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Textos de Filosofia e Geografia
Textos de Filosofia e Geografia
Ao contrário da maioria dos filósofos que conhecemos, Sócrates não deixou registros escritos
de suas obras. Tudo o que sabemos sobre o seu pensamento chegou a nós a partir de relatos
(em muitos pontos contraditórios entre si) de seus contemporâneos e concidadãos atenienses,
em especial Aristófanes, Xenofonte e Platão. O fato de não ter deixado uma obra escrita,
porém, deve ser compreendido à luz de sua própria filosofia.
Dentre todos os filósofos, Sócrates talvez seja aquele que mais se aproximou do ideal de união
entre “teoria” e “prática”, entre aquilo que se ensina nas obras e o que se realiza na vida. Para
ele, a filosofia não se resumia a uma atividade especulativa e solitária, mas implicava
sobretudo um modo de vida caracterizado pela busca da verdade e da virtude. A maneira
como Sócrates realizou essa busca é um dos elementos que marca a ruptura por ele
representada na história da filosofia. Sócrates considerava que todo ser humano pode chegar à
verdade pensando por si mesmo. Em vez de ensinar conhecimentos pretensamente
verdadeiros – através de discursos ou de escritos – Sócrates buscava levar os seus
interlocutores, progressivamente, e através do diálogo, à aproximarem-se da verdade. Este
método socrático ficou conhecido como maiêutica.
A maiêutica era utilizada por Sócrates tanto com os jovens que o acompanhavam em suas
caminhadas por Atenas em busca da aprendizagem da filosofia, quanto com outros
interlocutores reconhecidos por seu saber em uma determinada área. Tais homens era
chamados sofistas, isto é, sábios. A sofística foi um movimento intelectual ocorrido
principalmente em Atenas no século V a.C., ou seja, no mesmo contexto histórico de vida de
Sócrates. Nomes bastante notáveis e aclamados em seu tempo, como Protágoras, Górgias e
Hipias teriam dialogado com Sócrates nas ruas e na ágora, a praça no centro da vida pública de
Atenas. Tais sofistas eram conhecidos por suas técnicas argumentativas, como a erística (a arte
de vencer debates) e a retórica (a arte de persuadir pelo discurso).
Ao contrário de Sócrates, que mobilizava o logos em busca da verdade, o objetivo do uso dos
discursos da razão e da argumentação pelos sofistas seria a persuasão. Esse era um tipo de
saber altamente valorizado no contexto da democracia ateniense do século V a.C.. As famílias
ricas de Atenas pagavam aos sofistas para que ensinassem aos seus filhos tal saber, que os
ajudaria a conquistar posições destacadas na vida política da cidade. Sócrates era, porém,
bastante crítico a essa prática, e denunciava essas tentativas de exercer influência em vista da
conquista de benefícios pessoais. Em seus encontros com os sofistas, Sócrates questionava o
seu suposto saber, e, através da maiêutica mostrava a insuficiência das definições conceituais
(por exemplo, de beleza, de justiça, do bem) inicialmente oferecidas por seus interlocutores.
Sócrates, ao contrário dos sofistas, cultivava uma atitude de humildade intelectual, expressa
na frase a ele atribuída: “só sei que nada sei”.
A palavra de origem grega “maiêutica” designa uma “arte do parto”. Sócrates a utilizava como
metáfora, recordando que assim como a sua mãe, que era parteira, auxiliava as mulheres a dar
à luz a crianças, ele próprio, ajudava os homens a encontrarem, pensando por si mesmos, a
verdade em relação às questões filosóficas. Essa metáfora é apresentada, por seu discípulo
Platão, no diálogo Teeteto (150-b-c).
Sócrates (470 – 399 a. C.)
Sócrates (470-399 a.C.) não deixou registros escritos de suas obras, e o que sabemos
sobre seu pensamento vem de relatos de seus contemporâneos, como Aristófanes,
Xenofonte e Platão.
Sócrates buscava a união entre teoria e prática, considerando a filosofia não apenas
como uma atividade especulativa, mas como um modo de vida voltado para a busca da
verdade e da virtude.
Ele acreditava que todos os seres humanos podem chegar à verdade pensando por si
mesmos e usava a maiêutica, um método baseado no diálogo, para guiar seus
interlocutores em direção à verdade.
Ciclo hidrológico
Hidrosfera é o nome que se dá ao conjunto das águas do planeta nos estados sólido, líquido e
gasoso. É composta por rios, oceanos, mares, calotas polares, geleiras, lagos, aquíferos e
umidade do ar. O ciclo hidrológico é o movimento das águas, e o esquema anterior mostra
como a circulação hídrica acontece.
O calor do sol evapora as águas dos continentes e dos oceanos, formando as nuvens que
também são abastecidas pela evapotranspiração da vegetação. Quando as nuvens estão
carregadas, elas precipitam em forma de chuva, neve, granizo e orvalho e, ao caírem nos
oceanos ou continente, seguem alguns caminhos. As águas das precipitações que chegam à
superfície podem:
A ação antrópica tem interferência direta e indireta no ciclo hidrológico. Em áreas desmatadas,
por exemplo, a água das precipitações escoa para os rios carregando parte do solo e, portanto,
não abastece o lençol freático e as nascentes, pois a falta de vegetação impede que a água
penetre no solo por meio das raízes.
O mesmo acontece nas áreas urbanizadas e de solo impermeável. O asfalto impede a água de
penetrar no solo e ela escoa pela superfície das ruas e acaba se misturando ao esgoto e ao lixo.
Além de provocar enchentes, termina, muitas vezes, contaminada e poluída. A emissão de
gases poluentes afeta diretamente o clima e contribui para o desequilíbrio na ocorrência e no
volume das chuvas entre as fases de maior e menor umidade em todo o planeta. O impacto da
ação antrópica no ciclo hidrológico é intensa e preocupante.
Aquíferos livres são o tipo mais comum, com o topo próximo à superfície e de acesso
mais fácil. Possuem uma base impermeável e apresentam maiores riscos de
contaminação. Muito usados para abastecer áreas urbanas e rurais em atividades,
como a indústria, o comércio e a agropecuária.
Ciclo Hidrológico
Hidrosfera abrange todas as formas de água no planeta (sólida, líquida, gasosa).
Ciclo hidrológico é o movimento das águas na Terra.
Inicia com a evaporação das águas de oceanos e continentes.
Evapotranspiração da vegetação contribui para a formação de nuvens.
Precipitação ocorre como chuva, neve, granizo e orvalho.
Águas das precipitações podem: evaporar, infiltrar no solo formando aquíferos,
abastecer rios e lagos, ressurgir em nascentes e fontes.
Ciclo Hidrológico e Ações Antrópicas:
Ação humana afeta o ciclo hidrológico.
Desmatamento impede a infiltração da água no solo.
Áreas urbanas com solo impermeável causam escoamento superficial e
enchentes.
Emissões de gases poluentes impactam o clima e o ciclo das chuvas.
Aquíferos:
Aquíferos são formações geológicas subterrâneas que armazenam água.
Compostos por rochas porosas e permeáveis.
Recebem água da superfície e a armazenam após filtragem.
Podem ser livres (acesso fácil, maior risco de contaminação) ou confinados
(pressão interna, difícil recuperação em caso de contaminação).