I Trabalho de Corrosão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO - CEUNES

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIAS - DET

EDUARDA MAGNAGO - 2020102354

ESTER ESTEVÃO DE OLIVEIRA- 2019109719

LUÍSA COSME CARPANEDO - 2020102380

LUCAS NASCIMENTO MERLO - 2018104426

FORMAS DE CORROSÃO

SÃO MATEUS

2023
SUMÁRIO

- OBJETIVOS
- INTRODUÇÃO
- MECANISMO
- MORFOLOGIA
- FENOMENOLOGIA
- FLUXOGRAMA
- CONCLUSÃO
- BIBLIOGRAFIA
OBJETIVOS

Os objetivos deste presente trabalho estão a explicação dos processos que levam um material
a sofrer corrosão, explicando os processos químicos e eletroquímicos, assim como os fatores
que influenciam a taxa de corrosão. Outro objetivo está na análise dos efeitos da corrosão em
diferentes materiais, como metais, polímeros e cerâmicas; e também na identificação de
métodos de prevenção e controle de corrosão como revestimentos protetores, inibidores de
corrosão, modificação da composição química do material, entre outros.

É necessário compreender processos de deterioração que normalmente ocorrem em


associação com a corrosão, como erosão, abrasão, fluência, fadiga e outros. Estudar a
corrosão também é importante para a economia, pois muitas indústrias, como a de petróleo e
gás, transportes, construção e outras, dependem de materiais que podem sofrer corrosão.
Compreender os processos corrosivos e desenvolver métodos de prevenção e controle da
corrosão pode ajudar a reduzir custos e aumentar a eficiência dessas indústrias.
INTRODUÇÃO

A corrosão é um dos piores inimigos das empresas industriais, pois pode causar grandes
prejuízos econômicos e sociais, pois traz danos às estruturas de edifícios, carros, pontes,
navios, entre outros. A análise ou controle de corrosão é um item de maior potencial de
ganho, cada vez mais considerado nos processos industriais. A indústria petrolífera,
especialmente a de exploração e produção offshore, não foge à regra. O avanço gradativo a
águas mais profundas torna cada vez mais evidente a parcela dos custos envolvidos para o
controle da corrosão nas instalações marítimas e submarinas (Medeiros, 2005).

Os processos de corrosão são considerados reações químicas heterogêneas ou reações


eletroquímicas que se passam geralmente na superfície de separação entre o metal e o meio
corrosivo. Considerando-se como oxidação redução todas as reações químicas que consistem
em ceder ou receber elétrons, pode-se considerar os processos de corrosão como reações de
oxidação dos metais, isto é, o metal age como redutor, cedendo elétrons que são recebidos
por uma substância, o oxidante, existente no meio corrosivo.

A corrosão é um modo de destruição do metal, progredindo através da sua superfície. A


corrosão pode ocorrer de diferentes formas, e o conhecimento das mesmas é muito
importante no estudo dos processos corrosivos. O estudo da corrosão também é importante
para o desenvolvimento de métodos de prevenção e controle da corrosão, como revestimentos
protetores, inibidores de corrosão, modificação da composição química do material, entre
outros. Isso pode ajudar a prolongar a vida útil de estruturas e equipamentos e reduzir custos.

Os tipos de corrosão podem ser apresentadas as classificações utilizadas para corrosão em


dutos considerando o mecanismo, morfologia, fenomenologia, dimensionamento e
gerenciamento.
MECANISMO

A corrosão é um processo de degradação de materiais, especialmente metais, causado por


reações químicas ou eletroquímicas com o ambiente circundante. Existem três tipos de
corrosão: química, eletroquímica e eletrolítica.

O mecanismo de corrosão química é caracterizado por uma reação química do metal com o
agente corrosivo, sem que haja deslocamento de elétrons. Na corrosão eletroquímica ocorre
quando há geração de eletricidade como o caso da oxidação de metais em soluções aquosas.
A corrosão eletrolítica é causada por correntes elétricas de interferência em estruturas
metálicas enterradas ou submersas.
MORFOLOGIA

A morfologia da corrosão se refere à aparência ou forma que a corrosão assume na superfície


do material corroído. É utilizada para identificar o tipo de corrosão que está ocorrendo e para
determinar a causa da corrosão. A identificação correta do tipo de corrosão é importante para
a seleção do material adequado e para a escolha da técnica de proteção contra a corrosão mais
adequada.

Existem vários tipos de corrosão, cada um com sua própria morfologia. Alguns dos tipos de
corrosão e sua morfologia incluem:

Corrosão Uniforme: Corrosão que se processa em toda extensão da superfície, ocorrendo


perda uniforme de espessura. Esta terminologia é usada, como corrosão generalizada, que,
porém não deve ser empregada apenas para corrosão uniforme, pois pode-se ter, também
corrosão por pite ou alveolar generalizada, isto é, em toda extensão da superfície corroída.

figura 1: corrosão uniforme

Corrosão Por Placas: Corrosão que se localiza em regiões da superfície metálica e não em
toda extensão formando placas com escavações.

figura 2: corrosão por placas


Corrosão Alveolar: Corrosão que se processa na superfície metálica produzindo sulcos ou
escavações semelhantes a alvéolos, apresentando fundo arredondado e profundidade
geralmente menor que seu diâmetro.

figura 3: corrosão alveolar

Corrosão Puntiforme ou por pite: Corrosão que ocorre em pontos ou pequenas áreas
localizadas na superfície metálica produzindo pites, que são cavidades que apresentam o
fundo em forma angulosa e profundidade geralmente maior do que o seu diâmetro.

figura 4: corrosão puntiforme

Corrosão Intergranular (ou intercristalina): Este tipo de corrosão localiza-se entre os


grãos da estrutura cristalina do material metálico, o qual perde suas propriedades mecânicas e
pode fraturar quando submetido a esforços mecânicos menores que o esperado, como é o
caso da corrosão sob tensão fraturante (stress corrosion cracking, SCC).

figura 5: corrosão intergranular


Corrosão Intragranular (ou transgranular ou transcristalina): Este tipo de corrosão se
processa nos grãos cristalinos da rede cristalina do material metálico, o qual, pela perda de
suas propriedades mecânicas poderá fraturar à menor solicitação mecânica, assim como no
caso da corrosão intergranular – sendo que seus efeitos são muito mais catastróficos que o
caso da corrosão intergranular.

figura 6: corrosão intragranular

Corrosão Filiforme: Este tipo de corrosão se processa sob a forma de finos filamentos, mas
não profundos, que se propagam em diferentes direções e que não se cruzam. Ocorre
geralmente em superfícies metálicas revestidas com filmes poliméricos, tintas ou metais
ocasionando o deslocamento do revestimento. Ocorre com mais frequência em ambientes
cuja umidade relativa do ar é maior que 85% e, em revestimentos mais permeáveis à
penetração de oxigênio e água ou apresentando defeitos, como riscos.

figura 7: corrosão filiforme

Corrosão Por esfoliação: É um dos tipos de corrosão mais encontrados em chapas. Ocorre
paralelamente à superfície metálica e é facilitado até mesmo pelo trabalho mecânico. O
material é desintegrado em forma de placas paralelas ao reagir com o meio ambiente. A
esfoliação é bem comum em ligas de alumínio.

figura 8: corrosão por esfoliação


Corrosão Grafítica: Muito comum em ferro fundido cinzento e se diferencia de alguns tipos
de corrosão por não precisar de aumento de temperatura: ele se dá no clima ambiente. Nessa
modalidade, o ferro fundido passa pelo processo, deixando o grafite intacto. A principal causa
disso é o fato de os dois elementos terem grande diferença de nobreza entre si. Em alguns
casos, não há diferença nas dimensões da peça, mesmo com a corrosão. No entanto, muda-se
as propriedades mecânicas do material. Sua prevenção é fundamental, com o uso de
revestimentos e inibidores de corrosão. Uma vez iniciado o processo de enferrujamento, não
há mais alternativas de reparos.

figura 9: corrosão grafítica

Corrosão Dezincificação: Na corrosão seletiva do latão, o zinco é corroído


preferencialmente, deixando o material frágil e poroso,e é facilmente detectada nas ligas de
cobre-zinco(latões) com regiões avermelhadas contrastante com o amarelo do latão.

figura 10: corrosão dezincificação

Corrosão por Empolamento de hidrogênio: O hidrogênio no estado atômico tem grande


capacidade de difusão em materiais metálicos. Dessa forma, se o hidrogênio for gerado na
superfície de um material, ele migra para o interior e acumula-se em defeitos existentes,
como laminações ou inclusões não metálica. Esse hidrogênio pode ser resultante da
decomposição da água de cristalização, contida em alguns tipos de revestimento de eletrodo,
em processos de soldagem. Mas, também pode ser produto de alguns tipos de reações de
corrosão, ou ainda, pode ser gerado pela ação de gases ricos em hidrogênio, ou por meio de
outros processos. O hidrogênio acumulado passa da forma atômica a molecular e provoca o
aparecimento de altas pressões no interior da falha. Quando o acúmulo de hidrogênio ocorre
em falhas próximas à superfície, a deformação pode provocar empolamentos, sendo comum
denominar este processo de empolamento pelo hidrogênio.

figura 11: corrosão pelo empolamento de hidrogênio

Corrosão em torno de cordão de solda: Tipo de corrosão que se observa na ZTA (zona
termicamente afetada).

figura 12: corrosão em torno de solda

Figura 13: esquema das formas de corrosão


FENOMENOLOGIA

A fenomenologia da corrosão se refere aos diferentes processos corrosivos que podem


ocorrer em materiais. A identificação correta da fenomenologia da corrosão é importante para
a seleção do material adequado e para a escolha da técnica de proteção contra a corrosão mais
adequada. Além disso, a fenomenologia da corrosão pode ser utilizada para determinar a
causa da corrosão e para desenvolver estratégias de prevenção e controle da corrosão.

Alguns exemplos de fenomenologia da corrosão incluem:

Corrosão Galvânica - Corrosão que ocorre quando dois materiais metálicos, com diferentes
potenciais, estão em contato em presença de um eletrólito.

Corrosão Eletrolítica – Corrosão ocasionada em estruturas metálicas enterradas ou


submersas, como resultado de correntes elétricas de interferência que também são chamadas
de correntes de fuga, estranhas, parasitas, vagabundas ou espúrias. É importante informar que
as correntes de fuga que causam maiores danos são as correntes contínuas ou as alternadas de
baixa frequência.

Corrosão Seletiva – Corrosão em que há remoção preferencial de um ou mais elementos de


liga. Ocorre por influência metalúrgica, do ambiente a que o material está exposto e a
química da água.

Corrosão Induzida por Microorganismos (MIC) - Corrosão que pode ser desencadeada ou
acelerada, pelo resultado da atividade metabólica dos microrganismos. Este tipo de corrosão
pode causar várias formas de corrosão localizada, com altas taxas e podem ocorrer em locais
onde não seria previsível.

Corrosão por Aeração Diferencial - Corrosão decorrente da exposição de um metal em uma


solução apresentando diferentes concentrações ou pressões parciais de oxigênio.

Figura 14: corrosão por aeração diferencial


Corrosão em Frestas – Corrosão localizada que ocorre em fissuras ou fendas entre duas
superfícies metálicas ou entre superfícies metálicas e não metálicas.

Figura 15 e 16: corrosão em frestas

A corrosão em fresta pode ocorrer entre o suporte e a tubulação.

Corrosão Atmosférica - Processo corrosivo de estruturas metálicas aéreas. A ação desta


corrosão depende fundamentalmente dos fatores: umidade relativa, substâncias poluentes
(gases, particulados), temperatura, tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície
metálica e fatores climáticos.

Corrosão Associada a Solicitações Mecânicas - Corrosão resultante da associação


simultânea dos seguintes elementos: meio corrosivo, tensões aplicadas ou residuais e
susceptibilidade dos materiais.
FLUXOGRAMA

Figura 17: Autoria Própria

Figura 18: Autoria Própria


EQUAÇÕES E REAÇÕES

Usa- se essa equação para medir o pite de maior profundidade ou tirar o valor médio entre,
por exemplo, três pites com maiores profundidades.

Fpite = Pmp / PM

(Fpite ) = Fator de pite

(Pmp ) = Valor do pite de maior profundidade

( PM ) = Valor médio

● Quanto mais se aproxima de 1 terá a maior incidência de pites com profundidades


próximas.

Quando se forma um processo autocatalítico, a formação é lenta do pite, produzindo


condições para o crescimento do pite. Considera-se aço em presença de água aerada contendo
cloreto, podendo ser explicada a ação autocatalítica considerando as possíveis reações no
interior do pite:

● Na área anódica pode ocorrer oxidação do aço e formação de Fe2+, Cr2+ e Ni2+ ,
gerando um excesso de cargas positivas no local. Dessa forma, os íons cloro adentram
o pite, pois têm maior mobilidade que a hidroxila, e ocorre o aumento de
concentração do FeCl2, que sofre hidrólise, formando HCl. A presença de HCl gera
aumento de concentração de H+ , diminuição do pH, acelerando o processo corrosivo.
Assim, alimenta-se a reação catalítica que aumenta a profundidade do pite.
Exemplificando com o ferro, obtém-se:

Fe → Fe2+ + 2e (1)

FeCl2 + H2O → Fe(OH)2 + 2H+ + 2Cl- (2)

ou

Fe2+ + 2H2O → Fe(OH)2 + 2H+ (3)

● O aumento na concentração de íons H+, isto é, diminui o pH, com isso o processo
corrosivo vai acelerar pois o material metálico “ataca” com o HCl formado, com a
consequente formação do FeCl2 , que volta a sofrer a hidrólise conforme a reação (2),
e assim o processo corrosivo continua:

Fe + 2HCl → FeCl2 + H2 (4)

ou

Fe + 2H+ → Fe2+ + H2 (5)

● O oxigênio tem a solubilidade nula em soluções aquosas concentradas de sais,


no pite não se tem redução de oxigênio, segundo as reações abaixo:

H2O + HO2 + 2e → 2OH- (6)

2H+ + 2e → H2 (7)

● O sulfeto se inclui no aço acelerando a formação de pites e a razão está de fato


diminuindo do pH, na parte interior do pite, ocasionando a solubilização de
inclusões como MnS:

MnS + 2H+ → Mn2+ + H2S (8)

e o H2S pode se dissociar nos Íons S2- ou HS- , que aceleram o ataque corrosivo. Verifica-se
que, se forem adicionadas ao aço pequenas quantidades de cobre, ocorre a formação de
sulfeto de cobre (I), Cu2S, que reduz a atividade dos íons HS- e S2- para um valor tão baixo
que não catalisam mais o ataque anódico do aço.
CONCLUSÃO

O estudo das reações de corrosão é importante na prevenção e tratamento especial de


mega-empreendimentos que utilizem metais pesados cuja aquisição é difícil, evitando assim
as perdas desnecessárias de capital. Tais experimentos demonstram as principais maneiras
macroscópicas de verificar a ocorrência de corrosão, como também métodos simples de
sacrifício e prevenção a fim de aumentar a durabilidade de empreendimentos que utilizam
metais susceptíveis à corrosão.

Através dos experimentos químicos realizados foi possível concluir que há diversos tipos de
corrosão e todas dependem dos diferentes meios corrosivos e condições para que se
processem. Todos os metais têm tendência a sofrer oxidação, mas isto é muito relativo,
ocorrendo variando de metal para metal devido ao potencial padrão de cada metal.
BIBLIOGRAFIA

- O mecanismo de corrosão nos aços


- Eletroquímica aplicada e corrosão
- Corrosão dos metais
- Formas de corrosão
- Formas de corrosão
- Fundamentos da corrosão
- Gerenciamento de falhas por corrosão em dutos
- Corrosion failure management in pipeline

COMPONENTES FUNÇÃO

EDUARDA RELATÓRIO, SLIDE E ATIVIDADES

ESTER SLIDE

LUCAS RELATÓRIO E EXPERIÊNCIA

LUÍSA RELATÓRIO, ATIVIDADES E


EXPERIÊNCIA

OBS: Todos ajudaram em tudo, mas as partes principais foram essas acima.

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