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SUMÁRIO

ITENS PARA O SOCORRO IMEDIATO A PESSOAS EM SITUAÇÕES DE RISCOS ....... 3


NORMAS QUE REGULAM A NECESSIDADE DOS CONDOMÍNIOS TEREM
PESSOAS CAPACITADAS EM PRONTO SOCORRISMO ................................................... 7
AVALIAÇÃO INICIAL DA VÍTIMA .................................................................................... 10
PROVIDÊNCIAS DIANTE DE VÍTIMAS DE DESMAIOS ................................................. 15
TÉCNICAS PARA DESENGASGAR BEBÊS, CRIANÇAS E ADULTOS .......................... 16
MANOBRAS PARA VÍTIMAS DE PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS .................. 20
MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR .................................................. 22
TÉCNICAS DIANTE DE VÍTIMAS DE QUEIMADURAS .................................................. 24
Técnicas frente as vítimas de convulsões ..................................................................... 31
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 33
Itens para o socorro imediato a pessoas em situações de riscos

I - A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO DE PRIMEIROS


SOCORROS

Acidentes acontecem e a todo o momento estamos expostos a inúmeras situações


de risco que poderiam ser evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa a ter
contato com o paciente soubesse proceder corretamente na aplicação dos primeiros
socorros.
Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a sobrevivência da vítima.

II - OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA

Baseia-se nos três ERRES:


• RAPIDEZ NO ATENDIMENTO
• RECONHECIMENTO DAS LESÕES
• REPARAÇÃO DAS LESÕES

III - RECOMENDAÇÕES AOS SOCORRISTAS

PROCURE SEMPRE CONHECER A HISTÓRIA DO ACIDENTE


PEÇA OU MANDE PEDIR UM RESGATE ESPECIALIZADO ENQUANTO
VOCÊ REALIZA OS PROCEDIMENTOS BÁSICOS
SINALIZE E ISOLE O LOCAL DO ACIDENTE
DURANTE O ATENDIMENTO UTILIZE, DE PREFERÊNCIA, LUVAS E
CALÇADOS IMPERMEÁVEIS

IV - O SUPORTE BÁSICO DA VIDA

A - O CONTROLE DAS VIAS AÉREAS


B - O CONTROLE DA VENTILAÇÃO
C - A RESTAURAÇÃO DA CIRCULAÇÃO

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Em algumas situações as vias aéreas podem ficar obstruídas por sangue,
vômitos, corpos estranhos (pedaços de dente, próteses dentárias, terra) ou pela queda da
língua para trás, como acontece nos casos de convulsões e inconsciência.
Em crianças sãos comuns obstruções por balas, contas e moedas.

Técnicas para desobstruir as vias aéreas de bebês, crianças e adultos

Coloque a pessoa deitada de lado, com a cabeça e o pescoço no mesmo plano do


corpo da vítima e, com o dedo polegar abra a boca, tracionando o queixo. Ao mesmo
tempo, introduza o dedo indicador na boca do paciente, retirando, com rapidez, o
material que esteja obstruindo.
Obs.: Para a desobstrução das vias aéreas em crianças muito pequenas: pendure-
a de cabeça para baixo e bata com as mãos espalmadas nas costas entre os omoplatas

Para a desobstrução de crianças maiores: deite-a sobre os seus joelhos, com o


tronco e a cabeça pendentes e bata com as mãos espalmadas entre os omoplatas

Facilitar a entrada de ar nos pulmões


Após a desobstrução das vias aéreas, centralize a cabeça da vítima e incline a
cabeça para trás, fazendo tração na mandíbula com uma das mãos e segurando a testa
com a outra mão.

O Controle da Ventilação

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É empregado para restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessado
(parada respiratória) ou em caso de asfixia.

O sinal indicativo da parada respiratória é a paralisação dos movimentos do


diafragma (músculo que realiza os movimentos do tórax e abdome).

Os sinais mais comuns de asfixia são:


• Respiração rápida e ofegante ou ruidosa
• Dedos e lábios azulados
• Alterações do nível de consciência
• Agitação
• Convulsões
Para o pronto restabelecimento da respiração natural devemos iniciar
rapidamente a respiração boca-a-boca ou boca nariz.

Respiração Boca-a-Boca

Antes de aplicar a respiração boca-a-boca verifique se há obstrução das vias


aéreas e proceda à desobstrução e aplique as manobras para facilitar a ventilação,
Com a cabeça da vítima posicionada corretamente:
1. Aperte as narinas do socorrido de modo a impedir a saída do ar
2. Inspire profundamente
3. Coloque sua boca sobre a boca do socorrido
4. Sopre dentro da boca do socorrido não deixando escapar o ar, e, ao
mesmo tempo,
5. Afaste-se e inspire novamente
6. Repita a operação
Obs.: - Em caso de parada respiratória em crianças pequenas, coloque a boca
sobre o nariz e a boca do socorrido.

A Restauração da Circulação

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Em algumas situações você poderá se deparar com casos em que o coração da
vítima deixou de pulsar, porém, com possibilidade de restabelecimento, como por
exemplo, nos casos de:
• Choques elétricos
• Asfixia
• Afogamento
• Infarto do miocárdio
• Arritmias cardíacas
Nesses casos, a forma mais correta de se diagnosticar a parada cardíaca será a
VERIFICAÇÃO DO PULSO DA ARTÉRIA CARÓTIDA, colocando-se as duas polpas
digitais (do segundo e terceiro dedos) sob o ângulo da mandíbula com o pescoço. Não
havendo pulso dê início às manobras de ressuscitação cardiopulmonar.

Massagem Cardíaca
• Por Compressão Externa do Tórax o socorrido deverá
estar deitado de costas sobre uma superfície lisa, plana e num nível bem
abaixo do seu
• Proceda a todas as manobras de desobstrução das vias
aéreas e ventilação adequadas
• Localize o osso esterno que fica no meio do tórax
• Coloque uma das mãos espalmadas sobre a metade
inferior desse osso
• Coloque a palma da outra mão sobre o dorso da mão
espalmada
• Entrelace os dedos das duas mãos, puxando-os para trás
• Conserve seus braços esticados
• Comprima o tórax do socorrido, aplicando a força de seu
peso

6
Obs.: Caso o socorrido seja criança recém-nascida, comprima o tórax com
apenas um dedo (polegar). Utilize apenas a força deste dedo para comprimir o tórax. Se
criança maior, utilize dois dedos para a compressão.

Normas que regulam a necessidade dos condomínios terem pessoas


capacitadas em pronto socorrismo
|
Você já deve ter ouvido falar em normas regulamentadoras para obras,
construções e condições de trabalho. O síndico profissional deve ficar atento para as
normas que se aplicam aos condomínios, seja nas atividades de manutenção predial, seja
em reformas ou reparos. É fundamental conhecer essas normas para poder garantir que
sejam seguidas e cobrar dos fornecedores que as cumpram.
Os condomínios se enquadram, basicamente, em dois tipos de normas. As
normas regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
determinam as regras que garantem condições adequadas de trabalho, promovendo a
saúde e a segurança dos empregados. Existem também as normas técnicas (NBR) da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que envolvem parâmetros de
segurança, de construção, de prevenção de incêndios, entre outros.
Ao todo, são centenas de normas. No caso da ABNT, é preciso pagar para ter
acesso ao conteúdo completo das normas técnicas, que estão à venda no site da
instituição. Já as normas regulamentadoras do MTE estão disponíveis na internet. Nesse
post, vamos abordar as principais normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho
que o síndico precisa conhecer.

Normas regulamentadoras sobre condições de trabalho

São 36 normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e valem para


qualquer relação trabalhista sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
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São regras que visam a saúde e a segurança do funcionário que realiza serviços no
condomínio, e garantem as condições adequadas de trabalho.
É comum que, na prática, exista pouca fiscalização quanto ao cumprimento
dessas normas. Mas a chance de haver problemas, no entanto, é grande. Além do risco
de prejudicar a saúde de alguém, um funcionário pode entrar com uma ação na justiça.
Nesses casos, o síndico é responsabilizado civil e criminalmente e o prejuízo é pago
pelo condomínio.
A atenção deve ser a mesma em caso de terceirizados. Ao contratar uma
empresa fornecedora de mão de obra, o síndico deve exigir o cumprimento das normas e
a entrega da documentação correta para garantir que está tudo em ordem. Se houver
alguma ocorrência, o síndico é co-responsável pelo problema.

Principais normas regulamentadoras para condomínios:

NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)


A norma torna obrigatória a criação do PPRA. Esse programa faz o
levantamento dos riscos ambientais existentes ou que venham a ocorrer no ambiente de
trabalho. São considerados os agentes físicos, químicos e biológicos que podem causar
danos à saúde do trabalhador. São exemplos o ruído, temperaturas extremas, inalação de
gases, contato com umidade, desnível acentuado, entre outros. O planejamento do
programa deve ser anual.

NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)


O programa deve prevenir, rastrear e fazer o diagnóstico precoce dos agravos à
saúde relacionados ao trabalho. A partir do mapeamento de riscos ambientais, o médico
deve estabelecer quais critérios devem ser avaliados quanto à saúde do funcionário.
Estão previstos exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de
função e o demissional. A norma também prevê a obrigatoriedade da presença de
material de primeiros socorros, guardados em local adequado e aos cuidados de uma
pessoa treinada para esse fim. Um relatório anual deve ser entregue à CIPA, que
veremos a seguir.

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


Trata da formação de uma comissão para evitar acidentes e doenças decorrentes

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do trabalho. Nas empresas de até 50 funcionários, não é obrigatória a formação de uma
comissão. Basta que um funcionário seja capacitado no treinamento anual da norma. A
partir de 51 empregados, é preciso ter a comissão, formada por representantes do
empregador e dos empregados. O mandato tem duração de um ano.

NR 6 – Equipamentos de Proteção individual (EPI)


EPIs são todos os equipamentos ou produtos de uso individual que protegem o
trabalhador de riscos que podem ameaçar sua saúde e segurança. Muito comuns em
indústrias e obras, os EPIs são obrigatórios também em condomínios. Um exemplo
prático é o pessoal da limpeza, que deve usar luvas, para se proteger de produtos
químicos, e botas de borracha, para não escorregar no chão úmido. Em áreas próximas a
aeroportos ou avenidas com muito ruído, vale considerar o uso de um protetor para a
audição. A empresa é obrigada a fornecer o equipamento gratuitamente e substituí-lo
quando necessário. É dever do síndico garantir o treinamento e exigir dos funcionários o
uso do EPI.

NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade


Norma que determina os requisitos para trabalhar com instalações elétricas e
serviços com eletricidade. Entre as regras, estão a necessidade de desenergização
elétrica ou uso da tensão de segurança para realização de serviços e a recomendação de
não usar adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas.
NR 23 – Proteção contra Incêndios
Regulamenta as medidas para prevenção de incêndios, que devem seguir a
legislação de cada Estado e as normas técnicas que se aplicam. Menciona deveres do
empregador e a disposição correta das saídas de emergência.

NR 35 – Trabalho em Altura
Considera trabalho em altura o serviço realizado acima de dois metros do nível
inferior, onde exista risco de queda. O funcionário deve receber treinamento para a
função, com atualização a cada dois anos. Em condomínios, são comuns atividades de
limpeza ou pintura externa.

Cumprir as normas regulamentadoras evita prejuízos


Essas são algumas das normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho que

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se aplicam mais frequentemente aos condomínios.
Caso essas normas não sejam seguidas, o mínimo que pode ocorrer é a definição
de uma multa por descumprimento. Mais grave que isso são as consequências de um
processo trabalhista, civil ou até criminal. Em caso de incêndio, se não estiver tudo
dentro da norma, a seguradora pode não pagar o prêmio. O prejuízo fica com o
condomínio. Não vale a pena arriscar, não é mesmo?

Avaliação inicial da vítima

A avaliação inicial da vítima é uma etapa essencial para seu diagnóstico. Permite
o início imediato das manobras de reanimação e o acionamento do serviço de urgência e
emergência. Esta etapa deve ser realizada em qualquer situação de urgência. Passos 10:
• A vítima está consciente?
• Apresenta pulso?
• A vítima está respirando?
• A via aérea está desobstruída?
As novas diretrizes da American Heart Association AHS (2015) preconizam a
sequência:
1. Massagem cardíaca;
2. Desobstrução de vias aérea;
3. Boa ventilação

Avaliando o estado de consciência da vítima


• Toque-a no ombro com delicadeza;
• Fale alto perto do ouvido da vítima “posso ajudar? ”

Figura - Avaliação inicial da vítima

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Se o acidentado estiver consciente, é preciso tranquilizá-lo, transmitindo
segurança;
Se a vítima estiver inconsciente, coloque-a em uma superfície dura, firme e
plana. Se ela estiver em decúbito lateral ou ventral, o socorrista deve virá-la em bloco
de modo que a cabeça, pescoço e tronco movam-se simultaneamente, sem provocar
torções.

Avaliando o pulso da vítima

A verificação do pulso deverá ser rápida, durando de 5 a 10 segundos. Estenda o


pescoço da vítima e posicione os dedos indicador e médio sobre a proeminência
laríngea. Faça então deslizar lateralmente a ponta dos dois dedos executando uma leve
pressão sobre o pescoço até que se perceba a pulsação11.

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Figura - Checando pulso.

Se na avaliação inicial o socorrista não perceber o pulso, deverá iniciar as


compressões torácicas. O local correto da aplicação da massagem cardíaca é na linha
mamilar, sendo a mão posicionada sobre o esterno, apoiando-se apenas nas palmas das
mãos, evitando-se o contado dos dedos com o tórax.

Figura - Compressão torácica

Os braços do socorrista devem permanecer extendidos, com as articulações dos


cotovelos retas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão exercida pelo peso dos seus
ombros e tronco. A pressão aplicada deve ser suficiente para comprimir o esterno cerca
de 5 cm (no adulto).

Iniciando as compressões torácicas

1. Ajoelhe-se ao lado da vítima;


2. Inicie a Ressuscitação Cardiopulmonar- RCP na frequência de 100 a 120
vezes por minuto;
3. Coloque a base de uma mão no centro do tórax da vítima e a outra mão
sobre a primeira. Os dedos devem ser entrelaçados;
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4. Certifique-se de que os seus ombros estão acima do centro do tórax da
vítima;
5. Cada vez que pressionar para baixo, deixe que o tórax retorne a posição
inicial. Isto permitirá que o sangue flua de volta ao coração; 6. As mãos devem manter-
se sempre em contato com o tórax;
7. continue as manobras até a chegada de ajuda.

Figura - Ressuscitação Cárdico Pulmonar (RCP)

A função da RCP não é despertar a vítima, mas estimular a oxigenação e a


circulação do sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo.

Abertura de via aérea em casos clínicos

• Em caso de vítima de PCR clínica, fazer a hiperextensão do pescoço da


vítima;
• Em caso de vítima de PCR pós trauma, NUNCA fazer a hiperextensão
do pescoço da vítima;
• Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e a outra com as pontas
dos dedos na mandíbula;
• A mão que estiver espalmada na testa será a responsável pela maior parte
da força, apenas para apoio e direção.

Figura - Abertura de via aérea em caso clínico

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Abertura de via aérea em casos de trauma

O socorrista deve se colocar atrás da cabeça da vítima, com os cotovelos


apoiados na superfície na qual ela está deitada. Se a boca da vítima permanecer fechada,
o queixo e o lábio inferior devem ser retraídos com o auxílio dos polegares. A “manobra
da mandíbula” é indicada quando há SUSPEITA DE TRAUMA cervical. Ela deve ser
realizada sem dorso flexão excessiva da cabeça. Se após estas medidas a respiração não
se instalar espontaneamente, deve-se dar sequência ao atendimento.

Figura - Manobra de Jaw-Thrust

Respiração boca a boca

ATENÇÃO: Na literatura atual não é recomendada a realização de respiração


boca a boca, devido ao risco do contato com secreções digestivas e respiratória.
Recomendamos sempre o uso de uma barreira de proteção (máscara). Porém, neste
manual explicaremos a técnica para casos em que houver necessidade de realizar a

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manobra em familiares.
• Incline a cabeça da vítima para trás e eleve-lhe o queixo (somente em
casos em que não há suspeita de trauma);
• Coloque a mão na testa da vítima. Comprima as narinas da vítima com o
seu polegar e indicador;
• Com a outra mão, mantenha o queixo elevado e deixe que a boca se abra;
• Inspire normalmente, incline-se para frente e coloque a sua boca
completamente sobre a boca da vítima;
• Insufle ar para dentro da boca da vítima de forma homogênea e ao
mesmo tempo verifique se o tórax se eleva. Deixe que cada insuflação dure cerca de 01
(um) segundo;
• Mantenha a cabeça da vítima para trás com a elevação do queixo. Eleve a
sua cabeça para verificar se o tórax abaixa;
• Inspire normalmente e faça uma 2ª insuflação;
• Reposicione as suas mãos adequadamente e continue com mais 30
compressões torácicas;
• Recomenda-se o uso de máscara de proteção individual para
ressucitação.

Figura - Respiração boca a boca

Providências diante de vítimas de desmaios

Desmaio
É a perda momentânea da consciência. Pode ocorrer, por exemplo, por falta de
alimentação, após uma doação de sangue ou quando se presencia alguém sangrando ou

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sofrendo.
Manifesta-se com palidez, transpiração abundante, perturbação visual e pulso
fraco.

Como proceder?

Remova a vítima para um ambiente arejado;


Desaperte-lhe as roupas, deixando-a confortável;
Coloque a vítima deitada de costas, com as pernas elevadas e a cabeça baixa;
Se o desmaio durar mais de dois minutos, procure auxílio médico;
Mantenha sempre as vias aéreas livres;
Não ofereça nada para cheirar, beber ou comer. Caso a vítima volte a si, após
alguns minutos, tente colocá-la sentada e depois, devagar, ajude-a a ficar em pé, sempre
amparando-a até ter certeza de que voltou ao normal.
Não tenha pressa de colocar a vítima de desmaio em pé após a melhora do
quadro.

Técnicas para desengasgar bebês, crianças e adultos

Asfixia
Asfixia é a interrupção dos movimentos respiratórios e/ou obstrução da entrada
de ar nas vias aéreas. Pode ser devido a:
• Corpo estranho;
• Afogamento;
• Estrangulamento;
• Soterramento;
• Obstrução por língua (muito comum nos idosos);
• Gases tóxicos;
• Choque elétrico;
• Venenos;
• Traumatismo na cabeça;
• Alergia e outros.
Desobstrução de vias aéreas

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A obstrução da via aérea pela língua é a causa mais comum de PCR em traumas
crânio encefálico, choque e em situações clínicas com paciente inconsciente. O
relaxamento da língua da vítima em decúbito dorsal impede a passagem de ar das vias
aérea superiores para as inferiores11. A inconsciência também favorece o retorno do
conteúdo gástrico para a via aérea causando asfixia.
Quando a respiração for interrompida deve-se utilizar as manobras de
desobstrução, elevando o queixo e inclinando a cabeça da vítima para trás ou, em caso
de traumatismo realizar a manobra de elevação da mandíbula. As duas manobras já
foram descritas acima.

Figura - Desobstrução de via aérea em caso de trauma

Obstrução de via aérea por corpo estranho

Os sinais clássicos da vítima de engasgo são:


• Tosse (na tentativa de expelir o corpo estranho);
• Agitação (sensação de morte);
• Levar as mãos à garganta (a vítima não consegue falar);
• Dificuldades para respirar;
• Mudança da cor da pele (cianose/arroxeado).

Se a vítima não for socorrida a tempo ela poderá evoluir para PCR. Existe um
procedimento, chamado manobra de Heimlich, que qualquer pessoa pode fazer na
tentativa de retirar o corpo estranho de uma vítima de engasgo. Para isto, o socorrista
deverá estar treinado e identificar os sinais de engasgo14.

Figura - Vítima de engasgo

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Figura - Manobra de Heimlinch

Manobras de Heimlich

Esta manobra poderá ser executada em pessoas de qualquer idade. Quando a


vítima estiver consciente.
1. Apresente-se e explique o que será feito;
2. Posicionar-se atrás da vítima;
3. Posicionar a mão fechada abaixo do Apêndice Xifóide;
4. Colocar a mão oposta sobre a primeira;
5. Fazer quatro compressões firmes direcionadas para cima;
6. Se não obtiver sucesso e notar que a vítima está prestes a desmaiar,
coloque-a gentilmente no chão (ela vai perder a consciência e pode evoluir para Parada
Respiratória);
7. Estenda o pescoço da vítima, o que facilita a passagem do ar;
8. Abra-lhe a boca e tente visualizar algo que possa estar causando a
9. Obstrução. Se possível retire o corpo estranho;
10. Se não for possível, iniciar as manobras de reanimação;
11. Peça ajuda sempre.

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Em mulheres grávidas ou vítimas obesas, nas quais o reanimador tenha
dificuldade em envolver o abdômen, devem ser realizadas compressões no esterno
(semelhante à manobra de RCP). Podem ser aplicadas em vítimas conscientes ou
inconscientes.
Em crianças e Recém-Nascidos os engasgos podem ocorrer durante a
amamentação, a alimentação ou pela introdução acidental de objetos na boca. O
reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas nesse público é indispensável para
o sucesso no atendimento.

Técnica:
1. Utilizar a região hipotenar das mãos para aplicar até 05 palmadas no
dorso do lactente (entre as escápulas);
2. Virar o lactente segurando firmemente entre suas mãos e braços (em
bloco);
3. Aplicar 05 compressões torácicas, como na técnica de reanimação
cardiopulmonar (comprima o tórax com 02 dedos sobre o esterno, logo abaixo da linha
mamilar).

Figura - Manobra de Heimlich em bebês

Figura - Manobra de Heimlich em crianças

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Figura - Gestante

Manobras para vítimas de paradas cardiorrespiratórias

A parada cardiorrespiratória pode acontecer em decorrência de várias situações,


como doenças cardíacas e respiratórias, engasgo, choque, afogamento, alergias e outras.
A vítima se apresenta com ausência de respiração e pulsação, inconsciência, pele
fria e pálida. Os lábios e as unhas ficam azulados.
Para que a vida possa ser preservada, é necessário manter um fluxo de oxigênio
para o cérebro. A “bomba” que mantém esse suprimento é o coração. Se ele parar, é a
“parada cardíaca”, e ocorrerá a morte, a menos que se tomem medidas urgentes.
Existe um aparelho chamado desfibrilador, que faz parte do equipamento de
muitas ambulâncias, capaz de reabilitar as funções do coração.
A manobra de atendimento da parada cardiorrespiratória é conhecida como

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REANIMAÇÃO.

Como proceder quando encontrar a vítima?

Se ela estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-a rolando o corpo


todo de uma só vez, colocando-a de costas para o chão. É muito importante contar com
a ajuda de duas ou três pessoas;
Verifique se não há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração;
Faça um primeiro reconhecimento do estado da vítima;
Observe se a vítima ainda está consciente;
Não perca tempo e chame por socorro médico imediato.
Aproxime sua cabeça e o seu ouvido da boca e do nariz do paciente, ouça e sinta
se há respiração.
Observe se há movimento no seu peito;
Verifique se há pulso. Para isso, pressione levemente com dois dedos o pescoço,
logo atrás do pomo-de-adão;

Continue insistindo no seu pedido de socorro.


Nunca dê nada à vítima para beber, cheirar ou comer, na intenção de reanimá-la.

Quais são os princípios básicos da reanimação?

Manter as vias aéreas livres é necessário inclinar a cabeça da vítima para trás e
erguer o seu queixo. A posição inclinada faz com que a língua da vítima se erga,
deixando livre a passagem do ar.
Manter a respiração– a vítima pode não estar respirando.
Você pode respirar por ela e, consequentemente, oxigenar o sangue dela por
meio da respiração artificial, soprando o ar de seus próprios pulmões diretamente para
os da vítima.
Manter a circulação – se o coração está parado, aplique compressões cardíacas
para forçar o fluxo do sangue através do coração e pelo resto do corpo. Essas
compressões devem ser combinadas com a respiração artificial.

MASSAGEM CARDÍACA EM ADULTOS

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Como proceder?
• Primeiro localize a borda da última costela da vítima.
Deslize os dedos até atingir, no centro do tórax, uma saliência chamada
apêndice xifoide;
• Coloque a parte mais saliente da mão dois dedos acima do
apêndice xifoide. Esse é o ponto em que deve ser aplicada a massagem;
• Coloque a outra mão sobre a que ficou pousada no tórax;
• Com você de joelhos, mantenha os braços na posição
vertical;
Faça 15 compressões, uma após outra, sem violência. A cada 15 compressões,
faça duas respirações artificiais, se você estiver sozinho. Caso haja outra pessoa
ajudando-o, faça cinco compressões para uma respiração artificial;
Mantenha as mãos sempre na mesma posição.

MASSAGEM CARDÍACA EM BEBÊS

Como proceder?

As compressões devem ser feitas com os dedos entre os mamilos;


As compressões serão em número de cinco para cada respiração artificial.
Depois de cinco ciclos de massagem cardíaca e respiração artificial, no adulto ou
no bebê, verifique se há pulso da vítima. Se há pulso e a vítima ainda não estiver
respirando, pratique respiração artificial, enquanto o socorro não chega.
Se não tiver pulso e não estiver respirando, continue fazendo a massagem
cardíaca e a respiração artificial.

Manobras de reanimação cardiopulmonar

Utilizada culminantemente com a respiração artificial, a massagem cardíaca é


uma técnica de reanimação do coração da vítima. Quando se nota a perda dos
batimentos cardíacos, é aplicada a técnica para tentar a reanimação do acidentado e deve
ser feita após a parada do coração ter sido identificada.

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Para constatar um estado de parada cardíaca, é necessário verificar a pulsação do
indivíduo, colocando-se o dedo indicador e o médio na artéria radial que está no pulso
da vítima, de preferência, verifique pelo pulso esquerdo ou, ainda, na artéria carótida
que está na lateral do pescoço, rente à garganta, ao lado do músculo. Verifica-se,
também, em casos de parada do coração, uma palidez extrema da vítima. Não havendo
nenhum tipo de pulsação aliada a essa palidez, é um indicador de parada cardíaca.
A seguir, o procedimento passo a passo da técnica de ressuscitação ou massagem
cardíaca:
1- Colocar a pessoa de barriga para cima em uma superfície firme e posicionar-
se ao lado dela na altura da caixa torácica de joelhos. É importante afrouxar as roupas
da vítima;
2- Você identificará o osso esterno da vítima. Localizado entre as primeiras
costelas, na parte superior da caixa torácica, e medirá de três a cinco dedos abaixo do
esterno, dependo do tamanho da pessoa;
3- Posicione a parte inferior da palma da sua mão predominante (aquela com que
tem mais força e habilidade) na posição marcada abaixo do esterno (item 2) e coloque a
outra mão sobre a mão predominante;
4- Pressione a região onde estão posicionadas as suas mãos de forma vigorosa,
utilizando o peso do corpo como apoio, de forma que cada movimento gere um
afundamento de 2 a 5 cm. do tórax, de maneira que o coração seja direcionado e
estimulado. Repita o movimento 30 vezes ininterruptas, intercaladas com duas
respirações boca a boca;
5- Se possível, a técnica tem melhor eficácia sendo feita com duas pessoas,
sendo que uma realiza a massagem cardíaca e, no intervalo desta a outra realiza a
respiração boca a boca. Porém se não houver alguém com o conhecimento da técnica
por perto, deve ser feita por uma só pessoa;
6- O intervalo entre os movimentos de massagem cardíaca e a respiração
artificial se dão da seguinte forma: para cada 30 movimentos de massagem, fazer 2
sopros de respiração boca a boca, e manter o processo sem parar até que a vítima se
reanime. Já no caso de estar realizando o procedimento com duas pessoas, para cada 5
massagens é feita uma respiração, também continuamente até a vítima se restabelecer.
7- Deve-se administrar a técnica de acordo com a idade e o porte físico da
vítima. Em jovens a massagem cardíaca deve ser feita com a pressão sendo exercida

23
com apenas uma das mãos; já em crianças com menos de 6 anos e bebês, essa pressão
deve ser feita com apenas um ou dois dedos, sendo estes o indicador e o dedo médio.
Para constatar se a vítima se restabeleceu, verifique a pulsação e a respiração
novamente; caso não estejam recuperados, retomar o processo de reanimação.

Técnicas diante de vítimas de queimaduras

Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de
calor ou frio, produto químico, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e
plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros. Se a queimadura atingir 10% do
corpo de uma criança ela corre sério risco. Já em adultos, o risco existe se a área
atingida for superior a 15%.
As queimaduras podem ser classificadas quanto ao:
1. Agente causador;
2. Profundidade ou grau;
3. Extensão.

Agente causador

1. Físicos:
• Temperatura: Vapor, objetos aquecidos, água quente,
chama, gelo, etc.
• Eletricidade: Corrente elétrica, raio, etc.
• Radiação: Sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas,
nucleares, etc.

2. Químicos:
• Produtos químicos: São provocadas por substâncias
químicas em contato com a pele: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc.

3. Biológicos
• Animais: Lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc.
• Vegetais: O látex de certas plantas, urtiga, etc.

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Profundidade ou grau

1º grau: Atingem as camadas superficiais da pele. Apresentam vermelhidão,


inchaço e dor local suportável, sem a formação de bolhas; Exemplo: queimadura de sol.
2º grau: Atingem as camadas mais profundas da pele. Apresenta bolhas, pele
avermelhada ou com coloração variável, dor, inchaço, desprendimento de camadas da
pele e possível estado de choque;
3º grau: Atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos músculos e
ossos. Apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada.

Extensão

Quanto à extensão, as queimaduras são calculadas por área queimada, quanto


maior a área atingida, mais severa é a queimadura.
Baixa extensão: Menos de 15% da superfície corporal atingida;
Média extensão: Entre 15 e 40% da superfície corporal atingida.

Para cálculo da superfície queimada, utiliza-se a REGRA DOS 9%

Quadro - Cálculo de superfície corporal queimada


Um adulto de frente Um adulto de costas

9% = rosto 9% = costas

9% = tórax 9% = abdômen
9% = abdômen 9% = perna direita

9% = perna direita 9% = perna esquerda

9% = perna esquerda 9% = os 2 braços

9% = os 2 braços 45%= Sub-total

1% = órgãos genitais

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55%=Sub-total 55%=(frente) + 45%(costas) = 100%
da área do corpo.

Figura - Porcentagem por área corporal

Cuidados gerais para todas as queimaduras

• Em queimaduras de pequena extensão: colocar a parte queimada debaixo


da água corrente fria, em jato suave, por aproximadamente, 10 (dez) minutos.
Compressas úmidas e frias também são indicadas;
• Em caso de queimaduras extensas, colocar a vítima debaixo do chuveiro
durante 30 minutos. Após este período, retire as roupas molhadas e proteja seu corpo
com um lençol ou pano limpo. Não retirar roupas aderidas;
• Retire também os adornos (pulseiras, anéis e outros).

• As queimaduras provocam edema. No caso de agentes químicos, retirar a


roupa ou parte dela que estiver contaminada pela substância causadora. Lave a
queimadura por no mínimo 30 minutos.
• Em caso de vestes pegando fogo não permita que pessoa corra, pois pode
aumentar as chamas.

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• Abafe com um cobertor para apagar as chamas ou role o acidentado no
chão.

Figura - Vítima em chamas

Figura -Abafando as chamas

No caso de queimaduras de 2º grau em grandes extensões do corpo, por calor,


substâncias químicas ou eletricidade, a vítima necessita de cuidados médicos urgente.
• Nunca toque a queimadura com as mãos sem proteção;
• Nunca fure bolhas;
• Nunca tente descolar tecidos grudados na pele queimada;
• Nunca retire corpos estranhos ou graxa do local queimado;
• Nunca coloque manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra
substância sobre a queimadura;

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• Nunca dê água para vítima de queimadura extensa;
• Não use gelo diretamente sobre a área queimada. O gelo poderá agravar
mais a queimadura;
• Somente dê água para as vítimas conscientes com queimadura de 1º ou
2º grau de pequena extensão.
• Encaminhe a vítima para uma unidade de saúde, onde será indicado o
tratamento necessário.

Queimadura nos olhos é sempre grave!


As queimaduras nos olhos (térmicas e químicas) devem ser encaminhadas com
urgência para um atendimento oftalmológico.
• Queimadura térmica: cubra os olhos da vítima com compressa
umedecida e encaminhe a uma unidade de saúde.
• Queimadura por substâncias químicas: lave imediatamente com água
corrente (lava olhos) por mais de 15 minutos. Em seguida encaminhar a um Pronto
Socorro Oftalmológico.

Figura - Queimaduras nos olhos

Substâncias Químicas

As substâncias químicas podem entrar em contato com a vítima por absorção


cutânea, inalação e ingestão.
A lesão causada por substância química vai depender do agente agressor, da

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concentração da substância e do tempo de exposição.
Quando um colega de trabalho acidentalmente entrar em contato com substância
química (independente se Ácidos ou Álcalis):
1. Lave a área afetada exaustivamente com água corrente;
2. Retire a roupa que teve contato com a substância;
3. Peça ajuda;
4. Encaminhe a vítima ao Pronto Socorro.

Figura- Queimadura química

Figura - Conduta em queimadura química

No caso de ingestão de substâncias desconhecidas, a intoxicação vai depender:


• Da substância que está sendo ingerida;

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• Do tempo de exposição à substância (quanto maior for o tempo em que a
pessoa ficou exposta aos produtos químicos, maiores serão as possibilidades deste
produto causar danos à sua saúde);
• Da concentração da substância química (quanto mais concentrado maior
o dano a vítima);
• Da toxidade da substância;
• Da natureza da substância e da susceptibilidade individual.

O efeito no organismo após a exposição à substância química vai desde irritação


na garganta até a morte.
Suspeitamos de uma ingestão de substância química quando a vítima apresentar
sinais como:
• Salivação;
• Diminuição da pupila (miose);
• Sudorese excessiva;
• Respiração alterada;
• Nível de consciência alterado e outros.
O que fazer:
• Não fazer a vítima vomitar; se ela tiver ingerido alguma substância
corrosiva haverá dano durante a ingestão e novamente quando for expelida;
• Levar a vítima ao pronto-socorro (Hospital João XXIII) imediatamente,
levando a embalagem do produto químico;
• Manter a vítima deitada, limitando os movimentos.

Quadro - Tabela adaptada do Instituto de Química


Intoxicações por Substâncias Tóxicas cujo tratamento - NÃO deve envolver ações eméticas.

Ácidos fortes Fluidos de lavagem a seco.

Amônia Gasolina.

Benzeno Hipoclorito de sódio (água sanitária)*

Óxido de Cálcio (cal)* Éter de petróleo (nafta).

Carbonato de sódio* Óleo de pinho

Fenóis, creolina Querosene

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Desinfetantes fenólicos Hidróxido de sódio (soda)*

Detergentes* Barrilha (soda para lavagem)*

Estricnina Tinner e removedor de tintas

Intoxicações por Substâncias Tóxicas cujo tratamento ENVOLVE ação emética*

Álcool (etílico, isopropílico, desnaturado) Álcool (metílico)

Etilenoglicol Boráx

Cânfora Formaldeído

Repelente de insetos

Técnicas frente as vítimas de convulsões

As convulsões são contrações incontroláveis dos músculos. Elas duram poucos


minutos, são contrações fortes, com movimentos desordenados e, em geral,
acompanhadas de perda de consciência.
É comum a recuperação dos sentidos, não apresentando maiores problemas, até
cinco minutos. Se persistir por tempo maior, deve-se pedir ajuda médica.
Geralmente, durante a convulsão, além da contratura desordenada da
musculatura, há salivação abundante e, às vezes, eliminação de fezes e urina. A queda
da vítima é quase sempre desamparada, podendo ocorrer ferimentos.

Como proceder?

• Proteja a cabeça da vítima;


• Afrouxe-lhe as roupas. Deixe-a debater-se livremente;
• Evite a mordedura da língua, colocando um lenço dobrado
entre as arcadas dentárias. Nunca coloque algum objeto entre os dentes
da vítima. Ela pode quebrá-los. Cuidado para não ter seus dedos
mordidos com violência;
• Uma vez sem a convulsão, mantenha a vítima em
repouso;

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• Após a convulsão, é comum a sonolência. Deixe-a
dormir;

Oriente a vítima a procurar um médico.

Evite comentários sobre o atendimento à vítima de convulsão, durante e após o


socorro.
Antes do ataque, a pessoa pode saber que vai ocorrer. É conhecido como “aura”.
Ela pode sentir cheiro ou gosto estranho, algumas vezes, alucinações visuais ou sonoras.
A vítima, muitas vezes, anuncia que a crise está para ocorrer.
Em crianças até 4 anos, a convulsão é provocada, geralmente, pela febre alta.
Para baixar a febre, dê um banho morno de imersão de mais ou menos 15 minutos
deduração. Mantenha a criança sem roupas e passe uma esponja ou um pano com água
morna pelo corpo dela inúmeras vezes. A evaporação faz baixar a febre. Nem por isso,
deixe de procurar auxílio médico.

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REFERÊNCIAS

Ferreira AVS, Garcia E. Suporte básico de vida. Rev Soc Cardiol- Estado de São
Paulo. 2001;11(2):214-25.
http://books.scielo.org/id/zt4fg/pdf/giglio-9788575413784-02.pdf
http://www.anvisa.gov.br/boletim_tecno/boletim_tecno_fev2011/PDF/matriz_de
sfibri_que_temos04fev2011.pdf
merican Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart
Association 2015. Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. [versão em Português].
Disponível em:https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-
Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf. Acesso em: 12/01/2018
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/Vias_aereas_CTI_2010.pdf
http://www.escolaelectra.com.br/apostilas/novas/CQ%20-NR-
10_PARTE4_29_11_2010.pdf
14. Emergencias Clínicas: abordagem prática. Herlon Saraiva Martins, et. al 2ª
edição. Barueri São Paulo: Editora Manole.

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