Você está na página 1de 12

INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE

CIÊNCIAS DA VIDA E DA NATUREZA


(ILACVN)

Curso: Engenharia Física

Disciplina EFI0018 - ELETROMAGNETISMO AVANÇADO

Professor DANIEL LUIZ NEDEL

Prova 2: Resolução das questões.

Estudante:
Fernando José Zardinello Batistti (2017101000017111)

Foz do Iguaçu, 03 de outubro de 2023.


Questão 1:

Em uma dada configuração de carga/corrente a densidade de carga 𝝆 varia linearmente com


o tempo. Nesse caso ainda vale a lei de Biot-Savart e a Lei de Coulomb (campo ⃗𝑬 dado pela
eletrostática). Para esse caso encontre uma expressão para o ⃗𝛁 × ⃗𝑩⃗ . Escreva o resultado em
⃗⃗
𝝏𝑬
termos da densidade de corrente 𝑱 e de 𝝏𝒕
.

Resposta:

Escrevendo a Lei de Biot-Savart em termos da densidade de corrente 𝐽. A expressão para o


campo magnético 𝐵 ⃗ devido a uma densidade de corrente 𝐽 pode ser escrita como,

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 )
⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) =
𝐵 ∫ (𝐽 × ) 𝑑𝑉
4𝜋 𝑉 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Onde

⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) é o campo magnético em ⃗⃗⃗


𝐵 𝑟2

𝜇0 é a permeabilidade do vácuo

𝐽 é a densidade de corrente

𝑟2 é a posição do ponto onde o campo magnético está sendo calculado


⃗⃗⃗

𝑟1 é a posição ao longo do caminho da corrente


⃗⃗⃗

𝑑𝑉 é o elemento de volume que abrange a densidade de corrente

Obs.: A diferença que pude perceber entre o que foi feito em aula, e o que é requisitado neste
exercício é que
𝜕𝜌
⃗∇ ∙ 𝐽 = −
𝜕𝑡
⃗ que é a lei de Ampere,
O que é requisitado é o rotacional de 𝐵

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗𝑟1 )
⃗∇2 × 𝐵
⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = ∫∇⃗⃗⃗⃗2 × (𝐽 × 2 ) 𝑑𝑉
4𝜋 𝑉 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Lembrando que

𝐽 = 𝐽(𝑟⃗⃗⃗1 )
Agora olhando para o termo da integral, podemos associar ao termo

⃗∇2 × [𝐹 × 𝐺 ]

E utilizando a propriedade 1.1.10 da página 31 do Reitz, que diz

⃗∇ × (𝐹 × 𝐺 ) = (∇
⃗ ∙ 𝐺 )𝐹 − (∇
⃗ ∙ 𝐹 )𝐺 + (𝐺 ∙ ⃗∇)𝐹 − (𝐹 ∙ ⃗∇)𝐺

Para nosso caso onde

𝐹 = 𝐽(𝑟1 )
(𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 ) 𝑟
𝐺= 3
= 3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 | 𝑟
Temos

𝑟 𝑟 𝑟 𝑟
⃗∇ × (𝐽 × 𝐺 ) = (∇
⃗⃗⃗⃗2 ∙ [ ]) 𝐽(𝑟1 ) − (∇
⃗⃗⃗⃗2 ∙ 𝐽(𝑟1 )) [ ] + ([ ] ∙ ⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗2 ) [ ]
∇2 ) 𝐽(𝑟1 ) − (𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
𝑟 3 𝑟 3 𝑟 3 𝑟3

𝑟 𝑟 𝑟 𝑟
⃗∇ × (𝐽 × 𝐺 ) = (∇
⃗⃗⃗⃗2 ∙ [ ]) 𝐽(𝑟1 ) − (∇
⃗⃗⃗⃗2 ∙ 𝐽(𝑟1 )) [ ] + ([ ] ∙ ∇
⃗⃗⃗⃗2 𝐽(𝑟1 )) − (𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
⃗⃗⃗⃗2 ) [ ]
𝑟 3 𝑟 3 𝑟 3 𝑟3

Agora relembrando que

⃗⃗⃗⃗2 ∙ 𝐽(𝑟1 )) = 0
(∇

⃗⃗⃗⃗2 ∙ 𝐽(𝑟1 )) = 0
(∇

Então,

⃗⃗⃗⃗𝑟 𝑟 𝑟
⃗∇2 × [𝐽(𝑟1 ) × ] = ⃗⃗⃗⃗2 ∙ [ ]) 𝐽(𝑟1 ) − (𝐽(𝑟1 ) ∙ ⃗∇2 ) ( )
(∇
𝑟3 𝑟3 𝑟3

Aplicando isso na integral

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗𝑟1 )
⃗∇2 × 𝐵
⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = ∫∇⃗⃗⃗⃗2 × (𝐽(𝑟1 ) × 2 ) 𝑑𝑉
4𝜋 𝑉 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Temos

𝜇0 𝑟 𝑟
⃗ 2×𝐵
∇ ⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = ⃗⃗⃗⃗2 ∙ [ ]) 𝐽(𝑟1 ) − (𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
∫ (∇ ⃗ 2 ) ( ) 𝑑𝑉
4𝜋 𝑉 𝑟 3 𝑟3

Note que os termos da integral,

𝑟 𝑟 − ⃗⃗⃗
⃗⃗⃗ 𝑟2
(∇ ⃗⃗⃗⃗2 ∙ [ 1
⃗⃗⃗⃗2 ∙ [ ]) 𝐽(𝑟1 ) = (∇ ]) 𝐽(𝑟1 ) = 4𝜋𝛿(𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 )𝐽(𝑟1 )
𝑟 3 |𝑟2 − 𝑟1 |3

𝑟 (𝑟⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗𝑟1 )
⃗ 2) 2
⃗ 2 ) ( ) = (𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
(𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
𝑟 3 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Ainda podemos reescrever o este último termo da seguinte forma


(𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 ) (𝑟⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗𝑟1 )
⃗2
𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇ ⃗1 2
= −𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 | 3 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Dito isso, a integral se torna

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗𝑟1 )
⃗ 2×𝐵
∇ ⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = ⃗1 2
𝑟1 )𝐽(𝑟1 ) + 𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
∫ (4𝜋𝛿(𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗ ) 𝑑𝑉
4𝜋 𝑉 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Daqui em diante, vamos olhar somente para a variável 𝑥, pois para as outras (𝑦 e 𝑧) será tudo
análogo à 𝑥, então agora utilizando a seguinte propriedade, da mesma tabela do livro do Reitz,
porém agora a propriedade 1.1.7, que diz
⃗ ∙ (𝜑𝐹 ) = (∇
∇ ⃗ 𝜑)𝐹 + 𝜑∇
⃗ ∙𝐹

Para nosso caso,

⃗ =∇
∇ ⃗1

𝜑 = 𝐽(𝑟1 )
(𝑥2 − 𝑥1 )
𝐹=
𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Então,
(𝑥2 − 𝑥1 ) (𝑥2 − 𝑥1 ) (𝑥 − 𝑥1 )
⃗ 1 (𝐽(𝑟1 ) ∙
∇ )= (∇ ⃗1 2
⃗ 1 ∙ 𝐽(𝑟1 )) + 𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 |3 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 |3 𝑟1 |3
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Temos
(𝑥2 − 𝑥1 ) (𝑥2 − 𝑥1 ) (𝑥2 − 𝑥1 )
𝐽(𝑟1 ) ∙ ⃗∇1 = ⃗∇1 (𝐽(𝑟1 ) ∙ )− ⃗ ∙ 𝐽(𝑟1 ))
(∇
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 |3 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 |3 𝑟1 |3 1
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Note que o termo


(𝑥1 − 𝑥2 )
(𝐽(𝑟1 ) ∙ )=0
𝑟2 |3
|𝑟⃗⃗⃗1 − ⃗⃗⃗

Pois, pelo teorema da divergência (como havia sido dito em aula)


𝑥2 − 𝑥1 𝑥2 − 𝑥1
−∫( 3
) 𝐽 ∙ 𝑑𝑠 = − ∫ ( ) 𝐽 ∙ 𝑑𝑠
𝑆 𝑟 𝑆→∞ 𝑟3

E quando 𝑆 → ∞
𝑥2 − 𝑥1
= −∫ ( ) 𝐽 ∙ 𝑑𝑠 = 0
𝑆→∞ 𝑟3

Agora olhando para o que restou da propriedade 1.1.7, temos


(𝑥2 − 𝑥1 ) (𝑥2 − 𝑥1 )
⃗1
𝐽(𝑟1 ) ∙ ∇ =− ⃗ ∙ 𝐽(𝑟1 ))
(∇
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 |3 𝑟1 |3 1
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
Sendo assim, a integral se torna agora a seguinte

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 )
⃗∇2 × 𝐵
⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = 𝑟1 )𝐽(𝑟1 ) −
∫ (4𝜋𝛿(𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗ ⃗ ∙ 𝐽(𝑟1 ))) 𝑑𝑉
(∇
4𝜋 𝑉 𝑟1 |3 1
|𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 )
⃗ 2×𝐵
∇ ⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = 𝜇0 𝐽(𝑟1 ) − ∫ ⃗ ∙ 𝐽(𝑟1 )) 𝑑𝑉
(∇
𝑟1 |3 1
4𝜋 𝑉 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

Agora lembrando que


𝜕𝜌
⃗ 1 ∙ 𝐽(𝑟1 ) = −

𝜕𝑡
Temos por fim,
𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 ) 𝜕𝜌
⃗∇2 × 𝐵
⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = 𝜇0 𝐽(𝑟1 ) + ∫ ( ) 𝑑𝑉
𝑟1 |3 𝜕𝑡
4𝜋 𝑉 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝜕𝜌
Aqui ainda é possível relacionar a variação temporal da densidade de carga 𝜕𝑡 com o campo
elétrico 𝐸⃗ usando a equação de Gauss para o campo elétrico. A equação de Gauss para o
campo elétrico em termos da densidade de carga é
𝜌
⃗ ∙ 𝐸⃗ =

𝜖0
Agora derivando ambos os lados em relação a 𝑡, temos
𝜕 𝜕 𝜌
⃗ ∙ 𝐸⃗ ) = ( )
(∇
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜖0
Agora, usamos a regra da cadeia para diferenciar o lado esquerdo da equação. Lembrando que
⃗ ∙ 𝐸⃗ ) pode depender das coordenadas espaciais e do tempo. Portanto, é necessário aplicar a
(∇
derivada temporal à divergência e a derivada espacial ao campo elétrico, da seguinte forma

𝜕𝐸⃗ 𝜕 𝜌
⃗ ∙
∇ = ( )
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜖0
Agora podemos substituir isso, na última expressão para a integral, ou seja,

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 ) 𝜕𝜌
⃗ 2×𝐵
∇ ⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = 𝜇0 𝐽(𝑟1 ) + ∫ ( ) 𝑑𝑉
𝑟1 |3 𝜕𝑡
4𝜋 𝑉 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

É o mesmo que

𝜇0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 ) 𝜕𝐸⃗
⃗∇2 × 𝐵
⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = 𝜇0 𝐽(𝑟1 ) + ∫ 𝜖 ⃗
∇ ∙ 𝑑𝑉
𝑟1 |3 0 𝜕𝑡
4𝜋 𝑉 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗

𝜇0 𝜖0 (𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗
𝑟1 ) 𝜕𝐸⃗
⃗ 2×𝐵
∇ ⃗ (𝑟⃗⃗⃗2 ) = 𝜇0 𝐽(𝑟1 ) + ∫ ⃗ ∙
∇ 𝑑𝑉
𝑟1 |3
4𝜋 𝑉 |𝑟⃗⃗⃗2 − ⃗⃗⃗ 𝜕𝑡

Questão 2:

Encontre o potencial vetorial magnético no ponto de simetria acima de um fio finito de


tamanho 𝑳 onde passa uma corrente estacionária 𝑰. Em seguida use o resultado para calcular
o campo magnético.

Resposta:

Considerando um fio na direção do eixo 𝑧 sendo percorrido por uma corrente 𝐼 e vamos
calcular a uma distância 𝜌 do fio o potencial magnético vetorial 𝐴. Partindo da definição da
integral

𝜇0 𝐼𝑑𝑙
𝐴=∫
4𝜋|𝑅⃗ |

Primeiramente, definindo nosso vetor 𝑑𝑙 mostrado na figura


Obs.: Não consegui fazer o símbolo de vetor, mas que fique claro que na figura 𝑅 = 𝑅⃗ e 𝐴 = 𝐴
e também não consegui fazer o 𝜌, então representei na figura com um 𝑃 maiúsculo, e para
deixar claro, o fio está desenhado aí na vertical, a distância do ponto de simetria é 𝜌, agora
temos para

𝑑𝑙 = 𝑑𝑧 𝑘̂

O vetor distância 𝑅⃗ pode ser escrito como

𝑅⃗ = 𝜌 𝜌̂ + 𝑧 (−𝑘̂) = 𝜌 𝜌̂ − 𝑧 (𝑧̂ ) ⇒ |𝑅⃗ | = √𝜌2 + 𝑧 2

Agora que temos isso, basta substituir na integral,

𝜇0 𝐼𝑑𝑧 𝑘̂ 𝜇0 𝐼 𝑑𝑧
𝐴=∫ = ∫ 𝑘̂
4𝜋√𝜌2 + 𝑧2 4𝜋 √𝜌 + 𝑧 2
2

Fazendo substituição trigonométrica, e olhando para a figura onde há o ângulo 𝛼, chegamos


na relação
𝑧
tan(𝛼) = ⇒ 𝑧 = 𝜌 tan(𝛼)
𝜌
𝑑𝑧 𝑑
= (𝜌 tan(𝛼)) = 𝜌 sec 2 (𝛼) ⇒ 𝑑𝑧 = 𝜌 sec 2(𝛼) 𝑑𝛼
𝑑𝛼 𝑑𝛼
Agora olhando para o termo

√𝜌2 + 𝑧 2 = √𝜌2 + (𝜌 tan(𝛼))2 = √𝜌2 + 𝜌2 tan2 (𝛼) = 𝜌√1 + tan2 (𝛼) = 𝜌 sec(𝛼)

Aplicando todas essas substituições na integral, temos

𝜇0 𝐼 𝑑𝑧 𝜇0 𝐼 𝜌 sec 2 (𝛼) 𝑑𝛼 𝜇0 𝐼
𝐴= ∫ 𝑘̂ = ∫ 𝑘̂ = ∫ sec(𝛼) 𝑑𝛼 𝑘̂
4𝜋 √𝜌 + 𝑧
2 2 4𝜋 𝜌 sec(𝛼) 4𝜋

Essa integral é tabelada, então usarei o resultado das tabelas, que diz
𝜇0 𝐼 𝜇0 𝐼
𝐴= ∫ sec(𝛼) 𝑑𝛼 𝑘̂ = ln|sec(𝛼) + tan(𝛼)| 𝑘̂
4𝜋 4𝜋
Agora voltando da substituição onde

1 1 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 √𝜌2 + 𝑧 2
sec(𝛼) = = = =
cos(𝛼) 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝜌
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
E
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑧
tan(𝛼) = =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝜌
Temos

𝜇0 𝐼 𝑧 + √𝜌2 + 𝑧 2
𝐴= ln | | 𝑘̂
4𝜋 𝜌

Para o caso onde o fio é finito vou considerar o tamanho do fio 𝐿,


𝐿
𝜇0 𝐼 𝑧 + √𝜌2 + 𝑧 2 𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2
𝐴= (ln | |) 𝑘̂ = (ln | | − ln|1|) 𝑘̂
4𝜋 𝜌 4𝜋 𝜌
0

𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2 𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2
= (ln | |) 𝑘̂ = (ln | |) 𝑘̂
4𝜋 𝜌 4𝜋 𝜌

Agora, olhando para o termo

𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2
𝐴= (ln | |) 𝑘̂
4𝜋 𝜌

Podemos considerar como sendo uma boa aproximação o caso que 𝐿 ≫ 𝜌, então o potencial
magnético vetorial pode ser representado de forma aproximada como sendo

𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝐿2 𝜇0 𝐼 2𝐿
𝐴≈ (ln | |) 𝑘̂ = (ln | |) 𝑘̂
4𝜋 𝜌 4𝜋 𝜌

Utilizando este resultado somente para calcular o campo magnético, para simplificar o cálculo
da derivada parcial que surgirá. Começamos assim para calcular o campo magnético, basta
utilizar

⃗ = ⃗∇ × 𝐴
𝐵
Lembrando que o rotacional em coordenadas cilíndricas pode ser representado da seguinte
forma

𝜌̂ 𝜌𝜙̂ 𝑘̂
1 𝜕 𝜕 𝜕 1 𝜕 𝜕 1 𝜕 𝜕
⃗∇ × 𝐴 = || || = ( 𝐴𝑧 𝜌̂ − 𝜌 𝐴𝑧 𝜙̂) = 𝐴𝑧 𝜌̂ − 𝐴 𝜙̂
𝜌 𝜕𝜌 𝜕𝜙 𝜕𝑧 𝜌 𝜕𝜙 𝜕𝜌 𝜌 𝜕𝜙 𝜕𝜌 𝑧
0 𝜌 ∙ 0 𝐴𝑧
Note que para nossa expressão, não há termos com dependência de 𝜙, o que resulta em
1 𝜕
𝐴 𝜌̂ = 0
𝜌 𝜕𝜙 𝑧
Perceba que aqui, o que chamamos de 𝐴𝑧 é
𝜇0 𝐼 2𝐿
𝐴𝑧 = (ln | |)
4𝜋 𝜌
Então
𝜕 𝜕 𝜇0 𝐼 2𝐿
− 𝐴𝑧 𝜙̂ = − [ (ln | |)] 𝜙̂
𝜕𝜌 𝜕𝜌 4𝜋 𝜌
𝜇0 𝐼 𝜕 2𝐿 𝜇0 𝐼 𝜕 𝜇0 𝐼 𝜕
− [(ln | |)] 𝜙̂ = − [(ln|2𝐿| − ln|𝜌|)]𝜙̂ = − [(− ln|𝜌|)]𝜙̂
4𝜋 𝜕𝜌 𝜌 4𝜋 𝜕𝜌 4𝜋 𝜕𝜌
𝜇0 𝐼 𝜕 𝜇0 𝐼
= [(ln|𝜌|)]𝜙̂ = 𝜙̂
4𝜋 𝜕𝜌 4𝜋𝜌
Então o campo magnético pode ser representado para o caso onde 𝑙 ≫ 𝜌 como sendo a
seguinte aproximação,
𝜇0 𝐼
⃗ ≈
𝐵 𝜙̂
2𝜋𝜌
Apenas para esclarecimento, o campo magnético exato será dado pela mesma análise, mas o
que irá mudar será o 𝐴𝑧 que será

𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2
𝐴𝑧 = (ln | |)
4𝜋 𝜌

Então no cálculo de

𝜕 𝜇0 𝐼 𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2
⃗ =−
𝐵 [ (ln | |)] 𝜙̂
𝜕𝜌 4𝜋 𝜌

𝜇0 𝐼 𝜕
⃗ =−
𝐵 [(ln |𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2 | − ln|𝜌|)] 𝜙̂
4𝜋 𝜕𝜌
𝜇0 𝐼 𝜕 𝜇0 𝐼 𝜕
⃗ =[
𝐵 ln|𝜌| − ln |𝐿 + √𝜌2 + 𝐿2 |] 𝜙̂
4𝜋 𝜕𝜌 4𝜋 𝜕𝜌

𝜇0 𝐼 1 𝜇0 𝐼 𝜕 1 𝜌
⃗ =[
𝐵 − [ [ ] ]] 𝜙̂
4𝜋 𝜌 4𝜋 𝜕𝜌 𝐿 + √𝜌 + 𝐿 √𝜌 + 𝐿2
2 2 2

𝜇0 𝐼 1 𝜇0 𝐼 𝜌
⃗ =[
𝐵 − [ ]] 𝜙̂
4𝜋 𝜌 4𝜋 𝐿√𝜌2 + 𝐿2 + 𝜌2 + 𝐿2

É possível ainda perceber que a aproximação resulta no primeiro termo dado pela soma acima,
agora a outra parcela só aparece pois calculamos o resultado exato.

Questão 3:

Duas paredes opostas de uma caixa rígida são uniformemente carregadas com densidades
superficiais de carga respectivamente iguais a 𝝈 e – 𝝈. A parede que está carregada
positivamente ocupa a região 𝟎 ≤ 𝒙 ≤ 𝒂, 𝟎 ≤ 𝒚 ≤ 𝒃 do plano 𝒛 = 𝒉, enquanto que a está
carregada negativamente ocupa a região 𝟎 ≤ 𝒙 ≤ 𝒂, 𝟎 ≤ 𝒚 ≤ 𝒃 do plano 𝒛 = 𝟎. Dentro da
caixa há um campo magnético uniforme da forma 𝑩 ⃗⃗ = 𝑩𝒚̂. Assume que 𝒉 é muito menor
que 𝒂 e 𝒃 e que as paredes não são condutoras. Calcule a fora sentida pela caixa quando o
⃗⃗
𝝏𝑩
campo magnético é desligado (veja a figura). Escreva o resultado em termos de 𝝏𝒕
, 𝝈éo
⃗⃗
𝝏𝑩
⃗ ×𝑬
volume da caixa. Dica: Escreva 𝛁 ⃗ = − em coordenadas cartesianas. Encontre uma
𝝏𝒕
⃗⃗
𝝏𝑩
solução com 𝑬𝒛 = 𝑬𝒚 = 𝟎 e 𝑬𝒙 como função de 𝝏𝒕

Resposta:

Temos inicialmente


𝜕𝐵
⃗∇ × 𝐸⃗ = −
𝜕𝑡
Em coordenadas cartesianas

𝜕𝐸𝑧 𝜕𝐸𝑦 𝜕𝐸𝑥 𝜕𝐸𝑧 𝜕𝐸𝑦 𝜕𝐸𝑥 ⃗


𝜕𝐵
( − ) 𝑥̂ + ( − ) 𝑦̂ + ( − ) 𝑧̂ = − 𝑦̂
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑡

Perceba que

𝜕𝐸𝑥 𝜕𝐸𝑧 ⃗
𝜕𝐵
( − ) 𝑦̂ = − 𝑦̂
𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑡
𝜕𝐸𝑧 𝜕𝐸𝑦
( − ) 𝑥̂ = 0
𝜕𝑦 𝜕𝑧

𝜕𝐸𝑦 𝜕𝐸𝑥
( − ) 𝑧̂ = 0
𝜕𝑥 𝜕𝑦

Uma solução é

𝐸𝑦 = 0

𝐸𝑧 = 0

𝜕𝐵
𝐸𝑥 = − 𝑧+𝑐
𝜕𝑡
Onde 𝑐 é uma constante. Agora utilizando as informações dadas no enunciado do problema,
vamos chamar

⃗⃗⃗
𝐹1 a força na parede onde 𝑧 = 0

⃗⃗⃗⃗
𝐹2 a força na parede onde 𝑧 = ℎ

𝐹 a força total sobre a caixa, ou seja 𝐹 = ⃗⃗⃗


𝐹1 + ⃗⃗⃗⃗
𝐹2

De forma geral, como é um plano condutor

𝐹 = 𝐸𝑞 = 𝐸𝜎𝐴
Então


𝜕𝐵
⃗⃗⃗
𝐹1 = ∫ 𝐸1 𝑑𝑞1 = ∫ (− 𝑧 + 𝑐) 𝑑𝑞 = −𝜎𝑎𝑏(𝑐)
𝑧=0 𝜕𝑡

𝜕𝐵 ⃗
𝜕𝐵
⃗⃗⃗⃗
𝐹2 = ∫ 𝐸1 𝑑𝑞2 = ∫ (− 𝑧 + 𝑐) 𝑑𝑞 = (− ℎ + 𝑐) 𝜎𝑎𝑏
𝑧=ℎ 𝜕𝑡 𝜕𝑡

Então somando as forças, temos


𝜕𝐵
𝐹 = ⃗⃗⃗
𝐹1 + ⃗⃗⃗⃗
𝐹2 = −𝜎𝑎𝑏(𝑐) + (− ℎ + 𝑐) 𝜎𝑎𝑏
𝜕𝑡


𝜕𝐵 ⃗
𝜕𝐵
𝐹 = −𝜎𝑎𝑏(𝑐) − ℎ𝜎𝑎𝑏 + 𝑐𝜎𝑎𝑏 = − 𝜎𝑎𝑏ℎ
𝜕𝑡 𝜕𝑡
Note que

𝑉 = 𝑎𝑏ℎ = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎



𝜕𝐵
𝐹=− 𝜎𝑉 𝑥̂
𝜕𝑡
Questão 4:

Encontre o potencial eletrostático dentro e fora de uma esfera de raio 𝑹 e constante


dielétrica 𝑲. A esfera possui uma densidade de carga superficial em sua superfície da forma:
𝝈 = 𝝈𝟎 𝐜𝐨𝐬(𝜽), onde 𝜽 é o ângulo entre o vetor e a posição do eixo 𝒛.

Resposta:

O campo fora

𝐵𝑛
Φ𝑓𝑜𝑟𝑎 (𝑟, 𝜃) = ∑ (𝐴𝑛 𝑟 𝑛 + ) 𝑃 (cos(𝜃))
𝑟 𝑛+1 𝑛
𝑛=0

Note que, quando 𝑟 → ∞ o potencial fora da esfera deve ser algo finito, e para que isso
aconteça, necessariamente todos os termos 𝐴𝑛 devem ser nulos, da mesma maneira aqui,
𝐵0 = 0 (carga líquida é zero) e também 𝐵𝑛 = 0 ∀ 𝑛 ≥ 2
𝐵1
Φ𝑓𝑜𝑟𝑎 (𝑟, 𝜃) = ( 2 ) cos(𝜃)
𝑟
Agora, para dentro da esfera,

𝐵𝑛′
Φ𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 (𝑟, 𝜃) = ∑ (𝐴′𝑛 𝑟 𝑛 + ) 𝑃 (cos(𝜃))
𝑟 𝑛+1 𝑛
𝑛=0

E lembrando que ambas as equações Φ𝑓𝑜𝑟𝑎 (𝑟, 𝜃) e Φ𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 (𝑟, 𝜃) devem ser iguais quando
𝑟 = 𝑅 ou seja, na superfície da esfera as equações para o potencial devem ser iguais. E do fato
que os polinômios 𝑃𝑛 são L.I. chegamos na relação avaliando na superfície como sendo

𝐵1 ′
𝐵0′ ′
𝐵1′
cos(𝜃) = (𝐴0 + ) + (𝐴1 𝑅 + ) cos(𝜃) + (… )
𝑅2 𝑅 𝑅2

Daqui já concluímos que

𝐴′0 = 𝐵0′ = 0
Não apenas eles, mas também todos os 𝐴′𝑛 e 𝐵𝑛′ com 𝑛 ≥ 2 resultarão em zero (devido aos
𝑃𝑛 (cos(𝜃)) serem 𝐿. 𝐼. e apenas o 𝑃1 (cos(𝜃)) = cos(𝜃)) e percebemos que 𝐴1′ e 𝐵1′ serão
diferente de zero, então temos aqui uma das 3 condições de contorno necessárias para
montar um sistema para solução do problema, então a primeira condição aqui é

𝐵1 ′
𝐵1′
cos(𝜃) = (𝐴1 𝑅 + ) cos(𝜃)
𝑅2 𝑅2

𝐵1′
𝐵1 = 𝑅 2 (𝐴1′ 𝑅 + )
𝑅2

𝐵1 = 𝐴1′ 𝑅3 + 𝐵1′
Agora olhando para

𝜕Φ𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 (𝑟, 𝜃) 𝜕 𝐵1′ 2𝐵1′


𝐸𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = − = − (𝐴1′ 𝑟 + 2 ) cos(𝜃) = (−𝐴1′ + 3 ) cos(𝜃)
𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟

𝜕Φ𝐹𝑜𝑟𝑎 (𝑟, 𝜃) 𝜕 𝐵1 2𝐵1


𝐸𝐹𝑜𝑟𝑎 = − = − ( 2 ) cos(𝜃) = ( 3 ) cos(𝜃)
𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝑟 𝑟
De acordo com a Lei de Gauss, quando escolhemos uma superfície fechada de modo que a
carga líquida contida dentro dessa superfície seja zero, então o módulo do campo elétrico
resultante no interior dessa superfície será nulo. Portanto, considerando uma esfera que
contenha apenas cargas distribuídas em sua superfície, podemos concluir que o campo elétrico
(𝐸) dentro dessa esfera, em um ponto a uma distância 𝑟 do centro, onde 𝑟 é igual ao raio da
esfera 𝑅, será nulo. Isso ocorre porque, nesse caso, não há carga líquida contida dentro da
esfera, e, de acordo com a Lei de Gauss, o campo elétrico resultante no interior de uma
superfície fechada com carga líquida zero é zero. Portanto, 𝐸⃗𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = 0 para𝑟 = 𝑅.

2𝐵1′
𝐸𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = (−𝐴1′ + ) cos(𝜃) = 0
𝑟3

2𝐵1′ = 𝑅 3 𝐴1′
Além

𝜖0 𝐸𝐹𝑜𝑟𝑎 |𝑙 = 𝜎
2𝐵1
𝜖0 ( 3 ) cos(𝜃) = 𝜎0 (cos(𝜃))
𝑅
𝑅 3 𝜎0
𝐵1 =
2𝜖0
Agora temos o sistema da seguinte forma

2𝐵1′ − 𝑅 3 𝐴1′ = 0
𝐵1′
+ 𝑅 3 𝐴1′ − 𝐵1 = 0
𝑅 3 𝜎0
𝐵1 =
{ 2𝜖0

Então aqui, 𝐵1 está dado, então aplicando isso na segunda equação do sistema, temos o termo
o sistema como sendo
2𝐵1′ − 𝑅 3 𝐴1′ = 0
{ ′ 𝑅 3 𝜎0
𝐵1 + 𝑅 3 𝐴1′ − =0
2𝜖0
Agora, somando as equações, temos

𝑅 3 𝜎0
2𝐵1′ − 𝑅 3 𝐴1′ + 𝐵1′ + 𝑅 3 𝐴1′ − =0
2𝜖0
𝑅 3 𝜎0
3𝐵1′ =
2𝜖0
𝑅 3 𝜎0
𝐵1′ =
6𝜖0
Agora sobra apenas o termo que podemos obter de qualquer uma das igualdes, então temos
𝜎0
𝐴1′ =
3𝜖0
Então, voltando em
𝐵1
Φ𝑓𝑜𝑟𝑎 (𝑟, 𝜃) = ( 2 ) cos(𝜃)
𝑟
E

𝐵1′
Φ𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 (𝑟, 𝜃) = (𝐴1′ 𝑅 + ) cos(𝜃)
𝑅2

E substituindo cada um dos termos, temos finalmente

𝑅3 𝜎0
2𝜖
Φ𝑓𝑜𝑟𝑎 (𝑟, 𝜃) = ( 20 ) cos(𝜃)
𝑟

𝑅3 𝜎0
𝜎0 6𝜖
Φ𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 (𝑟, 𝜃) = ( 𝑟 + 20 ) cos(𝜃)
3𝜖0 𝑟

Você também pode gostar