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Tristão e Isolda - Uma Analise Do Livro
Tristão e Isolda - Uma Analise Do Livro
Tristão e Isolda
1º DS
Profº Silvia Loose
São Paulo
2023
André Fabian Calle Huanca
Tristão e Isolda
São Paulo
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 5
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................5
2.1. Contexto Histórico Do Livro....................................................................5
2.2. Amor Cortês Na História.........................................................................6
2.3. Variações................................................................................................7
2.4. Enredo.................................................................................................... 7
3. RESPOSTAS DAS PERGUNTAS........................................................11
4. RESPOSTAS INDIVIDUAIS.................................................................12
5. CONCLUSÃO.......................................................................................13
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................14
1. Introdução
O livro “Tristão e Isolda” é uma das obras mais emblemáticas da literatura medieval
europeia, uma história repleta de amor proibido, paixão arrebatadora e tragédia. Escrito
no século XII, a lenda de Tristão e Isolda conquistou corações ao longo dos séculos,
tornando-se uma das narrativas românticas mais famosas de todos os tempos.
A história de Tristão e Isolda tem suas raízes nas antigas tradições orais celtas e foi
imortalizada pelo poeta alemão Gottfried von Strassburg no século XIII.
“Tristão e Isolda” retrata temas universais como a força do amor, a lealdade, o
conflito entre os desejos do coração e as obrigações sociais. A obra também explora a
natureza humana, revelando a complexidade dos personagens e a inevitabilidade do
destino trágico.
Este trabalho abordará temas como o contexto histórico, o amor cortês na
literatura, a análise dos personagens principais e as diferentes adaptações da história de
Tristão e Isolda.
2. Desenvolvimento
O mito de Tristão e Isolda tem provável origem em lendas que circulavam entre os
povos celtas do noroeste Europeu, ganhando uma forma mais ou menos definitiva a partir
de obras literárias escritas por autores normandos no século XII. No século seguinte a
história foi incorporada ao Ciclo Arturiano, com Tristão transformando-se em um cavaleiro
da távola redonda da corte do Rei Artur. A história de Tristão e Isolda provavelmente
influenciou outra grande história de amor trágico medieval, que envolve Lancelote e a
Rainha Genebra. A partir do século XIX até os dias de hoje o mito voltou a ganhar
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importância na arte ocidental, influenciando desde a literatura até a ópera, o teatro e o
cinema.
Fonte: (“Manuel Casa Branca : Tristan and Isolde - Tristão e Isolda”, [s.d.], fig. 3)
Esse romance segue à risca a fórmula do amor inflamado, mas impossibilitado por
inúmeros entraves: a diferença de status entre o humilde cavaleiro e a nobre Dama; o
marido ciumento; as intrigas dos invejosos e dos maledicentes de plantão e ainda aqueles
inventados pelos próprios amantes, tal como o casamento precipitado de Tristão com
outra Isolda por concluir que a rainha não mais o amava. Rodeios e obstáculos forjados
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para se fazer crer que são eles que impedem a plena fruição amorosa ou modos
formidáveis de se “sair com elegância da ausência da relação sexual”.
2.3. Variações
No século 12, com a Idade Média mais avançada, a lenda ganharia três versões
literárias importantes. Uma delas é a mais antiga, de Béroul, escrita em língua normanda
(uma combinação do francês com a língua dos povos escandinavos que desde o século 9
ocupavam a região norte da França, a Normandia). As outras são a de Thomas da
Inglaterra, escrita em francês arcaico, e a de Eilhart von Oberg, em alemão.
No século 13, mais duas versões da lenda se destacam: o Tristão em prosa, em
francês arcaico, atribuído a Luce du Gal, e outra em alemão, de Gottfried von Strassburg
(na qual Wagner se baseou muito livremente). Daí em diante, edições da história de
Tristão e Isolda se multiplicaram, sendo conhecidas versões em sueco, holandês, inglês,
italiano, espanhol, tcheco, galego-português etc.
2.4. Enredo
Para salvar Marc de uma dívida, lutou com gigante Morholt da Irlanda. Ficou ferido
mortalmente, e pediu ao rei que o colocasse sozinho em um barco com sua harpa, e que
o deixasse morrer em mar aberto. Foi, então, encontrado no porto de Weisefort, terra de
Morholt. Sem saber, Isolda, a Loura, curou-o de seus ferimentos. Ninguém o reconheceu,
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pois o ferimento deformou seu rosto, e antes que fosse reconhecido, foi embora, voltando
para corte do Rei Marc.
O rei não queria se casar para poder deixar tudo para Tristão, mas quatro barões,
que não gostavam de Tristão, exigiam o casamento do rei. Então, ao pegar um fio de
cabelo louro, mandou que buscassem a dona dele, e esta seria a sua esposa. Tristão,
lembrando-se de Isolda, foi buscá-la. Foi a Wexfort, com cem homens, aportando lá,
souberam da existência de um dragão, e quem o matasse, receberia a mão da filha do rei,
Isolda, a Loura. Tristão matou a dragão, mas ficou ferido pelo seu veneno, e novamente
Isolda o curou.
Só que desta vez ela soube quem ele era, pois ela tinha um pedaço da espada de
Tristão, que ficou cravado no crânio de seu tio, e o comparou com o pedaço que faltava
na espada de Tristão. Isolda contou a seu pai que Tristão era o assassino de seu tio e
disse que não queria ser entregue ao casamento. Mesmo assim, o rei da Irlanda, com a
palavra empenhada, entregou sua filha a Tristão. Isolda fica perturbada e surpresa ao
saber que seu futuro marido seria o rei Marc, e não Tristão.
No caminho às Cornualhas, Tristão e Isolda tomam uma poção que os faz ficar
apaixonados. Era para ser tomada por Marc e Isolda na noite de núpcias, pois o casal que
a tomasse, amar-se-ia com todos os sentidos e pensamentos, para sempre, na vida e na
morte.
Isolda casa-se com o rei Marc, mas, na noite de núpcias, Brangien toma seu lugar.
Os quatro barões desconfiam dos amantes, e contam ao rei, e mesmo sem nada flagrar, o
rei manda Tristão embora. Este não consegue ir e hospeda-se perto do castelo se
encontrando às escondidas com a rainha.
O rei faz as pazes com Tristão e deixa que ele volte ao castelo. Mesmo assim, os
barões insistem no fato, e dizem ao rei que este não vê porque não quer. Com a ajuda de
Frocin, o anão vidente, eles fazem uma armadilha e flagram Tristão com a rainha em seu
leito. Tristão, ainda assim, jura nunca ter amado a rainha com amor culpável, mas o rei
não acredita, e manda matá-los, sem julgamento. Tristão, com a ajuda de Deus, consegue
fugir e Isolda é entregue aos leprosos. Mas, Tristão consegue salvá-la e a leva para morar
na floresta: eram fugitivos
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Ficam na floresta durante muito tempo, até que contam ao rei sua localização. Este
vai até o local e encontra os dois deitados juntos, com uma espada nua separando seus
corpos; o rei tem compaixão e não os mata, mas faz com que eles saibam que ele esteve
ali e os viu deixando seu anel. Ao acordarem, percebem que tinham sido descobertos,
fogem, mas ficam intrigados com a atitude do rei, e chegam à conclusão que haviam sido
perdoados. Resolvem então voltar, e Tristão entrega Isolda ao rei, este a aceita, mas
manda Tristão embora a conselho dos barões.
Antes de ir, Isolda pede de lembrança o cão Husdent de Tristão e dá-lhe o anel de
jaspe verde, presente de Marc, o qual deveria ser devolvido a ela, caso Tristão quisesse
lhe dar algum recado.
Tristão tentava fugir de sua dor correndo o mundo. Sem receber notícias de Isolda,
achou que ela o tinha esquecido. Chegou à Bretanha. Recuperou as terras do duque
Höel, o qual tinha um filho, Kaherdin, e uma filha, Isolda, das Brancas Mãos, a qual o
duque lhe deu a mão como recompensa. Num ímpeto, Tristão aceita, mas na noite de
núpcias, ao ver o anel de jaspe verde, lembra-se da outra Isolda e não consuma o
casamento.
Kaherdin fica sabendo do fato e toma satisfações com ele, que conta toda a sua
história. Isolda, a Loura, fica sabendo do casamento e chora. Então ele perdoa Tristão e
vai com ele até as Cornualhas, para obterem notícias de Isolda. Lá chegando, manda
uma mensagem para a rainha, através de Dimas. Esta, ao ver o anel de jaspe verde, fala
com Dimas, que lhe conta que mesmo casado, Tristão nunca lhe traíra.
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Chegando lá, ele se veste de uma maneira onde sua aparência fica irreconhecível
e dirige-se para o castelo de Marc. Chegando lá, ninguém o reconheceu, nem mesmo
Isolda. Ele dizia ser Tristão, mas a rainha não acreditava, até que trouxeram Husdent, que
foi o único a reconhecê-lo. O louco via a rainha todos os dias, ficava em seu quarto, até
que começaram a desconfiar e ele teve de ir embora.
Voltou para a Bretanha, onde teve que guerrear, e caindo numa emboscada, viu-se
ferido por uma lança envenenada. Ninguém conseguiu curá-lo. E sentindo que morreria,
quis ver Isolda mais uma vez. Tristão pediu a Kaherdin que fosse buscá-la. Isolda, das
Brancas Mãos, escutou, enfureceu-se e pensou em vingança.
Kaherdin foi levando o anel. Tristão pediu-lhe ainda que levasse duas bandeiras,
uma preta e outra branca, e que na sua volta içasse a branca, se Isolda viesse, e a preta,
caso contrário.
Ao ver o anel, Isolda, a Loura, fugiu com Kaherdin. Tristão definhava. Isolda
demorou-se por causa de várias tempestades, mas, finalmente, estavam chegando com a
vela branca içada. Isolda das Brancas Mãos disse a Tristão que Kaherdin estava
chegando, e este perguntou qual a cor da bandeira hasteada, e ela, maldosamente,
respondeu que era preta. Depois de ouvir isto, Tristão morre.
Ao chegar, Isolda fica sabendo do ocorrido e vai até ele, deita-se junto ao amado,
beija-o na boca e no rosto, abraça-o forte e morre. Quando o rei Marc sabe da morte dos
dois, vai até a Bretanha buscar seus corpos. Sepulta-os separados por uma capela.
Mas durante a noite, da tumba de Tristão, brota um espinheiro verde, com flores
perfumadas e elevou-se por cima da capela até o túmulo de Isolda. Três vezes o
cortaram, três vezes ele voltou. E, sendo assim, resolveram deixá-los em paz.
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3. Respostas das Perguntas
03. Você deve ter notado a presença da magia durante a história. Sabemos que a igreja
da época condenava tais procedimentos. Então, por que a igreja permitia que a magia
surgisse nessas histórias?
A magia em Tristão é Isolda e uma forma de intensificar e retratar os temas
emocionas da história sem contradizer as crenças religiosas
04. Você percebe traços da jornada do herói na trajetória de Tristão? Em caso positivo,
quais passos aparecem?
Sim, é possível notar traços da jornada de herói como a chamada da aventura onde
Tristão parte para a Irlanda e traz Isolda para se casar com seu tio, caminho de
volta onde os amantes encontram maneiras de manter seu amor e mantê-lo em
segredo e etc
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06. Como o ambiente cortês influencia o comportamento das personagens? Ou seja, o
ambiente dos castelos determina como as pessoas se comportavam?
O ambiente cortês dos castelos na história de Tristão e Isolda influenciava o
comportamento das personagens por meio de normas de condutas rígidas, como a
honra, a cortesia e a lealdade. Além disso, o sistema feudal da época estabelecia
relações de poder e hierarquia social mudando o pensamento dos personagens.
07. Você já tinha lido alguma história parecida? Relate sua experiência em caso
afirmativo.
Eu nunca li qualquer tipo de livro com estilo de amor cortês, o Tristão e Isolda foi o
meu primeiro livro do tipo
08. Avalie a importância da contribuição da obra e do autor (caso você consiga defini-lo)
analisados à nossa literatura. Devem ser levados em conta aspectos como: o autor funda
ou não uma nova tradição em nossa literatura; se não funda, a que tradição está
vinculado e que contribuições trouxe para o aprofundamento dessa tradição; ele está ou
não situado num momento de transição; qual o destaque desse escritor ou de sua obra
no movimento literário a que pertence.
Esta obra contribuiu muito para modelar vários aspectos de nossa sociedade,
desde as metodologias de ensino, nosso entretenimento e de várias maneiras
mudou o nosso pensamento sobre a estrutura social dos tempos modernos
4. Respostas Individuais
09. Você já tinha tido algum contato com a literatura medieval? Seja por outros meios,
como filmes, desenhos animados, música.
Sim, o meu principal contato com essa cultura e através dos filmes que
contextualizam, para mim, de forma melhor
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10. Quanto à experiência pessoal de leitura, como você sentiu todo o processo de
análise? O que o trabalho trouxe de contribuição para seu aprendizado de literatura ou
interpretação de textos? Quais as dificuldades enfrentadas durante o processo? E quais
os aspectos facilitadores que foram resgatados? A leitura o agradou ou não? Por quê?
Qual o estilo que você prefere? Etc.
Está leitura despertou meu interesse pelas literaturas medievais e me mostrando
um pouco mais sobre a cultura dessa época, a minha maior dificuldade em ler foi a
falta de concentração na leitura que atrasou em muito o tempo de finalização, não
tenho muita preferência para leitura mas ainda prefiro livros de aventuras e ação.
11. Agora leia a letra da música Ska de Paralamas do Sucesso e fale sobre a relação que
tem com a literatura medieval. A literatura pode ter influência na vida dos leitores?
A letra remete as literaturas medievais levando o leitor a pensar em um mundo
onde tudo e perfeito e sempre a um herói que vai solucionar tudo, mas, na verdade,
e você que tem moldar sua realidade tendo suas próprias escolhas
5. Conclusão
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Referencias Bibliográficas
BÉDIER, J. Tristão e Isolda - Lenda Medieval Celta de Amor - 1. ed - Brasil - Martin Claret,
2019.
Manuel Casa Branca : Tristan and Isolde - Tristão e Isolda. Disponível em:
<http://quercusmundi.blogspot.com/2013/04/tristan-and-isold-tristao-e-isolda.html>.
Acesso em: 1 jun. 2023.
“O amor feliz não tem história”: notas sobre o amor cortês e a impossibilidade.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
157X2015000200019>. Acesso em: 1 jun. 2023.
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