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Medicina Física E DE Reabilitação
Medicina Física E DE Reabilitação
Hospitalar e de Referenciação
MEDICINA FÍSICA E
DE REABILITAÇÃO
Rede Nacional de Especialidade
Hospitalar e de Referenciação
MEDICINA FÍSICA E DE
REABILITAÇÃO
EQUIPA
27 de janeiro de 2017
RNEHR MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO
ÍNDICE
Índice .............................................................................................................................................. i
Epidemiologia .............................................................................................................................. 24
Bibliografia .................................................................................................................................. 68
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Saúde”, propondo o reforço da articulação dos serviços de saúde mediante a reorganização dos
cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados integrados, cuidados pré-hospitalares,
serviços de urgência, entre outros, consolidando uma rede de prestação de cuidados integrada e
eficiente. Ademais, o Plano Nacional de Saúde – Revisão e extensão a 2020 sugere, no eixo
“Equidade e Acesso Adequado aos Cuidados de Saúde”, “O desenvolvimento de redes de
referenciação de cuidados não apenas de base geográfica, mas também de hierarquia de
competências técnicas”. Pretende-se, deste modo, uma rede hospitalar coerente, racional e
eficiente, consubstanciada num sistema integrado de prestação de cuidados.
Por outro lado, a Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril, estabelecia os critérios que
permitiam categorizar os serviços e estabelecimentos do SNS, de acordo com a natureza das suas
responsabilidades e quadro de valências exercidas, bem como o seu posicionamento na rede
hospitalar, procedendo à sua classificação. Tratava-se de um normativo legal que definia,
predominantemente, orientações estratégicas para a construção de uma rede hospitalar
coerente, assegurando a resposta e satisfazendo as necessidades da população.
Acresce que a carteira de valências de cada instituição hospitalar seria operacionalizada
através do contrato-programa, de acordo com o respetivo plano estratégico. Perante um quadro
de reorganização das instituições de saúde hospitalares (no que se refere à disponibilização e
coordenação da carteira de valências, aos modelos organizativos e de integração de cuidados), a
redefinição do que devem ser os cuidados hospitalares e como se devem integrar com os
diferentes níveis de cuidados, com a garantia de uma melhor articulação e referenciação vertical,
permite intervir complementarmente no reajuste da capacidade hospitalar.
Desta forma, as RRH desempenham um papel fulcral enquanto sistemas integrados,
coordenados e hierarquizados que promovem a satisfação das necessidades em saúde aos mais
variados níveis, nomeadamente: (i) diagnóstico e terapêutica; (ii) formação; (iii) investigação e (iv)
colaboração interdisciplinar, contribuindo para a garantia de qualidade dos cuidados prestados
pelas diferentes especialidades e subespecialidades hospitalares.
Assim, as RRH permitem a: (i) articulação em rede, variável em função das características dos
recursos disponíveis, dos determinantes e condicionantes regionais e nacionais e o tipo de
especialidade em questão; (ii) exploração de complementaridades de modo a aproveitar
sinergias, concentrando experiências e permitindo o desenvolvimento do conhecimento e a
especialização dos técnicos com a consequente melhoria da qualidade dos cuidados e (iii)
concentração de recursos permitindo a maximização da sua rentabilidade.
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ENQUADRAMENTO DA REDE
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validade e atualidade, mas outros há, que fruto de novos desafios – alterações demográficas,
mudanças nos padrões de doença, progresso da tecnologia e mobilidade geográfica e de novas
realidades – constituição de novas instituições, fusão de instituições existentes, aparecimento de
novos níveis de cuidados de saúde e reformulação dos modelos de organização hospitalar, carece
de uma profunda reflexão e revisão.
Das várias medidas preconizadas e ainda por implementar é de salientar a falta de camas
de internamento em alguns serviços hospitalares de MFR, nomeadamente nos pertencentes na
anterior rede à plataforma A e que na atual rede vai corresponder aos hospitais do grupo III.
Relativamente à realidade existente à época, algumas alterações posteriormente
verificadas, por serem relevantes e influenciarem decisivamente o atual modelo proposto,
justificam, embora de forma sucinta, que lhes seja feita referência.
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Conceitos Gerais
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funcionalmente por doença ou traumatismo e baseia a sua atuação numa abordagem própria no
exame médico e na avaliação da funcionalidade.
Neste contexto, a reabilitação médica exige uma formação autónoma e uma organização
que lhe permita apoiar várias outras especialidades, de forma simultaneamente global e
diferenciada.
Atua eminentemente em equipa – multidisciplinar e multiprofissional.
O conceito anglo-saxónico de “skill-mix“ nas profissões da saúde (abordado publicamente
pela primeira vez em Portugal, na V Conferência – “Estatística e Qualidade na Saúde 2006”, que
decorreu na Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Lisboa), ou seja, o conceito de ter “os
profissionais certos, com as competências certas, nos locais certos a fazer as coisas certas”,
permite obviamente obter inúmeras vantagens - maior eficiência, maior acessibilidade aos
serviços de saúde, melhoria do desempenho de todos os profissionais ao promover o trabalho em
equipa, concentração de cada profissional nas suas tarefas e competências nucleares e maior grau
de satisfação dos profissionais. Se este conceito tem aplicabilidade em vários domínios da saúde,
seguramente que nesta área constitui-se como um verdadeiro paradigma.
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A procura de cuidados de reabilitação surge assim com uma exigência de resposta cada
vez mais precoce e rápida na fase aguda e subaguda. Por outro lado, tem-se também verificado a
necessidade de apoiar casos mais graves e incapacitantes, numa população crescente de idosos e
de idosos com idades cada vez mais avançadas (fase crónica).
Nestas populações, a par das intervenções assistenciais específicas das diferentes
especialidades médico-cirúrgicas, a intervenção precoce da MFR, é uma necessidade
fundamental. Segue-se, nos casos de persistência de graves deficiências e incapacidades, uma
intervenção dominante da reabilitação médica, nomeadamente para os doentes que apresentem
potencial de reabilitação. Nestes, a continuidade dos cuidados de reabilitação diferenciada é
imprescindível, pelo que deverá ser oportunamente assegurada, evitando atrasos ou interrupções
que possam comprometer a sua recuperação. Procura-se assim reduzir, tanto quanto possível,
sequelas que comprometam a qualidade de vida futura, promovendo através de programas
terapêuticos adequados, de natureza multidisciplinar, a recuperação física e psicológica, visando
obter a máxima funcionalidade, com o objetivo da rápida reinserção familiar, ocupacional e social.
Em Portugal, de acordo com os dados do Inquérito ao Emprego (emprego das pessoas
com deficiência, realizado no 2º trimestre de 2011) e os resultados definitivos dos Censos 2011,
realizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 16% das pessoas entre os 15 e os
64 anos, tinham simultaneamente problemas de saúde prolongados e dificuldades na realização
de atividades básicas e cerca de 50% da população idosa, apresentava bastante dificuldade ou
não conseguia realizar pelo menos uma das diversas atividades da vida diária (ver, ouvir, andar,
memória/concentração, tomar banho/vestir-se, compreender os outros/fazer-se entender).
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Ao longo dos tempos, a reabilitação foi vista como o terceiro componente da abordagem
em saúde, depois da prevenção e do tratamento. Hoje em dia, de forma a otimizar o potencial de
saúde do individuo, esta visão evoluiu para a integração conjunta destes três componentes.
Pretende-se assim maximizar os benefícios potenciais das intervenções em reabilitação, a nível
físico, cognitivo e motivacional, promovendo a independência funcional, segundo um modelo de
atuação precoce, iniciado ainda durante a fase aguda da doença, nomeadamente aquando do
internamento hospitalar.
A esta fase deverá seguir-se um verdadeiro contínuo de cuidados (“care continuum”), que
abrange todas as etapas subsequentes, desde o internamento até ao período que se segue à alta
hospitalar. Engloba a reabilitação em fase aguda (incluindo a realizada em internamento próprio),
a reabilitação em ambulatório e a eventual necessidade de cuidados de manutenção
(domiciliários ou em unidades apropriadas).
Na procura de novas soluções de manutenção e promoção da saúde de muitos indivíduos
portadores de deficiência, foram-se criando e reestruturando serviços de saúde, bem como
instituições dirigidas à sua readaptação e reintegração socioprofissional.
Esta visão da Reabilitação, implica a integração dos cuidados de reabilitação nas unidades
de cuidados intensivos, nas enfermarias de agudos, nos cuidados ambulatórios e domiciliários e
nos cuidados continuados e paliativos.
A evolução do doente ao longo do programa de reabilitação, não é um processo fácil, nem
linear. As expectativas do doente e dos seus familiares, devem ser estabelecidas de acordo com
um prognóstico funcional realista e um intervalo de tempo aceitável, assentes numa adequada
avaliação clínica, num programa de reabilitação adaptado e periodicamente avaliado,
nomeadamente através de apropriados instrumentos de medida.
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Modelos de Incapacidade
Vários modelos de incapacidade têm surgido ao longo dos anos e têm influenciado
políticas, práticas e orientações de investigação, com um impacto significativo na Medicina Física
e de Reabilitação
Assim, de uma forma inicial de encarar a incapacidade, assente sobretudo numa
perspetiva cultural, sem fundamentação objectiva e científica (“modelo tradicional”), evoluiu-se
para um modelo baseado na prática científica e suportado pelo conhecimento médico. A
incapacidade passou a ser encarada como um problema intrínseco ao indivíduo e principalmente
valorizada na perspetiva da limitação física (“modelo médico”).
Posteriormente surgiu o “modelo social”, baseado essencialmente nas experiências e
espectativas das pessoas com incapacidade e em que esta, passou a ser encarada mais do que um
problema do indivíduo, um problema da sociedade, focado também nos direitos individuais do
cidadão portador de deficiência.
Actualmente domina a síntese destes dois últimos modelos – “modelo integracional”,
que equilibra o conhecimento médico e científico com as experiências das pessoas com
incapacidade e integra todas as dimensões da incapacidade, contextualizando-a e encarando-a de
forma compreensiva e abrangente.
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DEFINIÇÃO DA REDE
Pressupostos
Existem alguns pressupostos básicos que devem presidir ao modelo de organização dos
cuidados de reabilitação.
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Por sua vez as administrações das unidades hospitalares também deverão proporcionar
aos Serviços de MFR, as condições necessárias para que estes possam cumprir os requisitos
necessários à sua participação, como promotores ou afiliados nos Centros de Referência.
É desejável que estes centros possam vir a constituir centros de referência nacionais para
a prestação de cuidados de saúde em determinadas áreas da especialidade, tal como referido
anteriormente para os serviços hospitalares.
Estas estruturas estão vocacionadas para uma reabilitação activa, dinâmica e intensiva,
com vista a, sempre que possível, uma reintegração familiar, social e profissional plena.
A atual existência de quatro centros especializados de reabilitação, cobrindo globalmente
o país, parece estar adequada às necessidades existentes e aos rácios internacionalmente
propostos, pelo que não se prevê a curto/médio prazo a necessidade da criação pelo SNS de
unidades com características semelhantes.
Se em alguns países europeus, o caminho efetuado foi no sentido da especialização deste
tipo de unidades, para diferentes patologias (exemplo: na Holanda existem cerca de vinte e
quatro serviços especializados para diversas situações), a opção feita entre nós, pela centralização
nas mesmas instituições de distintas entidades clínicas, ainda que questionável, parece mais
adequada à nossa realidade, pelas vantagens em termos económicos, de recursos humanos e
formativos que apresenta.
No entanto, aspectos relacionados com a localização geográfica, com a menor cobertura
do interior do país e sobretudo com a existência de diferentes modelos organizativos e de gestão,
aconselham a adoção de regras comuns de referenciação, que assegurem equidade assistencial a
todos os cidadãos.
Os Centros Especializados de Reabilitação devem funcionar em perfeita articulação com
os serviços de MFR das instituições hospitalares, bem como relacionarem-se com as diferentes
unidades integrantes dos cuidados extra-hospitalares da sua área de intervenção mais direta
(unidades de cuidados continuados e de cuidados primários).
Aspecto crucial para o funcionamento da rede e para a adequada circulação dos doentes
na mesma, é o princípio de que os doentes a internar nos Centros Especializados de Reabilitação
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devem ser obrigatoriamente referenciados pelos Hospitais que compõem a RRHMFR. Embora se
deva privilegiar a referenciação assente em critérios geográficos, esta não deverá ser estanque,
de forma a possibilitar iguais oportunidades de tratamento a todos os cidadãos e
simultaneamente maximizar as taxas de ocupação nestes centros.
Cuidados Primários
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articulação com os serviços hospitalares de MFR, quer no fluxo bidirecional de utentes, quer em
aspetos relacionados com a partilha de conhecimentos e experiências de intervenção conjunta.
Se a colocação de médicos especialistas em MFR, diretamente nas USF ou nos ACES, com
capacidade para desempenhar verdadeiras funções de consultadoria e auditoria clínicas, poderá
ser uma opção a considerar, parece existirem atualmente claras vantagens para que este papel
seja desempenhado por médicos integrados nos serviços hospitalares, pela existência de outra
massa crítica e pelas possibilidades de interação, a nível assistencial, formativo e até de
investigação, poderem ser mais vastas e trazerem uma melhor relação custo-benefício.
Cuidados Continuados
Ainda de acordo com o mesmo relatório, verifica-se que 89% dos doentes referenciados
para as unidades de convalescença e 75% para as unidades de média duração e reabilitação,
apresentam necessidade de reabilitação.
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Modelo de articulação
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EPIDEMIOLOGIA
Envelhecimento da população
Uma publicação da OMS – “Active Ageing a Police Framework”, datada de Abril de 2002,
já referia que “os programas de reabilitação física que ajudam as pessoas numa faixa etária mais
avançada a recuperar dos problemas de mobilidade são efetivos e custo eficientes”. Referia ainda
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que nesta faixa etária existe um maior risco de dependência na sequência de traumatismos e a
necessidade de períodos de reabilitação mais prolongados.
Patologia neurológica
Os dados da European Stroke Organization (ESO) revelam que o AVC tem uma
mortalidade aos 30 dias que varia de acordo com a etiologia, sendo de 8 a 15% nos AVC
isquémicos; de 42 a 46% na hemorragia subaracnoideia e de 48 a 82% na hemorragia
intracerebral.
A incidência do AVC aumenta com a idade, sendo de 15% na faixa etária até aos 50 anos e
de 25% abaixo dos 65 anos.
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Segundo a National Stroke Association (NSA) e de acordo com dados de 2011, 10% dos
sobreviventes a um AVC recuperam quase na totalidade, 25% recuperam com sequelas mínimas,
40% ficam com deficiência moderada a grave, necessitando de cuidados especializados, 10%
precisam de cuidados a longo prazo justificando institucionalização e 15% morrem no primeiro
mês após o episódio vascular agudo. Igualmente, os dados publicados no Reino Unido, em Janeiro
de 2016, pela Stroke Association, no documento “State of the Nation - Stroke Statistics - January
2016“ são sobreponíveis, ou seja, cerca de 50% dos sobreviventes de um AVC ficam com algum
grau de incapacidade, 33% ficam dependentes de terceira pessoa e a mortalidade aos 30 dias é de
cerca de 12,5%.
Escala de
AVC Ligeiro AVC Moderado AVC Grave
Funcionalidade
MIF > 80 > 40 e < 80 < 40
Barthel > 90 > 55 e < 90 < 55
Classificação da gravidade do AVC de acordo com escala funcional
Fonte – DGS, Adaptado da Norma 054/2011
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incidência anual, por 1000 habitantes, de 2,69 na cidade do Porto e de 3,05 em Trás-os-Montes e
de 2,40 em Torres Vedras.
Noutro documento da DGS, de 2001 - “Unidades de AVC” refere-se que 3 meses após o
AVC, 24% dos indivíduos tinham ficado gravemente incapacitados, 18,2% tinham ficado com uma
incapacidade ligeira e 30,8% tinham ficado funcionalmente independentes.
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epidemiológicos são difíceis de obter, pelo que nos baseamos num artigo de revisão publicado na
Acta Médica Portuguesa (“Traumatismo Crânio-encefálico: Abordagem Integrada”; 2012) que
refere uma incidência de TCE de aproximadamente 103 por 100 000 habitantes nos EUA e de 235
por 100 000 na União Europeia, com, neste último caso, uma grande variabilidade entre os
diversos países (de 340 por 100 000 na Alemanha a 101 por 100 000 na Finlândia). Em Portugal e
ainda utilizando um artigo publicado na Acta Médica Portuguesa (“Epidemiologia dos
traumatismos crânio-encefálicos em Portugal”; 2003) é possível constatar que à época, a
incidência encontrada foi de 137 por 100 000 habitantes e concluiu que aproximadamente 1/3
dos indivíduos que são hospitalizados por TCE ficam com algum tipo de incapacidade, dos quais
cerca de 20% com incapacidade grave, o que está de acordo com os dados da literatura
internacional. Assim, em Portugal poderá estimar-se que ocorrerão anualmente mais de 3 700
novos casos de incapacidade resultante de TCE e desses cerca de 750 ficarão com alguma forma
de incapacidade grave, pelo que os números relativos à prevalência poderão atingir muitos
milhares de casos, por se tratar de uma população maioritariamente jovem e com uma previsível
longa sobrevida.
Patologia músculo-esquelética
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29.6% 22.8%
Lombalgia 26.4%
Dor crónica
A dor, principalmente a dor crónica, ou seja, a dor com duração superior a 3 meses ou
que persiste para além do período normal de recuperação, afecta um em cada cinco europeus
adultos e tem um impacto substancial na saúde e na qualidade de vida dos doentes.
Não só tem custos significativos para os doentes, familiares e cuidadores, como também
para os sistemas de saúde e para as economias nacionais.
Em Portugal e de acordo com um estudo conduzido pelo Prof. Castro Lopes, da
Universidade do Porto, cerca de 36% da população adulta portuguesa sofre de dor crónica, sendo
que em aproximadamente metade dos casos (16%) a dor é moderada a forte (superior a 5 em 10,
numa escala numérica).
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Cerca de 50% dos indivíduos com dor crónica referem que a dor afecta de forma
moderada ou grave as suas atividades domésticas e laborais. Estima-se que 4% perderam o
emprego, 13% tiveram que recorrer à reforma antecipada e 17% sofreram de um quadro de
depressão associada.
Para além destes dados, as principais causas de dor são de natureza osteoarticular (40%
dos indivíduos com dor crónica), em que a lombalgia e a patologia degenerativa (osteoartrose)
apresentam elevada prevalência.
O reconhecimento da multidimensionalidade da dor obriga com frequência a uma
abordagem multiprofissional e multidisciplinar.
A Medicina Física e de Reabilitação para além de lidar com inúmeras patologias em que a
dor está presente (ex: dor no doente com AVC, dor no doente amputado, etc.) tem um contributo
particular a dar, não só pelo modelo em que assenta (bio-psico-social), como também pela
abordagem que faz do doente e que está de acordo com todas as modernas recomendações para
o tratamento da dor.
Acresce o facto de para além da indispensável terapêutica farmacológica, a MFR ensina,
domina e aplica, outras terapêuticas – agentes físicos, que atualmente devem fazer parte do
arsenal terapêutico para o tratamento da dor.
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Patologia pediátrica
Patologia cardiorrespiratória
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um programa de reabilitação cardíaca, mas de acordo com os números de 2014, tal acontece
apenas em cerca de 8% dos doentes.
Para além desta patologia, muitas outras do foro cardíaco ou cardio-vascular podem
beneficiar com a realização de programas de reabilitação.
Patologia oncológica
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complicação pode surgir vários anos mais tarde, implicando um seguimento clinico continuo,
prática regular na maioria dos nossos hospitais e objeto atual de estudo multicêntrico em vários
serviços hospitalares de MFR em Portugal.
O exercício terapêutico, o condicionamento muscular e a prescrição de produtos de
apoio, são outra das vertentes importantes do contributo da especialidade de MFR nesta área
clínica.
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Introdução
Para além dos dados obtidos através da Ordem dos Médicos (OM) e da Administração
Central dos Serviços de Saúde (ACSS), o grupo de trabalho, fez o levantamento da realidade atual
e identificação dos recursos existentes em todos os serviços de MFR (hospitalares, centros
especializados e institutos de oncologia). Estes questionários foram elaborados em Janeiro de
2016, enviados em 12 de Fevereiro de 2016 e recebidos até final de Março do mesmo ano. Foram
enviados a 47 instituições, tendo-se obtido uma taxa de resposta de 97,9 %. Com base nestes
dados foi possível a construção de uma tabela com as realidades por instituição (anexo I) e a
previsão por região, tema que se aborda a seguir.
Médicos de MFR
Este número pode estar sobrevalorizado, porque pode englobar médicos que, por
múltiplas razões (até por falecimento) poderão estar contabilizados e já não estarem no ativo. A
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Fonte – ACSS
Fisioterapeutas
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Fonte: ACSS
Terapeutas Ocupacionais
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Fonte ACSS
Terapeutas da Fala
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Fonte ACSS
Enfermeiros de Reabilitação
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Organização hospitalar
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“n”
Recursos humanos
1a2 Fisiatras
3a6 Fisioterapeutas
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Estes Serviços devem igualmente ter um quadro médico de base que permita
constituírem-se como serviço com idoneidade reconhecida pela Ordem dos Médicos para a
formação específica em MFR. Este reconhecimento implicará, dependendo da dimensão do
próprio serviço, de uma maior diferenciação médica em áreas mais específicas.
A nível de recursos humanos considera-se como número mínimo para estes hospitais, os
seguintes:
“n”
Recursos humanos
3a5 Fisiatras
9 a 15 Fisioterapeutas
O espaço físico deve contemplar uma área mínima de 500m2 e englobar sectores
terapêuticos diferenciados de MFR.
Inseridos nos centros hospitalares de maior diferenciação e com quadros clínicos de maior
complexidade, exige-se aos Serviços de MFR do Grupo III uma adequada diferenciação na
prestação de cuidados de MFR ao doente internado e um conjunto de valências alargado que
permitam dar resposta às necessidades inerentes a uma instituição deste nível.
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“n”
Recursos humanos
6 a 9* Fisiatras
18 a 27 Fisioterapeutas
1 Assistentes Sociais
1 Psicólogos
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em regime de hospital de dia, estes centros devem dispor, no mínimo, dos recursos humanos
abaixo referidos
8 a 10 Fisiatras
24-30 Fisioterapeutas
12 a 15 Terapeutas Ocupacionais
8 a 10 Terapeutas da fala
42 Assistentes Operacionais
1a2 Dietistas
3a4 Psicólogos
2 Farmacêuticos
2 Técnicos de Farmácia
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Idealmente junto dos centros de reabilitação, deverão existir outras estruturas, não
medicalizadas, como sejam residências para pessoas portadoras de deficiência e acamados, bem como
estruturas de readaptação e reabilitação profissional e de desporto adaptado.
Estes serviços deverão ter a dimensão mínima anteriormente referida para os hospitais do
grupo I e idealmente a preconizada para os do grupo II. Estão vocacionados para o
acompanhamento dos doentes do foro específico e no caso particular dos IPO, na área
oncológica, nas fases pré e pós-cirúrgicas e de tratamentos complementares, como sejam os
ciclos de quimioterapia e de radioterapia.
Tendo em conta o bem-estar do doente e a sua qualidade de vida, devem os doentes ter
a possibilidade de ser referenciados para as estruturas hospitalares das respectivas áreas de
residência, de modo que a continuação de cuidados de reabilitação possa ser efetuada com o
maior conforto possível.
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REABILITAÇÃO PEDIÁTRICA
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Actualmente é consensual, quer na Europa, quer nos Estados Unidos, que as boas práticas
no âmbito da MFR, no que diz respeito á reabilitação pediátrica, estabelecem que o internamento
em idade pediátrica só se justifica ao longo do processo de reabilitação em condições muito
específicas, conseguindo-se obter ganhos significativos a diferentes níveis, com a aplicação dos
programas adaptados às várias patologias, em regime ambulatório.
Assim na área do ambulatório importa considerar que a realidade existente é constituída
por:
- Serviços de M.F.R. hospitalares, que apesar do trabalho especializado e tecnicamente
diferenciado, estão vocacionados para uma intervenção principalmente na fase aguda e subaguda
das múltiplas patologias.
- Serviços ou consultas de reabilitação pediátrica existentes nos centros especializados de
reabilitação, mais vocacionados para uma fase subsequente, quer em regime de internamento
(nem todas as faixas etárias), quer em regime ambulatório.
- Serviços prestados por outras entidades, nomeadamente pelos centros de paralisia
cerebral. Estes centros apresentam no entanto diversos modelos de organização, de acordo com
tutelas diferenciadas, tendo vindo a deixar progressivamente de dar resposta adequada a estes
doentes, entre outras razões, por diminuição dos recursos humanos.
- Clínicas de reabilitação convencionadas, que não estão na maioria dos casos vocacionadas
para o tratamento das patologias pediátricas mais complexas.
Não podemos deixar de reflectir na discrepância existente no que concerne à oferta de
cuidados de reabilitação pediátrica, em estruturas diretamente dependentes do SNS e ao peso e
papel dominante que outros sectores da saúde (principalmente o sector social) possuem nesta
área.
Esta situação poderá e deverá ser ultrapassada através da uniformização dos critérios para
internamento e/ou ambulatório nos centros especializados de reabilitação, sobretudo em
patologias mais complexas, a saber:
Paralisia cerebral
Doenças neuromusculares
Sindromas polimalformativos
Traumatismos crânio-encefálicos
Lesão vertebro-medular
Espinha bífida
Patologia músculo-esquelética grave
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Os serviços hospitalares de MFR devem constituir o eixo central de referenciação, tal como
previsto para as outras faixas etárias. Estes serviços, para além da articulação dentro da própria
instituição com os serviços de pediatria e exteriormente com os cuidados de saúde primários,
deverão também funcionar como elo de ligação com os centros especializados de reabilitação.
O objetivo a atingir deverá ser sempre a oferta de cuidados de reabilitação de qualidade às
crianças com deficiência, desde a fase aguda até à integração familiar, escolar e social, permitindo
um adequado seguimento longitudinal das mesmas, prevenindo o agravamento das deformações
e optimizando o potencial remanescente.
É premente a necessidade de informação no que respeita ao conhecimento quantitativo
das patologias incapacitantes na criança, pelo que a informação epidemiológica baseada em
registos nacionais é fundamental. À semelhança do que tem sido feito para a paralisia cerebral,
recomenda-se a implementação de registos nacionais de patologias graves - lesão medular
(congénita ou adquirida), queimados, traumatizados crânio-encefálicos, malformações congénitas
e doenças neuromusculares.
A carência de técnicos especializados (médicos, terapeutas e outros) que se verifica nesta
área da reabilitação, deve fazer com que os serviços hospitalares (principalmente do grupo III) e
os centros especializados de reabilitação tenham uma particular atenção com os aspectos
formativos, pré e pós-graduados, alargada a médicos de família, médicos hospitalares,
enfermeiros e técnicos auxiliares de diagnóstico e terapêutica.
As ajudas técnicas, agora designadas por produtos de apoio, têm uma importância
acrescida na criança, podendo considerar-se duas funções distintas na sua utilização:
- estimulação do desenvolvimento, como parte imprescindível do tratamento (ex:
ortóteses de estabilização dos membros inferiores para estimulação do desenvolvimento da
marcha);
- manutenção e suporte (ex: ortóteses para estabilização da coluna vertebral, nas
alterações da estática).
A legislação existente e a desenvolver sobre esta matéria, deverá, tal como para os
adultos, permitir a atribuição em tempo útil dos equipamentos necessários ao processo de
reabilitação e à reintegração destes doentes. A vasta experiência dos serviços de reabilitação,
pode e deve ser aproveitada para a criação de consultas/centros de avaliação, prescrição e
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adaptação de diferentes ajudas técnicas, aos doentes acompanhados nas diferentes instituições.
Poderá justificar-se o estabelecimento de protocolos, com outras instituições de saúde, de
educação ou sociais, sempre que necessários.
Os serviços de MFR dos hospitais do grupo III (alguns do grupo II, de acordo com as
realidades locais) e os centros especializados de reabilitação, deverão cativar espaço próprio para
consultas e tratamentos na área da reabilitação pediátrica, com equipamento e recursos humanos
adequados à dimensão da instituição em que estão inseridos.
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REABILITAÇÃO GERIÁTRICA
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República a 30 de Março de 2007 e onde no art. 25º é referido que: ”Os Estados Partes
reconhecem que as pessoas com deficiência têm direito ao gozo do melhor estado de saúde
possível sem discriminação com base na deficiência. Os Estados Partes tomam todas as medidas
apropriadas para garantir o acesso às pessoas com deficiência aos serviços de saúde que tenham
em conta as especificidades do género, incluindo a reabilitação relacionada com a saúde”.
A educação do idoso e do seu cuidador, parte dos cuidados de reabilitação é também
cada vez de maior importância nas pessoas com dependência e idosos, e justifica-se a criação de
uma rede estruturada.
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INDICADORES DE QUALIDADE
GERAIS
Recursos Humanos:
ESPECÍFICOS
Equipamentos:
Organização:
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Formação em M.F.R.
A formação atual pode ser efetuada em locais com idoneidade formativa reconhecida
pela Ordem dos Médicos e que se encontra explicitada na figura seguinte:
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Investigação em M.F.R.
As áreas de investigação que se perspectivam como mais relevantes são entre outras, as
que se relacionam com a epidemiologia da incapacidade, a comprovação da eficácia das
intervenções e das terapêuticas em reabilitação, as novas tecnologias e as que estão orientadas
para a medicina baseada na evidência científica.
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Será com base na investigação e nas evidências geradas, que se poderão estruturar os
modelos de intervenção e justificar as opções mais adequadas a tomar.
Acreditação em MFR
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UNIVERSO DA REABILITAÇÃO
Sector público
Sector privado
O sector privado tem desempenhado um papel meritório, não só pela sua dimensão, mas
sobretudo pela efectiva prestação de cuidados nesta área da saúde, assente sobretudo numa
lógica de proximidade geográfica e de cobertura do território continental.
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Sector social
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sem fins lucrativos e que podem ter entre outros (no âmbito da saúde) objetivos de índole
educativa, preventiva, curativa ou de reabilitação.
Na área da reabilitação, este sector é em termos de dimensão, de acordo ainda com
dados da ERS, semelhante ou ligeiramente superior ao sector público.
Deve merecer especial realce, a capacidade instalada de internamento, que é superior a
metade da lotação total proporcionada pelo conjunto dos prestadores do Sistema Nacional de
Saúde.
Qualquer destes dois sectores – privado e social, devem ser considerados parceiros
válidos e complementares ao SNS, quer no âmbito do ambulatório (nomeadamente o sector
privado), quer no âmbito do ambulatório/internamento (sector social), cuja relação com o sector
público deve ser melhorada e melhor regulada.
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PRODUTOS DE APOIO
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A direção dos serviços de MFR deve ter condições para instituir uma verdadeira política
de prescrição e fornecimento de produtos de apoio. Deve ainda liderar ou delegar competências
sobre o processo de escolha do produto prescrito e o médico prescritor deve, no âmbito da
consulta, assegurar-se que o produto de apoio entregue está de acordo com a prescrição e
cumpre as funções que motivaram a sua dispensa.
Igualmente os serviços de MFR e os serviços de aprovisionamento devem criar uma base
de produtos de apoio (suportada na legislação em vigor), que possam ser reutilizáveis em parte
ou na totalidade, a partir da sua devolução pelos utentes ou pelos seus cuidadores e que permita
maximizar a sua utilização e simultaneamente minimizar os custos anuais com a prescrição destes
produtos.
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BIBLIOGRAFIA
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PC – Paralisia cerebral
RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
RRH – Rede de Referenciação Hospitalar
RRHMFR – Rede de Referenciação Hospitalar de Medicina Física e de Reabilitação
SAPA – Sistema de atribuição de produtos de apoio
SCML – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
SCMP – Santa Casa da Misericórdia do Porto
SNS – Serviço Nacional de Saúde
TCE – Traumatismo crânio-encefálico
UC – Unidades de Convalescença
UCP – Unidade de Cuidados Paliativos
UEMS – União Europeia dos Médicos Especialistas
ULDM – Unidades de Longa Duração e Manutenção
ULS – Unidade Local de Saúde
UMDR – Unidades de Média Duração e Reabilitação
USF – Unidade de Saúde Familiar
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ARS NORTE
GRUPO I
H Sta M. Maior Barcelos 0 0 0 0 18 117 154.645
CH P. Varzim/V. Conde 2 3 0 0 0 143 142.941
ULS Nordeste 1 22 4 3 0 337 136.252
GRUPO II
ULS Alto Minho 6 19 5 2 0 408 244.836
ULS Matosinhos 7 17 0 2 0 348 175.478
CH Médio Ave 3 9 1 0 0 276 244.361
CH Tâmega e Sousa 4 16 2 3 0 437 519.769
H S Oliveira-Guimarães 5 12 2 0 0 419 256.696
CH TMAD Vila Real 5 19 4 3 0 577 273.263
CH VNGaia 7 13 1 3 0 578 334.081
CHEDV Feira 9 23 3 2 11 371 274.859
GRUPO III
H Braga 9 20 4 2 4 640 290.407
CHS João 12 26 3 4 20 1.105 330.386
CHPorto 10 19 0 3 3 708 304.396
GRUPO IV-a
C. Reabilitação Norte 11 21 11 5 7 100 -----
GRUPO IV-b
IPO Porto 4 6 0 1 0 341 ----
TOTAIS 95 235 40 34
* horários não definidos
Fonte: Respostas aos questionários enviados aos Serviços de MFR, elaborados em Fevereiro de 2016
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TOTAIS 37 122 22 17
Fonte: Respostas aos questionários enviados aos Serviços de MFR, elaborados em Fevereiro de 2016
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Fonte: Respostas aos questionários enviados aos Serviços de MFR, elaborados em Fevereiro de 2016
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ARS ALGARVE
GRUPO III
CH Algarve 13 41 13 7 0 911 451.006
GRUPO IV-a
CM Reabilitação Sul 7 25 11 6 6 54 577.698
TOTAIS 28 103 28 18
*não respondeu ao inquérito
Fonte: Respostas aos questionários enviados aos Serviços de MFR, elaborados em Fevereiro de 2016
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