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Módulo I- Resenha

O reconhecimento e estudo da cultura afro-brasileira e indígena é


fundamental no processo escolar. A sociedade brasileira foi formada através de
um processo de miscigenação que envolveu europeus, africanos e indígenas,
dando origem a uma vasta cultura composta por um público diverso. No
entanto, graças a uma ação excludente e discriminatória produzida em nossa
história, muitas dessas culturas se viram marginalizadas e alvos da construção
de uma narrativa preconceituosa no decorrer da história e por isso atentar-se a
essa temática na escola se faz preciso. O estudo da cultura afro-brasileira e
indígena é trabalhado deve ser visto de forma interdisciplinar e não meramente
reduzida a um evento, projeto, ou as disciplinas de História, Artes e Literatura.
Assim, trabalhar a cultura africana e indígena deve ser um serviço contínuo que
vise superar os preconceitos a visões estereotipadas existentes, abrindo um
leque de saberes que vença qualquer ação preconceituosa e dê condições
para a ascensão de uma cultura de paz e convívio, respeitando as ideias e
culturas diversificadas. É nesse sentido que o serviço do docente se faz
preciso, colaborando nesse processo de construção dos conhecimentos
históricos e científicos.

Historicamente, a visão da África, Ásia, América, ficaram em segundo


plano, reduzidas meramente a um saber eurocêntrico, de inferioridade, em que
competia a outros povos e civilizações levar preceitos culturais, políticos,
sociais, religiosos a tais regiões. Tais ações criaram uma visão preconceituosa,
racista, de que esses continentes não tinham consigo presunções de
humanidade, de desenvolvimento, mas de atraso, violência e que caberia a
tutela de um povo “superior”. Esse estigma criou no imaginário coletivo um
desserviço que menosprezou as culturas, crenças e aspectos linguísticos,
sociais, dessas regiões e hoje é fundamental que a escola fomente o resgate
dessas culturas, superando a visão preconceituosa e para isso o saber
científico, crítico, precisa ser exercitado no convívio de sala de aula. Construir
uma sociedade que tenha como base a solidariedade, a tolerância e o combate
às discriminações é um propósito da educação básica a fim de reconhecer,
combater e superar questões como as crenças de superioridade, o racismo, a
homofobia, as injúrias etc.

Além disso, a escola é um ambiente amplo e inclusivo, superando a


visão tradicional que construía a escola como um espaço excludente, em que
aqueles que não se adaptassem a estrutura formal deveriam ser exclusos ou
levados para outro espaço. Hoje, entende-se que a escola deve agir em prol de
todos, a equipe escolar deve proporcionar um ambiente que interaja as mais
diversas necessidades, dificuldades, personalidades. O currículo educacional,
os métodos, estratégias, conteúdos, avaliações, tudo isso deve considerar essa
pluralidade existente a fim de adequar e adaptar frente ao público e para isso é
fundamental que o professor reconheça o espaço em que está inserido,
sabendo a importância e o modo de agir frente a essa diversidade. Assim, a
escola deixa de ser um espaço de poucos e passa a ser um espaço de todos.
Ademais, frente aos avanços técnicos e tecnológicos de nossa sociedade, a
escola precisa adequar sua estrutura e metodologia frente aos avanços,
sabendo fazer o uso consciente, prudente, didático e pedagógico dessas
ferramentas, pois tais mecanismos fazem parte da vida cotidiana das crianças,
adolescentes e jovens, não podendo ser desconsideradas os reais benefícios.
Algo perceptível nos últimos anos por conta da pandemia da Covid-19 e o
crescimento da necessidade do ensino a distância em diversos contextos e
níveis escolares. No entanto, a nossa sociedade ainda reflete desigualdades
evidentes que dificultam uma democratização tecnológica e para isso, é
essencial uma ação conjunta do Estado adequando os espaços escolares e
garantindo meios as crianças e adolescentes para tal acesso e investindo em
formação continuada a fim de capacitar os profissionais da educação.

FONTES:

BURGOS, Vanessa Pita Barreira. Inclusão social e participação social.


TratosEAD. Disponível em: www.tratosead.com.br. Acesso em: 12, de
novembro, de 2022.
FILHO, Braulio Oliveira dos Santos. Inovação tecnológica. TratosEAD.
Disponível em: www.tratosead.com.br. Acesso em: 12, de novembro, de 2022.

COZZER, Roney. Sociologia e sociedade brasileira- cultura afro-brasileira e


indígena. TratosEAD. Disponível em: www.tratosead.com.br. Acesso em: 12,
de novembro, de 2022.

SOUSA, Almir da Cruz. Filosofia, ética e relações étnico raciais. TratosEAD.


Disponível em: www.tratosead.com.br. Acesso em: 12, de novembro, de 2022.

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