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Apostila Do Curso Socorros de Urgencia
Apostila Do Curso Socorros de Urgencia
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SUMÁRIO
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Em algumas situações as vias aéreas podem ficar obstruídas por sangue,
vômitos, corpos estranhos (pedaços de dente, próteses dentárias, terra) ou pela queda da
língua para trás, como acontece nos casos de convulsões e inconsciência.
Em crianças sãos comuns obstruções por balas, contas e moedas.
O Controle da Ventilação
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É empregado para restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessado
(parada respiratória) ou em caso de asfixia.
Respiração Boca-a-Boca
A Restauração da Circulação
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Em algumas situações você poderá se deparar com casos em que o coração da
vítima deixou de pulsar, porém, com possibilidade de restabelecimento, como por
exemplo, nos casos de:
• Choques elétricos
• Asfixia
• Afogamento
• Infarto do miocárdio
• Arritmias cardíacas
Nesses casos, a forma mais correta de se diagnosticar a parada cardíaca será a
VERIFICAÇÃO DO PULSO DA ARTÉRIA CARÓTIDA, colocando-se as duas polpas
digitais (do segundo e terceiro dedos) sob o ângulo da mandíbula com o pescoço. Não
havendo pulso dê início às manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
Massagem Cardíaca
• Por Compressão Externa do Tórax o socorrido deverá
estar deitado de costas sobre uma superfície lisa, plana e num nível bem
abaixo do seu
• Proceda a todas as manobras de desobstrução das vias
aéreas e ventilação adequadas
• Localize o osso esterno que fica no meio do tórax
• Coloque uma das mãos espalmadas sobre a metade
inferior desse osso
• Coloque a palma da outra mão sobre o dorso da mão
espalmada
• Entrelace os dedos das duas mãos, puxando-os para trás
• Conserve seus braços esticados
• Comprima o tórax do socorrido, aplicando a força de seu
peso
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Obs.: Caso o socorrido seja criança recém-nascida, comprima o tórax com
apenas um dedo (polegar). Utilize apenas a força deste dedo para comprimir o tórax. Se
criança maior, utilize dois dedos para a compressão.
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do trabalho. Nas empresas de até 50 funcionários, não é obrigatória a formação de uma
comissão. Basta que um funcionário seja capacitado no treinamento anual da norma. A
partir de 51 empregados, é preciso ter a comissão, formada por representantes do
empregador e dos empregados. O mandato tem duração de um ano.
NR 35 – Trabalho em Altura
Considera trabalho em altura o serviço realizado acima de dois metros do nível
inferior, onde exista risco de queda. O funcionário deve receber treinamento para a
função, com atualização a cada dois anos. Em condomínios, são comuns atividades de
limpeza ou pintura externa.
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se aplicam mais frequentemente aos condomínios.
Caso essas normas não sejam seguidas, o mínimo que pode ocorrer é a definição
de uma multa por descumprimento. Mais grave que isso são as consequências de um
processo trabalhista, civil ou até criminal. Em caso de incêndio, se não estiver tudo
dentro da norma, a seguradora pode não pagar o prêmio. O prejuízo fica com o
condomínio. Não vale a pena arriscar, não é mesmo?
A avaliação inicial da vítima é uma etapa essencial para seu diagnóstico. Permite
o início imediato das manobras de reanimação e o acionamento do serviço de urgência e
emergência. Esta etapa deve ser realizada em qualquer situação de urgência. Passos 10:
• A vítima está consciente?
• Apresenta pulso?
• A vítima está respirando?
• A via aérea está desobstruída?
As novas diretrizes da American Heart Association AHS (2015) preconizam a
sequência:
1. Massagem cardíaca;
2. Desobstrução de vias aérea;
3. Boa ventilação
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Se o acidentado estiver consciente, é preciso tranquilizá-lo, transmitindo
segurança;
Se a vítima estiver inconsciente, coloque-a em uma superfície dura, firme e
plana. Se ela estiver em decúbito lateral ou ventral, o socorrista deve virá-la em bloco
de modo que a cabeça, pescoço e tronco movam-se simultaneamente, sem provocar
torções.
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Figura - Checando pulso.
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Abertura de via aérea em casos de trauma
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manobra em familiares.
• Incline a cabeça da vítima para trás e eleve-lhe o queixo (somente em
casos em que não há suspeita de trauma);
• Coloque a mão na testa da vítima. Comprima as narinas da vítima com o
seu polegar e indicador;
• Com a outra mão, mantenha o queixo elevado e deixe que a boca se abra;
• Inspire normalmente, incline-se para frente e coloque a sua boca
completamente sobre a boca da vítima;
• Insufle ar para dentro da boca da vítima de forma homogênea e ao
mesmo tempo verifique se o tórax se eleva. Deixe que cada insuflação dure cerca de 01
(um) segundo;
• Mantenha a cabeça da vítima para trás com a elevação do queixo. Eleve a
sua cabeça para verificar se o tórax abaixa;
• Inspire normalmente e faça uma 2ª insuflação;
• Reposicione as suas mãos adequadamente e continue com mais 30
compressões torácicas;
• Recomenda-se o uso de máscara de proteção individual para
ressucitação.
Desmaio
É a perda momentânea da consciência. Pode ocorrer, por exemplo, por falta de
alimentação, após uma doação de sangue ou quando se presencia alguém sangrando ou
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sofrendo.
Manifesta-se com palidez, transpiração abundante, perturbação visual e pulso
fraco.
Como proceder?
Asfixia
Asfixia é a interrupção dos movimentos respiratórios e/ou obstrução da entrada
de ar nas vias aéreas. Pode ser devido a:
• Corpo estranho;
• Afogamento;
• Estrangulamento;
• Soterramento;
• Obstrução por língua (muito comum nos idosos);
• Gases tóxicos;
• Choque elétrico;
• Venenos;
• Traumatismo na cabeça;
• Alergia e outros.
Desobstrução de vias aéreas
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A obstrução da via aérea pela língua é a causa mais comum de PCR em traumas
crânio encefálico, choque e em situações clínicas com paciente inconsciente. O
relaxamento da língua da vítima em decúbito dorsal impede a passagem de ar das vias
aérea superiores para as inferiores11. A inconsciência também favorece o retorno do
conteúdo gástrico para a via aérea causando asfixia.
Quando a respiração for interrompida deve-se utilizar as manobras de
desobstrução, elevando o queixo e inclinando a cabeça da vítima para trás ou, em caso
de traumatismo realizar a manobra de elevação da mandíbula. As duas manobras já
foram descritas acima.
Se a vítima não for socorrida a tempo ela poderá evoluir para PCR. Existe um
procedimento, chamado manobra de Heimlich, que qualquer pessoa pode fazer na
tentativa de retirar o corpo estranho de uma vítima de engasgo. Para isto, o socorrista
deverá estar treinado e identificar os sinais de engasgo14.
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Figura - Manobra de Heimlinch
Manobras de Heimlich
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Em mulheres grávidas ou vítimas obesas, nas quais o reanimador tenha
dificuldade em envolver o abdômen, devem ser realizadas compressões no esterno
(semelhante à manobra de RCP). Podem ser aplicadas em vítimas conscientes ou
inconscientes.
Em crianças e Recém-Nascidos os engasgos podem ocorrer durante a
amamentação, a alimentação ou pela introdução acidental de objetos na boca. O
reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas nesse público é indispensável para
o sucesso no atendimento.
Técnica:
1. Utilizar a região hipotenar das mãos para aplicar até 05 palmadas no
dorso do lactente (entre as escápulas);
2. Virar o lactente segurando firmemente entre suas mãos e braços (em
bloco);
3. Aplicar 05 compressões torácicas, como na técnica de reanimação
cardiopulmonar (comprima o tórax com 02 dedos sobre o esterno, logo abaixo da linha
mamilar).
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Figura - Gestante
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REANIMAÇÃO.
Manter as vias aéreas livres é necessário inclinar a cabeça da vítima para trás e
erguer o seu queixo. A posição inclinada faz com que a língua da vítima se erga,
deixando livre a passagem do ar.
Manter a respiração– a vítima pode não estar respirando.
Você pode respirar por ela e, consequentemente, oxigenar o sangue dela por
meio da respiração artificial, soprando o ar de seus próprios pulmões diretamente para
os da vítima.
Manter a circulação – se o coração está parado, aplique compressões cardíacas
para forçar o fluxo do sangue através do coração e pelo resto do corpo. Essas
compressões devem ser combinadas com a respiração artificial.
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Como proceder?
• Primeiro localize a borda da última costela da vítima.
Deslize os dedos até atingir, no centro do tórax, uma saliência chamada
apêndice xifoide;
• Coloque a parte mais saliente da mão dois dedos acima do
apêndice xifoide. Esse é o ponto em que deve ser aplicada a massagem;
• Coloque a outra mão sobre a que ficou pousada no tórax;
• Com você de joelhos, mantenha os braços na posição
vertical;
Faça 15 compressões, uma após outra, sem violência. A cada 15 compressões,
faça duas respirações artificiais, se você estiver sozinho. Caso haja outra pessoa
ajudando-o, faça cinco compressões para uma respiração artificial;
Mantenha as mãos sempre na mesma posição.
Como proceder?
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Para constatar um estado de parada cardíaca, é necessário verificar a pulsação do
indivíduo, colocando-se o dedo indicador e o médio na artéria radial que está no pulso
da vítima, de preferência, verifique pelo pulso esquerdo ou, ainda, na artéria carótida
que está na lateral do pescoço, rente à garganta, ao lado do músculo. Verifica-se,
também, em casos de parada do coração, uma palidez extrema da vítima. Não havendo
nenhum tipo de pulsação aliada a essa palidez, é um indicador de parada cardíaca.
A seguir, o procedimento passo a passo da técnica de ressuscitação ou massagem
cardíaca:
1- Colocar a pessoa de barriga para cima em uma superfície firme e posicionar-
se ao lado dela na altura da caixa torácica de joelhos. É importante afrouxar as roupas
da vítima;
2- Você identificará o osso esterno da vítima. Localizado entre as primeiras
costelas, na parte superior da caixa torácica, e medirá de três a cinco dedos abaixo do
esterno, dependo do tamanho da pessoa;
3- Posicione a parte inferior da palma da sua mão predominante (aquela com que
tem mais força e habilidade) na posição marcada abaixo do esterno (item 2) e coloque a
outra mão sobre a mão predominante;
4- Pressione a região onde estão posicionadas as suas mãos de forma vigorosa,
utilizando o peso do corpo como apoio, de forma que cada movimento gere um
afundamento de 2 a 5 cm. do tórax, de maneira que o coração seja direcionado e
estimulado. Repita o movimento 30 vezes ininterruptas, intercaladas com duas
respirações boca a boca;
5- Se possível, a técnica tem melhor eficácia sendo feita com duas pessoas,
sendo que uma realiza a massagem cardíaca e, no intervalo desta a outra realiza a
respiração boca a boca. Porém se não houver alguém com o conhecimento da técnica
por perto, deve ser feita por uma só pessoa;
6- O intervalo entre os movimentos de massagem cardíaca e a respiração
artificial se dão da seguinte forma: para cada 30 movimentos de massagem, fazer 2
sopros de respiração boca a boca, e manter o processo sem parar até que a vítima se
reanime. Já no caso de estar realizando o procedimento com duas pessoas, para cada 5
massagens é feita uma respiração, também continuamente até a vítima se restabelecer.
7- Deve-se administrar a técnica de acordo com a idade e o porte físico da
vítima. Em jovens a massagem cardíaca deve ser feita com a pressão sendo exercida
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com apenas uma das mãos; já em crianças com menos de 6 anos e bebês, essa pressão
deve ser feita com apenas um ou dois dedos, sendo estes o indicador e o dedo médio.
Para constatar se a vítima se restabeleceu, verifique a pulsação e a respiração
novamente; caso não estejam recuperados, retomar o processo de reanimação.
Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de
calor ou frio, produto químico, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e
plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros. Se a queimadura atingir 10% do
corpo de uma criança ela corre sério risco. Já em adultos, o risco existe se a área
atingida for superior a 15%.
As queimaduras podem ser classificadas quanto ao:
1. Agente causador;
2. Profundidade ou grau;
3. Extensão.
Agente causador
1. Físicos:
• Temperatura: Vapor, objetos aquecidos, água quente,
chama, gelo, etc.
• Eletricidade: Corrente elétrica, raio, etc.
• Radiação: Sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas,
nucleares, etc.
2. Químicos:
• Produtos químicos: São provocadas por substâncias
químicas em contato com a pele: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc.
3. Biológicos
• Animais: Lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc.
• Vegetais: O látex de certas plantas, urtiga, etc.
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Profundidade ou grau
Extensão
9% = rosto 9% = costas
9% = tórax 9% = abdômen
9% = abdômen 9% = perna direita
1% = órgãos genitais
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55%=Sub-total 55%=(frente) + 45%(costas) = 100%
da área do corpo.
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• Abafe com um cobertor para apagar as chamas ou role o acidentado no
chão.
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• Nunca dê água para vítima de queimadura extensa;
• Não use gelo diretamente sobre a área queimada. O gelo poderá agravar
mais a queimadura;
• Somente dê água para as vítimas conscientes com queimadura de 1º ou
2º grau de pequena extensão.
• Encaminhe a vítima para uma unidade de saúde, onde será indicado o
tratamento necessário.
Substâncias Químicas
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concentração da substância e do tempo de exposição.
Quando um colega de trabalho acidentalmente entrar em contato com substância
química (independente se Ácidos ou Álcalis):
1. Lave a área afetada exaustivamente com água corrente;
2. Retire a roupa que teve contato com a substância;
3. Peça ajuda;
4. Encaminhe a vítima ao Pronto Socorro.
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• Do tempo de exposição à substância (quanto maior for o tempo em que a
pessoa ficou exposta aos produtos químicos, maiores serão as possibilidades deste
produto causar danos à sua saúde);
• Da concentração da substância química (quanto mais concentrado maior
o dano a vítima);
• Da toxidade da substância;
• Da natureza da substância e da susceptibilidade individual.
Amônia Gasolina.
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Desinfetantes fenólicos Hidróxido de sódio (soda)*
Etilenoglicol Boráx
Cânfora Formaldeído
Repelente de insetos
Como proceder?
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• Após a convulsão, é comum a sonolência. Deixe-a
dormir;
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REFERÊNCIAS
Ferreira AVS, Garcia E. Suporte básico de vida. Rev Soc Cardiol- Estado de São
Paulo. 2001;11(2):214-25.
http://books.scielo.org/id/zt4fg/pdf/giglio-9788575413784-02.pdf
http://www.anvisa.gov.br/boletim_tecno/boletim_tecno_fev2011/PDF/matriz_de
sfibri_que_temos04fev2011.pdf
merican Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart
Association 2015. Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. [versão em Português].
Disponível em:https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-
Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf. Acesso em: 12/01/2018
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/Vias_aereas_CTI_2010.pdf
http://www.escolaelectra.com.br/apostilas/novas/CQ%20-NR-
10_PARTE4_29_11_2010.pdf
14. Emergencias Clínicas: abordagem prática. Herlon Saraiva Martins, et. al 2ª
edição. Barueri São Paulo: Editora Manole.
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