Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sistemas Produtivos Locais
Sistemas Produtivos Locais
RESUMO
1
Autor. Universidade Federal do Paraná. E-mail: jrgarcia@estadao.com.br
2
Co-autor. Professor Doutor. Universidade Federal do Paraná
2
INTRODUÇÃO
3
As chamadas novas combinações que Schumpeter (1988) referiu-se em seus trabalhos, as quais
podem manifestar-se em processos, produtos e na prestação serviços.
4
4
Mercado de trabalho especializado, redução de custos de transporte, proximidade do mercado
consumidor etc.
5
Por exemplo, a infra-estrutura, mão de obra treinada, recursos naturais, informações tecnológicas,
proximidade geográfica entre as firmas, forte relacionamento interfirmas, etc.
6
O termo cluster refere-se apenas a uma concentração setorial e geográfica de firmas segundo
SCHMITZ, 1997.
7
Termo cunhado por Arnaldo Bagnosco começou a ser utilizado no final da década de 1970, está
relacionado à geografia italiana. Naquela época o reduzido progresso econômico do sul da Itália
(Segunda Itália) era visível, o noroeste (Primeira Itália) defrontava-se com uma profunda crise,
enquanto que o nordeste e o centro sul da Itália destacava-se pelo rápido crescimento (SCHMITZ,
1997).
5
8
Como o aspecto cultural, histórico e fatores sociais.
7
Observa-se assim que existe uma sobreposição entre algumas das variantes
apresentadas pelos autores acima citados, contudo, a tentativa de sistematização do
fenômeno de concentração das firmas em diversos países contribuiu para o
surgimento de novas correntes teóricas, que procuram explicar e definir os efeitos da
concentração de firmas no contexto atual (globalização dos mercados), e no
planejamento regional.
2.4 CLUSTERS
O crescente interesse da comunidade acadêmica pelos clusters,
principalmente, em relação à compreensão de aspectos associados à aglomeração
de firmas e relacionado aos fornecedores e serviços industriais, pode ser traçado
para um grande número de alterações no ambiente competitivo da firma, tornando-
se crescentemente evidente no final da década de 1970 e 1980.
Os clusters referem-se a muitas formas organizacionais, onde cada uma
apresenta uma única trajetória de desenvolvimento, princípios organizacionais e
problemas específicos, originam-se como aglomerações espontâneas das firmas ou
os agentes locais são induzidos através da formulação de políticas públicas a se
organizarem na forma de clusters (FARINELLI e MYTELKA, 2000, p. 11).
Os primeiros estudos relacionados ao conceito de cluster foram
empreendidos por (KRUGMAN, 1991, p. 484-485), que utilizando os trabalhos de
Marshall procurou identificar a natureza das externalidades que conduzem a
concentração de uma indústria em particular. Contudo, neste trabalho Krugman
destacou a geração de economias externas mais do que especificamente a
concentração das indústrias, chegando à conclusão de que a formação do cluster
estaria associada somente à geografia econômica, a qual definiu como a simples
concentração de firmas numa determinada região.
Na tentativa de explicar a competitividade das firmas e dos países a partir de
aspectos locacionais PORTER (1990, 1998), associou a existência de clusters a
fatores virtualmente econômicos de caráter nacional, regional e metropolitano. As
firmas continuamente estão criando vantagens competitivas, dessa forma, o que
acontece dentro da firma torna-se um fator importante, mas os clusters revelam que
o ambiente externo tem um papel vital. Um cluster representa uma nova maneira de
se pensar sobre a situação locacional, desafiando a convencional estrutura
organizacional das firmas, e como as instituições podem contribuir para o sucesso
competitivo e como os governos podem promover o desenvolvimento econômico.
Para (PORTER, 1998, p. 78-79), os clusters são definidos como
concentrações geográficas interconectadas entre firmas e instituições numa
particular forma de competição. Este modelo inclui, por exemplo, fornecedores
especializados (insumos e componentes, máquinas, serviços) e de uma
infraestrutura específica, a interação existente nos clusters podem ser estendidas
aos consumidores e horizontalmente a produtos complementares manufaturados e
15
9
Como associações comerciais e sindicatos.
17
A dupla importância dos sistemas produtivos para uma região e para o setor a
que pertencem torna-os Núcleos de Desenvolvimento Setorial-Regional. Ao lado
destes, existem aqueles que possuem enorme importância para o setor (manifestada
através de sua participação na produção e no emprego), contudo, estão dissolvidos
num espaço econômico muito maior e mais diversificados, significa que são
importantes para o setor, mas não para o desenvolvimento regional, os quais são
designados pela expressão Vetores Avançados. Por outro lado, se os sistemas
produtivos são importantes para um setor, mas não para uma região, são
conhecidos como um Vetor de Desenvolvimento Local, e se o sistema é
caracterizado pela reduzida importância para o seu setor, além de conviver com
outras atividades econômicas na mesma região, este tipo constitui um Embrião de
Arranjo Produtivo (SUZIGAN, FURTADO, GARCIA e SAMPAIO, 2003, p. 2-3).
A formação de APL’S contribui, portanto, para uma elevação da capacidade
produtiva e competitiva das firmas, além de contribuir para uma redução nos custos,
ou seja, a obtenção local de economias de escala. Por exemplo, a compra de
10
O primeiro é mensurado através do índice de especialização e o segundo pela participação da
microrregião no total.
18
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS