pontuaçõ
aplicativo ARH-10-02-62.
6.6. A pontuação diária de cada comissão, função gratificada ou função de confiança é definida de ac
referência, vigente a partir de 01.09.2021, a saber:
Pontuação
Grupo VR da Função
Diária
1 Caixa Executivo 1,0
2 Até R$ 8.386,54 1,0
De R$ 8.386,55 a R$
3 1,5
13.977,72
De R$ 13.977,73 a R$
4 3,0
27.955,07
A partir de R$
5 6,0
27.955,08

6.7. A pontuação por mérito do funcionário é definida pela quantidade de dias de exercício de uma de
função, multiplicada pela pontuação diária daquela comissão ou função. No caso de exercício de ma
função, todos os períodos são considerados e a pontuação final é a soma da pontuação de cada per
6.8. Não são considerados os afastamentos relacionados no aplicativo ARH-10-2-62.
6.9. A tabela de pontuação por mérito, vigente a partir de 01.09.2021, possui 25 níveis, a saber:
6.10. A consulta ao nível de mérito no qual o funcionário se encontra, consta no Histórico de Méritos,
PESSOAL-31-06 ou ARH-3-7. O histórico de pontuação por mérito consta no aplicativo PESSOAL-31

7. Carreira de Serviços Auxiliares

8. Carreiras de Bancos Incorporados

9. Dúvidas

5 of 6 26/11/2021 11:41

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 26/11/2021 18:03:36 - 64e0621


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21112616003072200000045220117
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 64e0621 - Pág. 5
Número do documento: 21112616003072200000045220117
INC - Instruções Normativas Corporativas https://intranet1.bb.com.br/inc/conteudoAssunto.ctr?comando=visualiza...
Fls.: 840

10. Aderência Regulatória

10.1. Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.


10.2. Portaria SEDDM nº 1122, de 28 de janeiro de 2021.

Detalhes
Vigência: 19/10/2021 07:12 a 09/10/2023 23:59
Versão: 47
Gestor: 8559 - DIRETORIA GESTAO DA CULTURA E DE PESSOAS
Acesso: I100
Classificação da Informação: $20
Classificação da Instrução: ORG - Gestão de Pessoas
Idioma: Português
Tradução: Não
Origem: INC
Palavras-chave:
F8368534 - RAFAEL OLIVETTE
Redigido por (gestor):
F8364044 - RACHEL IRIA DE SA CORTES
Liberado por (gestor): F9329627 - THIAGO RODRIGO ALBERTI ALVES - 18/10/2021 10:26
Validado por (Direo): Clique para ver validador
Agendado por: F8368534 - RAFAEL OLIVETTE - 18/10/2021 11:46
Despachado por: F9329627 - THIAGO RODRIGO ALBERTI ALVES - 18/10/2021 11:48
Descrição resumida edição: Atualização dos valores de tabelas anexas

Vigência: 19/10/2021 07:12 a 09/10/2023 23:59 - Vigente

6 of 6 26/11/2021 11:41

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 26/11/2021 18:03:36 - 64e0621


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21112616003072200000045220117
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 64e0621 - Pág. 6
Número do documento: 21112616003072200000045220117
Fls.: 841
Banco do Brasil

Vigência a partir de: 01.09.2021


Carreira Administrativa - Antiguidade
Nível VP Valor (R$) Interstício para Promoção

A01 020 3.353,92 90 dias

A02 022 3.454,52 1095 dias

A03 024 3.558,16 1095 dias

A04 026 3.664,91 1095 dias

A05 028 3.774,84 1095 dias

A06 030 3.888,08 1095 dias

A07 032 4.004,75 1095 dias

A08 034 4.124,89 1095 dias

A09 036 4.248,64 1095 dias

A10 038 4.376,08 1095 dias

A11 040 4.507,36 1095 dias

A12 042 4.642,60 1095 dias

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 26/11/2021 18:03:37 - b346771


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21112616003825500000045220123
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. b346771 - Pág. 1
Número do documento: 21112616003825500000045220123
Fls.: 842

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

Fica V. Sra. ciente e intimado para vista de documentação


trazida pelo requerido por 05 dias.

JOINVILLE/SC, 07 de dezembro de 2021.

KEILA CRISTINA FERREIRA


Diretor de Secretaria

Assinado eletronicamente por: KEILA CRISTINA FERREIRA - Juntado em: 07/12/2021 16:37:39 - bb5ff59
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21120716373400100000045436234?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21120716373400100000045436234
Fls.: 843

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC-JT Joinville
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 9 de dezembro de 2021, na sala de sessões da MM. CEJUSC-JT


Joinville, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho OZEAS DE CASTRO,
realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito Ordinário número 0000855-
55.2013.5.12.0004, supramencionada.

Às 16H30, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora LUANA ROBERTA RABELLO, pessoalmente,


acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). Luciano Brittes, OAB 17712/SC.

Presente a parte ré SAURA SILVA E RICOLDY, representado(a) pelo(a)


preposto(a) Sr.(a) EVERSON SOUZA, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a).
GIAN MARCO DEL PINTOR, OAB 31356/PR.

Presente a parte ré BANCO DO BRASIL SA, representado(a) pelo(a)


preposto(a) Sr.(a) THALITA VARGAS, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a).
Barbara Ferraz Bellani, OAB 353157/SP.

Em razão de a tentativa de acordo na data de hoje ter restado infrutífera, os autos


serão encaminhados ao juízo de origem para prosseguimento.

OZEAS DE CASTRO
Juiz(a) do Trabalho

ANDRE YURI BOLZAN IGARASHI


Secretário(a) de Audiência

Assinado eletronicamente por: OZEAS DE CASTRO - Juntado em: 10/12/2021 00:00:03 - 84c8001
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21120919092259600000045483579?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21120919092259600000045483579
Fls.: 844

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO


TRABALHO DE JOINVILLE– SANTA CATARINA.

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Reclamante:LUANA ROBERTA RABELO
Reclamadas:SAURA CONCULTORIA EIRELI EPP E OUTRO.

A reclamante por seu procurador infra-assinado, vem


perante Vossa Excelência informar e requerer o que segue:

O segundo reclamado Bando do Brasil fez a juntada de


documento referente aos valores salariais indicados para o ano
de 2021.

Ocorre que para a elaboração de um cálculo preciso,


seria necessário que o réu juntasse as referências salariais
desde a época da vigência do contrato de trabalho da
reclamante.

Diante disso requer seja intimado o segundo réu para


que faça a juntada do documento denominado “Carreira
Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até
novembro de 2012.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Joinville, 14 de dezembro de 2021.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

_________________________________________________________________________________ 1
Rua Maestro Silvio Perini, 153 – Bucarein – Joinville – Santa Catarina – CEP 89202-270
Fone/Fax: (47)3027-1346 E-mail: lubrittes@uol.com.br

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 14/12/2021 10:15:31 - 84e25f0


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=21121410150229900000045554940
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 84e25f0 - Pág. 1
Número do documento: 21121410150229900000045554940
Fls.: 845

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

DESPACHO

Intime-se o Banco do Brasil para que junte aos autos o


documento “Carreira
Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até novembro de 2012,
requerido pela autora no ID 84e25f0, no prazo de cinco dias, devendo o autor,
sucessivamente, em igual prazo, manifestar-se sobre os documentos juntados.

JOINVILLE/SC, 17 de janeiro de 2022.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 17/01/2022 09:45:21 - 07ed530
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/21121619022277000000045637356?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 21121619022277000000045637356
Fls.: 846

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 07ed530 proferido nos autos.

DESPACHO

Intime-se o Banco do Brasil para que junte aos autos o


documento “Carreira
Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até novembro de 2012,
requerido pela autora no ID 84e25f0, no prazo de cinco dias, devendo o autor,
sucessivamente, em igual prazo, manifestar-se sobre os documentos juntados.

JOINVILLE/SC, 17 de janeiro de 2022.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 17/01/2022 09:46:21 - 09404fe
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22011709451714900000045803763?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22011709451714900000045803763
Fls.: 847

EXMO(A). DR(A). JUIZ(A) FEDERAL DA 1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE

Autos do processo nº: 0000855-55.2013.5.12.0004

BANCO DO BRASIL S.A., qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move LUANA
ROBERTA RABELLO, vem, perante Vossa Excelência, requerer a juntada do documento
anexo.

Nestes termos, pede deferimento.

Joinville, 27 de janeiro de 2022.

RICARDO LOPES GODOY


OAB/RJ 174.531
OAB/MG 77.167
OAB/DF 37.808

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 27/01/2022 15:18:19 - 2118e57


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22012715114578000000045994813
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 2118e57 - Pág. 1
Número do documento: 22012715114578000000045994813
Fls.: 848

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 27/01/2022 15:18:19 - 2118e57


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22012715114578000000045994813
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 2118e57 - Pág. 2
Número do documento: 22012715114578000000045994813
Fls.: 849
Banco do Brasil

Vigência a partir de: 01.09.2021


Carreira Administrativa - Antiguidade
Nível VP Valor (R$) Interstício para Promoção

A01 020 3.353,92 90 dias

A02 022 3.454,52 1095 dias

A03 024 3.558,16 1095 dias

A04 026 3.664,91 1095 dias

A05 028 3.774,84 1095 dias

A06 030 3.888,08 1095 dias

A07 032 4.004,75 1095 dias

A08 034 4.124,89 1095 dias

A09 036 4.248,64 1095 dias

A10 038 4.376,08 1095 dias

A11 040 4.507,36 1095 dias

A12 042 4.642,60 1095 dias

Assinado eletronicamente por: RICARDO LOPES GODOY - 27/01/2022 15:18:19 - 8a66601


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22012715120598200000045994829
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 8a66601 - Pág. 1
Número do documento: 22012715120598200000045994829
Fls.: 850

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO


TRABALHO DE JOINVILLE– SANTA CATARINA.

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Reclamante: LUANA ROBERTA RABELO
Reclamadas: SAURA CONCULTORIA EIRELI EPP E OUTRO.

A reclamante por seu procurador infra-assinado vem


perante Vossa Excelência informar e requerer o que segue:

O segundo reclamado Bando do Brasil fez, novamente, a


juntada de documento referente aos valores salariais indicados
para o ano de 2021, desrespeitando completamente o Despacho (ID
07ed530).

Como já mencionado na manifestação anterior, para a


elaboração de um cálculo preciso, seria necessário que o réu
juntasse as referências salariais desde a época da vigência do
contrato de trabalho da reclamante.

Essa má vontade da segunda ré só aumenta o prejuízo da


reclamante que já espera por vários anos para pode lançar mão de
seu direito.

Em razão do exposto, segue cálculo realizado por


aproximação com base nos valores juntados pela ré.

Diante disso, caso não haja concordância com os


valores ora apresentados, requer seja intimado o segundo réu para
que faça a juntada do documento denominado “Carreira
Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até
novembro de 2012, com aplicação de multa a ser definida por este
Juízo caso se repita a omissão da segunda ré.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Joinville, 7 de fevereiro de 2022.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

_________________________________________________________________________________ 1
Rua Maestro Silvio Perini, 153 – Bucarein – Joinville – Santa Catarina – CEP 89202-270
Fone/Fax: (47)3027-1346 E-mail: lubrittes@uol.com.br

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - 141aed0


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22020709231483100000046188250
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 141aed0 - Pág. 1
Número do documento: 22020709231483100000046188250
Fls.: 851

_________________________________________________________________________________ 2
Rua Maestro Silvio Perini, 153 – Bucarein – Joinville – Santa Catarina – CEP 89202-270
Fone/Fax: (47)3027-1346 E-mail: lubrittes@uol.com.br

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - 141aed0


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22020709231483100000046188250
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 141aed0 - Pág. 2
Número do documento: 22020709231483100000046188250
Fls.: 852
Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Cálculo: 515

PLANILHA DE CÁLCULO
Reclamante: LUANA ROBERTA RABELLO
Reclamado: BANCO DO BRASIL SA E OUTRA (2)
Período do Cálculo: 01/09/2011 a 20/11/2012 Data Ajuizamento: 05/07/2013 Data Liquidação: 31/01/2022

Resumo do Cálculo
Descrição do Bruto Devido ao Reclamante Valor Corrigido Juros Total
DIFERENÇA SALARIAL 14.997,19 13.904,91 28.902,10
13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL 1.441,74 1.352,79 2.794,53
AVISO PRÉVIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL 1.208,24 1.242,54 2.450,78
FÉRIAS + 1/3 SOBRE DIFERENÇA SALARIAL 1.952,72 2.008,15 3.960,87
HORAS EXTRAS 10.291,79 9.546,32 19.838,11
13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS 951,63 892,91 1.844,54
AVISO PRÉVIO SOBRE HORAS EXTRAS 799,46 822,15 1.621,61
FÉRIAS + 1/3 SOBRE HORAS EXTRAS 1.289,58 1.326,19 2.615,77
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS 4.880,59 4.525,73 9.406,32
AUXÍLIO CESTA ALIMENTAÇÃO 5.468,64 5.623,88 11.092,52
AUXÍLIO REFEIÇÃO 6.994,23 7.192,78 14.187,01
FGTS 8% 2.765,62 2.844,12 5.609,74
MULTA SOBRE FGTS 40% 1.106,25 1.137,65 2.243,90
Total 54.147,68 52.420,12 106.567,80
Percentual de Parcelas Remuneratórias e Tributáveis: 60,14%

Descrição de Créditos e Descontos do Reclamante Valor Descrição de Débitos do Reclamado por Credor Valor
VERBAS 98.714,16 LÍQUIDO DEVIDO AO RECLAMANTE 103.393,27
FGTS 7.853,64 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE SALÁRIOS DEVIDOS 19.037,77
Bruto Devido ao Reclamante 106.567,80 IRPF DEVIDO PELO RECLAMANTE 0,00
DEDUÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (3.174,53) Subtotal 122.431,04
IRPF DEVIDO PELO RECLAMANTE 0,00 CUSTAS JUDICIAIS DEVIDAS PELO RECLAMADO 2.200,07
Total de Descontos (3.174,53) Total Devido pelo Reclamado 124.631,11
Líquido Devido ao Reclamante 103.393,27

Critério de Cálculo e Fundamentação Legal

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 1 de 14

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - d23566a


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22020709254404800000046188308
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 1
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 853
1. Prazo do aviso prévio apurado segundo a Lei nº 12.506/2011.
2. Avos de férias e/ou 13º salário apurados considerando a projeção do prazo do aviso prévio.
3. Valores corrigidos pelo índice 'TR', acumulado a partir do mês subsequente ao vencimento das verbas mensais e do mês de vencimento das verbas anuais e rescisórias.
Última taxa 'TR' relativa a 08/2021.
4. Alíquota de contribuição social empresa estabelecida pela atividade econômica: Bancos múltiplos, com carteira comercial.
5. Contribuições sociais sobre salários devidos com juros de mora à taxa SELIC desde a prestação do serviço (art. 43 da Lei no 8.212/1991).
6. Contribuições sociais sobre salários pagos com juros de mora à taxa SELIC desde a prestação do serviço (art. 43 da Lei no 8.212/1991).
7. Imposto de renda apurado através da 'tabela progressiva acumulada' vigente no mês da liquidação (Art. 12-A da Lei nº 7.713/1988).
8. Juros simples de 1% a.m., pro rata die, a partir de 05/07/2013.
9. Juros de mora sobre verbas apurados após a dedução da contribuição social devida pelo reclamante.

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 2 de 14

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - d23566a


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22020709254404800000046188308
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 2
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 854
Processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Cálculo: 515

PLANILHA DE CÁLCULO
Reclamante: LUANA ROBERTA RABELLO
Reclamado: BANCO DO BRASIL SA E OUTRA (2)
Período do Cálculo: 01/09/2011 a 20/11/2012 Data Ajuizamento: 05/07/2013 Data Liquidação: 31/01/2022

Dados do Cálculo
Estado: SC Município: JOINVILLE Admissão: 01/09/2011 Demissão: 20/11/2012
Regime de Trabalho: Tempo Integral Aplicar Prescrição Quinquenal: Não Aplicar Prescrição Trintenária: Não
Maior Remuneração: Última Remuneração: Limitar Avos ao Período de Cálculo: Não
Prazo de Aviso Prévio: Calculado Projetar Aviso Prévio Indenizado: Sim Considerar Feriados Sim
Zerar Valor Negativo (Padrão): Não Considerar Feriados Estaduais: Sim
Carga Horária (Padrão): 180,00 Sábado como Dia Útil: Não
PONTOS FACULTATIVOS
Nome Abrangência
SEXTA-FEIRA SANTA Nacional
CARNAVAL Nacional
CORPUS CHRISTI Nacional

Faltas e Férias
FÉRIAS
Relativa Período Aquisitivo Período Concessívo Prazo Situação Abono Período de Gozo 1 Período de Gozo 2 Período de Gozo 3
2011/2012 01/09/2011 a 31/08/2012 01/09/2012 a 31/08/2013 30 Indenizadas Não - - -

Histórico Salarial
OCORRÊNCIAS DO HISTÓRICO SALARIAL
MÊS/ANO AUXÍLIO REFEIÇÃO CESTA ALIMENTAÇÃO SALÁRIO BASE DEVIDO SALÁRIO BASE PAGO
09/2011 435,16 339,08 1.760,00 788,00
10/2011 415,38 339,08 1.760,00 788,00
11/2011 435,16 339,08 1.760,00 788,00
12/2011 435,16 339,08 1.760,00 788,00
01/2012 435,16 339,08 1.760,00 788,00
02/2012 415,38 339,08 1.760,00 788,00
03/2012 435,16 339,08 1.760,00 788,00
04/2012 415,38 339,08 1.760,00 788,00

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 3 de 14

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 3
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 855
OCORRÊNCIAS DO HISTÓRICO SALARIAL
MÊS/ANO AUXÍLIO REFEIÇÃO CESTA ALIMENTAÇÃO SALÁRIO BASE DEVIDO SALÁRIO BASE PAGO
05/2012 454,94 339,08 1.760,00 851,48
06/2012 415,38 339,08 1.760,00 851,48
07/2012 435,16 339,08 1.760,00 851,48
08/2012 493,58 339,08 1.760,00 851,48
09/2012 429,20 367,92 1.892,00 851,48
10/2012 493,58 367,92 1.892,00 851,48
11/2012 472,12 367,92 1.892,00 851,48

Demonstrativo de Verbas
Nome: DIFERENÇA SALARIAL
Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS / Contribuição Social / IRPF
Comentário: -
((((SALÁRIO BASE DEVIDO) / 1,0000) X 1,00000000) X 1,0000)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 30/09/2011 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,061019930 1.031,31
01 a 31/10/2011 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,060362505 1.030,67
01 a 30/11/2011 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,059679012 1.030,01
01 a 31/12/2011 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,058687023 1.029,04
01 a 31/01/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,057773107 1.028,16
01 a 29/02/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,057773107 1.028,16
01 a 31/03/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,056644610 1.027,06
01 a 30/04/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 788,00 972,00 1,056404806 1.026,83
01 a 31/05/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 851,48 908,52 1,055910640 959,32
01 a 30/06/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 851,48 908,52 1,055910640 959,32
01 a 31/07/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 851,48 908,52 1,055758611 959,18
01 a 31/08/2012 1.760,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.760,00 851,48 908,52 1,055628769 959,06
01 a 30/09/2012 1.892,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.892,00 851,48 1.040,52 1,055628769 1.098,40
01 a 31/10/2012 1.892,00 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.892,00 851,48 1.040,52 1,055628769 1.098,40
01 a 20/11/2012 1.261,33 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 1.261,33 567,65 693,68 1,055628769 732,27
Total 14.997,19

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 4 de 14

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https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22020709254404800000046188308
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 4
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 856
Nome: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL
Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS / Contribuição Social / IRPF
Comentário: -
((((DIFERENÇA SALARIAL) / 12,0000) X 1,00000000) X AVOS)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
20 a 20/12/2011 972,00 12,0000 1,00000000 4,0000 Não 324,00 0,00 324,00 1,059679012 343,34
20 a 20/11/2012 1.040,52 12,0000 1,00000000 12,0000 Não 1.040,52 0,00 1.040,52 1,055628769 1.098,40
Total 1.441,74

Nome: AVISO PRÉVIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS
Comentário: -
((((DIFERENÇA SALARIAL) / 30,0000) X 1,00000000) X APURADA)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
20 a 20/11/2012 1.040,52 30,0000 1,00000000 33,0000 Não 1.144,57 0,00 1.144,57 1,055628769 1.208,24
Total 1.208,24

Nome: FÉRIAS + 1/3 SOBRE DIFERENÇA SALARIAL


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): Não há.
Comentário: -
((((DIFERENÇA SALARIAL) / 12,0000) X 1,33333333) X AVOS)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
20 a 20/11/2012 1.040,52 12,0000 1,33333333 12,0000 Não 1.387,36 0,00 1.387,36 1,055628769 1.464,54
20 a 20/11/2012 1.040,52 12,0000 1,33333333 4,0000 Não 462,45 0,00 462,45 1,055628769 488,18
Total 1.952,72

Nome: HORAS EXTRAS


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS / Contribuição Social / IRPF
Comentário: -
((((SALÁRIO BASE DEVIDO) / CARGA HORÁRIA) X 1,50000000) X IMPORTADA DO CARTÃO DE PONTO)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 30/09/2011 1.760,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 645,33 0,00 645,33 1,061019930 684,71
01 a 31/10/2011 1.760,00 180,0000 1,50000000 42,0000 Não 616,00 0,00 616,00 1,060362505 653,18
01 a 30/11/2011 1.760,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 645,33 0,00 645,33 1,059679012 683,84
01 a 31/12/2011 1.760,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 645,33 0,00 645,33 1,058687023 683,20
01 a 31/01/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 645,33 0,00 645,33 1,057773107 682,61
Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 5 de 14

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - d23566a


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 5
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 857
((((SALÁRIO BASE DEVIDO) / CARGA HORÁRIA) X 1,50000000) X IMPORTADA DO CARTÃO DE PONTO)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 29/02/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 42,0000 Não 616,00 0,00 616,00 1,057773107 651,59
01 a 31/03/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 645,33 0,00 645,33 1,056644610 681,88
01 a 30/04/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 42,0000 Não 616,00 0,00 616,00 1,056404806 650,75
01 a 31/05/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 46,0000 Não 674,67 0,00 674,67 1,055910640 712,39
01 a 30/06/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 42,0000 Não 616,00 0,00 616,00 1,055910640 650,44
01 a 31/07/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 645,33 0,00 645,33 1,055758611 681,31
01 a 31/08/2012 1.760,00 180,0000 1,50000000 46,0000 Não 674,67 0,00 674,67 1,055628769 712,20
01 a 30/09/2012 1.892,00 180,0000 1,50000000 40,0000 Não 630,67 0,00 630,67 1,055628769 665,75
01 a 31/10/2012 1.892,00 180,0000 1,50000000 46,0000 Não 725,27 0,00 725,27 1,055628769 765,62
01 a 20/11/2012 1.892,00 180,0000 1,50000000 44,0000 Não 693,73 0,00 693,73 1,055628769 732,32
Total 10.291,79

Nome: 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS / Contribuição Social / IRPF
Comentário: -
((((HORAS EXTRAS) / 12,0000) X 1,00000000) X AVOS)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
20 a 20/12/2011 638,00 12,0000 1,00000000 4,0000 Não 212,67 0,00 212,67 1,059679012 225,36
20 a 20/11/2012 688,00 12,0000 1,00000000 12,0000 Não 688,00 0,00 688,00 1,055628769 726,27
Total 951,63

Nome: AVISO PRÉVIO SOBRE HORAS EXTRAS


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS
Comentário: -
((((HORAS EXTRAS) / 30,0000) X 1,00000000) X APURADA)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
20 a 20/11/2012 688,48 30,0000 1,00000000 33,0000 Não 757,33 0,00 757,33 1,055628769 799,46
Total 799,46

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 6 de 14

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - d23566a


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22020709254404800000046188308
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 6
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 858
Nome: FÉRIAS + 1/3 SOBRE HORAS EXTRAS
Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): Não há.
Comentário: -
((((HORAS EXTRAS) / 12,0000) X 1,33333333) X AVOS)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
20 a 20/11/2012 688,48 12,0000 1,33333333 12,0000 Não 917,97 0,00 917,97 1,055628769 969,04
20 a 20/11/2012 683,22 12,0000 1,33333333 4,0000 Não 303,65 0,00 303,65 1,055628769 320,54
Total 1.289,58

Nome: REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): FGTS / Contribuição Social / IRPF
Comentário: -
((((HORAS EXTRAS) / DIAS ÚTEIS) X 1,00000000) X REPOUSOS E FERIADOS/PONTOS FACULTATIVOS)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 30/09/2011 645,33 21,0000 1,00000000 9,0000 Não 276,57 0,00 276,57 1,061019930 293,45
01 a 31/10/2011 616,00 20,0000 1,00000000 11,0000 Não 338,80 0,00 338,80 1,060362505 359,25
01 a 30/11/2011 645,33 19,0000 1,00000000 11,0000 Não 373,61 0,00 373,61 1,059679012 395,91
01 a 31/12/2011 645,33 22,0000 1,00000000 9,0000 Não 264,00 0,00 264,00 1,058687023 279,49
01 a 31/01/2012 645,33 22,0000 1,00000000 9,0000 Não 264,00 0,00 264,00 1,057773107 279,25
01 a 29/02/2012 616,00 20,0000 1,00000000 9,0000 Não 277,20 0,00 277,20 1,057773107 293,21
01 a 31/03/2012 645,33 21,0000 1,00000000 10,0000 Não 307,30 0,00 307,30 1,056644610 324,71
01 a 30/04/2012 616,00 20,0000 1,00000000 10,0000 Não 308,00 0,00 308,00 1,056404806 325,37
01 a 31/05/2012 674,67 22,0000 1,00000000 9,0000 Não 276,00 0,00 276,00 1,055910640 291,43
01 a 30/06/2012 616,00 20,0000 1,00000000 10,0000 Não 308,00 0,00 308,00 1,055910640 325,22
01 a 31/07/2012 645,33 22,0000 1,00000000 9,0000 Não 264,00 0,00 264,00 1,055758611 278,72
01 a 31/08/2012 674,67 23,0000 1,00000000 8,0000 Não 234,67 0,00 234,67 1,055628769 247,72
01 a 30/09/2012 630,67 19,0000 1,00000000 11,0000 Não 365,12 0,00 365,12 1,055628769 385,43
01 a 31/10/2012 725,27 22,0000 1,00000000 9,0000 Não 296,70 0,00 296,70 1,055628769 313,21
01 a 20/11/2012 693,73 12,0000 1,00000000 8,0000 Não 462,49 0,00 462,49 1,055628769 488,22
Total 4.880,59

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Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 859
Nome: AUXÍLIO CESTA ALIMENTAÇÃO
Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): Não há.
Comentário: -
((((CESTA ALIMENTAÇÃO) / 1,0000) X 1,00000000) X 1,0000)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 30/09/2011 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,061019930 359,77
01 a 31/10/2011 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,060362505 359,55
01 a 30/11/2011 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,059679012 359,32
01 a 31/12/2011 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,058687023 358,98
01 a 31/01/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,057773107 358,67
01 a 29/02/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,057773107 358,67
01 a 31/03/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,056644610 358,29
01 a 30/04/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,056404806 358,21
01 a 31/05/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,055910640 358,04
01 a 30/06/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,055910640 358,04
01 a 31/07/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,055758611 357,99
01 a 31/08/2012 339,08 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 339,08 0,00 339,08 1,055628769 357,94
01 a 30/09/2012 367,92 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 367,92 0,00 367,92 1,055628769 388,39
01 a 31/10/2012 367,92 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 367,92 0,00 367,92 1,055628769 388,39
01 a 20/11/2012 367,92 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 367,92 0,00 367,92 1,055628769 388,39
Total 5.468,64

Nome: AUXÍLIO REFEIÇÃO


Período: 01/09/2011 a 20/11/2012 Incidência(s): Não há.
Comentário: -
((((AUXÍLIO REFEIÇÃO) / 1,0000) X 1,00000000) X 1,0000)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 30/09/2011 435,16 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 435,16 0,00 435,16 1,061019930 461,71
01 a 31/10/2011 415,38 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 415,38 0,00 415,38 1,060362505 440,45
01 a 30/11/2011 435,16 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 435,16 0,00 435,16 1,059679012 461,13
01 a 31/12/2011 435,16 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 435,16 0,00 435,16 1,058687023 460,70
01 a 31/01/2012 435,16 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 435,16 0,00 435,16 1,057773107 460,30
01 a 29/02/2012 415,38 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 415,38 0,00 415,38 1,057773107 439,38
01 a 31/03/2012 435,16 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 435,16 0,00 435,16 1,056644610 459,81
01 a 30/04/2012 415,38 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 415,38 0,00 415,38 1,056404806 438,81
01 a 31/05/2012 454,94 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 454,94 0,00 454,94 1,055910640 480,38
01 a 30/06/2012 415,38 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 415,38 0,00 415,38 1,055910640 438,60

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 8 de 14

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 8
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 860
((((AUXÍLIO REFEIÇÃO) / 1,0000) X 1,00000000) X 1,0000)
Período Mensal Base Divisor Multiplicador Quantidade Dobra Devido Pago Diferença Índice Correção Valor Corrigido
01 a 31/07/2012 435,16 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 435,16 0,00 435,16 1,055758611 459,42
01 a 31/08/2012 493,58 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 493,58 0,00 493,58 1,055628769 521,04
01 a 30/09/2012 429,20 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 429,20 0,00 429,20 1,055628769 453,08
01 a 31/10/2012 493,58 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 493,58 0,00 493,58 1,055628769 521,04
01 a 20/11/2012 472,12 1,0000 1,00000000 1,0000 Não 472,12 0,00 472,12 1,055628769 498,38
Total 6.994,23

Demonstrativo de Juros sobre Verbas


Nome: JUROS SOBRE VERBAS
Ocorrência Data Inicial Total de Verbas Contribuição Social Previdência Privada Capital Taxa Juros
09/2011 05/07/2013 2.830,95 221,04 0,00 2.609,91 102,8387 % 2.684,00
10/2011 05/07/2013 2.843,10 224,74 0,00 2.618,36 102,8387 % 2.692,69
11/2011 05/07/2013 2.930,21 232,07 0,00 2.698,14 102,8387 % 2.774,73
12/2011 05/07/2013 3.380,11 264,54 0,00 3.115,57 102,8387 % 3.204,01
01/2012 05/07/2013 2.808,99 179,10 0,00 2.629,89 102,8387 % 2.704,54
02/2012 05/07/2013 2.771,01 177,57 0,00 2.593,44 102,8387 % 2.667,06
03/2012 05/07/2013 2.851,75 183,03 0,00 2.668,72 102,8387 % 2.744,48
04/2012 05/07/2013 2.799,97 180,26 0,00 2.619,71 102,8387 % 2.694,08
05/2012 05/07/2013 2.801,56 176,68 0,00 2.624,88 102,8387 % 2.699,39
06/2012 05/07/2013 2.731,62 174,15 0,00 2.557,47 102,8387 % 2.630,07
07/2012 05/07/2013 2.736,62 172,73 0,00 2.563,89 102,8387 % 2.636,67
08/2012 05/07/2013 2.797,96 172,71 0,00 2.625,25 102,8387 % 2.699,77
09/2012 05/07/2013 2.991,05 236,45 0,00 2.754,60 102,8387 % 2.832,80
10/2012 05/07/2013 3.086,66 239,49 0,00 2.847,17 102,8387 % 2.927,99
11/2012 05/07/2013 9.914,25 339,97 0,00 9.574,28 102,8387 % 9.846,07
Total 48.438,35

Demonstrativo de FGTS
Nome: FGTS 8%
Período: 09/2011 a 11/2012
Comentário: PAGAR AO RECLAMANTE
(13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + AVISO PRÉVIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + AVISO PRÉVIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL +
HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS) X 8%
Ocorrência Base Alíquota Devido Recolhido Diferença Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
09/2011 1.893,90 8% 151,51 0,00 151,51 1,061019930 160,76 165,32 326,08

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 9 de 14

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 07/02/2022 09:26:04 - d23566a


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 9
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 861
Nome: FGTS 8%
Período: 09/2011 a 11/2012
Comentário: PAGAR AO RECLAMANTE
(13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + AVISO PRÉVIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + AVISO PRÉVIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL +
HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS) X 8%
Ocorrência Base Alíquota Devido Recolhido Diferença Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
10/2011 1.926,80 8% 154,14 0,00 154,14 1,060362505 163,45 168,09 331,54
11/2011 1.990,94 8% 159,28 0,00 159,28 1,059679012 168,78 173,57 342,35
12/2011 2.418,00 8% 193,44 0,00 193,44 1,058687023 204,79 210,60 415,39
01/2012 1.881,33 8% 150,51 0,00 150,51 1,057773107 159,20 163,72 322,92
02/2012 1.865,20 8% 149,22 0,00 149,22 1,057773107 157,84 162,32 320,16
03/2012 1.924,63 8% 153,97 0,00 153,97 1,056644610 162,69 167,31 330,00
04/2012 1.896,00 8% 151,68 0,00 151,68 1,056404806 160,24 164,79 325,03
05/2012 1.859,19 8% 148,74 0,00 148,74 1,055910640 157,05 161,51 318,56
06/2012 1.832,52 8% 146,60 0,00 146,60 1,055910640 154,80 159,19 313,99
07/2012 1.817,85 8% 145,43 0,00 145,43 1,055758611 153,54 157,90 311,44
08/2012 1.817,86 8% 145,43 0,00 145,43 1,055628769 153,52 157,88 311,40
09/2012 2.036,31 8% 162,90 0,00 162,90 1,055628769 171,97 176,85 348,82
10/2012 2.062,49 8% 165,00 0,00 165,00 1,055628769 174,18 179,12 353,30
11/2012 5.480,32 8% 438,43 0,00 438,43 1,055628769 462,81 475,95 938,76
Total 2.765,62 2.844,12 5.609,74

Nome: MULTA DE 40% SOBRE FGTS (DEVIDO)


Comentário: PAGAR AO RECLAMANTE
(FGTS (Total Devido) x 40%)
Data Ocorrência Base Percentual Devido Índice Correção Valor Corrigido Juros Total
20/11/2012 2.619,88 40% 1.047,95 1,055628769 1.106,25 1.137,65 2.243,90

Demonstrativo de Contribuição Social


Contribuição Social sobre Salários Devidos - Período 01/09/2011 a 31/10/2021
Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SEGURADO (DESCONTAR DO PRINCIPAL)
Base(s) para Salário Pago:
Base(s) para Salário Devido: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E
FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS
Teto Segurado Contribuição Social Salário de Devido Segurado
Ocorrência Salário Pago (A) Alíquota (B) Salário Devido (E) Alíquota (F) Índice correção Valor corrigido
(C) Salário Pago (D) Contribuição (G)
09/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.893,90 1.893,90 11,00 % 208,33 1,061019930 221,04
10/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.926,80 1.926,80 11,00 % 211,95 1,060362505 224,74

Cálculo liquidado por offline na versão 2.9.0 em 04/02/2022 às 17:29:55. Pág. 10 de 14

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 10
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 862
Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SEGURADO (DESCONTAR DO PRINCIPAL)
Base(s) para Salário Pago:
Base(s) para Salário Devido: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E
FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS
Teto Segurado Contribuição Social Salário de Devido Segurado
Ocorrência Salário Pago (A) Alíquota (B) Salário Devido (E) Alíquota (F) Índice correção Valor corrigido
(C) Salário Pago (D) Contribuição (G)
11/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.990,94 1.990,94 11,00 % 219,00 1,059679012 232,07
12/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.881,33 1.881,33 11,00 % 206,95 1,058687023 219,09
12/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 536,67 536,67 8,00 % 42,93 1,058687023 45,45
01/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.881,33 1.881,33 9,00 % 169,32 1,057773107 179,10
02/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.865,20 1.865,20 9,00 % 167,87 1,057773107 177,57
03/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.924,63 1.924,63 9,00 % 173,22 1,056644610 183,03
04/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.896,00 1.896,00 9,00 % 170,64 1,056404806 180,26
05/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.859,19 1.859,19 9,00 % 167,33 1,055910640 176,68
06/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.832,52 1.832,52 9,00 % 164,93 1,055910640 174,15
07/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.817,85 1.817,85 9,00 % 163,61 1,055758611 172,73
08/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.817,86 1.817,86 9,00 % 163,61 1,055628769 172,71
09/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 2.036,31 2.036,31 11,00 % 223,99 1,055628769 236,45
10/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 2.062,49 2.062,49 11,00 % 226,87 1,055628769 239,49
11/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.849,90 1.849,90 9,00 % 166,49 1,055628769 175,75
11/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.728,52 1.728,52 9,00 % 155,57 1,055628769 164,22
Observação: D = A x B limitado a C e G = menor valor entre (C - D) e (E x F) Total 3.174,53
A partir de Março/2020, na coluna Alíquota, consta a alíquota efetiva de apuração da contribuição social.

Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SEGURADO (RECOLHER À PREVIDÊNCIA)


Base(s) para Salário Pago:
Base(s) para Salário Devido: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E
FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS
Salário Pago Teto Segurado Cont. Social Salário Devido Salário de Devido Valor
Ocorrência Alíquota (B) Alíquota (F) Índice correção Juros Multa Total
(A) (C) Sal. Pago (D) (E) Contribuição Segurado (G) corrigido
09/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.893,90 1.893,90 11,00 % 208,33 1,000000000 208,33 168,55 - 376,88
10/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.926,80 1.926,80 11,00 % 211,95 1,000000000 211,95 169,66 - 381,61
11/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.990,94 1.990,94 11,00 % 219,00 1,000000000 219,00 173,31 - 392,31
12/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 1.881,33 1.881,33 11,00 % 206,95 1,000000000 206,95 161,93 - 368,88
12/2011 0,00 8,00 % 406,09 0,00 536,67 536,67 8,00 % 42,93 1,000000000 42,93 33,97 - 76,90
01/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.881,33 1.881,33 9,00 % 169,32 1,000000000 169,32 131,22 - 300,54
02/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.865,20 1.865,20 9,00 % 167,87 1,000000000 167,87 128,72 - 296,59
03/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.924,63 1.924,63 9,00 % 173,22 1,000000000 173,22 131,59 - 304,81

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Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 863
Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SEGURADO (RECOLHER À PREVIDÊNCIA)
Base(s) para Salário Pago:
Base(s) para Salário Devido: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E
FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS
Salário Pago Teto Segurado Cont. Social Salário Devido Salário de Devido Valor
Ocorrência Alíquota (B) Alíquota (F) Índice correção Juros Multa Total
(A) (C) Sal. Pago (D) (E) Contribuição Segurado (G) corrigido
04/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.896,00 1.896,00 9,00 % 170,64 1,000000000 170,64 128,37 - 299,01
05/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.859,19 1.859,19 9,00 % 167,33 1,000000000 167,33 124,81 - 292,14
06/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.832,52 1.832,52 9,00 % 164,93 1,000000000 164,93 121,89 - 286,82
07/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.817,85 1.817,85 9,00 % 163,61 1,000000000 163,61 119,79 - 283,40
08/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.817,86 1.817,86 9,00 % 163,61 1,000000000 163,61 118,91 - 282,52
09/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 2.036,31 2.036,31 11,00 % 223,99 1,000000000 223,99 161,42 - 385,41
10/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 2.062,49 2.062,49 11,00 % 226,87 1,000000000 226,87 162,25 - 389,12
11/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.849,90 1.849,90 9,00 % 166,49 1,000000000 166,49 118,15 - 284,64
11/2012 0,00 8,00 % 430,78 0,00 1.728,52 1.728,52 9,00 % 155,57 1,000000000 155,57 110,40 - 265,97
Observação: D = A x B limitado a C e G = menor valor entre (C - D) e (E x F) Total 3.002,61 2.264,94 0,00 5.267,55
A partir de Março/2020, na coluna Alíquota, consta a alíquota efetiva de apuração da contribuição social.

Nome: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL EMPRESA


Base(s) para Salário Devido: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E
FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS
Ocorrência Salário Devido (A) Alíquota (B) Devido Empresa (C) Índice correção Valor corrigido Juros Multa Total
09/2011 1.893,90 22,5000 % 426,13 1,000000000 426,13 344,78 - 770,91
10/2011 1.926,80 22,5000 % 433,53 1,000000000 433,53 347,04 - 780,57
11/2011 1.990,94 22,5000 % 447,96 1,000000000 447,96 354,51 - 802,47
12/2011 1.881,33 22,5000 % 423,30 1,000000000 423,30 331,23 - 754,53
12/2011 536,67 22,5000 % 120,75 1,000000000 120,75 95,56 - 216,31
01/2012 1.881,33 22,5000 % 423,30 1,000000000 423,30 328,05 - 751,35
02/2012 1.865,20 22,5000 % 419,67 1,000000000 419,67 321,80 - 741,47
03/2012 1.924,63 22,5000 % 433,04 1,000000000 433,04 328,98 - 762,02
04/2012 1.896,00 22,5000 % 426,60 1,000000000 426,60 320,93 - 747,53
05/2012 1.859,19 22,5000 % 418,32 1,000000000 418,32 312,02 - 730,34
06/2012 1.832,52 22,5000 % 412,32 1,000000000 412,32 304,74 - 717,06
07/2012 1.817,85 22,5000 % 409,02 1,000000000 409,02 299,48 - 708,50
08/2012 1.817,86 22,5000 % 409,02 1,000000000 409,02 297,27 - 706,29
09/2012 2.036,31 22,5000 % 458,17 1,000000000 458,17 330,20 - 788,37
10/2012 2.062,49 22,5000 % 464,06 1,000000000 464,06 331,89 - 795,95
11/2012 1.849,90 22,5000 % 416,23 1,000000000 416,23 295,39 - 711,62
11/2012 1.728,52 22,5000 % 388,92 1,000000000 388,92 276,01 - 664,93
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Fls.: 864
Observação: C=AxB Total 6.930,34 5.219,88 0,00 12.150,22

Nome: SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO (SAT)


Base(s) para Salário Devido: 13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E
FERIADO SOBRE HORAS EXTRAS
Ocorrência Salário Devido (A) Alíquota (B) Devido SAT (C) Índice correção Valor corrigido Juros Multa Total
09/2011 1.893,90 3,0000 % 56,82 1,000000000 56,82 45,97 - 102,79
10/2011 1.926,80 3,0000 % 57,80 1,000000000 57,80 46,26 - 104,06
11/2011 1.990,94 3,0000 % 59,73 1,000000000 59,73 47,27 - 107,00
12/2011 1.881,33 3,0000 % 56,44 1,000000000 56,44 44,16 - 100,60
12/2011 536,67 3,0000 % 16,10 1,000000000 16,10 12,74 - 28,84
01/2012 1.881,33 3,0000 % 56,44 1,000000000 56,44 43,74 - 100,18
02/2012 1.865,20 3,0000 % 55,96 1,000000000 55,96 42,91 - 98,87
03/2012 1.924,63 3,0000 % 57,74 1,000000000 57,74 43,86 - 101,60
04/2012 1.896,00 3,0000 % 56,88 1,000000000 56,88 42,79 - 99,67
05/2012 1.859,19 3,0000 % 55,78 1,000000000 55,78 41,60 - 97,38
06/2012 1.832,52 3,0000 % 54,98 1,000000000 54,98 40,63 - 95,61
07/2012 1.817,85 3,0000 % 54,54 1,000000000 54,54 39,93 - 94,47
08/2012 1.817,86 3,0000 % 54,54 1,000000000 54,54 39,63 - 94,17
09/2012 2.036,31 3,0000 % 61,09 1,000000000 61,09 44,02 - 105,11
10/2012 2.062,49 3,0000 % 61,87 1,000000000 61,87 44,24 - 106,11
11/2012 1.849,90 3,0000 % 55,50 1,000000000 55,50 39,38 - 94,88
11/2012 1.728,52 3,0000 % 51,86 1,000000000 51,86 36,80 - 88,66
Observação: C=AxB Total 924,07 695,93 0,00 1.620,00

Demonstrativo de Imposto de Renda

Rendimentos Recebidos Acumuladamente Relativos a Anos-Calendário Anteriores ao do Recebimento - 01/09/2011 a 20/11/2012


Nome: TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA
13º SALÁRIO SOBRE DIFERENÇA SALARIAL + 13º SALÁRIO SOBRE HORAS EXTRAS + DIFERENÇA SALARIAL + HORAS EXTRAS + REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO SOBRE HORAS
EXTRAS
Quant. de Contribuição Previdência Pensão Aposentado
Verbas Juros Honorários Dependentes Base Faixa Alíquota Dedução Devido
Meses Social Privada Alimentícia > 65 anos

0,00 à
32.562,94 - 17 3.174,53 0,00 0,00 0,00 - - 29.388,41 0,00 % 0,00 0,00
32.367,66

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Total Devido 0,00 Fls.: 865

Demonstrativo de Custas Judiciais


Custas pelo Reclamado

Nome: CUSTAS DE CONHECIMENTO E = [(A x B) submetido a C e D]


Composição de Base: Bruto Devido ao Reclamante + Outros Débitos do Reclamado
Ocorrência Base (A) Taxa (B) Piso (C) Teto (D) Total (E)
31/01/2022 122.431,04 2,00 % 10,64 - 2.448,62

CUSTAS RECOLHIDAS D = [(A x B) + C]


Ocorrência Valor (A) Índice correção (B) Valor corrigido Juros (C) Total (D)
06/08/2015 240,00 1,035610883 248,55 - 248,55

DIFERENÇA DE CUSTAS DO RECLAMADO


Ocorrência Devido Recolhido Diferença
31/01/2022 2.448,62 248,55 2200,07

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Fls.: 866

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 15
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 867

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d23566a - Pág. 16
Número do documento: 22020709254404800000046188308
Fls.: 868

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

Faço conclusos para análise da manifestação de ID 141aed0.

Joinville, 11/2/2022

Rosane Ferreira de Souza

Diretora de Secretaria

DESPACHO

Vista às reclamadas dos cálculos, ficando o segundo reclamado


desde logo ciente de que se juntar novamente documentos incorretos será
enquadrado como litigante de má-fé e penalizado conforme permite a legislação.

JOINVILLE/SC, 16 de fevereiro de 2022.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 16/02/2022 09:05:30 - 4ec6aef
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22021111050576800000046312848?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22021111050576800000046312848
Fls.: 869

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 4ec6aef proferido nos autos.

Faço conclusos para análise da manifestação de ID 141aed0.

Joinville, 11/2/2022

Rosane Ferreira de Souza

Diretora de Secretaria

DESPACHO

Vista às reclamadas dos cálculos, ficando o segundo reclamado


desde logo ciente de que se juntar novamente documentos incorretos será
enquadrado como litigante de má-fé e penalizado conforme permite a legislação.

JOINVILLE/SC, 16 de fevereiro de 2022.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 16/02/2022 09:06:30 - a1bb129
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22021609052920500000046405983?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22021609052920500000046405983
Fls.: 870

EXMO. SR. DR.


JUIZ DO TRABALHO DA MMª 1ª VARA DO TRABALHO DE
JOINVILLE – SC.:

Autos de ATOrd nº 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA & RICOLDY CONSULTORIA LTDA. EPP.


(Antiga Saura Consultoria Eireli), já qualificada, por seu procurador judicial infra-
firmado, nos autos acima epigrafados, de Reclamatória Trabalhista, que lhe
promove perante este d. Juízo, LUANA ROBERTA RABELO, também
qualificada, vem, respeitosamente à D. presença de Vossas Excelências, em atenção
à intimação do despacho da Id 4ec6aef, apresentar sua IMPUGNAÇÃO AOS
CÁLCULOS apresentados pela obreira, conforme argumentos a seguir expostos e
deduzidos:

Do Comprovado Vício e
Consequente Erro do Cálculo Apresentado
Documentos Apresentados pelo Banco do Brasil

1. Quando da apresentação de seus cálculos, fato é, que I.


Procurador da obreira/exequente assim expressamente informou a respeito dos
mesmos junto à petição da Id 141aed0:

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 24/02/2022 17:15:53 - e162717
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22022417150838200000046619659
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e162717 - Pág. 1
Número do documento: 22022417150838200000046619659
Fls.: 871

Daí Excelência, que se o Banco do Brasil S.A. não


apresentou os corretos documentos que lhes foram solicitados nesse sentido,
referente ao período cujo contrato de trabalho em questão se deu, ou seja, de
Setembro/2011 a Novembro/2012, mas sim, apenas apresentou valores salariais
indicados para ano de 2021, por óbvio e consequentemente, que todo o cálculo
apresentado pelo I. Procurador da obreira/exequente, comprovadamente encontra-
se por demais viciado e comprometido, pois, não partem dos corretos parâmetros
definidos na r. decisão transitada em julgada para tanto, que foram deferidas à
obreira e cujas reclamadas foram condenadas ao pagamento no particular.

Destarte, simplesmente não há como esta reclamada


concordar e/ou mesmo sequer tecer qualquer tipo de discussão a respeito dos
cálculos em questão apresentados pelo I. Procurador da obreira, pois,
confessadamente viciados e errôneos para maior, visto que partem de base de
cálculo de salários mais elevados e que comprovadamente não foram deferidos na r.
sentença no particular!

Por tais razões, expressamente impugna-se e não


concorda-se, em absoluto, com os cálculos/valores apresentados pelo I. Procurador
da obreira/exequente junto à Id d23566a, os quais, pelos motivos retro expostos,
requer sejam integralmente rechaçados e indeferidos, pelo que assim desde já se
requer.

Termos em que
Pede Deferimento.
De Maringá-PR p/ Joinville-SC,
Em 24 de Fevereiro de 2022.

pp. Gian Marco Del Pintor-advº


OAB/PR 31.356

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 24/02/2022 17:15:53 - e162717
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22022417150838200000046619659
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. e162717 - Pág. 2
Número do documento: 22022417150838200000046619659
Fls.: 872

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

DESPACHO

Recebo a impugnação apresentada pela primeira reclamada (id


e162717) como protesto antipreclusivo, conforme interpretação sistemática do artigo
879, §2º, da CLT.

Intime-se a PARTE AUTORA para, no prazo de 5 dias, ratificar a


conta de id d23566a ou retificá-la, nesse caso devendo apresentar os fundamentos e
anexar a nova planilha.

Após, façam-se conclusos para a homologação da conta.

Ficam as partes desde logo advertidas sobre o não cabimento


de recurso em face do presente encaminhamento (artigo 893, §1º, da CLT), bem como
quanto à preclusão prevista na parte final do § 2º do artigo 879 e, finalmente, de que
eventuais divergências, inclusive residuais, serão examinadas apenas no prazo previsto
no art. 884 da CLT, após iniciada a execução e garantido o juízo.

JOINVILLE/SC, 18 de março de 2022.

TALLITA MASSUCCI TOLEDO FORESTI


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: TALLITA MASSUCCI TOLEDO FORESTI - Juntado em: 18/03/2022 11:04:01 - e220f00
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22031715431928300000047017151?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22031715431928300000047017151
Fls.: 873

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID e220f00 proferido nos autos.

DESPACHO

Recebo a impugnação apresentada pela primeira reclamada (id


e162717) como protesto antipreclusivo, conforme interpretação sistemática do artigo
879, §2º, da CLT.

Intime-se a PARTE AUTORA para, no prazo de 5 dias, ratificar a


conta de id d23566a ou retificá-la, nesse caso devendo apresentar os fundamentos e
anexar a nova planilha.

Após, façam-se conclusos para a homologação da conta.

Ficam as partes desde logo advertidas sobre o não cabimento


de recurso em face do presente encaminhamento (artigo 893, §1º, da CLT), bem como
quanto à preclusão prevista na parte final do § 2º do artigo 879 e, finalmente, de que
eventuais divergências, inclusive residuais, serão examinadas apenas no prazo previsto
no art. 884 da CLT, após iniciada a execução e garantido o juízo.

JOINVILLE/SC, 18 de março de 2022.

TALLITA MASSUCCI TOLEDO FORESTI


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente por: TALLITA MASSUCCI TOLEDO FORESTI - Juntado em: 18/03/2022 11:05:01 - d987bea
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22031811040099800000047034338?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22031811040099800000047034338
Fls.: 874

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DA 1ª VARA


DO TRABALHO DE JOINVILLE – SANTA CATARINA

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Embargante: SAURA CONCULTORIA EIRELI EPP
Embargada: LUANA ROBERTA RABELO.

LUANA ROBERTA RABELO, por seu procurador e


advogado infra-assinado vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, a fim de apresentar RESPOSTA AOS EMBARGSO
DE DECLARAÇÃO, o que faz nos seguintes termos.

1. DA AUSENCIA DE VÍCIO NA ELABORAÇÃO DOS


CÁLCULOS.

A Embargante, sem se atentar ao texto


Sentencial argumenta que: ”... como o banco do brasil não
apresentou os corretos documentos, por obvio, que todo o
cálculo apresentado pela parte autora encontra-se viciado e
comprometido com valores a maior que os efetivamente
devidos.”.

Vale destacar que, A r. sentença ID 1131550 –


Pág. 4, assim determinou:

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 8f598b4


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509112159600000047188255
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 8f598b4 - Pág. 1
Número do documento: 22032509112159600000047188255
Fls.: 875

Conforme decisão acima houve determinação para


apuração das diferenças salariais ao autor e ainda do vale
refeição e do aux. Alimentação, haja vista sua equiparação
como bancária, e ainda o pagamento de horas extras na
quantidade de 2h extras diárias, sendo que todos os
referidos pedidos foram apurados quando da elaboração da
conta pelo autor.

Pode-se observar, na planilha de cálculo ID


d23566 – Pág.5/6, que as horas extras foram apuradas nos
exatos termos do julgado, considerando a quantidade de 2h
extras por dia laborado, sendo que se considerou os dias de
segunda-feira a sexta-feira como trabalhados, haja vista a
equiparação como bancária da parte autora e o determinado
pelo julgado, sendo que após na planilha de cálculo ID
d23566 – Pág. 15, e apurou os valores devidos considerando
o adicional de 50% e o divisor 180, tudo conforme
transitado em julgado.

Por fim, quanto à parcela diferença salarial,


vale refeição e auxilio alimentação, tendo em vista que o
segundo réu não encartou aos autos o valor dos salários
praticados no período em que a autora teve vinculo laboral
com a primeira reclamada, se considerou para fins de
liquidação o piso salarial, e o valor praticado dos vales
conforme pactuado entre o próprio Banco do Brasil e o
sindicato dos bancários de Joinville com as regra previstas
nos ACT´s que já estão nos autos, mas para facilitar pó
entendimento, juntamos novamente..

Imperioso destacar que a reclamada, realiza


seus embargos “por atacado”, ou seja, alega que houve vício
na apuração dos cálculos de liquidação apresentados, no
entanto, não faz qualquer apontamento de exemplos através
de cálculos aritméticos das alegadas incorreções.

Os embargos, quando opostos devem ser


realizados de forma clara, com a realização de apontamentos
específicos, ponto a ponto, não podendo ser genéricos,sob
pena de não serem aceitos pela Justiça do Trabalho.

Ora Excelência, caberia a embargante trazer


apontamento através de cálculos para corroborar sua tese.
Deveria fundamentar sua assertiva no sentido de que
“simplesmente não há como a reclamada concordar e/ou mesmo
sequer tecer qualquer tipo de discussão a respeito dos
cálculos em questão apresentados pelo I. Procurador da
obreira, pois confessadamente viciados”. Não o fez.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 8f598b4


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509112159600000047188255
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 8f598b4 - Pág. 2
Número do documento: 22032509112159600000047188255
Fls.: 876

Assim, temos que os cálculos apresentados se


encontram em conformidade com o julgado.

Portanto, não há qualquer indício de vício na


elaboração dos cálculos.

Diante dos fatos e fundamentos expendidos,


vislumbra-se que não merece acolhimento os embargos
apresentados.

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Joinville, 25 de março de 2022.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 8f598b4


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509112159600000047188255
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 8f598b4 - Pág. 3
Número do documento: 22032509112159600000047188255
Fls.: 877

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 1
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 878

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 2
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 879

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 3
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 880

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 4
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 881

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 5
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 882

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 6
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 883

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 7
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 884

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 8
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 885

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 9
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 886

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 10
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 887

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 11
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 888

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 12
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 889

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 13
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 890

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 14
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 891

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - 3c240c6


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140073800000047188297
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 3c240c6 - Pág. 15
Número do documento: 22032509140073800000047188297
Fls.: 892

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - d9a2da7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140691400000047188300
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 1
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 893

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - d9a2da7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140691400000047188300
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 2
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 894

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - d9a2da7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140691400000047188300
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 3
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 895

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - d9a2da7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140691400000047188300
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 4
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 896

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 5
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 897

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 6
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Fls.: 899

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Fls.: 900

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 9
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Fls.: 901

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Fls.: 902

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Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 903

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Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 904

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 13
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 905

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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 14
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 906

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - d9a2da7


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Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 15
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 907

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 25/03/2022 09:14:28 - d9a2da7


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032509140691400000047188300
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. d9a2da7 - Pág. 16
Número do documento: 22032509140691400000047188300
Fls.: 908

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DA 1ª VARA


DO TRABALHO DE JOINVILLE – SANTA CATARINA

RT nº 0000855-55.2013.5.12.0004
Embargante: SAURA CONCULTORIA EIRELI EPP
Embargada: LUANA ROBERTA RABELO.

LUANA ROBERTA RABELO, por seu procurador e


advogado infra-assinado vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, a fim de apresentar RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO
(ID e162717), o que faz nos seguintes termos.

1. DA AUSENCIA DE VÍCIO NA ELABORAÇÃO DOS


CÁLCULOS.

A Embargante, sem se atentar ao texto


Sentencial argumenta que: ”... como o banco do brasil não
apresentou os corretos documentos, por obvio, que todo o
cálculo apresentado pela parte autora encontra-se viciado e
comprometido com valores a maior que os efetivamente
devidos.”.

Vale destacar que, A r. sentença ID 1131550 –


Pág. 4, assim determinou:

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 28/03/2022 16:34:26 - f6c2fb9


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032816334415700000047240548
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f6c2fb9 - Pág. 1
Número do documento: 22032816334415700000047240548
Fls.: 909

Conforme decisão acima houve determinação para


apuração das diferenças salariais ao autor e ainda do vale
refeição e do aux. Alimentação, haja vista sua equiparação
como bancária, e ainda o pagamento de horas extras na
quantidade de 2h extras diárias, sendo que todos os
referidos pedidos foram apurados quando da elaboração da
conta pelo autor.

Pode-se observar, na planilha de cálculo ID


d23566 – Pág.5/6, que as horas extras foram apuradas nos
exatos termos do julgado, considerando a quantidade de 2h
extras por dia laborado, sendo que se considerou os dias de
segunda-feira a sexta-feira como trabalhados, haja vista a
equiparação como bancária da parte autora e o determinado
pelo julgado, sendo que após na planilha de cálculo ID
d23566 – Pág. 15, e apurou os valores devidos considerando
o adicional de 50% e o divisor 180, tudo conforme
transitado em julgado.

Por fim, quanto à parcela diferença salarial,


vale refeição e auxilio alimentação, tendo em vista que o
segundo réu não encartou aos autos o valor dos salários
praticados no período em que a autora teve vinculo laboral
com a primeira reclamada, se considerou para fins de
liquidação o piso salarial, e o valor praticado dos vales
conforme pactuado entre o próprio Banco do Brasil e o
sindicato dos bancários de Joinville com as regra previstas
nos ACT´s que já estão nos autos, mas para facilitar pó
entendimento, juntamos novamente..

Imperioso destacar que a reclamada, realiza


seus embargos “por atacado”, ou seja, alega que houve vício
na apuração dos cálculos de liquidação apresentados, no
entanto, não faz qualquer apontamento de exemplos através
de cálculos aritméticos das alegadas incorreções.

Os embargos, quando opostos devem ser


realizados de forma clara, com a realização de apontamentos
específicos, ponto a ponto, não podendo ser genéricos,sob
pena de não serem aceitos pela Justiça do Trabalho.

Ora Excelência, caberia a embargante trazer


apontamento através de cálculos para corroborar sua tese.
Deveria fundamentar sua assertiva no sentido de que
“simplesmente não há como a reclamada concordar e/ou mesmo
sequer tecer qualquer tipo de discussão a respeito dos
cálculos em questão apresentados pelo I. Procurador da
obreira, pois confessadamente viciados”. Não o fez.

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 28/03/2022 16:34:26 - f6c2fb9


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032816334415700000047240548
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f6c2fb9 - Pág. 2
Número do documento: 22032816334415700000047240548
Fls.: 910

Assim, temos que os cálculos apresentados se


encontram em conformidade com o julgado.

Portanto, não há qualquer indício de vício na


elaboração dos cálculos.

Diante dos fatos e fundamentos expendidos,


vislumbra-se que não merece acolhimento os embargos
apresentados.

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Joinville, 28 de março de 2022.

Luciano Brittes
OAB/SC 17.712

Assinado eletronicamente por: Luciano Brittes - 28/03/2022 16:34:26 - f6c2fb9


https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22032816334415700000047240548
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. f6c2fb9 - Pág. 3
Número do documento: 22032816334415700000047240548
Fls.: 911

EXMO. SR. DR.


JUIZ DO TRABALHO DA MMª 1ª VARA DO TRABALHO DE
JOINVILLE – SC.:

Autos de ATOrd nº 0000855-55.2013.5.12.0004

SAURA & RICOLDY CONSULTORIA LTDA. EPP.


(Antiga Saura Consultoria Eireli), já qualificada, por seu procurador judicial infra-
firmado, nos autos acima epigrafados, de Reclamatória Trabalhista, que lhe
promove perante este d. Juízo, LUANA ROBERTA RABELO, também
qualificada, vem, respeitosamente à D. presença de Vossas Excelências, em atenção
ao teor despacho da Id e220f00, expor e requerer para tanto o quanto segue:

Da Tempestividade da Matéria/Petição

1. Conforme depreende-se da aba de expediente dos


presentes autos, assim consta a respeito das intimações do despacho em questão:

Ou seja, como se pode ver, a intimação sobre referido


despacho da Id e220f00, foi direcionada apenas e tão somente para a obreira, mas
não para as reclamadas dos presentes autos. Destarte, perfeitamente tempestiva a
presente petição/manifestação.

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 08/04/2022 11:02:26 - 654a028
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22040811012874200000047506398
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 654a028 - Pág. 1
Número do documento: 22040811012874200000047506398
Fls.: 912

Do Necessário Respeito ao
Disposto no § 2º, do Art. 879, da CLT

2. Ao preferir o despacho da Id e220f00, este I. Juízo assim


dispôs em sua parte final

Todavia, esta reclamada não pode coadunar com referido


posicionamento, na medida em que assim, estará lhe sendo tolhido seu direito de
impugnação aos cálculos dos presentes autos, em detrimento de clara violação ao
disposto no § 2º, do Art. 879, da CLT, que sabe-se que assim expressamente dispõe:

Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua


liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. (Redação
dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)
...
§ 2o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum
de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores
objeto da discordância, sob pena de preclusão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017) (g.n.)

Portanto, elaborada a conta e tornada líquida, em


detrimento do disposto acima, deverá ser aberto prazo às partes para a respectiva
impugnação devidamente fundamentada com a indicação dos itens e valores objetos
da discussão.

E, diante dos motivos já expostos na impugnação


apresentada por esta reclamada junto ao movimento da Id e162717, ou seja,
comprovado vício do cálculo apresentado pela autora em razão do mesmo não partir
da correta base de cálculo de salários que foram deferidos na decisão exequenda,
evidentemente, que novos cálculos deverão ser realizados nos autos respeitando-se
tais parâmetros deferidos à obreira e, consequentemente, deverá se abrir novamente
o prazo para impugnação dos mesmos, em absoluto respeito ao disposto na parte
final do dispositivo legal retro citado, sob pena de sua clara e respectiva violação.

Destarte, após o cumprimento da parte inicial do § 2º, do


Art. 879, da CLT, requer-se humilde e encarecidamente, seja então aberto o prazo

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 08/04/2022 11:02:26 - 654a028
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22040811012874200000047506398
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 654a028 - Pág. 2
Número do documento: 22040811012874200000047506398
Fls.: 913

em questão, para que as partes possam assim apresentar suas impugnações nos
expressos moldes dispostos na parte final do referido dispositivo legal em comento.

Termos em que
Pede Deferimento.
De Maringá-PR p/ Joinville-SC,
Em 08 de Abril de 2022.

pp. Gian Marco Del Pintor-advº


OAB/PR 31.356

Assinado eletronicamente por: GIAN MARCO DEL PINTOR - 08/04/2022 11:02:26 - 654a028
https://pje.trt12.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22040811012874200000047506398
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004 ID. 654a028 - Pág. 3
Número do documento: 22040811012874200000047506398
Fls.: 914

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

Conclusos

Nesta data faço os autos conclusos ao Magistrado em razão das


petições de ids 8f598b4, f6c2fb9 e 654a028.

Joinville, 25/4/2022.

Keila Cristina Ferreira

Assistente Chefe do Setor de Apoio Administrativo

DESPACHO

O acordo coletivo 2011/2012, com base no qual a reclamante


alega ter efetuado os cálculos de liquidação, indica apenas o percentual do reajuste
salarial, mas não a remuneração inicial “aplicável aos escriturários básicos” referidos na
sentença, informação essencial para a liquidação do julgado.

Assim, acolho a preliminar arguida pela 1ª reclamada e


determino nova intimação do 2ª reclamado (Banco do Brasil) para que apresente o
documento “Carreira Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até
novembro de 2012, ou outro documento que comprove a remuneração inicial
“aplicável aos escriturários básicos” e a sua evolução no período acima referido, no
prazo de 5 dias, sob pena de multa diária de R$ 500,00, até o limite de 30 dias.

JOINVILLE/SC, 09 de maio de 2022.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do
Assinado eletronicamente por:Trabalho Titular
CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 09/05/2022 09:17:04 - ee3a01c
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22042514531651800000047768429?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22042514531651800000047768429
Fls.: 915

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

INTIMAÇÃO

Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID ee3a01c proferido nos autos.

Conclusos

Nesta data faço os autos conclusos ao Magistrado em razão das


petições de ids 8f598b4, f6c2fb9 e 654a028.

Joinville, 25/4/2022.

Keila Cristina Ferreira

Assistente Chefe do Setor de Apoio Administrativo

DESPACHO

O acordo coletivo 2011/2012, com base no qual a reclamante


alega ter efetuado os cálculos de liquidação, indica apenas o percentual do reajuste
salarial, mas não a remuneração inicial “aplicável aos escriturários básicos” referidos na
sentença, informação essencial para a liquidação do julgado.

Assim, acolho a preliminar arguida pela 1ª reclamada e


determino nova intimação do 2ª reclamado (Banco do Brasil) para que apresente o
documento “Carreira Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até
novembro de 2012, ou outro documento que comprove a remuneração inicial
“aplicável aos escriturários básicos” e a sua evolução no período acima referido, no
prazo de 5 dias, sob pena de multa diária de R$ 500,00, até o limite de 30 dias.

JOINVILLE/SC, 09 de maio de 2022.

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 09/05/2022 09:18:04 - 5d9c12b
Fls.: 916

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 09/05/2022 09:18:04 - 5d9c12b
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22050909170415900000048068355?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22050909170415900000048068355
Fls.: 917

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

CERTIDÃO

Certifico que no dia 17-5-2022 decorreu o prazo de 5 dias,


contados da intimação do Id 5d9c12b, sem que o 2ª reclamado (Banco do Brasil), sob
pena de multa diária de R$ 500,00, até o limite de 30 dias, apresentasse o documento
“Carreira Administrativa – Antiguidade”, desde setembro de 2011 até novembro de
2012, ou outro documento que comprove a remuneração inicial “aplicável aos
escriturários básicos” e a sua evolução no período acima referido.

JOINVILLE/SC, 26 de maio de 2022.

REJANE MENDONCA DE BRITTO DANTAS


Servidor

Assinado eletronicamente por: REJANE MENDONCA DE BRITTO DANTAS - Juntado em: 26/05/2022 12:52:47 - c329c8f
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22052612460646400000048502677?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22052612460646400000048502677
Fls.: 918

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
1ª VARA DO TRABALHO DE JOINVILLE
ATOrd 0000855-55.2013.5.12.0004
RECLAMANTE: LUANA ROBERTA RABELLO
RECLAMADO: SAURA SILVA E RICOLDY E OUTROS (2)

Com a certidão de ID c329c8f, faço conclusos para análise do


prosseguimento.

Joinville, 30/5/2022

Rosane Ferreira de Souza

Diretora de Secretaria

DESPACHO

Aguarde-se o transcurso do prazo, execute-se o valor da multa


correspondente aos 30 dias e voltem para a fixação de nova penalidade e eventuais
outros encaminhamentos.

JOINVILLE/SC, 04 de junho de 2022.

CESAR NADAL SOUZA


Juiz(a) do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: CESAR NADAL SOUZA - Juntado em: 04/06/2022 11:10:46 - bd09d53
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22053012590366100000048568145?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22053012590366100000048568145
Fls.: 919

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
1ª VT DE JOINVILLE

RECIBO DE PROTOCOLAMENTO DE BLOQUEIO DE VALORES

Dados do Bloqueio
Situação da solicitação: Ordem judicial ainda não disponibilizada para as instituições financeiras
As ordens judiciais protocoladas até as 19h00min dos dias úteis serão consolidadas, transformadas em arquivos de remessa e
disponibilizadas simultaneamente para todas as instituições financeiras até as 23h00min do mesmo dia. As ordens judiciais
protocoladas após as 19h00min ou em dias não úteis serão tratadas e disponibilizadas às instituições financeiras no arquivo de
remessa do dia útil imediatamente posterior.

Número do protocolo: 20220006712397


Data/hora de protocolamento: 27/06/2022 12:22
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004

Juiz solicitante do bloqueio: CESAR NADAL SOUZA


Tipo/natureza da ação: Ação Trabalhista

CPF/CNPJ do autor/exequente da ação: 07785147906


Nome do autor/exequente da ação: LUANA ROBERTA RABELLO
Protocolo de bloqueio agendado? Não

Repetição programada? Não


Ordem sigilosa? Não

Relação dos Réus/Executados

Réu/Executado Relação de Contas e Aplicações Financeiras Atingidas


00000000: BANCO DO BRASIL SA 00001 - BCO BRASIL
/
Valor a Bloquear

R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Bloquear Conta-Salário? Não

27/06/2022 12:22 1 / 1

Assinado eletronicamente por: NATHASHA SCHULTZ BRANDAO - Juntado em: 27/06/2022 12:23:01 - c2a8dc1
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22062712225660500000049174708?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22062712225660500000049174708
Fls.: 920

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
1ª VT DE JOINVILLE

RECIBO DE PROTOCOLAMENTO DE DESDOBRAMENTO DE BLOQUEIO DE VALORES

Dados do Bloqueio
Situação da solicitação: Ordem judicial ainda não disponibilizada para as instituições financeiras
As ordens judiciais protocoladas até as 19h00min dos dias úteis serão consolidadas, transformadas em arquivos de remessa e
disponibilizadas simultaneamente para todas as instituições financeiras até as 23h00min do mesmo dia. As ordens judiciais
protocoladas após as 19h00min ou em dias não úteis serão tratadas e disponibilizadas às instituições financeiras no arquivo de
remessa do dia útil imediatamente posterior.

Número do protocolo: 20220006712397


Data/hora de protocolamento: 27/06/2022 12:22
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004

Juiz solicitante do bloqueio: CESAR NADAL SOUZA


Tipo/natureza da ação: Ação Trabalhista

CPF/CNPJ do autor/exequente da ação: 07785147906


Nome do autor/exequente da ação: LUANA ROBERTA RABELLO
Protocolo de bloqueio agendado? Não

Repetição programada? Não


Ordem sigilosa? Não

Relação dos Réus/Executados

Réu/Executado Total bloqueado pelo bloqueio original e reiterações


00000000: BANCO DO BRASIL SA R$ 15.000,00

Respostas

BCO BRASIL

Data/hora Saldo bloqueado Data/hora


Juiz solicitante
protocolo Tipo de ordem Valor Resultado remanescente resultado

27 JUN 2022 Bloqueio de Valores CESAR NADAL R$ 15.000,00 (15) Valor R$ 15.000,00 28 JUN 2022 07:44
12:22 SOUZA protocolado reservado: depósito
por (NATHASHA judicial será
SCHULTZ efetuado caso
BRANDÃO) ocorra solicitação de
transferência.

29 JUN 2022 Transferência de Valor ID: CESAR NADAL R$ 15.000,00 Não enviada - -
10:01 072022000013496679 SOUZA

29/06/2022 10:01 1 / 1

Assinado eletronicamente por: NATHASHA SCHULTZ BRANDAO - Juntado em: 29/06/2022 10:02:11 - 518b575
https://pje.trt12.jus.br/pjekz/validacao/22062910020989400000049234492?instancia=1
Número do processo: 0000855-55.2013.5.12.0004
Número do documento: 22062910020989400000049234492
SUMÁRIO
Documentos

Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura

360827 05/07/2013 09:53 Petição Inicial Petição Inicial

360828 05/07/2013 09:53 procuração Procuração

391756 16/07/2013 17:53 petição Manifestação

Declaração de
391769 16/07/2013 17:53 Declaração Hiposs Hipossuficiência
(inativo)

391778 16/07/2013 17:53 CTPS CTPS

391790 16/07/2013 17:53 RG Documento Diverso

391815 16/07/2013 17:53 CPF Documento Diverso

391860 16/07/2013 17:53 Cracha Documento Diverso

391873 16/07/2013 17:53 Reunião Ag BB Documento Diverso

391881 16/07/2013 17:53 Rel doc financiamento Documento Diverso

392021 16/07/2013 17:53 e-mail trab plataforma BB Documento Diverso

392031 16/07/2013 17:53 e-mail venda consórcio Documento Diverso

392419 16/07/2013 17:53 ACT CONEC BB 1 Documento Diverso

392428 16/07/2013 17:53 ACT CONTEC BB 2 Documento Diverso

392454 16/07/2013 17:53 IN IMÓVEL PRÓPRIO BB 1 Documento Diverso

392468 16/07/2013 17:53 IN IMÓVEL PRÓPRIO BB 2 Documento Diverso

407617 22/07/2013 18:07 Chave de Acesso Chave de Acesso

407640 22/07/2013 18:10 Notificação Notificação

407641 22/07/2013 18:10 Notificação Notificação

407624 22/07/2013 18:16 AR Notificação Certidão

425578 29/07/2013 14:52 Intimação Intimação

425579 29/07/2013 14:52 Notificação Notificação

425580 29/07/2013 14:52 Notificação Notificação

425654 29/07/2013 15:02 AR Notificação Certidão

558027 09/09/2013 16:58 Habilitação em processo Contestação

558028 09/09/2013 16:58 CONTESTAÇÃO Documento Diverso

558034 09/09/2013 16:58 SUBSTABELECIMENTO Documento Diverso

589600 18/09/2013 16:33 Habilitação em processo Contestação

589578 18/09/2013 16:35 petição Contestação

589641 18/09/2013 16:41 contestação Contestação

589553 18/09/2013 16:42 Habilitação em processo Contestação

590053 18/09/2013 17:45 contestação Contestação

590116 18/09/2013 18:04 contestação Contestação


590117 18/09/2013 18:04 procuração Procuração

590128 18/09/2013 18:04 substabelecimento Documento Diverso

Carta de Preposição
590130 18/09/2013 18:04 carta de preposto (inativo)

Contrato Social
590139 18/09/2013 18:04 contrato social (inativo)

Contrato Social
590145 18/09/2013 18:04 contrto social (inativo)

590153 18/09/2013 18:04 declaração Documento Diverso

590158 18/09/2013 18:04 comunicado de demissão Documento Diverso

590160 18/09/2013 18:04 contrato Documento Diverso

590161 18/09/2013 18:04 contrato Documento Diverso

590165 18/09/2013 18:04 contrato Documento Diverso

590168 18/09/2013 18:04 contrato Documento Diverso

590174 18/09/2013 18:04 contrato Documento Diverso

591212 19/09/2013 12:58 Ata da Audiência Ata da Audiência

612618 25/09/2013 15:47 petição Informações Prestadas

612619 25/09/2013 15:47 documentos Documento Diverso

612623 25/09/2013 15:47 documentos Documento Diverso

612630 25/09/2013 15:47 documentos Documento Diverso

612636 25/09/2013 15:47 documentos Documento Diverso

612642 25/09/2013 15:47 documentos Documento Diverso

612647 25/09/2013 15:47 documentos Documento Diverso

616043 26/09/2013 17:57 Minutar despacho Despacho

626637 30/09/2013 15:52 DEFESA Contestação

626729 30/09/2013 16:01 Substabelecimento Manifestação

626730 30/09/2013 16:01 Substabelecimento Documento Diverso

629409 01/10/2013 13:22 Ata da Audiência Ata da Audiência

683350 17/10/2013 21:48 Impugnação Manifestação

1097466 25/02/2014 11:39 Ata da Audiência Ata da Audiência

1098658 25/02/2014 14:08 Certidão de comparecimento Certidão

1111313 27/02/2014 12:23 Carta de preposição Informações Prestadas

Carta de Preposição
1111314 27/02/2014 12:23 carta de preposição (inativo)

1127735 06/03/2014 15:15 petição Petição (outras)

1131550 07/03/2014 17:55 Sentença Sentença

1135829 07/03/2014 18:25 Intimação Intimação

1169323 14/03/2014 16:16 Embargos de Declaração Manifestação

1177818 17/03/2014 16:40 Certidão de férias de Magistrado Certidão

1317123 14/04/2014 14:32 Sentença Sentença


1318626 14/04/2014 14:55 Intimação Intimação

1389183 02/05/2014 16:36 recurso ordinario Recurso Ordinário

1389184 02/05/2014 16:36 custas Documento Diverso

1389194 02/05/2014 16:36 deposito recursal Documento Diverso

1389204 02/05/2014 16:36 recurso Documento Diverso

1514708 29/05/2014 13:37 Minutar decisão Decisão

1605318 12/06/2014 22:23 Intimação Intimação

1629745 18/06/2014 15:55 contrarrazões ao RO Contrarrazões

6e62487 16/07/2014 18:02 Decurso de Prazo RO ED CR Certidão

ea754f7 16/08/2014 09:25 Habilitação em processo Petição (outras)

Substabelecimento
3565a01 16/08/2014 09:25 substabelecimento com Reserva de
Poderes (inativo)

5bba33f 26/03/2015 16:43 Acórdão Acórdão

744f319 10/04/2015 16:10 Acórdão DEJT Acórdão DEJT

50a5f43 20/04/2015 16:36 Manifestação Juntada Embargos de Declaração Manifestação

3f3e1b5 20/04/2015 16:36 Embargos de Declatação Embargos (inativo)

ff804d8 29/04/2015 14:01 Certidão Certidão

a3e99cd 15/07/2015 15:11 Acórdão Acórdão

623df4f 23/07/2015 07:50 Acórdão DEJT Acórdão DEJT

11a4b14 30/07/2015 16:24 Habilitação em processo Documento Diverso

3f3ac9e 30/07/2015 16:24 Recurso de Revista Documento Diverso

cddd3be 30/07/2015 16:24 GFIP Documento Diverso

d25e9d9 30/07/2015 16:24 Substabelecimento Procuração

05b7601 30/07/2015 16:24 GRU Documento Diverso

c60372d 06/08/2015 17:06 RECURSO DE REVISTA Recurso de Revista

fb5b3f5 06/08/2015 17:06 Acordao Paradigma Documento Diverso

1538f4a 06/08/2015 17:06 Acordao Paradigma Documento Diverso

fd608b8 06/08/2015 17:06 Acordao Paradigma Documento Diverso

c3a8608 06/08/2015 17:06 RECURSO DE REVISTA Documento Diverso

Comprovante de
4fb4c50 06/08/2015 17:06 Comprovante de Pagamento Deposito Recursal Depósito Recursal
(inativo)

00c1d5e 06/08/2015 17:06 GRU CUSTAS Documento Diverso

f36b99c 06/08/2015 17:06 GUIA DEPOSITO RECURSAL Documento Diverso

13447d7 06/08/2015 17:06 Comprovante de Pagamento de GRU Custas Documento Diverso

a59a518 06/08/2015 17:26 recurso de revista Recurso de Revista

e9e4ec8 06/08/2015 17:26 recurso de revista Documento Diverso

99f28ef 07/08/2015 13:02 Certidão Certidão

834546b 02/09/2015 19:18 Minutar Decisão de Admissibilidade Decisão


9c01de1 30/09/2015 16:32 Intimação Notificação

001e7a8 30/09/2015 16:33 Certidão de Publicação Certidão

d46c66d 08/10/2015 16:54 Agravo de Instrumento Documento Diverso

fca919d 08/10/2015 16:54 Procuração Procuração

Agravo de Instrumento
63bde19 13/10/2015 15:14 Manifestação de Juntada em Recurso de Revista

c003e63 13/10/2015 15:14 Agravo de Instrumento em Recurso de Revista Documento Diverso

c4d4e08 04/11/2015 17:29 Minutar Despacho AR Despacho

83e5dd5 17/11/2015 12:55 Intimação Notificação

149393e 17/11/2015 12:56 Certidão de Publicação Certidão

4fbff99 25/11/2015 21:35 Petição em PDF Petição em PDF

0757604 25/11/2015 21:35 Contraminuta em AI Documento Diverso

4997087 25/11/2015 21:35 CR RR Documento Diverso

b624173 30/11/2015 14:28 Certidão envio TST via eRemessa Documento Diverso

1589af4 30/11/2015 14:35 Recibo de envio TST Documento Diverso

c00af38 30/11/2015 14:35 Recibo Documento Diverso

bf781f3 12/05/2016 11:57 Habilitação em processo Petição (outras)

Contrato Social
5c3da47 12/05/2016 11:57 Contrato Social (inativo)

6d68313 12/05/2016 11:57 Procuração Procuração

8b3676b 12/05/2016 11:57 Substabelecimento Documento Diverso

Apresentação de
f7ff013 16/12/2017 07:03 Habilitação em processo Procuração

f9a5468 16/12/2017 07:03 Procuração Procuração

dfac2c7 29/10/2021 12:57 Tramitação TST Certidão

8e86f01 29/10/2021 12:57 AIRR.855-55.2013.5.12.0004.P-otimizado_1 Documento Diverso

e295a74 05/11/2021 09:08 remessa ao Cejusc Certidão

b239921 05/11/2021 09:59 Intimação Intimação

3564507 05/11/2021 09:59 Intimação Intimação

681fe0c 05/11/2021 09:59 Intimação Intimação

eaa7e92 11/11/2021 16:10 manifestação Manifestação

dae5802 12/11/2021 16:20 Pedido de Adiamento da Audiência Manifestação

c8d8f94 12/11/2021 16:20 Procuração do Outro Processo Procuração

bcbe444 12/11/2021 16:20 Ata Audiência Outro Processo Documento Diverso

9062b84 15/11/2021 10:30 Despacho Despacho

5a3cdbe 15/11/2021 10:31 Intimação Intimação

f778099 16/11/2021 10:04 Intimação Intimação

94ad4a1 16/11/2021 10:04 Intimação Intimação

3027507 16/11/2021 10:04 Intimação Intimação

22d278a 18/11/2021 08:24 Despacho Despacho


ead141a 18/11/2021 08:25 Intimação Intimação

Solicitação de
2f7efb6 26/11/2021 15:52 Solicitação de Habilitação BB Habilitação

7272998 26/11/2021 15:52 Procuração Procuração

a2c6cc0 26/11/2021 15:52 Procuração Procuração

a985e1b 26/11/2021 15:52 Procuração Procuração

31afeaf 26/11/2021 18:03 Manifestação BB Manifestação

64e0621 26/11/2021 18:03 Doc Documento Diverso

b346771 26/11/2021 18:03 Carreira Administrativa - Antiguidade Documento Diverso

bb5ff59 07/12/2021 16:37 Intimação Intimação

84c8001 10/12/2021 00:00 Ata da Audiência Ata da Audiência

84e25f0 14/12/2021 10:15 manifestação Manifestação

07ed530 17/01/2022 09:45 Despacho Despacho

09404fe 17/01/2022 09:46 Intimação Intimação

2118e57 27/01/2022 15:18 Manifestação BB Manifestação

8a66601 27/01/2022 15:18 Plano de Carreira Documento Diverso

141aed0 07/02/2022 09:26 manifestação Manifestação

d23566a 07/02/2022 09:26 cálculo atualizado Documento Diverso

4ec6aef 16/02/2022 09:05 Despacho Despacho

a1bb129 16/02/2022 09:06 Intimação Intimação

e162717 24/02/2022 17:15 Impugnação aos Cálculos da Autora Saura x Luana Manifestação

e220f00 18/03/2022 11:04 Despacho Despacho

d987bea 18/03/2022 11:05 Intimação Intimação

8f598b4 25/03/2022 09:14 REsposta aos ED Manifestação

Acordo Coletivo de
3c240c6 25/03/2022 09:14 Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Trabalho (ACT)

Acordo Coletivo de
d9a2da7 25/03/2022 09:14 Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Trabalho (ACT)

f6c2fb9 28/03/2022 16:34 Resposta a impugnação Manifestação

654a028 08/04/2022 11:02 Manifestação Contra Preclusão Impugnação aos Cálculos Manifestação
Saura x Luana
ee3a01c 09/05/2022 09:17 Despacho Despacho

5d9c12b 09/05/2022 09:18 Intimação Intimação

c329c8f 26/05/2022 12:52 Certidão Certidão

bd09d53 04/06/2022 11:10 Despacho Despacho

c2a8dc1 27/06/2022 12:23 Sisbajud protocolo Documento Diverso

518b575 29/06/2022 10:02 Sisbajud multa BB Documento Diverso

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