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ÍNDICE

Disposições preliminares.......................................................... 3
Da Competência Municipal....................................................... 3
Do Governo Municipal - Dos Poderes Municipais.................... 5
Do Poder Legislativo................................................................ 5
Da Câmara Municipal............................................................... 5
Da Posse................................................................................... 5
Das Atribuições da Câmara Municipal....................................... 5
Do Exame Público das Contas Municipais................................ 7
Da Remuneração dos Agentes Políticos.................................... 7
Da Eleição da Mesa................................................................... 7
Das Atribuições da Mesa........................................................... 8

LEI
Das Sessões............................................................................. 8
Das Comissões......................................................................... 9
Do Presidente da Câmara Municipal......................................... 9
Do Vice-Presidente da Câmara Municipal................................. 10

ORGÂNICA Do Secretário da Câmara Municipal.........................................


Dos Vereadores.......................................................................
Das Incompatibilidades.............................................................
Do Vereador Servidor Público.................................................
10
10
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MUNICIPAL Das Licenças............................................................................


Da Convocação dos Suplentes..................................................
Do Processo Legislativo...........................................................
Das Emendas a Lei Orgânica....................................................
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12
12
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SANTIAGO-RS Das Leis...................................................................................


Da Iniciativa Popular................................................................
Do Prefeito Municipal..............................................................
Das Proibições........................................................................
12
12
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abril/1990 Das Licenças............................................................................
Das Atribuições do Prefeito......................................................
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Das Transições Administrativas................................................ 16
Revisada em outubro de 2005, conforme Emenda nº 001/2005
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Municipal........................... 16
Das Consultas Populares........................................................... 16
*Última atualização em abril de 2006
Da Administração Municipal..................................................... 17
Dos Atos Municipais................................................................ 18
Dos Tributos Municipais.......................................................... 18
Dos Preços Públicos ....................................................... 19
Dos Orçamentos........................................................................... 20
Das Disposições Gerais................................................................ 20
Das Vedações Orçamentárias........................................................ 21
Das Emendas aos Projetos Orçamentários.................................... 21
Da Execução Orçamentária........................................................... 22
Da Gestão da Tesouraria............................................................ 22
Da Organização Contábil............................................................. 23
Das Contas Municipais................................................................ 23
Da Prestação e Tomada de Contas .............................................. 23 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO
Do Controle Interno Integrado.................................................... 23
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária.................... 23
Da Administração dos bens Patrimoniais....................................... 24
Das Obras e Serviços Públicos..................................................... 25 DE SANTIAGO
Do Planejamento Municipal.......................................................... 26
Da Política de Saúde..................................................................... 27
Da Política Educacional, Cultura e Desportiva............................. 28
Da Cultura.................................................................................... 29
Do Desporto................................................................................. 29 PREÂMBULO
Da Ciência e Tecnologia............................................................... 29
Do Turismo.................................................................................. 30
Da Política Econômica................................................................. 30
Da Política Urbana....................................................................... 31
Da Política de Assistência Social................................................... 33
Da Política do Meio Ambiente...................................................... 33 O POVO DO MUNICÍPIO DE
Das Disposições Finais e Transitórias............................................ 34 SANTIAGO POR SEUS
REPRESENTANTES, REUNIDOS EM,
CÂMARA CONSTITUINTE , SOB A
PROTEÇÃO DE DEUS, ESTABELECE,
DECRETA E PROMULGA A SEGUINTE
LEI ORGÂNICA.

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Parágrafo Único - O Município tem direito à
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural,
de recursos hídricos para fins de energia elétrica, de outros
recursos minerais e de pedras preciosas ou semipreciosas de seu
território, observadas as Legislações Federal e Estadual.

Art. 6º - Constituem objetivos fundamentais do


Município, contribuir para:
I - construir uma sociedade livre, justa e
TÍTULO I solidária;
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL II - promover o bem comum de todos os
munícipes;
CAPÍTULO I III - erradicar a pobreza, a marginalização e
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES reduzir as desigualdades sociais.

Art. 1º - O Município de Santiago, pessoa jurídica


de direito público interno, é unidade territorial que integra o Estado
do Rio Grande do sul e a organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil, dotada de autonomia política, Art.7º - São símbolos do Município o Brasão, a Bandeira e o Hino,
administrativa, financeira e legislativa nos termos assegurados pela representativos de sua cultura e história.
Constituição da República, pela Constituição do Estado e por esta
Lei Orgânica. Parágrafo único - O dia 04 de janeiro é a data
Magna Municipal.
Art. 2º - O território do Município poderá ser TÍTULO II
dividido em distritos, criados organizados ou suprimidos por lei DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL
municipal, observada a legislação estadual, a consulta plebiscitária e
o disposto nesta Lei Orgânica. Art. 8º - Compete ao Município:
Art. 3º - É mantido o atual território do Município, I - legislar sobre assuntos de interesse da
cujos limites só poderão ser alterados nos termos da Legislação municipalidade com a expedição de decretos e atos relativos aos
Estadual. assuntos de seu particular interesse;
II - suplementar a legislação federal e a
Art. 4º - A sede do Município dá-lhe o nome e tem a estadual no que couber;
categoria da cidade, enquanto a sede do Distrito tem a categoria de III - instituir e arrecadar todos os tributos de
Vila. sua competência, bem como aplicar as suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos
Art. 5º - Constituem bens do Município todas as fixados em lei;
coisas móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe
pertençam.
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IV - criar, organizar e suprimir distritos, XIV - realizar atividades de defesa civil,
observando o disposto nesta Lei Orgânica e na legislação estadual inclusive o de combate a incêndios e prevenção de acidentes
pertinente; naturais em coordenação com a União e o Estado;
V - instituir a Guarda Municipal, destinada à XV - promover, no que couber, adequado
proteção de seus bens, serviços, instalações e fiscalização, ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso,
conforme dispuser a Lei; (redação alterada conforme Emenda nº do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
001/2005, de 11.10.05) XVI - elaborar e executar o Plano Diretor nos
VI - organizar e prestar serviços, diretamente termos do Estatuto das Cidades; (redação alterada conforme
ou sob regime de concessão ou permissão, entre outros, os Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
seguintes serviços:
a) transporte coletivo urbano e intramunicipal, XVII - executar obras de:
que terá caráter essencial; a) abertura, pavimentação e conservação de
b) abastecimento de água e esgotos sanitários; vias;
c) cemitérios e serviços funerários; b) drenagem pluvial;
d) iluminação pública; c) construção e conservação de estradas
e) limpeza pública, coleta domiciliar e vicinais, parques, jardins, hortos florestais e hortas comunitárias;
destinação final do lixo; d) edificação e conservação de prédios
VII - manter, com a cooperação técnica e públicos municipais;
financeira da União e do Estado, programas de educação pré- XVIII – fixar:
escolar e ensino fundamental; (redação alterada conforme Emenda a) as tarifas dos serviços públicos, inclusive
nº 001/2005, de 11.10.05) dos serviços de táxi, transporte coletivo e
similares; (redação alterada conforme
VIII - manter, com a cooperação técnica e Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde b) horário de funcionamento dos
da população estabelecimentos industriais, comerciais e
de serviços, através da Lei. REVOGADO
IX - promover a proteção do patrimônio (conforme Emenda nº 001/2005, de
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico local, observada 11.10.05)
a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;
X - promover a cultura, a recreação, o lazer e XIX - sinalizar as vias públicas urbanas e
prática desportiva; rurais;
XI - fomentar a produção agropecuária e XX - disciplinar os serviços de carga e
demais atividades econômicas, inclusive a artesanal; descarga, fixando a tonelagem máxima permitida a veículos que
XII - realizar serviços de assistência social, circulam em suas vias públicas;
diretamente ou por meio de instituições privadas, conforme XXI - regular o tráfego e o trânsito nas vias
critérios e condições fixadas em lei municipal; públicas municipais, atendendo à necessidade de locomoção das
XIII - realizar programas de alfabetização; pessoas portadoras de deficiência;
XXII - conceder licença para :

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a) localização, instalação e funcionamento de XXXI - dispor sobre autorização, permissão e
estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, inclusive o concessão de uso dos bens públicos municipais;
eventual e o ambulante; XXXII - promover a proteção ambiental,
b) afixação de cartazes, letreiros, anúncios, faixas preservando os mananciais e coibindo práticas que ponham em
emblemas e utilização de alto-falantes para fins de publicidade e risco a função ecológica da fauna e da flora e que provoquem a
propaganda; extinção da espécie ou submetem os animais à crueldade;
c) realização de jogos, espetáculos e divertimentos XXXIII - disciplinar a localização, nas áreas
públicos, observadas as prescrições legais; urbanas e nas proximidades de culturas agrícolas e mananciais de
d) prestação dos serviços de táxis, transporte substâncias de atividades potencialmente perigosas.
coletivo e similares; (redação alterada conforme Emenda nº
001/2005, de 11.10.05) Art. 9º - Além das competências previstas no artigo
anterior, o Município atuará em cooperação com a União e o
XXIII - interditar edificações em ruínas ou em Estado para que o exercício das competências enumeradas no
condições de insalubridade e fazer demolir construções que artigo 23 da Constituição Federal, desde que as condições sejam de
ameaçam a segurança coletiva; interesse municipal.
XXIV - legislar sobre apreensão e depósito de
semoventes, mercadorias e móveis em geral, no caso de
transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a
forma e condições de venda das coisas e bens apreendidos; TÍTULO III
XXV - administrar seus bens, adquiri-los e DO GOVERNO MUNICIPAL
aliená-los, aceitar doações, legados e herança e dispor de sua
aplicação; CAPÍTULO II
XXVI - desapropriar, por necessidade ou DOS PODERES MUNICIPAIS
utilidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos em
lei; Art. 10º - O Governo Municipal é constituído pelos
XXVII - organizar os seus quadros e Poderes Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos entre
estabelecer o regime jurídico de seus servidores; si.
XXVIII - proteger a população contra toda a
exploração, bem como contra os fatores que possam conduzir as Parágrafo Único - É vedado aos Poderes Municipais
pessoas ao abandono físico, moral e intelectual; a delegação recíproca de atribuições, salvo nos casos previstos
XXIX - fixar os feriados municipais através da nesta Lei Orgânica.
lei, observada a Legislação Federal;
XXX - exercer o poder de polícia CAPÍTULO III
administrativa nas matérias de interesse local, tais como proteção à DO PODER LEGISLATIVO
saúde incluídas a vigilância e a fiscalização sanitárias, e proteção ao
meio ambiente, ao sossego, à higiene e à funcionalidade bem como SEÇÃO I
dispor sobre as penalidades por infração às leis e aos regulamentos DA CÂMARA MUNICIPAL
locais;

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Art. 11 - O Poder Legislativo é exercido pela
Câmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos para cada § 1º - Sob a Presidência do vereador que mais
legislatura. (Alterado conforme Emenda 001, de 13 de setembro de recentemente tenha exercido cargo na Mesa ou, na hipótese de
2011.) inexistir tal situação, do mais votado entre os presentes, os demais
Art. 11 – O Poder Legislativo é exercido pela Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse, cabendo ao
Câmara Municipal composta de 13 (treze) vereadores, eleitos paea Presidente prestar o seguinte compromisso:
cada Legislatura.
Art. 12 - O número de Vereadores será fixado pela “Prometo cumprir a Constituição Federal, a
Câmara Municipal observados os limites estabelecidos na Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal,
Constituição Federal; observar as leis, desempenhar o mandato que me foi
confiado e trabalhar pelo progresso do Município e
I - O Número de Vereadores será fixado, bem-estar de seu povo”.
mediante decreto legislativo, até 60 (sessenta) dias antes da eleição
municipal que então se processar; (Alterado conforme Emenda § 2º - Prestado o compromisso pelo Presidente, o
001, de 13 de setembro de 2011.) Secretário que foi designado para esse fim fará a chamada nominal
I – O número de Vereadores será fixado de cada Vereador, que declarará:
mediante Emenda à Lei Orgânica do Município, discutida e votada
em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em “Assim o prometo”.
ambos, dois terços dos votos dos Vereadores componentes do
legislativo, conforme legislação vigente. § 3º - O Vereador que não tomar posse na sessão
II - a Mesa da Câmara enviará ao Tribunal prevista neste artigo, deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias,
Regional Eleitoral, logo após sua edição, cópia do decreto salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
legislativo de que trata o inciso anterior. (Alterado conforme
Emenda 001, de 13 de setembro de 2011.) § 4º - No ato de posse, os Vereadores deverão
II – A Mesa da Câmara enviará ao Tribunal desincompatibilizar-se e fazer declaração de seus bens nos termos
Regional Eleitoral, logo após a sua edição, cópia da Emenda que da Lei.(redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
trata o inciso anterios. 11.10.05)

Art. 13 - Revogado, de acordo com a Emenda SEÇÃO III


nº 001/98 oriunda do Poder Executivo, de 28 de agosto de 1998. DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 15 - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção


SESSÃO II do Prefeito deliberar sobre as matérias de competência do
DA POSSE Município especialmente no que se refere ao seguinte: (redação
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 14 - A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão
solene, em 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, para a I – Legislar sobre assuntos de interesse local,
posse de seus membros. inclusive suplementando a legislação federal e a estadual,
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notadamente no que diz respeito: (redação alterada conforme II – Legislar sobre tributos municipais, bem
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) como autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas,
nos termos da Lei; (redação alterada conforme Emenda nº
a) saúde, à assistência pública e à proteção e 001/2005, de 11.10.05)
garantia das pessoas portadoras de deficiência;
b) à proteção de documentos, obras e outros bens de III - orçamento anual, plano plurianual e
valor histórico, artístico e cultural, como os monumentos, as diretrizes orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos do Município; suplementares e especiais.
c) a impedir a evasão, destruição e descaracterização IV – Legislar sobre a obtenção e concessão de
de obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico e cultural empréstimos e operações de crédito, bem como sobre a forma e os
do Município; meios de pagamento; (redação alterada conforme Emenda nº
d) à abertura de meios de acesso à cultura, à 001/2005, de 11.10.05)
educação e à ciência;
e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à V - concessão de auxílios e subvenções;
poluição; VI - concessão e permissão de serviços
f) ao incentivo à indústria e ao comércio; públicos;
g) à criação de distritos industriais; VII - concessão de direito real de uso de bens
h) ao fomento da produção agropecuária e à municipais;
organização do abastecimento alimentar; VIII - alienação e concessão de bens imóveis;
i) à promoção de programas de construção de IX - aquisição de bens imóveis, quando se
moradias, melhorando as condições habitacionais e de saneamento tratar de doação;
básico; X - criação, organização e supressão de
j) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de distritos observadas a legislação estadual;
marginalização, promovendo a integração social dos setores XI - criação, alterações e extinção de cargos,
desfavorecidos; empregos, funções públicas e fixação da respectiva remuneração,
l) ao registro, ao acompanhamento e à fiscalização excluindo-se os serviços do Poder Legislativo que reger-se-à por
das concessões de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e Decreto Legislativo. (redação alterada conforme Emenda nº
minerais em seu território; 001/2005, de 11.10.05)
m) ao estabelecimento e à implantação da política de
educação e fiscalização para o trânsito; (redação alterada conforme XII - plano diretor;
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) XIII - alteração e denominação de próprios,
vias e logradouros públicos; (redação alterada conforme Emenda nº
n) à cooperação com a União e o Estado, tendo em 001/2005, de 11.10.05)
vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar, atendidas as
normas fixadas em lei complementar federal; XIV - guarda municipal destinada a proteger
o) ao uso e ao armazenamento dos agrotóxicos, seus bens, serviços e instalações do Município;
componentes e afins; XV – Legislar sobre ordenamento,
p) às políticas públicas do Município. parcelamento, uso e ocupação do solo urbano; (redação alterada
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
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X - sustar os atos normativos do Poder
XVI - organização e prestação de serviços Executivo que exorbitam do poder regulamentar ou dos limites da
públicos; Delegação Legislativa;
XVII – autorizar a criação de consórcios para XI - proceder à tomada de contas do Prefeito
a realização de obras e serviços. (redação acrescentada conforme Municipal, quando não apresentar à Câmara dentro do prazo de 60
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) (sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa;
XII - julgar os Vereadores, na forma desta Lei
Art. 16 - Compete à Câmara Municipal, Orgânica;
privativamente entre outras, as seguintes atribuições: XIII - representar ao Procurador Geral da
I - eleger sua Mesa Diretora, bem como Justiça, mediante aprovação da maioria absoluta dos seus
destituí-la na forma desta Lei Orgânica e do Regimento Interno; membros, contra o Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais
II – elaborar o seu regimento interno; ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prática de crime
III - fixar a remuneração do Prefeito, do Vice- contra a Administração Pública que tiver conhecimento;
Prefeito e dos Vereadores, observando-se o disposto no inciso V e XIV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-
VI do artigo 29 da Constituição Federal e o Artigo 11 da Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los definitivamente do
Constituição Estadual estabelecido nesta Lei Orgânica; cargo, nos termos previstos em Lei;
(redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de XV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-
11.10.05) Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;
XVI - criar comissões especiais de inquéritos
IV - exercer, com o auxílio do Tribunal de sobre fato determinado que se inclua na competência da Câmara
contas ou órgão estadual competente, a fiscalização financeira, Municipal, e por prazo certo, sempre que o requerer pelo menos
orçamentária, operacional e patrimonial do Município; um terço dos membros da Câmara;
V - julgar as contas anuais do Município e XVII - convocar os Secretários Municipais e
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo; ocupantes de cargos para prestar informações sobre matéria de sua
VI - dispor sobre sua organização, competência; (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de 11.10.05)
cargos, empregos e funções de seus serviços e fixar a respectiva
remuneração; XVIII - solicitar informações ao Prefeito
VII - autorizar o Prefeito a se ausentar do Municipal sobre assuntos referentes à Administração;
Município quando a ausência exceder a 15 (quinze) dias, salvo em XIX - autorizar referendo e convocar
férias ou licença; (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, plebiscito;
de 11.10.05) XX - decidir sobre a perda de mandato de
Vereador, por voto secreto e maioria de 2/3 nas hipóteses previstas
VIII - mudar temporariamente a sua sede; nesta Lei Orgânica;
IX - fiscalizar o controle, diretamente, os atos XXI - conceder título honorífero a pessoas
do Poder Executivo, incluídos os da Administração indireta e que tenham reconhecidamente prestado serviços ao Município,
fundacional; mediante decreto legislativo aprovado pela maioria de dois terços
de seus membros.

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SEÇÃO IV Parágrafo Único - A indenização de que trata este
DO EXAME PÚBLICO DAS CONTAS MUNICIPAIS artigo não será considerada como remuneração.(Redação já
alterada - Emenda nº 001/98 - Legislativo de 23.06.98).
Art. 17 - As contas anuais do Município ficarão a
disposição dos cidadãos durante 60 (sessenta) dias, a partir de 15 SEÇÃO VI
(quinze) de abril de cada exercício, no horário de funcionamento da DA ELEIÇÃO DA MESA
Câmara Municipal, em local de fácil acesso ao público.
Art.24 - Imediatamente após a posse, os Vereadores
SEÇÃO V reunir-se-ão sob a presidência do mais votado entre os presentes e,
DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS havendo maioria absoluta dos membros da Câmara elegerão os
componentes da mesa, que ficarão automaticamente empossados.
Art. 18 - Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
e dos Secretários Municipais, serão fixados por Lei de iniciativa da
Câmara Municipal, de acordo com os Artigos 29, Inciso V da
Constituição Federal e Artigo 11 da Constituição Estadual. § 1º - O mandato da Mesa será de 2 (dois) anos,
(redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.
Art. 19 - Os subsídios dos Vereadores, serão fixados
por Lei de iniciativa da Câmara Municipal, observando-se os § 2º - Na hipótese de não haver número suficiente
incisos VI e VII do Artigo 29 da Constituição Federal e Artigo 11 para eleição da Mesa, o Vereador que estiver dirigindo os trabalhos
da Constituição Estadual. (redação alterada conforme Emenda nº convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
001/2005, de 11.10.05)
§ 3º - A eleição para renovação da Mesa realizar-se-
Art. 20 - A remuneração dos Vereadores terá como á obrigatoriamente, na última sessão ordinária da sessão legislativa,
limite máximo o valor percebido como remuneração pelo Prefeito empossando-se os eleitos em 1º de janeiro.
Municipal- REVOGADO (conforme Emenda nº 001/2005, de
11.10.05) § 4º - Caberá ao Regimento Interno da Câmara
Art. 21 - Revogado, de acordo com a Emenda nº Municipal dispor sobre a composição da Mesa Diretora e,
002/98 - oriunda do Poder Legislativo, de 23 de julho de 1998. subsidiariamente, sobre a sua eleição.

Art. 22 - Revogado, de acordo com a Emenda nº § 5º - Qualquer componente da Mesa poderá ser
002/98 - oriunda do Poder Legislativo, de 23 de julho de 1998. destituído pelo voto de 2/3 dos membros da Câmara Municipal,
quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas
Art. 23 - Os critérios de indenizações de despesas de atribuições, devendo o Regimento Interno da Câmara Municipal
viagens do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais e dispor sobre o processo de destituição e sobre a substituição do
Vereadores, serão fixados por Lei Complementar. membro destituído.

SEÇÃO VII
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA
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seu Regimento Interno, e as remunerará de acordo com o
Art. 25 - Compete à Mesa da Câmara Municipal, estabelecido nesta Lei Orgânica e na legislação específica.
além de outras atribuições estipuladas no Regimento Interno:
I - enviar ao Prefeito Municipal, até o primeiro Art. 27 - As sessões da Câmara Municipal deverão
dia de março, as contas do exercício anterior, quando for o caso; ser realizadas em recinto destinado ao seu Funcionamento e
II - propor ao Plenário projetos de resolução comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto ou outra
que criem, transformem e extingam cargos, empregos ou funções causa que impeça a sua utilização, poderão ser realizadas sessões
da Câmara Municipal, bem como a fixação da respectiva em outro local, por decisão do Presidente da Câmara.
remuneração, observadas as determinações legais;
III - declarar a perda de mandato de Vereador, Parágrafo Único - As sessões solenes poderão ser
de ofício ou por provocação de qualquer dos membros da Câmara, realizadas fora do recinto da Câmara por decisão da maioria
nos casos previstos nos incisos I a VII do artigo 42 desta Lei simples dos Vereadores. (redação alterada conforme Emenda nº
Orgânica, assegurada ampla defesa; (redação alterada conforme 001/2005, de 11.10.05)
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)

IV - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o Art. 28 - As sessões da Câmara serão públicas, salvo
dia 31 de agosto, após a aprovação pelo Plenário, a proposta deliberação em contrário, tomada pela maioria absoluta de seus
parcial do orçamento da Câmara, para ser incluída na proposta membros quando ocorrer motivo relevante de preservação de
geral do Município, prevalecendo, na hipótese de não aprovação decoro parlamentar.
pelo Plenário, a proposta elaborada no ano anterior. (redação
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) Art. 29 - As sessões somente poderão ser abertas
Parágrafo único - A Mesa decidirá sempre por pelo Presidente da Câmara ou por outro membro da Mesa com
maioria de seus membros. presença mínima de um terço dos seus membros.

SEÇÃO VIII Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão


DAS SESSÕES o vereador que assinar o livro ou folhas de presença até o início da
ordem do dia e participar das votações, salvo motivo relevante.
Art. 26 - A sessão legislativa anual desenvolve-se de (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
15 de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 05 de janeiro,
independente de convocação, nas segundas-feiras às 20 (vinte) Art. 30 - A convocação extraordinária da Câmara
horas e 30 (trinta) minutos. (redação alterada conforme Emenda nº Municipal dar-se-á:
001/2005, de 11.10.05 e Emenda nº 001/2006) I - pelo Prefeito Municipal, quando este a
entender necessária;
§ 1º - As reuniões marcadas para as datas II - pelo Presidente da Câmara ;
estabelecidas no caput serão transferidas para o primeiro dia útil III - a requerimento da maioria absoluta dos
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. membros da Câmara.

§ 2º - A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões Parágrafo Único - Na sessão legislativa


ordinárias, extraordinárias, solenes e secretas, conforme dispuser o extraordinária, a Câmara Municipal deliberará somente sobre a
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matéria para a qual foi convocada, devendo a convocação se dar VII - acompanhar, junto à Prefeitura
com no mínimo 24 (vinte e quatro) horas de antecedência. (redação Municipal, a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) posterior execução.

Art. 32 - As comissões especiais de inquérito


SEÇÃO IX que terão poderes de investigações próprios das autoridades
DAS COMISSÕES judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão
criadas pela Câmara mediante requerimento de um terço de seus
Art. 31 - A Câmara Municipal terá comissões membros para apuração de fatos determinados e por prazo certo,
permanentes, especiais e representativas, constituídas na forma e sendo suas conclusões aprovadas pelo plenário, se for o caso,
com as atribuições definidas no Regimento Interno ou no ato de encaminhadas a quem de direito par que este promova a
que resultar a sua criação. responsabilidade civil ou criminal dos infratores. (redação alterada
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
§ 1º - Em cada comissão será assegurada, tanto
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos Art. 33 - Qualquer entidade da sociedade
blocos parlamentares que participam da Câmara. civil poderá solicitar ao Presidente da Comissão que lhe permita
emitir conceitos ou opiniões, junto às comissões, sobre projetos
§ 2º - As comissões, em razão da matéria de sua que nelas se encontrarem para estudo. (redação alterada conforme
competência cabe: Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar,
na forma de Regimento, a competência do Plenário; (redação Parágrafo Único - O Presidente da Câmara enviará o
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) pedido ao Presidente da respectiva comissão, a quem caberá
decidir o requerimento, indicando, se for o caso, dia e hora para o
II - realizar audiências públicas com pronunciamento e seu tempo de duração.
entidades;
III - convocar Secretários Municipais ou SECÃO X
ocupantes de cargos da mesma natureza para prestar informações DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, Art. 34 - Compete ao Presidente da Câmara, além
representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou de outras atribuições estipuladas no Regimento Interno;
omissões das autoridades ou entidades públicas; (redação alterada
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) I - representar a Câmara Municipal;
V - solicitar informações de qualquer órgão II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos
Estadual e Municipal situado no Município na forma do artigo 12 legislativos e administrativos da Câmara;
da Constituição Estadual; III - fazer cumprir o Regimento Interno;
VI - apreciar programas de obras e planos e IV - promulgar as resoluções e os decretos
sobre eles emitir parecer; legislativos bem como as leis que receberam sanção tácita e as cujo
veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e não tenham sido
promulgadas pelo Prefeito Municipal;
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V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como DO SECRETÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL
as resoluções, os decretos legislativos e as leis por ele
promulgadas; Art. 37 - Ao Secretário compete, além das
VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, atribuições contidas no Regimento Interno, as seguintes:
do Vice-Prefeito e dos Vereadores, nos casos, previstos em Lei;
VII - apresentar ao Plenário, até o dia 20 I - redigir a ata das sessões secretas e das
(vinte) de cada mês, o balanço relativo aos recursos recebidos e as reuniões da Mesa;
despesas realizadas no mês anterior, quando exercer a autonomia II - acompanhar e supervisionar a redação das
financeira; atas das demais sessões e proceder a sua leitura e chamada dos
VIII - exercer, em substituição, a chefia do Vereadores; (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
Executivo Municipal nos casos previstos em lei; 11.10.05)
IX - designar comissões especiais nos termos III - fazer a chamada dos Vereadores;
regimentais observadas as indicações partidárias; REVOGADO (conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
X - mandar prestar informações por escrito e IV - registrar, em livro próprio, os precedentes
expedir certidões requeridas para a defesa de direitos e firmados na aplicação do Regimento Interno;
esclarecimentos de situações; V - fazer a inscrição dos oradores na pauta
XI - realizar audiências públicas com os dos trabalhos;
segmentos da Comunidade; VI - substituir os demais membros da Mesa,
XII - administrar os serviços da Câmara quando necessário.
Municipal, fazendo lavrar os atos pertinentes a essa área de gestão.

Art. 35 - O Presidente da Câmara, ou quem o SEÇÃO XIII


substituir, somente manifestará o seu voto nas seguintes hipóteses: DOS VEREADORES

I - na eleição da Mesa Diretora; SUBSEÇÃO I


II - quando a matéria exigir, para a sua DISPOSIÇÕES GERAIS
aprovação , o voto favorável de dois terços ou de maioria absoluta
dos membros da Câmara; Art. 38 – É garantido aos vereadores a
III - quando ocorrer empate em qualquer inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
votação no Plenário e nas votações secretas. mandato e na circunscrição do Município. (redação alterada
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
SEÇÃO XI
DO VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL Art. 39 - Os Vereadores não serão obrigados a
testemunhar, perante a Câmara, sobre informações recebidas ou
Art. 36 - Ao Vice-Presidente compete, além das prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas
atribuições contidas no Regimento Interno, substituir o Presidente que lhes confiaram ou deles receberam informações.
da Câmara em sua falta, ausências, impedimentos ou licenças.
Art. 40 - É incompatível com o decoro parlamentar,
SEÇÃO XII além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das
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prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a percepção, por Art. 42 - Perderá o mandato o Vereador:
estes, de vantagens indevidas.
I - que infringir qualquer das proibições
Parágrafo Único - Os Vereadores têm livre acesso estabelecidas no artigo anterior cujo procedimento for declarado
aos órgãos da Administração direta e indireta do Município, mesmo incompatível com o decoro parlamentar;
sem prévio aviso, sendo-lhes devidas todas as informações II - que deixar de comparecer, em cada sessão
necessárias. legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo em
caso de licença ou de missão oficial autorizada;
SUBSEÇÃO II III - que perder ou tiver suspensos os direitos
DAS INCOMPATIBILIDADES políticos;
IV - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos
Art. 41 - Os Vereadores não poderão: casos previstos na Constituição Federal;
V - que sofrer condenação criminal com pena
I - desde a expedição do diploma: de reclusão que exceda a duração do mandato em sentença
transitada em julgado;
a) firmar ou manter contrato com o VI - que deixar de residir no Município;
Município, suas autarquias, empresas públicas, sociedade de VII - que deixar de tomar posse, sem motivo
economia mista, fundações ou empresas concessionárias de justificado, dentro do prazo estabelecido nesta Lei Orgânica.
serviços públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes; § 1º - Extingue-se o mandato e assim será declarado
pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer falecimento ou
b) aceitar ou exercer cargo, função ou renúncia por escrito do Vereador.
emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad
nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; § 2º - Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste
artigo, a perda do mandato será decidida pela Câmara, por voto
II - desde a posse: secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de
a) ser proprietários, controladores ou partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam § 3º - Nos casos dos incisos III, IV e V a perda do
demissíveis ad nutum nas entidades referidas na alínea a do inciso I, mandato será decretada pela Mesa. (redação alterada conforme
salvo o cargo de Secretário Municipal ou equivalente, quando Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
deverá ser licenciado; (redação alterada conforme Emenda nº
001/2005, de 11.10.05)
c) patrocinar causas em que seja § 4º - O Vereador poderá ainda perder o seu
interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea I ; mandato nas situações previstas em Lei Federal, observando-se a
d) ser titulares de mais de um cargo ou processualística desta Lei Federal. (redação alterada conforme
mandato público eletivo. Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)

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§ 1º - O suplente convocado deverá tomar posse
SUBSEÇÃO III dentro do prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela
DO VEREADOR SERVIDOR PÚBLICO Câmara sob pena de ser considerado renunciante.
§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o
Art. 43 - O exercício de vereança por servidor Presidente da Câmara comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e
público se dará de acordo com as determinações da Constituição oito) horas ao Tribunal Regional Eleitoral.
Federal.
Parágrafo Único - O vereador ocupante de cargo, § 3º - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo
emprego ou função pública municipal é inamovível de ofício polo anterior não for preenchida, calcular-se-á o quorum em função dos
tempo de duração de seu mandato. Vereadores remanescentes.

SUBSEÇÃO IV SEÇÃO XIV


DAS LICENÇAS DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEÇÃO I
Art. 44 - O Vereador poderá licenciar-se: DISPOSIÇÃO GERAL
I - por motivo de saúde, devidamente comprovados;
II - para tratar de interesse particular, desde que o Art. 46 - O processo legislativo municipal
período de licença não seja superior a 120 (cento e vinte) dias por compreende a elaboração de:
sessão legislativa. I - Emendas à Lei Orgânica Municipal;
§ 1º - Nos casos de incisos I e II, poderá o II – Decretos Legislativos;
Vereador reassumir antes que se tenha escoado o prazo de sua III - Leis ordinárias;
licença, mediante a comunicação à Mesa. IV - de iniciativa popular;
§ 2º - Para fins de remuneração considerar-se-á V - do processo legislativo;
como exercício o Vereador licenciado nos termos do inciso I. VI - Resoluções. (redação alterada conforme
(redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
§ 3º - O Vereador, investido no cargo de Secretário
Municipal ou equivalente, será considerado automaticamente Parágrafo único – Lei complementar disporá sobre a
licenciado, podendo optar pela remuneração da vereança em elaboração, alteração, redação e consolidação de Leis”. (NR -
obediência ao que determina a Constituição Federal. conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
§ 4º - O afastamento para o desempenho de missões
temporárias de interesse do Município não será considerado como
licença fazendo o Vereador jus à remuneração estabelecida. SUBSEÇÃO II
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL
SUBSEÇÃO V
DA CONVOCAÇÃO DOS SUPLENTES Art. 47 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser
emendada mediante proposta:
Art.45 - No caso de vaga, licença ou investidura no I - de um terço, no mínimo, dos Vereadores
cargo de Secretário Municipal ou equivalente, far-se-á convocação componentes da Câmara Municipal;
do suplente pelo Presidente da Câmara. II - do Prefeito Municipal;
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III - de iniciativa popular. REVOGADO § 1º - A proposta popular deverá ser articulada,
(conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) exigindo-se para o seu recebimento pela Câmara, a identificação
§ 1º - A proposta de emenda à Lei Orgânica dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo título
Municipal será discutida e votada em dois turnos de discussão e eleitoral dos moradores da área atingida, bem como a certidão
votação, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, expedida pelo órgão eleitoral competente, contendo a informação
dois terços dos votos dos Vereadores componentes do legislativo. do número total de eleitores do Município. (redação alterada
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
§ 2º - A emenda à Lei Orgânica Municipal será
promulgada pela Mesa da Câmara com o respectivo número de
ordem. § 2º - A tramitação dos projetos de lei de iniciativa
popular obedecerá às normas relativas ao processo legislativo.

SUBSEÇÃO III § 3º - Caberá ao Regimento Interno da Câmara


DAS LEIS assegurar e dispor sobre o modo pelo qual os projetos de iniciativa
popular serão defendidos na Tribuna da Câmara.
Art. 48 - A iniciativa das leis complementares e
ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão da Câmara, ao Art. 51 - São objetos de leis complementares as
Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos seguintes matérias:
nesta Lei Orgânica. I - Código Tributário Municipal;
Art. 49 - Compete privativamente ao Prefeito II - Código de Obras ou de Edificações;
Municipal a iniciativa das leis que versem sobre: III - Código de Posturas;
I - regime jurídico dos servidores; IV - Código de Zoneamento;
II - criação de cargos, empregos e funções na V - Código de Parcelamento do Solo;
Administração direta, indireta e autárquica do Município, ou VI - Plano Diretor e
aumento de sua remuneração; VII - Regime Jurídico dos Servidores.
III - orçamento anual, diretrizes orçamentárias
e plano plurianual; Parágrafo Único - As leis complementares exigem
IV - criação, estruturação e atribuições dos para a sua aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos
órgãos da Administração direta e indireta do Município. membros da Câmara.

DA INICIATIVA POPULAR Art. 52 - O Prefeito Municipal, em caso de


calamidade pública, poderá adotar a medida provisória, com força
Art. 50 - A iniciativa popular de projetos de Lei de da lei para abertura de crédito extraordinário, devendo submetê-la
interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, poderá de imediato à Câmara Municipal que, estando em recesso, será
ser realizada através da manifestação de, pelo menos 5% do convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de 5 (cinco)
eleitorado. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de dias. REVOGADO (conforme Emenda nº 001/2005, de
11.10.05) 11.10.05)

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Parágrafo Único - A medida provisória perderá a § 2º - Se o Prefeito Municipal considerar o projeto,
eficácia, desde a edição, se não for convertida em lei no prazo de no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
30 (trinta) dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze)
Municipal disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes. dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro
REVOGADO (conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os motivos
do veto.
Art. 53 - Não será admitido aumento da despesa
prevista: § 3º - O veto parcial somente abrangerá texto
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Prefeito Municipal, ressalvados, neste caso, os projetos de leis
orçamentárias; (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, § 4º - O veto será apreciado no prazo de 30 (trinta)
de 11.10.05) dias, contados do seu recebimento, com parecer ou sem ele, em
uma única discussão e votação. (redação alterada conforme
II - nos projetos sobre organização dos Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
serviços administrativos da Câmara Municipal.
§ 5º - O veto somente será rejeitado pela maioria
Art. 54 - O Prefeito Municipal poderá solicitar absoluta dos Vereadores, mediante votação secreta.
urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa, considerados
relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 15 (quinze) § 6º - Esgotado, sem deliberação o prazo previsto
dias. no § 4º deste artigo, o veto será colocado na ordem do dia da
§ 1º - Decorrido, sem deliberação o prazo fixado no sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação
caput deste artigo, o projeto será obrigatoriamente incluído na final. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
ordem do dia, para que se ultime sua votação, sobrestando-se a 11.10.05)
deliberação sobre qualquer outra matéria, exceto veto e leis
orçamentárias. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, § 7º - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado
de 11.10.05) ao Prefeito Municipal em 48 (quarenta e oito) horas, para
promulgação.
§ 2º - O prazo referido neste artigo não corre no
período de recesso da Câmara e nem se aplica aos projetos de § 8º - Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei
codificação. nos prazos previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o Presidente
da Câmara promulga-la-á dentro do prazo legal.
Art. 55 - O projeto de lei aprovado pela Câmara será
no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pelo seu Presidente ao § 9º - A manutenção do veto não restaura matéria
Prefeito Municipal que, concordando, sancioná-lo-á no prazo de 15 suprimida ou modificada pela Câmara.
(quinze) dias úteis.
§ - 1º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, Art. 56 - A matéria constante de projeto de lei
o silêncio do Prefeito Municipal importará em sanção. rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros da Câmara.
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Art. 57 - O decreto legislativo destina-se a regular Art. 63 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse
matéria de competência exclusiva da Câmara que produza efeitos no dia 1º de janeiro do ano subseqüente à eleição, em sessão solene
externos, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito da Câmara Municipal ou, se esta não estiver reunida, perante a
Municipal. autoridade judiciária competente, ocasião em que prestarão o
seguinte compromisso:
Art. 58 - A resolução destina-se a regular matéria “Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição
político-administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis,
não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal. promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo
sob inspiração da democracia, da legitimidade e da
Art. 59 - O processo legislativo das resoluções e dos legalidade”
decretos legislativos se dará conforme determinado no Regimento
Interno da Câmara, observado, no que couber, o disposto nesta Lei § 1º - Se até o dia 8 (oito) de janeiro o Prefeito ou
Orgânica. o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior devidamente
comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o
Art. 60 - O cidadão, representando entidade cargo, este será declarado vago.
legalmente constituída, poderá usar da palavra durante o grande
expediente das Sessões Ordinárias da Câmara, para opinar sobre § 2º - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito,
projetos ou proposições de interesse comunitário, desde que se assumirá o cargo o Vice-Prefeito, e, na falta ou no impedimento
inscreva junto à Secretaria, declinando a matéria a ser deste, o Presidente da Câmara Municipal.
abordada.(Redação já alterada - Emenda nº 003/98 - Legislativo de
10.08.98) § 3º - No ato da posse e anualmente, o Prefeito e o
Vice-Prefeito farão declaração pública de seus bens, a qual será
§ 1º - A inscrição para uso da palavra poderá ser transcrita em livro próprio, resumida em atas. (redação alterada
feita para uma Sessão Ordinária do mês, nos termos do Regimento conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Interno, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
(Redação já alterada - Emenda nº 003/98 - Legislativo de 10.08.98) § 4º - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições
que lhe forem conferidas pela legislação, auxiliará o Prefeito
CAPÍTULO IV sempre que por ele convocado para missões especiais, substituindo-
DO PODER EXECUTIVO o nos casos de licença e sucedendo-o no caso de vacância do
SEÇÃO I cargo. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
DO PREFEITO MUNICIPAL 11.10.05)

Art. 61 - O Poder Executivo é exercido pelo


Prefeito Municipal com funções políticas, executivas e Art. 64 - Em caso de impedimento do Prefeito e do
administrativas. Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, será chamado
ao exercício do cargo do Prefeito o Presidente da Câmara
Art. 62 - O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos Municipal.
simultaneamente, para, cada legislatura, por eleição direta, em
sufrágio universal e secreto. SEÇÃO II
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DAS PROIBIÇÕES deverá passar o cargo ao seu substituto legal. (redação alterada
Art. 65 - O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
desde a posse, sob pena de perda de mandato:
Art. 67 - O Prefeito poderá licenciar-se quando
I - firmar ou manter contrato com o impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença
Município ou com suas autarquias, empresas públicas, sociedades devidamente comprovada.
de economia mista, fundações ou empresas concessionárias de Parágrafo Único - No caso deste artigo e de
serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a ausência em missão oficial, inclusive de férias pelo período de trinta
cláusulas uniformes; dias anuais, o Prefeito Municipal licenciado fará jus à remuneração
II - aceitar ou exercer cargo, função ou integral. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
emprego remunerado inclusive os de que demissível “ad nutum”, 11.10.05)
na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse em
virtude de concurso público, aplicando-se, nesta hipótese, o
disposto no artigo 38 da Constituição Federal; SEÇÃO IV
III - ser titular de mais de um mandato eletivo; DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
IV - patrocinar causas em que sejam
interessadas quaisquer das entidades mencionadas no inciso I deste Art. 68 - Compete privativamente ao Prefeito:
artigo;
V - ser proprietário, controlador ou diretor de
empresa que goze de favor decorrente de contrato celebrado com o I - representar o Município em juízo e fora dele;
Município ou nela exercer função remunerada; II - exercer a direção superior da Administração
VI - fixar residência fora do município. Pública Municipal;
Parágrafo único – As infrações político- III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos
administrativas do Prefeito e Vice Prefeito, bem como o processo casos previstos nesta Lei Orgânica;
de julgamento são os previstos em Lei Federal. (NR -conforme IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) aprovadas pela Câmara e expedir decretos, portarias e
regulamentos para sua fiel execução, enviando cópia à Câmara
destes antes da entrada em vigência; (redação alterada conforme
SEÇÃO III Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
DAS LICENÇAS V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual,
Art. 66 - O Prefeito não poderá ausentar-se do as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual do Município;
Município sem licença da Câmara Municipal, exceto em férias e VII - editar medidas provisórias, na forma desta Lei
licença sob pena de perda de mandato, salvo por período inferior a Orgânica; REVOGADO (conforme Emenda nº 001/2005, de
15 (quinze) dias. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, 11.10.05)
de 11.10.05) VIII - dispor sobre a organização e o funcionamento
da Administração Municipal, na forma da lei;
Parágrafo único – Nas hipóteses de afastamento do IX - remeter mensagens e plano de governo à
Prefeito Municipal por motivo de gozo de férias ou licença saúde, Câmara Municipal por ocasião da abertura da sessão legislativa,
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expondo a situação do Município e solicitando as providências que XXI - representar a autoridade competente contra
julgar necessárias; servidor público municipal omisso ou remisso na prestação de
X - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, até 31 contas dos dinheiros públicos;
de março, conforme Lei de Responsabilidade Fiscal, as contas do XXII - superintender a arrecadação dos tributos e
Município referentes ao exercício anterior; (redação alterada preços, bem como a guarda e a aplicação da receita, autorizando as
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades
XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as orçamentárias ou dos créditos autorizados pela Câmara;
funções públicas municipais, na forma da lei; XXIII - aplicar as multas previstas na legislação e
XII - decretar, nos termos legais, desapropriações nos contratos ou convênios;
por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social; XXIV - realizar audiências públicas com os
XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou segmentos da comunidade;
privadas para a realização de objetivos de interesse do Município; XXV - resolver sobre os requerimentos, as
XIV - prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, reclamações ou as representações que lhe forem dirigidos;
as informações solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado, a XXVI – enviar à Câmara e ao Tribunal de Contas o
pedido pela complexidade da matéria ou pela dificuldade de Relatório de Gestão Fiscal; (NR -conforme Emenda nº 001/2005,
obtenção dos dados solicitados. de 11.10.05)
XV – publicar dentro dos prazos previstos pela Lei XXVII – colocar à disposição da Câmara Municipal
Complementar 101/2000, o relatório resumido do Exercício na forma da Lei Complementar 101/2000 e da Emenda
Orçamentário; (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de Constitucional nº 25, os recursos correspondentes as dotações
11.10.05) orçamentárias que lhe são próprias, compreendidos os créditos
suplementares especiais, até o dia 20 de cada mês. (NR -conforme
XVI - entregar à Câmara Municipal, no prazo legal, Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias,
quando for o caso. § 1º - O Prefeito Municipal poderá delegar as
XVII - solicitar o auxílio das forças policiais para atribuições previstas nos incisos XIII, XXII, XXIII e XXIV deste
garantir o cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da artigo.
guarda municipal, na forma da lei;
§ 2º - O Prefeito Municipal poderá, a qualquer
XVIII - decretar calamidade pública e situação de momento, segundo seu único critério, avocar a si a competência
emergência quando ocorrerem fatos que a justifiquem; (redação delegada.
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
SEÇÃO V
XIX - convocar extraordinariamente a Câmara; DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA
XX - fixar as tarifas dos serviços públicos
concedidos e permitidos, bem como daqueles explorados pelo Art. 69 - Até 60 (sessenta) dias antes das eleições
próprio Município, conforme critérios estabelecidos na legislação municipais, o Prefeito Municipal deverá preparar, para entrega ao
Municipal; sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da
Administração municipal que conterá, entre outras, informações
atualizadas sobre:
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I - dívidas do Município por credor, com as datas
dos respectivos vencimentos, inclusive das dívidas a longo prazo a SEÇÃO VI
encargos decorrentes de operações de crédito, informando sobre a DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
capacidade da Administração Municipal realizar operações de MUNICIPAL
crédito de qualquer natureza;
II - medidas necessárias à regularização das contas Art. 71 - O Prefeito Municipal, por intermédio de
municipais perante o Tribunal de Contas ou órgãos equivalentes, se ato administrativo, estabelecerá as atribuições de seus auxiliares
for o caso; diretos, definido-lhes competências, deveres e responsabilidades.
III - prestações de contas de convênios celebrados
com organismos da União e do Estado, bem como do recebimento Art. 72 - Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal
de subvenções ou auxílios; são solidariamente responsáveis, junto com este, pelos atos que
IV - situação dos contratos com concessionárias e assinarem, ordenarem ou praticarem
permissionárias de serviços públicos;
V - estado dos contratos de obras e serviços em Art. 73 - Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal
execução apenas formalizados, informando sobre o que foi deverão fazer declaração de bens no ato de sua posse em cargo ou
realizado e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos função pública municipal e quando de sua exoneração.
respectivos;
VI - transferências a serem recebidas da União e do
Estado por força de mandamentos constitucional ou de convênios; SEÇÃO VII
VII - projetos de lei de iniciativa do Poder DA CONSULTA POPULAR
Executivo em curso na Câmara Municipal, para permitir que a nova
Administração decida quanto à conveniência de lhes dar Art. 74 - O Prefeito Municipal poderá, ouvida a
prosseguimento, acelerar seus andamentos ou retirá-los; Câmara, realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de
VIII - situação dos servidores do Município, seu interesse específico do Município, de bairro ou distrito, cujas
custo, quantidade e órgãos em que estão lotados e em exercício. medidas deverão ser tomadas diretamente pela Administração
Municipal.
Art. 70 - É vedado ao Prefeito Municipal assumir,
por qualquer forma, compromisso financeiro para execução de Art. 75º - A consulta popular poderá ser realizada
programas ou projetos após o término de seu mandato, não sempre que a maioria absoluta dos membros da Câmara ou pelo
previsto na legislação orçamentária. menos 5% (cinco por cento) do eleitorado inscrito no Município,
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica nos no bairro ou no distrito com a identificação do título eleitoral,
casos comprovados de calamidade pública e situações de apresentarem proposição nesse sentido.
emergência. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
11.10.05) Art. 76 - A votação será organizada pelo Poder
Executivo no prazo de dois meses após a apresentação da
§ 2º - Serão nulos os empenhos e atos praticados proposição, adotando-se cédula oficial que conterá as palavras SIM
em desacordo com este artigo, sem prejuízo da responsabilidade do e NÃO, indicando, respectivamente, aprovação ou rejeição da
Prefeito Municipal. proposição.

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§ 1º - A proposição será considerada aprovada se o
resultado lhe tiver sido favorável pelo voto da maioria dos eleitores Art. 80 - Um percentual de 10% (dez por cento) dos
que comparecerem às urnas, em manifestação a que se tenham cargos e empregos do Município será destinado a pessoas
apresentado pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da totalidade portadoras de Deficiência Física a serem preenchidas por concurso
dos eleitores envolvidos. público municipal, obedecendo um limite de, no mínimo, de 1
§ 2º - Serão realizadas, no máximo, duas consultas (uma) e no máximo 5 (cinco) vagas, devendo os critérios para seu
por ano. preenchimento serem definidos em lei Municipal. (Redação alterada
§ 3º - É vedada a realização de consulta popular - Emenda nº 002/1994 - Legislativo de 13.12.1994)
nos quatro meses que antecedem as eleições para qualquer nível do
Governo.
Art. 81 - É vedada a conversão de férias ou licença
Art. 77 - O Prefeito Municipal proclamará o em dinheiro, ressalvados os casos previstos na legislação federal.
resultado da consulta popular, que será considerado como decisão
a questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando couber, Art. 82 - O Município assegurará a seus servidores e
adotar as providências legais para sua consecução. dependentes, na forma da lei Municipal, serviços de atendimento
médico, odontológico e de assistência social quando for o caso.

TÍTULO IV Parágrafo Único - Os serviços referidos neste artigo


DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL são extensivos aos aposentados e aos pensionistas do Município.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 83 - O Município deverá instituir contribuições
cobradas de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de
Art. 78 – A Administração Pública direta, indireta sistema de previdência e assistência social.
ou funcional do Município obedecerá, no que couber, ao disposto
nos artigos 7º, 37, 38, 39, 40 e 41 da Constituição Federal e o Art. 84 - O ingresso no Serviço Público Municipal
disposto nesta Lei Orgânica. (redação alterada conforme Emenda será feito mediante Concurso Público, observado o que prescreve o
nº 001/2005, de 11.10.05) inciso II do artigo 37 da Constituição Federal. (redação alterada
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 79 - Os planos de cargos e carreiras do serviço
público municipal serão elaborados de forma a assegurar aos Art. 85 - Os concursos públicos para preenchimento
servidores municipais remuneração compatível com o mercado de de cargos, empregos ou funções na Administração Municipal não
trabalho para a função respectiva, oportunidade de progresso poderão ser realizados antes de decorridos 20 (vinte) dias do
funcional e acesso a cargos de escalão superior. encerramento das inscrições, as quais deverão estar abertas pelo
§ 1º - O Município proporcionará aos servidores menos durante 30 (trinta) dias.
oportunidade de crescimento profissional através de programas de Art. 86 - O pagamento da remuneração mensal dos
formação de mão-de-obra, aperfeiçoamento e reciclagem. servidores públicos do município será realizado até o último dia útil
§ 2º - Os programas mencionados no parágrafo do mês corrente do trabalho prestado, sob pena de juro e correção.
anterior terão caráter permanente. Para tanto, o Município poderá (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
manter convênios com instituições especializadas.
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Parágrafo Único - O pagamento do décimo terceiro e) criação, alteração e extinção de órgão da
salário, será efetuado até o dia 20 (vinte) de dezembro. Prefeitura, quando autorizados em lei;
f) definição da competência dos órgãos e das
Art. 87º - O Servidor Público Municipal que atribuições dos servidores da Prefeitura, não privativos da lei;
requerer a sua aposentadoria por tempo de serviço, uma vez g) aprovação de regulamentos e regimentos dos
comprovado este direito, ser-lhe-á deferido no prazo de 30 (trinta) órgãos da Administração direta;
dias, caso contrário será considerado em licença até a solução final h) aprovação dos estatutos dos órgãos da
sem prejuízo de qualquer direito. administração descentralizada;
Art. 88 - O Município, suas entidades da i) fixação e alteração dos preços dos serviços
Administração indireta e fundacional, bem como as concessionárias prestados pelo Município e aprovação dos preços dos serviços
e as permissionárias de serviços públicos responderão pelos danos concedidos ou autorizados;
que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado j) permissão para a exploração de serviços públicos
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou e para uso de bens municipais;
culpa. l) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da
Administração direta;
CAPÍTULO II m) criação, extinção, declaração ou modificação de
DOS ATOS MUNICIPAIS direitos dos administrados, não privativos da lei;
n) medidas executórias do plano diretor;
Art. 89 - A publicação das leis e dos atos municipais o) estabelecimento de normas de efeitos externos,
far-se-á em órgão oficial ou, não havendo, em órgão da imprensa não privativas da lei;
local e afixado em local de acesso público, na sede da Prefeitura, II - mediante portaria, quando se tratar de:
ou da Câmara Municipal. a) provimento e vacância de cargos públicos e
§ 1º - A publicação dos atos não normativos, pela demais atos de efeito individual, relativos aos servidores
imprensa poderá ser resumida. municipais;
§ 2º - A escolha do órgão de imprensa particular b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
para divulgação dos atos municipais será feita por meio de licitação c) criação de comissões e designação de seus
em que se levarão em conta, além dos preços, as circunstâncias de membros;
periodicidade, tiragem e distribuição. e) autorização para contratação de servidores por
prazo determinado e dispensa;
Art. 90 - A formalização dos atos administrativos da f) abertura de sindicância e processos
competência do Prefeito far-se-á: administrativos e aplicação de penalidades;
I - mediante decreto, numerado, em ordem g) outros atos que sua natureza ou finalidade, não
cronológica, quando se tratar de: sejam objetos de lei ou decreto.
a) regulamentação da lei;
b) criação ou extinção de gratificações, quando Parágrafo Único - Poderão ser delegados os atos do
autorizadas em lei; item II deste artigo.
c) abertura de créditos especiais e suplementares;
d) declaração de utilidade pública ou de interesse CAPÍTULO III
social para efeito de desapropriação ou servidão administrativa; DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
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Art. 92 - A administração tributária é atividade
Art. 91 - Compete ao Município instituir os vinculada, essencial ao Município, e deverá estar dotada de
seguintes tributos: recursos humanos e materiais necessários ao fiel exercício de suas
I - imposto sobre: atribuições, principalmente no que se refere a:
a) propriedade predial e territorial urbana (IPTU); I - cadastramento dos contribuintes e das atividades
b) transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato econômicas;
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física e de II - lançamento dos tributos;
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como III - fiscalização do cumprimento das obrigações
cessão de direitos à sua aquisição; tributárias.
c) vendas e varejo de combustíveis líquidos e Art. 93 - O Prefeito Municipal promoverá,
gasosos exceto óleo e gás de uso doméstico; REVOGADO periodicamente a atualização da base de cálculo dos tributos
(conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) municipais.
d) serviço de qualquer natureza, definido em lei § 1º - A base de cálculo do imposto predial e
inclusive de firmas localizadas em outro município e que executem territorial urbano - IPTU será atualizado anualmente, antes do
este serviço na área Municipal; término do exercício, podendo para tanto ser criada comissão da
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia qual participarão, além dos servidores do Município, representantes
ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos dos contribuintes, de acordo com decreto do Prefeito Municipal.
específicos ou divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua § 2º - A atualização da base do cálculo do imposto
disposição. municipal sobre serviços de qualquer natureza, cobrado de
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras autônomos e sociedades civis, obedecerá aos índices oficiais de
públicas. atualização monetária e poderá ser realizada mensalmente.
IV - pertence ainda ao Município a participação do § 3º - A atualização da base de cálculo das taxas do
produto, de arrecadação dos impostos da União e do Estado, exercício do poder de polícia municipal obedecerá aos índices
prevista na Constituição Federal e outros recursos que lhe sejam oficiais de atualização monetária e poderá ser realizada
conferidos. mensalmente.
§ 1º - O imposto previsto na letra “a” poderá ser § 4º - A atualização da base do cálculo das taxas de
progressivo, nos termos da lei municipal, de forma a assegurar o serviços, levará em consideração a variação de custos dos
cumprimento da função social da propriedade. serviços prestados aos contribuintes ou colocados `a sua
§ 2º - Na cobrança de impostos, mencionados no disposição, observando os seguintes critérios:
item I aplicam-se as regras no art. 156, parágrafos 2º e 3º da I - quando a variação de custos for inferior ou igual
Constituição Federal. aos índices de atualização monetária, poderá ser realizada
§ 3º - A cobrança da taxa de contribuição de mensalmente;
melhoria, a que se refere o inciso III do presente artigo, não poderá II - quando a variação de custos for superior àqueles
ultrapassar mensalmente a 10% (dez por cento) do valor venal do índices, a atualização poderá ser feita mensalmente até esse limite.
imóvel beneficiado, e não poderá comprometer um valor superior a Art. 94 - A concessão de isenção e da anistia
20% (vinte por cento) da renda familiar mensal do proprietário do de tributos municipais dependerá de autorização legislativa,
imóvel. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de aprovada em votação por maioria absoluta dos membros do
11.10.05) Legislativo, observando o que prevê o Artigo 14 da Lei

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Complementar 101/2000. (redação alterada conforme Emenda nº Art. 100 - Lei Municipal estabelecerá outros
001/2005, de 11.10.05) critérios para fixação de preços públicos.

Art. 95 - A remissão de créditos tributários CAPÍTULO V


somente poderá ocorrer nos casos de calamidade pública e DOS ORÇAMENTOS
comprovada pobreza do contribuinte, mediante aprovação por SEÇÃO I
maioria absoluta dos membros do Poder Legislativo. (redação DISPOSIÇÕES GERAIS
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 101 - Leis de iniciativa do Poder Executivo
Art. 96 - A concessão de isenção, anistia ou Municipal estabelecerão:
moratória não gera direito adquirido e será revogada de ofício, I - o plano plurianual;
sempre que se apure que o beneficiado não satisfaz aos requisitos II - as diretrizes orçamentárias;
para essa concessão. III - os orçamentos anuais.
Art. 97 - É de responsabilidade do Executivo
Municipal a inscrição em dívida ativa dos créditos provenientes de § 1º - A lei que instituir o plano plurianual
impostos, taxas, contribuição de melhoria e multas de qualquer estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da administração
natureza, decorrentes de infrações à legislação tributária, com pública municipal para as despesas de capital e outras delas
prazo de pagamento fixado pela legislação ou por decisão proferida decorrentes e para as relativas aos programas de duração
em processo regular de fiscalização. continuada.
Parágrafo Único - A infração a que se refere o § 2º - A Lei de diretrizes orçamentárias
presente artigo, será apurada através de sindicância e inquérito compreenderá as metas e prioridades da administração pública
administrativo além de outras providências Legislativas. municipal, incluindo as despesas de capital da lei orçamentária
Art. 98 - A autoridade municipal, qualquer que seja anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária .
seu cargo, emprego ou função e independentemente do vínculo que § 3º - O Poder Executivo publicará, nos prazos
possuir com o Município, responderá civil, criminal e previstos pela Lei Complementar 101/2000, relatório de execução
administrativamente pela prescrição ou decadência ocorrida sob a orçamentária. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o Município do 11.10.05)
valor dos créditos prescritos ou não lançados. § 4º - Os planos e programas serão elaborados em
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Poder
CAPÍTULO IV Legislativo Municipal.
DOS PREÇOS PÚBLICOS § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do
Art. 99 - Para obter o ressarcimento da Município órgãos e entidades da administração direta e indireta,
prestação de serviços de natureza comercial ou industrial ou de inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
sua atuação na organização e exploração de atividades econômicas, Municipal;
o Município poderá cobrar preços públicos. II - o orçamento de investimentos das empresas em
Parágrafo Único - Os preços devidos pela utilização que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
de bens e serviços municipais deverão ser reajustados quando se capital social com direito a voto;
tornarem deficitários. III - o orçamento da seguridade social.
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§ 6º - O projeto de lei orçamentária será I - se houver dotação orçamentária suficiente para
acompanhado de demonstrativo de efeito, sobre as receitas e atender às projeções de despesas de pessoal e aos acréscimos dela
despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e decorrentes;
benefícios de natureza financeira ou tributária. II - se houver autorização específica na lei de
§ 7º - A lei orçamentária anual não conterá diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as
dispositivo estranho à previsão da receita e a fixação da despesa, sociedades de economia mista.
não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de Art. 106 - Os projetos de lei sobre o Plano
créditos, inclusive por antecipação de receita, nos termos da lei. Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos anuais serão
Art. 102 - Os recursos que, em decorrência do veto, enviados pelo Prefeito Municipal ao Poder Legislativo nos
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem seguintes prazos:
sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o I - o projeto de lei do Plano Plurianual, até 30 de
caso, mediante créditos especiais ou suplementares com prévia e julho do primeiro ano de mandato do Prefeito; (redação alterada
específica autorização legislativa. conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 103 - Os créditos especiais e extraordinários
terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, II - o projeto das Diretrizes Orçamentárias,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos 4(quatro) últimos anualmente até 30 de agosto; (redação alterada conforme Emenda
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus nº 001/2005, de 11.10.05)
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente. III - o projeto de lei do Orçamento anualmente, até
31 de outubro. (Redação alterada - Emenda nº 001/2001 -
Art. 104 - Os recursos correspondentes às dotações Legislativo de 25.04.2001)
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
especiais destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues até Art. 107 - Os projetos de lei de que trata o artigo
o dia vigésimo dia de cada mês, quando for o caso. (redação anterior após a apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) encaminhados para sanção nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do Plano Plurianual até 30 de
Art. 105 - A despesa com pessoal ativo e inativo não setembro do primeiro ano de mandato do Prefeito e o projeto de lei
poderá exceder o limite conforme previsto na Lei Complementar das Diretrizes Orçamentárias, até 30 de outubro de cada ano;
101/2000. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
11.10.05) II - o projeto de lei do orçamento, anualmente, até
15 de dezembro.
Parágrafo Único - A concessão de qualquer Parágrafo Único - Não atendidos os prazos
vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou estabelecidos no presente artigo, os projetos neles previstos serão
alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de promulgados como lei. REVOGADO (conforme Emenda nº
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 001/2005, de 11.10.05)
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e Art. 108 - Caso os Projetos de Lei de que trata o
mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas. Artigo 106 não sejam sancionados até o fim do Exercício
Financeiro, deve-se observar o disposto no §8º do Artigo 112

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desta Lei. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de X - nenhum investimento cuja execução ultrapasse
11.10.05) um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
Art. 109 - A abertura de crédito extraordinário plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e responsabilidade;
urgentes como as decorrentes de calamidades públicas, através de XI - contrair empréstimos externos sem prévia
expediente encaminhado pelo Executivo Municipal à Câmara de autorização do Senado Federal;
Vereadores, que estando esta em recesso, será convocada XII - instituir ou aumentar tributos sem que a lei o
extraordinariamente para se reunir no prazo máximo de 3 (três) estabeleça. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
dias. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
11.10.05)
Art. 111 - É vedado também o lançamento dos
tributos ao contribuinte sem a prévia notificação, ou divulgação.
SEÇÃO II § 1º - Do lançamento do tributo, cabe recurso ao
DAS VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS Prefeito no prazo de 15 (quinze) dias a contar da notificação;
§ 2º - A forma de notificação será estabelecida em
Art. 110 - São vedados: lei;
I - o início de programas ou projetos não incluídos § 3º - As taxas ou tarifas públicas devidas pela
na lei orçamentária anual; utilização de bens e outras atividades municipais, serão fixados pelo
II - a realização de despesas ou assunção de Prefeito mediante Decreto.
obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou
adicionais; SEÇÃO III
III - a realização de operação de crédito que exceda DAS EMENDAS AOS PROJETOS ORÇAMENTÁRIOS
o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com a finalidade Art. 112 - Os projetos de lei relativos ao plano
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, créditos adicionais suplementares e especiais serão apreciados pela
fundo ou despesa, ressalvada a destinação de recursos para a Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno.
manutenção e desenvolvimento do ensino e a prestação de § 1º - Caberá à comissão da Câmara Municipal:
garantias às operações de crédito por antecipação de receita; I - examinar e emitir parecer sobre os projetos de
V - a abertura de crédito suplementar ou especial plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual e
sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos sobre as contas do Município apresentadas anualmente pelo
correspondentes; Prefeito;
VI - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e
VIII - a utilização, sem autorização legislativa programas municipais, acompanhar e fiscalizar as operações
específica de recursos do Município para suprir necessidades ou resultantes ou não da execução do orçamento, sem prejuízo das
cobrir déficit de empresas ou qualquer entidade de que o Município demais comissões criadas pela Câmara Municipal.
participe; § 2º - As emendas serão apresentadas na comissão
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, de orçamento e finanças, que sobre elas emitirá parecer, e
sem prévia autorização legislativa;
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apreciadas, na forma do Regimento Interno, pelo Plenário da SEÇÃO IV
Câmara Municipal. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento
anual ou aos projetos que o modifiquem somente poderão ser Art. 113 - A execução do orçamento do município
aprovadas caso: se refletirá na obtenção das suas receitas próprias, transferidas e
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com outras bem como na utilização das dotações consignadas às
a lei de diretrizes orçamentárias; despesas para a execução dos programas nele determinados,
II - indiquem os recursos necessários, admitidos observando sempre o princípio do equilíbrio.
apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídas as que Art. 114 - O Prefeito Municipal fará publicar, até 30
incidam sobre: (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
a) dotações para pessoal e seus encargos; resumido da execução orçamentária.
b) serviço da dívida; Art. 115 - As alterações orçamentárias durante o
c) transferências tributárias para autarquias e exercício se representarão:
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal. I - pelos créditos adicionais, suplementares,
III - sejam relacionadas: especiais e extraordinários;
a) com a correção de erros ou omissões; II - pelos remanejamentos, transferências e
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. transposições de recursos de uma categoria de programação para
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes outra.
orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis Parágrafo Único - O remanejamento, a transferência
com o plano plurianual. e a transposição somente se realizarão quando autorizados em lei
§ 5º - O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem específica que contenha a justificativa.
à Câmara Municipal para propor modificação nos projetos a que se Art. 116 - Na efetivação dos empenhos sobre as
refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na comissão de dotações fixadas para cada despesa será emitido o documento Nota
orçamento e finanças, da parte cuja alteração é proposta. de Empenho que conterá as características já determinadas nas
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, de normas gerais de Direito Financeiro.
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo § 1º - Fica dispensada a emissão da Nota Empenho
Prefeito Municipal nos termos de lei municipal, enquanto não vigir nos seguintes casos:
a lei complementar de que tratar o artigo 165 da Constituição I - despesas relativas a pessoal e seus encargos;
Federal. II - contribuição para o PASEP;
§ 7º - Aplicam-se aos projetos referidos neste artigo III - amortização, juros e serviços de empréstimos e
no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas financiamentos obtidos;
relativas ao processo legislativo. IV - despesas relativas a consumo de água, energia
§ 8º - Os recursos, que em decorrência do veto, elétrica, utilização dos serviços de telefone, postais e outros que
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual ficarem vierem a ser definidos por atos normativos próprios. (redação
sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
caso, mediante abertura de créditos adicionais suplementares ou
especiais com prévia e específica autorização legislativa. § 2º - Nos casos previstos no parágrafo anterior, os
empenhos e os procedimentos de contabilidade terão a base legal
dos próprios documentos que originarem o empenho.
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SEÇÃO VII
SEÇÃO V DAS CONTAS MINICIPAIS
DA GESTÃO DE TESOURARIA
Art. 122 - Até 31 de março de cada ano, o Prefeito
Art. 117 - As receitas e as despesas orçamentárias Municipal encaminhará ao Tribunal de Contas do Estado ou órgão
serão movimentadas através de caixa única, regularmente instituída. equivalente e Câmara Municipal as contas do Município, que se
Parágrafo Único - A Câmara Municipal poderá ter a comporão de:
sua própria tesouraria, por onde movimentará os recursos que lhe I - demonstrações contábeis, orçamentárias e
forem liberados. financeiras da Administração direta e indireta, inclusive dos fundos
Art. 118 - As disponibilidades de caixa do Município especiais e das fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
e de suas entidades de Administração indireta, inclusive dos fundos II - demonstrações contábeis, orçamentárias e
especiais e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público financeiras consolidadas dos órgãos da Administração direta com
Municipal, serão depositadas em instituições financeiras oficiais. as dos fundos especiais, das fundações e das autarquias, instituídos
Parágrafo Único - As arrecadações das receitas e mantidos pelo Poder Público Municipal;
próprias do Município e de suas entidades de Administração III - demonstrações contábeis, orçamentárias e
indireta poderão ser feitas através da rede bancária privada, financeiras, consolidadas das empresas municipais;
mediante convênio. IV - notas explicativas às demonstrações de que
Art. 119 - Poderá ser constituído regime de trata este artigo;
adiantamento em cada uma das unidades de Administração direta, V - relatório circunstanciado da gestão dos recursos
nas autarquias, nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder públicos municipais no exercício demonstrado.
Público Municipal e na Câmara Municipal para ocorrer as despesas
de pronto pagamento definidas na Lei de Licitações. (redação SEÇÃO VIII
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS

Art. 123 - São sujeitos à tomada ou à prestação de


SEÇÃO VI contas os agentes da Administração Municipal responsáveis por
DA ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL bens e valores pertencentes ou confiados à Fazenda Pública
Municipal.
Art. 120 - A contabilidade do Município obedecerá, § 1º - O tesoureiro do Município, ou servidor que
na organização do seu sistema administrativo e informativo e nos exerça função, fica obrigado à apresentação do boletim diário de
seus procedimentos, aos princípios fundamentais de contabilidade e tesouraria, que será afixado em local próprio na sede da Prefeitura
às normas estabelecidas na legislação pertinente. Municipal.
Art. 121 - A Câmara Municipal poderá ter a sua § 2º - Os demais agentes municipais apresentarão as
própria contabilidade. suas respectivas prestações de contas até o 15º dia daquele em que
Parágrafo Único - A contabilidade da Câmara o valor tenha sido recebido.
Municipal encaminhará as suas demonstrações até o dia 15 (quinze)
de cada mês, para fins de incorporação à contabilidade central na SEÇÃO IX
Prefeitura. DO CONTROLE INTERNO INTEGRADO
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Estado, até 31 (trinta e um) de março, as contas relativas à gestão
Art. 124 - Os Poderes Executivo e Legislativo financeira municipal do exercício imediatamente anterior, tanto da
manterão de forma integrada, um sistema de controle interno, administração direta, quanto da administração indireta.
apoiado nas informações contábeis, com o objetivo de: Art. 126 - Se o Executivo não prestar as contas até
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no 31 (trinta e um) de março, a Câmara elegerá uma Comissão para
plano plurianual e a execução dos programas do Governo tomá-las com acesso e poderes para examinar a escrituração e os
Municipal; comprovantes da receita e despesa do Município.
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados Art. 127 - Prestará contas a qualquer pessoa física,
quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e jurídica ou entidade que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
patrimonial nas entidades da Administração Municipal, bem como a administre dinheiro, bens e valores públicos pelos quais o
aplicação de recursos públicos municipais por entidades de direito Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de
privado; natureza pecuniária.
III - exercer o controle dos empréstimos e dos Art. 128 - É dever do funcionário público denunciar
financiamentos, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres ao Executivo Municipal ou a Câmara, qualquer irregularidade ou
do Município. ilegalidade de que tenha conhecimento.
Art. 129 - As contas relativas à aplicação dos
recursos recebidos da União e do Estado serão prestados pelo
SEÇÃO X Prefeito na forma prevista, sem prejuízo da sua inclusão da
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBEIL, FINANCEIRA E prestação de contas do exercício imediatamente anterior.
ORÇAMENTÁRIA Art. 130 - Anualmente, dentro de 90 (noventa) dias
do início do Período Legislativo, a Câmara receberá o Prefeito em
Art. 125 - A fiscalização contábil, financeira, Sessão Especial, que informará através de relatório a situação em
orçamentária, operacional e patrimonial do Município e dos órgãos que se encontram os assuntos municipais. (redação alterada
de Administração, e quaisquer entidades constituídas ou mantidas conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
pelo Município, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade, Art. 131 - O Município divulgará, até o último dia
economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas, do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um
será exercida pela Câmara de Vereadores, mediante controle dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores
externo, e pelo sistema de controle de cada um dos poderes. tributários entregues e a expressão numerária dos critérios do
§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será rateio entre diversos órgãos públicos.
exercido com o auxílio de Tribunal de Contas do Estado, não
podendo ser negada qualquer informação, a pretexto de sigilo a
esse órgão estadual. CAPÍTULO VI
§ 2º - A prestação de contas do Prefeito, referente à DA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS
gestão financeira do ano anterior, será apreciada pela Câmara até
60 (sessenta) dias após o recebimento do respectivo parecer Art. 132 - compete ao Prefeito Municipal a
emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, o qual somente deixará administração dos bens municipais, respeitada a competência da
de prevalecer por decisões de dois terços dos membros da Câmara. Câmara quanto àqueles empregados nos serviços desta.
§ 3º - Para os efeitos dos artigos anteriores, o Art. 133 - A alienação de bens municipais far-se-á
Prefeito deverá remeter à Camara e ao Tribunal de Contas do de conformidade com a legislação pertinente.
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Art. 134 - A afetação e desafetação de bens Parágrafo Único - A concorrência poderá ser
municipais dependerá de lei. dispensada quando o uso se destinar a concessionário de serviço
Parágrafo Único - As áreas transferidas ao público, a entidades assistenciais ou verificar-se relevante interesse
Município em decorrência da aprovação de loteamento serão público na concessão, devidamente justificado.
consideradas bens dominiais enquanto não se efetivarem
benfeitorias que lhes dêem outra destinação. CAPÍTULO VII
Art. 135 - O uso de bens municipais por terceiros DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS
poderá ser feito mediante concessão, permissão ou autorização,
conforme o interesse público o exigir. Art. 140 - É de responsabilidade do Município,
Parágrafo Único - O Município poderá ceder seus mediante licitação e de conformidade com os interesses e as
bens a outros entes públicos, inclusive os da Administração necessidades da população, prestar serviços públicos, diretamente
indireta, desde que atendido o interesse público. ou sob regime de concessão ou permissão, bem como realizar obras
Art. 136 - A concessão administrativa dos bens públicas, podendo contratá-las com particularidades através de
municipais de uso especial e dominiais dependerá de lei e de processo licitatório.
licitação e far-se-á mediante contrato por prazo determinado, sob Art. 141 - Nenhuma obra pública, salvo os casos de
pena de nulidade do ato. extrema urgência devidamente justificados, será realizada sem que
§ 1º - A licitação poderá ser dispensada nos casos conste:
permitidos na legislação aplicável. I - o respectivo projeto;
§ 2º - A permissão, que poderá incidir sobre II - o orçamento do seu custo;
qualquer bem público, será feita por licitação, a título precário e III - a indicação dos recursos financeiros para o
por decreto. atendimento das respectivas despesas;
§ 3º - A autorização, que poderá incidir sobre IV - a viabilidade do empreendimento, sua
qualquer bem público, será feita por portaria, para atividades ou conveniência e oportunidade para o interesse público;
usos específicos e transitórios. V - os prazos para o seu início e término.
Art. 137 - Nenhum servidor será dispensado, Art. 142 - A concessão ou a permissão de serviço
transferido, exonerado ou terá aceito o seu pedido de exoneração público somente será efetivada com autorização da Câmara
ou recisão sem que o órgão responsável pelo controle dos bens Municipal e mediante contrato, precedido de licitação
patrimoniais da Prefeitura ou da Câmara ateste que o mesmo § 1º - Serão nulas de pleno direito as concessões e
devolveu os bens do Município que estavam sob sua guarda. as permissões, bem como qualquer autorização para a exploração
Art. 138 - O órgão competente do Município será de serviço público, feitas em desacordo com o estabelecido neste
obrigado, independentemente de despacho de qualquer autoridade, artigo.
a abrir inquérito administrativo e a propor, se for o caso, a § 2º - Os serviços concedidos ou permitidos ficarão
competente ação civil e penal contra qualquer servidor, sempre que sempre sujeitos à regulamentação e à fiscalização da administração
forem apresentadas denúncias contra o extravio ou danos de bens municipal, cabendo ao Prefeito Municipal aprovar as tarifas
municipais. respectivas.
Art. 139 - O Município, referente à venda ou à Art. 143 - Os usuários estarão representados nas
doação de bens imóveis, concederá direito real de uso, mediante entidades prestadoras de serviços públicos na forma que dispuser a
concorrência. legislação municipal, assegurando-se sua participação em decisões
relativas a :
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I - planos e programas de expansão dos serviços; III – as normas que possam comprovar eficiência no
II - revisão da base de cálculos dos custos atendimento do interesse público, bem como permitir a fiscalização
operacionais: pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo, adequado e
III - política tarifária; acessível ;
IV - nível de atendimento da população em termos VI – as regras para orientar a revisão periódica das
de quantidade e qualidade; bases de cálculo dos custos operacionais e da remuneração do
V - mecanismos para atenção de pedidos e capital, ainda que estipulada em contrato anterior;
reclamações dos usuários, inclusive para apuração de danos V – a remuneração dos serviços prestados aos
causados a terceiros. usuários diretos, assim como a possibilidade de cobertura dos
Parágrafo Único - Em se tratando de empresas custos por cobrança a outros agentes beneficiados pela existência
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos, a dos serviços;
obrigatoriedade mencionada neste artigo deverá constar de VI- as condições de prorrogação, caducidade,
contrato de concessão ou permissão. rescisão e reversão da concessão ou permissão.
Art. 144 - As entidades prestadoras de serviços Parágrafo único – Na concessão ou na permissão
públicos são obrigadas, pelo menos uma vez por ano, a dar ampla de serviços públicos, o Município reprimirá qualquer forma de
divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre abuso do poder econômico, principalmente a que visa à dominação
planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e realização do mercado, à exploração monopolística e ao aumento abusivo de
de programas de trabalho. lucros.
Art. 145 - Nos contratos de concessão ou permissão Art. 146 – O Município poderá revogar a
de serviços públicos serão estabelecidos, entre outros: concessão ou a permissão de serviços que forem executados em
I - os direitos dos usuários, inclusive a hipótese de desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como
gratuidade; daqueles que se revelarem manifestamente insatisfatórios para o
II - as regras para a remuneração do capital e para atendimento dos usuários.
garantir o equilíbrio econômico e financeiro do contrato; Art. 147 – As licitações para a concessão ou a
III - as normas que possam comprovar eficiência no permissão de serviços públicos deverão ser precedidos de ampla
atendimento do interesse público, bem como permitir a fiscalização publicidade, mediante edital ou comunicado resumido.
pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo, adequado e Art. 148 – As tarifas dos serviços públicos
acessível; prestados diretamente pelo Município ou por órgãos de sua
IV - as regras para orientar a revisão periódica das Administração descentralizada serão fixadas pelo Prefeito
bases de cálculo dos custos operacionais e da remuneração do Municipal, cabendo à Câmara municipal definir os serviços que
capital, ainda que estipulada em contrato anterior; serão remunerados pelo custo, acima ou abaixo do mesmo, tendo
V - a remuneração dos serviços prestados aos em vista seu interesse econômico e social.
usuários diretos, assim como a possibilidade de cobertura dos Parágrafo Único – Na formação do custo dos
custos por cobrança a outros agentes beneficiados pela existência serviços de natureza industrial, computar-se-ão, além das despesas
dos serviços; operacionais e administrativas, as reservas para depreciação e
VI - as condições de prorrogação, caducidade, reposição dos equipamentos e instalações, bem como previsão para
recisão e reversão da concessão ou permissão. expansão dos serviços.

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Art. 149 – O Município poderá consorcionar- se de seu potencial econômico e a redução das desigualdades sociais
com outros municípios para a realização de obras ou prestação de no acesso aos bens e serviços, respeitadas as vocações, as
serviços públicos de interesse comum. peculiaridades e a cultura locais e preservado o seu patrimônio
Parágrafo Único – O Município deverá propiciar ambiental, natural e construído.
meios para criação, nos consórcios, de órgão consultivo Art. 154 – O processo de planejamento municipal
constituído por cidadãos não pertencentes ao serviço público deverá considerar os aspectos técnicos e políticos envolvidos na
municipal. fixação de objetivos, diretrizes e metas para a ação municipal,
Art. 150 – Ao Município é facultado conveniar propiciando que as autoridades, técnicos de planejamento,
com a União e com o Estado a prestação de serviços públicos de executores e representantes da comunidade participem do debate
sua competência e a privativa, quando lhe faltarem recursos sobre os problemas locais e as alternativas para o seu
técnicos ou financeiros para a execução do serviço em padrões enfrentamento, buscando conciliar interesses e solucionar conflitos.
adequados ou quando houver interesse mútuo para a celebração do Art. 155 – O planejamento municipal deverá
convênio. orientar-se pelos seguintes princípios básicos:
Parágrafo Único – Na celebração de convênio de que trata este I – democracia e transparência no acesso às
artigo, deverá o Município: informações disponíveis;
I – propor os planos de expansão dos serviços públicos; II – eficiência e eficácia na utilização dos recursos
II – propor critérios para fixação de tarifas; financeiros, técnicos e humanos disponíveis ;
III – realizar avaliação periódica da prestação dos serviços. III – complementaridade e integração de políticas,
Art. 151 – A criação pelo Município de entidade de planos e programas setoriais;
Administração indireta para execução de obras ou prestação de IV – viabilidade técnica e econômica das
serviços públicos só será permitida caso a entidade possa assegurar proposições, avaliadas a partir do interesse social da solução e dos
sua auto- sustentação financeira. benefícios públicos;
Art. 152 – Os órgãos colegiados das entidades de V – respeito e adequação à realidade local e
Administração indireta do Município terão a participação regional e consonância com os planos e programas estaduais e
obrigatória de um representante de seus servidores, eleito por estes federais existentes.
mediante voto direto e secreto, conforme regulamentação a ser Art. 156 – A elaboração e a execução dos planos
expedida por ato do Prefeito municipal. e dos programas do Governo Municipal obedecerão às diretrizes
do plano diretor e terão acompanhamento e avaliação permanentes,
de modo a garantir o seu êxito e assegurar sua continuidade no
CAPÍTULO VII horizonte de tempo necessário.
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL Art. 157 – O planejamento das atividades do
SEÇÃO I governo Municipal obedecerá às diretrizes deste capítulo e será
DISPOSIÇÕES GERAIS feito por meio de elaboração e manutenção atualizada, entre
outros, dos seguintes instrumentos:
Art. 153 – O Governo Municipal manterá processo I – plano diretor;
permanente de planejamento, visando promover o desenvolvimento II – plano de governo
do Município, o bem-estar da população e a melhoria da prestação III – lei de diretrizes orçamentárias;
dos serviços públicos municipais. Parágrafo Único – O IV – orçamento anual;
desenvolvimento do Município terá por objetivo a realização plena V – plano plurianual.
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Art. 158 – Os instrumentos de planejamento II – planejar, programar e organizar a rede
municipal mencionados no artigo anterior deverão incorporar as regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação com a sua
propostas constantes dos planos e dos programas setoriais do direção estadual;
Município, dadas as sua implicações para o desenvolvimento local. III – gerir, executar, controlar e avaliar as ações
referentes às condições e os ambientes de trabalho;
CAPÍTULO VIII IV – executar os serviços de:
DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS a) vigilância epidemiológica;
SEÇÃO I b) vigilância sanitária;
DA POLÍTICA DE SAÚDE c) alimentação e nutrição.

Art. 159 – A saúde é direito de todos os munícipes V – planejar e executar a política de saneamento
e dever do Poder Público, assegurada mediante políticas sociais e básico em articulação com o Estado e a União;
econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e outros VI – executar a política de insumos e
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para equipamentos para a saúde;
a sua promoção, proteção e recuperação. VII – fiscalizar as agressões ao meio ambiente que
Art. 160 – Para atingir os objetivos estabelecidos tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos
no artigo anterior, o Município promoverá por todos os meios ao órgãos estaduais e federais competentes, para controlá-las;
seu alcance: VIII – formar consórcios intermunicipais da saúde;
I – condições dignas de trabalho, saneamento, IX – gerir laboratórios públicos de saúde ;
moradia, alimentação, educação, transporte e lazer; X – avaliar e controlar a execução de convênios e
II – respeito ao meio ambiente e controle da contratos celebrados pelo Município, com entidades privadas
poluição ambiental; prestadoras de serviços de saúde;
III – acesso universal e igualitário de todos os XI – autorizar a instalação de serviços privados de
habitantes do Município às ações e serviços de promoção, proteção saúde e fiscalizar-lhes o funcionamento.
e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação. Art. 163 – As ações e os serviços de saúde
Art. 161 – As ações de saúde são de relevância realizados no Município integram uma rede regionalizada e
pública, devendo sua execução ser feita preferencialmente através hierarquizada, constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito
de serviços públicos e complementarmente, através de serviços de do Município, organizado de acordo com as seguintes diretrizes;
terceiros I – comando único exercido pela Secretaria
Municipal de Saúde ou equivalente;
Parágrafo Único – É vedado ao Município cobrar II – integridade na prestação das ações de saúde;
do usuário pela prestação de serviços de assistência à saúde III – organização de distritos sanitários com
mantidos pelo Poder Público ou contratados com terceiros. alocação de recursos técnicos e práticas de saúde adequadas à
realidade epidemiológica local;
Art. 162 – São atribuições do município, no IV – participação em nível de decisão de entidades
âmbito do sistema Único de Saúde: representativas dos usuários, dos trabalhadores de saúde e dos
I – planejar, organizar e avaliar as ações e os representantes governamentais na formulação, gestão e controle da
serviços de saúde; política municipal e das ações de saúde através de Conselho
Municipal de caráter deliberativo e partidário;
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V – direito do indivíduo de obter informações e Art. 167 – As instituições privadas poderão
esclarecimentos sobre assuntos pertinentes a promoção, proteção e participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde,
recuperação de sua saúde e da coletividade. mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
Parágrafo Único – Os limites dos distritos preferências as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
sanitários referidos no inciso III constarão do Plano Diretor de Art. 168 – O Sistema Único de Saúde no âmbito
Saúde e serão fixados segundo os seguintes critérios: do Município, será financiado com recursos do orçamento do
I – área geográfica de abrangência; Município, do Estado, da União e da seguridade social, além de
II – a descrição de clientela; outras fontes.
III – resolutividade de serviços à disposição da
população. Art. 168 A – O Órgão colegiado municipal
Art. 164 – Ficam criadas, no âmbito do Município, encarregado da política de combate ao uso de entorpecentes, com
duas instâncias colegiadas de caráter deliberativo: a Conferência e estrutura, composição e dotação orçamentária definidas em lei, tem
o Conselho Municipal de Saúde. por objetivo formular as diretrizes da educação preventiva e a
§ 1º - A Conferência Municipal da Saúde, assistência e recuperação dos dependentes de substâncias
convocada pelo Prefeito Municipal, com ampla representação da entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica.
comunidade, objetiva avaliar a situação do município e fixar as (AC conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
diretrizes da política municipal de saúde.
§ 2º - O Conselho Municipal da Saúde com o § 1º - Os recursos destinados às ações e aos
objetivo de formular e controlar a execução da política municipal serviços de saúde do Município constituirão o Fundo Municipal de
da saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, é Saúde conforme dispuser a lei.
composto pelo Governo, representantes de entidades prestadoras § 2º - O montante das despesas de saúde não será
de serviços de saúde, usuários e trabalhadores do Sistema Único de inferior a 15% (quinze por cento) das despesas globais do
Saúde, devendo a lei dispor sobre sua organização e orçamento anual do Município. (redação alterada conforme
funcionamento. Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 165 – O Prefeito convocará anualmente, a § 3º - É vedada a destinação de recursos para
Conferência Municipal da Saúde para avaliar a situação do auxílio ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
Município, com ampla participação da sociedade e fixar as
diretrizes gerais da política de saúde do Município. (redação SEÇÃO II
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) DA POLÍTICA EDUCACIONAL , CULTURAL E
Art. 166 – A lei disporá sobre a organização e o DESPORTIVA
funcionamento do Conselho Municipal de Saúde que terá as
seguintes atribuições: Art. 169 – A educação é direito de todos e dever
I – formular a política municipal da saúde, a partir do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
das diretrizes emanadas da Conferência Municipal da Saúde; colaboração da sociedade, visando pleno desenvolvimento da
II – planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
destinados à saúde; para o trabalho.
III – aprovar a instalação e o funcionamento de Art. 170 – O ensino fundamental será obrigatório e
novos serviços públicos ou privados de saúde, atendidas as ministrado com base nos seguintes princípios:
diretrizes do plano municipal de saúde.
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I – igualdade de condições para acesso e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
permanência na escola; Fundamental. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
II – liberdade de aprender e ensinar, pesquisar e 11.10.05)
divulgar o pensamento a arte e o saber; Art. 172 – O Município no mínimo aplicará 25% (
III – pluralismo de idéias e de concepções vinte e cinco por cento ) resultante de impostos, compreendidos e
pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de provenientes de transferências, na manutenção e desenvolvimento
ensino; do ensino.
IV – gratuidade do ensino público em Parágrafo Único – O Município publicará
estabelecimentos oficiais; anualmente, relatório de execução financeira da despesa em
V – valorização dos profissionais do ensino, educação, por fonte de recursos, discriminando os gastos mensais.
garantindo, na forma da lei, plano de carreira para o magistério Art. 173 – O Município poderá oferecer cursos de
público municipal, com piso salarial profissional e ingresso atualização e aperfeiçoamento aos professores e especialistas da
exclusivamente por concurso público de provas, títulos, rede escolar de acordo com a necessidade regulada pela Secretaria
resguardando a habilitação específica, podendo em casos de Educação.
excepcionais, com autorização legislativa, acontecer contratação Art. 174 – Fica assegurado aos pais, professores,
emergencial de professores por prazo determinado; (redação alunos e funcionários a se organizarem em todos os
alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) estabelecimentos de ensino sob a forma de associação.
VI – gestão democrática do ensino público; Art. 175 – O Município, nos termos da Lei,
VII – garantia de padrão de qualidade; organizará o Conselho e o Sistema Municipal de Educação.
VIII – incursão em responsabilidade administrativa Art. 176 – Anualmente, o Prefeito publicará
a Autoridade Municipal Competente que não garantir ao relatório da execução financeira das despesas em educação,
interessado, com a devida habilitação, o acesso à escola discriminando os gastos mensais.
fundamental, transcorridos dez dias úteis do pedido de vaga; § 1º - Será fornecido ao Conselho Municipal de
IX – a direção das escolas municipais será escolhida educação semestralmente, relatório da execução financeira da
por eleição direta e uninominal. (NR -conforme Emenda nº despesa em educação, discriminando os gastos mensais em
001/2005, de 11.10.05); especial os aplicados na reforma, manutenção das escolas, as fontes
Art. 171 – O Município atuará, prioritariamente, e critérios de distribuição dos recursos e os estabelecimentos e
no ensino fundamental e pré- escolar . instituições beneficiados.
§ 1º - É dever do Município oferecer condições § 2º - É dever do município o fornecimento do
para o recenseamento dos educandos para o ensino fundamental, material básico para funcionamento das escolas.
zelando junto dos pais ou responsáveis, pela freqüência regular à § 3º - A autoridade competente será
escola. responsabilizada pelo não cumprimento do disposto neste artigo.
§ 2º - O ensino fundamental regular será Art. 177 – Fica criado o Conselho e o Sistema
ministrado em Língua Portuguesa . Municipal de Educação, que será regulado através da Lei,
§ 3º - Os programas suplementares de alimentação obedecidos os princípios, no que consta no capítulo II do título III
e assistência à saúde serão financiados com recursos provenientes da Constituição Estadual.
de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. Art. 178 – O Município em cooperação com o
§ 4º - O ensino fundamental público terá como Estado, na área rural, para cada grupo de escolas de ensino
fonte adicional de financiamento a contribuição do FUNDEF – fundamental incompleto, criará uma escola central de ensino
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fundamental completo que assegure o número de vagas suficiente
para absorver os alunos da área, para isso desenvolverá programa SEÇÃO V
de transporte escolar que assegure os recursos financeiros DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA
indispensáveis para garantir o acesso de todos os alunos à escola.
Art. 178 A – Poderão ser criados, em convênio com Art. 182 – Cabe ao Município, com vista a
a União e o Estado, colégios agrícolas destinados à formação promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia:
técnico-profissional dos filhos dos trabalhadores rurais. (AC - I – proporcionar a formação e o aperfeiçoamento
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) de recursos humanos para a ciência e tecnologia;
II – criar departamento especializado que orientará
Parágrafo Único – Compete ao Conselho gratuitamente o encaminhamento de registro de patente de idéias e
Municipal de Educação indicar as escolas centrais previstas no invenções;
presente artigo. III – incentivar e privilegiar a pesquisa tecnológica
voltada ao aperfeiçoamento
SEÇÃO III o do uso e controle dos recursos naturais municipais.
DA CULTURA Art. 183 – A política municipal de ciência e
tecnologia será definida por órgão específico, criado por lei com
Art. 179 – O Município estimulará a cultura em representação dos segmentos da comunidade científica e da
suas múltiplas manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício sociedade santiaguense.
dos direitos culturais e o acesso às suas fontes apoiando e Parágrafo Único – A política e a pesquisa científica
incentivando a produção, a valorização e difusão das manifestações e tecnológica basear-se-ão no respeito à vida, à saúde, à dignidade
culturais. humana e aos valores culturais do povo, na proteção, controle e
Art. 180 – O Poder Público, com a colaboração da recuperação do meio ambiente e no aproveitamento dos recursos
comunidade promoverá e protegerá o patrimônio cultural, por meio naturais.
de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação Art. 184 – O Município cobrirá as despesas de
e de outras formas de acautelamento, preservação, observada a investimento e custeio de seus órgãos envolvidos com pesquisas
Constituição Federal e Estadual. científica e tecnológica e sua aplicação no fomento ao ensino e à
pesquisa científica e tecnológica.

SEÇÃO IV SEÇÃO VI
DO DESPORTO DO TURISMO

Art. 181 – É dever do Município fomentar práticas Art. 185 – O Município instituirá política municipal
desportivas formais e não formais como direito de cada um, de turismo e definirá as diretrizes a observar nas ações públicas e
observadas: privadas, com vista a promover e incentivar o turismo como fator
I – A autonomia das entidades desportivas de desenvolvimento social e econômico.
dirigentes e associações, quanto à sua organização e § 1º - Para o cumprimento do disposto neste
funcionamento. artigo, cabe ao Município, através de órgão em nível de secretaria,
II – A destinação de recursos públicos para a em ação conjunta com o Estado, promover:
promoção prioritária do desporto educacional.
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I – o inventário e a regulamentação do uso, Art. 187 – Na promoção do desenvolvimento
ocupação e fruição dos bens naturais e culturais de interesse econômico, o Município agirá, sem prejuízo de outras iniciativas,
público; no sentido de:
II – a infra-estrutura básica necessária à prática do I – fomentar a livre iniciativa;
turismo, apoiando e realizando os investimentos na produção, II – privilegiar a geração de empregos;
criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e III – utilizar tecnologia de uso intensivo de mão-
instalações ou serviços turísticos, através de linhas de créditos de-obra;
especiais e incentivos; IV – relacionar a utilização de recursos naturais;
III – implantações de ações que visem ao V – proteger o meio ambiente;
permanente controle de qualidade dos bens e serviços turísticos. VI – proteger os direitos dos usuários dos serviços
IV – medidas específicas para o desenvolvimento públicos e dos consumidores .
dos recursos humanos para o setor; VII – dar tratamento diferenciado à pequena
V – elaboração sistemática de pesquisas sobre produção artesanal ou mercantil, às microempresas e às pequenas
oferta demanda turística, com análise dos fatores de oscilação do empresas locais, considerando sua contribuição par a
mercado; democratização de oportunidades econômicas, inclusive para os
VI – fomento ao intercâmbio permanente com grupos sociais mais carentes;
outros Municípios do Estado, visando o fortalecimento do espírito VIII – estimular o associativismo, o
de fraternidade e aumento do fluxo turístico nos dois sentidos, cooperativismo e as microempresas;
bem como à elevação da média de permanência do turista em IX – eliminar entraves burocráticos que possam
território do Município; limitar o exercício de atividade econômica;
§ 2º - As iniciativas previstas neste artigo estender- X – desenvolver ação direta ou reivindicativa junto
se-ão aos pequenos proprietários rurais, localizados em regiões a outras esferas de Governo, de modo que sejam, entre outros
demarcadas em lei, como forma de viabilizar alternativas efetivados :
econômicas que estimulem sua permanência no meio rural. a) assistência técnica;
b) crédito especializado ou subsidiado;
c) estímulos fiscais e financeiros;
SEÇÃO VII d) serviços de suporte informativo ou de mercado.
DA POLÍTICA ECONÔMICA Art. 188 – É de responsabilidade do Município, no
campo de sua competência, a realização de investimentos para
Art. 186 – O Município promoverá o formar e manter a infra- estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou
desenvolvimento econômico agindo de modo que as atividades incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas seja
econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o diretamente ou mediante delegação ao setor privado para esse fim.
nível de vida e o bem estar da população local, bem como para Parágrafo Único – A atuação do Município dar-se-
valorizar o trabalho humano. á, inclusive, no meio rural, para a fixação de contingentes
Parágrafo único – Para a consecução do objetivo populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e
mencionado, neste artigo, o Município atuará de forma exclusiva geração de renda e estabelecendo a necessária infra- estrutura
ou em articulação com a União ou com o Estado. destinada a viabilizar esse propósito.
Art. 189 – A atuação do Município na zona rural
terá como principais objetivos:
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I – oferecer meios para assegurar ao pequeno Parágrafo Único – As microempresas, desde que
produtor e trabalhador rural condições de trabalho e de mercado trabalhadas exclusivamente pela família, não terão seus bens ou os
para os produtos, a rentabilidade dos empreendimentos e a de seus proprietários sujeitos à penhora pelo Município para
melhoria do padrão de vida da família rural; pagamento de débito decorrente de sua atividade produtiva.
II – garantir o escoamento da produção, sobretudo
o abastecimento alimentar. Art. 197 – Fica assegurada às microempresas a
III – garantir a utilização racional dos recursos simplificação ou a eliminação através de ato do Prefeito, de
naturais. procedimentos administrativos em seu relacionamento com a
Art. 190 – É criado o Conselho Municipal de Administração, direta ou indireta, especialmente em exigências
Política Agrícola, com representação paritária do poder público, relativas às licitações.
dos produtores rurais e dos trabalhadores rurais através de suas
entidades representativas e das cooperativas locais. Art. 198 – Os portadores de deficiência física e de
Parágrafo Único – Lei definirá as funções, o limitações sensoriais, assim como as pessoas idosas, terão
funcionamento, e a representação do conselho. prioridades, para exercer o comércio eventual ou ambulante no
Art. 191 – A receita prevista no inciso II, do artigo Município.
158 da Constituição Federal será aplicada integralmente ao apoio
de programas agrícolas e de reforma agrária, cujos projetos SEÇÃO VIII
agrícola deverão destinar-se à produção e distribuição de DA POLÍTICA URBANA
alimentos. REVOGADO (conforme Emenda nº 001/2005, de
11.10.05) Art. 199 – A política urbana, a ser formulada no
Art. 192 – O Conselho Municipal de Política âmbito do processo de planejamento municipal, terá por objetivo o
Agrícola selecionará os beneficiários do crédito fundiário. pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o bem-estar
Art. 193 – Como principais instrumentos para o dos seus habitantes, em consonância com as políticas sociais e
fomento da produção da zona rural, o Município estimulará a econômicas do Município.
assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o § 1º - As funções sociais da cidade dependem do
transporte, o associativismo e a divulgação das oportunidades de acesso de todos os cidadãos aos bens e aos serviços, assegurando-
crédito e de incentivos fiscais. lhes condições de vida e moradia compatíveis com o estágio do
Art. 194 – O Município poderá consorciar-se com desenvolvimento do Município;
outras municipalidades com vistas ao desenvolvimento de § 2º - Na aquisição do primeiro imóvel, para nele ser
atividades econômicas de interesse comum, bem como integrar-se construído a casa própria, o adquirente comprovadamente pobre,
em programas de desenvolvimento regional a cargo de outras fica isento do pagamento do imposto de transmissão de bens.
esferas de Governo.
Art. 195 – Fica criado o Conselho Municipal de Art. 200 – O Plano Diretor, aprovado pela Câmara
Defesa ao Consumidor, que será regulado por Lei. Municipal, é o instrumento básico da política urbana devendo ser
Art. 196 – O Município, em caráter precário e por executado pelo Município em consonância com o Estatuto das
prazo limitado definido em ato do Prefeito, permitirá às Cidades. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de
microempresas se estabelecerem na residência de seus titulares, 11.10.05)
desde que não prejudiquem as normas ambientais, de segurança, de
silêncio, de trânsito e de saúde pública.
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§ 1º - O plano diretor fixará os critérios que competente fornecerá ao interessado comprovadamente pobre a
assegurem a função social da propriedade, cujo uso e ocupação licença, a planta.
deverão respeitar a legislação urbanística, a proteção do patrimônio
ambiental e natural do município, através da preservação ecológica, § 3º - Na promoção de seus programas de
paisagística e cultural. (redação alterada conforme Emenda nº habitação popular, o Município deverá articular-se com órgãos
001/2005, de 11.10.05) estaduais, regionais e federais competentes e, quando couber
estimular a iniciativa privada a contribuir para aumentar a oferta de
§ 2º - O plano diretor deverá ser elaborado com a moradias adequadas e compatíveis com a capacidade econômica
participação das entidades representativas da comunidade da População.
diretamente interessada.
§ 3º - O plano diretor definirá as áreas especiais de Art. 203 – O Município em consonância com a sua
interesse social, urbanístico ou ambiental, para as quais será exigido política urbana e segundo o disposto em seu plano diretor, deverá
aproveitamento adequado nos termos previstos na Constituição promover programas de saneamento básico destinados a melhorar
Federal. as condições sanitárias e ambientais das áreas urbanas e os níveis de
saúde da população.
Art. 201 – Para assegurar as funções sociais da Parágrafo Único – A ação do Município deverá
cidade, o Poder Executivo deverá utilizar os instrumentos orientar-se para:
jurídicos, tributários, financeiros e de controle urbanístico existente I – ampliar, progressivamente, a responsabilidade
e a disposição do Município. local pela prestação de serviços de saneamento básico;
II – executar programas de saneamento em áreas
Art. 202 – O Município promoverá, em pobres, atendendo à população de baixa renda com soluções
consonância com sua política urbana e respeitadas as disposições adequadas e de baixo custo para o abastecimento de água e esgoto
do plano diretor, programas de habitação popular destinadas a sanitário;
melhorar as condições de moradia da população carente do III – executar programas de educação sanitária e
Município. melhorar o nível de participação das comunidades na solução de
seus problemas de saneamento;
§ 1º - A ação do Município deverá orientar-se IV – levar à prática, pelas autoridades competentes,
para: tarifas sociais para os serviços de água.

I – ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de Art. 204 – O Município deverá manter articulação
infra- estrutura básica e serviços por transporte coletivo. permanente com os demais municípios de sua região e com o
II – estimular e assistir, tecnicamente, projetos Estado visando à racionalização de recursos hídricos e das bacias
comunitários e associativos de construção de habitação e serviços; hidrográficas respeitadas as diretrizes estabelecidas pela União.
III – urbanizar, regularizar e titular as áreas Art. 205 – O Município, na prestação de serviços
ocupadas por população de baixa renda, passíveis de urbanização de transporte público, fará obedecer os seguintes princípios
básicos:
§ 2º - Na licença para construção da primeira casa I – segurança e conforto dos passageiros,
própria, de área até 42m 2 , o Poder Executivo, pelo seu órgão garantindo, em especial, acesso às pessoas portadoras de
deficiências físicas;
39
II – prioridade a pedestres e usuários dos serviços;
III- tarifa social, assegurada a gratuidade aos Art. 208 – Na formulação e desenvolvimento dos
maiores de 65 (sessenta e cinco) anos e o abatimento no mínimo programas de ações comunitárias, o Município buscará a
40% ( quarenta por cento ) aos professores, estudantes e participação das associações representativas da comunidade,
funcionários de escolas na rede urbana e funcionários públicos podendo firmar convênio e ceder funcionários desde que seja de
municipais; (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de interesse público. (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005,
11.10.05) de 11.10.05)

IV – proteção ambiental contra a poluição Art. 209 – Todo munícipe, com renda familiar de
atmosférica e sonora; até um salário mínimo e meio (1,5) nacional, possuidor de um
V – integração entre sistemas e meios de único imóvel, edificado com prédio destinado à moradia própria,
transporte e racionalização de itinerários ; poderá requerer a isenção do pagamento do IPTU. (redação
VI – participação das entidades representativas da alterada conforme Emenda nº 001, de 03 de agosto de 2010)
comunidade e dos usuários no planejamento e na fiscalização dos Art. 209 – Todo munícipe, com renda familiar de até
serviços. 02 (dois) salários mínimos nacionais, possuidor de 01 (um) único
imóvel, edificado com prédio destinado à moradia própria, poderá
Art. 206 – O Município, em consonância com sua requerer a isenção de pagamento do IPTU, ficando
política urbana e segundo o disposto em seu plano diretor, deverá automaticamente isento do pagamento o munícipe contemplado
promover, planos e programas setoriais destinados a melhorar as com habitação de interesse social oriunda de programas
condições do transporte público da circulação de veículos e da habitacionais dos poderes executivos com renda familiar compatível
segurança do trânsito. com o estipulado
§ 1º – Para a verificação da renda de que trata o
SEÇÃO IX caput, será utilizada, além da prova documental de rendimentos do
DA ASSISTÊNCIA E DAS AÇÕES requerente, a elaboração de laudo social deste, através da
COMUNITÁRIAS Secretaria de Desenvolvimento Social. (redação alterada conforme
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 207 – A ação do Município no campo de § 2º - A isenção não abrangerá dívidas pretéritas do
assistência e ações comunitárias objetivará promover: munícipe, sendo facultado a este parcelar o débito em até 100(cem)
Parágrafo único – Para a realização das ações prestações mensais corrigidas por índice oficial, limitado ao valor
previstas nesta seção o município deverá gerir os recursos mínimo de R$10,00 (dez) reais.
orçamentários próprios, bem como aqueles repassados por outra § 3º - A cada cinco anos após a concessão da
esfera de governo para a área de assistência, respeitados os isenção, deverá o munícipe beneficiado comprovar junto à
dispositivos legais vigentes. (NR -conforme Emenda nº 001/2005, Prefeitura Municipal, a manutenção das condições que concederam
de 11.10.05) a isenção, sob pena de extinção do benefício e do eventual
parcelamento realizado.
I – a integração do indivíduo ao mercado de
trabalho e ao meio social; Art. 210 – O munícipe que tenha casa de moradia,
II – o amparo à velhice e à criança abandonada; em terreno de propriedade do município, com área até 250m², nos
III – a integração das comunidades carentes. últimos cinco anos, fica-lhe assegurada a posse, inclusive para
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ceder a terceiros, em caso de venda do prédio. (redação alterada atividade ou empreendimento público ou privado que danifique ou
conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) altere suas características naturais;
§ 3º - Para assegurar efetividade a esse direito o
Art. 211 – Caberá à Prefeitura Municipal, após a município deverá articular-se com os órgãos Estaduais, Regionais e
promulgação desta Lei Orgânica, fazer o levantamento de prédios Federais competentes e ainda quando for o caso com outros
construídos sem os requisitos legais e cadastrá-los para fins de municípios objetivando a solução de problemas comuns relativos à
impostos e sem outras exigências. proteção ambiental.
Art. 212 – Os requerimentos, solicitando certidão à
Prefeitura, deverão ser fornecidos, ao interessado devidamente Art. 216 – O Município, ao promover a ordenação
preenchido pelo próprio servidor. de seu território, definirá zoneamento e diretrizes gerais de
Art. 213 – Toda restrição, limitação, vedação ou ocupação que assegurem a proteção dos recursos naturais, em
redução de direitos, prerrogativas e vantagens estabelecidas nesta consonância com o disposto na legislação estadual pertinente.
Lei Orgânica vigorarão respeitados os direitos reconhecidos pela Art. 217 – A política urbana do Município e o seu
legislação vigente à data de sua promulgação e as situações plano diretor deverão contribuir para a proteção do meio ambiente,
juridicamente consolidadas. através da adoção de diretrizes adequadas de uso e ocupação do
solo urbano.
SEÇÃO X
DA POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE Art. 218 – Nas licenças de parcelamento e
localização, o Município exigirá o cumprimento da legislação de
Art. 214 – Todos têm direito ao meio proteção ambiental emanada da União, do Estado e do Município.
ecologicamente equilibrado, bem como de uso comum do povo e (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e Art. 219 – As empresas concessionárias ou
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes permissionárias de serviços públicos deverão atender rigorosamente
e futuras gerações. aos dispositivos de proteção ambiental em vigor, sob pena de não
Parágrafo único – Para assegurar efetividade a esse ser renovada a concessão ou permissão pelo Município.
direito o município deverá articular-se com os órgãos Estaduais, Art. 220 – O Município assegurará a participação
regionais e Federais competentes e ainda, quando for o caso, com das entidades representativas da comunidade no planejamento e na
outros municípios objetivando a solução de problemas comuns fiscalização de proteção ambiental, garantindo acesso dos
relativos à proteção ambiental. interessados às informações sobre as fontes de poluição e de
Art. 215 – O Município deverá atuar mediante degradação ambiental ao seu dispor.
planejamento, controle e fiscalização das atividades públicas ou Art. 220 A – É expressamente proibido a qualquer
privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações cidadão:
significativas no meio ambiente. I – o comércio de animais sem a devida fiscalização
§ 1º - Toda área com indícios ou vestígios de sítios do Poder Público Municipal;
paleontológicos ou arqueológicos será preservada para fins II – o comércio, no âmbito do município, de animais
específicos de estudo; considerados silvestres;
§ 2º - As unidades municipais públicas de III – a manutenção de animais destinados à
conservação são consideradas patrimônio público inalienável, sendo comercialização em locais sem as devidas condições de higiene e
proibida ainda concessão ou cedência, bem como qualquer comodidade;
41
IV - a prática de maus tratos ou atos de crueldade tratamento e destinação final adequado dos resíduos e poluentes
contra animais; por ela geradas;
V – as queimadas em perímetro urbano e na área VIII – o município é obrigado a concorrer,
rural do município, na forma da lei. (AC conforme Emenda nº proporcionalmente ao valor venal do imóvel e à área construída,
001/2005, de 11.10.05) com o pagamento das despesas do tratamento primário
obrigatoriamente previsto em lei dos esgotos por ele gerados. O
Parágrafo único - Para assegurar a efetividade Poder Público Municipal, por si ou por seus concessionários, é
desse direito, incumbe ao Poder Público: obrigado a tratar os esgotos domésticos por ele coletado, antes do
I – fiscalizar e manter as unidades públicas de lançamento dos mesmos a céu aberto;
conservação e fiscalizar as reservas florestais públicas e privadas, IX – o Poder Público Municipal deverá
devendo ser averbada a delimitação das reservas no Cartório de condicionar o licenciamento, das edificações a um zoneamento para
Registro de Imóveis de livre iniciativa do proprietário; captação de energia solar, assegurando a luminosidade e evitando o
II – determinar a realização de estudo prévio de sombreamento;
impacto ambiental para a implantação de atividades que possam X – o Poder Público Municipal deverá estabelecer
causar degradação do meio ambiente; uma zona intermediária entre o distrito industrial e a zona
III – licenciar a localização, instalação e operação residencial, na qual, obrigatoriamente, haverá áreas verdes;
de atividades potencialmente poluidoras ou agressoras do meio XI – promover a educação ambiental em todos os
ambiente através do órgão municipal de meio ambiente, níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção do
capacitando-o para tal; meio ambiente;
IV – criar o Conselho Municipal do Meio XII – observar critérios ecológicos em todos os
Ambiente para formular a política ambiental do Município, tendo níveis do planejamento político, social e econômico;
entre outras competências, a de decidir, em grau de recurso, o XIII – promover o manejo ecológico dos solos,
licenciamento das atividades utilizadoras dos recursos ambientais, respeitando sua vocação quanto à capacidade de uso;
sendo um terço do mesmo, composto de representantes dos Órgãos XIV – fiscalizar, cadastrar e manter as florestas
Públicos Municipais, da comunidade, conforme lei específica que municipais, fomentando o florescimento e o reflorestamento
regulamentará o mandato e a forma de eleição de seus membros; ecológico, e conservando, na forma da lei, as florestas
(redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) remanescentes do Município.

V – fomentar e auxiliar, tecnicamente, com TÍTULO V


recursos, disponíveis, as associações de proteção ao meio DISPOSIÇÃO FINAL
ambiente, constituídas na forma da lei, respeitando sua
independência de atuação; Art. 221 – Esta Lei Orgânica e o ato das
VI – criar e manter uma Guarda de fiscalização Disposições Transitórias, depois de assinados pelos Vereadores,
ambiental comum às Secretarias de Meio Ambiente e de serão promulgados simultaneamente pela Mesa Diretora
Agricultura; Constituinte e entrarão em vigor na data de sua publicação.
VII – as pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou
privadas que exercem atividades consideradas poluidoras ou ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
potencialmente poluidoras, são responsáveis pela coleta,

42
Art. 1º - O Prefeito Municipal e os Vereadores seis meses da promulgação da Lei Orgânica, proceder reforma
prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei administrativa, com a devida desburocratização, encaminhando os
Orgânica no ato e na data de sua promulgação. respectivos projetos à Câmara para os devidos fins.
Art. 2º - Os subsídios do Prefeito Municipal serão Parágrafo Único – Na reforma administrativa a que
fixados de acordo com o disposto na Constituição Federal. se refere este artigo, deverá adaptar-se o que prescreve o artigo 38
(redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05) das Disposições Transitórias da Constituição Federal.
Art. 7º - O Poder Executivo, a contar da
Parágrafo Único – Os ocupantes do cargo em promulgação da Presente Lei Orgânica, terá o prazo de um ano,
comissão não poderão receber remuneração superior a que receber para apresentar à Câmara relatório dos bens municipais , móveis e
o Vice – Prefeito. REVOGADO (conforme Emenda nº imóveis.
001/2005, de 11.10.05) Art. 8º - Fica o Prefeito Municipal autorizado a
Art. 3º - A Câmara Municipal, após 6 (seis) meses rever os casos de terrenos urbanos, que na implantação do Plano
da promulgação da Lei Orgânica, elaborará a reestruturação do Diretor ficaram impedidos de construção até que seja reformulado
quadro de funcionários da Câmara, com a fixação dos respectivos o atual Plano Diretor.
vencimentos, através de Decreto Legislativo.
Art. 9º - O Prefeito Municipal, no prazo de seis
Parágrafo único – Os atuais funcionários cedidos à meses da promulgação desta Lei Orgânica, deverá levantar as
Câmara passarão a integrar o quadro de funcionários do dívidas inadimplidas com a municipalidade, encaminhando à esta
Legislativo, observado o caput deste artigo, desde que optem por Câmara a relação da mesma e seus devedores.
essa situação dentro do prazo de que trata o presente artigo, com Parágrafo Único – Para o recebimento das dívidas
todos os direitos assegurados no serviço público municipal, desde inadimplidas, cumpre o executivo tomar as providências cabíveis
que não contrarie a legislação vigente. REVOGADO (conforme através do Órgão Jurídico.
Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
Art. 4º - Nos dez primeiros anos de promulgação Art. 10 – A Prefeitura Municipal terá seu
da Constituição Federal, o Município desenvolverá esforços, com a expediente em dois turnos, ou em turno único de acordo com a
mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com necessidade administrativa. (redação alterada conforme Emenda nº
aplicação de todos os setores organizados da sociedade e com 001/2005, de 11.10.05)
aplicação de, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) dos recursos
a que se refere o artigo 212 da Constituição Federal, para eliminar Art. 11 – O Prefeito Municipal tão logo tenha
o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental como conhecimento, do seu futuro substituto franqueará ao mesmo os
determina o artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais documentos e Patrimônio Municipal.
Transitórias. Art. 12 – Fica criado, no Município, o Vale
Art. 5º - O Poder Executivo deverá, no prazo Transporte aos funcionários municipais na forma da lei, devendo o
máximo de 60 (sessenta) dias, após a promulgação da Lei Poder Executivo no prazo de sessenta dias pô-lo em execução
Orgânica, encaminhar à Câmara novo plano de carreira do desde que não haja impedimento legal.
Magistério, obedecendo à remuneração condizente com a função Art. 13 – Fica assegurada a criação e denominação
da classe. de novos, cuja regularização e limites serão estabelecidos por Lei.
Art. 6º - O Executivo, em cumprimento ao (redação alterada conforme Emenda nº 001/2005, de 11.10.05)
disposto no artigo 39 da Constituição Federal, deverá no prazo de
43
Art. 14 – Toda restrição, limitação, vedação ou Relator Geral da Constituinte Municipal
redução de direitos, prerrogativas e vantagens estabelecidas nesta Vereador RONALD ONEI MIORIN
Lei Orgânica vigorarão, respeitados os direitos reconhecidos pela Relator Adjunto
Legislação vigente à data de sua promulgação e as situações
juridicamente consolidadas.
Art. 15 – As leis complementares inerentes à Lei
Orgânica deverão ser editadas no prazo máximo de 18 (dezoito)
meses.
Parágrafo Único – O executivo Municipal deverá
encaminhar a Câmara Municipal, no prazo de seis meses após a
Promulgação da presente Lei Orgânica, o novo Plano Diretor para Vereador ALDENI LAMBERT BISSACO
fins de estudo e aprovação. Vereador ADÃO CASTILHOS DE FREITAS
Art. 16 – O Município, no prazo de 90 (noventa) Vereador MARCO ANTÔNIO L. PEIXOTO
dias mandará imprimir esta Lei Orgânica para distribuição nas Vereador EUGÊNIO FRANCISCO SCALCON
escolas e nas entidades respectivas da comunidade, gratuitamente, Vereador JORGE HUMBERTO FROTA TUSI
de modo que se faça a mais ampla divulgação do seu conteúdo. Vereador LUIS MANOEL DOS SANTOS
Art. 17 – Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Vereador NERY SOARES MACHADO
de Vereadores, será por ela promulgada e entrará em vigor na data Vereador EUDÓCIO DA NOVA POZO
de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Vereador WILSON FARIAS FERREIRA
Vereador VITÓRIO JOAQUIM SAGRILLO
Vereador ÊNIO KINZEL
Santiago, 03 de abril de 1990. Vereador JOÃO CÂNDIDO PEREIRA

Atualizada em outubro de 2005, conforme Emenda nº


001/2005
Vereador DANILO GARCIA DA ROSA Vereadores integrantes da Comissão de Atualização
Presidente e Relator Adjunto da Comissão de Sistematização da Lei Orgânica do Município, em 2005:
 Antônio Diniz Manganeli Cogo
 Nara de Fátima Belmonte
Vereador ARI ADÃO DE LIMA  Marcos Roberto Fiorin Flores
Vice- Presidente da Mesa e da Comissão de Sistematização  Nelson Peraça Abreu
 Rubem Sérgio Prates dos Santos
Vereador NELSON PERAÇA ABREU
1º Secretário da Mesa
Vereador JULIO CESAR RUIVO *Última atualização em abril de 2006
2º Secretário da Mesa
Vereador OSVALDO VARGAS MACHADO
Presidente da Comissão de Sistematização
Vereador GIBELINO MINUZZI
44
45
Lei nº 020 /95

"DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS


SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

VULMAR SILVEIRA LEITE, Prefeito Municipal de Santiago, RS, no


uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município,

FAZ SABER

que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e é sancionada e


promulgada a seguinte LEI:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos do


Município de Santiago (RS).

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, Servidor Público é toda a pessoa


legalmente investida em cargo público.

Art. 3º - Cargo público é o criado em Lei, em número certo, com


denominação própria, remunerado pelos cofres municipais, ao qual corresponde um
conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas ao servidor público.

Parágrafo Único - Os cargos públicos serão de provimento efetivo ou


em comissão.

Art. 4º - A investidura em cargo público depende de aprovação prévia


em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para
cargos em comissão declarados em Lei de livre nomeação e exoneração.

§1º - A investidura em cargo do Magistério Municipal será por


concurso de provas e títulos.

§2º - Somente poderão ser criados cargos de provimento em comissão


para atender encargos de direção, chefias ou assessoramento.
Art. 5º - Função gratificada é a instituída por Lei para atender a
encargos de direção, chefia ou assessoramento, sendo privativa de servidor detentor de
cargo de provimento efetivo, observados os requisitos para o exercício.

Art. 6º - É vedado cometer ao servidor atribuições diversas das de seu


cargo, exceto encargos de direção, chefia ou assessoramento e comissões legais.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA

CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 7º - São requisitos básicos para ingresso no serviço público


municipal:
I - ser brasileiro;
I - ser brasileiro nato ou naturalizado, ou estrangeiro na forma da Lei;
(Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
II - ter idade mínima de dezoito (18) anos;
III - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
IV - gozar de boa saúde física e mental, comprovada mediante exame
médico;
V - ter atendido às condições prescritas em Lei para o cargo;

Art. 8º - Os cargos públicos serão providos por:


I - nomeação;
II - recondução;
III - readaptação;
IV - reversão;
V - reintegração;
VI - aproveitamento;
VII - promoção. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de
2005).

SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 9º - As normas gerais para a realização de concurso serão


estabelecidas em regulamento.
Parágrafo Único - Além das normas gerais, os concursos serão
regidos por instruções especiais, que deverão ser expedidas pelo órgão competente, com
ampla publicidade.

Art. 10 - Os limites de idade para inscrição em concurso público serão


fixados em Lei, de acordo com a natureza de cada cargo.

Art. 11 - O prazo de validade do concurso será de até 02 (dois) anos,


prorrogável, uma vez, por igual prazo.

SEÇÃO III
DA NOMEAÇÃO

Art. 12 - A nomeação será feita:

I - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de Lei,


assim deva ser provido;
II - em caráter efetivo, nos demais casos.

Parágrafo Único - Constará obrigatoriamente, no ato de nomeação


em caráter efetivo a expressão "para cumprir estágio probatório".

Art. 13 - A nomeação em caráter efetivo obedecerá a ordem de


classificação dos candidatos no concurso público.

SEÇÃO IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 14 - Posse é a aceitação expressa das atribuições deveres e


responsabilidades inerentes ao cargo público, com o compromisso de bem servir,
formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo compromissando.

§1º - A posse dar-se-á no prazo de até 10 (dez) dias contados da data


de publicação do ato de nomeação podendo, a pedido, ser prorrogado por igual período,
levando em conta o interesse da Administração.

§2º - O exame médico no serviço público municipal é válido por 30


(trinta) dias.

§3º - O Candidato julgado inapto poderá requerer em 10 (dez) dias, a


realização de novo exame médico, salvo se a incapacidade for declarada, inicialmente,
absoluta e permanente.

§4º - Será submetido a novo exame médico em prazo estabelecido a


critério médico, o candidato julgado temporariamente inapto.
§5º - No caso de cargo em comissão, o exame médico poderá ser
realizado até 30 (trinta) dias após a nomeação.

§6º - No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente,


declaração sobre o exercício de outro cargo, emprego ou função pública, e, nos casos que a
Lei indicar, declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio.

Art. 15 - Exercício é o desempenho das atribuições do cargo pelo


Servidor.

§1º - É de 05 (cinco) dias o prazo para o Servidor entrar em exercício,


contados da data da posse.

§2º - Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se não ocorrer a


posse e o exercício, nos prazos legais.

§3º - O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição para a qual o
Servidor for designado.

Art. 16 - Nos casos de reintegração, reversão e aproveitamento, o


prazo de que trata o 1º do artigo anterior será contado da data de publicação do ato.

Art. 17 - A promoção, a readaptação e a recondução, não


interrompem o exercício.

Art. 18 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão


registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo Único - Ao entrar em exercício o servidor apresentará ao


Órgão de Pessoal, os elementos necessários ao assentamento individual.

Art. 19 - O servidor que, por prescrição legal, deva prestar caução


como garantia, não poderá entrar em exercício sem prévia satisfação dessa exigência.

§1º - A caução poderá ser feita por uma das modalidades seguintes:
I - depósito em moeda corrente;
II - garantia hipotecária;
III - título da dívida pública;
IV - seguro fidelidade funcional, emitido por instituição legalmente
autorizada.

§2º - No caso de seguro, as contribuições referentes ao prêmio serão


descontados do servidor segurado em folha de pagamento.

§3º - Não poderá ser autorizado o levantamento da caução antes de


tomadas as contas do servidor.

§4º - O responsável por alcance ou desvio de material não ficará


isento da ação administrativa e criminal, ainda que o valor da caução seja superior ao
montante do prejuízo causado.
SEÇÃO V
DA ESTABILIDADE

Art. 20 - Adquire a estabilidade, após 02 (dois) anos de efetivo


exercício, o servidor nomeado por concurso público.

Parágrafo Único - No caso de acumulação legal, a estabilidade


verificar-se-á em cada cargo.

Art. 20 - O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, em


virtude de concurso público, adquire estabilidade, após 03 (três) anos de efetivo exercício,
na forma da Lei. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 21 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença


judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.

Art. 21 - O servidor estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Lei


Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
I – em virtude de sentença judicial transitado em julgado; (Acrescentado
pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; (Acrescentado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
III – mediante procedimento de avaliação periódica, de desempenho,
na forma de Lei complementar, assegurada ampla defesa; (Acrescentado pela Lei Municipal nº
077 de 27 de outubro de 2005).
IV – para cumprimento dos limites da despesa com pessoal, nos
termos da Constituição Federativa do Brasil, e Legislação correlata. (Acrescentado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 22 - Enquanto não adquirir a estabilidade, poderá o servidor ser


exonerado do interesse do serviço público nos seguintes casos:
I - inassiduidade;
II - indisciplina;
III - insubordinação;
IV - ineficiência;
V - falta de dedicação ao serviço; e
VI - má conduta.

§1º - Ocorrendo hipótese prevista neste artigo, o chefe imediato do


servidor representará à autoridade competente, a qual deverá dar vista ao servidor, a fim de
que o mesmo possa apresentar sua defesa, no prazo de 05 (cinco) dias.

§2º - Decorrido o prazo de defesa, apresentada ou não, e atendidas as


diligências eventualmente requeridas e determinadas, a autoridade competente decidirá no
prazo de 15 (quinze) dias, em ato motivado, pela exoneração do servidor, ou sua
manutenção no cargo, continuando, neste caso, sob observação.
SEÇÃO VI
DA RECONDUÇÃO

Art. 23 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado.

§1º - A recondução decorrerá de:


a) falta de capacidade e eficiência no exercício de outro cargo de
provimento efetivo; e
b) reintegração do anterior ocupante.

§2º - A hipótese de recondução de que trata a alínea "a" do parágrafo


anterior, será apurada nos termos dos parágrafos do Art. 22 e somente poderá ocorrer no
prazo de dois anos a contar do exercício em outro cargo.

§3º - Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do


cargo de origem, assegurados os direitos e vantagens decorrentes até o regular provimento.

SEÇÃO VII
DA READAPTAÇÃO

Art. 24 - Readaptação é a investidura do servidor em cargo de


atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica.

§1º - A readaptação será efetivada em cargo de igual padrão de


vencimento ou inferior.

§2º - Realizando-se a readaptação em cargo de padrão inferior, ficará


assegurado ao servidor vencimento correspondente ao cargo que ocupava.

§3º - Inexistindo vaga serão cometidas ao servidor as atribuições do


cargo indicado, até o regular provimento.

SEÇÃO VIII
DA REVERSÃO

Art. 25 - Reversão é o retorno do servidor aposentado por invalidez à


atividade no serviço público municipal, verificado, em processo, que não subsistem os
motivos determinantes da aposentadoria.

§1º - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, condicionada sempre à


existência de vaga.

§2º - Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão sem que,


mediante inspeção médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§3º - Somente poderá ocorrer reversão para o cargo anteriormente
ocupado ou, se transformado, no resultante da transformação.

Art. 26 - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a


aposentadoria do servidor que, dentro do prazo legal, não entrar no exercício do cargo para
o qual haja sido revertido, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado.

Art. 27 - Não poderá reverter o servidor que contar 70 (setenta) anos


de idade.

Art. 28 - A reversão dará direito à contagem do tempo em que o


servidor esteve aposentado, exclusivamente para nova aposentadoria.

Art. 28 - A reversão não dará direito à contagem do tempo em que o


servidor esteja aposentado para qualquer fim. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de
outubro de 2005).

SEÇÃO IX
DA REINTEGRAÇÃO

Art. 29 - Reintegração é a investidura do servidor estável no cargo


anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão por decisão judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.

Parágrafo Único - Reintegrado o servidor e não existindo vaga,


aquele que houver ocupado o cargo será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

SEÇÃO X
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Art. 30 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade com remuneração.

Art. 31 - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á


mediante aproveitamento em cargo equivalente por sua natureza e redistribuição àquele de
que era titular.

Parágrafo Único - No aproveitamento, terá preferência o que estiver


há mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o que contar mais tempo de
serviço público municipal.
Art. 32 - O aproveitamento, de servidor que se encontre em
disponibilidade há mais de 12 (doze) meses dependerá de prévia comprovação de sua
capacidade física e mental, por junta médica oficial.

Parágrafo Único - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em


disponibilidade será aposentado.

Art. 33 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a


disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, contado da publicação
do ato de aproveitamento, salvo doença comprovada por inspeção médica.

SEÇÃO XI
DA PROMOÇÃO

Art. 34 - Promoção é o ato pelo qual o servidor detentor de cargo de


provimento efetivo ascende à faixa salarial imediatamente superior do grupo a que pertence.

Art. 34 - Promoção é o ato pelo qual o servidor detentor de cargo de


provimento efetivo ascende ao nível salarial imediatamente superior, dentro da faixa salarial
a que pertence. (Redação dada pela Lei Municipal nº 020 de 13 de maio de 1998)

Art. 35 - A promoção dar-se-á obedecidos os critérios do merecimento


e da antigüidade.

Parágrafo Único - A promoção por antigüidade se dará


automaticamente, a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício público municipal.

Parágrafo Único - A promoção por antigüidade dar-se-á


automaticamente, a cada 07 (sete) anos de efetivo exercício público municipal. (Redação
dada pela Lei Municipal nº 020 de 13 de maio de 1998).

Art. 36 - O merecimento, para fins de promoção, terá em conta dados


objetivos que revelem, de parte do servidor, o desempenho das atribuições do cargo
ocupado e a eficiência no desenvolvimento de suas funções.

Art. 37 - A antigüidade, para fins de promoção, será apurada pelo


tempo de efetivo exercício do servidor na faixa salarial do grupo a que pertence e, havendo
empate, a seguir, sucessivamente:

I - no grupo; (Revogado pela Lei Municipal nº 020 de 13 de maio de 1998).


II - no serviço público municipal; (Revogado pela Lei Municipal nº 020 de
13 de maio de 1998).
III - no serviço público em geral. (Revogado pela Lei Municipal nº 020 de
13 de maio de 1998).

Parágrafo Único - Persistindo a igualdade, o desempate se dará em


favor do mais idoso. (Revogado pela Lei Municipal nº 020 de 13 de maio de 1998).
Art. 37 - A antigüidade, para fins de promoção, será apurada pelo
tempo de efetivo exercício do servidor, na faixa salarial do grupo a que pertence. (Redação
dada pela Lei Municipal nº 020 de 13 de maio de 1998).

Art. 38 - Nenhum servidor concorrerá às promoções pelos critérios de


antigüidade e do merecimento sem que tenha no mínimo, 02 (dois) anos de efetivo exercício
na faixa salarial.

Parágrafo Único - As promoções subseqüentes dar-se-ão observado


o intervalo de, no mínimo, 01 (um) ano.

Art. 39 - A primeira promoção para os atuais servidores integrantes do


quadro instituído pela presente Lei, dar-se-ão a contar da data de promulgação da mesma,
dispensado o interstício da que trata o artigo anterior desta Lei.

Art. 40 - O servidor será avaliado anualmente desde que conte, no


mínimo, 01 (um) ano de efetivo exercício na faixa salarial, após cumprido o estágio
probatório.

Art. 41 - Para apuração anual do merecimento será considerado o


exercício dos últimos 12 (doze) meses do servidor no cargo.

Art. 42 - Não contam para a promoção os títulos utilizados para


ingresso na carreira, nos termos do regulamento.

Art. 43 - As promoções serão regulamentadas pela Coordenação de


Recursos Humanos da Secretaria de Administração e aprovadas pelo Chefe do Poder
Executivo.

Art. 44 - O professor, quando cedido para desempenhar atividades de


regência de classe, não sofrerá prejuízo em sua carreira e contará o tempo de cedência
para mudança de faixa salarial. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 45 - O professor cedido perde a designação, porém continua


efetivo na Secretaria Municipal de Educação e Cultura. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de
27 de outubro de 2005).

Parágrafo Único - Terminado o período de cedência, que deverá ser


de até 01 (um) ano, o professor será designado para uma unidade escolar a critério da
Secretaria Municipal de Educação e Cultura, salvo se não for renovada a cedência.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA

Art. 46 - A vacância do cargo decorrerá de:

I - exoneração;
II - demissão;
III - readaptação;
IV - recondução;
V - aposentadoria;
VI - falecimento;
VII - promoção. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de
2005).

Art. 47 - Dar-se-á a exoneração:

I - a pedido;

II - de ofício quando:
a) - se tratar de cargo em comissão;
b) - de servidor conforme art. 22, e de servidor estável conforme
art. 21, desta Lei;
c) - ocorrer posse de servidor em outro cargo inacumulável, observado
o disposto nos parágrafos 1º e 2º do Art. 147 desta Lei.

Art. 48 - A abertura de vaga ocorrerá na data de publicação da Lei que


criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das hipóteses previstos no artigo anterior.

Art. 49 - A vacância de função gratificada dar-se-á por dispensa, a


pedido, ou de ofício, ou pós destituição.

Parágrafo Único - A destituição será aplicada como penalidade, nos


casos previstos nesta Lei.

TÍTULO III
DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS

CAPÍTULO I
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 50 - Dar-se-á a substituição de titular de cargo em comissão ou de


função gratificada durante o seu impedimento legal.

Art. 51 - O substituto fará jus ao vencimento do cargo em comissão ou


do valor da função gratificada, se a substituição ocorrer por prazo igual ou superior a 07
(sete) dias, com remuneração proporcional ao período da substituição.
CAPÍTULO II
DA REMOÇÃO

Art. 52 - Remoção é o deslocamento do servidor de uma para outra


repartição, em cargos compatíveis.

§1º - A remoção poderá ocorrer:

I - a pedido, atendida a conveniência do serviço;


II - de ofício, no interesse da administração.

Art. 53 - A remoção será feita por ato da autoridade competente.

Art. 54 - A remoção por permuta será precedida de requerimento


firmado por ambos os interessados.

CAPÍTULO III
DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Art. 55 - O exercício de função de confiança pelo servidor público,


poderá ocorrer sob a forma de função gratificada.

Art. 56 - A função gratificada é instituída por Lei para atender


encargos de direção, chefia ou assessoramento, que não justifiquem a criação de cargo em
comissão.

Art. 56 - A função gratificada é instituída por lei para atender encargos


de direção, chefia ou assessoramento, que não justifiquem a criação de cargo em comissão.
(Redação dada pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004).

§ 1o- O servidor detentor de cargo de provimento efetivo, que contar


com mais de 11 (onze) anos consecutivos de serviços prestados ao Município, e que vier a
exercer ou tenha exercido, outro cargo de confiança, sob a forma de função gratificada, por
10 (dez) anos completos, consecutivos ou não, terá adicionada ao vencimento de cargo de
provimento efetivo, a importância equivalente a 100% (cem por cento) do valor da função
gratificada. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004).

§ 2º - Para efeito da percepção da vantagem prevista nesta Lei, será


contado também o tempo que o servidor tiver exercido funções gratificadas anteriores a sua
entrada em vigor, desde que esteja no exercício de função gratificada nos últimos (02) dois
anos anteriores à incorporação, proporcional ao tempo de contribuição ao FAPS.
(Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004).

§ 3o - A vantagem de que trata esta Lei, somente será paga a partir da


data em que o servidor retornar ao exercício do cargo de provimento efetivo ou,
permanecendo no exercício de função gratificada, optar pelos vencimentos e vantagens do
cargo de provimento efetivo, ou a partir da data da concessão da aposentadoria se ainda
não tiver incorporado a referida vantagem. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de
março de 2004).

§ 4º - Quando mais de uma função gratificada tiver o servidor exercido,


servirá de base para incorporação o valor da função que tenha desempenhado por mais
tempo. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004).

§ 5º - O servidor no gozo da vantagem que trata esta Lei, investido


novamente em posto de confiança, perderá a vantagem enquanto durar a investidura, salvo
se optar pelas vantagens do cargo efetivo. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de
março de 2004).

§ 6º - O cálculo da vantagem levará sempre em conta os valores


atualizados dos vencimentos, dos adicionais incorporados ao vencimento e das funções
gratificadas. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004).

Art. 57 - A designação para o exercício da função gratificada, que


nunca será cumulativa com o cargo em comissão, será feita por ato expresso da autoridade
competente.

Art. 58 - O valor da função gratificada será percebido cumulativamente


com o vencimento do cargo de provimento efetivo.

Art. 59 - O valor da função gratificada continuará sendo percebido pelo


servidor que, sendo seu ocupante, estiver ausente em virtude de férias, luto, casamento,
licença para tratamento de saúde, licença à gestante ou paternidade, serviços obrigatórios
por Lei ou atribuições decorrentes de seu cargo ou função.

Art. 60 - Será tornada sem efeito a designação do servidor que não


entrar no exercício da função gratificada no prazo de 02 (dois) dias a contar do ato de
investidura.

Art. 61 - O provimento de função gratificada, poderá recair também em


servidor de outra entidade pública posto à disposição da Prefeitura, sem prejuízo de seus
vencimentos.

TÍTULO IV
DO REGIME DE TRABALHO

CAPÍTULO I
DO HORÁRIO E DO PONTO

Art. 62 - O Prefeito determinará, quando não estabelecido em Lei ou


regulamento, o horário de expediente das repartições.
Art. 63 - O horário normal de trabalho de cada cargo ou função é o
estabelecido na legislação específica, não podendo ser superior a 08 (oito) horas diárias e a
40 (quarenta) horas semanais.

Parágrafo Único - Além do cumprimento estabelecido neste artigo,


o exercício de cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço,
podendo o servidor ser convocado sempre que houver interesse da Administração.

Art. 64 - Atendendo à conveniência ou à necessidade do serviço,


poderá ser instituído sistema de compensação de horário, hipótese em que a Jornada diária
poderá ser superior à oito horas, sendo o excesso de horas compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, observada sempre a jornada máxima semanal.

Art. 65 - A freqüência do servidor será controlada:


I - pelo ponto;
II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos servidores
não sujeitos ao ponto.

§1º - Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o


comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica, diariamente, a sua entrada e
saída.

CAPÍTULO II
DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 66 - A prestação de serviços extraordinários só poderá ocorrer por


expressa determinação da autoridade competente, mediante solicitação fundamentada do
chefe da repartição, ou de ofício, mediante acordo.

§1º - O serviço extraordinário será remunerado por hora de trabalho


que exceda o período normal.

§1° - O serviço extraordinário será remunerado por hora de trabalho


que exceda o período normal, com acréscimo de 50% em relação à remuneração da hora
normal. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§ 2º - Salvo casos excepcionais, devidamente justificados, não poderá


o trabalho em horário extraordinário exceder a 02 (duas) horas diárias.

Art. 67 - O serviço extraordinário, excepcionalmente, poderá ser


realizado sob forma de plantões para assegurar o funcionamento dos serviços municipais
ininterruptos.

Art. 68 - O exercício de cargo em comissão ou de função gratificada,


não sujeito ao controle de ponto, exclui a remuneração por serviço extraordinário.
CAPÍTULO III
DO REPOUSO SEMANAL

Art. 69 - O servidor tem direito a repouso remunerado, num dia de


cada semana, preferencialmente aos domingos, bem como nos dias de feriados civis e
religiosos.

§1º - A remuneração do dia de repouso corresponderá a um dia


normal de trabalho.

Art. 70 - Perderá a remuneração do repouso o servidor que tiver


faltado, sem motivo justificado, ao serviço, durante a semana, mesmo que em apenas um
turno.

Parágrafo Único - São motivos justificados as concessões, licenças e


afastamento previstos em Lei, nos quais o servidor continua com direito ao vencimento
normal, como se em exercício estivesse.

Art. 71 - Nos serviços públicos ininterruptos poderá ser exigido o


trabalho nos dias feriados civis e religiosos, hipótese em que as horas trabalhadas serão
pagas com acréscimo, salvo a concessão de outro dia de folga compensatória.

TÍTULO V
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 72 - Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo efetivo


exercício do cargo, correspondente ao valor básico fixado em lei.

Art. 73 - Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens


pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas em Lei.

Art. 74 - O total dos valores percebidos, mensalmente, como


remuneração, em espécie, a qualquer título, por servidor público municipal, não poderá ser
superior aos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, para
Secretário Municipal, e em qualquer hipótese, pelo Prefeito, excluindo-se do teto de
remuneração a gratificação natalina, o adicional noturno, o prêmio por assiduidade e a
diferença de caixa.

Art. 74 - Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, a título de


remuneração ou subsídios, importância maior do que o fixado como limite pela Constituição
Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
Parágrafo Único - Excluem-se do teto de remuneração previsto neste
artigo as diárias de viagem, o prêmio por assiduidade, o auxílio para diferença de caixa e o
acréscimo constitucional de 1/3 de férias. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de
outubro de 2005).

Art. 75 - O servidor perderá:


I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, bem como dos dias
de repouso da respectiva semana, sem prejuízo da penalidade cabível;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos,
ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 30 (trinta) minutos, sem prejuízo da
penalidade disciplinar cabível;
III - metade da remuneração na hipótese prevista no parágrafo único
do art. 145.

Art. 76 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum


desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

Parágrafo Único - Mediante autorização do servidor, poderá haver


consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com
reposição de custos, até o limite de 30 (trinta) por cento da remuneração.

Art. 77 - As reposições devidas à Fazenda Municipal poderão ser


feitas em parcelas mensais, corrigidas monetariamente, e mediante desconto em folha de
pagamento.

§1º - O valor de cada parcela não poderá exceder a 20% (vinte) por
cento da remuneração do servidor.

§2º - O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a importância


do prejuízo causado à Fazenda Municipal em virtude de alcance ou desfalque.

Art. 78 - O servidor em débito com o Erário que for demitido,


exonerado ou que tiver a sua disponibilidade cassada, terá de repor a quantia de uma só
vez.

Parágrafo Único - A não quitação do débito implicará em sua


inscrição em dívida ativa e cobrança judicial.

CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS

Art. 79 - Além do vencimento, o servidor terá as seguintes vantagens:


I - indenizações;
II - gratificações e adicionais;
III - auxílio para diferença de caixa;
IV - licença - prêmio.
§1º - As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento
para qualquer efeito.

§2º - As gratificações, os adicionais e os auxílios incorporam-se ao


vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em Lei.

Art. 80 - As vantagens pecuniárias não serão computadas nem


acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

SEÇÃO I
DAS INDENIZAÇÕES

Art. 81 - Constituem indenizações ao servidor:


I - diárias;
II - ajuda de custo;
III - transporte.

SUBSEÇÃO I
DAS DIÁRIAS

Art. 82 - Ao servidor que, por determinação da autoridade competente,


se deslocar eventual ou transitoriamente do Município, no desempenho de suas atribuições,
ou em missão ou estudo de interesse da administração, serão concedidas, além do
transporte, diárias para cobrir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.

§1º - Nos casos em que o deslocamento não exige pernoite fora da


sede, mas exige pelo menos uma das refeições, as diárias serão pagas por metade.

§2º - Nos deslocamentos para a capital do Estado, e para fora deste,


as diárias serão acrescidas, respectivamente, de 25% (vinte e cinco por cento) e 50%
(cinqüenta por cento), em consideração a cada valor base.

§2º - Nos deslocamentos para a capital do Estado, e para fora deste,


as diárias serão acrescidas, de 50% (cinqüenta por cento) em consideração a cada valor
base. (Redação dada pela Lei Municipal nº 040 de 04 de junho de 2008).

§3º - O valor das diárias será estabelecido por Decreto.

Art. 83 - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por


qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo, de 03 (três) dias.

Parágrafo Único - Na hipótese de o servidor retornar ao Município em


prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em
excesso, em igual prazo.
SUBSEÇÃO II
DA AJUDA DE CUSTO

Art. 84 - A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas de viagem e


instalação do servidor que for designado para exercer missão ou estudo fora do Município
por tempo que justifique a mudança temporária de residência.

Parágrafo Único - A concessão da ajuda de custo ficará a critério da


autoridade competente, que considerará os aspectos relacionados com a distância
percorrida, o número de pessoas que acompanharão o Servidor e a duração da ausência.

Art. 85 - A ajuda de custo não poderá exceder o dobro do vencimento


do servidor, salvo quando o deslocamento for para o exterior, caso em que poderá ser de
até 04 (quatro) vezes o vencimento, desde que arbitrada justificadamente.

SUBSEÇÃO III
DO TRANSPORTE

Art. 86 - Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que


realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de
serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, nos termos da Lei específica.

§1º - Somente fará jus a indenização de transporte pelo seu valor


integral, o servidor que no mês, haja efetivamente realizado serviço externo, durante pelo
menos 20 (vinte) dias.

§2º - Se o número de dias do serviço externo for inferior ao previsto no


parágrafo anterior, a indenização será devida na proporção de 1/20 (um vinte avos) por dia
de realização do serviço.

SEÇÃO II
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 87 - Constituem gratificações e adicionais dos servidores


municipais:
I - gratificação natalina;
II - adicional por tempo de serviço;
III - adicional pelo exercício de atividades em condições penosas,
insalubres ou perigosas;
IV - adicional noturno.

SUBSEÇÃO I
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 88 - A gratificação natalina correspondente a 1/12 (um doze avos)
da remuneração a que o servidor fizer jus ao mês de dezembro, por mês de exercício, no
respectivo ano.

§1º - Os adicionais de insalubridade, periculosidade, penosidade e


noturno, as gratificações e o valor de função gratificada, serão computados na razão de 1/12
(um doze avos) de seu valor vigente em dezembro, por mês de exercício em que o servidor
percebeu a vantagem, no ano correspondente.

§1º – Os adicionais e gratificações previstas na presente Lei e no


Plano de Cargos e Salários dos Servidores Públicos do Município serão computados na
razão de 1/12 (um doze avos) de seu valor vigente em dezembro, por mês de exercício em
que o servidor percebeu a vantagem, no ano correspondente. (Redação dada pela Lei
Municipal nº 085 de 06 de novembro de 2009).

§2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício no


mesmo mês será considerada como mês integral.

§3º – Os valores recebidos a título de remuneração por serviço


extraordinário serão computados na razão de 1/12 (um doze avos) de seu valor vigente em
dezembro, por mês de exercício em que o servidor percebeu a remuneração, no ano
correspondente. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 085 de 06 de novembro de 2009).

Art. 89 - A gratificação natalina será paga até o dia 20 (vinte) do mês


de dezembro de cada ano, para todo o servidor público, ativo, inativo e pensionista.

Parágrafo único - Entre os meses de julho e novembro, o Município


pagará como adiantamento da gratificação referida, de uma só vez, metade da remuneração
percebida no mês anterior. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 90 - O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina,


proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês
da exoneração.

Art. 91 - A gratificação natalina não será considerada para cálculo de


qualquer vantagem pecuniária.

SUBSEÇÃO II
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 92 - O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 5%


(cinco por cento) a cada 05 anos de serviço público prestado à Prefeitura, incidente sobre o
vencimento do servidor ocupante de cargo efetivo.

§1º - Será computado todo o tempo de serviço público prestado à


Prefeitura qualquer que tenha sido a forma de admissão.
§1º - Será computado todo o tempo de serviço público prestado à
Prefeitura qualquer que tenha sido a forma de admissão, desde que sem solução de
continuidade com o atual. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§2º - O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar


o quinqüênio.

SUBSEÇÃO III
DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Art. 93 - Os servidores que exercerem atividades penosas, insalubres


ou perigosas, fazem jus a um adicional sobre o salário básico.

Parágrafo Único -- As atividades penosas, insalubres ou perigosas


serão definidas em Lei própria.

Art. 94 - Os adicionais de penalidade, insalubridade e periculosidade


não são acumuláveis, cabendo ao servidor optar por um deles, quando for o caso.

Art. 95 - O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou


periculosidade, cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a
sua concessão.

Art. 95 – O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou


periculosidade, cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a
sua concessão. (Redação dada pela Lei Municipal nº 085 de 14 de setembro de 2010).

Parágrafo Único – No período em que o servidor encontrar-se em


licença para tratamento de saúde ou licença por acidente em serviço, receberá a título de
adicional de insalubridade, o valor correspondente a média dos valores recebidos nos
últimos 12 (doze) meses anteriores a licença. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 085 de 14 de
setembro de 2010).

SUBSEÇÃO IV
DO ADICIONAL NOTURNO

Art. 96 - O servidor que prestar trabalho noturno fará jus a um


adicional de 20% (vinte por cento) sobre o vencimento do cargo.

§1º - Considera-se trabalho noturno, para efeitos deste artigo, o


executado entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e às 5 (cinco) horas do dia seguinte.

§2º - Nos horários mistos, assim entendidos os que proporcionalmente


às horas de trabalho noturno, o adicional será pago proporcionalmente às horas de trabalho
noturno.
SEÇÃO III
DO PRÊMIO POR ASSIDUIDADE DA LICENÇA - PRÊMIO

Art. 97 - Após cada 05 (cinco) anos ininterruptos de serviço prestado à


Prefeitura, a contar da investidura em cargo de provimento efetivo, o servidor optará por 3
(três) meses de licença com a remuneração do cargo efetivo ou fará jus ao prêmio por
assiduidade de valor igual a um mês de vencimento do seu cargo efetivo.

§1º - O tempo de licença-prêmio não gozado pelo servidor, mediante


requerimento, será contado em dobro para efeito de aposentadoria. (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§2º - A licença-prêmio será gozada de uma só vez o ou em parcelas,


nunca inferior a um mês, e será definida de acordo com o interesse do serviço, através de
despacho da chefia competente.

§3º - Terá preferência para entrar em gozo de licença-prêmio, o


servidor que requerer mediante prova de moléstia.

Art. 98 - Interrompem o quinqüênio, para efeitos do artigo anterior, as


seguintes ocorrências:

I - penalidade disciplinar de suspensão;

II - afastamento do cargo em virtude de:


a) - licença para tratar de interesses particulares;
b) - licença para tratamento em pessoa da família;
c) - condenação à pena privativa de liberdade por sentença definitiva;
d) - desempenho de mandato classista; e
e) - licença para atividade política.

Parágrafo Único - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a


concessão do prêmio previsto neste artigo, na proporção de um mês para cada falta, e as
licenças para tratamento de saúde excedente de 90 (noventa) dias, consecutivos ou não,
salvo se decorrentes de acidente em serviço ou moléstia profissional, protelam a concessão
da licença em período igual ao número de dias de licença.

Art. 98 – Interrompem o quinqüênio para efeitos do artigo anterior, as


seguintes ocorrências: (Redação dada pela Lei Municipal nº 087 de 18 de setembro de 2002).

I – penalidade disciplinar de suspensão; (Redação dada pela Lei


Municipal nº 087 de 18 de setembro de 2002).
II – afastamento do cargo em virtude de: (Redação dada pela Lei
Municipal nº 087 de 18 de setembro de 2002).
a) licença para tratar de interesses particulares;
b) condenação à pena privativa de liberdade por sentença
definitiva;
c) licença para atividade política.

Parágrafo único - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a


concessão do prêmio previsto neste artigo, na proporção de 1 mês para cada falta, e as
licenças para tratamento de saúde do servidor ou por motivo de doença em pessoa de sua
família, excedente de 90 dias, consecutivos ou não, salvo se decorrentes de acidente em
serviço ou moléstia profissional, protelam a concessão da licença em período igual ao
número de dias da licença. (Redação dada pela Lei Municipal nº 087 de 18 de setembro de 2002).

SEÇÃO IV
DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA

Art. 99 - O servidor que, por força das atribuições próprias de seu


cargo, pague ou receba em moeda corrente, perceberá um auxílio para diferença de caixa,
no montante de 10% (dez por cento) do vencimento.

§1º - O servidor que estiver respondendo legalmente pelo tesoureiro


ou caixa durante os impedimentos legais deste, fará jus ao pagamento do auxílio.

§2º - O auxílio de que trata este artigo só será pago enquanto o


servidor estiver efetivamente executando serviços de pagamento ou recebimento e nas
férias regulamentares.

CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS

SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS

Art. 100 - O servidor gozará obrigatória e anualmente 30 (trinta) dias,


consecutivos de férias.

§1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.

§2º - Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o


servidor direito a férias.

§3º - Perderá o direito a férias o servidor que, no ano anterior, ao que


deveria gozá-las, tiver incorrido em mais de 30 (trinta) faltas, não justificadas, ao trabalho.

§4º - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de


calamidade pública, comoção interna ou por motivo de superior interesse público.

Art. 101 - Não serão consideradas falta ao serviço as concessões,


licenças e afastamentos previstos em Lei, nos quais o servidor continua com direito ao
vencimento normal, como se em exercício estivesse.

Art. 102 - O tempo de serviço anterior será somado ao posterior para


fins de aquisição do período aquisitivo de férias nos casos de licenças previstas nos incisos
II, III e V do art. 107.
Art. 103 - Não terá direito a férias o servidor que, no curso do
período aquisitivo tiver gozado licenças para tratamento de saúde, por acidente em
serviço ou por motivo de doença em pessoa da família, por mais de 6 (seis) meses embora
descontínuos, e licença para tratar de interesses particulares por qualquer prazo.

Parágrafo Único - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo


quando o servidor, após o implemento de condições previstas neste artigo, retornar ao
trabalho.

Art. 104 - A concessão das férias, mencionado o período de gozo,


será participado, por escrito, ao servidor, com antecedência de, no mínimo 30 (trinta) dias,
cabendo a este assinar a respectiva notificação.

Art. 105 - O servidor perceberá até o início das férias a remuneração


integral, acrescida de 1/3 (um terço).

§1º - Os adicionais, exceto o por tempo de serviço que será


computado sempre integralmente, as gratificações e o valor de função gratificada não
percebidos durante todo o período aquisitivo, serão computados proporcionalmente,
observados os valores atuais.

§2º - O pagamento da remuneração das férias por solicitação do


servidor, poderá ser feito dentro dos 5 (cinco) dias anteriores ao início do gozo.

SEÇÃO II
DOS EFEITOS NA EXONERAÇÃO

Art. 106 - No caso de exoneração será devida ao servidor a


remuneração correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.

Parágrafo Único - O servidor exonerado após 12 (doze) meses de


serviço, terá direito também à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze)
dias.

CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 107 - Conceder-se-á licença ao servidor:


I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - para serviço militar;
III - para concorrer a cargo eletivo;
IV - para tratar de interesses particulares;
V - para desempenho de mandato classista.

§1º - O servidor não poderá permanecer em licença da mesma


espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III e
V.

§2º - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de


outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

SEÇÃO II
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA EM FAMÍLIA

Art. 108 - Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo de


doença do cônjuge ou companheiro, do pai ou da mãe, de filho ou enteado e de irmão,
mediante comprovação médica oficial do Município.

§1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do


servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do
cargo, o que deverá ser apurado, através acompanhamento, pela Administração Municipal.

§2º - A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração, até 1


(um) mês, e, após, com os seguintes descontos:

I - de 1/3 (um terço), quando exceder a um mês e até dois meses;


II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a 2 (dois) meses até 5 (cinco)
meses;
III - sem remuneração, a partir do 6º (sexto) mês até o máximo de 2
(dois) anos.

§3º - O servidor, pai, mãe ou responsável por excepcional, físico ou


mental, em tratamento, fica autorizado a se afastar do cargo, quando necessário, ou seja, po
período de 50% (cincoenta por cento), de sua carga normal cotidiana, na forma da Lei.

Art. 108 - omissis (Redação dada pela Lei Municipal nº 087 de 18 de


setembro de 2002).
§1° - omissis
§2° - omissis
§ 2º - A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração, até 3
(três) meses, e, após, os seguintes descontos: (Acrescentado pela Lei Municipal nº 043 de 11 de
junho de 2008).
I – de 1/3 (um terço), quando exceder 3 (três) meses até 4 (quatro)
meses; (Acrescentado pela Lei Municipal nº 043 de 11 de junho de 2008).
II – de 2/3 (dois terços), quando exceder a 4 (quatro) meses até 6
(seis) meses; (Acrescentado pela Lei Municipal nº 043 de 11 de junho de 2008).
III – sem remuneração, a partir do 7º (sétimo) mês até o máximo de 2
(dois) anos. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 043 de 11 de junho de 2008).

§3° - omissis
§4° - No caso de licença em período não superior a 15 dias
ininterruptos, o ato administrativo de deferimento da mesma, após cumpridas as exigências
legais, poderá ser emitido pelo servidor público municipal efetivo, que tenha efetuado a
perícia médica, e atestado a necessidade da licença. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 087
de 18 de setembro de 2002).
§5° - Para os demais casos não enquadrados no parágrafo anterior, a
licença deverá ser objeto de Portaria emitida pelo Prefeito Municipal. (Acrescentado pela Lei
Municipal nº 087 de 18 de setembro de 2002).

SEÇÃO III
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 109 - Ao servidor que for convocado para o serviço militar ou


outros encargos de Segurança Nacional, será concedida licença sem remuneração.

§1º - A licença será concedida à vista de documento oficial que


comprove a convocação.

§2º - O servidor desincorporado em outro Estado da Federação deverá


reassumir o exercício do cargo dentro do prazo de 30 (trinta) dias; se a desincorporação
ocorrer dentro do Estado o prazo será de 15 (quinze) dias.

SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO PÚBLICO ELETIVO E EXERCÊ-LO

Art. 110 - O servidor que concorrer a cargo público eletivo será


licenciado na forma da legislação eleitoral.

Art. 111 - Eleito, o servidor ficará afastado do cargo a partir da posse.

Parágrafo Único - O servidor provido em comissão ou em função


gratificada, uma vez eleito, será exonerado ou dispensado.

Art. 112 - Ao servidor investido em mandato eletivo, aplica-se as


seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato Federal, Estadual ou Distrital, ficará


afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens do seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

Parágrafo Único - No caso de afastamento do cargo, o servidor


continuará contribuindo para a previdência e assistência a que estiver vinculado, como se
em exercício estivesse.
SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 113 - A critério da administração, poderá ser concedida, ao


servidor estável, licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos
consecutivos, sem remuneração e contagem por tempo de serviço.

§1º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço, desde que requerida com antecedência de 60
(sessenta) dias.

§2º - Não se concederá a licença a servidor nomeado ou removido,


antes de completar 1 (um) ano de exercício no novo cargo ou repartição.

§3º -Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos


do término ou interrupção da anterior.

Art. 113 - A critério da Administração, poderá ser concedida ao


servidor estável, licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos
consecutivos, sem remuneração e contagem por tempo de serviço. (Redação dada pela Lei
Municipal nº 076 de 20 de novembro de 2003).

§1° - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço, desde que requerida com antecedência de 60
(sessenta) dias. (Redação dada pela Lei Municipal nº 076 de 20 de novembro de 2003).

§2° - Não se concederá a licença a servidor nomeado ou removido,


antes de completar 1 (um ) ano de exercício no novo cargo ou repartição. (Redação dada pela
Lei Municipal nº 076 de 20 de novembro de 2003).

§3° - Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos


do término ou interrupção da anterior. (Redação dada pela Lei Municipal nº 076 de 20 de
novembro de 2003).

§4° - O servidor, ainda que não estável, poderá solicitar licença para
acompanhar o cônjuge, quando este for funcionário público federal, estadual , ou de
autarquias estaduais, federais e empresas mistas, quando o mesmo comprovar
transferência de trabalho para outro Município. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 076 de 20 de
novembro de 2003).

§5º - A licença para acompanhar o cônjuge, a qual somente será


deferida em não havendo prejuízo na continuidade dos serviços públicos, poderá ter o prazo
de até 4 (quatro) anos. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 076 de 20 de novembro de 2003).

§6° - No caso do parágrafo 4º, em sendo deferida a licença, a critério


da administração, a servidor não estável, ficará suspensa, durante o prazo da licença, a
avaliação do estágio probatório. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 076 de 20 de novembro de
2003).
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Art. 114 - É assegurado ao servidor o direito a licença para o


desempenho de mandato em confederação, federação ou sindicato representativo da
categoria, com opção de remuneração.

§1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos


executivos nas referidas entidades.

§2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser


prorrogada no caso de reeleição e por uma única vez.

CAPÍTULO V
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Art. 115 - O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados e dos Municípios, nas seguintes
hipóteses:
I - para exercício de função de confiança;
II - em casos previstos em Leis específicas; e
III - para cumprimento de convênio.

Parágrafo Único - Na hipótese do inciso I deste artigo, a cedência


será sem ônus para a Prefeitura e, nos demais casos, conforme dispuser a Lei ou Convênio.

Art. 115 - O servidor poderá ser cedido para Órgãos Públicos dos
Poderes União, Estado e Município, ou Estabelecimentos Privados, de caráter Assistencial e
Educacional obedecidas as seguintes hipóteses: (redação dada pela Lei Municipal nº 069 de 29
de dezembro de 1995)
I- “omissis”
II- “omissis”
III- “omissis”

Parágrafo Único – omissis (redação dada pela Lei Municipal nº 069 de 29


de dezembro de 1995)
§2º - VETADO (redação dada pela Lei Municipal nº 069 de 29 de dezembro
de 1995)

CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES

Art. 116 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do


serviço:
I - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, para doação
de sangue;
II - até 5 (cinco) dias consecutivos, por motivo de:
a) - casamento;
b) - paternidade;
c) - falecimento do cônjugue, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos ou enteados e irmãos;

Art. 117 - Poderá ser concedido horário especial ao servidor


estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo Único - Para efeitos do disposto neste artigo, será exigida


a compensação do horário na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.

CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 118 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias.

§1º - O número de dias será convertido em anos, considerados de 365


(trezentos e sessenta e cinco) dias.

§2º - Feita a conversão, os dias restantes até 182 (cento e oitenta e


dois), não serão computados, arredondando-se para 1 (um) ano quando excederem este
número, para efeito de cálculo de proventos de aposentadoria. (Revogado pela Lei Municipal nº
020 de 13 de maio de 1998).

Art. 119 - Além das ausências ao serviço previstas no art. 116, são
considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
II - convocação para o serviço militar;
III - júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
IV - licença:
a) - à gestante, à adotante e à paternidade;
b) - para tratamento de saúde, inclusive por acidente em serviço ou
moléstia profissional; e
c) - licença para tratamento de saúde de pessoa da família, quando
remunerada.

Art. 120 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e


disponibilidade o tempo:
I - de serviço público Federal, Estadual e Municipal, inclusive o
prestado às suas autarquias;
I – de contribuição previdenciária pública Federal, Estadual e
Municipal, inclusive o contribuído às suas autarquias. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077
de 27 de outubro de 2005).
II - de licença para desempenho de mandato classista;
III - de licença para concorrer a cargo eletivo; e
IV - em que o servidor esteve em disponibilidade remunerada.
Art. 121 - Para efeito de aposentadoria, será computado também o
tempo de serviço na atividade privada, nos termos da Legislação Federal pertinente.

Art. 121 - Para efeito de aposentadoria, será computado também o


tempo de contribuição previdenciária na atividade privada, nos termos da Legislação Federal
pertinente. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 122 - O tempo de afastamento para exercício de mandato eletivo


será contado na forma das disposições constitucionais ou legais específicas.

Art. 123 - É vedada a contagem acumulada de tempo de serviço


simultâneo.

CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 124 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir


reconsideração, recorrer e representar, em defesa de direito ou de interesse legítimo.

Parágrafo Único - As petições, salvo determinação expressa em Lei


ou regulamento, serão dirigidas ao Prefeito Municipal e terão decisão final no prazo de 30
(trinta) dias.

Art. 125 - O pedido de reconsideração deverá conter novos


argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a decisão ou ato.

Parágrafo Único - O pedido de reconsideração, que não poderá ser


renovado, será submetido à autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a
decisão ou praticado o ato.

Art. 126 - Caberá recurso ao Prefeito, como última instância


administrativa, sendo indelegável sua decisão.

Parágrafo Único -Terá caráter de recurso o pedido de reconsideração


quando o prolator do despacho, decisão ou ato houver sido o Prefeito.

Art. 127 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou


de recurso, é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
decisão recorrida.

Parágrafo Único - O pedido de reconsideração e o recurso não terão


efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 128 - O direito de reclamação administrativa prescreve, salvo


disposição legal em contrário, em 1(um) ano a contar do ato ou fato do qual se originar.
§1º - O prazo prescricional terá início na data da publicação do ato
impugnado ou da data da ciência, pelo interessado, quando o ato não for publicado.

§2º - O pedido de reconsideração e o recurso interrompem a


prescrição administrativa.

Art. 129 - A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor


que, se a solução não for de sua alçada, a encaminhará a quem de direito.

Parágrafo Único - Se não for dado andamento à representação,


dentro do prazo de 5 (cinco) dias, poderá o servidor dirigi-la direta e sucessivamente às
chefias superiores.

Art. 130 - É assegurado o direito de vistas do processo ao servidor ou


representante legal.

TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 131 - São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;


II - lealdade às instituições a que servir;
III - observância das normas legais e regulamentares;
IV - cumprimento às ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;

V - atender com presteza:


a) - ao público em geral, prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) - à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal; e
c) - às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades


de que tiver ciência em razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio
público;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder;
XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e
convenientemente trajado ou com o uniforme que for determinado;
XIV - observar as normas de segurança e medicina do trabalho
estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI)
que lhe forem fornecidos;
XV - manter espírito de cooperação e solidariedade com os colegas de
trabalho;
XVI - freqüentar cursos e treinamentos instituídos para seu
aperfeiçoamento e especialização;
XVII - apresentar relatórios ou resumos de suas atividades nas
hipóteses e prazos previstos em Lei ou regulamento, ou quando determinado pela
autoridade competente; e
XVIII - sugerir providências tendentes à melhoria ou aperfeiçoamento
do serviço.

Parágrafo Único - Será considerado como co-autor o superior


hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a respeito de irregularidades no
serviço ou falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências
necessárias a sua apuração.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 132 - É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão capaz de


comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia,
prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à Administração Pública, especialmente:
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo, ou execução se serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades
públicas ou atos do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral;
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos
em Lei, o desempenho de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado.
VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação a
associação profissional ou sindical, ou a partido político;
IX - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente
até segundo grau civil, salvo se decorrente de nomeação por concurso público;
X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes
até o segundo grau;
XII - receber propina, comissão, ou vantagem de qualquer espécie em
razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro,
sem licença prévia nos termos da Lei;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa no desempenho das funções;
XVI - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços
ou atividades particulares; e
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.

Art. 133 - É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do ponto


de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado.

CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 134 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§1º - Excetuam-se da regra deste artigo os casos previstos na


Constituição Federal, mediante comprovação escrita da compatibilidade de horários.

§2º - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e


funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedade de economia
mista, da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 135 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo


exercício irregular de suas atribuições.

Art. 136 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo e


comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao Erário ou a terceiros.

§1º - A indenização de prejuízo causado ao Erário poderá ser


liquidada na forma prevista no art. 77, desta Lei.

§2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor


perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e


contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 137 - A responsabilidade penal abrange os crimes e


contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade.

Art. 138 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omisso ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
Art. 139 - As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-
se, sendo independentes entre si.

Art. 140 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será


afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 141 - São penalidades disciplinares:


I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria e disponibilidade; e
V - destituição do cargo ou função de confiança.

Art. 142 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a


natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes.

Art. 143 - Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela
mesma infração.

Parágrafo Único - No caso de infrações simultâneas, a maior absorve


as demais, funcionando estas como agravantes na graduação da penalidade.

Art. 144 - Observado o disposto nos artigos precedentes, a pena de


advertência ou suspensão será aplicada, a critério da autoridade competente, por escrito, na
inobservância de dever funcional previsto em Lei, regulamento ou norma interna e nos
casos de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão.

Art. 145 - A pena de suspensão não poderá ultrapassar a 60


(sessenta) dias.

Parágrafo Único - Quando houver conveniência para o serviço, a


penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta) por
cento por dia de remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 146 - Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos


de:
I - crime contra a Administração Pública;
II - abandono de cargo;
III - indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas;
IV - inassiduidade ou impontualidade habituais;
V - improbidade administrativa;
VI - incontinência pública e conduta escandalosa;
VII - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo
em legítima defesa;
VIII - aplicação irregular de dinheiro Público;
IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções; e
XIII - transgressão do art. 132, incisos X e XVI.

Art. 147 - A acumulação de que trata o inciso XII do artigo anterior


acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo
de 5 (cinco) dias para opção.

§1º - Se comprovado que a acumulação se deu por má fé, o servidor


será demitido de ambos os cargos e obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres
públicos.

§2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos,


empregos ou funções, exercido na União, nos Estados, no Distrito Federal ou em outro
Município, a demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre
acumulação.

Art. 148 - A demissão nos casos do inciso V, VIII e X do art. 146


implica em indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal
cabível.

Art. 149 - Configura abandono de cargo a ausência intencional ao


serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 150 - A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente


será aplicada quando caracterizada a habitualidade de modo a representar séria violação
dos deveres e obrigações do servidor, após anteriores punições por advertência ou
suspensão.

Art. 151 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o


fundamento legal.

Art. 152 - Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar


provado que o inativo:
I - praticou, na atividade, falta punível com demissão;
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; e
III - praticou usura, em qualquer das suas formas.

Art. 153 - A pena de destituição de função de confiança será aplicada:


I - quando se verificar falta de exação no seu desempenho;
II - quando for verificado que, por negligência ou benevolência, o
servidor contribuiu para que não se apurasse, no devido tempo, irregularidade no serviço.
Parágrafo Único - A aplicação da penalidade deste artigo não
implicará em perda de cargo efetivo.

Art. 154 - O ato de aplicação de penalidade é de competência do


Prefeito Municipal.

Parágrafo Único - Poderá se delegada competência aos Secretários


Municipais para aplicação da pena de suspensão ou advertência.

Art. 155 - A demissão por infringência ao art. 132, incisos X e XI


incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo ou função pública da
Prefeitura, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo Único - Não poderá retornar ao serviço público municipal o


servidor que for demitido por infringência do art. 146, incisos I, V, VIII, X e XI.

Art. 156 - A pena de destituição de função de confiança implica na


impossibilidade de ser investido em funções dessa natureza durante o período de 2 (dois)
anos a contar do ato de punição.

Art. 157 - As penalidades aplicadas ao servidor serão registradas em


sua ficha funcional.

Art. 158 - A ação disciplinar prescreverá:


I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria e disponibilidade, ou destituição de função de confiança.
II - em 2 (dois) anos, quanto `a suspensão; e
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.

§1º - A falta também prevista na Lei penal como crime prescreverá


juntamente com este.

§2º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que a


autoridade tomar conhecimento da existência da falta.

§3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo


disciplinar interrompe a prescrição.

§4º - Na hipótese do parágrafo anterior, todo o prazo começa a correr


novamente, no dia da interrupção.

CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 159 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço
público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo
administrativo disciplinar.

§1º - As denúncias sobre irregularidade serão objeto de apuração,


desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por
escrito.

§2º - Quando o fato narrado, de modo evidente, não configurar


infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivado, por falta de objeto.

Art. 160 - As irregularidades e faltas funcionais serão apuradas por


meio de:

I - sindicância, quando não houver dados suficientes para sua


determinação ou para apontar o servidor faltoso;
II - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ação ou
omissão torne o servidor passível de demissão, cassação da aposentadoria ou da
disponibilidade.

SEÇÃO II
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 161 - A autoridade competente poderá determinar a suspensão


preventiva do servidor, até 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por mais trinta se,
fundamentalmente, houver necessidade de seu afastamento para apuração de falta a ele
imputada.

Art. 162 - O servidor terá direito:


I - à remuneração e à contagem do tempo de serviço relativo ao
período de suspensão preventiva, quando do processo não resultar punição ou esta se
limitar a pena de advertência.
II - à remuneração e à contagem do tempo de serviço correspondente
ao período de afastamento excedente ao prazo de suspensão efetivamente aplicada.

SEÇÃO III
DA SINDICÂNCIA

Art. 163 - A sindicância será cometida a servidor, podendo ser


dispensado de suas atribuições normais até a apresentação do relatório.

Parágrafo Único - A critério da autoridade competente, considerando


o fato a ser apurado, a função sindicante poderá ser atribuída a uma comissão de
servidores, até o máximo de 3 (três).
Parágrafo Único – A critério da autoridade competente, considerando
o fato a ser apurado, a função sindicante poderá ser atribuída a comissão de servidores,
composta de no máximo 05 (cinco). (Redação dada pela Lei Municipal nº 088 de 07 de outubro de
2010).

Art. 164 - O sindicante ou a comissão efetuará, de forma sumária, as


diligências necessárias ao esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável,
apresentando, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, relatório a respeito.

§1º - Preliminarmente, deverá ser ouvido o autor da representação e o


servidor implicado, se houver.

§2º - Reunidos os elementos apurados, o sindicante ou comissão


traduzirá no relatório as suas conclusões, indicando o possível culpado, qual a
irregularidade ou transgressão e o seu enquadramento nas disposições estatutárias.

Art. 165 - A autoridade, de posse do relatório, acompanhado dos


elementos que instruíram o processo, decidirá, no prazo de 5 (cinco) dias úteis:
I - pela aplicação de penalidade de advertência ou suspensão;
II - pela instauração de processo administrativo disciplinar; ou
III - arquivamento do processo.

§1º - Entendendo a autoridade competente que os fatos não estão


devidamente elucidados, inclusive na indicação do possível culpado devolverá o processo
ao sindicante ou comissão, para ulteriores diligências, em prazo certo, não superior a 5
(cinco) dias úteis.
§2º - De posse do novo relatório e elementos complementares, a
autoridade decidirá no prazo e nos termos deste artigo.

SEÇÃO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 166 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por


comissão de 3 (três) Servidores estáveis, designados pela autoridade competente que
indicará, dentre eles o seu presidente.

Parágrafo Único - A comissão terá como secretário, servidor


designado pelo presidente, podendo a designação recair em um dos membros.

Art. 166 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por


comissão de 05 (cinco) servidores estáveis, designados pela autoridade competente que
indicará, dentre eles o seu presidente. (Redação dada pela Lei Municipal nº 088 de 07 de outubro
de 2010).

Art. 167 - A comissão processante, sempre que necessário e


expressamente determinado no ato de designação, dedicará todo o tempo aos trabalhos do
processo, ficando os membros da comissão, em tal caso, dispensados dos serviços normais
da repartição.
Art. 168 - O processo administrativo será contraditório, assegurado
ampla defesa ao acusado, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 169 - Quando o processo administrativo disciplinar resultar de


prévia sindicância, o relatório desta integrará os autos, como peça informativa da instrução.

Parágrafo Único - Na hipótese do relatório da sindicância concluir


pela prática de crime, a autoridade competente oficiará à autoridade policial, para abertura
de inquérito, independente da imediata instauração do processo administrativo disciplinar.

Art. 170 - O prazo para a conclusão do processo não excederá 60


(sessenta) dias, contados da data do ato que constituir as comissões, admitida a
prorrogação por mais 30 (trinta) dias, quando as circunstâncias o exigirem, mediante
autorização da autoridade que determinou a sua instauração.

Art. 171 - As reuniões da comissão serão registradas em atas que


deverão detalhar as deliberações adotadas.

Art. 172 - Ao instalar os trabalhos da comissão, o Presidente


determinará a autuação da portaria e demais peças existentes e designará o dia, hora e
local para a primeira audiência e a citação do indicado.

Art. 173 - A citação do indiciado deverá ser feita pessoalmente e


contra recibo, com pelo menos, quarenta e oito horas de antecedência em relação à
audiência inicial a falta que lhe é imputada.

§1º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser


certificado, a vista de, no mínimo, 2 (duas) testemunhas.

§2º - Estando o indiciado ausente do Município, se conhecido seu


endereço, será citado por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o
comprovante do registro e o aviso de recebimento.

§3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será


citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais da Prefeitura, com prazo de 15
(quinze) dias.

Art. 174 - O indiciado poderá constituir procurador para fazer a sua


defesa.

Parágrafo Único - Em caso de revelia, o Presidente da comissão


processante designará, de ofício, um defensor.

Art. 175 - Na audiência marcada, a comissão promoverá o


interrogatório do indiciado, concedendo-lhe, em seguida o prazo de 3 (três) dias, com vista
do processo na repartição, para oferecer alegações escritas, requerer provas testemunhais,
até o máximo de 5 (cinco).
Parágrafo Único - Havendo mais de um indiciado, o prazo será
comum e de 6 (seis) dias, contados a partir da tomada de declaração do último deles.

Art. 176 - A comissão promoverá a tomada de depoimentos,


acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 177 - O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio


de procurador, assistir aos atos probatórios que se realizarem perante a comissão,
requerendo as medidas que julgar convenientes.

§1º - O presidente da comissão poderá indeferir pedidos considerados


impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos
fatos.

§2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a


comprovação do fato independer de conhecimento especial do perito.

Art. 178 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado


expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o "ciente" do intimado,
ser anexada aos autos.

Parágrafo Único - Se a testemunha for servidor público, a expedição


do mandato será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a
indicação do dia e hora marcados para a inquirição.

Art. 179 - O depoimento será prestado verbalmente e reduzido a


termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§1º - As testemunhas serão ouvidas separadamente, com prévia


intimação do indiciado ou de seu procurador.

§2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem,


proceder-se-á a acareação entre os depoentes.

Art. 180 - Concluída a inquirição de testemunhas, poderá a comissão


processante, se julgar útil ao esclarecimento dos fatos, reinterrogar o indiciado.

Art. 181 - Ultimada a instrução do processo, o indiciado será intimado


por mandado, pelo presidente da comissão, para apresentar defesa escrita no prazo de 10
(dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

Parágrafo Único - O prazo de defesa será comum e de 15 (quinze)


dias se forem 2 (dois) ou mais os indiciados.

Art. 182 - Após o decurso do prazo, apresentada a defesa ou não, a


comissão apreciará todos os elementos do processo, apresentando relatório, no qual
constará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi
acusado, as provas que instruíram o processo e as razões de defesa, propondo,
justificadamente, a absolvição ou punição do indiciado, e indicando a pena cabível e seu
fundamento legal.

Parágrafo Único - O relatório e todos os elementos dos autos serão


remetidos à autoridade que determinou a instauração do processo, dentro de 10 (dez) dias,
contados do término do prazo para apresentação da defesa.

Art. 183 - A comissão ficará à disposição da autoridade competente,


até a decisão final do processo, para prestar esclarecimento ou providência julgada
necessária.

Art. 184 - Recebidos os autos, a autoridade que determinou a


instauração do processo:
I - dentro de cinco dias;
a) - pedirá esclarecimentos ou providências que entender necessários,
à comissão processante, marcando-lhe prazo;
b) - encaminhará os autos à autoridade superior, se entender que a
pena cabível escapa à sua competência;
II - despachará o processo dentro de dez dias, acolhendo ou não as
conclusões da comissão processante, fundamentando o seu despacho se concluir
diferentemente do proposto.

Parágrafo Único - Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo para


decisão final será contado, respectivamente, a partir do retorno ou recebimento dos autos.

Art. 185 - Da decisão final, são admitidos os recursos previstos nesta


Lei.

Art. 186 - As irregularidades processuais que não constituam vícios


substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na apuração da verdade ou na decisão do
processo, não lhe determinarão a nulidade.

Art. 187 - O servidor que estiver respondendo a processo


administrativo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido do cargo, ou aposentado
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso
aplicada.

Parágrafo Único - Excetua-se o caso de processo administrativo


instaurado apenas para apurar o abandono de cargo, quando poderá haver exoneração a
pedido, a juízo da autoridade competente.

SEÇÃO V
DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 188 - A revisão do processo administrativo disciplinar poderá ser


requerida a qualquer tempo, uma única vez, quando:
I - a decisão for contrária ao texto de Lei ou à evidência dos autos;
II - a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos
falsos ou viciados;
III - forem aduzidas novas provas, suscetíveis de atestar a inocência
do interessado ou de autorizar diminuição da pena.

Parágrafo Único - A simples alegação de injustiça da penalidade não


constitui fundamento para a revisão do processo.

Art. 189 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao


requerente.

Art. 190 - O processo de revisão será realizado por comissão


designada segundo os moldes das comissões de processo administrativo e correrá em
apenso aos autos do processo originário.

Art. 191 - As conclusões da comissão serão encaminhadas à


autoridade competente, dentro de 30 (trinta) dias, devendo a decisão ser proferida,
fundamentadamente, dentro de 10 (dez) dias.

Art. 192 - Julgada procedente a revisão, será tornada insubsistente ou


atenuada a penalidade imposta, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa decisão.

TÍTULO VII
DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 193 - A Prefeitura manterá, mediante sistema contributivo, Plano


de Seguridade Social para o servidor submetido ao regime de que trata esta Lei, e para sua
família.

Art. 193 – O Regime de Previdência Social dos Servidores ocupantes


de cargos de provimento efetivo, no que tange à aposentadoria e pensão por morte, é o
estabelecido pelo Município em Lei Específica. (Redação dada pela Lei Municipal nº 077 de 27
de outubro de 2005).

Parágrafo Único: o Regime de Previdência Social, dos ocupantes


exclusivamente de cargo de provimentos em comissão e dos servidores contratados,
temporariamente é o Regime Geral de Previdência Social. (Acrescentado pela Lei Municipal nº
077 de 27 de outubro de 2005).
Art. 194 - O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos
riscos a que está sujeito o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e
ações que atendam às seguintes finalidades:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez,
velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III - assistência à saúde.

Art. 195 - Os benefícios do Plano de Seguridade Social


compreendem:

I - quanto ao servidor:
a) - aposentadoria;
b) - auxílio - natalidade;
c) - salário-família;
d) - licença para tratamento de saúde;
e) - licença à gestante, à adotante e à paternidade;
f) - licença para acidente em serviço;

II - quanto ao dependente:
a) - pensão por morte;
b) - auxílio - funeral; e
c) - auxílio - reclusão.

CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS

SEÇÃO I
DA APOSENTADORIA

Art. 196 - O servidor será aposentado: (Revogado pela Lei Municipal nº


077 de 27 de outubro de 2005).

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando


decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificadas em Lei, e proporcionais nos demais casos; (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço; (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de
2005).
III - voluntariamente: (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro
de 2005).
a) - aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30
(trinta), se mulher, com proventos integrais; (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de
outubro de 2005).
b) - aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções do magistério,
se professor, e 25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais; (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
c) - aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco),
se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de
27 de outubro de 2005).
d) - aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60
(sessenta), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 197 - A aposentadoria compulsória será automática e declarada


por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite
de permanência no serviço ativo. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 198 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir


da data da publicação do respectivo ato. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro
de 2005).

§1º - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para


tratamento de saúde, salvo quando laudo de junta médica concluir desde logo pela
incapacidade definitiva para o serviço público. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de
outubro de 2005).

§2º - Será aposentado o servidor que, após 24 (vinte e quatro) meses


de licença para tratamento de saúde, for considerado inválido para o serviço, mediante
laudo de junta médica. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 199 - O provento de aposentadoria será revisto na mesma data e


proporção, sempre que se modificar a remuneração dos serviços em atividade. (Revogado
pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Parágrafo Único - São estendidos aos inativos quaisquer benefícios


ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 200 - Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não


será inferior a 1/3 (um terço) do vencimento da atividade. (Revogado pela Lei Municipal nº 077
de 27 de outubro de 2005).

Art. 201 - Além do vencimento do cargo, integram o cálculo do


provento:
I - o valor da função gratificada se o servidor contar pelo menos 5
(cinco) anos de exercício em postos de confiança e desde que se encontre no seu exercício,
na condição de titular por ocasião da aposentadoria, pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos;
II - o adicional por tempo de serviço;
III - o adicional noturno e o adicional pelo exercício de atividades em
condições penosas, insalubres ou perigosas, proporcionalmente aos anos completos de
exercício com percepção da vantagem.
Art. 201 – Além do vencimento do cargo, integram o cálculo do
provento: (Redação dada pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004). (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
I – o valor da função gratificada se o servidor contar pelo menos 5
(cinco) anos de exercício em postos de confiança e desde que se encontre no seu exercício,
na condição de titular por ocasião da aposentadoria, pelo prazo mínimo de 2(dois) anos;
(Redação dada pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004). (Revogado pela Lei Municipal nº
077 de 27 de outubro de 2005).
II – o adicional por tempo de serviço; (Redação dada pela Lei Municipal nº
022 de 19 de março de 2004). (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
III – o adicional noturno e o adicional pelo exercício de atividades em
condições penosas, insalubres ou perigosas, proporcionalmente aos anos completos de
exercício com percepção da vantagem; (Redação dada pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março
de 2004). (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
IV – o valor da função gratificada incorporada nos termos do art. 56
desta lei. (Acrescentado pela Lei Municipal nº 022 de 19 de março de 2004). (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 202 - Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, no


mês de dezembro , em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento
recebido. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

SEÇÃO II
DO AUXÍLIO - NATALIDADE

Art. 203 - O auxílio - natalidade é devido à servidora, por motivo de


nascimento de filho, em quantia equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do menor padrão
de vencimento do plano de carreira, inclusive no caso de natimorto. (Revogado pela Lei
Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

§1º - Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50%


(cinqüenta por cento). (Revogado pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

SEÇÃO III
DO SALÁRIO - FAMÍLIA

Art. 204 - O salário - família será devido aos servidores ativos ou


inativos na proporção do número de filhos ou equiparados.

Parágrafo Único - Consideram-se equiparados, para efeitos deste


artigo, o menor sob guarda, que viver em companhia e às expensas do servidor ou do
inativo.

Art. 204 - O salário - família será devido aos servidores nos termos
previstos para os segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. (Redação
dada pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).
Art. 205 - O valor da cota do salário-família será pago, mensalmente,
no valor de cinco por cento do menor padrão de vencimento do quadro de servidores do
Município, com arredondamento para a unidade de cruzeiro seguinte, por filho menor ou
equiparado, até completar 14 (quatorze) anos, ou inválido de qualquer idade. (Revogado pela
Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

§1º - Quando ambos os cônjuges forem servidores da Prefeitura,


assistirá a cada um, separadamente, o direito à percepção do salário-família com relação
aos respectivos filhos ou equiparados. (Revogado pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de
2002).

§2º - Não será devido o salário-família relativamente ao cargo exercido


cumulativamente pelo servidor, na Prefeitura. (Revogado pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho
de 2002).

§3º - É assegurado o pagamento do salário - família durante o período


em que, por penalidade, o servidor deixar de receber remuneração. (Revogado pela Lei
Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

Art. 206 - O salário - família será pago a partir do mês em que o


servidor apresentar à repartição competente a prova de filiação ou condição de equiparado,
e, se for o caso, da invalidez. (Revogado pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

Parágrafo Único - O pagamento do salário - família é condicionado à


apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória do filho ou equiparado. (Revogado
pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 207 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de


saúde, a pedido ou de ofício, com base em exame médico, sem prejuízo da remuneração a
que fizer jus.

Art. 208 - Para licença até 15 (quinze) dias, a inspeção será feita por
médico do serviço oficial da própria Prefeitura e, se por prazo superior, por junta médica
oficial.

Parágrafo Único - Inexistindo médico da Prefeitura, será aceito


atestado firmado por outro médico, nas licenças até 15 (quinze) dias.

Art. 209 - Será punido disciplinarmente com suspensão de 15 (quinze)


dias, o servidor que se recusar ao exame médico, cessando os efeitos da penalidade logo
que se verifique o exame.

Art. 210 - A licença poderá ser prorrogada:


I - de ofício, por decisão do órgão competente;
II - a pedido do servidor, formulado até 3 (três) dias antes do término
da licença vigente.

Art. 211 - O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá


dedicar-se a qualquer outra atividade remunerada, sob pena de ter cassada a licença.

SEÇÃO V
DA LICENÇA À GESTANTE, ADOTANTE E PATERNIDADE

Art. 212 - Será concedida, mediante laudo médico, licença à servidora


gestante e adotante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração.

Art. 212 - Será concedida, mediante laudo médico, licença à servidora


gestante e adotante, por 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração. (Redação dada pela Lei Municipal nº 044 de 24 de junho de 2009).

§1º - A licença deverá ter início no primeiro dia do 9º (nono) mês de


gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do


parto.

§3º - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a


servidora será submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.

§4º - No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a


servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

§5º - Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a


Servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que
poderá ser parcelada em 02 (dois) períodos de meia hora. (Acrescentado pela Lei Municipal nº
020 de 13 de maio de 1998). (Revogado pela Lei Municipal nº 044 de 24 de junho de 2009).

Art. 213 - À servidora que adotar criança de até 1 (um) ano de idade
serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada para ajustamento do adotado ao
novo lar. (Revogado pela Lei Municipal nº 044 de 24 de junho de 2009).

Parágrafo Único - No caso de adoção de criança com mais de um


ano até sete anos de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
(Revogado pela Lei Municipal nº 044 de 24 de junho de 2009).

Art. 214 - A licença-paternidade será de 5 (cinco) dias a contar da data


do nascimento do filho, sem prejuízo da remuneração.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 215 - Será licenciado com remuneração integral, o servidor


acidentado em serviço.

Art. 216 - Configura acidente em serviço o dano físico ou mental


sofrido pelo servidor e que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do
cargo exercido.

Parágrafo Único - Equipara-se ao acidente em serviço o dano:


I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no
exercício do cargo; e
II - sofrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 217 - O servidor acidentado em serviço que necessite de


tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada à conta de recursos
públicos.

Parágrafo Único - O tratamento de que trata este artigo,


recomendado por junta médica oficial, constitui medida de exceção e somente será
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.

Art. 218 - A prova do acidente será feito no prazo de 5 (cinco) dias,


prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

SEÇÃO VII
DA PENSÃO POR MORTE

Art. 219 - A pensão por morte será devida mensalmente ao conjunto


de dependentes do servidor falecido, aposentado ou não, a contar do óbito, observada a
procedência estabelecida no art. 220. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de
2005).

Parágrafo Único - O valor mensal e integral da pensão a que tem


direito o conjunto de beneficiários será igual a 80% (oitenta por cento) do total da
remuneração computável para o provento de aposentadoria do servidor ou, se aposentado,
do valor do próprio provento. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 220 - O valor mensal integral da pensão por morte em nenhuma


hipótese será inferior ao valor do menor vencimento do quadro de servidores do Município.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 221 - São beneficiários da pensão por morte na condição de


dependente do servidor: (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, de qualquer condição,
menores de 18 (dezoito) anos ou inválidos: (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de
outubro de 2005).
II - os pais, desde que comprovem dependência econômica do
servidor; (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
III - os irmãos, menores de 18 (dezoito) anos e órfãos de pai e sem
padrasto, e os inválidos, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência
econômica do servidor; e (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
IV - as pessoas designadas que viviam na dependência econômica do
servidor, menores de 18 (dezoito) anos ou maiores de 60 (sessenta) anos ou inválidas.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§1º - Equiparam-se a filho, nas condições do item I deste artigo, o


enteado, o menor sob guarda judicial do servidor, e o tutelado que
não possua condições suficientes para o próprio sustento e educação, conforme declaração
escrita do segurado. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§2º - Consideram-se companheiros, as pessoas que tenham mantido


vida em comum nos últimos 5 (cinco) anos ou, por menor tempo, se tiverem filhos em
comum, conforme Lei específica. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§3º - A designação de pessoa ou pessoas, na forma do item IV,


somente será válida quando feita pelo menos 6 (seis) meses antes do óbito. (Revogado pela
Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 222 - O valor pecuniário total da pensão será rateado: (Revogado


pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
I - em 50% (cinquenta por cento) para o cônjuge ou companheiro
remanescente e o restante, em partes iguais, entre os filhos menores ou inválidos, ou
integralmente entre estes quando inexistir cônjuge ou companheiro remanescente:
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
II - em partes iguais, entre os demais dependentes, segundo a ordem
de precedência. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§1º - O rateio da pensão por morte não será protelado pela falta de
habilitação de outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeitos a contar da data da habilitação.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

§2º - O cônjuge divorciado ou separado judicialmente, que recebia


pensão de alimentos, tem direito ao valor da referida pensão judicialmente arbitrada,
destinando-se o restante, em partes iguais, aos demais dependentes habilitados. (Revogado
pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 223 - Por morte presumida do servidor, declarada pela autoridade


judicial competente, decorridos seis 6 (meses) de ausência, será concedida pensão
provisória na forma desta seção. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
§1º - Mediante prova de desaparecimento do segurado, em
conseqüência de acidente, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão
provisória, independentemente do prazo deste artigo. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de
27 de outubro de 2005).
§2º - Verificado o reaparecimento do servidor, o pagamento da pensão
cessa imediatamente, desobrigado os dependentes da reposição dos valores recebidos.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 224 - Acarreta perda da qualidade de beneficiário: (Revogado pela


Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
I - o seu falecimento; (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro
de 2005).
II - o casamento, para qualquer pensionista; (Revogado pela Lei
Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
III - a anulação do casamento; (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27
de outubro de 2005).
IV - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido; e
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
V - a maioridade para o filho ou irmão ou dependente menor
designado, de ambos os sexos, exceto o inválido, ao completar 18 (dezoito) anos de idade.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Parágrafo Único - Nos casos previstos neste artigo, haverá reversão


da cota de pensão aos demais pensionistas da mesma classe. (Revogado pela Lei Municipal nº
077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 225 - Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática
de crime doloso de que resultou a morte do servidor. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27
de outubro de 2005).

Art. 226 - A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo,


prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos. (Revogado pela
Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Art. 227 - As pensões serão atualizadas na mesma data e na mesma


proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores. (Revogado pela Lei Municipal nº 077
de 27 de outubro de 2005).

SEÇÃO VIII
DO AUXÍLIO - FUNERAL

Art. 228 - O auxílio - funeral é devido à família do servidor falecido na


atividade, em disponibilidade ou aposentado, em valor equivalente a 1.5. (um e meio)
vencimento do menor padrão do quadro de cargos efetivos da Prefeitura. (Revogado pela Lei
Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

§1º - Se o funeral for custeado por terceiros, este será indenizado das
despesas realizadas, até o valor máximo previsto neste artigo. (Revogado pela Lei Municipal nº
073 de 23 de julho de 2002).

§2º - O pagamento será autorizado pela autoridade competente, `a


vista da certidão de óbito e dos comprovantes de despesa, se for o caso. (Revogado pela Lei
Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).
SEÇÃO IX
DO AUXÍLIO - RECLUSÃO

Art. 229 - À família do servidor ativo é devido o auxílio - reclusão, nos


seguintes casos:
I - 2/3 (dois terços) do vencimento, quando afastado em virtude de
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine perda do cargo;
II - metade do vencimento, durante o afastamento em virtude de
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine perda do cargo.

Parágrafo Único - O pagamento do auxílio - reclusão cessará a partir


do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

Art. 229 - À família do servidor ativo é devido o auxílio - reclusão, nos


mesmos moldes previstos para os segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social -
INSS. (Redação dada pela Lei Municipal nº 073 de 23 de julho de 2002).

CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 230 - A assistência à saúde do servidor e de sua família


compreende assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada mediante sistema
próprio da Prefeitura, ou mediante convênio, nos termos da Lei.

CAPÍTULO IV
DO CUSTEIO

Art. 231 - O Plano de Seguridade Social será custeado com o produto


da arrecadação de contribuições sociais obrigatórias: (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de
27 de outubro de 2005).
I - dos servidores municipais, inclusive ocupantes de cargos e funções
de confiança; e (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).
II - do Município, inclusive Câmara Municipal, autarquias e fundações.
(Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

Parágrafo Único - Os percentuais de contribuição serão fixados em


Lei. (Revogado pela Lei Municipal nº 077 de 27 de outubro de 2005).

TÍTULO VIII
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 232 - Para atender a necessidades temporárias de excepcional


interesse público, poderão ser efetuadas contratações de pessoal por tempo determinado.
Art. 233 - Consideram-se como de necessidade temporária de
excepcional interesse público, as contratações que visam a:
I - atender a situações de calamidade pública;
II - combater surtos epidêmicos; e
III - atender a outras situações de emergência que vierem a ser
definidas em Lei específica.

Art. 234 - Os contratos serão de natureza administrativa, ficando


assegurados os seguintes direitos ao contratado:
I - remuneração equivalente à percebida pelos servidores de igual ou
assemelhada função no quadro permanente do Município;
II - jornada de trabalho, serviço extraordinário, repouso semanal
remunerado, adicional noturno e gratificação natalina proporcional, nos termos desta Lei:
III - férias proporcionais, ao término do contrato; e
IV - inscrição em sistema oficial de previdência social.

Art. 235 - As contratações de que trata este capítulo terão dotação


orçamentária específica.

TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 236 - O Dia do Servidor Público será comemorado a 28 (vinte e


oito) de outubro.

Art. 237 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias


corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado,
para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.

Art. 238 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e


filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem de seu assentamento
individual.

Art. 239 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos


definidos em Lei ou Regulamento, como próprios de seu cargo ou função gratificada, não
decorre nenhum direito ao servidor.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 240 - As disposições desta Lei aplicam-se aos servidores dos
Poderes Executivo, das autarquias e fundações públicas.

Art. 241 - Os atuais servidores municipais, estatutários ou celetistas,


admitidos mediante prévio concurso público ficam submetidos ao regime desta Lei.

Art. 242 - Os servidores celetistas não concursados e estáveis nos


termos do art. 19 das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988,
constituirão quadro especial em extinção excepcionalmente regido pela CLT, com
remuneração e vantagens estabelecidas em Lei específica, até o ingresso por concurso em
cargo sob regime desta Lei.

§1º - Os servidores que lograram aprovação em concurso público e


classificação de modo a permitir o aproveitamento segundo as vagas existentes e
necessidade do serviço municipal, serão nomeados em cargos, sob regime desta Lei.

Art. 243 - Fica assegurado aos atuais servidores, que tenham


completado o quinqüênio aquisitivo para fins de licença - prêmio, antes da vigência desta
Lei, o direito de usufruí-la nos termos da Lei anterior concessora de vantagem.

Art. 244 - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 245 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL, SANTIAGO, RS, 27 DE JULHO DE 1995.

Vulmar Silveira Leite


Prefeito Municipal

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